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DE
HISTÓRIA
EXERCÍCIOS
1. Pré História
2. História Antiga
3. Idade Média (Feudalismo)
4. Antigo Regime
5. Renascimento e Contra Reforma
6. Expansão Marítima
Exercícios de História
Pré-História
1) (UFU-2002) "Todo sistema cultural tem a sua própria lógica e não passa de um ato primário de
etnocentrismo tentar transferir a lógica de um sistema para outro."
LARAIA, ROQUE CULTURA, UM CONCEITO ANTROPOLÓGICO, 8. ED, RIO DE JANEIRO
JORGE ZAHAR,1993.
Considerando o texto acima, marque a alternativa correta acerca das afirmações abaixo.
I - As sociedades tribais são tão eficientes para produzir cultura quanto qualquer outra, mesmo
quando não possuem certos recursos culturais presentes em outras
culturas.
II - As sociedades selvagens são capazes de produzir cultura, mas estão mal adaptadas ao meio
ambiente e, por isso, algumas nem sequer possuem o Estado.
III - As chamadas sociedades indígenas são dotadas de recursos materiais e simbólicos eficientes
para produzir cultura como qualquer outra, faltando-lhes apenas urna
linguagem própria.
IV - As chamadas sociedades primitivas conseguiram produzir cultura plenamente, ao longo do
processo evolutivo, quando instituíram o Estado e as instituições escolares.
a) I e II estão corretas.
b) Apenas I está correta.
c) I e m estão corretas.
d) I e IV estão corretas.
3) (ETEs-2007) Os metais, explorados desde a Idade do Bronze, são muito utilizados até hoje, por
exemplo, na aeronáutica, na eletrônica, na comunicação, na construção civil e na indústria
automobilística.
Sobre os metais, pode-se afirmar que são
a) bons condutores de calor e de eletricidade, assim como os não-metais.
b) materiais que se quebram com facilidade, característica semelhante aos cristais.
c) materiais que apresentam baixo ponto de fusão, tornando-se sólidos na temperatura ambiente.
d) encontrados facilmente na forma pura ou metálica, sendo misturados a outros metais, formando
o mineral.
e) maleáveis, transformando-se em lâminas, por exemplo, quando golpeados ou submetidos a rolo
compressor.
4) (ETEs-2007) Na Pré-História, o homem já criava animais, cultivava o solo e dispunha de objetos
de metais, tais como lanças, ferramentas e machados.
(Adaptado de: <http://www.suapesquisa.com/pré-história>
acessado em: fev. 2007.)
Com base nessas informações, foram formuladas algumas hipóteses. Escolha, na relação a seguir,
as hipóteses compatíveis com aquela época.
I. Houve domesticação e cultivo de plantas.
II. Ocorreu melhoria na alimentação e na qualidade de vida das pessoas.
III. Os alimentos eram transportados por navios.
IV. A vida nômade teve início.
É correto o que se afirmar apenas em
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
9) (ENEM-2007)
A pintura rupestre acima, que é um patrimônio cultural brasileiro, expressa
a) o conflito entre os povos indígenas e os europeus durante o processo de colonização do Brasil.
b) a organização social e política de um povo indígena e a hierarquia entre seus membros.
c) aspectos da vida cotidiana de grupos que viveram durante a chamada pré-história do Brasil.
d) os rituais que envolvem sacrifícios de grandes dinossauros atualmente extintos.
e) a constante guerra entre diferentes grupos paleoíndios da América durante o período colonial.
10) (Covest-1997) A arte é uma criação humana, fundamentada na cultura e no processo histórico,
sobre as várias modalidades da arte podem-se afirmar.
Assinale V ou F.
( ) Durante a Pré-história o "homo-sapiens" desenvolveu a técnica da pintura sobre a rocha,
conhecida como arte rupestre, e através dela nos deixou imagens de outros
aspectos de sua cultura. ( ) Os romanos desenvolveram sua arte com base na arte etrusca e também
receberam influência dos gregos, no que diz respeito à arquitetura e aos motivos governamentais.
( ) O movimento literário, artístico e científico que nasceu na Itália e se propagou pela Europa
Ocidental dos séculos XV e XVI denomina-se Renascimento.
( ) A arquitetura moderna teve nos irmãos Perret e em Le Corbusier seus precursores, que a partir
de 1922 utilizaram em lugar da construção metálica, a construção em cimento armado.
( ) Das experiências dos irmãos franceses Lumiére e do americano Thomas Edison surgiu de uma
nova arte – o cinema - que rapidamente se transformou em uma promissora indústria de arte e
entretenimento.
11) (Covest-1997) A arqueologia é técnica científica usada pelos historiadores para resgatar o
passado mais remoto da humanidade através de seus vestígios materiais; graças à arqueologia é que
existe o conhecimento da Pré-história.
Assinale a alternativa que não corresponde à Pré-história:
a) Estudos comprovam que os tipos Neanderthalenses e Arcantropinos habitavam parte da África,
Ásia e Europa há cerca de 200 mil anos atrás.
b) As raças Grimalde e a Cro-Magnon são consideradas Homo Sapiens.
c) No mesolítico as técnicas de produção dos artefatos variavam entre as formas paleolíticas
anteriores e as formas neolíticas posteriores.
d) O Homem de Neanderthal desenvolveu sua cultura material no paleolítico médio.
e) Os historiadores têm compreendido mais claramente a vida cotidiana da cidade de Pompéia, na
Itália, a partir das escavações arqueológicas.
12) (UFSCar-2006) (...) Pré-História do Brasil compreende a existência de uma crescente variedade
lingüística, cultura e étnica, que acompanhou o crescimento demográfico das primeiras levas
constituídas por poucas pessoas (...) que chegaram à região até alcançar muitos milhões de habitantes
na época da chegada da frota de Cabral. (...) não houve apenas um processo histórico, mas
numerosos, distintos entre si, com múltiplas continuidades edescontinuidades, tantas quanto as
etnias que se formaram constituindo ao longo dos últimos 30, 40, 50, 60ou 70 mil longos anos de
ocupação humana das Américas.
(Pedro Paulo Funari e Francisco Silva Noeli. Pré-História do Brasil, 2002.)
Considerando o texto, é correto afirmar que
a) as populações indígenas brasileiras são de origem histórica diversa e, da perspectiva linguística,
étnica e cultural, se constituíram como sociedades distintas.
b) uma única leva imigratória humana chegou à América há 70 mil anos e dela descendem as
populações indígenas brasileiras atuais.
c) a concepção dos autores em relação à Pré-História do Brasil sustenta-se na ideia da construção de
uma experiência evolutiva e linear.
d) os autores descrevem o processo histórico das populações indígenas brasileiras como uma
trajetória fundada na ideia de crescente progresso cultural.
e) na época de Cabral, as populações indígenas brasileiras eram numerosas e estavam em um estágio
evolutivo igual ao da Pré-História europeia.
13) (UFPE-1995) "Já se afirmou ser a História uma continuação da História Natural, havendo uma
analogia entre a evolução orgânica e o progresso da cultura".Sobre a Pré-História, qual das
alternativas a seguir é incorreta?
a) Várias ciências auxiliam o estudo, como a Antropologia, a Arqueologia e a Química.
b) A Pré-História pode ser dividida em Paleolítico e Neolítico, no que se refere ao processo técnico
de trabalhar a pedra.
c) Sobre o Paleolítico, podemos afirmar que foi o período de grande desenvolvimento artístico, cujo
exemplo são as pinturas antropomorfas e zoomorfas realizadas nas cavernas.
d) O Neolítico apresentou um desenvolvimento artístico diferente do Paleolítico, através dos traços
geométricos do desenho e da pintura.
e) Os primeiros seres semelhantes ao homem foram os Australopitecus e o Homem de Java que eram
bem mais adaptados que o Homem de Neanderthal.
Exercícios de História
Grécia
1) (UFSCar-2002) E muitos a Atenas, para a pátria de geração divina, reconduzi, vendidos que
foram – um injustamente, o outro justamente; e outros por imperiosas obrigações exiladas, e que
nem mais a língua ática falavam, de tantos lugares por que tinham errado; e outros, que aqui mesmo
escravidão vergonhosa levavam, apavorados diante dos caprichos dos senhores, livres estabeleci.
O texto, um fragmento de um poema de Sólon–arconte
ateniense, 594 a.C. - , citado por Aristóteles em A
Constituição de Atenas, refere-se
(A) ao fim da tirania.
(B) à lei que permitia ao injustiçado solicitar reparações.
(C) à criação da lei que punia aqueles que conspiravam
contra a democracia.
(D) à abolição da escravidão por dívida.
(E) à instituição da Bulé.
2) (FGV-2002) O período helenístico foi marcado por grandes transformações na civilização grega.
Entre suas características, podemos destacar:
A. O desenvolvimento de correntes filosóficas que, diante do esvaziamento das atividades políticas
das cidades Estado, faziam do problema ético o centro de suas preocupações visando,
principalmente, o aprimoramento interior do ser humano.
B. Um completo afastamento da cultura grega com relação às tradições orientais, decorrente,
sobretudo, das rivalidades com os persas e da postura depreciativa que considerava bárbaros todos
os povos que não falavam o seu idioma.
C. A manutenção da autonomia das cidades-Estado, a essa altura articuladas primeiro na Liga de
Delos, sob o comando de Atenas e, posteriormente, sob a Liga de Peloponeso, liderada por Esparta.
D. A difusão da religião islâmica na região da Macedônia terra natal de Felipe II, conquistador das
cidades-Estado gregas.
E. O apogeu da cultura helênica representado, principalmente, pelo florescimento da filosofia e do
teatro e o estabelecimento da democracia ateniense.
5) (FUVEST-2008) A cidade antiga (grega, entre os séculos VIII e IV a.C.) e a cidade medieval
(europeia, entre os séculos XII e XIV), quando comparadas, apresentam tanto aspectos comuns
quanto contrastantes. Indique aspectos que são
a) comuns às cidades antiga e medieval.
b) específicos de cada uma delas.
7) (VUNESP-2008) Os sertões
A Serra do Mar tem um notável perfil em nossa história. A
prumo sobre o Atlântico desdobra-se como a cortina de
baluarte desmedido. De encontro às suas escarpas
embatia, fragílima, a ânsia guerreira dos Cavendish e dos
Fenton. No alto, volvendo o olhar em cheio para os
chapadões, o forasteiro sentia-se em segurança. Estava
sobre ameias intransponíveis que o punham do mesmo
passo a cavaleiro do invasor e da metrópole. Transposta a
montanha — arqueada como a precinta de pedra de um
continente — era um isolador étnico e um isolador
histórico. Anulava o apego irreprimível ao litoral, que se
exercia ao norte; reduzia-o a estreita faixa de mangues e
restingas, ante a qual se amorteciam todas as cobiças, e
alteava, sobranceira às frotas, intangível no recesso das
matas, a atração misteriosa das minas...
Ainda mais — o seu relevo especial torna-a um
condensador de primeira ordem, no precipitar a
evaporação oceânica.
Os rios que se derivam pelas suas vertentes nascem de
algum modo no mar. Rolam as águas num sentido oposto à
costa. Entranham-se no interior, correndo em cheio para
os sertões. Dão ao forasteiro a sugestão irresistível das
entradas.
A terra atrai o homem; chama-o para o seio fecundo;
encanta-o pelo aspecto formosíssimo; arrebata-o, afinal,
irresistivelmente, na correnteza dos rios.
Daí o traçado eloqüentíssimo do Tietê, diretriz
preponderante nesse domínio do solo. Enquanto no S.
Francisco, no Parnaíba, no Amazonas, e em todos os cursos
d’água da borda oriental, o acesso para o interior seguia ao
arrepio das correntes, ou embatia nas cachoeiras que
tombam dos socalcos dos planaltos, ele levava os
sertanistas, sem uma remada, para o rio Grande e daí ao
Paraná e ao Paranaíba. Era a penetração em Minas, em
Goiás, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, no Mato
Grosso, no Brasil inteiro. Segundo estas linhas de menor
resistência, que definem os lineamentos mais claros da
expansão colonial, não se opunham, como ao norte,
renteando o passo às bandeiras, a esterilidade da terra, a
barreira intangível dos descampados brutos.
Assim é fácil mostrar como esta distinção de ordem física
esclarece as anomalias e contrastes entre os sucessos nos
dois pontos do país, sobretudo no período agudo da crise
colonial, no século XVII.
Enquanto o domínio holandês, centralizando-se em
Pernambuco, reagia por toda a costa oriental, da Bahia ao
Maranhão, e se travavam recontros memoráveis em que,
solidárias, enterreiravam o inimigo comum as nossas três
raças formadoras, o sulista, absolutamente alheio àquela
agitação, revelava, na rebeldia aos decretos da metrópole,
completo divórcio com aqueles lutadores. Era quase um
inimigo tão perigoso quanto o batavo. Um povo estranho
de mestiços levantadiços, expandindo outras tendências,
norteado por outros destinos, pisando, resoluto, em
demanda de outros rumos, bulas e alvarás entibiadores.
Volvia-se em luta aberta com a corte portuguesa, numa
reação tenaz contra os jesuítas. Estes, olvidando o
holandês e dirigindo-se, com Ruiz de Montoya a Madrie
Díaz Taño a Roma, apontavam-no como inimigo mais sério.
De feito, enquanto em Pernambuco as tropas de van
Schkoppe preparavam o governo de Nassau, em São Paulo
se arquitetava o drama sombrio de Guaíra. E quando a
restauração em Portugal veio alentar em toda a linha a
repulsa ao invasor, congregando de novo os combatentes
exaustos, os sulistas frisaram ainda mais esta separação de
destinos, aproveitando-se do mesmo fato para estadearem
a autonomia franca, no reinado de um minuto de Amador
Bueno.
Não temos contraste maior na nossa história. Está nele a
sua feição verdadeiramente nacional. Fora disto mal a
vislumbramos nas cortes espetaculosas dos governadores,
na Bahia, onde imperava a Companhia de Jesus com o
privilégio da conquista das almas, eufemismo casuístico
disfarçando o monopólio do braço indígena.
(EUCLIDES DA CUNHA. Os sertões. Edição crítica de Walnice Nogueira
Galvão. 2 ed. São Paulo: Editora Ática, 2001, p. 81-82.)
A palavra colonização deriva do verbo latino colo, com significado de “morar e ocupar a terra”.
Nesse sentido geral, o termo colonização aplica-se a deslocamentos populacionais que visam ocupar
e explorar novas terras. Nos séculos VIII e VII a.C., os gregos fundaram cidades na Ásia Menor, na
península itálica, na Sicília, no norte da África.
Identifique algumas das características desse processo de colonização que o diferenciam da
colonização realizada pelos europeus no continente americano nos séculos XVI
ao XIX.
8) (Mack-2007) A pólis, ao contrário do Estado romano, que é sobretudo territorial, não se define
pelo seu contexto geográfico, mas pelo corpo dos cidadãos que a compõem. A base jurídica principal
da pólis era a união pessoal — o grupo humano da cidadania. É por isso que
Tucídides afirmou que “os homens são a cidade, não as
muralhas ou os navios sem homens”, e Aristóteles definiu a pólis como “uma coletividade
determinada pelos cidadãos”. Celso Lafer - Reflexões sobre as relações externas da
pólis...
O texto acima diz respeito a um fenômeno histórico que encontrou sua expressão máxima em duas
cidades do mundo antigo, uma situada na Ática, e a outra, na Lacônia. Usando o código abaixo,
assinale a alternativa em que estão relacionadas de maneira correta as instituições ligadas à vida,
respectivamente, de cada uma das duas pólis mencionadas:
1. Bulé, Conselho dos Quatrocentos
2. Eclésia, assembléia popular
3. Gerúsia, conselho de anciãos, com poderes legislativos
4. Eforato, composto de 5 membros, com poderes
executivos
a) (1 e 2) e (3 e 4)
b) (1 e 3) e (2 e 4)
c) (2 e 3) e (1 e 4)
d) (2 e 4) e (1 e 3)
e) (3 e 4) e (1 e 2)
9) (VUNESP-2007) Os homens que combatem e morrem pela Itália têm o ar, a luz e mais nada (…).
Lutam e perecem para sustentar a riqueza e o luxo de outro, mas embora sejam chamados de
senhores do mundo, não têm um único torrão de terra que seja seu. (Tibério Graco, tribuno da plebe
no ano de 133 a. C. em Roma, assassinado pela aristocracia romana.)
Compare as sociedades que produziram os dois
documentos, no que diz respeito à questão da terra.
10) (Mack-2007) [
I. A religião mergulha suas raízes
nas profundezas de um passado longínquo e conhece
múltiplos deuses, sob a forma ao mesmo tempo animal e
antropomórfica, o que autorizou aproximações
(controvertidas) com o totemismo primitivo. A
preocupação com o além domina a vida dos simples e
explica o êxito crescente da lenda de Osíris, antigo rei do
Delta, vítima da ambição de seu irmão Séti, e cujo corpo
cortado em pedaços foi reunido e ressuscitado pelos
cuidados de sua irmã-esposa Ísis.
II. A religião está no centro de toda a vida. Remonta
ela à época neolítica e os grandes deuses são de origem
cósmica, Anu, rei do Céu, Enlil, rei da Terra, Ea, rei do
Oceano. Esses deuses primordiais criaram os deuses
astrais, que se ocupam diretamente dos homens,
Chamach, deus-sol, Sin, deus-lua, Ichtar, o planeta Vênus,
e Damuzi, o deus agrário dos mortos e das ressurreições
anuais. A cidade santa é Nipur, e sua preeminência dura
até o advento de Marduc, o babilônio.
III. Dois ordenadores de gênio impuseram sua marca
[à religião]: Homero, criador de uma sociedade divina à
imagem da humana (deuses olímpicos), e Hesíodo, que
concebe toda uma teogonia e lança o problema das forças
misteriosas que decidem do destino do homem.
Paralelamente, a religião popular [está] fundada no
respeito às forças naturais antropomorfizadas, Zeus, Pã,
Hermes, Ártemis, nos ciclos imutáveis da vegetação, das
sementeiras e das colheitas, Deméter e Dioniso [...].
Os trechos acima, extraídos da obra do historiador Paul
Petit a respeito dos povos antigos, referem-se a traços
culturais, respectivamente, das civilizações
a) egípcia, suméria e grega.
b) babilônica, egípcia e romana.
c) persa, assíria e grega.
d) egípcia, romana e cretense.
e) hebraica, persa e grega.
11) (FUVEST-2007) “Num processo em que era acusado e a multidão ateniense atuava como juiz,
Demóstenes [orador político, 384-322 a.C.] jogou na cara do adversário [também um orador
político] as seguintes críticas: ‘Sou melhor que Ésquines e mais bem nascido; não gostaria de
dar a impressão de insultar a pobreza, mas devo dizer que meu quinhão foi, quando criança,
freqüentar boas escolas e ter bastante fortuna para que a necessidade não me obrigasse a trabalhos
vergonhosos. Tu, Ésquines, foi teu destino, quando criança, varrer como um escravo a sala de
aula onde teu pai lecionava’. Demóstenes ganhou triunfalmente o processo.”
Paul Veyne, História da Vida Privada, I, 1992.
A fala de Demóstenes expressa a
a) transformação política que fez Atenas retornar ao regime aristocrático depois de derrotar Esparta
na Guerra do Peloponeso.
b) continuidade dos mesmos valores sociais igualitários que marcaram Atenas a partir do momento
em que se tornou uma democracia.
c) valorização da independência econômica e do ócio, imperante não só em Atenas, mas em todo o
mundo grego antigo.
d) decadência moral de Atenas, depois que o poder político na cidade passou a ser exercido pelo
partido conservador.
e) crítica ao princípio da igualdade entre os cidadãos, mesmo quando a democracia era a forma de
governo dominante em Atenas.
13) (UNIFESP-2004) “Nunca temi homens que têm no centro de sua cidade um local para reunirem-
se e enganarem-se uns aos outros com juramentos. Com estas palavras, Ciro insultou todos os
gregos, pois eles têm suas agorás [praças] onde se reúnem para comprar e vender; os persas ignoram
completamente o uso de agorás e não têm lugar algum com essa finalidade”. (Heródoto, Histórias,
séc. V a.C.)
O texto expressa
A) a inferioridade dos persas que, ao contrário dos gregos, não conheciam ainda a vida em cidades.
B) a desigualdade entre gregos e persas, apesar dos mesmos usos que ambos faziam do espaço
urbano.
C) o caráter grego, fundamentado no uso específico do espaço cívico, construído em oposição aos
outros.
D) a incapacidade do autor olhar com objetividade os persas e descrever seus costumes diferentes.
E) a complacência dos persas para com os gregos, decorrente da superioridade de seu poderio
econômico e militar.
29) (UECE-2007)
Leia, atentamente, o texto:
“Daqueles mortos nas Termópilas, gloriosa é a sorte, belo
o destino... dele é testemunha Leônidas, o rei de Esparta,
que, de valor, deixou um grande ornamento e a fama
eterna”.
Com essas palavras, o poeta grego, Simônides (556-460
a.C.), lembra a luta do heróico contingente de trezentos
soldados espartanos e seu rei. Dentre as conseqüências da
batalha de Termópilas, podemos citar:
a) Esparta mostrou sua disposição para a guerra e
conseguiu sua vitória gloriosa sobre o reino persa.
b) Evitou-se a ocupação de Atenas com a perda de um
número relativamente pequeno de soldados mortos,
banindo-se completamente Xerxes e seu exército.
c) Os persas, derrotados, foram obrigados a retirar-se e
renunciar à conquista da Ática e do Peloponeso.
d) A derrota de Leônidas e os 300 soldados inseriu o rei e
seu pequeno exército como heróis das narrativas lendárias
em torno da coragem guerreira espartana.
49) (UFPE-1996)
As artes foram um ponto de destaque na Grécia,
sobretudo a Arquitetura, em Atenas, em que se
destacaram estilos arquitetônicos gregos, representados
pelas figuras a seguir:
Em qual das alternativas estão indicados os três estilos?
a) O dório, o jônio e o coríntio.
b) O sofista, o platônico e o socrático.
c) O alexandrino, o maneirista e o barroco.
d) O dório, o gótico e o alexandrino.
e) O helênico, o romântico e o helenístico.
Legenda:
1 - Viagens de Pedro Álvares Cabral
2 - Viagens de Vasco da Gama
3 - Viagens de Bartolomeu Dias
4 - Viagens de Pedro de Covilha
Fonte: Almanaque Abril 1998, Ed. Abril S.A.
Observando o mapa anterior podemos identificar
várias rotas de navegação. Próximo à comemoração
dos "500 anos" do Brasil, percebemos que o
"descobrimento" de nosso país:
a) foi acidental, tendo em vista Cabral estar indo para
as Índias e, devido a uma calmaria, ter chegado às
terras brasileiras e espanholas.
b) foi proposital, tendo vista o Tratado de Toledo ter
determinado que todas as terras a Oeste de Cabo
Verde seriam de Portugal.
c) está ligado apenas a um movimento de expansão
religiosa da Coroa Portuguesa para converter as
tribos africanas.
d) está incluído numa expansão marítima e comercial
que objetivava, entre outros fatores, a procura de
metais preciosos e terras para Portugal.
e) está relacionado à viagem de Vaco da Gama e à
fundação de feitorias nas ilhas dos Oceanos Índico e
Pacífico.
Exercícios de História do Brasil – Período
Colonial – Formação de Portugal
Este quadro, pintado por Franz Post por volta de 1660, pode
ser corretamente relacionado
a) à iniciativa pioneira dos holandeses de construção dos
primeiros engenhos no Nordeste.
b) à riqueza do açúcar, alvo principal do interesse dos
holandeses no Nordeste.
c) à condição especial dispensada pelos holandeses aos
escravos africanos.
d) ao início da exportação do açúcar para a Europa por
determinação de Maurício de Nassau.
e) ao incentivo à vinda de holandeses para a constituição de
pequenas propriedades rurais.
27) (FUVEST-2007) No Brasil, os escravos
1. trabalhavam tanto no campo quanto na cidade, em
atividades econômicas variadas 2. sofriam castigos físicos, em praça pública, determinados
por seus senhores.
3. resistiam de diversas formas, seja praticando o suicídio,
seja organizando rebeliões.
4. tinham a mesma cultura e religião, já que eram todos
provenientes de Angola.
5. estavam proibidos pela legislação de efetuar pagamento
por sua alforria.
Das afirmações acima, são verdadeiras apenas
a) 1, 2 e 4.
b) 3, 4 e 5.
c) 1, 3 e 5.
d) 1, 2 e 3.
e) 2, 3 e 5.
28) (ENEM-2007) A identidade negra não surge da tomada
de consciência de uma diferença de pigmentação ou de uma
diferença biológica entre populações negras e brancas e(ou)
negras e amarelas. Ela resulta de um longo processo
histórico que começa com o descobrimento, no século XV,
do continente africano e de seus habitantes pelos
navegadores portugueses, descobrimento esse que abriu o
caminho às relações mercantilistas com a África, ao tráfico
negreiro, à escravidão e, enfim, à colonização do continente
africano e de seus povos.
K. Munanga. Algumas considerações sobre a diversidade e a identidade negra no
Brasil. In: Diversidade na educação: reflexões e
experiências. Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37.
Com relação ao assunto tratado no texto acima, é correto
afirmar que
a) a colonização da África pelos europeus foi simultânea ao
descobrimento desse continente.
b) a existência de lucrativo comércio na África levou os
portugueses a desenvolverem esse continente.
c) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao início
da escravidão no Brasil.
d) a exploração da África decorreu do movimento de
expansão européia do início da Idade Moderna.
e) a colonização da África antecedeu as relações comerciais
entre esse continente e a Europa.
29) (Mack-2007) Fundamental para a estruturação do
sistema colonial português na Idade Moderna, o chamado
“exclusivo colonial” visava, sobretudo a
a) estimular nas colônias uma política de industrialização
que permitisse à Metrópole concorrer com suas rivais
industrializadas.
b) reservar a grupos ou a companhias privilegiadas — ou
mesmo ao Estado — o comércio externo das colônias, tanto
o de importação quanto o de exportação.
c) restringir a tarefa de doutrinação dos indígenas
americanos exclusivamente aos membros da Companhia de
Jesus, assegurando, dessa forma, o poder real entre os
povos nativos.
d) impedir, nas colônias, o acesso de fidalgos mazombos a
cargos administrativos importantes, reservados a fidalgos
reinóis.
e) orientar a produção agrícola conforme as exigências da
população colonial, evitando por esse meio crises de
abastecimento de alimentos nos centros urbanos.
30) (ESPM-2007) Numa economia como a brasileira –
particularmente em sua primeira fase – é preciso distinguir
dois setores bem diferentes da produção. O primeiro é dos
grandes produtos de exportação, o outro é das atividades
acessórias cujo fim é manter em funcionamento aquela
economia de exportação.
São sobretudo as que se destinam a fornecer os meios de
subsistência à população empregada nesta última.
(Caio Prado Jr. História Econômica do Brasil)
Assinale a alternativa que traga, respectivamente, um
produto de exportação e uma atividade acessória ou de
subsistência praticadas no Brasil colonial:
a) Açúcar e borracha.
b) Açúcar e mandioca.
c) Açúcar e soja.
d) Café e borracha.
e) Café e soja.
31) (UNIFESP-2007) Não é minha intenção que não haja
escravos... nós só queremos os lícitos, e defendemos
(proibimos) os ilícitos. Essa posição do jesuíta Antônio
Vieira, na segunda metade do século XVII,
a) aceita a escravidão negra mas condena a indígena.
b) admite a escravidão apenas em caso de guerra justa.
c) apóia a proibição da escravidão aos que se convertem ao
cristianismo.
d) restringe a escravidão ao trabalho estritamente
necessário.
e) conserva o mesmo ponto de vista tradicional sobre a
escravidão em geral.
32) (UNIFESP-2007) ... todos os gêneros produzidos junto ao
mar podiam conduzir- se para a Europa facilmente e os do
sertão, pelo contrário, nunca chegariam a portos onde os
embarcassem, ou, se chegassem, seria com despesas tais
que aos lavradores não faria conta largá-los pelo preço por
que se vendessem os da Marinha. Estes foram os motivos
de antepor a povoação da costa à do sertão. (Frei Gaspar da
Madre de Deus, em 1797.) O texto mostra
a) o desconhecimento dos colonos das desvantagens de se
ocupar o interior.
b) o caráter litorâneo da colonização portuguesa da
América.
c) o que àquela altura ainda poucos sabiam sobre as
desvantagens do sertão.
d) o contraste entre o povoamento do nordeste e o do
sudeste.
e) o estranhamento do autor sobre o que se passava na
região das Minas.
33) (VUNESP-2008) Há uma encruzilhada de três estradas
sob a minha cruz de estrelas azuis: três caminhos se cruzam7 | Projeto Medicina –
www.projetomedicina.com.br
– um branco, um verde e um preto – três hastes da grande
cruz/ E o branco que veio do norte, e o verde que veio da
terra, e o preto que veio do leste derivam, num novo
caminho, completam a cruz/ unidos num só, fundidos num
vértice.(Guilherme de Almeida, Raça.)
Nessa visão poética da história do povo brasileiro, o autor
a) refere-se ao domínio europeu e à condição subalterna dos
africanos na formação da nacionalidade.
b) trata dos seus três grupos étnicos, presentes desde a
colonização, mesclados numa síntese nacional.
c) critica o papel desempenhado pelos jesuítas sobre
portugueses, índios e negros na época colonial.
d) expressa idéias e formas estéticas do movimento
romântico do século XIX, que enaltecia a cultura negra.
e) elogia o movimento nacionalista que resultou na
implantação de regimes políticos autoritários no Brasil.
34) (UFPR-2009) Sobre a ocupação holandesa do nordeste
brasileiro em 1630, é correto afirmar:
a) Os holandeses exploravam e financiavam a indústria
açucareira brasileira mesmo antes da ocupação do nordeste.
b) A principal instituição européia contrária aos objetivos
expansionistas dos holandeses no Brasil foi a poderosa
Companhia das Índias Ocidentais.
c) A ocupação holandesa encontrou sua mais persistente
oposição entre os senhores de engenho da região.
d) Maurício de Nassau, governador do território ocupado
pelos holandeses, restringiu a liberdade religiosa e selou
uma vigorosa aliança com a Igreja Católica.
e) O domínio holandês no nordeste do Brasil agravou o
crônico problema da agricultura de subsistência na colônia,
pois todos os recursos naturais e humanos foram
direcionados à produção de açúcar.
35) (Mack-2009) Na historiografia brasileira, encontramos
um debate que procura responder à seguinte questão: tendo
em vista sua estrutura geral, poderíamos classificar o
Brasil-colônia como um exemplo tardio de Feudalismo?
Analisando a estrutura colonial brasileira, podemos refutar
a hipótese de Brasil feudal, considerando que
a) a produção colonial, embora agrícola, visava ao
abastecimento do mercado externo, obedecendo à lógica do
Capitalismo Comercial.
b) o controle político das Capitanias Hereditárias esteve,
exclusivamente, nas mãos dos donatários, oriundos da alta
nobreza portuguesa.
c) o progresso da colônia assentava-se sobre a servidão
coletiva imposta a índios e africanos.
d) a economia colonial desenvolveu um comércio interno
insignificante, sobretudo durante o ciclo da mineração.
e) a sociedade colonial era, juridicamente, classificada
como estamental, tendo em vista a impossibilidade legal de
libertação de escravos.
36) (UFMG-1997) O interesse dos mercadores dos PaísesBaixos pelo Brasil foi um fato que antecedeu de
muito os
ataques empreendidos pela Companhia das Índias
Ocidentais, em 1624 contra a Bahia e, em 1630, contra
Pernambuco. Estes ataques explicam-se por aquele
interesse(...). Faz-se, pois, necessário recuar um pouco no
tempo, para uma perspectiva melhor dos acontecimentos
que na segunda e terceira décadas de 1600 se desenrolam
em nosso país.
(MELLO, J. A. Gonsalves de. O domínio holandês na
Bahia e no Nordeste. In: HOLANDA, S. B.. de (dir.).
História Geral da Civilização„o Brasileira. São Paulo:
Difel, 1981. t. I, v. 1, p. 235.)
CITE a forma de participação„o dos mercadores dos PaísesBaixos no comércio do açúcar anterior ao
domínio holandês
no nordeste açucareiro.
37) (Vunesp-1996) "0 ser senhor de engenho, diz o cronista,
é título a que muitos aspiram porque traz consigo o ser
servido, obedecido e respeitado de muitos."
(Antonil - CULTURA E OPULÊNCIA DO BRASIL).
Considerando o período colonial brasileiro, comente a
afirmação apresentada.
38) (Fuvest-2000) Ocupações dos vereadores de Salvador,