Você está na página 1de 180

APOSTILA

DE
HISTÓRIA
EXERCÍCIOS

Professora: Caroline Bretas


2020
Índice

1. Pré História
2. História Antiga
3. Idade Média (Feudalismo)
4. Antigo Regime
5. Renascimento e Contra Reforma
6. Expansão Marítima
Exercícios de História
Pré-História
1) (UFU-2002) "Todo sistema cultural tem a sua própria lógica e não passa de um ato primário de
etnocentrismo tentar transferir a lógica de um sistema para outro."
LARAIA, ROQUE CULTURA, UM CONCEITO ANTROPOLÓGICO, 8. ED, RIO DE JANEIRO
JORGE ZAHAR,1993.
Considerando o texto acima, marque a alternativa correta acerca das afirmações abaixo.
I - As sociedades tribais são tão eficientes para produzir cultura quanto qualquer outra, mesmo
quando não possuem certos recursos culturais presentes em outras
culturas.
II - As sociedades selvagens são capazes de produzir cultura, mas estão mal adaptadas ao meio
ambiente e, por isso, algumas nem sequer possuem o Estado.
III - As chamadas sociedades indígenas são dotadas de recursos materiais e simbólicos eficientes
para produzir cultura como qualquer outra, faltando-lhes apenas urna
linguagem própria.
IV - As chamadas sociedades primitivas conseguiram produzir cultura plenamente, ao longo do
processo evolutivo, quando instituíram o Estado e as instituições escolares.
a) I e II estão corretas.
b) Apenas I está correta.
c) I e m estão corretas.
d) I e IV estão corretas.

2) (ENEM-2006) Segundo a explicação mais difundida sobre o povoamento da América, grupos


asiáticos teriam chegado a esse continente pelo Estreito de Bering, há 18 mil anos. A partir dessa
região, localizada no extremo noroeste do continente americano, esses grupos e seus descendentes
teriam migrado, pouco a pouco, para outras áreas, chegando até a porção sul do continente.
Entretanto, por meio de estudos arqueológicos realizados no Parque Nacional da Serra da Capivara
(Piauí), foram descobertos vestígios da presença humana que teriam até 50 mil anos de idade.
Validadas, as provas materiais encontradas pelos arqueólogos no Piauí
a) comprovam que grupos de origem africana cruzaram o
oceano Atlântico até o Piauí há 18 mil anos.
b) confirmam que o homem surgiu primeiramente na
América do Norte e, depois, povoou os outros
continentes.
c) contestam a teoria de que o homem americano surgiu
primeiro na América do Sul e, depois, cruzou o Estreito de
Bering.
d) confirmam que grupos de origem asiática cruzaram o
Estreito de Bering há 18 mil anos.
e) contestam a teoria de que o povoamento da América
teria iniciado há 18 mil anos.

3) (ETEs-2007) Os metais, explorados desde a Idade do Bronze, são muito utilizados até hoje, por
exemplo, na aeronáutica, na eletrônica, na comunicação, na construção civil e na indústria
automobilística.
Sobre os metais, pode-se afirmar que são
a) bons condutores de calor e de eletricidade, assim como os não-metais.
b) materiais que se quebram com facilidade, característica semelhante aos cristais.
c) materiais que apresentam baixo ponto de fusão, tornando-se sólidos na temperatura ambiente.
d) encontrados facilmente na forma pura ou metálica, sendo misturados a outros metais, formando
o mineral.
e) maleáveis, transformando-se em lâminas, por exemplo, quando golpeados ou submetidos a rolo
compressor.
4) (ETEs-2007) Na Pré-História, o homem já criava animais, cultivava o solo e dispunha de objetos
de metais, tais como lanças, ferramentas e machados.
(Adaptado de: <http://www.suapesquisa.com/pré-história>
acessado em: fev. 2007.)
Com base nessas informações, foram formuladas algumas hipóteses. Escolha, na relação a seguir,
as hipóteses compatíveis com aquela época.
I. Houve domesticação e cultivo de plantas.
II. Ocorreu melhoria na alimentação e na qualidade de vida das pessoas.
III. Os alimentos eram transportados por navios.
IV. A vida nômade teve início.
É correto o que se afirmar apenas em
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.

5) (UFPE-1996) Na Pré-História encontramos fases do desenvolvimento humano. Qual a alternativa


que apresenta características das atividades do homem na fase neolítica?
a) Os homens praticavam uma economia coletora de alimentos.
b) Os homens fabricavam seus instrumentos para obtenção de alimentos e abrigo.
c) Os homens aprenderam a controlar o fogo.
d) Os homens conheciam uma economia comercial e já praticavam os juros.
e) Os homens cultivavam plantas e domesticavam animais, tornando-se produtores de alimentos.

6) (ETEs-2007) Leia as afirmações a seguir que exemplificam a exploração da natureza ao longo


da história.
• No período da Idade da Pedra, os homens usavam armas e ferramentas, lapidando pedaços de
rochas encontradas na natureza.
• O uso do cobre para a fabricação de utensílios domésticos, provavelmente, deve-se à constatação
de sua fusão em uma fogueira feita sobre rochas que continham esse minério.
• Os primeiros registros de uma bebida alcoólica, feita a partir da fermentação de cereais, datam das
civilizações mesopotâmicas, podendo ser considerada uma das mais antigas técnicas de produção.
• Na Idade Média, o processo de conservação das carnes era feito por meio da salga e da defumação
(secar ou expor à fumaça).
Analisando esses fenômenos, pode-se afirmar que ocorre a transformação química apenas nos
processos de
a) lapidar rochas e fundir cobre.
b) fundir cobre e defumar carne.
c) fundir cobre e fermentar cereais.
d) lapidar rochas e fermentar cereais.
e) fermentar cereais e defumar carne.

7) (UFSCar-2000) Entre as transformações havidas na passagem da pré-história para o período


propriamente histórico, destaca-se a formação de cidades em regiões de
a) solo fértil, atingido periodicamente pelas cheias dos rios, permitindo grande produção de
alimentos e crescimento populacional.
b) difícil acesso, cuja disposição do relevo levantava barreiras naturais às invasões de povos que
viviam do saque de riquezas.
c) entroncamento de rotas comerciais oriundas de países e continentes distintos, local de confluência
de produtos exóticos.
d) riquezas minerais e de abundância de madeira, condições necessárias para a edificação dos
primeiros núcleos urbanos.
e) terra firme, distanciada de rios e de cursos d’água, com grau de salubridade compatível com a
concentração populacional.
8) (UFSCar-2008) É, pois, nas sociedades orais que não apenas a função da memória é mais
desenvolvida, mas também a ligação entre o homem e a Palavra é mais forte. Lá onde não existe a
escrita, o homem está ligado à palavra que profere. Está comprometido por ela. Ele é a palavra, e a
palavra encerra um testemunho daquilo que ele é. (...) nas tradições africanas - pelo menos nas que
conheço e que dizem respeito a toda a região de savana ao sul do Saara -, a palavra falada se
empossava, além de um valor moral fundamental, de um caráter sagrado vinculado à sua origem
divina e às forças ocultas nela depositadas. Agente mágico por excelência, grande vetor de “forças
etéreas”, não era utilizada sem prudência. Inúmeros fatores - religiosos, mágicos ou sociais -
concorrem, por conseguinte, para preservar a fidelidade da transmissão oral (...).
(A. Hampaté Bâ. A tradição viva. In: J. Ki-Zerbo (org.).
História geral da África, 1982.)
a) Escreva sobre a importância da criação da escrita na diferenciação entre sociedades pré-históricas
e históricas, que esteve presente, durante muito tempo, no pensamento europeu.
b) A partir da interpretação do texto apresentado, escreva por que é possível escrever a história de
sociedades orais.

9) (ENEM-2007)
A pintura rupestre acima, que é um patrimônio cultural brasileiro, expressa
a) o conflito entre os povos indígenas e os europeus durante o processo de colonização do Brasil.
b) a organização social e política de um povo indígena e a hierarquia entre seus membros.
c) aspectos da vida cotidiana de grupos que viveram durante a chamada pré-história do Brasil.
d) os rituais que envolvem sacrifícios de grandes dinossauros atualmente extintos.
e) a constante guerra entre diferentes grupos paleoíndios da América durante o período colonial.

10) (Covest-1997) A arte é uma criação humana, fundamentada na cultura e no processo histórico,
sobre as várias modalidades da arte podem-se afirmar.
Assinale V ou F.
( ) Durante a Pré-história o "homo-sapiens" desenvolveu a técnica da pintura sobre a rocha,
conhecida como arte rupestre, e através dela nos deixou imagens de outros
aspectos de sua cultura. ( ) Os romanos desenvolveram sua arte com base na arte etrusca e também
receberam influência dos gregos, no que diz respeito à arquitetura e aos motivos governamentais.
( ) O movimento literário, artístico e científico que nasceu na Itália e se propagou pela Europa
Ocidental dos séculos XV e XVI denomina-se Renascimento.
( ) A arquitetura moderna teve nos irmãos Perret e em Le Corbusier seus precursores, que a partir
de 1922 utilizaram em lugar da construção metálica, a construção em cimento armado.
( ) Das experiências dos irmãos franceses Lumiére e do americano Thomas Edison surgiu de uma
nova arte – o cinema - que rapidamente se transformou em uma promissora indústria de arte e
entretenimento.

11) (Covest-1997) A arqueologia é técnica científica usada pelos historiadores para resgatar o
passado mais remoto da humanidade através de seus vestígios materiais; graças à arqueologia é que
existe o conhecimento da Pré-história.
Assinale a alternativa que não corresponde à Pré-história:
a) Estudos comprovam que os tipos Neanderthalenses e Arcantropinos habitavam parte da África,
Ásia e Europa há cerca de 200 mil anos atrás.
b) As raças Grimalde e a Cro-Magnon são consideradas Homo Sapiens.
c) No mesolítico as técnicas de produção dos artefatos variavam entre as formas paleolíticas
anteriores e as formas neolíticas posteriores.
d) O Homem de Neanderthal desenvolveu sua cultura material no paleolítico médio.
e) Os historiadores têm compreendido mais claramente a vida cotidiana da cidade de Pompéia, na
Itália, a partir das escavações arqueológicas.

12) (UFSCar-2006) (...) Pré-História do Brasil compreende a existência de uma crescente variedade
lingüística, cultura e étnica, que acompanhou o crescimento demográfico das primeiras levas
constituídas por poucas pessoas (...) que chegaram à região até alcançar muitos milhões de habitantes
na época da chegada da frota de Cabral. (...) não houve apenas um processo histórico, mas
numerosos, distintos entre si, com múltiplas continuidades edescontinuidades, tantas quanto as
etnias que se formaram constituindo ao longo dos últimos 30, 40, 50, 60ou 70 mil longos anos de
ocupação humana das Américas.
(Pedro Paulo Funari e Francisco Silva Noeli. Pré-História do Brasil, 2002.)
Considerando o texto, é correto afirmar que
a) as populações indígenas brasileiras são de origem histórica diversa e, da perspectiva linguística,
étnica e cultural, se constituíram como sociedades distintas.
b) uma única leva imigratória humana chegou à América há 70 mil anos e dela descendem as
populações indígenas brasileiras atuais.
c) a concepção dos autores em relação à Pré-História do Brasil sustenta-se na ideia da construção de
uma experiência evolutiva e linear.
d) os autores descrevem o processo histórico das populações indígenas brasileiras como uma
trajetória fundada na ideia de crescente progresso cultural.
e) na época de Cabral, as populações indígenas brasileiras eram numerosas e estavam em um estágio
evolutivo igual ao da Pré-História europeia.

13) (UFPE-1995) "Já se afirmou ser a História uma continuação da História Natural, havendo uma
analogia entre a evolução orgânica e o progresso da cultura".Sobre a Pré-História, qual das
alternativas a seguir é incorreta?
a) Várias ciências auxiliam o estudo, como a Antropologia, a Arqueologia e a Química.
b) A Pré-História pode ser dividida em Paleolítico e Neolítico, no que se refere ao processo técnico
de trabalhar a pedra.
c) Sobre o Paleolítico, podemos afirmar que foi o período de grande desenvolvimento artístico, cujo
exemplo são as pinturas antropomorfas e zoomorfas realizadas nas cavernas.
d) O Neolítico apresentou um desenvolvimento artístico diferente do Paleolítico, através dos traços
geométricos do desenho e da pintura.
e) Os primeiros seres semelhantes ao homem foram os Australopitecus e o Homem de Java que eram
bem mais adaptados que o Homem de Neanderthal.

Exercícios de História
Grécia

1) (UFSCar-2002) E muitos a Atenas, para a pátria de geração divina, reconduzi, vendidos que
foram – um injustamente, o outro justamente; e outros por imperiosas obrigações exiladas, e que
nem mais a língua ática falavam, de tantos lugares por que tinham errado; e outros, que aqui mesmo
escravidão vergonhosa levavam, apavorados diante dos caprichos dos senhores, livres estabeleci.
O texto, um fragmento de um poema de Sólon–arconte
ateniense, 594 a.C. - , citado por Aristóteles em A
Constituição de Atenas, refere-se
(A) ao fim da tirania.
(B) à lei que permitia ao injustiçado solicitar reparações.
(C) à criação da lei que punia aqueles que conspiravam
contra a democracia.
(D) à abolição da escravidão por dívida.
(E) à instituição da Bulé.

2) (FGV-2002) O período helenístico foi marcado por grandes transformações na civilização grega.
Entre suas características, podemos destacar:
A. O desenvolvimento de correntes filosóficas que, diante do esvaziamento das atividades políticas
das cidades Estado, faziam do problema ético o centro de suas preocupações visando,
principalmente, o aprimoramento interior do ser humano.
B. Um completo afastamento da cultura grega com relação às tradições orientais, decorrente,
sobretudo, das rivalidades com os persas e da postura depreciativa que considerava bárbaros todos
os povos que não falavam o seu idioma.
C. A manutenção da autonomia das cidades-Estado, a essa altura articuladas primeiro na Liga de
Delos, sob o comando de Atenas e, posteriormente, sob a Liga de Peloponeso, liderada por Esparta.
D. A difusão da religião islâmica na região da Macedônia terra natal de Felipe II, conquistador das
cidades-Estado gregas.
E. O apogeu da cultura helênica representado, principalmente, pelo florescimento da filosofia e do
teatro e o estabelecimento da democracia ateniense.

3) (VUNESP-2009) A retirada da Laguna Formação de um corpo de exército incumbido de atuar,


pelo Norte, no alto Paraguai - Distâncias e dificuldades de organização. Para dar uma idéia
aproximada dos lugares onde ocorreram, em 1867, os acontecimentos relatados a seguir, é
necessário lembrar que a República do Paraguai, o Estado mais central da América do Sul, após
invadir e atacar simultaneamente o Império do Brasil e a Re- pública Argentina em fins de 1864,
encontrava-se, decorridos dois anos, reduzida a defender seu território, invadido ao sul pelas forças
conjuntas das duas potências aliadas, às quais se unira um pequeno contingente de tropas fornecido
pela República do Uruguai. Do lado sul, o caudaloso Paraguai, um dos afluentes do rio da Prata,
oferecia um acesso mais fácil até a fortaleza de Humaitá, que se transformara, graças à sua posição
especial, na chave de todo o país, adquirindo, nesta guerra encarniçada, a importância de Sebastopol
na campanha da Criméia. Do lado da província brasileira de Mato Grosso, ao norte, as operações
eram infinitamente mais difíceis, não apenas porque milhares de quilômetros a separam do litoral
do Atlântico, onde se concentram praticamente todos os recursos do Império do Brasil, como
também por causa das cheias do rio Paraguai, cuja porção setentrional, ao atravessar regiões planas
e baixas, transborda anualmente e inunda grandes extensões de terra. O plano de ataque mais natural,
portanto, consistia em subir o rio Paraguai, a partir da República Argentina, até o centro da
República do Paraguai, e em descê-lo, pelo lado brasileiro, a partir da capital de Mato Grosso,
Cuiabá, que os paraguaios não haviam ocupado. Esta combinação de dois esforços simultâneos teria
sem dúvida impedido a guerra de se arrastar por cinco anos consecutivos, mas sua realização era
extraordinariamente difícil, em razão das enormes distâncias que teriam de ser percorridas: para se
ter uma idéia, basta relancear os olhos para o mapa da América do Sul e para o interior em grande
parte desabitado do Império do Brasil. No momento em que começa esta narrativa, a atenção geral
das potências aliadas estava, pois, voltada quase exclusivamente para o sul, onde se realizavam
operações de guerra em torno de Curupaiti e Humaitá. O plano primitivo fora praticamente
abandonado, ou, pelo menos, outra função não teria senão submeter às mais terríveis provações um
pequeno corpo de exército quase perdido nos vastos espaços desertos do Brasil. Em 1865, no início
da guerra que o presidente do Paraguai, sem outro motivo que a ambição pessoal, suscitara na López,
América do Sul, mal amparado no vão pretexto de manter o equilíbrio internacional, o Brasil,
obrigado a defender sua honra e seus direitos, dispôs-se resolutamente à luta. A fim de enfrentar o
inimigo nos pontos onde fosse possível fazê-lo, ocorreu naturalmente a todos o projeto de invadir o
Paraguai pelo Norte; projetou-se uma expedição deste lado. Infelizmente, este projeto de ação
divisionária não foi realizado nas proporções que sua importância requeria, com o agravante de que
os contingentes acessórios com os quais se contara para aumentar o corpo de exército
expedicionário, durante a longa marcha através das províncias de São Paulo e de Minas Gerais,
falharam em grande parte ou desapareceram devido a uma epidemia cruel de varíola, bem como às
deserções que ela motivou. O avanço foi lento: causas variadas, e sobretudo a dificuldade de
fornecimento de víveres, provocaram a demora. Só em julho pôde a força expedicionária organizar-
se em, no alto Paraná (a partida do Rio de Janeiro ocorrera em Uberaba abril); contava então com
um efetivo de cerca de 3 mil homens, graças ao reforço de alguns batalhões que o coronel José
Antônio da Fonseca Galvão havia trazido de Ouro Preto. Não sendo esta força suficiente para tomar
a ofensiva, o comandante-em-chefe, Manoel Pedro Drago, conduziu-a para a capital de Mato
Grosso, onde esperava aumentá-la ainda mais. Com esse intuito, o corpo expedicionário avançou
para o noroeste e atingiu as margens do rio Paranaíba, quando lhe chegaram então despachos
ministeriais com a ordem expressa de marchar diretamente para o distrito de Miranda, ocupado pelo
inimigo.
No ponto onde estávamos, esta ordem tinha como consequência necessária obrigar-nos a descer de
volta até o rio Coxim e em seguida contornar a serra de Maracaju pela base ocidental, invadida
anualmente pelas águas do caudaloso Paraguai. A expedição estava condenada a atravessar uma
vasta região infectada pelas febres palustres.
A força chegou ao Coxim no dia 20 de dezembro, sob o comando do coronel Galvão, recém-
nomeado comandante-em-chefe e promovido, pouco depois, ao posto de brigadeiro.
Destituído de qualquer valor estratégico, o acampamento de Coxim encontrava-se pelo menos a uma
altitude que lhe garantia a salubridade. Contudo, quando a enchente tomou os arredores e o isolou,
a tropa sofreu ali cruéis privações, inclusive fome. Após longas hesitações, foi necessário, enfim,
aventurarmo-nos pelos pântanos pestilentos situados ao pé da serra; a coluna ficou exposta
inicialmente às febres, e uma das primeiras vítimas foi seu infeliz chefe, que expirou às margens do
rio Negro; em seguida, arrastou-se depois penosamente até o povoado de Miranda. Ali, uma
epidemia climatérica de um novo tipo, a paralisia continuou a dizimar a tropa.reflexa, Quase dois
anos haviam decorrido desde nossa partida do Rio de Janeiro. Descrevêramos lentamente um imenso
circuito de 2112 quilômetros; um terço de nossos homens
perecera.
(VISCONDE DE TAUNAY (Alfredo d’Escragnolle-Taunay). A
retirada da Laguna - Episódio da guerra do Paraguai.
Tradução de Sergio Medeiros. São Paulo: Companhia das
Letras, 1997. p. 35 a 41.)
Entre os povos da Antiguidade ocidental, a participação efetiva nas guerras era, em geral, entendida
como condição necessária para a participação dos indivíduos nas decisões políticas das cidades. A
democracia nas cidades gregas, em Atenas em particular, tornou-se possível graças às mudanças na
arte da guerra, ocorridas nos séculos VI e V a.C. Que mudanças foram essas?

4) (Mack-2008) Verdadeiros fundadores da filosofia, os pensadores “pré-socráticos” inauguraram,


a partir do século VI a.C., uma nova atitude mental ante a realidade material, substituindo
progressivamente as elaborações de cunho mitológico por especulações de caráter científico
filosófico. A propósito desse importante momento da história da filosofia, são feitas as seguintes
afirmações:
I. Segundo a tradição, Tales de Mileto foi o primeiro filósofo a tratar a questão da origem e
transformação de todas as coisas. Para ele, “a água era o princípio de tudo”.
II. Atribui-se a Pitágoras de Samos (e a seus seguidores) a idéia de que “todas as coisas são como
os números”, ou seja, de que todo o mundo — inclusive a alma — se forma segundo uma estrutura
harmônica.
III. Os atomistas (Leucipo de Mileto e Demócrito de Abdera) afirmavam ser toda a matéria formada
por átomos, ou seja, por “partículas minúsculas, eternas e indivisíveis”, que, em movimento, se
chocavam entre si, provocando assim o nascimento, a mudança e aniquilamento de todas as coisas.
Assinale
a) se apenas I é correta.
b) se apenas II é correta.
c) se apenas III é correta.
d) se apenas I e II são corretas.
e) se I, II e III são corretas.

5) (FUVEST-2008) A cidade antiga (grega, entre os séculos VIII e IV a.C.) e a cidade medieval
(europeia, entre os séculos XII e XIV), quando comparadas, apresentam tanto aspectos comuns
quanto contrastantes. Indique aspectos que são
a) comuns às cidades antiga e medieval.
b) específicos de cada uma delas.

6) (UFSCar-2008) Com efeito, como os atenienses molestavam consideravelmente os peloponésios


de um modo geral, e principalmente o território dos lacedemônios [espartanos], estes pensaram que
a melhor maneira de afastá-los seria retaliar mandando um exército contra os aliados de Atenas,
especialmente porque tais aliados poderiam assegurar o sustento do exército e estavam chamando
os lacedemônios para vir ajudá-los, criando condições para que eles se revoltassem. Em adição, os
lacedemônios estavam contentes por terem um pretexto para mandar os hilotas para longe, a fim de
impedi-los de tentar revoltar-se na situação presente (...) Realmente, por medo de sua juventude e
de seu número
— na verdade, a maioria das medidas adotadas pelos lacedemônios visava sempre protegê-los
contra os hilotas
(...).
(Tucídides. História da Guerra do Peloponeso, século V
a.C.)
Sobre o momento histórico a que se refere Tucídides, é
correto afirmar que
a) os hilotas representavam os soldados de elite do exército ateniense.
b) o principal objetivo de Atenas era transformar Esparta em um Estado democrático.
c) a preocupação dos lacedemônios era controlar a população de Lacônia e Messênia, que eles
escravizaram quando chegaram ao Peloponeso.
d) os exércitos atenienses eram compostos essencialmente por hilotas, geralmente agricultores que
viviam em cidades.
e) os lacedemônios tinham por objetivo consolidar a
aliança entre as cidades gregas que faziam parte da Liga de Delos.

7) (VUNESP-2008) Os sertões
A Serra do Mar tem um notável perfil em nossa história. A
prumo sobre o Atlântico desdobra-se como a cortina de
baluarte desmedido. De encontro às suas escarpas
embatia, fragílima, a ânsia guerreira dos Cavendish e dos
Fenton. No alto, volvendo o olhar em cheio para os
chapadões, o forasteiro sentia-se em segurança. Estava
sobre ameias intransponíveis que o punham do mesmo
passo a cavaleiro do invasor e da metrópole. Transposta a
montanha — arqueada como a precinta de pedra de um
continente — era um isolador étnico e um isolador
histórico. Anulava o apego irreprimível ao litoral, que se
exercia ao norte; reduzia-o a estreita faixa de mangues e
restingas, ante a qual se amorteciam todas as cobiças, e
alteava, sobranceira às frotas, intangível no recesso das
matas, a atração misteriosa das minas...
Ainda mais — o seu relevo especial torna-a um
condensador de primeira ordem, no precipitar a
evaporação oceânica.
Os rios que se derivam pelas suas vertentes nascem de
algum modo no mar. Rolam as águas num sentido oposto à
costa. Entranham-se no interior, correndo em cheio para
os sertões. Dão ao forasteiro a sugestão irresistível das
entradas.
A terra atrai o homem; chama-o para o seio fecundo;
encanta-o pelo aspecto formosíssimo; arrebata-o, afinal,
irresistivelmente, na correnteza dos rios.
Daí o traçado eloqüentíssimo do Tietê, diretriz
preponderante nesse domínio do solo. Enquanto no S.
Francisco, no Parnaíba, no Amazonas, e em todos os cursos
d’água da borda oriental, o acesso para o interior seguia ao
arrepio das correntes, ou embatia nas cachoeiras que
tombam dos socalcos dos planaltos, ele levava os
sertanistas, sem uma remada, para o rio Grande e daí ao
Paraná e ao Paranaíba. Era a penetração em Minas, em
Goiás, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, no Mato
Grosso, no Brasil inteiro. Segundo estas linhas de menor
resistência, que definem os lineamentos mais claros da
expansão colonial, não se opunham, como ao norte,
renteando o passo às bandeiras, a esterilidade da terra, a
barreira intangível dos descampados brutos.
Assim é fácil mostrar como esta distinção de ordem física
esclarece as anomalias e contrastes entre os sucessos nos
dois pontos do país, sobretudo no período agudo da crise
colonial, no século XVII.
Enquanto o domínio holandês, centralizando-se em
Pernambuco, reagia por toda a costa oriental, da Bahia ao
Maranhão, e se travavam recontros memoráveis em que,
solidárias, enterreiravam o inimigo comum as nossas três
raças formadoras, o sulista, absolutamente alheio àquela
agitação, revelava, na rebeldia aos decretos da metrópole,
completo divórcio com aqueles lutadores. Era quase um
inimigo tão perigoso quanto o batavo. Um povo estranho
de mestiços levantadiços, expandindo outras tendências,
norteado por outros destinos, pisando, resoluto, em
demanda de outros rumos, bulas e alvarás entibiadores.
Volvia-se em luta aberta com a corte portuguesa, numa
reação tenaz contra os jesuítas. Estes, olvidando o
holandês e dirigindo-se, com Ruiz de Montoya a Madrie
Díaz Taño a Roma, apontavam-no como inimigo mais sério.
De feito, enquanto em Pernambuco as tropas de van
Schkoppe preparavam o governo de Nassau, em São Paulo
se arquitetava o drama sombrio de Guaíra. E quando a
restauração em Portugal veio alentar em toda a linha a
repulsa ao invasor, congregando de novo os combatentes
exaustos, os sulistas frisaram ainda mais esta separação de
destinos, aproveitando-se do mesmo fato para estadearem
a autonomia franca, no reinado de um minuto de Amador
Bueno.
Não temos contraste maior na nossa história. Está nele a
sua feição verdadeiramente nacional. Fora disto mal a
vislumbramos nas cortes espetaculosas dos governadores,
na Bahia, onde imperava a Companhia de Jesus com o
privilégio da conquista das almas, eufemismo casuístico
disfarçando o monopólio do braço indígena.
(EUCLIDES DA CUNHA. Os sertões. Edição crítica de Walnice Nogueira
Galvão. 2 ed. São Paulo: Editora Ática, 2001, p. 81-82.)
A palavra colonização deriva do verbo latino colo, com significado de “morar e ocupar a terra”.
Nesse sentido geral, o termo colonização aplica-se a deslocamentos populacionais que visam ocupar
e explorar novas terras. Nos séculos VIII e VII a.C., os gregos fundaram cidades na Ásia Menor, na
península itálica, na Sicília, no norte da África.
Identifique algumas das características desse processo de colonização que o diferenciam da
colonização realizada pelos europeus no continente americano nos séculos XVI
ao XIX.

8) (Mack-2007) A pólis, ao contrário do Estado romano, que é sobretudo territorial, não se define
pelo seu contexto geográfico, mas pelo corpo dos cidadãos que a compõem. A base jurídica principal
da pólis era a união pessoal — o grupo humano da cidadania. É por isso que
Tucídides afirmou que “os homens são a cidade, não as
muralhas ou os navios sem homens”, e Aristóteles definiu a pólis como “uma coletividade
determinada pelos cidadãos”. Celso Lafer - Reflexões sobre as relações externas da
pólis...
O texto acima diz respeito a um fenômeno histórico que encontrou sua expressão máxima em duas
cidades do mundo antigo, uma situada na Ática, e a outra, na Lacônia. Usando o código abaixo,
assinale a alternativa em que estão relacionadas de maneira correta as instituições ligadas à vida,
respectivamente, de cada uma das duas pólis mencionadas:
1. Bulé, Conselho dos Quatrocentos
2. Eclésia, assembléia popular
3. Gerúsia, conselho de anciãos, com poderes legislativos
4. Eforato, composto de 5 membros, com poderes
executivos
a) (1 e 2) e (3 e 4)
b) (1 e 3) e (2 e 4)
c) (2 e 3) e (1 e 4)
d) (2 e 4) e (1 e 3)
e) (3 e 4) e (1 e 2)

9) (VUNESP-2007) Os homens que combatem e morrem pela Itália têm o ar, a luz e mais nada (…).
Lutam e perecem para sustentar a riqueza e o luxo de outro, mas embora sejam chamados de
senhores do mundo, não têm um único torrão de terra que seja seu. (Tibério Graco, tribuno da plebe
no ano de 133 a. C. em Roma, assassinado pela aristocracia romana.)
Compare as sociedades que produziram os dois
documentos, no que diz respeito à questão da terra.

10) (Mack-2007) [
I. A religião mergulha suas raízes
nas profundezas de um passado longínquo e conhece
múltiplos deuses, sob a forma ao mesmo tempo animal e
antropomórfica, o que autorizou aproximações
(controvertidas) com o totemismo primitivo. A
preocupação com o além domina a vida dos simples e
explica o êxito crescente da lenda de Osíris, antigo rei do
Delta, vítima da ambição de seu irmão Séti, e cujo corpo
cortado em pedaços foi reunido e ressuscitado pelos
cuidados de sua irmã-esposa Ísis.
II. A religião está no centro de toda a vida. Remonta
ela à época neolítica e os grandes deuses são de origem
cósmica, Anu, rei do Céu, Enlil, rei da Terra, Ea, rei do
Oceano. Esses deuses primordiais criaram os deuses
astrais, que se ocupam diretamente dos homens,
Chamach, deus-sol, Sin, deus-lua, Ichtar, o planeta Vênus,
e Damuzi, o deus agrário dos mortos e das ressurreições
anuais. A cidade santa é Nipur, e sua preeminência dura
até o advento de Marduc, o babilônio.
III. Dois ordenadores de gênio impuseram sua marca
[à religião]: Homero, criador de uma sociedade divina à
imagem da humana (deuses olímpicos), e Hesíodo, que
concebe toda uma teogonia e lança o problema das forças
misteriosas que decidem do destino do homem.
Paralelamente, a religião popular [está] fundada no
respeito às forças naturais antropomorfizadas, Zeus, Pã,
Hermes, Ártemis, nos ciclos imutáveis da vegetação, das
sementeiras e das colheitas, Deméter e Dioniso [...].
Os trechos acima, extraídos da obra do historiador Paul
Petit a respeito dos povos antigos, referem-se a traços
culturais, respectivamente, das civilizações
a) egípcia, suméria e grega.
b) babilônica, egípcia e romana.
c) persa, assíria e grega.
d) egípcia, romana e cretense.
e) hebraica, persa e grega.

11) (FUVEST-2007) “Num processo em que era acusado e a multidão ateniense atuava como juiz,
Demóstenes [orador político, 384-322 a.C.] jogou na cara do adversário [também um orador
político] as seguintes críticas: ‘Sou melhor que Ésquines e mais bem nascido; não gostaria de
dar a impressão de insultar a pobreza, mas devo dizer que meu quinhão foi, quando criança,
freqüentar boas escolas e ter bastante fortuna para que a necessidade não me obrigasse a trabalhos
vergonhosos. Tu, Ésquines, foi teu destino, quando criança, varrer como um escravo a sala de
aula onde teu pai lecionava’. Demóstenes ganhou triunfalmente o processo.”
Paul Veyne, História da Vida Privada, I, 1992.
A fala de Demóstenes expressa a
a) transformação política que fez Atenas retornar ao regime aristocrático depois de derrotar Esparta
na Guerra do Peloponeso.
b) continuidade dos mesmos valores sociais igualitários que marcaram Atenas a partir do momento
em que se tornou uma democracia.
c) valorização da independência econômica e do ócio, imperante não só em Atenas, mas em todo o
mundo grego antigo.
d) decadência moral de Atenas, depois que o poder político na cidade passou a ser exercido pelo
partido conservador.
e) crítica ao princípio da igualdade entre os cidadãos, mesmo quando a democracia era a forma de
governo dominante em Atenas.

12) (FUVEST-2006) Tendo em vista as cidades-estado (polis), comente a seguinte passagem do


livro História (Livro VIII, 144), na qual Heródoto verifica a existência da“unidade de todos os
helenos pelo sangue e pela língua, e os templos dos deuses e os sacrifícios oferecidos em comum, e
a semelhança de nossa maneira de viver”. Faça o comentário em termos
a) da identidade dos gregos.
b) do significado da polis.

13) (UNIFESP-2004) “Nunca temi homens que têm no centro de sua cidade um local para reunirem-
se e enganarem-se uns aos outros com juramentos. Com estas palavras, Ciro insultou todos os
gregos, pois eles têm suas agorás [praças] onde se reúnem para comprar e vender; os persas ignoram
completamente o uso de agorás e não têm lugar algum com essa finalidade”. (Heródoto, Histórias,
séc. V a.C.)
O texto expressa
A) a inferioridade dos persas que, ao contrário dos gregos, não conheciam ainda a vida em cidades.
B) a desigualdade entre gregos e persas, apesar dos mesmos usos que ambos faziam do espaço
urbano.
C) o caráter grego, fundamentado no uso específico do espaço cívico, construído em oposição aos
outros.
D) a incapacidade do autor olhar com objetividade os persas e descrever seus costumes diferentes.
E) a complacência dos persas para com os gregos, decorrente da superioridade de seu poderio
econômico e militar.

14) (UNIFESP-2004) “Nunca temi homens que têm no


centro de sua cidade um local para reunirem-se e
enganarem-se uns aos outros com juramentos. Com estas
palavras, Ciro insultou todos os gregos, pois eles têm suas
agorás [praças] onde se reúnem para comprar e vender; os
persas ignoram completamente o uso de agorás e não têm
lugar algum com essa finalidade”.
(Heródoto, Histórias, séc. V a.C.)
O texto expressa
A) a inferioridade dos persas que, ao contrário dos gregos,
não conheciam ainda a vida em cidades.
B) a desigualdade entre gregos e persas, apesar dos
mesmos usos que ambos faziam do espaço urbano.
C) o caráter grego, fundamentado no uso específico do
espaço cívico, construído em oposição aos outros.
D) a incapacidade do autor olhar com objetividade os
persas e descrever seus costumes diferentes.
E) a complacência dos persas para com os gregos,
decorrente da superioridade de seu poderio econômico e
militar.

15) (Mack-2002) Dentre as reformas propostas por Sólon


(594-591 a.C.) encontramos o regime censitáro. Essa
proposta condiciona a participação política à renda do
cidadão. Há uma importante diferença entre o regime
censitário estabelecido por Sólon e o que se implantou na
época da tirania de Pisístrato (561-528 a.C.), que imprimiu
uma nova dinâmica à política ateniense, devido ao rápido
desenvolvimento mercantil, verificado após a criação da
moeda ateniense própria, o dracma.
Assinale a alternativa que indica essa mudança.
a) Foram colocadas no mesmo plano a renda da terra e a
do comércio, o que permitiu a participação, nos altos
escalões do governo, dos comerciantes e armadores.
b) Criou-se o Conselho dos Quinhentos, o Bulé, que iria
contrabalançar o poder do Areópago, órgão tradicional
aristocrático, que se restringiu às suas atribuições
religiosas e judiciárias.
c) Foi restaurada a escravidão por dívidas, favorecendo a
dependência econômica dos pequenos e
médios proprietários em relação à aristocracia rural.
d) A diarquia foi definitivamente implantada, concedendo
aos metecos o direito de eleger na Assembléia Popular o
seu representante junto ao Areópago.
e) Consolidou-se o monopólio político dos eupátridas,
estabelecendo que as altas magistraturas e os cargos da
administração seriam privativos dessa classe.

16) (UFSCar-2001) Há muitas maravilhas, mas nenhuma


é tão maravilhosa quanto o homem.
(...)
Soube aprender sozinho a usar a fala
e o pensamento mais veloz que o vento
e as leis que disciplinam as cidades,
e a proteger-se das nevascas gélidas,
duras de suportar a céu aberto...
(Sófocles, Antígona, trad.Mário da Gama Kury. RJ: Jorge
Zahar Editor, 1993, p. 210-211.)
O fragmento acima, apresentação do Coro de Antígona,
drama trágico de autoria de Sófocles, manifesta uma
perspectiva típica da época em que os gregos clássicos
A) enalteciam os deuses como o centro do universo e
submetiam-se a impérios centralizados.
B) criaram sistemas filosóficos complexos e opuseram-se à
escravidão, combatendo-a.
6 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
C) construíram monumentos, considerando a dimensão
humana, e dividiram-se em cidades-estados.
D) proibiram a representação dos deuses do Olimpo e
entraram em guerra contra a cidade de Tróia.
E) elaboraram obras de arte monumentais e evitaram as
rivalidades e as guerras entre cidades.

17) (Vunesp-2001) Dentre os legados dos gregos da


Antigüidade Clássica que se mantêm na vida
contemporânea, podemos citar:
A) a concepção de democracia com a participação do voto
universal.
B) a promoção do espírito de confraternização por
intermédio do esporte e de jogos.
C) a idealização e a valorização do trabalho manual em
todas suas dimensões.
D) os valores artísticos como expressão do mundo religioso
e cristão.
E) os planejamentos urbanísticos segundo padrões das
cidades-acrópoles.

18) (Vunesp-2000) “Existem numerosos tipos de


alimentação que determinam diversos modos de vida,
tanto nos animais como nos homens... Os mais indolentes
são pastores... Outros homens vivem da caça, alguns por
exemplo vivem de pilhagem, outros vivem da pesca: são
aqueles que vivem perto dos lagos, dos pântanos, dos rios
ou de um mar piscoso; outros alimentam-se de pássaros
ou de animais selvagens. Mas, de um modo geral, a raça
humana vive, principalmente, da terra e do cultivo de seus
produtos.”
(Aristóteles. Política, séc. IV a. C.)
a) Qual o conceito de economia expresso pelo texto de
Aristóteles?
b) Aponte uma diferença entre o conceito de economia de
Aristóteles e o conceito de economia no capitalismo.

19) (PUCCamp-1998) Esparta constitui, em matéria de


organização social, a grande exceção na Grécia Antiga, em
virtude de sua estrutura oligárquica e militarista. Quanto
ao caráter dessa estrutura, pode-se afirmar que:
A) os periecos, descendentes dos primitivos habitantes,
controlavam todos os órgãos do poder e deveriam procriar
filhos para fortalecer as fileiras dos exércitos.
B) uma intensa permeabilidade social possibilitava até
servos e escravos chegarem à condição de cidadãos.
C) a educação visava ao desenvolvimento físico e à
destreza, indispensáveis ao soldado, e estendia-se a todas
as categorias sociais.
D) uma minoria social - os hilotas - detinha o usufruto das
terras agrícolas e recebia uma educação destinada a
formar bons soldados.
E) o grupo menos numeroso da sociedade detinha os
privilégios sociopolíticos e integrava o exército da cidadeEstado dos 20 aos 60 anos.

20) (UFBA-1997) Com referência ao desenvolvimento dos


conhecimentos científicos na história da humanidade, é
possível afirmar:
(1) Na Grécia antiga, não havia clara distinção entre ciência
e filosofia, dedicando-se os pensadores, ao mesmo tempo,
às indagações filosóficas e às observações científicas.
(2) Na Roma antiga, os estudos de medicina foram
apoiados pelos imperadores, os quais incentivaram a
construção de hospitais públicos e a criação de uma escola
de medicina.
(4) A capacidade de assimilação e sistematização de
conhecimentos demontrada pelos árabes levou-os a
absorver a produção intelectual de outros povos,
atrofiando seus próprios estudos e experiências científicas.
(8) Na Idade Média, a ruralização da economia e a
concentração da vida intelectual nos mosteiros resultou na
subordinação da ciência à teologia, privilegiando o
princípio da autoridade em detrimento da
experimentação.
(16) O crescimento demográfico registrado na Europa, na
segunda metade do século XIX, resultou, entre outros
fatores, dos avanços no campo da medicina, responsáveis
pela identificação dos agentes transmissores de doenças
como a tuberculose, a cólera e a lepra.
(32) A divulgação de conhecimentos relativos ao controle
de doenças transmissíveis, no Brasil do início do século XX,
resultou na campanha da vacinação antivariólica
obrigatória, que contou com o amplo apoio dos diversos
segmentos da sociedade.
A resposta é a soma dos pontos das alternativas corretas.

21) (VUNESP-2010) A cidade-Estado clássica parece ter


sido criada paralelamente pelos gregos e pelos etruscos
e/ou romanos. No caso destes últimos, a influência grega
foi inegável, embora difícil de avaliar e medir.
(Ciro Flamarion S. Cardoso. A cidade-Estado antiga,1985.)
Aponte quais eram as características comuns às cidadesEstados clássicas.
I. Possuíam governo tripartido em assembleia, conselho e
certo número de magistrados escolhidos entre os homens
elegíveis.
II. Os cidadãos podiam participar de forma direta no
processo político.
III. Havia separação entre os órgãos de governo e de
justiça.
a) As afirmativas I e II estão corretas.
7 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
b) Apenas a afirmativa III está correta.
c) As afirmativas I e III estão corretas.
d) Apenas a afirmativa II está correta.
e) As afirmativas I, II e III estão corretas.

22) (VUNESP-2009) O que é terrível na escrita é sua


semelhança com a pintura.
As produções da pintura apresentam-se como seres vivos,
mas se lhes perguntarmos algo, mantêm o mais solene
silêncio. O mesmo ocorre com os escritos: poderíamos
imaginar que falam como se pensassem, mas se os
interrogarmos sobre o que dizem (...) dão a entender
somente uma coisa, sempre a mesma (...) E quando são
maltratados e insultados, injustamente, têm sempre a
necessidade do auxílio de seu autor porque são incapazes
de se defenderem, de assistirem a si mesmos.
(Platão, Fedro ou Da beleza.)
Nesse fragmento, Platão compara o texto escrito com a
pintura, contrapondo-os à sua concepção de filosofia
Assinale a alternativa que permite concluir, com apoio do
fragmento apresentado, uma das principais características
do platonismo.
a) Platão constrói o conhecimento filosófico por meio de
pequenas sentenças com sentido completo, as quais no
seu entender, esgotam o conhecimento acerca do mundo.
b) A forma de exposição da filosofia platônica é o diálogo e
o conhecimento funda-se no rigor interno das
argumentações, produzido e comprovado pela
confrontação dos discursos.
c) O platonismo se vale da oratória política, sem
compromisso filosófico com a busca da verdade, mas
dirigida ao convencimento dos governantes das Cidades.
d) A poesia rimada é o veículo de difusão das idéias
platônicas, sendo a filosofia uma sabedoria alcançada na
velhice e ensinada pelos mestres aos discípulos.
e) O discurso platônico tem a mesma natureza do discurso
religioso, pois o conhecimento filosófico modifica-se
segundo as habilidades e a argúcia dos filósofos.

23) (UFSCar-2009) A violência e o medo combinam-se a


processos de mudança social nas cidades contemporâneas,
gerando novas formas de segregação espacial e
discriminação social. Nas duas últimas décadas, em cidades
tão diversas como São Paulo, Los Angeles, Johannesburgo,
Buenos Aires, Budapeste, Cidade do México e Miami,
diferentes grupos sociais, especialmente das classes mais
altas, têm usado o medo da violência e do crime tanto para
justificar novas tecnologias de exclusão social quanto sua
retirada dos bairros tradicionais dessas cidades. (...) as
formas de exclusão e encerramento (...) são tão
generalizadas que se pode tratá-las como parte de uma
fórmula que elites em todo o mundo vêm adotando para
reconfigurar a segregação espacial de suas cidades.
(Teresa Pires do Rio Caldeira, Cidade de muros. 2000.)
a) Diferencie as cidades de muros contemporâneas das
cidades muradas da Antiguidade.
b) Identifique fatores que influenciam as classes sociais
mais altas a compor segregação espacial e discriminação
social nos espaços urbanos contemporâneos.
24) (Fatec-2009) As civilizações da antiguidade clássica -
Grécia e Roma - desenvolveram uma estrutura
socioeconômica
I. a escravidão foi indispensável para a manutenção do
ideal democrático em Atenas, uma vez que os cidadãos
ficavam desincumbidos dos trabalhos manuais e das
tarefas ligadas a sobrevivência.
II. a escravidão foi abolida em Atenas quando Péricles
estabeleceu o direito político a todos os cidadãos,
reconhecendo, dessa forma, a igualdade jurídica e social
da população da Grécia.
III. os escravos romanos, por terem pequenas
propriedades e direitos políticos, conviveram
pacificamente com os cidadãos romanos, como forma de
evitar conflitos e a perda de direitos.
IV. os escravos romanos, que se multiplicavam com o
expansionismo de Roma, estavam submetidos a
autoridade de seu senhor, e sua condições obedecia mais
ao direito privado do que ao direito público.
É correto apenas o que se apresenta em
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.

25) (FUVEST-2009) “Alexandre desembarca lá onde foi


fundada a atual cidade de Alexandria. Pareceu-lhe que o
lugar era muito bonito para fundar uma cidade e que ela
iria prosperar. A vontade de colocar mãos à obra fez com
que ele próprio traçasse o plano da cidade, o local da
Àgora, dos santuários da deusa egípcia Õsis, dos deuses
gregos e do muro externo.”
Flávio Arriano. Anabasis Alexandri (séc. I d.C.).
Desse trecho de Arriano, sobre a fundação de Alexandria, é
possível depreender
a) o significado do helenismo, caracterizado pela fusão da
cultura grega com a egípcia e as do Oriente Médio.
b) a incorporação do processo de urbanização egípcio,
para efetivar o domínio de Alexandre na região.
c) a implantação dos princípios fundamentais da
democracia ateniense e do helenismo no Egito.
d) a permanência da racionalidade urbana egípcia na
organização de cidades no Império helênico.
e) o impacto da arquitetura e da religião dos egípcios, na
Grécia, após as conquistas de Alexandre.

26) (VUNESP-2008) É preciso dizer que, com a


superioridade excessiva que proporcionam a força, a
riqueza, [...] [os muito ricos] não sabem e nem mesmo
querem obedecer aos magistrados [...]
Ao contrário, aqueles que vivem em extrema penúria
desses benefícios tornam-se demasiados humildes e
rasteiros. Disso resulta que uns, incapazes de mandar, só
sabem mostrar uma obediência servil e que outros,
incapazes de se submeter a qualquer poder legítimo, só
sabem exercer uma autoridade despótica.
(Aristóteles, A Política.)
Segundo Aristóteles (384-322 a.C.), que viveu em Atenas e
em outras cidades gregas, o bom exercício do poder
político pressupõe
a) o confronto social entre ricos e pobres.
b) a coragem e a bondade dos cidadãos.
c) uma eficiente organização militar do Estado.
d) a atenuação das desigualdades entre cidadãos.
e) um pequeno número de habitantes na cidade.

27) (FATEC-2008) Vivemos sob uma forma de governo que


não se baseia nas instituições de nossos vizinhos; ao
contrário, servimos de modelo a alguns ao invés de imitar
outros. Seu nome é democracia, pois a administração
serve aos interesses da maioria e não de uma minoria.
(Tucídides, História da Guerra do Peloponeso. Texto
adaptado.)
O trecho acima faz parte do discurso feito por Péricles em
homenagem aos atenienses mortos na guerra do
Peloponeso. Por esse discurso é correto afirmar que
a) a guerra do Peloponeso foi injusta e trouxe muitas
mortes tanto para os atenienses como para os espartanos,
que lutavam em lados opostos pela hegemonia da Grécia.
b) Péricles se orgulhava da cidade de Atenas por ser ela
uma cidade democrática, que não imitava o sistema
político de outras cidades-Estado, mas era imitada por
elas.
c) Atenas e Esparta possuíam o mesmo sistema político
descrito por Péricles, a democracia, mas divergiam sobre
como implantá-lo nas demais cidades-Estado gregas.
d) Atenas, por não partilhar do sistema político
democrático de Esparta, criou a Liga de Delos e declarou
Guerra à Liga do Peloponeso.
e) Esparta era a única cidade-Estado democrática em toda
a Grécia antiga e desejava implantar esse sistema nas
cidades-Estado gregas.

28) (UNIFESP-2007) Ao povo dei tantos privilégios quanto


lhe bastam, à sua honra nada tirei nem acrescentei; mas os
que tinham poder e eram admirados pelas riquezas,
também neles pensei, que nada tivessem de infamante...
entre uma e outra facção, a nenhuma permiti vencer
injustamente. (Sólon, século VI a.C.)
No governo de Atenas, o autor procurou
a) restringir a participação política de ricos e pobres, para
impedir que suas demandas pusessem em perigo a realeza.
b) impedir que o equilíbrio político existente, que
beneficiava a aristocracia, fosse alterado no sentido da
democracia.
c) permitir a participação dos cidadãos pobres na política,
para derrubar o monopólio dos grandes proprietários de
terras.
d) abolir a escravidão dos cidadãos que se endividavam, ao
mesmo tempo em que mantinha sua exclusão da vida
política.
e) disfarçar seu poder tirânico com concessões e
encenações que davam aos cidadãos a ilusão de que
participavam da política.

29) (UECE-2007)
Leia, atentamente, o texto:
“Daqueles mortos nas Termópilas, gloriosa é a sorte, belo
o destino... dele é testemunha Leônidas, o rei de Esparta,
que, de valor, deixou um grande ornamento e a fama
eterna”.
Com essas palavras, o poeta grego, Simônides (556-460
a.C.), lembra a luta do heróico contingente de trezentos
soldados espartanos e seu rei. Dentre as conseqüências da
batalha de Termópilas, podemos citar:
a) Esparta mostrou sua disposição para a guerra e
conseguiu sua vitória gloriosa sobre o reino persa.
b) Evitou-se a ocupação de Atenas com a perda de um
número relativamente pequeno de soldados mortos,
banindo-se completamente Xerxes e seu exército.
c) Os persas, derrotados, foram obrigados a retirar-se e
renunciar à conquista da Ática e do Peloponeso.
d) A derrota de Leônidas e os 300 soldados inseriu o rei e
seu pequeno exército como heróis das narrativas lendárias
em torno da coragem guerreira espartana.

30) (VUNESP-2007) Platão, na sociedade idealizada em sua


obra República, reconheceu que a divisão do trabalho traz
maiores benefícios à sociedade e propicia um harmonioso
intercâmbio de serviços. Para o filósofo grego, sendo os
homens diferentes por natureza, cabe a cada um estar no
lugar em que melhor expresse sua habilidade. (...) O
também grego e filósofo Aristóteles apregoava que, nos
Estados mais bem-governados, a nenhum cidadão poderia
ser permitido o exercício de atividades ligadas às artes
manuais, pois isso o impedia de dedicar mais tempo à sua
obrigação para com o Estado.
(Paulo Sérgio do Carmo, A ideologia do trabalho. Adaptado.)
A partir das idéias de Platão e Aristóteles, pode-se concluir
que há a defesa
a) do trabalho compulsório para todos os homens.
b) da interdição do trabalho manual às mulheres.
c) de que alguns homens devem ser escravos.
d) de que as atividades produtivas devem ficar restritas
aos homens.
e) de que a atividade econômica só pode ser feita pelo
cidadão.

31) (UFTM-2007) Inspirado nos quadrinhos de Frank Miller,


o filme norte-americano “300”, no qual um ator brasileiro
interpreta Xerxes, rei persa, trata da batalha de
Termópilas, parte das Guerras Médicas. Essas guerras
a) contribuíram para a unificação e o fortalecimento das
cidades-Estado gregas, que venceram e passaram a
dominar a Ásia Menor.
b) representaram um choque de imperialismos entre a
nascente república de Roma e Cartago, colônia persa no
norte da África.
c) resultaram do expansionismo do Império Persa, que
conquistou colônias gregas na Ásia e ameaçou as próprias
cidades-Estado.
d) foram motivadas pela conquista macedônica sobre o
território helênico, o que levou à criação do Império
Helenístico.
e) tiveram, como conseqüência, a hegemonia de Esparta
na Liga de Delos, que financiou o combate contra os
persas.

32) (Mack-2004) Mãe, ama, pai e professor competem


entre si para o aperfeiçoamento da criança, logo que esta
é capaz de entender o que lhe dizem... se obedece, tudo
está bem. Do contrário, é corrigida à força de ameaças e
pancadas, com um pedaço de madeira curvo ou torcido.
Protágoras
O fragmento de texto acima retrata a educação em Atenas,
que tinha entre os seus objetivos:
a) desenvolver nos cidadãos um conjunto, harmonioso e
refinado, de qualidades da mente e do corpo, visando a
vida pública.
b) incentivar os cidadãos a servir a diarquia como bons
soldados, com uma cultura sumária, que nutria grande
desprezo pela riqueza.
c) a formação de boas mães e pais, leais e obedientes,
privilegiando a formação física e militar dos jovens de
ambos os sexos.
d) perpetuar a estrutura social e política existente, por
meio do laconismo e da rígida obediência à autoridade,
resultantes da disciplina militar.
e) desenvolver a cidadania, preparando todos os
habitantes da cidade para o exercício do poder nas
instituições públicas.

33) (VUNESP-2006) O historiador ateniense Tucídides, que


viveu durante a Guerra do Peloponeso, escreveu sobre os
gregos:
... antes da Guerra de Tróia, [os habitantes da] Hélade
nada [realizaram] em comum. Este nome mesmo não era
empregado para designá-la no seu conjunto. [...] O que fica
bem comprovado [nos livros de] Homero: ele que viveu
numa época bem posterior à Guerra de Tróia, não utilizou
a designação [de helenos] para o conjunto [dos gregos].
[...] Não utilizou, também, a expressão “bárbaros” porque,
na minha opinião, os gregos não se encontravam ainda
reunidos [...] sob um único nome que [lhes] permitisse
[diferenciar-se de outros povos]. De qualquer forma,
aqueles que receberam [mais tarde] o nome de Helenos
[...] nada fizeram conjuntamente antes da Guerra de Tróia.
[...] Essa expedição mesma os reuniu apenas num
momento, naquele em que a navegação marítima
encontrava-se mais desenvolvida.
(Tucídides. A guerra do Peloponeso. Século V a.C.)
Baseando-se no texto, responda.
a) Qual característica política dos gregos na Antigüidade é
apresentada por Tucídides?
b) Por que, apesar da situação política expressa por
Tucídides, pode-se falar de uma antiga civilização grega?

34) (PUC - SP-2005) A Ilíada e a Odisséia são atribuídas a


Homero e referem-se, respectivamente, à Guerra de Tróia
e à volta de Ulisses à sua ilha, Ítaca, ao final dessa guerra.
Sobre essas duas obras, pode-se afirmar que:
A) defendem a superioridade étnica dos gregos sobre os
troianos e alertam para os riscos que os deuses e mitos
representavam para os gregos.
B) caracterizam papéis masculino e feminino nas
sociedades gregas antigas e representam a
interferência dos deuses nos assuntos dos mortais.
C) ridicularizam a falta de habilidade guerreira dos gregos e
elogiam a ingenuidade política dos troianos, que aceitaram
o cavalo de madeira como presente.
D) simbolizam a luta dos gregos pela democracia e criticam
a disposição teocrática e tirânica dos
legisladores e militares troianos.
E) associam os perigos enfrentados na viagem de volta à
Grécia à necessidade de sofrer para obter a redenção e a
salvação perante os deuses.

35) (UFSCar-2005) Quanto às mercadorias que são


indispensáveis à vida, gado e escravos nos são fornecidos
pelas regiões à volta do Mar Negro, como se afirma
geralmente, em maior quantidade e melhor qualidade do
que por quaisquer outras; e no concernente a artigos de
luxo, elas nos fornecem mel, cera e peixe salgado em
abundância. Em troca recebem de nossa parte do mundo o
azeite de oliva excedente e todos os tipos de vinho.
Quanto ao cereal há intercâmbio; elas nos vendem algum
ocasionalmente e às vezes importam-no de nós.
Esse texto foi escrito por Políbio, no século II a.C., sobre a
Grécia balcânica e regiões ribeirinhas do Mar Negro.
a) Aponte dois aspectos da economia grega na época.
b) Como era a organização do trabalho na Grécia Antiga?
36) (Vunesp-2005) Observe e compare as imagens
seguintes
.

Egito antigo: Grécia


clássica. Míron:
Discóbolo. cerca de 450 a.C. O Escriba
Sentado. século XXVI a.C.
a) Cite uma diferença na forma de representação do corpo
humano numa e noutra escultura.
b) Explique a importância da escrita para o Estado egípcio
na época dos faraós e a dos jogos olímpicos para as
cidades gregas do século VIII a.C. ao V a.C.

37) (UNICAMP-2005) Se Roma existe, é por seus homens e


seus hábitos. Sem nossas instituições antigas, sem nossas
tradições venerandas, sem nossos singulares heróis, teria
sido impossível aos mais ilustres cidadãos fundar e manter,
durante tão longo tempo, a nossa República.
(Adaptado de Cícero, Da República, em Os Pensadores, v. 5. São Paulo:
Abril Cultural, 1983, p. 184).
a) Nomeie e caracterize uma das instituições políticas da
República romana (509-31 a.C.).
b) A expansão, ocorrida durante a República, fez com que
os romanos tivessem contato com o mundo helenista e
incorporassem alguns costumes e tradições. O que foi o
helenismo e qual sua importância na Roma republicana?

38) (Fuvest-2005) “Vendo Sólon [que] a cidade se dividia


pelas disputas entre facções e que alguns cidadãos, por
apatia, estavam prontos a aceitar qualquer resultado, fez
aprovar uma lei específica contra eles, obrigando-os, se
não quisessem perder seus direitos de cidadãos, a escolher
um dos partidos”.
Aristóteles, em A Constituição de Atenas
A lei visava
a) diminuir a participação dos cidadãos na vida política da
cidade.
b) obrigar os cidadãos a participar da vida política da
cidade.
c) aumentar a segurança dos cidadãos que participavam da
política.
d) deixar aos cidadãos a decisão de participar ou não da
política.
e) impedir que conflitos entre os cidadãos prejudicassem a
cidade.

39) (FGV-2003) “Fui atrás dos assassinos de meu pai e


depois de semear o terror entre os gregos com a
destruição de Tebas, fui aclamado comandante por eles. E
ao assumir o reino da Macedônia, não achei digno de me
contentar em comandar só com o que meu pai tinha me
deixado; ao contrário, lançando meus pensamentos por
toda a terra e pensando que seria perigoso se eu não
dominasse todos os povos, à frente de poucos homens
invadi a Ásia e no Granico, em grande batalha, fui
vencedor. Depois de conquistar a Lídia a Jônia e a Frígia,
em resumo, depois de submeter todos os que se
apresentaram diante de meus pés, cheguei a Issos. Lá
Dario me esperava, à frente de muitas miríades de
soldados (...) Para terminar: eu morri enquanto reinava (...)
dando pouco valor às coisas do Ocidente preferi lançar-me
na direção da Aurora.”
LUCIANO, Diálogo dos Mortos. Trad., São Paulo:
Edusp/Palas Athena, 1999, p. 189 e 191.
O comandante militar que se apresenta no trecho acima é:
A) César, o general romano responsável pela conquista da
Gália no século I a.C.
B) Ulisses, o herói grego da conquista de Tróia em torno do
século XIII a.C.
C) Átila, rei dos hunos, cujas campanhas assolaram a Gália
e a Itália no século V.
D) Alexandre, o imperador macedônico conquistador da
Pérsia no século IV a.C.
E) Aníbal, general cartaginês que impôs várias derrotas aos
romanos no século III a.C.
40) (Fatec-1996) "A cidade-estado era um objeto mais
digno de devoção do que os deuses do Olimpo, feitos à
imagem de bárbaros humanos. A personalidade humana,
quando emancipada, sofre se não encontra um objeto
mais ou menos digno de sua devoção, fora de si mesma."
(Toynbee, Arnold J. "Helenismo, história de uma
civilização'')
Na antigüidade, as cidades-estados representavam:
a) uma forma de garantir territorialmente a participação
ampla da população na vida política grega.
b) um recurso de expansão das colônias gregas.
c) uma forma de assegurar a independência política das
cidades gregas entre si.
d) uma característica da civilização helenística no sistema
político grego.
e) uma instituição política helenística no sistema político
grego.

41) (Fuvest-2001) “Em verdade é maravilhoso refletir


sobre a grandeza que Atenas alcançou no espaço de
cem anos depois de se livrar da tirania... Mas acima de
tudo é ainda mais maravilhoso
observar a grandeza a que Roma chegou depois de se livrar
de seus reis.”
(Maquiavel, Discursos sobre a primeira década de Tito
Lívio).
Nessa afirmação, o autor
a) critica a liberdade política e a participação dos cidadãos
no governo.
b) celebra a democracia ateniense e a República romana.
c) condena as aristocracias ateniense e romana.
d) expressa uma concepção populista sobre a antigüidade
clássica.
e) defende a pólis grega e o Império romano.

42) (Fuvest-2000) Ao longo de toda a Idade Média e da


Moderna, a Sicília foi invadida e ocupada por bizantinos,
muçulmanos, normandos e espanhóis. Na Antigüidade, por
sua
a) fertilidade e posição estratégica no Mediterrâneo
Ocidental, a ilha foi disputada e dominada por gregos,
cartagineses e romanos.
b) fertilidade e posição estratégica, a ilha tornou-se o
centro da dominação etrusca no Mediterrâneo Ocidental.
c) aridez e pobreza, a ilha, apesar de visitada por gregos,
cartagineses e romanos, não foi por estes dominada.
d) extensão e fertilidade, a ilha foi disputada pelas cidades
gregas até cair sob domínio ateniense depois da Guerra do
Peloponeso.
e) proximidade do continente, aridez e ausência de
riquezas minerais, a ilha foi dominada somente pelos
romanos.

43) (Vunesp-1999) Péricles, governante de Atenas no


século
V a.C., enaltecendo as glórias da democracia ateniense,
declarou: "O poder está nas mãos não da minoria, mas de
todo o povo, e todos são iguais perante a lei".
(Tucídides. Guerra do Peloponeso.)
Na prática da vida política ateniense, a idéia de democracia
na época de Péricles, diferentemente da atual, significava
que:
a) os habitantes da cidade, ricos e pobres, homens e
mulheres, podiam participar da vida política.
b) os escravos possuíam direitos políticos porque a
escravidão constituída por dívida era temporária.
c) os direitos políticos eram privilégios dos cidadãos e
vetados aos metecos, escravos e mulheres.
d) os metecos tinham privilégios políticos por sustentarem
o comércio e a economia da cidade.
e) os pobres e os estrangeiros podiam ser eleitos para os
cargos do Estado porque recebiam remuneração.

44) (Fuvest-1999) "Ao povo dei tanto privilégio quanto lhe


bastasse, nada tirando ou acrescentando à sua honra;
Quanto aos que tinham poder e eram famosos por sua
riqueza, também tive cuidado para que não sofressem
nenhum dano...
e não permiti que nenhum dos dois lados triunfasse
injustamente."
Sobre esse texto, é correto afirmar que seu autor:
a) o dramaturgo Sólon reproduz um famoso discurso de
Péricles, o grande estadista e fundador da democracia
ateniense;
b) o demagogo Sólon recorre à eloqüência e à retórica
para enganar as massas e assim obter seu apoio para
alcançar o poder;
c) o tirano Sólon lembra como, astutamente, acabou com
as lutas de classes em Atenas, submetendo ricos e pobres
às mesmas leis;
d) o filósofo Sólon evoca de maneira poética, a figura do
lendário Drácon, estadista e criador da democracia
ateniense;
e) o legislador Sólon exprime o orgulho pelas leis, de
caráter democrático, que fez aprovar em Atenas quando
governou a cidade.
45) (UFPA-1998) Na Grécia Antiga, o surgimento das
cidades-estados favoreceu a fragmentação política do
mundo grego. Identifique as duas principais polis gregas,
descrevendo o processo de formação dos cidadãos nas
mesmas.

46) (Fuvest-1998) Comente a especificidade da estrutura


social espartana, no contexto da cidade-estado grega
clássica.

47) (Vunesp-1996) "Depois da colonização grega do século


VIII a. C., a riqueza fundiária não mais representou a única
riqueza possível. Ninguém mais podia subestimar a riqueza
mobiliária. Ora, com maior freqüência, esta não chegou às
mãos dos nobres, afastados pelos velhos preconceitos das
atividades comerciais e industriais. A classe dirigente teve
de contar com as reivindicações dos novos-ricos
encorajados pelos seus êxitos materiais e que também
desejavam participar dos negócios da cidade." (André
Aymard e Jeannine Auboyer - O ORIENTE E GRÉCIA
ANTIGA, texto adaptado).
O texto faz referência a um dos fatores da
a) guerra contra os persas.
b) decadência ateniense no período arcaico.
c) crise do regime aristocrático nas cidades gregas.
d) queda da monarquia e implantação da república.
e) criação do tribunato da plebe.

48) (UFSC-1996) Assinale os aspectos relacionados com as


civilizações da Antigüidade Clássica.
01. Cidades-estado da Grécia.
02. As Guerras Púnicas.
04. A construção de grandes pirâmides.
16. O oráculo de Delfos.
32. O direito romano.
Assinale como resposta a soma das alternativas corretas.

49) (UFPE-1996)
As artes foram um ponto de destaque na Grécia,
sobretudo a Arquitetura, em Atenas, em que se
destacaram estilos arquitetônicos gregos, representados
pelas figuras a seguir:
Em qual das alternativas estão indicados os três estilos?
a) O dório, o jônio e o coríntio.
b) O sofista, o platônico e o socrático.
c) O alexandrino, o maneirista e o barroco.
d) O dório, o gótico e o alexandrino.
e) O helênico, o romântico e o helenístico.

50) (UFC-1996) Na(s) questão(ões) a seguir escreva no


espaço apropriado a soma dos itens corretos.
No mês de julho de 1996, foram realizados os Jogos
Olímpicos em Atlanta, nos Estados Unidos.
Sobre a origem desses jogos é correto afirmar:
01. os jogos olímpicos faziam parte de festejos sociais e
políticos de cidades da Grécia antiga.
02. durante a realização dos jogos olímpicos se estabelecia
uma trégua entre as cidades em guerra.
04. os jogos olímpicos eram desprestigiados pelas
autoridades político-militares da Grécia antiga.
08. os vencedores dos jogos eram festejados, premiados e
tratados como heróis das suas cidades.
16. o termo Olimpíadas tem origem nos jogos quadrienais,
realizados nas cidades gregas de Corinto e Delfos.
A resposta é a soma dos pontos das alternativas corretas.

51) (UEL-1995) "Com a nova divisão da sociedade,


qualquer cidadão poderia participar das decisões do poder.
Apenas os escravos e os metecos (estrangeiros) não
participavam das decisões políticas, pois não tinham
direito de cidadania."
Ao texto pode-se associar:
a) Dracon e a expansão colonial em direção ao
Mediterrâneo.
b) Sólon e a militarização da política espartana.
c) Pisístrato e a helenização da Península Balcânica.
d) Péricles e a hegemonia cultural grega no Peloponeso.
e) Clístenes e a democracia escravista ateniense.

52) (UEL-1994) "... na Grécia arcaica, o aedo (isto é, o


poeta cantor) representa o máximo poder da
comunicação. Toda visão de mundo e consciência de sua
própria história é, para os gregos, conservada e
transmitida pelo canto do poeta."
Dois importantes nomes que correspondem à descrição de
poeta a que o texto se refere são:
a) Tucídides e Heródoto.
b) Platão e Heráclito.
c) Pitágoras e Ulisses.
d) Homero e Hesíodo.
e) Aquiles e Teseu.

53) (UDESC-1996) O teatro ocidental nasceu na Grécia e


teve seu auge no século V a.C.; conhecido como "século de
ouro" ou "século de Péricles". Nesse momento da história,
os gregos combinaram pensamentos e ação num equilíbrio
jamais alcançado posteriormente por qualquer outro povo
e, a partir do culto ao deus Dionísio, desenvolveu-se a
tragédia grega.
a) Em Atenas, como evoluíram as representações trágicas
e seus enredos, partindo desse culto?

b) Dentre os três grandes dramaturgos gregos - Ésquilo,


Sófocles e Eurípedes -, qual pode ser responsabilizado pela
decadência da tragédia, e por qual(is) motivo(s)?

54) (PUCCamp-1994) A decadência da Grécia, que teve


início a partir do século IV a.C., é explicada, entre outros
fatores, pela
a) ausência de unidade política e pelas lutas entre as
cidades-estados.
b) invasão dos cretenses na cidade de Tróia e pela
destruição da civilização micênica.
c) evolução da pólis que colaborou para o
desenvolvimento do ideal da democracia na região do
Peloponeso.
d) organização social das cidades-estados de Atenas e
Esparta, estruturada no trabalho escravo dos indivíduos
oriundos da Messênia.
e) postura isolacionista desenvolvida pelas cidades-estados
sem condições de participar do comércio marítimo e
logicamente, sem oportunidades de desenvolvimento
econômico.

55) (UFPR-1999) "De tal modo a nossa cidade se distanciou


dos outros homens, no que toca ao pensamento e à
palavra, que os seus alunos se tornaram mestres dos
outros, e o nome de Gregos já não parece ser usado para
designar uma raça, mas uma mentalidade ..." (ISÓCRATES,
orador ateniense, Panegírico. In: AQUINO, R. S. L. de et alii.
História das sociedades: das comunidades primitivas às
sociedades medievais. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico,
1980, p. 215.)
A supremacia cultural dos gregos, na Antigüidade Clássica,
destacada nesse comentário, pode ser justificada por
algumas afirmações. Escolha as alternativas corretas.
(1) Os gregos utilizaram uma concepção de História que
não se fundamentava unicamente em lendas e mitos, mas
em fatos produzidos pelas ações humanas.
(2) Ao lado do pensamento mágico-religioso, os filósofos
gregos desenvolveram formas de pensamento racional.
(4) Através da retórica e da sofística, os gregos elaboraram
técnicas de persuasão, discurso e argumento falado,
amplamente utilizados nas atividades políticas.
(8) Sócrates, Platão e Aristóteles criaram filosofias que os
fizeram mestres de escolas de pensamento na Antigüidade
Clássica.
(16) Em função do pensamento democrático e liberal, o
uso da língua grega era facultativo nas comunicações
oficiais.
(32) Os gregos se destacaram porque os romanos foram
seus mestres. Assimilaram idéias e valores de Roma e
rejeitaram a influência do pensamento homérico em suas
atitudes e comportamentos.
Dê, como resposta, a soma das afirmações corretas.

56) (Mack-1996) Na Pólis grega e no Império Romano, o


trabalhador escravo esteve na origem das grandes
realizações, podendo-se afirmar que:
a) tanto na Grécia como em Roma, eram instrumentos
vivos e participavam da vida política, respectivamente da
Bulé e do Senado.
b) os escravos podiam pertencer exclusivamente aos
cidadãos e realizavam assembléias que defendiam seus
direitos.
c) a fonte principal de abastecimento de escravos, tanto
em Roma como na Grécia, era o comércio com as tribos
africanas.
d) a invasão Macedônia na Grécia e as guerras de
expansão romanas determinaram o fim da escravidão.
e) o sistema de produção era baseado na força de trabalho
de prisioneiros de guerra ou populações escravizadas.

57) (Mack-1996) Acerca da participação política na Grécia


Antiga, é correto afirmar que:
a) em Esparta, espartíatas, mulheres e periecos escolhiam
membros da Gerúsia.
b) em Atenas, os eupátridas, mulheres, demiurgos e
metecos escolhiam seus representantes na Assembléia
Popular.
c) em Esparta, os espartíatas, hilotas e periecos escolhiam
os membros da Ápela.
d) em Atenas, apenas os cidadãos participavam da
Assembléia Popular.
e) em Atenas, todos os habitantes da cidade, exceto os
escravos, participavam da Assembléia Popular.

58) (Fuvest-1997) Ajudaram os espartanos a vencer os


atenienses na Guerra do Peloponeso, mas não foram eles
que acabaram por conquistar toda a Grécia. Pelo contrário,
posteriormente, eles foram também conquistados e
integrados a um novo império. Trata-se dos:
a) egípcios e do Império Romano.
b) fenícios e do Império Cartaginês.
c) persas e do Império Helenístico.
d) siracusanos e do Império Siciliota.
e) macedônios e do Império Babilônico.

59) (Fuvest-1994) Freud, Brecht e Pasolini, entre muitos


outros, recorreram a ela em seus trabalhos. O primeiro, ao
utilizar os termos "Complexo de Édipo" e "Complexo de
Electra"; o segundo nas "Notas sobre a Adaptação de
Antígona", e o terceiro, no filme "Medéia".
a) Identifique a arte grega evocada acima e dê o nome de
dois de seus autores.
b) A que se deve sua permanente atualidade?

60) (UFAC-1997) Com relação à Grécia e Roma antigas,


podemos afirmar que:
a) ao contrário dos gregos, que se lançaram ao mar e se
transformaram num povo de navegadores e comerciantes,
os romanos foram, no início de sua história, um povo de
camponeses e pastores extremamente vinculados à terra;
b) ao contrário dos gregos, que se tornaram agricultores,
os romanos foram, no início de sua história, fortes
navegadores e comerciantes;
c) ao contrário dos gregos, os romanos viviam em cidades estado;
d) Grécia e Roma, no início de suas histórias, eram
formadas por camponeses e pastores extremamente
vinculados à terra.
e) n.d.a.

61) (FUVEST-2008) Na atualidade, praticamente todos os


dirigentes políticos, no Brasil e no mundo, dizem-se
defensores de padrões democráticos e de valores
republicanos. Na Antigüidade, tais padrões e valores
conheceram o auge, tanto na democracia ateniense,
quanto na república romana, quando predominaram
a) a liberdade e o individualismo.
b) o debate e o bem público.
c) a demagogia e o populismo.
d) o consenso e o respeito à privacidade.
e) a tolerância religiosa e o direito civil.

62) (Vunesp-2005) (…) a ciência do amo consiste no


emprego que ele faz dos seus escravos; ele é senhor, não
tanto porque possui escravos, mas porque deles se serve.
Esta ciência do amo nada tem, aliás, de muito grande ou
elevada; ela se reduz a saber mandar o que o escravo deve
saber fazer. Também todos a que ela podem se furtar
deixam os seus cuidados a um mordomo, e vão-se
entregar à Política ou à Filosofia. (Aristóteles, Política II.)
a) De acordo com o texto, qual a relação que existe entre
escravidão e Política na cidade grega?
b) Além da escravidão, indique e explique um outro
aspecto que diferencie a democracia grega da
contemporânea.

63) (Mack-2004) Na origem do extraordinário


florescimento da civilização grega, encontra-se o
desenvolvimento da vida urbana. Contudo, o
desenvolvimento e a importância das cidades na Grécia
não tiveram como base uma economia urbana de vulto. Ao
contrário, a economia grega permaneceu, até o fim,
essencialmente rural. O comércio e o artesanato —
atividades eminentemente urbanas — em momento algum
da história grega sobrepujaram a economia rural.
Luiz Koshiba — História
Assinale a alternativa que contém uma explicação para a
existência de uma civilização urbana tão marcante como a
grega, que não se sustentava em uma economia urbana.
a) O comércio entre todas as Polis era tão intenso que
atenuava os efeitos da economia rural.
b) O Estado sobrepujava, com suas guerras imperialistas,
as limitações do sistema econômico.
c) Os escravos que trabalhavam no campo possibilitavam
aos seus senhores residir na cidade.
d) A diversidade de mercadorias enviadas para as fazendas
garantia a estabilidade econômica.
e) O fim da escravidão por dívidas e a utilização da moeda
como base de todas as trocas.

64) (PUC-SP-2005) A ideia de democracia surgiu em


Atenas, Grécia, no século V a.C.. Foi, séculos depois,
retomada em documentos históricos, como a Declaração
de Independência dos Estados Unidos (1776) e a
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, escrita
durante a Revolução Francesa (1789-1799). Hoje, a
democracia existe em boa parte do mundo ocidental,
inclusive no Brasil. Sobre a atual democracia brasileira,
pode-se afirmar que é
A) diferente da praticada em outros países ocidentais,
porque os brasileiros são menos rebeldes e mais cordiais.
B) semelhante à praticada na Grécia antiga, porque nem
todos podem participar da escolha do Presidente da
República.
C) diferente da proposta na Independência dos EUA,
porque a condição econômica da população brasileira é
precária.
D) semelhante à proposta na Revolução Francesa, porque
considera a liberdade um direito fundamental de todos.
E) diferente de todos os modelos democráticos já
experimentados, porque o clima tropical facilita as
relações pessoais.

65) (Mack-2005) (...) a massa popular é assimilável, por


natureza, a um animal escravo de suas paixões e de seus
interesses passageiros, sensível à lisonja, inconstante em
seus amores e em seus ódios; confiar-lhe o poder é aceitar
a tirania de um ser incapaz da menor reflexão e do menor
rigor.
Platão (428 — 348 a C)
Na pólis, cidades-estado gregas, o que era de interesse
particular converteu-se em interesse público e, como tal,
tornou-se objeto de debates. A respeito desse tipo de
governo, assinale a alternativa correta.
a) O racionalismo grego foi responsável pelo surgimento
da noção de individualismo, segundo o qual o ser humano
e as idéias por ele defendidas seriam mais importantes do
que as coletivas.
b) Com o declínio de um governo aristocrático, uma nova
concepção de igualdade passou a funcionar como princípio

regulador da vida pública, na qual todos cidadãos, sem


exceção, estavam nivelados perante a lei.
c) Com a gradual mudança para um governo no qual o
indivíduo estaria sob a autoridade das leis, ocorreram
revoltas, pois não foram levadas em consideração as
diferenças naturais existentes entre os homens.
d) A submissão do indivíduo a normas, fossem elas
jurídicas ou morais, acabou por gerar nos cidadãos um
sentimento de injustiça, pois alguns se consideravam mais
leais à cidade do que outros.
e) Platão definiu o homem como “um animal político” e
defendeu a inserção de todos na discussão dos assuntos da
cidade mas, para ele, a autonomia plena só seria alcançada
se o indivíduo não se comprometesse com a política.
66) (PUC-SP-2005) Lutas e guerras reais estiveram
presentes em todos os tempos da História. Lutas e guerras
também sempre mexeram com a imaginação dos povos,
que as traduziram em mitos e jogos, como por exemplo
A) os relatos de Homero e a Guerra dos Cem Anos entre
França e Inglaterra.
B) a história da Guerra de Tróia e a da Guerra do
Peloponeso.
C) os carnavais na Idade Média e as festas nas Cortes
européias medievais.
D) a longa espera de Penélope por Ulisses e os rituais de
suserania e vassalagem.
E) os Jogos Olímpicos na Grécia Antiga e os torneios de
cavaleiros na Idade Média.
67) (UFSCar-2004) O legado da Grécia à filosofia ocidental
é a filosofia ocidental.
(Bernard Williams. In:
Finley M.I. O legado da Grécia, 1998.)
A afirmação baseia-se no fato de que
A) a filosofia moderna ocidental, apesar de ter deixado o
pensamento filosófico grego para trás, recupera como
princípio básico o legado mítico dos helenos.
B) os filósofos gregos foram lidos pelos romanos, depois
negados pela tradição românica medieval e,
posteriormente, recuperados por iluministas como
Voltaire e Diderot.
C) os gregos foram os criadores de quase todos os campos
importantes do conhecimento filosófico, como a
metafísica, a lógica, a ética e a filosofia política.
D) os sofistas, como Sócrates e Platão, responsáveis pela
produção de obras no campo da mitologia, consolidaram
os princípios da filosofia ocidental moderna.
E) a metafísica de Platão tem estruturado, até hoje, as
bases conceituais e filosóficas do pensamento científico e
tecnológico contemporâneo ocidental.
68) (UNICAMP-2004) No poema grego Odisséia, que narra
as viagens lendárias do herói Ulisses, esse personagem
chega a um país habitado por gigantes chamados Ciclopes,
que são descritos como “homens sem leis”, porque “não
têm assembléias que julguem ou deliberem” e “cada um
dita a lei a seus filhos e mulheres sem se preocuparem uns
com os outros”.
(Homero, Odisséia. São
Paulo: Nova Cultural, 2002, p. 117).
a) Aponte dois aspectos da cidade-estado grega que a
diferenciava do país lendário mencionado no texto.
b) Identifique os dois principais modelos de cidade-estado
desenvolvidos na Grécia.
c) Cite uma característica da democracia grega que a
diferencie da democracia atual.
69) (UFSCar-2003) Os instrumentos são de vários tipos;
alguns são vivos, outros inanimados; o capitão de um navio
usa um leme sem vida, mas um homem vivo como
observador; pois o trabalhador num ofício é, do ponto de
vista do ofício, um de seus instrumentos. Assim, qualquer
parte da propriedade pode ser considerada um
instrumento destinado a tornar o homem capaz de viver; e
sua propriedade é a reunião desse tipo de instrumentos,
incluindo os escravos; e um escravo, sendo uma criatura
viva, como qualquer outro servo, é uma ferramenta
equivalente às outras. Ele é em si uma ferramenta para
manejar ferramentas.
(Aristóteles (século IV a.C.). Política)
A escravidão era comum na Grécia Antiga. Em Atenas,
Corinto e Mileto, quase toda a vida econômica dependia
do trabalho escravo. Era freqüente encontrar o escravo
trabalhando na agricultura, nas oficinas de artesanato, em
serviços domésticos e nas minas. O modo como os gregos
encaravam a escravidão ficou registrado em textos de
filósofos da época, como o de Aristóteles, do qual
podemos depreender que o escravo era visto como um
a) ser vivo e humano, antes de tudo.
b) instrumento de trabalho vivo e uma propriedade.
c) cidadão com direitos, por ser uma criatura viva.
d) servo para qualquer trabalho, que não podia ser
vendido.
e) trabalhador assalariado, explorado como ferramenta
viva de trabalho.
70) (Fuvest-2003) “Cada um deve observar as religiões e os
costumes, as leis e as convenções, os dias festivos e as
comemorações que observavam nos dias de Dario. Cada
um deve permanecer persa em seu modo de vida, e viver
em sua cidade (...). Porque eu desejo tornar a terra
bastante próspera e usar as estradas persas como pacíficos
e tranqüilos canais de comércio.”
Edito de Alexandre para os cidadãos das cidades persas
conquistadas. 331 a. C.
A partir do texto, responda:
a) Quem foi Alexandre e quais os objetivos de suas
conquistas?
b) Indique algumas características do “helenismo”.
71) (Vunesp-2003)
Os templos apresentados (o Partenon da Grécia clássica e
a catedral gótica de Estrasburgo da Idade Média) veiculam
princípios religiosos da Grécia antiga e do cristianismo,
respectivamente.
a) Indique uma diferença entre a concepção religiosa grega
da Antigüidade e a cristã.
b) Apresente a concepção de homem associada a cada um
desses dois estilos arquitetônicos.
72) (Fuvest-2003) “A história da Antigüidade Clássica é a
história das cidades, porém, de cidades baseadas na
propriedade da terra e na agricultura.”
(K. Marx. Formações econômicas pré-capitalistas.)
Em decorrência da frase de Marx, é correto afirmar que
a) os comerciantes eram o setor urbano com maior poder
na Antigüidade, mas dependiam da produção agrícola.
b) o comércio e as manufaturas eram atividades
desconhecidas nas cidades em torno do Mediterrâneo.
c) as populações das cidades greco-romanas dependiam da
agricultura para a acumulação de riqueza monetária.
d) a sociedade urbana greco-romana se caracterizava pela
ausência de diferenças sociais.
e) os privilégios dos cidadãos das cidades gregas e romanas
se originavam da condição de proprietários rurais.
73) (UFSCar-2000) Os conflitos sociais do período arcaico
da Grécia antiga resultaram, na cidade de Atenas, no
aparecimento de uma nova forma política no transcurso
do século V a.C.
a) Qual é o nome da nova organização política ateniense?
b) Quais são as suas características mais importantes?
74) (FGV-1998) Sobre a Grécia antiga, observe as
afirmações abaixo e assinale quais são as afirmações
corretas:
I- O primeiro povoamento, nesta região, por volta de 2000
a C foi resultado da invasão dos dórios;
II- Os cidadãos de Atenas eram todos iguais perante a Lei;
III- Na Guerra do Peloponeso, Atenas conseguiu ter a
hegemonia sobre toda a Hélade.
IV- Foram denominadas Guerras Médicas os conflitos
entre o mundo grego e o mundo persa. A vitória grega,
liderada por Atenas, deu a esta cidade-estado o domínio
sobre as demais.
A) I e IV
B) II e IV
C) II e III
D) I e II
E) III e IV
75) (Mack-1996) "Conta a história que, com a ajuda de
Atena, Epeu construiu um grande cavalo de madeira, onde
escondeu guerreiros. Ulisses ardilosamente introduziu-o
em Tróia para que os guerreiros a saqueassem."
Em sua obra, o autor transformou a luta pelo controle do
estreito de Dardanelos (Helesponto) num conflito
envolvendo deuses e heróis.
A obra e o respectivo autor são:
a) A República - Platão.
b) Édipo Rei - Sófocles.
c) A Ilíada - Homero.
d) Os Sete Contra Tebas - Ésquilo.
e) A História da Guerra do Peloponeso - Tucídedes.
76) (FGV-1996) "Representando pequeno número em
relação às outras classes, eles estavam constantemente
preparados para enfrentar quaisquer revoltas, daí a total
dedicação à arte militar. A agricultura, o comércio e o
artesanato eram considerados indignos para o (...), que
desde cedo se dedicava às armas. Aos sete anos deixava a
família, sendo educado pelo Estado que procurava fazer
dele um bom guerreiro, ensinando-lhe a lutar, a manejar
armas e a suportar as fadigas e a dor. Sua educação
intelectual era bastante simples (...). Aos vinte anos o (...)
entrava para o serviço militar, que só deixaria aos
sessenta, passando a viver no acampamento, treinando
constantemente para as coisas da guerra (...). Apesar de
ser obrigatório o casamento após os trinta anos, sua
função era simplesmente a de fornecer mais soldados para
o Estado."
A transcrição anterior refere-se aos cidadãos que
habitavam:
a) Atenas.
b) Creta.
c) Esparta.
d) Chipre.
e) Roma.
77) (FGV-1995) A Guerra do Peloponeso (431 a.C.- 404
a.C.), que teve importância fundamental na evolução
histórica da Grécia antiga, resultou, entre outros fatores,
de:
a) um confronto econômico entre as cidades que
formavam a Confederação de Delos.
b) um esforço da Pérsia para acabar com a influência grega
na Ásia Menor.
c) um conflito entre duas ideologias: Esparta, oligárquica, e
Atenas, democrática.

Exercícios de História sobre Roma

1.(ENEM-2000) “Somos servos da lei para podermos ser


livres.”
Cícero
“O que apraz ao príncipe tem força de lei.”
Ulpiano
As frases acima são de dois cidadãos da Roma Clássica que
viveram praticamente no mesmo século, quando ocorreu a
transição da República (Cícero) para o Império (Ulpiano).
Tendo como base as sentenças acima, considere as
afirmações:
I. A diferença nos significados da lei é apenas aparente,
uma vez que os romanos não levavam em consideração as
normas jurídicas.
II. Tanto na República como no Império, a lei era o
resultado de discussões entre os representantes
escolhidos pelo povo romano.
III. A lei republicana definia que os direitos de um cidadão
acabavam quando começavam os direitos de outro
cidadão.
IV. Existia, na época imperial, um poder acima da
legislação romana.
Estão corretas, apenas:
I e II.
I e III.
II e III.
II e IV.
III e IV.
2) (UNIFESP-2007) Em Roma antiga, e no Brasil colonial e
monárquico, os escravos eram numerosos e empregados
nas mais diversas atividades.
Compare a escravidão nessas duas sociedades, mostrando
suas
a) semelhanças.
b) diferenças.
3) (UFSCar-2006) Considere os acontecimentos da história
romana.
I. Construção da Muralha de Adriano.
II. Início da República Romana.
III. Revolta dos escravos liderada por Espártaco.
IV. A cidadania romana é concedida a todos os habitantes
do Império.
V. Primeira Guerra Púnica.
Esses acontecimentos, colocados na ordem cronológica
correta, são:
A) I, II, III, IV e V.
B) III, IV, V, II e I.
C) II, V, III, I e IV.
D)V, IV, III, II e I.
E) II, I, IV, V e III.
4) (FUVEST-2006) Em Brasília, em julho de 2005, numa das
sessões da CPI dos Correios, o relator citou o início das
Catilinárias, de Cícero (63 a.C.): “Até quando, Catilina,
abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda esse
teu rancor nos enganará? Até que ponto a (tua) audácia
desenfreada se gabará?” Transcendendo a história
romana, o nome de Cícero continua presente no
vocabulário político-cultural do Ocidente, estando
associado a
a) democracia, oligarquia e moralismo.
b) realeza, ruralismo e sobriedade.
c) império, populismo e tolerância.
d) república, civismo e eloqüência.
e) aristocracia, demagogia e ostentação.
5) (Fuvest-2005) Karl Marx afirmou mais de uma vez que,
na antiguidade romana, era o Estado que sustentava o
proletariado e não este àquele, como ocorre na
modernidade. Com base nessa afirmação, explique:
a) Como o Estado romano sustentava o proletariado?
b) Por que é possível sustentar que a derrota do programa
de reforma agrária dos irmãos Graco abriu caminho para
tal política?
6) (Mack-2001) A crise do Império Romano foi marcada
por um processo que:
a)alterou as relações sociais e políticas, determinando
novos vínculos, assentados, principalmente, na posse de
terras.
b) foi responsável pela consolidação e expansão das
instituições políticas e sociais romanas por toda a Europa.
c)criou novas atividades econômicas e intensificou as
relações comerciais entre o Império Romano do Ocidente
e o Império Romano do Oriente.
d)favoreceu o crescimento das cidades, devido ao êxodo
rural provocado pelos constantes ataques dos invasores
bárbaros.
e) transformou as terras de cultivo em pastagens cercadas,
tornando-as propriedades privadas, o que ocasionou a
marginalização dos agricultores.
7) (Vunesp-2001) “Meu caro Plínio, você agiu como devia
tê-lo feito, examinando as causas daqueles que lhe foram
delatados como cristãos. Não se pode ter uma regra geral
e fixa a este respeito. Não devem ser perseguidos, mas se
forem denunciados e perseverarem, devem ser punidos.”
(Carta do Imperador Trajano a Plínio, 112 d.C
Baseando-se no texto, responda.
a) Cite um tipo de punição dada aos cristãos nessa época.
b) Por que os cristãos eram perseguidos?
8) (UNICAMP-2001) Acerca do fascínio exercido pelos
espetáculos de sangue na arena, muitos romanos
afirmavam que eles inspiravam um nobre desprezo pela
morte. Mas é possível interpretar esses espetáculos como
um ritual que reafirmava o poder e a autoridade do Estado
romano. Os gladiadores, por exemplo, eram indivíduos
sem direitos, marginalizados ou condenados por subversão
da ordem pública. Ao executá-los em público, o povo
romano reunido celebrava a sua superioridade e o seu
direito de dominar.
(Adaptado de J. A. Shelton, As the Romans Did, Oxford,
1998, p. 350.)
a) De que maneira esse texto interpreta a popularidade
dos espetáculos de sangue na Roma antiga?
b) Por que, segundo o texto, o sacrifício de um gladiador
perante o público reforçava as relações de dominação na
sociedade romana?
c) Explique por que os cristãos foram perseguidos em
nome da ordem pública romana.
9) (UNICAMP-1999) Leia com atenção os dois comentários
abaixo sobre colonização:
A colonização foi um meio de consolidação da dominação
romana e a única medida político-social de longo alcance
com que o estado romano conseguiu atenuar os
desequilíbrios que afetavam o seu corpo social. (Adaptado
de M. Weber, História Agrária Romana, Martins Fontes,
1994)
O esforço de colonização dos portugueses distingue-se
principalmente pela predominância do seu caráter de
exploração comercial antes de tudo litorânea e tropical.
(Adaptado de S. Buarque de Hollanda, Raízes do Brasil,
1936)
a) Quais os principais objetivos da colonização romana?
b) Compare o processo de colonização portuguesa com o
processo de colonização romana, apontando as diferenças.
10) (Vunesp-1999) "A atividade dos Gracos foi objeto de
debates apaixonados e formulavam-se sobre ela os juízos
mais diversos (...). Os políticos romanos dividiam-se
nitidamente em dois grupos ou partidos, pelos quais os
Gracos eram considerados heróis ou criminosos."
(M. Rostovtzeff. História de Roma.)
O autor refere-se aos irmãos Tibério e Caio Graco, tribunos
da Assembléia da Plebe de Roma no século II a.C.
a) Como estava constituída a sociedade romana na época
de atuação dos irmãos Tibério e Caio Graco?
b) Dê uma razão pela qual os irmãos Graco eram "objeto
de debates apaixonados".
11) (UFPR-1998) Em Roma, "famuli" era, originalmente, o
termo usado para designar o conjunto dos serviçais
domésticos reunidos na moradia. Entre eles estavam os
escravos, que cumpriam tarefas dentro e fora de casa,
desde as mais simples às mais árduas ou sofisticadas.
Sobre a escravidão na Roma antiga, é correto afirmar:
(01) Em Roma, os escravos eram obtidos pela guerra, pela
pirataria ou pela compra. Até 326 a.C., porém, um
indivíduo poderia também ser escravizado por dívidas.
(02) Ao contrário do que ocorria entre os gregos, na
sociedade romana os escravos não constituíam simples
mercadoria. Possuíam alguns direitos que lhes permitiam a
participação na vida política da cidade.
(04) Entre os romanos, os escravos não eram considerados
propriedade individual ou bens de família;
conseqüentemente, não podiam ser transmitidos por
herança.
(08) À medida que a expansão romana se consolidava nas
regiões mediterrânicas, a utilização da mão-de-obra
escrava entrou em declínio na sede do Império.
(16) O Estado Romano também era proprietário de
escravos, utilizando seu trabalho nas grandes construções,
obras de urbanização e até em minas e pedreiras.
(32) O principal resultado das inúmeras revoltas de
escravos no Império Romano, durante os séculos III e II
a.C., foi o fortalecimento, no Senado, de um movimento
pela supressão da escravidão.
Marque como resposta a soma dos itens corretos.
12) (UNICAMP-1997) "Augusto conquistou os soldados
com presentes, o povo com pão barato, e todos os homens
com os frutos da paz. Assim tornou-se progressivamente
mais poderoso, congregando em si as funções do Senado,
dos magistrados e das leis."
[Tácito, Anais 1.2, (MOSES HADAS, ED., THE COMPLETE
WORKS OF TACITUS, NEW YORK, RANDOM HOUSE, 1942,
p. 3)].
a) Identifique o período da história de Roma tratado nesse
texto.
b) A partir dos elementos indicados no texto, caracterize o
Estado romano durante esse período.

13) (UNICAMP-1995) Os princípios do cristianismo


chocaram-se com os valores romanos, em especial a partir
do momento em que os imperadores passaram a ser vistos
como divindades.
Entre os séculos I e III, as perseguições aos cristãos foram
constantes.
a) Cite três características do cristianismo naquele período.
b) Explique por que os princípios cristãos eram uma
ameaça ao poder político dos imperadores romanos.
14) (UNICAMP-1996) O Mar Mediterrâneo foi a maior de
todas as vias de circulação romanas e dele resultou a
formação do Império Romano.
a) Como se deu a conquista do mar Mediterrâneo pelos
romanos?
b) Explique a importância dessa conquista para a formação
do Império Romano.
15) (Fuvest-1996) Para explicar o fim do império Romano,
foram defendidas teses extremadas, como a de A. Piganiol,
para quem "Roma foi assassinada", e a de F. Lot, para
quem "Roma morreu de morte natural".
a) No que consistem tais teses?
b) Por que elas não explicam satisfatoriamente o processo
de desagregação do Império Romano?
16) (Fuvest-1994) Sobre as invasões dos "bárbaros" na
Europa Ocidental, ocorridas entre os séculos III e IX, é
correto afirmar que:
a) foi uma ocupação militar violenta que, causando
destruição e barbárie, acarretou a ruína das instituições
romanas.
b) se, por um lado, causaram destruição e morte,por outro
contribuíram, decisivamente, para o nascimento de
uma nova civilização, a da Europa Cristã.
c) apesar dos estragos causados, a Europa conseguiu,
afinal, conter os bárbaros, derrotando-os militarmente e,
sem solução de continuidade, absorveu e integrou os seus
remanescentes.
d) se não fossem elas, o Império Romano não teria
desaparecido, pois, superada a crise do século III, passou a
dispor de uma estrutura sócio-econômica dinâmica e de
uma constituição política centralizada.
e) os Godos foram os povos menos importantes, pois
quase não deixaram marcas de sua presença.
17) (Covest-1997) Sobre a cidadania e os direitos da
República romana pode-se afirmar:
Assinale V ou F.
( ) Ser cidadão romano exigia coragem, lealdade, respeito
aos deuses e culto à glória.
( ) A vida do cidadão romano era regulada por duas leis: a
lei pública e a lei privada. Do direito público faziam parte o
Direito Civil (jus civile) e o Direito Estrangeiro (jus gentium)
em oposição ao Direito Privado, que regulamentava as
relações entre as famílias.
( ) O Estado, todo poderoso, exercia um grande poder
sobre a família, destruindo o pátrio-poder, herança dos
gregos.
( ) Os cidadãos romanos dividiam-se em cinco classes,
conforme sua riqueza; as classes eram subdivididas em
centúrias, as quais se constituíam de pátrios e plebeus,
separadamente.
( ) A partir das lutas empreendidas pelos plebeus para o
fortalecimento da cidadania, as leis votadas na Assembléia
da Plebe passaram a ter validade em todo o Estado. Era a
decisão da plebe ou Plebiscito.
18) (FUVEST-2010) Cesarismo/cesarista são termos
utilizados para caracterizar governantes atuais que, à
maneira de Júlio César (de onde o nome), na antiga Roma,
exercem um poder
a) teocrático.
b) democrático.
c) aristocrático.
d) burocrático.
e) autocrático.
19) (UFSCar-2009) A violência e o medo combinam-se a
processos de mudança social nas cidades contemporâneas,
gerando novas formas de segregação espacial e
discriminação social. Nas duas últimas décadas, em cidades
tão diversas como São Paulo, Los Angeles, Johannesburgo,
Buenos Aires, Budapeste, Cidade do México e Miami,
diferentes grupos sociais, especialmente das classes mais
altas, têm usado o medo da violência e do crime tanto para
justificar novas tecnologias de exclusão social quanto sua
retirada dos bairros tradicionais dessas cidades. (...) as
formas de exclusão e encerramento (...) são tão
generalizadas que se pode tratá-las como parte de uma
fórmula que elites em todo o mundo vêm adotando para
reconfigurar a segregação espacial de suas cidades.
(Teresa Pires do Rio Caldeira, Cidade de muros. 2000.)
a) Diferencie as cidades de muros contemporâneas das
cidades muradas da Antiguidade.
b) Identifique fatores que influenciam as classes sociais
mais altas a compor segregação espacial e discriminação
social nos espaços urbanos contemporâneos.
20) (Fatec-2009) As civilizações da antiguidade clássica -
Grécia e Roma - Desenvolveram uma estrutura
socioeconômica
I. a escravidão foi indispensável para a manutenção do
ideal democrático em Atenas, uma vez que os cidadãos
ficavam desincumbidos dos trabalhos manuais e das
tarefas ligadas a sobrevivência.
II. a escravidão foi abolida em Atenas quando Péricles
estabeleceu o direito político a todos os cidadãos,
reconhecendo, dessa forma, a igualdade jurídica e social
da população da Grécia.
III. os escravos romanos, por terem pequenas
propriedades e direitos políticos, conviveram
pacificamente com os cidadãos romanos, como forma de
evitar conflitos e a perda de direitos.
IV. os escravos romanos, que se multiplicavam com o
expansionismo de Roma, estavam submetidos a
autoridade de seu senhor, e sua condições obedecia mais
ao direito privado do que ao direito público.
É correto apenas o que se apresenta em
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
21) (UNIFESP-2008) Podemos dizer que antes as coisas do
Mediterrâneo eram dispersas... mas como resultado das
conquistas romanas é como se a história passasse a ter
uma unidade orgânica, pois, as coisas da Itália e da África
passaram a ser entretecidas com as coisas da Ásia e da
Grécia e o resultado disso tudo aponta para um único fim.
(Políbio, História, I.3.)
No texto, a conquista romana de todo o Mediterrâneo é
a) criticada, por impor aos povos uma única história, a
ditada pelos vencedores.
b) desqualificada, por suprimir as independências políticas
regionais.
c) defendida, por estabelecer uma única cultura, a do
poder imperial.
d) exaltada, por integrar as histórias particulares em uma
única história geral.
e) lamentada, por sufocar a autonomia e identidade das
culturas.
22) (Mack-2007) Sobre a história da Roma Antiga, assinale
a alternativa que indica corretamente a relação direta
entre as personagens e os fatos históricos:
I. Tibério Graco (169 a.C — 133 a.C.)
II. Otávio Augusto (63 a.C. — 14 d. C.)
III. Nero (37 d.C. — 68 d.C.)
A. Expansão territorial e subordinação do poder político do
Senado ao poder centralizado do Imperador
B. Proposta de uma reforma agrária para defender os
pequenos proprietários rurais plebeus
C. Início das grandes perseguições aos cristãos, muitos
vitimados em grandes espetáculos populares
a) I-A, II-B, III-C
b) I-B, II-C, III-A
c) I-C, II-B, III-A
d) I-A, II-C, III-B
e) I-B, II-A, III-C
23) (ETEs-2007) Observe a ilustração que apresenta uma
terma romana e o seu interior e relacione-a com o texto.
A utilização e o manejo dos recursos hídricos, na Roma
antiga, resultaram em obras de edificação magníficas,
como, por exemplo, as termas.
Eram edifícios colossais destinados, no início, a banhos
públicos para os que não tinham acesso a água corrente
em suas casas, mas, com o tempo, tornaram-se os
principais centros da vida social em Roma. Luxuosos e
confortáveis, neles havia três tipos de salas de banho,
denominadas por palavras que deram origem a outras
muito semelhantes na língua portuguesa.
Eram as salas de banho frio, as de banho morno e aquelas
com ar altamente aquecido, chamadas, respectivamente,
de:
a) Tepidarium Frigidarium Caldarium
b) Caldarium Tepidarium Frigidarium
c) Frigidarium Tepidarium Caldarium
d) Caldarium Frigidarium Tepidarium
e) Frigidarium Caldarium Tepidarium
24) (ESPM-2007) Eu, Constantino Augusto, assim como eu,
Licínio Augusto, reunidos... para discutir todos os
problemas relativos... ao bem público, entendemos dever
regular, em primeiro lugar, entre outras disposições...,
aquelas sobre as quais repousa o respeito pela divindade,
isto é, dar aos cristãos, como a todos, a liberdade e a
possibilidade de seguir a religião da sua escolha... a fim de
que a divindade suprema, a quem rendemos
espontaneamente homenagem, possa testemunharmos em
todas as coisas o seu favor e a sua benevolência
costumadas...
(Gustavo de Freitas. 900 textos e documentos de História)
O documento apresentado é um fragmento do(a):
a) Edito do Máximo.
b) Lei Canuléia.
c) Lei Licínia.
d) Edito de Milão.
e) Edito de Tessalônica.
25) (UECE-2007) O imperador Teodósio I, de origem
espanhola, nomeado augusto para o Império Romano do
Oriente em 379 d. C, enfrentou inúmeros desafios no
campo político-militar e religioso. Das atitudes que lhe
trouxeram notoriedade, pode-se destacar como
verdadeira:
a) Incremento do número de militares e concessão de
liberdade de culto aos cristãos.
b) Divisão do exército em um número maior de legiões,
concedendo inúmeros poderes à Igreja cristã e criando
uma nova classe dirigente formada por funcionários
bárbaros.
c) Estabelecimento de um acordo com os godos, fazendo
os aliados do império. O cristianismo torna-se a única
religião oficial do império e, por conta disso, acontece a
perseguição aos cultos pagãos.
d) Expulsão dos godos dos domínios imperiais romanos e
restauração do paganismo sem recorrer à violência contra
os cristãos.
26) (UECE-2007) Otávio Augusto (29 a.C. – 14 d.C.), mesmo
centralizando em suas mãos o poder real, não substituiu a
constituição republicana por uma monárquica. Esta atitude
poderia ser explicada, levando-se em consideração o
seguinte:
a) Os romanos, cansados de guerras e turbulências,
queriam a continuidade do governo que proporcionasse
diversão e alimentação à plebe.
b) Otávio Augusto, exímio estrategista, sabia que as
províncias e o povo obedeciam apenas ao senado.
c) Os romanos, por tradição, queriam sentir-se cidadãos,
não súditos e não aceitariam, sob hipótese alguma, a
imposição de um governo monárquico.
d) Otávio Augusto pretendia dispor de um número maior
de encargos, inclusive públicos, nos quais poderia colocar
os seus favoritos e aqueles que o auxiliaram em sua
ascensão.
27) (FGV - SP-2007) “(...) os domínios [grandes
propriedades] foram divididos em pequenas unidades,
confiadas a granjeiros, chamados colonos, e o termo
colonus, que outrora designava o agricultor, ou seja, o
camponês proprietário, tendeu a se aplicar exclusivamente
ao colono do grande proprietário.”
Paul Petit, A Paz Romana, 1969.
O texto descreve o campo, no mundo romano antigo:
a) No período que se segue à crise do século III d.C.,
quando a escassez de mão-de-obra inviabilizou o
escravismo.
b) No momento da tentativa, malsucedida, de reforma
agrária dos irmãos Caio e Tibério Graco.
c) No início da República, quando Roma foi inundada por
enormes contingentes de escravos.
d) No final da conquista da Península Itálica, quando Roma
ainda não passava de uma potência regional.
e) No auge do Império, quando o campo passou a produzir
gêneros apenas para abastecer Roma.
28) (UFBA-2005) Os Movimentos Sociais constituíram um
fenômeno presente em todos os momentos da história da
humanidade. Alguns desses movimentos influíram na
Legislação, no Direito e na distribuição do Poder. Responda
a essas questões a partir da leitura do texto a seguir.
O que se chama movimento social, nada mais é do que o
aparecimento, no reino dos acontecimentos, das forças
sociais, umas submersas nas categorias da prática social e
as outras freqüentemente presas no silêncio e no proibido.
Não é fácil para a História e para o sociólogo restituir a
palavra dos que nunca a tiveram, dos que não gravaram
inscrições, lembranças e manuscritos, daqueles cujos
arautos foram enforcados, crucificados ou consumidos por
privações sem que nenhum memorialista o relate. Daí o
interesse dos mergulhos, hoje possíveis, na história dos
colonizados, de suas recusas, de suas revoltas, de seus
sonhos. O movimento social se define pelo confronto de
interesses opostos para controlar forças de
desenvolvimento e do campo de experiência histórica de
uma sociedade. Não é possível falar de um movimento
social se não se pode, ao mesmo tempo, definir o
contramovimento ao qual ele se opõe. O movimento
operário só é um movimento social se, além das
reivindicações contra as crises da organização social e das
pressões para a negociação, ele coloca em causa a
dominação da classe dirigente. (TOURAINE. In: FORACCHI ;
MARTINS, 1980, p. 344- 345; 356).
As instituições jurídicas da República Romana do século II
a.C. foram abaladas por movimentos sociais urbanos,
dentre os quais se destaca o dos irmãos Graco. De acordo
com as características do referido movimento, indique
duas reivindicações que deveriam ser garantidas pelo
Direito Público.
29) (VUNESP-2006) A escolha dos inimigos de Roma era
regularmente decidida pela autoridade legislativa. As
decisões mais importantes de paz e guerra eram
gravemente debatidas no Senado e ratificadas pelo povo.
Mas quando as armas das legiões se distanciaram muito de
Roma, os generais assumiram o privilégio de voltá-las
contra qualquer povo e da maneira que julgassem mais
vantajosa para o benefício público. (...) Sobre a administração da vitória, especialmente depois de não
serem mais controlados por delegados do Senado,
exerciam um despotismo sem freios. (...)
Tornavam-se ao mesmo tempo governadores, ou antes
monarcas, das províncias conquistadas, uniam autoridade
militar à civil, administravam tanto a justiça, quanto as
finanças e exerciam os poderes Executivo e Legislativo do
Estado.
(E. Gibbon, Declínio e queda do Império Romano.
Adaptado.)
Segundo o autor, a expansão territorial ocorrida sob a
República Romana
A) ampliou a abrangência da autoridade senatorial,
reforçando a República.
B) tornou mais eficazes as práticas políticas existentes,
reestruturando a República.
C) libertou os cidadãos romanos do jugo dos ditadores,
instituindo a Democracia na República.
D) deu aos generais parte da autoridade do Senado,
prenunciando a crise da República.
E) manteve o Senado acima das autoridades militares,
consolidando a República.
30) (FUVEST-2006) Vegetius, escrevendo no século IV a.C.,
afirmava que os romanos eram menos numerosos que os
gauleses, menores em tamanho que os germanos, mais
fracos que os espanhóis, não tão astutos quanto os
africanos e inferiores aos gregos em inteligência criativa.
Obviamente Vegetius considerava os romanos, como
guerreiros, superiores a todos os demais povos. Já para os
historiadores, o fato de os romanos terem conseguido
estabelecer, e por muito tempo, o seu vasto império, o
maior já visto até então, deveu-se sobretudo
a) à inferioridade cultural dos adversários.
b) ao espírito cruzadista da religião cristã.
c) às condições geográficas favoráveis do Lácio.
d) à política, sábia, de dividir para imperar.
e) à superioridade econômica da Península itálica.
31) (Mack-2004) A ampla utilização de mão-de-obra
escrava trouxe ao Estado Romano inúmeras rebeliões de
cativos, dentre as quais, a mais significativa mobilizou mais
de 90 mil escravos, entre os anos de 73 a.C e 71 a.C. Essa
rebelião ficou conhecida como Revolta de:
a) Drácon.
b) Cômodo.
c) Spartacus.
d) Severo.
e) Brutus.
32) (UNICAMP-2005) Se Roma existe, é por seus homens e
seus hábitos. Sem nossas instituições antigas, sem nossas
tradições venerandas, sem nossos singulares heróis, teria
sido impossível aos mais ilustres cidadãos fundar e manter,
durante tão longo tempo, a nossa República.
(Adaptado de Cícero, Da República, em Os Pensadores, v. 5. São Paulo:
Abril Cultural, 1983, p. 184).
a) Nomeie e caracterize uma das instituições políticas da
República romana (509-31 a.C.).
b) A expansão, ocorrida durante a República, fez com que
os romanos tivessem contato com o mundo helenista e
incorporassem alguns costumes e tradições. O que foi o
helenismo e qual sua importância na Roma republicana?
33) (Vunesp-2004) A oposição entre gregos e bárbaros
motivou explicações e reflexões de diversos autores no
período clássico da Grécia antiga. Esta visão dualista do
mundo influenciou os romanos, herdeiros culturais dos
gregos. A partir destas informações, responda.
a) Que povo “bárbaro” invadiu, em duas oportunidades, a
península grega, sendo derrotado?
b) Que relação é possível estabelecer entre a ocupação da
Europa pelos “bárbaros” germânicos e a formação do
feudalismo?
34) (Fuvest-2004) “Parece-me que ... o temor religioso
salvaguarda os interesses de Roma. Desenvolvendo este
sentimento, pensava-se, sobretudo, no povo. Em uma
sociedade composta apenas por sábios, esta precaução
talvez não fosse necessária; mas como toda multidão é
cheia de inconstância, de paixões desregradas, de cóleras
violentas e irrefletidas, não é possível, a quem quer que
seja,
mantê-la, exceto pelo temor de seres invisíveis e por toda
espécie de ficções.”
Políbio, autor romano do século II A.C.
Baseando-se no texto, indique:
a) A relação estabelecida pelo autor entre religião e
política.
b) Duas características da religião romana no período em
que o texto foi escrito.
35) (Fuvest-2001) “Em verdade é maravilhoso refletir
sobre a grandeza que Atenas alcançou no espaço de
cem anos depois de se livrar da tirania... Mas acima de
tudo é ainda mais maravilhoso
observar a grandeza a que Roma chegou depois de se livrar
de seus reis.”
(Maquiavel, Discursos sobre a primeira década de Tito
Lívio).
Nessa afirmação, o autor
a) critica a liberdade política e a participação dos cidadãos
no governo.
b) celebra a democracia ateniense e a República romana.
c) condena as aristocracias ateniense e romana.
d) expressa uma concepção populista sobre a antigüidade
clássica.
e) defende a pólis grega e o Império romano.
36) (Vunesp-2000) Sobre o Império Romano, até o século
III d.C., é correto afirmar que
A) o direito à cidadania era exclusivo dos patrícios.
B) as normas jurídicas baseavam-se na ética do
cristianismo.
C) a organizacão política possibilitou a criação da
democracia nas cidades-estados.
D) o sistema econômico baseava-se na escravidão.
E) a cultura romana excluiu a herança do helenismo.
37) (UnB-1998) Com a introdução do trabalho escravo em
larga escala, o número de plebeus desocupados
aumentou. A esta legião de desocupados somou-se o
grande número de pequenos agricultores arruinados que
se dirigiram para as cidades, especialmente Roma.
Maurice Crouzet. História Geral Civilizações.
Com o auxílio das informações do texto acima, julgue os
itens seguintes, relativos à antigüidade romana, colocando
VERDADEIRO ou FALSO:
A) A massa dos trabalhadores escravos foi obtida por meio
das conquistas militares, que se iniciaram à época da
República.
B) A substituição do trabalho plebeu pelo trabalho escravo
possibilitou aos plebeus tornarem-se pequenos produtores
agrícolas, que abasteciam as feiras urbanas.
C) As diversões foram um dos expedientes adotados pelos
governantes para apaziguar as populações desocupadas:
era o pão e circo.
D) O Estado assumiu o ônus de abrigar a grande maioria
dos desocupados, enquanto a minoria abastada controlava
as instituições políticas e dirigia o exército.
38) (FGV-1998) "Agora que os chefes das famílias,
abandonando campos e charruas, vieram quase todos para
Roma, e preferem utilizar a mão para bater palmas no
circo a servir-se delas para cuidar das vinhas ou empunhar
o arado, vemo-nos obrigados a comprar trigo na Sardenha
e a vindimar nas ilhas de Cos e Quios".
A frase acima, do grande escritor romano Marco Terêncio
Varrão, refere-se:
A) à grande escassez de mão-de-obra que assolou o
Império Romano durante as Guerras Púnicas;
B) ao terror das famílias camponesas da Itália diante das
revoltas dos escravos comandados por Espártaco;
C) à falência da pequena agricultura familiar da Itália no
final da República, diante da concorrência das grandes
propriedades escravistas;
D) às investidas agressivas dos povos germanos nas
fronteiras agrícolas do Império Romano;
E) à reforma agrária implementada pelo Tribuno da Plebe
Caio Graco.
39) (UFSC-1996) Assinale os aspectos relacionados com as
civilizações da Antigüidade Clássica.
01. Cidades-estado da Grécia.
02. As Guerras Púnicas.
04. A construção de grandes pirâmides.
16. O oráculo de Delfos.
32. O direito romano.
Assinale como resposta a soma das alternativas corretas.
40) (Mack-1997) Dentre as origens estruturais do
feudalismo, destacam-se:
I- o Comitatus, instituição germânica que estabelecia a
relação de lealdade e reciprocidade entre os guerreiros e o
chefe tribal.
II- o Colonato, herança romana que impôs a fixação do
homem à terra, constituindo-se na forma de trabalho
intermediário entre o escravismo e a servidão.
III- as Villas, grandes propriedades rurais que constituíramse na unidade típica de produção rural, quase
autosuficiente.
Assinale:
a) se todas as afirmações estão corretas.
b) se somente as afirmações I e II estão corretas.
c) se somente as afirmações II e III estão corretas.
d) se somente as afirmações I e III estão corretas.
e) se somente a afirmação II está correta.
41) (Mack-1996) Na Pólis grega e no Império Romano, o
trabalhador escravo esteve na origem das grandes
realizações, podendo-se afirmar que:
a) tanto na Grécia como em Roma, eram instrumentos
vivos e participavam da vida política, respectivamente da
Bulé e do Senado.
b) os escravos podiam pertencer exclusivamente aos
cidadãos e realizavam assembléias que defendiam seus
direitos.
c) a fonte principal de abastecimento de escravos, tanto
em Roma como na Grécia, era o comércio com as tribos
africanas.
d) a invasão Macedônia na Grécia e as guerras de
expansão romanas determinaram o fim da escravidão.
e) o sistema de produção era baseado na força de trabalho
de prisioneiros de guerra ou populações escravizadas.
42) (Fuvest-1997) Quem foram os cartagineses e qual sua
importância na trajetória histórica romana?
43) (Fuvest-1997) Do ponto de vista cultural, na passagem
da Antigüidade para a Idade Média, é correto afirmar que
o patrimônio greco-romano
a) só não sofreu perda maior devido à ação esclarecida de
muitos chefes bárbaros.
b) perdeu-se quase completamente porque, dado o seu
caráter pagão, foi rejeitado pela Igreja.
c) foi rejeitado pelos bárbaros em razão do caráter cristão
com que foi revestido pela Igreja.
d) não desapareceu com a antigüidade porque a Igreja
serviu de conduto para sua sobrevivência.
e) escapou do desaparecimento graças à preservação
fortuita de textos antigos.
44) (Fuvest-1996) Comparando-se as civilizações da
Antigüidade Ocidental (Grécia e Roma), com as da
Antigüidade Oriental (Egito e Mesopotâmia), constata-se
que ambas conheceram as mesmas instituições básicas,
muitas das quais, aliás, o Ocidente tomou do Oriente.
Contudo, houve um setor original e específico da
civilização greco-romana. Trata-se do:
a) econômico, com novas formas de indústria e comércio
que permitiram o surgimento de centros urbanos.
b) social, com novas formas de trabalho compulsório e
hierarquias sociais baseadas no nascimento e na riqueza.
c) religioso, com o aparecimento de divindades com
representação antropomórfica e poderes ilimitados.
d) cultural, com o desenvolvimento das artes plásticas e de
expressões artísticas derivadas do uso da escrita.
e) político, com a criação de práticas participativas no
poder e instituições republicanas de governo.
45) (FGV-1995) O Edito de Milão (313), no processo de
desenvolvimento histórico de Roma, reveste-se de grande
significado, tendo em vista que:
a) combateu a heresia ariana, acabando com a força
política dos bispados de Alexandria e Antioquia.
b) tornou o cristianismo a religião oficial de todo Império
Romano, terminando com a concepção de rei-deus.
c) acabou inteiramente com os cultos pagãos que então
dominavam a vida religiosa.
d) deu prosseguimento à política de Deocleciano de
intenso combate à expansão do cristianismo.
e) proclamou a liberdade do culto crista passando
Constantino a ser o protetor da Igreja.
46) (Fatec-1995) O Império Romano expandiu-se pelo Mar
Mediterrâneo durante o período republicano; isso gerou,
no decorrer do século II d.C., várias repercussões, entre as
quais podemos destacar.
a) surgimento da classe média de pequenos proprietários
rurais e desaparecimento dos latifundiários.
b) aumento da população rural na Itália e conseqüente
declínio da população urbana.
c) crescimento do número de escravos e grande fluxo de
riquezas.
d) criação de grande número de pequenas propriedades e
fortalecimento do sistema assalariado.
e) difusão do Cristianismo e proscrição das manifestações
culturais de outras regiões.
47) (UFAC-1997) Com relação à Grécia e Roma antigas,
podemos afirmar que:
a) ao contrário dos gregos, que se lançaram ao mar e se
transformaram num povo de navegadores e comerciantes,
os romanos foram, no início de sua história, um povo de
camponeses e pastores extremamente vinculados à terra;
b) ao contrário dos gregos, que se tornaram agricultores,
os romanos foram, no início de sua história, fortes
navegadores e comerciantes;
c) ao contrário dos gregos, os romanos viviam em cidadesestado;
d) Grécia e Roma, no início de suas histórias, eram
formadas por camponeses e pastores extremamente
vinculados à terra.
e) n.d.a.
48) (FUVEST-2008) Na atualidade, praticamente todos os
dirigentes políticos, no Brasil e no mundo, dizem-se
defensores de padrões democráticos e de valores
republicanos. Na Antigüidade, tais padrões e valores
conheceram o auge, tanto na democracia ateniense,
quanto na república romana, quando predominaram
a) a liberdade e o individualismo.
b) o debate e o bem público.
c) a demagogia e o populismo.
d) o consenso e o respeito à privacidade.
e) a tolerância religiosa e o direito civil.
49) (UFSCar-2005) Quando a notícia disto chegou ao
exterior, explodiram revoltas de escravos em Roma (onde
150 conspiraram contra o governo), em Atenas (acima de
1.000 envolvidos), em Delos e em muitos outros lugares.
Mas os funcionários governamentais logo as suprimiram
nos diversos lugares com pronta ação e terríveis torturas
como punição, de modo que outros que estavam a ponto
de revoltar-se caíram em si.
(Diodoro da Sicília, sobre a Guerra Servil na Sicília. 135-132 a.C.)
É correto afirmar que as revoltas de escravos na Roma
Antiga eram9 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
A) lideradas por senadores que lutavam contra o sistema
escravista.
B) semelhantes às revoltas dos hilotas em Esparta.
C) provocadas pela exploração e maltratos impostos pelos
senhores.
D) desencadeadas pelas frágeis leis, que deixavam
indefinida a situação de escravidão.
E) pouco freqüentes, comparadas com as que ocorreram
em Atenas no tempo de Sólon.
50) (FGV-2004) “A partir de então, passou-se a eleger
cônsules em número de dois, ao invés de um único rei,
com o propósito de que, se um deles tivesse a intenção de
agir mal, o outro, investido de igual autoridade, o
coibisse.”
Flávio Eutrópio, Sumário da história romana, in
Historiadores latinos, NOVAK, G., M e outros (orgs.), trad.,
São Paulo, Martins Fontes, 1999, p. 259.
O trecho acima refere-se ao período da história de Roma
conhecido como:
a) Diarquia, instituída logo após a época imperial.
b) Democracia, organizada após a revolta dos plebeus e
dos escravos.
c) Consulado, criado para diminuir o poder dos tiranos.
d) República, estabelecida pela aristocracia patrícia.
e) Pax Romana, imposta pelos senadores como forma de
limitar o poder dos patrícios.
51) (FGV-2003) Após a conquista da Península ltálica,
Roma ampliou seus domínios em torno do Mediterrâneo,
que passou a ser designado como mare nostrum, um
verdadeiro lago interno que permitia a comunicação, as
transações comerciais e o deslocamento de tropas para as
diversas regiões romanas. A respeito dessa expansão, é
correto afirmar:
a) A conquista de novos territórios desacelerou o processo
de concentração fundiária nas mãos da aristocracia
patrícia, uma vez que o Estado romano estabeleceu um
conjunto de medidas que visava, distribuir terras aos
pequenos e médios proprietários e à plebe urbana
empobrecida.
b) Apesar da conquista do Mediterrâneo, os romanos não
conseguiram estabelecer a integração das diversas
formações sociais ao sistema escravista nem tampouco se
dispuseram a criar mecanismos de cooptação social e
política dos seus respectivos grupos dominantes.
c) As conquistas propiciaram, pela primeira vez na
Antigüidade, a combinação entre o trabalho escravo em
larga escala e o latifúndio, associação que constituiu uma
alavanca de acumulação econômica graças às campanhas
militares romanas.
d) As conquistas militares acabaram por solucionar o
problema agrário em Roma, colocando em xeque as
medidas defendidas por líderes como os irmãos Graco, que
postulavam a expropriação das terras particulares dos
patrícios e sua repartição entre as camadas sociais
empobrecidas.
e) A expansão militar levou os romanos a empreender um
duro processo de latinização dos territórios situados a
leste, o que se tornou um elemento de constante
instabilidade político-social durante a República e também
à época do Império.
52) (UFSCar-2003) Na época do imperador Constantino
(274–337), havia cerca de 800 mil habitantes em Roma. Em
meados do século V, a população da cidade foi reduzida a
300 mil pessoas. O principal fator desta redução na
população romana foi
a) a Guerra do Peloponeso.
b) a revolta de escravos, como a de Spartacus.
c) a invasão dos povos bárbaros.
d) as Guerras Persas.
e) as Guerras Púnicas.
53) (Fuvest-2003) “A história da Antigüidade Clássica é a
história das cidades, porém, de cidades baseadas na
propriedade da terra e na agricultura.”
(K. Marx. Formações econômicas pré-capitalistas.)
Em decorrência da frase de Marx, é correto afirmar que
a) os comerciantes eram o setor urbano com maior poder
na Antigüidade, mas dependiam da produção agrícola.
b) o comércio e as manufaturas eram atividades
desconhecidas nas cidades em torno do Mediterrâneo.
c) as populações das cidades greco-romanas dependiam da
agricultura para a acumulação de riqueza monetária.
d) a sociedade urbana greco-romana se caracterizava pela
ausência de diferenças sociais.
e) os privilégios dos cidadãos das cidades gregas e romanas
se originavam da condição de proprietários rurais.
54) (UNICAMP-2000) No ano de 73 a.C., um grande
número de escravos e camponeses pobres se rebelaram
contra as autoridades romanas no sul da Itália. Os escravos
buscavam retornar às suas pátrias. Depois de resistirem
aos exércitos romanos durante dois anos, a maioria foi
massacrada.
(Traduzido e adaptado de P. Brunt, Social Conflicts in the
Roman Republic)
a) Compare a escravidão na Roma Antiga e na América
Colonial, identificando suas diferenças.
b) Quais foram as formas de resistência escrava nesses
dois períodos?10 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
55) (Vunesp-2002) Tito Lívio, em História de Roma,
referindo-se às lutas entre patrícios e plebeus que se
estenderam
do século V ao IV a.C., escreveu: “ … apesar da oposição da
nobreza, houve eleições consulares em que Lúcio Séxtio foi
nomeado o primeiro cônsul plebeu. A luta, entretanto, não
terminara. Os patrícios declararam que não ratificariam
essa eleição e esperava-se uma nova secessão da plebe e
outras terríveis ameaças de guerra civil quando,
finalmente, um acordo apaziguou a discórdia. A nobreza
concedia à plebe seu cônsul plebeu, e a plebe concedeu à
nobreza o direito de eleger um pretor único, patrício, que
seria encarregado de exercer a justiça em Roma.”
a) Em 450 a.C., sob a pressão de uma revolta plebéia, os
patrícios foram obrigados a escrever as
leis que até aquela data eram orais. Que nome receberam
estas leis escritas?
b) Como se explica o poder de pressão dos plebeus sobre
os patrícios, a ponto de estes últimos serem obrigados a
aceitar algumas de suas reivindicações?
56) (UECE-1996) Após o século V d.C., o Império Romano
do Ocidente ruiu e em seu lugar novos reinos começaram
a se formar. Nesse contexto:
a) os recém-chegados germânicos honram a vida pública
como ideal de vida.
b) a vida privada torna-se um fator predominante.
c) o culto da urbanidade se dilui num proveito da vida
pública.
d) o campo entra em eclipse diante da cidade, onde as
pessoas encontram a alegria de viver.
57) (Mack-2004) “No século II a.C., coube a Catão, o
censor, personificar obsessivamente uma campanha pela
destruição completa de Cartago. Nos seus discursos, no
Senado romano, Catão sempre os encerrava com a frase
Delenda est Carthago (Cartago seja destruída).
O sucesso de suas pregações selou o destino da cidade:
Cartago foi invadida, completamente arrasada, e os
poucos sobreviventes transformados em escravos”.
Cláudio Vicentino
O fragmento acima relaciona-se às:
a) Guerras Médicas.
b) Guerras Gálicas.
c) Guerras Púnicas.
d) Guerras Bárbaras.
e) Guerras Germânicas.
58) (Mack-2005) Quanto às profissões que devem ser
consideradas dignas de um homem livre e às que não
devem, eis o ponto de vista geralmente aceito. (…)
Também não liberais e inferiores são as profissões de
todos os que trabalham por salário, a quem pagamos o
trabalho e não a arte, porque no seu caso o próprio salário
é um atestado da sua escravidão.
Cícero, De Officiis, I, XLII.
O texto reflete uma visão da sociedade romana. Nela, os
cidadãos respeitados e que detinham maior influência
política eram
a) os plebeus, homens livres que possuíam direitos
políticos.
b) os clientes, indivíduos que prestavam serviços aos
proprietários de terras.
c) os demiurgos, homens que haviam feito sua fortuna
graças ao comércio.
d) os hilotas, antigos habitantes da Lacônia, que
usufruíram das melhores terras.
e) os patrícios, grandes proprietários de terras que
formavam uma aristocracia.
59) (UEL-2003) “(...) Graco parecia ter chegado ao ponto
em que, ou renunciava completamente ao plano, ou
começava uma revolução: escolheu a última hipótese.
Rompeu relações com o colega e apresentou-se diante da
multidão reunida perguntando-lhe se um tribuno que se
opunha à vontade do povo não devia ser destituído de seu
cargo. A assembléia do povo, habituada a ceder a todas as
propostas que lhe eram apresentadas, e composta na
maior parte do proletariado agrícola que emigrara do
campo estando pessoalmente interessada no voto da lei,
deu resposta quase unanimemente favorável. (...) Para
obter esta reeleição inconstitucional, meditava ainda
novas reformas. (...) O Senado reuniu-se no templo da
Fidelidade. (...) Quando Tibério levou a mão à fronte para
indicar ao povo que sua cabeça estava ameaçada,
comentou-se que ele pedira ao povo para coroá-lo com o
diadema. O cônsul Cévola foi instado a deixar que se
matasse o traidor. (...) Morreram com ele cerca de
trezentas
pessoas.”
(MOMMSEN, Theodor. História de Roma. Excertos. Rio de
Janeiro:
Opera Mundi, 1973. p. 174-175.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a questão
agrária na República Romana, é correto afirmar:
a) A morte de Tibério Graco é narrada como resultado de
uma tentativa de impedir a reunião do Senado no templo
da Fidelidade.
b) A lei que Tibério Graco desejava aprovar beneficiava os
ricos ocupantes de terras públicas e ampliava ao máximo o
apoio político aos seus propósitos.
c) O autor do texto expressa seu preconceito em relação às
constantes decisões da plebe urbana, contrárias aos
interesses dos tribunos.
d) Os opositores mataram Graco para impedir a aprovação
da lei que os obrigaria a devolver suas terras ao Estado,
para posterior distribuição aos pobres.11 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
e) O texto elogia a Assembléia Romana por discutir,
democraticamente, os interesses comuns da plebe e da
aristocracia.
60) (UFC-2003) O Império Romano do Ocidente caiu em
finais do século V. A sociedade romana foi destruída por
motivos internos e externos ao próprio Império. As
complexas causas de sua crise foram precipitadas pelo
movimento dos escravos, dos colonos e das conquistas dos
bárbaros.
Podemos afirmar que os bárbaros eram:
a) povos comerciantes do Mediterrâneo.
b) tribos seminômades pastoris e guerreiras que viviam
agrupadas em clãs.
c) grupos internos ao Império, descontentes com a crise
iniciada no século III.
d) um conjunto de povos portadores de novas tecnologias
agrárias.
e) tribos descendentes dos antigos etruscos que habitavam
o Lácio.
61) (Uneb-1997) Entre as atribuições políticas do Senado
romano:
1) destaca-se a eleição dos cônsules no período
republicano.
2) distinguem-se a escolha e a orientação política dos
tribunais da plebe.
3) evidencia-se o exercício do poder executivo.
4) destacam-se a preparação das leis e a decisão sobre a
política interna e a externa.
5) distingue-se a aplicação da justiça sobre os patrícios e os
plebeus.
62) (UEL-1994) Pode-se destacar como características da
concepção cristã, que facilitaram a aliança da Igreja com o
estado imperial romano, no século IV:
a) o dogma da transcendência e a moral celibatária.
b) a estrutura hierárquica e o missionarismo universalista.
c) a noção de culpa dos homens e o perdão divino.
d) a visão de inferno e o reino dos céus.
e) o dogma da criação e o juízo final.
63) (UFC-1998) A respeito dos bárbaros que invadiram o
Império Romano (375-568), podemos afirmar,
corretamente:
a) a sociedade feudal resultou da fusão de elementos das
culturas de bárbaros e romanos;
b) o arianismo foi introduzido entre os bárbaros pelos
francos, logo após a conversão de Clóvis;
c) os diversos povos bárbaros, com exceção dos francos,
adotaram o cristianismo romano como religião social;
d) a maior contribuição dos bárbaros para a cultura
européia foi a divisão do Império Romano em diversos
reinos, conforme a tradição germânica;
e) os bárbaros foram incapazes de promover destruição,
quer no meio rural, quer nas cidades, quando invadiram o
Império.
64) (PUCCamp-1994) A Igreja Cristã foi a instituição mais
importante durante a Idade Média. Esta importância, que
já existia nos séculos finais do Império Romano, continuou
crescendo na medida em que
a) associada à sociedade bizantina atuou no combate às
heresias.
b) sua influência política, obtida com o apoio dos
alamanos, permitiu-lhe que organizasse um Estado em
território conquistado aos saxões.
c) conseguiu ter êxito na conversão dos bárbaros
germânicos.
d) aumentou seu domínio, através do Colégio dos
Cardeais, sobre o Sacro Império Romano-Germânico.
e) fortaleceu seu papel no combate ao reformismo exigido
pelos monges de Cluny.
65) (Vunesp-1998) A inovação decisiva desse processo foi
em última análise econômica: foi a introdução, nos
domínios romanos, do latifundium [latifúndio] cultivado
por escravos, em larga escala, pela primeira vez na
Antigüidade.
(Perry Anderson, Passagens da Antigüidade ao Feudalismo.
Texto adaptado.)
O processo responsável pela introdução do latifúndio
escravista a que se refere o texto foi a:
a) legislação reformista de Sólon;
b) fundação do Império por Otávio;
c) deposição da dinastia etrusca pelos patrícios;
d) expansão romana no Mediterrâneo;
e) invasão da Itália pelos germânicos.
66) (Mack-1997) As Guerras Púnicas, conflitos entre Roma
e Cartago, no século II a.C., foram motivadas:
a) pela disputa pelo controle do comércio no Mar Negro e
posse das colônias gregas.
b) pelo controle das regiões da Trácia e Macedônia e o
monopólio do comércio no Mediterrâneo.
c) pelo domínio da Sicília e disputa pelo controle do
comércio no Mar Mediterrâneo.
d) pela divisão do Império Romano entre os generais
romanos e a submissão de Siracusa a Cartago.
e) pelo conflito entre o mundo romano em expansão e o
mundo bárbaro persa.12 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
67) (Mack-1996) A ruralização econômica do Império
Romano do Ocidente (do século III ao V d.C.) NÃO teve
como conseqüência:
a) o rebaixamento de muitos homens livres à condição de
colonos que se tornaram presos à terra.
b) o surgimento do colonato, que se constituiu no
arrendamento de terras aos camponeses.
c) o latifúndio, principal unidade de produção, tornou-se
quase auto-suficiente.
d) o aumento do afluxo de escravos para Roma, que
dinamizou a expansão da economia agrícola.
e) o campo tornou-se mais seguro que as cidades, em
decorrência das desordens político-sociais e da crise
econômica.
68) (PUC-SP-2002) Durante séculos, o Mar Mediterrâneo
foi o centro comercial do mundo conhecido. Dominá-lo
significava também exercer plena hegemonia política e
militar. São exemplos da busca pelo controle do
Mediterrâneo e de sua importância
a) as Guerras Púnicas, nos séculos III e II a.C., entre Roma e
Cartago, que determinaram a plena expansão dos romanos
e asseguraram-lhes o domínio do norte da África.
b) as atividades mercantis, na Alta Idade Média, de cidades
italianas, como Veneza ou Gênova, que se empenharam no
estabelecimento de novas rotas oceânicas para o Oriente.
c) as colonizações desenvolvidas em território americano,
a partir do século XV, por Portugal e Espanha, cujo objetivo
era ligar o Atlântico ao Pacífico.
d) as guerras napoleônicas na Penísula Ibérica no princípio
do século XIX, que ampliaram o comando francês sobre o
norte e o centro do território africano.
e) as Guerras do Peloponeso, nos séculos V e IV a.C., que
envolveram as cidades gregas de Atenas e Esparta, na
busca pelo controle total da Península Balcânica.
69) (Fuvest-2002) Quando, a partir do final do último
século a.C., Roma conquistou o Egito, e áreas da
Mesopotâmia,
encontrou nesses territórios uma forte presença de
elementos gregos. Isto foi devido
a) ao recrutamento de soldados gregos pelos monarcas
persas e egípcios.
b) à colonização grega, semelhante à realizada na Sicília e
Magna Grécia.
c) à expansão comercial egípcia no Mediterrâneo Oriental.
d) à dominação persa na Grécia durante o reinado de
Dario.
e) ao helenismo, resultante das conquistas de Alexandre o
Grande.
70) (UFPR-1995) Quais os principais fatores determinantes
da decadência do Império Romano do Ocidente?
71) (UECE-1997) O Crescente Fértil, expressão que
identifica uma área da civilização antiga, refere-se às
seguintes civilizações:
a) China, Índia e Japão.
b) Grécia, Roma e Egito.
c) Irã, Palestina e Mesopotâmia.
d) Fenícia, Cartago e Roma.
72) (FGV-1997) Qual das alternativas abaixo é uma
conseqüência do expansionismo romano:
a) o aumento do poder dos pequenos proprietários rurais;
b) o emprego para toda a população urbana;
c) o êxodo urbano, incentivado pela reforma agrária;
d) o aumento da mão-de-obra escrava;
e) a tomada de Roma pelos turcos otomanos.
73) (FEI-1995) A colônia fenícia de Cartago, localizada onde
hoje se encontra a cidade de Túnis, ao norte da África,
havia se desenvolvido consideravelmente, a ponto de se
constituir em poderosa rival dos interesses romanos no
Mediterrâneo. Por mais de um século, os romanos lutaram
para destruir Cartago, acabando por arrasá-la (146 a.C.).
Esses acontecimentos são conhecidos como:
a) Guerras Médicas.
b) Revolução Cartaginesa.
c) Guerras Púnicas.
d) Guerra de Tróia.
e) Guerra da Reconquista.
74) (Faap-1997) Chamado o "Flagelo de Deus", aproveitou
a debilidade do Império Romano e resolveu conquistá-lo.
Invadiu a Gália e saqueou várias cidades. Na Itália, depois
de conferenciar com o Papa Leão I, desistiu de atacar
Roma. Retirou-se para a Hungria, onde morreu em 453.
a) Heráclito
b) Carlos Magno
c) Átila
d) Alarico
e) Teodorico.
75) (Faap-1996) E costume dividir a História em Idades. A
Idade Antiga: aproximadamente 3.200 a.C. com a escrita,
até 476 d.C., com a queda do Império Romano do ocidente
e mais:
I - Idade Média: da queda do Império Romano em 476 d.C.,
até 1453 d.C., com a queda de Constantinopla
II - Idade Moderna: da queda de Constantinopla 1453 d.C.,
até 1789 d.C., ano da Revolução Francesa13 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
III - Idade Contemporânea: de 1789, com a Revolução
Francesa, até os dias atuais
Estão corretas as afirmações:
a) apenas a I.
b) apenas a II.
c) apenas a III.
d) todas estão corretas.
e) todas estão erradas.
76) (Faap-1996) A religião romana era essencialmente
politeísta, e o culto ao imperador era de grande significado
pelo fator da unidade que representava. Durante um
período determinado, teve início o questionamento dessa
idéia. Esse grupo que não reconhecia a divindade do
Imperador eram:
a) bárbaros invasores
b) primeiros cristãos
c) bons espíritos familiares
d) escravos e estrangeiros
e) judeus vindos da Palestina
77) (UFRS-1998) Os itens abaixo referem-se a possíveis
características da sociedade ateniense e/ou da sociedade
romana na Antigüidade Clássica:
I - Organização política centrada na cidade-estado.
II - Formação de impérios comerciais decorrentes do
expansionismo militar.
III - Utilização do trabalho assalariado como mão-de-obra
básica.
Quais apresentam características da sociedade ateniense,
da sociedade romana ou de ambas?
A) apenas I
B) apenas II
C) apenas III
D) apenas I e II
E) I, II e III
78) (Mack-1998) Durante a República Romana, a conquista
da igualdade civil e política, os tribunos da plebe e a Lei das
Doze Tábuas foram decorrentes:
a) Do elevado poder do exército, que, para conter a
pressão das invasões bárbaras realizou reformas políticoadministrativas.
b) Do afluxo de riqueza para Roma devido às conquistas e
enfraquecimento da classe eqüestre.
c) Da elevação do cristianismo que pregava a igualdade de
todos os homens.
d) Da marginalização política, discriminação social e
desigualdade econômica que afetavam a plebe romana.
e) Da crise do sistema escravista de produção,
transformando escravos em colonos e conseqüente
declínio da agricultura.
79) (Unaerp-1996) Na história de Roma, o século III da era
cristã é considerado o século das crises. Foi nesse período
que:
a) As tensões geradas pelas conquistas se refletiram nas
contendas políticas, criaram um clima de constantes
agitações, promovendo desordens nas cidades.
b) O exército entrou em crise e deixou de ser o exército de
cidadãos proprietários de terras.
c) O império romano começou a sofrer a terrível crise do
trabalho escravo, base principal de sua riqueza.
d) Os soldados perderam a confiança no Estado e
tornaram-se fiéis a seus generais partilhando com eles os
espólios de guerra.
e) Os conflitos pela posse da terra geraram a Guerra Civil.
80) (UFAC-1997) As civilizações que mais contribuíram
para a formação social e cultural da sociedade feudal
européia foram:
a) Grega e Romana
b) Arábica e Bizantina
c) Romana e Germânica
d) Muçulmana e Franca
e) Bizantina e Eslava
81) (UNIFESP-2003) Conflitos e lutas sociais variadas
originaram as crises que fizeram o Estado romano passar
do governo monárquico ao republicano e deste, ao
imperial. Nos três regimes políticos, contudo, os
integrantes de um único grupo, ou classe social,
mantiveram sempre o mesmo peso e posição. Foram os,
assim chamados,
A) plebeus (isto é, populares).
B) proletários (isto é, sem bens).
C) patrícios (isto é, nobres).
D) servos (isto é, escravos).
E) clientes (isto é, dependentes).

Exercício de História sobre Absolutismo


1) (Mack-2003) O absolutismo e a política mercantilista
eram duas partes de um sistema mais amplo, denominado
de Antigo Regime. O termo foi adotado para designar o
sistema cujos elementos básicos eram, além do absolutismo
e do mercantilismo, a sociedade estamental e o sistema
colonial.
Assinale a alternativa que expressa, corretamente, uma
prática dos Estados Absolutistas.
a) Liberdade religiosa
b) Centralização político-administrativa
c) Enfraquecimento do poder real
d) Abolição total dos privilégios da nobreza
e) Política econômica liberal
2) (PUCCamp-1995) Dentre as instituições políticas do
Estado Moderno, aquela que mais o caracteriza é o:
a) absolutismo monárquico, nova forma política assumida
cujos fundamentos estavam expressos na SUMA
TEOLÓGICA de Tomás de Aquino.
b) mercantilismo que serviam para justificar o
enriquecimento da Igreja Católica, mas não traduziam os
interesses do monarca absolutista.
c) absolutismo monárquico que intervinha na vida
econômica.
d) liberalismo praticado pelos Príncipes, mas limitado pela
tradição e pelo equilíbrio entre as classes sociais.
e) absolutismo monárquico que punha em prática uma
política econômica de características não intervencionistas,
quase liberais - a política mercantilista.
3) (FaZU-2001) A formação do Estado Absolutista
corresponde a uma:
a) Aliança dos Senhores Feudais e o Clero
b) Limitação do poder do Clero
c) Exigência da Burguesia
d) Articulação da Nobreza com a Burguesia
e) Aliança da Nobreza com a Burguesia
4) (Mack-2003) Nicolau Maquiavel (1469-1567), pensador
florentino, afirmava que a obrigação suprema do
governante é manter o poder e a segurança do país que
governa. E, para atingir seus objetivos, o governante deve
usar de todos os meios disponíveis, pois “os fins justificam
os meios”. Suas idéias ficaram imortalizadas na obra:
a) Leviatã.
b) Política Segundo as Sagradas Escrituras.
c) A Arte da Guerra.
d) A Divina Comédia.
e)O Príncipe.
5) (Mack-1997) "Art. 2 - O pretendido direito de dispensar
as leis ou de execução das leis pela autoridade real, como
foi usurpado e exercido ultimamente, é contrário às leis."
"Art. 3 - O imposto em dinheiro para uso da Coroa, sob
pretexto de prerrogativas reais sem que haja concordância
por parte do Parlamento, é contrário às leis."
Os trechos anteriores foram retirados da DECLARAÇÃO
DOS DIREITOS, elaborada em 1689, após a Revolução
Gloriosa, que implantou:
a) uma monarquia absolutista.
b) uma república parlamentarista.
c) uma monarquia parlamentarista.
d) uma república federativa.
e) um principado vitalício.
6) (UEL-1995) " ... o aumento demográfico, ocorrido do
século XI ao XIV, permitiu uma multiplicação da nobreza
cada vez mais parasitária. Seus hábitos de consumo
tornaram-se mais exigentes e maiores, o que determinava
uma necessidade de renda cada vez mais elevada. Segue-se,
pois, uma superexploração do trabalho dos servos,
exigindo-se destes um maior tempo de trabalho..."
O texto descreve uma das causas, na Europa, da:
a) formação do modo de produção asiático.
b) consolidação do despotismo esclarecido.
c) decadência do comércio que produziu a ruralização.
d) crise que levou à desintegração do feudalismo.
e) prosperidade que provocou o processo de
industrialização.
7) (UFRN-1997) O pensamento político e econômico
europeu, em fins do século XVII e no século XVIII,
apresentou uma vertente de crítica ao Absolutismo e ao
Mercantilismo, predominantes na Europa, na Idade
Moderna.
Qual das idéias abaixo caracteriza essa nova corrente de
pensamento?
a) É necessária a regulamentação minuciosa de todos os
aspectos da vida econômica para garantir a prosperidade
nacional e o acúmulo metalista.
b) O Estado, com função de polícia e justiça, deve ser
governado por um rei, cuja autoridade é sagrada e absoluta
porque emana de Deus.
c) A fim de proteger a economia nacional, cada governo
deve intervir no mercado, estimulando as exportações e
restringindo as importações.
d) O poder do soberano era ilimitado, porque fora fruto do
consentimento espontâneo dos indivíduos para evitar a
anarquia e a violência do estado natural.
e) O Estado, simples guardião da lei, deve interferir pouco,
apenas para garantir as liberdades públicas e a propriedades
dos cidadãos.
8) (Mack-1998) Sobre o iluminismo, é correto afirmar que:
a) Criticava o mercantilismo, a limitação ao direito à
propriedade privada, o absolutismo e a desigualdade de
direitos e deveres entre os indivíduos.
b) Acreditava na prática do entesouramento como meio
adequado para eliminar as desigualdades sociais e garantir
as liberdades individuais.
c) Consistia na defesa da igualdade de direitos e liberdades
individuais, proporcionada pela influência da Igreja
Católica sobre a sociedade, através da educação.
d) Defendia a doutrina de que a soberania do Estado
absolutista garantiria os direitos individuais e eliminaria os
resquícios feudais ainda existentes.
e) Propunha a criação de monopólios estatais e a
manutenção da balança de comércio favorável, para
assegurar o direito de propriedade.
9) (Vunesp-2003) ... o período entre 1640 e 1660 viu a
destruição de um tipo de Estado e a introdução de uma nova
estrutura política dentro da qual o capitalismo podia
desenvolver-se livremente.
(Christopher Hill, A revolução inglesa de 1640)
O autor do texto está se referindo
a) à força da marinha inglesa, maior potência naval
da Época Moderna.
b) ao controle pela coroa inglesa de extensas áreas
coloniais.
c) ao fim da monarquia absolutista, com a crescente
supremacia política do parlamento.
d) ao desenvolvimento da indústria têxtil,
especialmente dos produtos de lã.
e) às disputas entre burguesia comercial e agrária,
que caracterizaram o período.
10) (Faap-1996) Principalmente a partir do século XVI
vários autores passam a desenvolver teorias, justificando o
poder real. São os legistas que, através de doutrinas leigas
ou religiosas, tentam legalizar o Absolutismo. Um deles é
Maquiavel: afirma que a obrigação suprema do governante
é manter o poder e a segurança do país que governa. Para
isso deve usar de todos os meios disponíveis pois que "os
fins justificam os meios." Professou suas idéias na famosa
obra:
a) "Leviatã"
b) "Do Direito da Paz e da Guerra"
c) "República"
d) "O Príncipe"
e) "Política Segundo as Sagradas Escrituras"
11) (FEI-1994) A famosa frase atribuída a Luis XIV: "O
Estado sou eu", define:
a) o absolutismo;
b) o iluminismo,
c) o liberalismo;
d) o patriotismo do rei;
e) a igualdade democrática.
12) (Fuvest-2001) “É praticamente impossível treinar todos
os súditos de um [Estado] nas artes da guerra
e ao mesmo tempo mantê-los obedientes às leis e aos
magistrados.”
(Jean Bodin, teórico do absolutismo, em 1578).
Essa afirmação revela que a razão principal de as
monarquias européias recorrerem ao recrutamento de
mercenários estrangeiros, em grande escala, devia-se à
necessidade de
a) conseguir mais soldados provenientes da burguesia, a
classe que apoiava o rei.
b) completar as fileiras dos exércitos com soldados
profissionais mais eficientes.
c) desarmar a nobreza e impedir que esta liderasse as
demais classes contra o rei.
d) manter desarmados camponeses e trabalhadores urbanos
e evitar revoltas.
e) desarmar a burguesia e controlar a luta de classes entre
esta e a nobreza.
13) (Vunesp-1999) A Declaração de Direitos (Bill of
Rights) da Inglaterra de 1689, a Declaração de
Independência dos Estados Unidos da América de 1776 e a
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789
da França são documentos que expressam um processo
revolucionário abrangente que pode ser caracterizado
como:
a) declínio da aristocracia feudal, fim do poder monárquico
e redemocratização dos Estados.
b) ascensão política da burguesia, queda do poder
absolutista e fortalecimento do liberalismo.
c) igualdade de direitos para todos, fim das monarquias e
difusão das idéias iluministas.
d) fim dos privilégios da nobreza, organização de
repúblicas e difusão do positivismo.
e) ampliação dos direitos da burguesia, estabelecimento de
democracias e declínio do liberalismo.
14) (UNICAMP-2003) O grande teórico do absolutismo
monárquico, o bispo Jacques Bossuet, afirmou: “Todo
poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem, como
ministros de Deus e seus representantes na terra. Resulta de
tudo isso que a pessoa do rei é sagrada e que atacá-lo é
sacrilégio. O poder real é absoluto. O príncipe não precisa
dar contas de seus atos a ninguém”.
(Citado em Coletânea de Documentos Históricos para o 1º
Grau.
São Paulo, SE/CENP, 1978, p.79).
Aponte duas características do Absolutismo monárquico.
Em que período o regime político descrito no texto esteve
em vigor?
Cite duas características dos governos democráticos atuais
que sejam diferentes das mencionadas no texto.3 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
15) (UFSCar-2003) À cristianização compulsiva se seguiu,
tempos depois, a partir da dinastia dos Bourbons, a
castelhanização compulsiva. O centralismo castelhano,
negador da pluralidade nacional e cultural da Espanha,
chegou ao paroxismo sob a ditadura de Franco.
Eduardo Galeano. A descoberta da América (que ainda não
houve)
Tendo em vista o texto, considere as quatro afirmações
seguintes:
O autor refere-se ao período da imposição do cristianismo
na Espanha e suas colônias, com os tribunais da inquisição,
nos séculos XV e XVI.
O autor refere-se à unificação espanhola comandada por
castelhanos, a partir da aliança entre Isabel de Castela e
Fernando de Aragão.
O autor refere-se às lutas por independência por parte de
catalãos, andaluzes, bascos e galegos.
O autor refere-se ao centralismo do Estado ditatorial de
Franco no final do século XIX.
Estão corretas as afirmações
I e II, apenas.
I, II e III, apenas.
I, III e IV, apenas.
II, III e IV, apenas.
I, II, III e IV.
16) (UNIFESP-2003) Nas outras monarquias da Europa,
procura-se ganhar a benevolência do rei; na Inglaterra, o rei
procura ganhar a benevolência [da Câmara] dos Comuns.
(Alexandre Deleyre. Tableau de l’Europe. 1774)
Essa diferença entre a monarquia inglesa e as do continente
deve-se
A) ao rei Jorge III que, acometido por um longo período de
loucura, tornou-se dependente do Parlamento para
governar.
B) ao fato da casa de Hannover, por sua origem alemã,
gozar de pouca legitimidade para impor aos ingleses o
despotismo esclarecido.
C) ao início da rebelião das colônias inglesas da América
do Norte contra o monarca, que o obrigou a fazer
concessões.
D) à peculiaridade da evolução política inglesa a qual,
graças à Magna Carta, não passou pela fase da monarquia
absolutista.
E) às revoluções políticas de 1640 (Puritana) e 1688
(Gloriosa), que retiraram do rei o poder de se sobrepor ao
Parlamento.
17) (FGV-2003) “Daqui nasce um dilema: é melhor ser
amado que temido, ou o inverso? Respondo que seria
preferível ser ambas as coisas, mas, como é muito difícil
conciliá-las, parece-me muito mais seguro ser temido do
que amado, se só se puder ser uma delas (...).”
MAQUIAVEL, N., O Príncipe. 2ª ed., Trad., Mira-Sintra
— Mem Martins,
Ed. Europa-América, 1976, p. 89.
A respeito do pensamento político de Maquiavel, é correto
afirmar:
A) Mantinha uma nítida vinculação entre a política e os
princípios morais do cristianismo.
B) Apresentava uma clara defesa da representação popular
e dos ideais democráticos.
C) Servia de base para a ofensiva da Igreja em confronto
com os poderes civis na Itália.
D) Sustentava que o objetivo de um governante era a
conquista e a manutenção do poder.
E) Censurava qualquer tipo de ação violenta por parte dos
governantes contra seus súditos.
18) (Vunesp-2004) Compare os dois textos seguintes e
responda.
Em todos os lugares havia calma. Nenhum movimento,
nem temor ou aparência de movimento no Reino havia que
pudessem interromper ou se opor aos meus projetos.
(Memórias de Luís XIV para o ano de 1661.)
Para nos mantermos livres, cumpre-nos ficar
incessantemente em guarda contra os que governam: a
excessiva tranqüilidade dos povos é sempre o pregoeiro de
sua servidão.
(J. P.
Marat. As cadeias da escravidão, 1774.)
a) A que regime político predominante na Idade Moderna
européia os dois textos, de formas diferentes, se referem?
b) O texto de Marat apresenta uma noção de cidadania
elaborada pela reflexão política do Século das Luzes. De
que forma a Revolução Francesa do século XVIII foi a
expressão desta nova concepção política?
19) (Mack-2005) Considere as afirmativas abaixo.
I — O Absolutismo caracterizou-se como um tipo de
regime político que, durante a transição do feudalismo para
o capitalismo, preocupava-se com o desenvolvimento
econômico, principalmente comercial.
II — A nobreza feudal opôs-se ao regime absolutista, por
considerá-lo prejudicial aos seus interesses. Ficou, por isso,
restrita à posse das terras e dos títulos nobiliárquicos.
III — Os monarcas absolutistas apoiavam seu poder
supremo em direitos consagrados por meio de uma
Constituição reconhecida pelo Papa.
Assinale:
a) se somente I estiver correta.
b) se somente III estiver correta.
c) se somente I e II estiverem corretas.
d) se somente II e III estiverem corretas.
e) se todas estiverem corretas
20) (UNIFESP-2005) Nos reinados de Henrique VIII e de
Elisabeth I, ao longo do século XVI, o Parlamento inglês
“aprovava ‘pilhas de estatutos’, que controlavam muitos
aspectos da vida econômica, da defesa nacional, níveis4 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
estáveis de salários e preços, padrões de qualidade dos
produtos industriais, apoio aos indigentes e punição aos
preguiçosos, e outros desejáveis objetivos sociais”.
(Lawrence Stone, 1972.)
Essas “pilhas de estatutos”, ou leis, revelam a
A) inferioridade da monarquia inglesa sobre as européias
no que diz respeito à intervenção do Estado na economia.
B) continuidade existente entre as concepções medievais e
as modernas com relação às políticas sociais.
C) prova de que o Parlamento inglês, já nessa época, havia
conquistado sua condição de um poder independente.
D) especificidade da monarquia inglesa, a única a se
preocupar com o bem-estar e o aumento da população.
E) característica comum às monarquias absolutistas e à qual
os historiadores deram o nome de mercantilismo.
21) (Vunesp-2005) A longa crise da economia e da
sociedade européias durante os séculos XIV e XV marcou
as dificuldades e os limites do modo de produção feudal no
último período da Idade Média. Qual foi o resultado
político final das convulsões continentais dessa época? No
curso do século XVI, o Estado absolutista emergiu no
Ocidente.
(Perry Anderson, Linhagens do Estado Absolutista.)
a) Identifique duas manifestações da crise do século
XIV.
b) Aponte duas características do Estado absolutista.
22) (UNIFESP-2005) Nos reinados de Henrique VIII e de
Elisabeth I, ao longo do século XVI, o Parlamento inglês
“aprovava ‘pilhas de estatutos’, que controlavam muitos
aspectos da vida econômica, da defesa nacional, níveis
estáveis de salários e preços, padrões de qualidade dos
produtos industriais, apoio aos indigentes e punição aos
preguiçosos, e outros desejáveis objetivos sociais”.
(Lawrence Stone, 1972.)
Essas “pilhas de estatutos”, ou leis, revelam a
A) inferioridade da monarquia inglesa sobre as européias
no que diz respeito à intervenção do Estado na economia.
B) continuidade existente entre as concepções medievais e
as modernas com relação às políticas sociais.
C) prova de que o Parlamento inglês, já nessa época, havia
conquistado sua condição de um poder independente.
D) especificidade da monarquia inglesa, a única a se
preocupar com o bem-estar e o aumento da população.
E) característica comum às monarquias absolutistas e à qual
os historiadores deram o nome de mercantilismo.
23) (Mack-2004) No século XVII, portanto, o quadro era
este: de um lado, havia as forças ligadas à tradição feudal,
composta pela nobreza tradicional, pelos bispos anglicanos
e pelo rei; de outro, as forças sociais, representadas pelo
empresariado urbano e rural (gentry), aos quais podemos
acrescentar os camponeses proprietários que desfrutavam
de certa prosperidade (os yeomen); por fim, cabe assinalar a
existência da grande massa de indivíduos expulsos do
campo e vivendo em condições miseráveis nas cidades”.
Luiz Koshiba
O fragmento anterior apresenta elementos que fazem parte
da História da Revolução:
a) Americana.
b) Francesa.
c) Inglesa.
d) Liberal.
e) Do Porto.
24) (UNIFESP-2008) Do ponto de vista sócio-político, o
Estado típico, ou dominante, ao longo do Antigo Regime
(séculos XVI a XVIII), na Europa continental, pode ser
definido como
a) burguês-despótico.
b) nobiliárquico-constitucional.
c) oligárquico-tirânico.
d) aristocrático-absolutista.
e) patrício-republicano.
25) (VUNESP-2009) Quando sucumbe o monarca, a
majestade real não morre só, mas, como um vórtice, arrasta
consigo tudo quanto o rodeia
(...) Basta que o rei suspire para que todo o reino
gema.(Hamlet, 1603.)
Essas palavras, pronunciadas por Rosencrantz, personagem
de um drama teatral de William Shakespeare, aludem
a) ao absolutismo monárquico, regime político
predominante nos países europeus da Idade Moderna.
b) à monarquia parlamentarista, na qual os poderes políticos
derivam do consentimento popular.
c) ao poder mais simbólico do que verdadeiro do rei,
expresso pela máxima “o rei reina, mas não governa”.
d) à oposição dos Estados europeus à ascensão da burguesia
e à emergência das revoluções democráticas.
e) à decapitação do monarca inglês pelo Parlamento durante
as Revoluções Puritana e Gloriosa.
26) (UFPR-2009) Nos séculos XVI e XVII prevaleceram na
Europa Ocidental sistemas de organização do poder
genericamente denominados por Antigo Regime. Assinale a
alternativa que apresenta um conjunto de elementos
INEXISTENTES no Antigo Regime.
a) Absolutismo.
b) Taylorismo.
c) Mercantilismo.
d) Sistema Colonial.
e) Sociedade Estamental.
27) (UDESC-1996) O século XV, apesar de ser considerado
como o século da decadência do Renascimento italiano,
gerou gênios como Rafael Sanzio e Michelângelo nas Artes
plásticas.
Na literatura, o grande nome foi Nicolau Maquiavel (1469-
1527) que escreveu um texto antológico na história do
teatro ocidental - "A Mandrágora"- com a qual satirizava a
sociedade florentina sobre o poder dos Médici. Ele é autor
também de um famosos livro que levou a ser chamado de
"Pai da Ciência Política".
a) Como se intitula esse livro e qual o seu conteúdo?
b) Comente a máxima maquiavélica: "Os fins justificam os
meios."
28) (UFC-1998) Bossuet, no século XVII, dizia: "É um erro
imaginar que é preciso sempre imaginar antes de crer. A
felicidade daqueles que nascem por assim dizer no seio da
verdadeira Igreja, é que Deus lhe deu uma tal autoridade
que acreditamos primeiro no que ela propõe e que a fé
precede, ou antes, exclui o exame."
(FORTES, Luiz R. Salinas - O Iluminismo e os reis
filósofos. São Paulo: Brasiliense, 1981, p. 19)
Confronte as idéias expostas no documento acima com
princípios do Iluminismo.
29) (UFSCar-2001) Nicolau Maquiavel, autor de O Príncipe,
refletindo sobre as razões do sucesso ou do fracasso político
dos governantes, escreveu:
... restringindo-me aos casos particulares, digo que se vê
hoje o sucesso de um príncipe
e amanhã a sua ruína, sem ter havido mudança na sua
natureza, nem em algumas de
suas qualidades. Creio que a razão disso (...) é que, quando
um príncipe se apóia totalmente
na fortuna, arruína-se segundo as variações daquela.
Também julgo feliz aquele
que combina o seu modo de proceder com as
particularidades dos tempos, e infeliz o que
faz discordar dos tempos a sua maneira de proceder.
(O Príncipe, trad. de Lívio Xavier. SP: Abril Cultural, 1973,
p. 110.)
a) Em que período histórico-cultural Maquiavel viveu e,
portanto, escreveu as suas obras?
b) Defina a noção maquiavélica de fortuna e explicite como
o autor entende os motivos do fracasso ou do sucesso dos
governantes.
30) (UEPA-2001) “Enganam-se muito os que imaginam que
se trate apenas de questões de cerimônia. Os povos
sobre os quais reinamos, n„o podendo penetrar o fundo
das coisas, costumam regular o seu juízo pelas aparências
que vêem, e o mais das vezes medem seu respeito e
obediência segundo as procedências e as posições.”
IN: RIBEIRO, Renato Janine. A Etiqueta no Antigo
Regime. São Paulo: Brasiliense, 1983. P. 94
O fragmento acima é parte das consideráveis do rei Luís
XIV, registradas em suas memórias. A
leitura do fragmento e os estudos sobre o absolutismo
francês possibilitam concluir que:
a) as considerações do monarca referem-se a concepção de
poder do Estado absolutista, no
sentido de que as cerimônias tinham por finalidade
fortalecer a imagem de superioridade e de
distinção do rei perante os súditos.
b) Luís XIV afirmava que o governo deveria distinguir-se
do público através das leis, porque o
povo cultiva o errôneo hábito de valorizar as aparências,
razão pela qual estas deveriam ser
descredenciadas.
c) para o monarca francês o rei, embora superior ao povo,
deveria parecer um igual. Logo, a
importância da cerimônia residia no fato de que, através
dela, o rei estaria nivelado ao mais
simples súdito.
d) a corte luísquatorziana desvalorizava a cerimônia porque
se opunha ao desejo popular de ver
no monarca a imagem de Deus. Desse modo, a manutenção
da cerimônia justificava-se pela
imposição da tradição.
e) as ponderações do monarca francês sugerem que as
cerimônias eram importantes enquanto
fontes de divertimento para o público, uma vez que o povo
governado aprendia a admirar seu
governante pelas obras administrativas e não pela
imponência ostentada pelo rei.
31) (UFBA-2002) "O brilhante século XVI viu o surgimento
do Antigo Sistema Colonial, das Reformas religiosas, de
Estados Modernos já francamente consolidados, de uma
produção artística e intelectual impressionante. Os sentidos
eram então fundamentalmente diversos dos nossos. No
início da Época Moderna, a audição tinha importância
maior do que a visão, o que parece próprio de uma
sociedade iletrada e muito dependente da transmissão oral
de conhecimento. Os monstros povoavam a vida cotidiana
dos europeus, e narrativas de viagens reais relatavam
acontecimentos inverossímeis e descreviam seres
fantásticos."
(SOUZA. In: FARIA et al., p. 38-9)
Com base na análise do texto e nos conhecimentos a ele
relacionados, pode-se afirmar:
(01) O Antigo Sistema Colonial baseava-se numa relação
de igualdade entre Colônia e Metrópole, conhecida como
Pacto Colonial.
(02) O surgimento dos Estados Modernos contou com o
apoio da nobreza e da burguesia que, em troca, receberam
do rei o direito de cobrar impostos.
(04) A "produção artística e intelectual impressionante",
mencionada no texto, ficou conhecida como Renascimento
e representou uma mudança de mentalidade que impregnou
o dia-a-dia dos diversos segmentos da sociedade européia.
(08) O descompasso entre os interesses capitalistas e a ética
cristã medieval, em relação ao acúmulo de riquezas, foi um
dos fatores motivantes da Reforma.
(16) A Reforma Católica rejeitou antigos métodos
repressivos utilizados pela Igreja, como o Tribunal do Santo
Ofício e a pena de excomunhão.
(32) As viagens ultramarinas ocorreram a despeito do
imaginário aterrador europeu, tornando possível a formação
de impérios coloniais.
(64) O Brasil foi transformado em colônia de exploração,
devido às possibilidades que a produção indígena oferecia
para a empresa mercantil.
32) (FGV-2004) A chamada Guerra dos Trinta Anos (1618-
1648) foi considerada como a última grande guerra de
religião da Época Moderna. A seu respeito é correto
afirmar:
a) O conflito levou ao enfraquecimento do império
Habsburgo e ao estabelecimento de uma nova situação
internacional com o fortalecimento do reino francês.
b) O conflito iniciou-se com a proclamação da
independência das Províncias Unidas, que se separavam,
assim, dos domínios do império Habsburgo.
c) O conflito marcou a vitória definitiva dos huguenotes
sobre os católicos na França, apoiados pelo monarca
Henrique de Bourbon, desde o final do século XVI.
d) O conflito estimulou a reação dos Estados Ibéricos que,
em aliança com o papado, desencadearam a chamada
Contra-Reforma Católica.
e) O conflito caracterizou-se pelas intervenções inglesas no
continente europeu, através de tropas formadas por grupos
populares enviadas por Oliver Cromwell.
33) (UNICAMP-2005) Uma vez terminada a Reconquista, o
ímpeto espanhol encontrou na colonização americana o
campo amplo onde aplicar sua energia; e nas cidades
regulares do fim da Idade Média, como Granada, estava o
esboço da grande tarefa urbanística hispano-americana, que
encheu um continente de cidades traçadas com rigor
geométrico muito superior ao da metrópole.
(Adaptado de Fernando Chueca Goitia, Breve História do Urbanismo.
Lisboa: Editorial Presença, 1982, p. 99).
a) Segundo o texto, qual foi a grande tarefa
urbanística hispano-americana?
b) Explique o que foi a Reconquista.
c) Indique duas edificações que caracterizavam a
colonização ibérica no Novo Mundo.
34) (UNICAMP-2005) O livro Utopia, escrito pelo
humanista Thomas More, em 1516, divide-se em duas
partes. Na primeira, More descreveu a situação de seu país,
dizendo: (...) os inumeráveis rebanhos que cobrem
hoje toda a Inglaterra são de tal sorte vorazes e
ferozes que devoram mesmo os homens e
despovoam os campos, as casas, as aldeias. Onde
se recolhe a lã mais fina e mais preciosa, acorrem,
em disputa de terreno, os nobres, os ricos e até
santos abades. Eles subtraem vastos terrenos da
agricultura e os convertem em pastagens, enquanto
honestos cultivadores são expulsos de suas casas.
(Adaptado de Thomas More, Utopia. São Paulo: Nova Cultural, 2000, p. 7
e 29-30).
Na segunda parte do livro, More concebeu uma ilha
imaginária chamada Utopia.
a) Explique o que foi o processo de cercamentos ocorrido
na Inglaterra a partir do século XVI.
b) Qual o significado de utopia para Thomas More?
35) (Vunesp-2005) Gerald Winstanley, líder dos
escavadores da Revolução Puritana na Inglaterra (1640-
1660), definiu a sua época como aquela em que “o velho
mundo está rodopiando como pergaminho no fogo”.
Embora os escavadores tenham sido vencidos, a Revolução
Inglesa do século XVII trouxe mudanças significativas,
dentre as quais destacam-se a
A) instituição do sufrágio universal e a ampliação dos
direitos das Assembléias populares.
B) separação entre Estado e religião e a anexação das
propriedades da Igreja Anglicana.
C) liberação das colônias da Inglaterra e a proibição da
exploração da mão-de-obra escrava.
D) abolição dos domínios feudais e a afirmação da
soberania do Parlamento.
E) ampliação das relações internacionais e a concessão de
liberdade à Irlanda.
36) (Mack-2004) Um príncipe sábio não pode, pois, nem
deve, manter-se fiel às suas promessas, quando extinta a
causa que o levou a faze-las; o cumprimento delas lhe traz
prejuízo. Este preceito não seria bom se os homens fossem
todos bons. Como, porém, são maus e, por isso mesmo,
faltariam à palavra que acaso nos dessem, nada impede, que
venhamos nós a faltar também à nossa.
Nicolau Maquiavel — O príncipe
As idéias de Maquiavel
a) indicavam que o homem, em todos os tempos e em todas
as civilizações, era dirigido por uma natureza única e
imutável, e que para alcançar a plenitude na política, os
governantes precisariam de autonomia e não poderiam estar
submetidos a qualquer instituição.
b) transferiram o racionalismo para a política e análise
social, a partir da crítica e da razão, formulando a
concepção da bondade natural do homem e sua capacidade
de construir a própria felicidade.
c) mostravam que os príncipes eram a expressão mais
perfeita da autoridade delegada por Deus, tornando-se
monarcas por direito divino; e somente para a justiça divina
é que deveriam prestar contas de seus atos de governo.
d) visavam impedir o estabelecimento de um Estado forte,
defendendo que a autoridade do governante devia ser
limitada e seus poderes divididos. Sua obra satirizava as
estruturas sociais e ironizava os costumes políticos durante
o governo de Lourenço de Médici.
e) afirmavam que, para preservar a vida, a liberdade e a
propriedade como direitos naturais, os homens deveriam
abandonar o estado de natureza e estabelecer um contrato
entre si, criando o governo e a sociedade civil. Assim, os
governos teriam de respeitar os direitos naturais.
37) (Mack-2004) Assinale a alternativa que contém um
fragmento de texto escrito por Jacques Bénigne Bossuet
(1627-1704), teórico absolutista francês.
a) Daqui nasce um dilema: é melhor ser amado do que
temido, ou o inverso? Respondo que seria preferível ser
ambas as coisas, mas, como é muito difícil conciliá-las,
parece-me muito mais seguro ser temido do que amado, se
só puder ser uma delas.
b) Tudo, portanto, que advém de um tempo de guerra,
quando cada homem é inimigo de outro homem, igualmente
advém do tempo em que os homens vivem sem outra
segurança além da que sua própria força e sua própria
astúcia conseguem provê-los.
c) É somente na minha pessoa que reside o poder soberano
[...], é somente de mim que meus tribunais recebem a sua
existência e a suas autoridade; a plenitude desta autoridade,
que eles não exercem senão em meu nome, permanece
sempre em mim, e o seu uso nunca pode ser contra mim
voltado...
d) Todo o poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem
como ministros de Deus e seus representantes na Terra.
Conseqüentemente, o Trono real não é o trono de um
homem, mas o trono do próprio Deus.
e) Se o homem, no estado de natureza, é tão livre, conforme
dissemos, se é senhor absoluto da sua própria pessoa e
posses, igual ou maior e a ninguém sujeito, por que abrirá
ele mão dessa liberdade, por que abandonará o seu império
e sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer outro
poder?
38) (UERJ-2006)
Os quadrinhos fazem referência, de modo crítico, a diversos
aspectos da sociedade do Antigo Regime, entre os séculos
XVI e XVIII, cujas instâncias de poder eram a Coroa, a
Igreja e a Nobreza.
A) Identifique dois aspectos da sociedade do Antigo
Regime que possam ser relacionados às críticas sugeridas
nos quadrinhos.
B) Nas colônias européias, a resistência a determinadas
práticas do Antigo Regime foi concretizada por uma série
de rebeliões.
Cite uma rebelião colonial ocorrida no Brasil na segunda
metade do século XVIII e um de seus objetivos.
39) (VUNESP-2006) Os Lords espirituais e temporais e os
Comuns, hoje (22 de Janeiro de 1689) reunidos (...)
constituindo em conjunto a representação plena e livre da
nação (...) declaram (...) para assegurar os seus antigos
direitos e liberdades:
1. Que o pretenso direito da autoridade real de suspender as
leis ou a sua execução (...) é ilegal;
2. Que o pretenso direito da autoridade real de dispensar
das leis ou a sua execução (...) é ilegal; (...)
4. Que qualquer levantamento de dinheiro para a Coroa ou
para seu uso (...) sem consentimento do Parlamento (...) é
ilegal; (...)
6. Que o recrutamento e a manutenção de um exército no
reino, em tempo de paz, sem o consentimento do
Parlamento, é ilegal; (...)
(A Declaração dos Direitos. Apud F. R. Dareste e P.
Dareste, As constituições modernas.)
a) Identifique o contexto em que esse documento foi
escrito.
b) A Declaração dos Direitos estabelece qual relação
de poder entre o rei e o Parlamento inglês?
40) (ENEM-2006) O que chamamos de corte principesca
era, essencialmente, o palácio do príncipe. Os músicos eram
tão indispensáveis nesses grandes palácios quanto os
pasteleiros, os cozinheiros e os criados. Eles eram o que se
chamava, um tanto pejorativamente, de criados de libre.
A maior parte dos músicos ficava satisfeita quando tinha
garantida a subsistência, como acontecia com as outras
pessoas de classe média na corte; entre os que não se
satisfaziam, estava o pai de Mozart. Mas ele também se
curvou as circunstancias a que não podia escapar.
Norbert Elias. Mozart: sociologia de um gênio.
Ed. Jorge Zahar, 1995, p. 18 (com adaptações).
Considerando-se que a sociedade do Antigo Regime
dividia-se tradicionalmente em estamentos: nobreza, clero e
3.° Estado, e correto afirmar que o autor do texto, ao fazer
referencia a “classe média” , descreve a sociedade
utilizando a noção posterior de classe social a fim de
a) aproximar da nobreza cortesã a condição de classe dos
músicos, que pertenciam aos 3.° Estado.
b) destacar a consciência de classe que possuíam os
músicos, ao contrario dos demais trabalhadores manuais.
c) indicar que os músicos se encontravam na mesma
situação que os demais membros dos 3.° Estado.
d) distinguir, dentro do 3.° Estado, as condições em que
viviam os “criados de libre” e os camponeses.
e) comprovar a existência, no interior da corte, de uma luta
de classes entre os trabalhadores manuais.
41) (UFRJ-2005)
“ Dois acontecimentos que fizeram época marcam o inicio e
o fim do absolutismo clássico. Seu ponto de partida foi a
guerra civil religiosa. . O Estado moderno ergue-se desses
conflitos religiosos mediante lutas penosas, e só alcançou
sua forma e fisionomia plenas ao superá-los. Outra guerra
civil – a Revolução Francesa – preparou seu fim brusco.”
Fonte: KOSELLECK, Reinhart. Crítica e crise. Rio de
Janeiro, Eduerj & Contraponto, 1999, p. 19.
a) Identifique dois aspectos que caracterizavam o exercício
da autoridade pelo Estado Absolutista.
b) Em 1651, em meio às guerras religiosas que assolavam a
Europa, o filósofo inglês Thomas Hobbes defendia a8 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
necessidade de um Estado forte como forma de controlar os
sentimentos anti-sociais do homem. Pouco mais de um
século depois, o filósofo J.J. Rousseau, em sua obra
Contrato Social (1762), apresentou uma outra visão sobre o
mesmo problema. Comente uma característica da
concepção de Estado presente em Rousseau.
42) (IBMEC - SP-2007) “Deve um príncipe, portanto, não se
importar com a reputação de cruel, a fim de poder manter
os seus súditos em paz e confiantes, pois que, com
pouquíssimas repressões, será mais piedoso do que aqueles
que, por muito clementes, permitem as desordens das quais
resultam assassínios e rapinagens. (...) Nasce disso uma
questão, a saber: é melhor ser amado que temido ou o
contrário? Responder-se-á que se desejaria ser uma e outra
coisa; mas, como é difícil casá-las, é muito mais seguro ser
temido que amado, quando se haja de optar por uma das
alternativas.”
(Maquiavel, Nicolau. O Príncipe. São Paulo: ed Nova Cultural,
1999.p.105-106)
Do texto é possível afirmar que:
a) ao discutir a imagem do príncipe, apenas reforça o
modelo parlamentarista inglês
b) ao defender a crueldade como forma de justiça, pode ser
considerado inspirador da Revolução Francesa
c) ao concentrar suas preocupações na figura do príncipe,
pode ser visto como uma defesa do Absolutismo
d) ao defender o temor pelo príncipe como superior ao
amor, aproxima-se das teorias liberais
e) ao criticar o poder do príncipe, afasta-se da maior parte
dos autores políticos de sua época
43) (VUNESP-2007) Após a expulsão dos judeus da
Espanha, a partir de 1492, o mundo árabe acolheu boa parte
deles. Se lhes deu – como aos cristãos – o estatuto de
dhimmi, inferior ao dos muçulmanos, era claramente mais
favorável que o de seus correligionários na Europa, ele os
preservou das perseguições recorrentes que os outros
sofreram na Europa. E Auschwitz, como se sabe, não é um
nome árabe.
(http://diplo.uol.com.br/2004-05,a915)
O texto faz referência a dois episódios relacionados a
perseguições aos judeus. Identifique e explique esses
momentos.
44) (Mack-2007) Em todos os países, os reis eram então
considerados personagens sagradas; pelo menos em certos
países, eram tidos como taumaturgos. Durante muitos
séculos, os reis da França e os reis da Inglaterra (para usar
uma expressão já clássica) ‘tocaram as escrófulas’:
significando que eles pretendiam, somente com o contato
de suas mãos, curar os doentes afetados por essa moléstia;
acreditava-se comumente em sua virtude medical. Durante
um período apenas um pouco menos extenso, os reis da
Inglaterra distribuíram a seus súditos, mesmo para além dos
limites de seus Estados, os anéis (os cramprings) que, por
terem sido consagrados pelos monarcas, haviam
supostamente recebido o poder de dar saúde aos epilépticos
e de amainar as dores musculares.
Marc Bloch - Os reis taumaturgos
O trecho dado, da obra do historiador francês,
a) menciona superstições medievais que sobreviveram em
tempos modernos, sem, contudo, possuir nenhum
significado político ou religioso.
b) comprova a ligação da política absolutista européia com
o charlatanismo dos curandeiros medievais
c) faz referência ao caráter sobrenatural que se atribuía ao
poder dos reis em algumas monarquias européias.
d) descreve as práticas mais comuns de exercício da
medicina na Idade Moderna.
e) destaca o problema político que representavam os
escrofulosos e os epilépticos para as monarquias medievais.
45) (PASUSP-2009) Nicolau Maquiavel, em 1513, na Itália
renascentista, escreveu:
Um príncipe não pode observar todas as coisas a que são
obrigados os homens considerados bons, sendo
frequentemente forçado, para manter o governo, a agir
contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião. (...) O
príncipe não precisa possuir todas as qualidades (ser
piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso), bastando que
parente possuí-las. Um príncipe, se possível, não deve se
afastar do bem, mas deve saber entrar para o mal, a se a isso
estiver obrigado.
Adaptado de Nicolau Maquiavel. O Príncipe.
Indique qual das afirmações está claramente expressa no
texto:
a) Os homens considerados bons são os únicos aptos a
governar.
b) O príncipe deve observar os preceitos da moral cristão
medieval.
c) Fidelidade, humanidade, integridade e religiosidade são
qualidades indispensáveis ao governante.
d) O príncipe deve sempre fazer o mal, para manter o
governo.
e) A aparência de ter qualidades é mais útil ao governante
do que possuí-las.
46) (FGV-1996) Acerca do Absolutismo na Inglaterra, NÃO
é possível afirmar que:
a) Fortaleceu-se com a criação da Igreja Anglicana.
b) Foi iniciado por Henrique VIII, da dinastia Tudor, e
consolidado no longo reinado de sua filha Elizabeth I.
c) A política mercantilista intervencionista foi fundamental
para a sua solidificação.
d) Foi conseqüência da Guerra das Duas Rosas, que
eliminou milhares de nobres e facilitou a consolidação da
monarquia centralizada.
e) O rei reinava mas não governava, a exemplo do que
ocorreu durante toda a modernidade.9 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
47) (Fuvest-1995) "Após ter conseguido retirar da nobreza o
poder político que ela detinha enquanto ordem, os
soberanos a atraíram para a corte e lhe atribuíram funções
políticas e diplomáticas".
Esta frase, extraída da obra de Max Weber, POLÍTICA
COMO VOCAÇÃO, refere-se ao processo que, no
Ocidente:
a) destruiu a dominação social da nobreza, na passagem da
Idade Moderna para a Contemporânea.
b) estabeleceu a dominação social da nobreza, na passagem
da Antiguidade para a Idade Média.
c) fez da nobreza uma ordem privilegiada, na passagem da
Alta Idade Média para a Baixa Idade Média.
d) conservou o privilégios políticos da nobreza, na
passagem do Antigo Regime para a Restauração.
e) permitiu ao Estado dominar politicamente a nobreza, na
passagem da Idade Média para a Moderna.
48) (Fuvest-1996) No século XVII, a Inglaterra conheceu
convulsões revolucionárias que culminaram com a
execução de um rei (1649) e a deposição de outro (1688).
Apesar das transformações significativas terem se
verificado na primeira fase, sob Oliver Cromwell, foi o
período final que ficou conhecido como "Revolução
Gloriosa". Isto se explica porque:
a) em 1688, a Inglaterra passara a controlar totalmente o
comércio mundial tornando-se a potência mais rica da
Europa.
b) auxiliada pela Holanda, a Inglaterra conseguiu conter em
1688 forças contra-revolucionárias que, no continente,
ameaçavam as conquistas de Cromwell.
c) mais que a violência da década de 1640, com suas
execuções, a tradição liberal inglesa desejou celebrar a nova
monarquia parlamentar consolidada em 1688.
d) as forças radicais do movimento, como Cavadores e
Niveladores, que assumiram o controle do governo, foram
destituídas em 1688 por Guilherme de Orange.
e) só então se estabeleceu um pacto entre a aristocracia e a
burguesia, anulando-se as aspirações políticas da "gentry".
49) (UFRN-1997) Leia atentamente os documentos
seguintes:
Documento A
A Arte de Governar, segundo Luís XIV
"A França é uma monarquia. O rei representa a nação
inteira, e cada pessoa não representa outra coisa senão um
só indivíduo ante o rei. Em conseqüência, todo poder, toda
autoridade, reside nas mãos do rei, e só deve haver no reino
a autoridade que ele estabelece. Deve ser o dono; pode
escutar os conselheiros, consultá-los, mas deve decidir.
Deus, que o fez rei, dar-lhe-á as luzes necessárias, contanto
que mostre boas intenções."
LUÍS XIV. Memórias sobre el Arte de Governar. Tradução
de M. Graneli.
Buenos Aires: Espasa Caipe, 1947, p.59.
Documento B
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: 3 de
setembro de 1791.
"Os representantes do povo, constituídos em Assembléia
Nacional, consideram a ignorância, o esquecimento ou o
desprezo dos direitos homem como as causas únicas da
calamidade pública e da perversão dos governos. (...)
Por isso reconhece e declara a Assembléia Nacional, na
presença e sob a proteção do Ser Supremo, os direitos
seguintes do homem e do cidadã: (...)
A finalidade ulterior de toda a liga política é a preservação
dos direitos humanos naturais e inalienáveis. Estes direitos
são a liberdade, a posse, a segurança e a resistência à
opressão.
A origem de toda a soberania vem essencialmente do povo.
Nenhuma corporação, nenhum indivíduo pode exercer
autoridade alguma que não a expressamente dele derivada.
(...)
A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos
estão autorizados a cooperar na sua criação, ou
pessoalmente, ou pelos seus representantes. Deve ser a
mesma para todos, seja para proteger, seja para castigar.
Como todos os cidadãos ante seus olhos são iguais, todos,
da mesma maneira, podem ser admitidos a todas as
honrarias, cargos e funções públicas, com base em suas
capacidades e sem outra diferenciação senão a de suas
virtudes e suas vocações."
FRISCHAUER, Paul. Está escrito. São Paulo:
Melhoramentos, [1972]. p. 229.
1. Conceitue as duas ideologias políticas representantes
pelos dois documentos, salientando a fonte do poder dos
governantes em cada caso.
2. Analise, à luz dos conceitos expressos no documento B, a
política religiosa de Luís XIV.
50) (UNICAMP-1996) Todo o poder vem de Deus. Os
governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus
representantes na terra. Conseqüentemente, o trono real não
é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus.
(Jacques Bossuet, POLÍTICAS TIRADA DAS
PALAVRAS DA SAGRADA ESCRITURA, 1709)
(...) que seja prefixada à Constituição uma declaração de
que todo o poder é originalmente concedido ao povo e,
conseqüentemente, emanou do povo.
(Emenda Constitucional proposta por Madison em 8 de
junho de 1789)
a) Explique a concepção de Estado em cada um dos textos.
b) Qual a relação entre indivíduo e Estado em cada um dos
textos?
51) (UNICAMP-1997) A Revolução Gloriosa selou um
compromisso entre a burguesia e a nobreza proprietária de
terras, fortaleceu o Parlamento, e criou condições
favoráveis ao desenvolvimento econômico inglês e à
instauração do capitalismo industrial na Inglaterra.
a) Explique os interesses dos seguintes sujeitos sociais na
Revolução Inglesa: monarquia, nobreza e burguesia.
b) De que maneira a Revolução Inglesa contribuiu para
fazer da Inglaterra a maior potência econômica da época?
52) (Fuvest-1998) A partir da época moderna observa-se,
em países da Europa ocidental, um progressivo
fortalecimento das monarquias nacionais. Descreva as
principais características políticas e econômicas desse
processo entre os séculos XVI e XVII.
53) (UFPA-1998) Diferentes concepções teóricas de Estado
foram elaboradas na Inglaterra, em momentos distintos, por
Thomas Hobbes (1588-1679) e John Locke (1632-1704).
Descreva as idéias fundamentais características do
pensamento de Hobbes e Locke, explicando o que
diferencia fundamentalmente as teses dos mencionados
pensadores, com relação à organização do Estado.
54) (UNICAMP-1998) Sobre o governo dos príncipes,
Nicolau Maquiavel, um pensador italiano do século XVI,
afirmou:
O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e
religioso, bastando que aparente possuir tais
qualidades.(...) Um príncipe não pode observar todas as
coisas a que são obrigados os homens considerados bons,
sendo freqüentemente forçado, para manter o governo, a
agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião (...). O
príncipe não deve se desviar do bem, se possível, mas deve
estar pronto a fazer o mal, se necessário. (Adaptado de
Nicolau Maquiavel, O Príncipe, em Os Pensadores, São
Paulo, Nova Cultural, 1996, pp. 102-103)
A partir do texto, responda:
a) Qual o maior dever do príncipe?
b) Como o príncipe deveria governar para ter êxito?
c) De que maneira as idéias de Maquiavel se opunham à
moral cristã medieval?
55) (FGV-1998) A Revolução Gloriosa de 1688, na
Inglaterra, teve como desfecho a assinatura da Declaração
de Direitos por Guilherme de Orange. As medidas abaixo
fazem parte do conteúdo da Declaração, com exceção de:
A) a orientação religiosa do rei poderia ser católica ou
protestante;
B) os impostos só poderiam ser aumentados ou criados com
a aprovação do Parlamento;
C) garantia do direito de expressão dos membros do
Parlamento;
D) o rei não poderia impedir que as leis aprovadas pelo
Parlamento entrassem em vigor;
E) ilegalidade da manutenção de um exército permanente
mobilizado em tempo de paz.
56) (FGV-2002) Efetivamente, em todos os pontos do reino
onde se obtém a mais fina lã, portanto a mais preciosa, os
senhores, os nobres e até os santos abades não se contentam
mais com os rendimentos e produtos que seus antepassados
costumavam retirar de seus domínios. Não lhes é mais
suficiente viver na preguiça e nos prazeres; estes homens,
que nunca foram úteis à sociedade, querem-lhe ainda ser
nocivos. Não deixam nenhuma parcela de terra para ser
lavrada; toda ela transformou-se em pastagens. Derrubam
casas, destroem aldeias, e, se poupam as igrejas, é,
provavelmente, porque servem de estábulos a seus
carneiros
[...]
Assim, para que um insaciável devorador, peste e praga de
seu próprio país, possa abarcar num único campo milhares
de braças, uma quantidade de pequenos agricultores se
vêem escorraçados de seus bens. Uns saem enganados,
outros são expulsos à força; alguns, enfim, cansados de
tantos vexames, se vêem forçados a vender o que possuem.
Enfim, esses infelizes partem, homens e mulheres, casais,
órfãos, viúvos, pais com os filhos nos braços.Todos
emigram, largam seu lugares, os lugares onde viveram, e
não sabem onde se refugiar.Toda a sua bagagem, que pouco
valeria se tivessem a possibilidade de esperar um
comprador, é cedida a preço vil, dada a necessidade de dela
se desfazerem. Logo os veremos errantes, privados de
qualquer recurso. Só lhes resta roubar e serem enforcados,
segundo as regras.
Thomas Morus, A Utopia. 2ª ed., Brasília,
Ed. Universidade de Brasília, 1982, p. 16.
O texto refere-se a um importante elemento no processo de
transição do feudalismo para o capitalismo na Inglaterra.
Tal elemento é conhecido como:
A. Arroteamento, ou seja, o aproveitamento de novas terras
para as atividades agrícolas.
B. Aforamento, ou seja, um tipo de concessão de terras a
camponeses.
C. Afolhamento, ou seja, a organização das parcelas a
serem cultivadas.
D. Cercamento, ou seja, a separação e a apropriação
individual das terras comuns e dos campos abertos.
E. Descimento, ou seja, a ocupação de terras baixas para a
criação de animais.
57) (UFBA-2002) Novas idéias surgiram com o Iluminismo,
movimento intelectual ocorrido no século XVIII, tendo
reflexos importantes em diferentes esferas da vida humana.
Identifique os fragmentos de textos que correspondem
corretamente a esse novo momento:
(01) "O rei não obtém a coroa pela eleição do povo e,
portanto, não depende da suaaprovação."
(02) "É possível estabelecer com simplicidade o núcleo da
idéia do contrato social; cada um de nós coloca sua pessoa e
autoridade sob a direção suprema da vontade geral (...)."
(04) "Para que não se possa abusar do poder, é preciso que,
pela disposição das coisas, o poder suspenda o poder."
(08) "Que cada um seja livre de cultivar no seu campo as
produções que o seu interesse, as suas faculdades e a
natureza do Terreno lhe sugiram para obter a maior
produção possível (...) Que se mantenha a mais inteira
liberdade de comércio (...)"
(16) "As colônias não podem esquecer jamais o que devem
à mãe-pátria pela prosperidade de que desfrutem. Devem
(...) dar à metrópole maior mercado aos seus produtos (...)."
(32) " (...) O progresso dos conhecimentos desenvolve a fé
em um progresso contínuo da humanidade, em direção a
um estágio superior."
(64) "De todas as classes que ora enfrentam a burguesia, só
o proletariado é uma classe verdadeiramente revolucionária
(...)."
58) (FGV-2005) (...) nenhuma mercadoria produzida ou
fabricada na África, Ásia e América será importada na
Inglaterra, Irlanda ou País de Gales, Ilhas Jersey e
Guernesey, e cidade de Berwick sobre o Tweed, outros
navios senão nos que pertencem a súditos ingleses,
irlandeses ou galeses e que são comandados por capitães
ingleses e tripulados por uma equipagem com três quartos
de ingleses (...) nenhuma mercadoria produzida ou
fabricada no estrangeiro e que deve ser importada na
Inglaterra, Irlanda, País de Gales, Ilhas Jersey e Guernesey
deverá ser embarcada noutros portos que não sejam aqueles
do país de origem (...)
( English historical documents, Apud Pierre Deyon, O mercantilismo)
Esses são fragmentos do Ato de Navegação, que traz
como decorrência para a Inglaterra
A) a perda de vastos territórios coloniais para a
Holanda e Portugal, pois a marinha inglesa de guerra
ficou inferiorizada.
B) o apoio, de forma decisiva, na formação dos
Estados Gerais da República das Províncias Unidas,
hoje Holanda.
C) o acirramento das rivalidades econômicas com os
holandeses e o fortalecimento do comércio exterior
inglês.
D) o reforço do absolutismo da dinastia Tudor e a
eclosão da Revolução Puritana, liderada pelos
levellers.
E) a garantia da presença do capital inglês na
exploração do ouro e das pedras preciosas em Minas
Gerais.
59) (FUVEST-2006) Felipe II, rei da Espanha, entre 1556 e
1598, não conseguiu impedir a revolta dos holandeses
(Países Baixos setentrionais).
Luís XIV, rei de França, entre 1643 e 1715, não conseguiu
conquistar a Holanda. Nos dois enfrentamentos, estiveram
em jogo concepções político-religiosas opostas e estruturas
socio-econômicas distintas.
Explique
a) essas concepções político-religiosas opostas.
b) essas estruturas socioeconômicas distintas.
60) (FGV - SP-2009) As idéias expressas nos excertos abaixo
vieram a público na Inglaterra do século XVII, formuladas
num documento fundamental da história do direito e do
pensamento político; após lílas e analisa-las
atenciosamente, responda aos subitens da Questão.
“Quando um cidadão inglês é preso, deve ele, nas vinte e
quatro horas seguintes, receber a notificação escrita do
delito que lhe é imputado.
À exceção dos atos de alta traição ou de delitos
excepcionalmente graves, qualquer pessoa presa pode obter
sua liberdade provisória, através de fiança.
[...]
Todo oficial de justiça, magistrado ou carcereiro, que violar
de qualquer maneira o “Habeas Corpus” deverá pagar 500
libras de indenização à parte lesada.”
(“Bill do Habeas Corpus” ó 1679, in Mosca, Gaetano,
“História das doutrinas políticas”)
a) Quais os fatos mais marcantes da vida social e política na
Inglaterra no período em que tal documento foi elaborado?
(4)
b) Depois da Guerra Civil (1646-1650), em que o rei Carlos
I foi executado, como podemos caracterizar politicamente o
período de governo do partido puritano de Oliver Cromwell
e as suas relações com o Parlamento e a burguesia
comercial? (5)
c) Explique o que foi a chamada Revolução Gloriosa de
1689 e qual o seu significado para o poder dos reis, para o
Parlamento e para as leis ó como a do “Habeas Corpus” ó
que estabeleciam garantias individuais na Inglaterra. (6)

EXERCÍCIO DE HISTÓRIA SOBRE RENASCIMENTO

1) (Vunesp-1999) A partir do século XII, em algumas


regiões européias, nas cidades em crescimento,
comerciantes, artesãos e bispos aliaram-se para a
construção de catedrais com grandes pórticos, vitrais e
rosáceas, produzindo uma "poética da luz", abóbodas e
torres elevadas que dominavam os demais edifícios
urbanos. O estilo da arte da época é denominado:
a) renascentista.
b) bizantino.
c) românico.
d) gótico.
e) barroco.
2) (Mack-1996) O Humanismo foi um movimento que não
pode ser definido por:
a) ser um movimento diretamente ligado ao Renascimento,
por suas características antropocentristas e individuais.
b) ter uma visão do mundo que recupera a herança grecoromana, utilizando-a como tema de inspiração.
c) ter valorizado o misticismo, o geocentrismo e as
realizações culturais medievais.
d) centrar se no homem, em oposição ao teocentrismo,
encarando-o como "medida comum de todas as coisas".
e) romper os limites religiosos impostos pela Igreja às
manifestações culturais.
3) (Unirio-1998) As manifestações culturais expressas no
Renascimento, ocorrido na Europa entre os séculos XIV e
XVI, apresentam as características abaixo com EXCEÇÃO
de uma. Assinale-a.
a) Repúdio aos ideais escolásticos.
b) Crítica ao pensamento escolástico.
c) Valorização das obras clássicas da cultura greco-romana.
d) Fortalecimento do humanismo e do individualismo.
e) Negação das concepções antropocêntricas e naturalistas.
4) (FaZU-2002) Antropocentrismo, Naturalismo,
Hedonismo, Racionalismo. As características acima fazem
referência a qual movimento cultural:
a) Iluminismo
b) Trovadorismo
c) Renascimento
d) Romantismo
e) Pós-Modernismo
5) (UFC-2003) “Quando reconsidero ou observo os Estados
florescentes, não vejo neles, Deus me perdoe, senão uma
espécie de conspiração dos ricos para cuidar de seus
interesses pessoais”.
(MORUS, Tomás. A Utopia. Porto Alegre, L&PM, 1997
p.163)
Este trecho do livro Utopia, de Tomás Morus, publicado em
1516, no qual o autor descreve um lugar imaginário sem
propriedade privada nem dinheiro, onde prevalece a
preocupação com a felicidade coletiva, deve ser atribuído
ao seguinte movimento:
ao Renascimento, movimento de renovação cultural que se
preocupava com o homem e sua organização social.
ao anarquismo, que pregava a destruição do Estado.
ao Iluminismo, que propunha a divisão dos três poderes:
legislativo, executivo e judiciário.
ao socialismo, que propunha a tomada do poder pelo
proletariado.
à Reforma Protestante, que questionava o poder da Igreja
de Roma de interferir nas políticas nacionais.
6) (UEL-2003) O Renascimento, amplo movimento artístico,
literário e científico, expandiu-se da Península Itálica por
quase toda a Europa, provocando transformações na
sociedade. Sobre o tema, é correto afirmar:
a) O racionalismo renascentista reforçou o princípio da
autoridade da ciência teológica e da tradição medieval.
b) Houve o resgate, pelos intelectuais renascentistas, dos
ideais medievais ligados aos dogmas do catolicismo,
sobretudo da concepção teocêntrica de mundo.
c) Nesse período, reafirmou-se a idéia de homem cidadão,
que terminou por enfraquecer os sentimentos de identidade
nacional e cultural, os quais contribuíram para o fim das
monarquias absolutas.
d) O humanismo pregou a determinação das ações humanas
pelo divino e negou que o homem tivesse a capacidade de
agir sobre o mundo, transformando-o de acordo com sua
vontade e interesse.
e) Os estudiosos do período buscaram apoio na observação,
no método experimental e na reflexão racional, valorizando
a natureza e o ser humano.
7) (Mack-2003) Nicolau Maquiavel (1469-1567), pensador
florentino, afirmava que a obrigação suprema do
governante é manter o poder e a segurança do país que
governa. E, para atingir seus objetivos, o governante deve
usar de todos os meios disponíveis, pois “os fins justificam
os meios”. Suas idéias ficaram imortalizadas na obra:
a) Leviatã.
b) Política Segundo as Sagradas Escrituras.
c) A Arte da Guerra.
d) A Divina Comédia.
e)O Príncipe.
8) (Mack-2003) Muitos artistas e filósofos do Renascimento
escreveram sobre a natureza e o seu valor para a arte, mas
nenhum foi tão bom observador como Leonardo da Vinci.
A prova, tanto da sua curiosidade insaciável como de seu
entendimento profundo da natureza, pode encontrar-se nos
seus muitos desenhos e livros de notas.
O Mundo do Renascimento
Dentre as principais características do movimento
denominado Renascimento Cultural, encontradas nas obras
de Leonardo da Vinci, podemos destacar:
a) o bidimensionalismo estético e a desvalorização do ser
humano.
b) o naturalismo e o geocentrismo.
c) o antropocentrismo e o humanismo.
d) o teocentrismo e o uso de conceitos irracionais abstratos.
e) a arte humanista e a ausência da perspectiva linear.
9) (FEI-1994) As principais características do Renascimento
foram:
a) teocentrismo, realismo e intensa espiritualidade;
b) romantismo, espírito critico em relação à política, temas
de inspiração exclusivamente naturalistas;
c) ausência de perspectiva e adoção de temas do cotidiano
religioso, tendo como foco apenas os valores espirituais;
d) uso de temas ecológicos evidenciando a preocupação
com o meio ambiente, execução de variados retratos de
personalidades da época;
e) antropocentrismo, humanismo e inspiração grecoromana.
10) (PUC-SP-2003) (...)
Outras coisas que viu, mui numerosas,
Pedem tempo que o verso meu não dura,
Pois lá encontrou, guardadas e copiosas,
Mil coisas de que andamos à procura.
Só de loucura não viu muito ou pouco
Que ela não sai de nosso mundo louco.
Mostrou-se-lhe também o que era seu,
O tempo e as muitas obras que perdia,
(...)
Viu mais o que ninguém suplica ao céu,
Pois todos cremos tê-lo em demasia:
Digo o siso, montanha ali mais alta
Que as erguidas do mais que aqui nos falta.
ARIOSTO, Ludovico. Orlando Furioso. São Paulo: Atelier,
2002. p. 261.
O trecho acima, de um livro de 1516, narra parte de uma
viagem imaginária à Lua. Lá, o personagem encontra o que
não há na Terra e não encontra o que aqui há em excesso.
Pode-se identificar o caráter humanista do texto na
a) certeza, de origem cristã, de que a reza ( suplicar ao céu)
é a única forma de se obter o que se busca.
b) constatação da pouca razão ( siso) e da grande loucura
existente entre os homens.
c) aceitação da limitada capacidade humana de fazer poesia
( o verso meu não dura).
d) percepção do desleixo e da indiferença humanos ( o
tempo e as muitas obras que perdia).
e) ambição dos homens em sua busca de bens ( Mil coisas
de que andamos à procura).
11) (UEL-1995) Considere os itens adiante.
I. "... a busca da perfeição no retratar o homem levou a uma
simbiose entre arte e ciência, desenvolvendo-se estudos de
anatomia, técnicas de cores, perspectivas..."
II. ' ... o teocentrismo, o coletivismo, a tradição marcaram
as obras de arte do período e estiveram presentes na pintura,
na arquitetura e na escultura..."
III. " ... procuram explicar o mundo através de novas
teorias, fugindo às interpretações religiosas típicas do
período anterior. O grande destaque é a utilização do
método experimental...'
O Renascimento é identificado em:
a) somente II.
b) somente I e II.
c) somente I e III.
d) somente II e III.
e) I, II e III.
12) (PUCCamp-1998) Na transição do Mundo Medieval
para o Moderno, teve papel de destaque:
A) a educação ministrada pelos leigos nos conventos e nas
abadias.
B) o processo de ruralização das vilas e dos centros
urbanos.
C) o comércio e o renascimento das cidades.
D) o poder político altamente descentralizado.
E) a Igreja, que acatava o lucro e a usura.
13) (PUCCamp-1998) No século XVI, diversos movimentos
reformistas de caráter religioso despontaram na Europa.
Sobre esses movimentos é correto afirmar que o:
A) Humanismo foi o último movimento reformista que
criticou os abusos contidos nas práticas da Igreja Católica,
propondo a escolha do Papa pelos imperadores e reis.
B) Concílio de Trento marcou a reação da Igreja à difusão
do Protestantismo, reafirmando os dogmas católicos e
fortalecendo os instrumentos de poder do papado, tais como
o Tribunal de Santo Ofício e a criação do Índice de Livros
Proibidos.
C) Luteranismo difundiu-se rapidamente entre os
segmentos servis da Alemanha e das regiões nórdicas, pois
pregava a insubordinação e a luta armada dos camponeses
contra a nobreza senhorial e o clero, aliados políticos nessas
regiões.
D) Calvinismo significou um recrudescimento das
concepções e práticas reformistas, pois criticou os valores
burgueses através da condenação do empréstimo de
dinheiro a juros e do trabalho manual.
E) Anglicanismo reforçou a autoridade do Vaticano na
Inglaterra, com a promulgação do Ato de Supremacia por
Henrique VIII, que devolveu os bens e as propriedades do
clero católico confiscadas pela nobreza inglesa.3 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
14) (Fuvest-1999) Já se observou que, enquanto a
arquitetura medieval prega a humildade cristã, a arquitetura
clássica e a do Renascimento proclamam a dignidade do
homem. Sobre esse contraste pode-se afirmar que:
a) corresponde, em termos de visão de mundo, ao que se
conhece como teocentrismo e
antropocentrismo;
b) aparece no conjunto das artes plásticas, mas não nas
demais atividades culturais e religiosas decorrentes do
humanismo;
c) surge também em todas as demais atividades artísticas,
exprimindo as mudanças culturais promovidas pela
escolástica;
d) corresponde a uma mudança de estilo na arquitetura, sem
que a arte medieval como um todo tenha sido abandonada
no Renascimento;
e) foi insuficiente para quebrar a continuidade existente
entre a arquitetura medieval e a renascentista.
15) (UFMG-1995) Todas as alternativas apresentam
conceitos que traduzem o ideário característico do século
XIX, EXCETO:
a) Anarquismo.
b) Humanismo.
c) Liberalismo.
d) Sindicalismo.
e) Socialismo.
16) (Vunesp-1997) "Hoje não vemos em Petrarca senão o
grande poeta italiano. Entre os seus contemporâneos, pelo
contrário, o seu principal título de glória estava em que de
algum modo ele representava pessoalmente a Antigüidade
(...) Acontece o mesmo com Bocácio (...) Antes do seu
Decameron ser conhecido (...) admiravam-no pelas suas
compilações mitográficas, geográficas e biográficas em
língua latina." (Jacob Burckardt, A CIVILIZAÇÃO DA
RENASCENÇA ITALIANA.)
Petrarca e Bocácio estão intimamente relacionados ao:
a) nascimento do humanismo.
b) declínio da literatura barroca.
c) triunfo do protestantismo.
d) apogeu da escolástica.
e) racionalismo clássico.
17) (UNICAMP-2003) Esta longa Idade Média é o contrário
do hiato visto pelos humanistas do Renascimento e, salvo
raras exceções, pelos homens das Luzes. É o momento da
criação da sociedade moderna, do essencial das nossas
estruturas sociais e mentais; momento em que se criou a
cidade, a universidade, o moinho, a máquina, a hora e o
relógio, o livro , o garfo, o vestuário, a pessoa, a
consciência.
(Adaptado de Jacques Lê Goff, “Prefácio”, Para um novo
conceito de Idade Média : Tempo, Trabalho e Cultura no
Ocidente. Lisboa, Editorial Estampa, 1979, p. 12.)
a) A que conceito de Idade Média o texto está se
contrapondo?
b) Qual o período histórico valorizado pelos humanistas do
Renascimento? Por quê?
c) Caracterize a atividade que impulsionou o
desenvolvimento das cidades medievais.
18) (Cesgranrio-1994) A Europa Ocidental, nos séculos XV
e XVI, sofreu diversas transformações políticas,
econômicas e sociais. Sobre essas transformações podemos
afirmar que:
l - o Humanismo e o Renascimento foram movimentos
intelectuais e artísticos que privilegiaram a observação da
natureza.
2 - a Reforma Luterana, identificando-se com os segmentos
camponeses alemães, difundiu-se em virtude da
centralização do Estado alemão.
3 - a Reforma Calvinista aproximava-se da moral burguesa,
pois encorajava o trabalho e o lucro.
4 - a reação da Igreja Católica, denominada ContraReforma, através do Concílio de Trento (1545), tentou
barrar o avanço protestante, alterando os dogmas da fé
católica.
As afirmativas corretas são:
a) apenas l e 2.
b) apenas l e 3.
c) apenas l e 4.
d) apenas 2 e 3.
e) apenas 2 e 4.
19) (Fatec-1995) Em O RENASCIMENTO, Nicolau
Sevcenko afirma:
"O comércio sai da crise do século XIV fortalecido. O
mesmo ocorre com a atividade manufatureira, sobretudo
aquela ligada à produção bélica, à construção naval e à
produção de roupas e tecidos, nas quais tanto a Itália quanto
a Flandres se colocaram à frente das demais. As minas de
metais nobres e comuns da Europa Central também são
enormemente ativadas. Por tudo Isso muitos historiadores
costumam tratar o século XV como um período de
Revolução Comercial."
A Revolução Comercial ocorreu graças:
a) às repercussões econômicas das viagens ultramarinas de
descobrimento.
b) ao crescimento populacional europeu, que tomava
imperativa a descoberta de novas terras onde a população
excedente pudesse ser instalada.
c) a uma mistura de idealismo religioso e espírito de
aventura, em tudo semelhante àquela que levou à formação
das cruzadas.
d) aos Atos de Navegação lançados por Oliver Cromwell.
e) à auto-suficiência econômica lusitana e à produção de
excedentes para exportação.
20) (Fuvest-1997) Sobre a Reforma religiosa, do século
XVI, é correto afirmar que:4 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
a) nas áreas em que ela penetrou, obteve ampla adesão em
todas as camadas da sociedade.
b) foi um fenômeno tão elitista quanto o Renascimento,
permanecendo afastada das massas rurais e urbanas.
c) nada teve a ver com o desenvolvimento das modernas
economias capitalistas.
d) fundamentou-se nas doutrinas da salvação pelas obras e
na falibilidade da Igreja e da Bíblia.
e) acabou por ficar restrita à Alemanha luterana, à Holanda
calvinista e à Inglaterra anglicana.
21) (UFSCar-2000) Leonardo da Vinci foi, além de artista,
um dos teóricos de arte do Renascimento italiano. Em seu
Tratado de Pintura escreve que a beleza consiste numa
gradação de sombra — “Demasiada luz é
agressiva;demasiada sombra impede-se que se veja” — e,
mais à frente, define a pintura como imitação de “todos os
produtos visíveis da natureza (...) todos banhados pela
sombra e pela luz.” A partir destes fragmentos do Tratado
de Pintura, pode-se concluir que a concepção artística do
Renascimento pressupõe
A) um trabalho desenvolvido pelo artista dentro de ateliês,
considerando que o controle da iluminação se torna
fundamental.
B) uma associação entre estética e luz, entendendo a luz,
em uma perspectiva teocêntrica, como a presença de Deus
no mundo.
C) a separação entre o desenho, a representação do
movimento, os limites da figura e o fundo ou a atmosfera.
D) um ideal de equilíbrio, expresso pela noção de
distribuição simétrica de volumes e cores na superfície
pintada.
E) a liberdade do artista no momento de realização de seu
trabalho, exprimindo suas paixões e seus sentimentos mais
exaltados.
22) (ENEM-2001) O texto foi extraído da peça Tróilo e
Créssida de William Shakespeare, escrita, provavelmente,
em 1601.
“Os próprios céus, os planetas, e este centro
reconhecem graus, prioridade, classe,
constância, marcha, distância, estação, forma,
função e regularidade, sempre iguais;
eis porque o glorioso astro Sol
está em nobre eminência entronizado
e centralizado no meio dos outros,
e o seu olhar benfazejo corrige
os maus aspectos dos planetas malfazejos,
e, qual rei que comanda, ordena
sem entraves aos bons e aos maus.”
(personagem Ulysses, Ato I, cena III).
SHAKESPEARE, W. Tróilo e Créssida. Porto: Lello &
Irmão, 1948.
A descrição feita pelo dramaturgo renascentista inglês se
aproxima da teoria
a) geocêntrica do grego Claudius Ptolomeu.
b) da reflexão da luz do árabe Alhazen.
c) heliocêntrica do polonês Nicolau Copérnico.
d) da rotação terrestre do italiano Galileu Galilei.
e) da gravitação universal do inglês Isaac Newton.
23) (FGV-2003) “Daqui nasce um dilema: é melhor ser
amado que temido, ou o inverso? Respondo que seria
preferível ser ambas as coisas, mas, como é muito difícil
conciliá-las, parece-me muito mais seguro ser temido do
que amado, se só se puder ser uma delas (...).”
MAQUIAVEL, N., O Príncipe. 2ª ed., Trad., Mira-Sintra
— Mem Martins,
Ed. Europa-América, 1976, p. 89.
A respeito do pensamento político de Maquiavel, é correto
afirmar:
A) Mantinha uma nítida vinculação entre a política e os
princípios morais do cristianismo.
B) Apresentava uma clara defesa da representação popular
e dos ideais democráticos.
C) Servia de base para a ofensiva da Igreja em confronto
com os poderes civis na Itália.
D) Sustentava que o objetivo de um governante era a
conquista e a manutenção do poder.
E) Censurava qualquer tipo de ação violenta por parte dos
governantes contra seus súditos.
24) (Vunesp-2003) Nascido na Itália, o Renascimento —
movimento intelectual, científico, artístico e literário —
espalhou-se pela Europa, mas de forma desigual.
Considere as seguintes afirmações a respeito desse
movimento.
I. A arte renascentista tinha como característica principal a
exploração dos motivos religiosos, recebendo, dessa
maneira, o apoio do clero e dos mecenas.
II. O Renascimento foi um movimento que valorizou o
antropocentrismo, o hedonismo, o racionalismo, o
individualismo e o naturalismo.
III. No plano político, sua principal conseqüência foi
contribuir para o advento do Absolutismo, ao laicizar a
sociedade e revalorizar o Direito Romano.
IV. O combate central das idéias renascentistas residiu na
defesa das concepções de mundo baseadas no teocentrismo
e na escolástica, então emergentes.
V. A Itália acumulou maior quantidade de capital e
alcançou desenvolvimento comercial e urbano invejável,
gerando excedentes econômicos para se investir em obras
de arte.
Está correto apenas o contido em
A) I, II e III.
B) I, IV e V.
C) II, III e IV.
D) II, III e V.
E) III, IV e V.
25) (Fuvest-2004) “No campo científico e matemático, o
processo da investigação racional percorreu um longo
caminho. Os Elementos de Euclides, a descoberta de
Arquimedes sobre a gravidade, o cálculo por Eratóstenes do
diâmetro da terra com um erro de apenas algumas centenas
de quilômetros do número exato, todos esses feitos, não
seriam igualados na Europa durante 1500 anos”.
Moses I. Finley. Os gregos antigos
O período a que se refere o historiador Finley, para a
retomada do desenvolvimento científico, corresponde
a) ao Helenismo, que facilitou a incorporação das ciências
persa e hindu às de origem grega.
b) à criação das universidades nas cidades da Idade Média,
onde se desenvolveram as teorias escolásticas.
c) ao apogeu do Império Bizantino, quando se incentivou a
condensação da produção dos autores gregos.
d) à expansão marítimo-comercial e ao Renascimento,
quando se lançaram as bases da ciência moderna.
e) ao desenvolvimento da Revolução Industrial na
Inglaterra, que conseguiu separar a técnica da ciência.
26) (Mack-2004) No início da Idade Moderna, buscando
construir um novo tipo de sociedade, por meio da difusão
de novos padrões de comportamento, surgiram, na
Península Itálica, ricos patrocinadores das artes e das
ciências, que objetivavam não só a promoção pessoal, mas
também proveitos culturais e econômicos.
Assinale a alternativa que indica como são denominados
esses patrocinadores.
a) Neoplatônicos
b) Condottieris
c) Mecenas
d) Humanistas
e) Hedonistas
27) (VUNESP-2008) Galileu, talvez mais que qualquer outra
pessoa, foi o responsável pelo surgimento da ciência
moderna. O famoso conflito com a Igreja católica se
demonstrou fundamental para sua filosofia; é dele a
argumentação pioneira de que o homem pode ter
expectativas de compreensão do funcionamento do
universo e que pode atingi-la através da observação do
mundo real.
(Stephen Hawking, Uma breve história do tempo.)
O “famoso conflito com a Igreja católica” a que se refere o
autor corresponde
a) à decisão de Galileu de seguir as idéias da Reforma
Protestante, favoráveis ao desenvolvimento das ciências
modernas.
b) ao julgamento de Galileu pela Inquisição, obrigando-o a
renunciar publicamente às idéias de Copérnico.
c) à opção de Galileu de combater a autoridade política do
Papa e a venda de indulgências pela Igreja.
d) à crítica de Galileu à livre interpretação da Bíblia, ao
racionalismo moderno e à observação da natureza.
e) à defesa da superioridade da cultura grega da
antigüidade, feita por Galileu, sobre os princípios das
ciências naturais.
28) (UFPR-2009) O Renascimento foi um período de
alteração substancial no panorama da cultura européia.
Assinale a alternativa que apresenta Leonardo da Vinci
(1452-1519) como representante exemplar desse contexto
renascentista.
a) O universo temático que marca a obra de Leonardo da
Vinci revela a sua principal característica como intelectual:
a vocação para tornar-se especialista de uma área em
detrimento das demais.
b) Há o reconhecimento de que a qualidade de seu trabalho
se deve a sua capacidade de distanciar-se das questões
cotidianas e refletir sobre as implicações do conhecimento
teórico puro.
c) Leonardo da Vinci possuía aversão em relação ao traçado
do corpo humano, na medida em que este representava para
ele a imperfeição e os limites da criação divina.
d) O talentoso italiano ganhou notoriedade ao defender a
tese de que o artista deve afastar-se da reflexão filosófica
para dar vazão a sua criatividade no campo da arte.
e) Leonardo da Vinci articulou o saber técnico com o
conhecimento científico sobre a natureza das coisas e das
artes humanas.
29) (FGV-1996) Acerca do Renascimento:
I - As características do homem no Renascimento são:
racionalismo, individualismo, naturalismo e
antropocentrismo, em oposição aos valores medievais
baseados no teocentrismo.
II - O Renascimento não foi um processo homogêneo. Seu
desenvolvimento foi muito desigual e as manifestações
mais expressivas se deram nos campos das artes e das
ciências, sendo que no campo artístico, a literatura e as
artes plásticas ocupavam lugar de destaque.
III - A arte renascentista tomou-se predominantemente
religiosa, retratando a vida de santos, de clérigos e o
cotidiano cristão da época.
IV - A Itália foi o centro do Renascimento porque era o
centro do pré-capitalísmo e do desenvolvimento comercial
e urbano, que gerava os excedentes de capital mercantil
para o investimento em obras de arte.
V - A ascensão do clero foi fundamental para que se
desenvolvesse nos Estados italianos um poderoso
mecenato, plenamente identificado com as concepções
terrenas dominantes entre os eclesiásticos.
É correto apenas o afirmado em:
a) I, II, III.
b) I, II, IV.
c) I, II, V.
d) I, III, V.
e) II, IV, V.
30) (Fuvest-1996) Com relação à arte medieval, o
Renascimento destaca-se pelas seguintes características:
a) a perspectiva geométrica e a pintura a óleo.
b) as vidas de santos e o afresco.
c) a representação do nu e as iluminuras.
d) as alegorias mitológicas e o mosaico.6 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
e) o retrato e o estilo romântico na arquitetura.
31) (UDESC-1996) O século XV, apesar de ser considerado
como o século da decadência do Renascimento italiano,
gerou gênios como Rafael Sanzio e Michelângelo nas Artes
plásticas.
Na literatura, o grande nome foi Nicolau Maquiavel (1469-
1527) que escreveu um texto antológico na história do
teatro ocidental - "A Mandrágora"- com a qual satirizava a
sociedade florentina sobre o poder dos Médici. Ele é autor
também de um famosos livro que levou a ser chamado de
"Pai da Ciência Política".
a) Como se intitula esse livro e qual o seu conteúdo?
b) Comente a máxima maquiavélica: "Os fins justificam os
meios."
32) (UnB-1998) Julgue os itens seguintes, referentes ao
Renascimento, colocando VERDADEIRO ou FALSO:
A) Retomando traços da Antigüidade C1ássica, a
Renascença significou a ruptura total e absoluta com a
cultura medieval.
B) Iniciado na Península Ibérica, sobretudo por sua forte
tradição urbana, o movimento renascentista afastou-se do
humanismo típico da cultura medieval para enaltecer os
conteúdos religiosos que emergiam com a crise feudal.
C) Leonardo da Vinci, personagem-síntese do
Renascimento, para quem o homem era o modelo do
mundo, notabilizou-se pela atuação diversificada,
destacando-se, na pintura, com Monalisa.
D) A atuação dos mecenas, protetores e financiadores dos
artistas, deu impulso decisivo ao desenvolvimento da arte
renascentista.
33) (Fuvest-2000) Indique e comente quatro elementos da
antigüidade greco-romana presentes ainda hoje no mundo
ocidental.
34) (Vunesp-2002) “... tenho sido, durante muitos anos, um
aderente à teoria de Copérnico. Isto me explica a causa de
muitos fenômenos que são ininteligíveis por meio de teorias
geralmente aceitas. Eu tenho coligido
muitos argumentos para refutar estas últimas, mas eu não
me arriscaria a levá-los à publicação.
Há muito tempo que estou convencido de que a Lua é um
corpo como a Terra. Descobri também uma multidão de
estrelas fixas, a princípio invisíveis, ultrapassando mais de
dez vezes as que se podem ver a olho nu, formando a Via
Láctea.”
(Carta de Galileu a Kepler, 1597.)
Galileu não se arriscava a publicar essas idéias por temer
A) a oposição que sofreria por parte de seus alunos e
colegas da Universidade de Pisa, onde lecionava.
B) ser considerado um plagiador das idéias heliocêntricas
defendidas por Copérnico e por alguns
sábios florentinos.
C) que seus pressupostos geocêntricos contribuíssem para
aumentar as hostilidades contra a Igreja Católica.
D) que seus superiores o expulsassem da Ordem dos
Franciscanos, à qual pertencia desde a adolescência.
E) ser acusado de heresia e ter de enfrentar o poderoso
Tribunal do Santo Ofício, mantido pela Igreja.
35) (Vunesp-2002) Observe e compare as duas figuras
seguintes, uma iluminura, que ilustra um manuscrito do
século
XIII, e a pintura denominada “A Calúnia”, de Sandro
Botticelli, artista florentino do século XV.
a) Como se denomina o período da história da cultura e das
artes no qual Botticelli viveu?
b) Aponte duas diferenças entre a iluminura e a pintura a
óleo, tendo em vista os contextos históricos em que foram
produzidas.
36) (ENEM-2001) O franciscano Roger Bacon foi
condenado, entre 1277 e 1279, por dirigir ataques aos
teólogos, por uma suposta crença na alquimia, na astrologia
e no método experimental, e também por introduzir, no
ensino, as idéias de Aristóteles. Em 1260, Roger Bacon
escreveu:
“Pode ser que se fabriquem máquinas graças às quais os
maiores navios, dirigidos por um único homem, se
desloquem mais depressa do que se fossem cheios de
remadores; que se construam carros que avancem a uma
velocidade incrível sem a ajuda de animais; que sefabriquem máquinas voadoras nas quais um homem (...)
bata o ar com asas como um pássaro. (...) Máquinas que
permitam ir ao fundo dos mares e dos rios”
(apud. BRAUDEL, Fernand. Civilização material,
economia e capitalismo: séculos XV-XVIII,
São Paulo: Martins Fontes, 1996, vol. 3.).
Considerando a dinâmica do processo histórico, pode-se
afirmar que as idéias de Roger Bacon
a) inseriam-se plenamente no espírito da Idade Média ao
privilegiarem a crença em Deus como o principal meio para
antecipar as descobertas da humanidade.
b) estavam em atraso com relação ao seu tempo ao
desconsiderarem os instrumentos intelectuais
oferecidos pela Igreja para o avanço científico da
humanidade.
c) opunham-se ao desencadeamento da Primeira Revolução
Industrial, ao rejeitarem a aplicação da matemática e do
método experimental nas invenções industriais.
d) eram fundamentalmente voltadas para o passado, pois
não apenas seguiam Aristóteles, como também baseavamse na tradição e na teologia.
e) inseriam-se num movimento que convergiria mais tarde
para o Renascimento, ao contemplarem
a possibilidade de o ser humano controlar a natureza por
meio das invenções.
37) (UNICAMP-2001) Em 1566, Copérnico anunciava, em
sua obra Sobre as revoluções das órbitas celestes: “[...] no
primeiro livro descrevo todas as posições dos astros, assim
como os movimentos que atribuo à Terra, a fim de que este
livro narre a constituição geral do Universo”.
(Adaptado de José Gaos, História de nuestra idea del
mundo.
Fondo de Cultura Económica, 1992, p. 146.)
a) Em que a obra de Copérnico significou uma revolução na
forma como se via o mundo comparada à da Idade Média?
b) Como o telescópio, inventado por Galileu em 1610,
ajudava a confirmar as teses de Copérnico?
c) Relacione o estudo da astronomia com as grandes
navegações desse período.
38) (UFSCar-2003)
Observe a figura:

Sobre esta obra, apresentam-se quatro afirmações.


I. Faz parte da arte renascentista européia.
II. Contém uma dimensão de humor e de crítica aos
comportamentos humanos.
III. Narra a história das atividades de trabalho do campo
no início da Idade Média.
IV. Apóia a idéia da Igreja católica de elevação espiritua
humana para os pobres e humildes.
Estão corretas as afirmações:
a) I e II, apenas. b) I, II e IV, apenas.
c) I, III e IV, apenas. d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
39) (UNICAMP-2004) Para as artes visuais florescerem n
Renascimento era preciso um ambiente urbano. Nos séc
XV e XVI, as regiões mais altamente urbanizadas da
Europa Ocidental localizavam-se na Itália e nos Países
Baixos, e essas foram as regiões de onde veio grande pa
dos artistas. (Adaptado de Peter Burke, O Renascimento
Italiano. São Paulo: Nova Alexandria, 1999, p. 64).
a) Cite duas características do Renascimento.
b) De que maneiras o ambiente urbano propiciou a
emergência desse movimento artístico e cultural?
c) Por que as regiões mencionadas no texto eram as mai
urbanizadas da Europa nos séculos XV e XVI?
40) (Vunesp-2005) A obra de Jan van Eyck — O casal
Arnolfini (1434) — revela traços marcantes da pintura
renascentista. Entre esses traços presentes na obra de Jan
van Eyck, pode-se identificar a temática
A) burguesa e o liberalismo.
B) religiosa e os valores greco-romanos.
C) profana e a busca do transcendente.
D) pagã e o cientificismo.
E) profana e a perspectiva.
41) (Vunesp-2005) A obra de Jan van Eyck — O casal
Arnolfini (1434) — revela traços marcantes da pintura
renascentista. Entre esses traços presentes na obra de Jan
van Eyck, pode-se identificar a temática
A) burguesa e o liberalismo.
B) religiosa e os valores greco-romanos.
C) profana e a busca do transcendente.
D) pagã e o cientificismo.
E) profana e a perspectiva.
42) (FUVEST-2006) A personagem Dom Quixote
representava um ideal de vida não mais dominante no
tempo em que Miguel de Cervantes escreveu sua famosa
obra (1605-1615).
a) Explique esse ideal.
b) Por que tal ideal deixou de ser dominante?
43) (IBMEC - SP-2007) Utilize o texto e a figura a seguir
para responder a este teste.

O Corpo Humano: real e fascinante. Este é o título de uma


exposição inaugurada no mês de março na OCA, na capital
paulista. O texto abaixo foi retirado da programação
cultural de um jornal de grande circulação.
“ Reunindo 16 corpos e 225 órgãos verdadeiros, a mostra
revela a crueza da anatomia humana. Dividida em nove
segmentos (para representar cada segmento do organismo),
a exposição começa com a estrutura interna de um
esqueleto, que contém mais de cem juntas. As realizações
do homem na medicina também estão presentes na seção ‘o
corpo tratado’, onde estão próteses de quase todas as partes
do corpo.”
(O Estado de S. Paulo. 13 de abril de 2007)
(Rembrandt “A lição de anatomia do doutor Tulp”, 1632)
Tanto a exposição anunciada pelo texto quanto o quadro de
Rembrandt
a) destacam a relação entre as experiências científicas e as
manifestações religiosas
b) representam a arte contemporânea, caracterizada pela
denúncia contra a banalidade da violência
c) mostram a permanência do interesse sobre o
funcionamento do corpo humano, do Renascimento aos
dias atuais
d) indicam o retrocesso das técnicas médicas relacionadas
ao estudo da anatomia humana
e) podem ser vistas como representações artísticas, não
mantendo vínculos com experimentos científicos
44) (UFTM-2007) O Renascimento cultural teve sua origem
nas mudanças políticas, econômicas e sociais ocorridas a
partir da Baixa Idade Média. Foram transformações dos
padrões de comportamento, das crenças, das instituições,
dos valores espirituais e materiais transmitidos
coletivamente e que atingiram a alta burguesia e a nobreza,
excluindo os demais segmentos da sociedade.
(Myriam Mota e Patrícia Braick, História: das cavernas ao Terceiro
Milênio)
Dentre as transformações a que as autoras se referem, é
correto mencionar
a) a afirmação dos Estados liberais, sob controle da
burguesia, a partir da retomada do estudo do Direito
Romano nas universidades.
b) o desenvolvimento das atividades mercantis, que fez
surgir uma nova camada social interessada em valorizar no
indivíduo e a razão.
c) o fortalecimento da autoridade dos doutores da Igreja
católica, que defendiam a fé como meio de compreensão da
realidade material.
d) a ascensão política das camadas populares, que
questionaram a visão de mundo centrada em Deus e
incentivaram a crítica e a experimentação.
e) a consolidação do sistema fabril, substituindo as
corporações medievais, devido às novas exigências da
economia auto-suficiente.
45) (VUNESP-2007) Todas as coisas humanas têm dois
aspectos... para dizer a verdade todo este mundo não é
senão uma sombra e uma aparência; mas esta grande e
interminável comédia não pode representar-se de um outro
modo. Tudo na vida é tão obscuro, tão diverso, tão oposto,
que não podemos nos assegurar de nenhuma verdade.
(Erasmo de Roterdã, Elogio da loucura.)
Erasmo de Roterdã foi um dos primeiros pensadores a
contribuir para o surgimento da modernidade. Nesse texto,
de 1509, pode-se considerar moderno
a) o elogio da loucura, vista como uma forma sofisticada de
sensibilidade.
b) o caráter obscuro e sombrio da vida, na qual o homem
deve mover-se pela fé.
c) a ausência de verdades absolutas, em contraste com as
verdades do clero.
d) a idéia de que o mundo é uma comédia, e nós homens
devemos nos divertir.
e) a idéia de que o mundo é aparência, mera representação
do plano divino.
46) (Mack-2007) (...) Dante e Maquiavel conheceram o
exílio, Campanella e Galileu foram submetidos a prisão e
tortura, Thomas Morus foi decapitado por ordem de
Henrique VIII, Giordano Bruno e Étienne Dolet foram
condenados à fogueira pela Inquisição, Miguel de Servet foi
igualmente queimado vivo pelos calvinistas de Genebra,
para só mencionarmos o destino trágico de alguns dos mais
famosos representantes do humanismo.
Mesmo as constantes viagens e mudanças de Erasmo de
Rotterdam e de Paracelso, por exemplo, eram em grande
parte motivadas pelas perseguições que lhes moviam seus
inimigos poderosos. Nicolau Sevcenko - O Renascimenmto
A razão para as perseguições aos sábios humanistas,
mencionadas no trecho acima, pode ser encontrada, em suas
linhas gerais,
a) no conflito aberto com a Igreja católica, provocado pelo
ateísmo dos pensadores humanistas, que identificavam, na
sujeição do homem a Deus, um obstáculo ao seu
desenvolvimento pleno.
b) no choque entre, de um lado, o conservantismo de
homens e de instituições ligados à cultura e aos valores
tradicionais e do outro, o alento renovador daqueles que,
inspirados em modelos da Antigüidade, buscavam novas
formas de interpretar o homem e o mundo
c) no temor que tomou conta da nobreza e do clero ante o
perigo de perder suas terras e riquezas, vistas pelos
humanistas como a causa da miséria geral, e, por isso, alvo
das pregações revolucionárias.
d) no perigo que representavam para os reis absolutistas as
obras políticas dos humanistas, como Dante e Maquiavel,
que defendiam um modelo de Estado democrático, não
monárquico e laico.
e) no confronto entre os dogmas cristãos (católicos e
reformados) e o paganismo antigo, sendo este considerado
pelos humanistas como uma religião superior, e que
deveria, por conseqüência, substituir o cristianismo.
47) (ESPM-2007)
As imagens apresentadas devem ser relacionadas a dois
grandes artistas renascentistas. A da esquerda foi obra do
pintor, arquiteto, escultor, mecânico, urbanista, engenheiro,
fisiólogo, químico, botânico, geólogo, cartógrafo, físico,
precursor da aviação, da balística, da hidráulica, da ótica e
da acústica. A da direita foi obra de um artista dotado de
uma versatilidade sem limite, indicado por Bramante para
servir ao Papa Júlio II, em Roma, foi imortalizado como um
dos maiores pintores da Renascença. Assinale entre as
alternativas a que traz, respectivamente, os nomes dos
autores das duas obras:
a) Rafael e Botticelli.
b) Leonardo da Vinci e Rafael.
c) Leonardo da Vinci e Masaccio.
d) Botticelli e Masaccio
e) Giotto e Pieter Brueghel.
48) (FUVEST-2008) Nos séculos XIV e XV, a Itália foi a
região mais rica e influente da Europa. Isso ocorreu devido
à
a) iniciativa pioneira na busca do caminho marítimo para as
Índias.
b) centralização precoce do poder monárquico nessa região.
c) ausência completa de relações feudais em todo o seu
território.
d) neutralidade da península itálica frente à guerra
generalizada na Europa.
e) combinação de desenvolvimento comercial com pujança
artística.
49) (UFSCar-2009) Observe a imagem.
Essa escultura – a Pietà – é uma obra de arte do período
a) clássico romano.
b) medieval.
c) renascentista.
d) barroco.
e) romântico.

50) (FGV-1995) Erasmo de Rotterdam (1467-1536) foi um


dos pensadores mais influentes de sua época, sobretudo
porque em sua obra ELOGIO DA LOUCURA defendeu,
entre outros aspectos:
a) a tolerância, a liberdade de pensamento e uma teologia
baseada exclusivamente nos Evangelhos.
b) a restauração da teologia nos termos da ortodoxia
escolástica, na linha de Tomás de Aquino
c) a reforma eclesiástica da Igreja segundo a proposta de
Savonarola, conforme sua pregação em Florença.
d) o comunismo dos bens, teoria que influenciaria o
pensamento de Rousseau no século XVIII.
e) a supremacia da razão do Estado sobre as regras
definidas nos princípios da moral cristã.
51) (PUC-SP-1995) A Pietà, escultura de mármore de
Michelangelo (1475-1564), foi realizada no fim do século
XV, no contexto do Renascimento. Giorgio Vasari (1511-
1574), um dos mais importantes intérpretes da obra de
Michelangelo, ao falar desta obra, destaca seu refinamento
técnico. O próprio Michelangelo reconheceu a maestria da
Pietà ao gravar, pela primeira vez, sua assinatura na faixa
que atravessa o peito da Virgem. Ainda a propósito dessa
escultura, Vasari comenta:
"Como a mão do artista pôde realizar, de maneira tão
divina, em tão pouco tempo uma obra tão admirável?
Parece um milagre: que uma rocha informe tenha atingido
uma perfeição tamanha que a própria natureza só raramente
a modela na carne."
Paolucci, Antonio. MICHELANGELO.
Florença, ATS. 1993.
A partir do comentário de Vasari, apresente o contexto
histórico em que se insere o Renascimento, as novas
concepções que passaram a orientar a produção artística e
sua relação com a nova visão - humanista - de mundo que
marca esse movimento estético-cultural.
Produza um texto-síntese em que as informações utilizadas
estejam claramente articuladas, contextualizadas e
relacionadas às discussões propostas. A resposta poderá,
ainda, ser profunda por meio do destaque de outras obras e
nomes expressivos do Renascimento.
52) (UNICAMP-1998) Sobre o governo dos príncipes,
Nicolau Maquiavel, um pensador italiano do século XVI,
afirmou:
O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e
religioso, bastando que aparente possuir tais
qualidades.(...) Um príncipe não pode observar todas as
coisas a que são obrigados os homens considerados bons,
sendo freqüentemente forçado, para manter o governo, a
agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião (...). O
príncipe não deve se desviar do bem, se possível, mas deve
estar pronto a fazer o mal, se necessário. (Adaptado de
Nicolau Maquiavel, O Príncipe, em Os Pensadores, São
Paulo, Nova Cultural, 1996, pp. 102-103)
A partir do texto, responda:
a) Qual o maior dever do príncipe?
b) Como o príncipe deveria governar para ter êxito?
c) De que maneira as idéias de Maquiavel se opunham à
moral cristã medieval?
53) (UFBA-1998) A ciência moderna é vasta e muito
complexa. É praticamente impossível adquirir uma visão
atualizada de suas possibilidades totais e talvez por isso
tenha passado a ser encarada com desconfiança. Contudo, a
civilização ocidental encontra-se comprometida com a
crença no valor do progresso cientifico como força atuante
a favor da humanidade. Embora alguns dos maiores perigos
do mundo também sejam fruto do desenvolvimento da
ciência, prevalece a esperança de que virão dela as soluções
viáveis para os nossos grandes problemas.
(ENCICLOPÉDIA. p. 347)
Com base na análise do texto e nos conhecimentos sobre o
papel da ciência e da tecnologia nos diversos momentos da
história, é possível afirmar:
(01) A complexidade da ciência já era percebida pelos
gregos antigos, que, desde então, buscavam a constante
especialização das áreas do saber.
(02) A desconfiança aludida no texto decorre, em parte, da
sobrevivência de traços da hegemonia da Igreja no campo
do conhecimento e da interpretação da natureza, desde a
Idade Média.
(04) A articulação entre conhecimento científico e produção
industrial, a partir do século XIX, resultou na distribuição
equilibrada de seus benefícios entre os diversos segmentos
da sociedade industrial ocidental.
(08) A penetração dos frutos do desenvolvimento científico
ocidental em sociedades ainda periféricas tem contribuído
para a perda da cultura tradicional e conseqüente
desintegração das estruturas sociais até então vigentes.
(16) Um dos perigos aludidos no texto relaciona-se com a
utilização descontrolada dos componentes da energia
atômica tanto por governos, quanto por empresas, ou
mesmo por cidadãos despreparados ou negligentes.
(32) A esperança expressa no texto quanto aos benefícios
do conhecimento científico na solução dos problemas da
humanidade tem sido dificultada pela ganância e violência
de governos de países ricos e pela tolerância ou
cumplicidade de países pobres.
Marque como resposta a soma dos itens corretos.
54) (UFRS-1998) Relacione as obras renascentistas com os
seus autores.
1. Dante Allighieri
2. Rabelais
3. Copérnico
4. Montaigne
5. Erasmo de Rotterdam
( ) Gargântua e Pantagruel
( ) O Elogio da Loucura
( ) Ensaios
( ) A Divina Comédia
( ) As Revoluções dos Orbes Celestes
A seqüência numérica correta, de cima para baixo, na
coluna da direita, é
A) 5 - 4 - 3 - 2 - 1
B) 2 - 5 - 4 - 1 - 3
C) 1 - 2 - 3 - 4 - 5
D) 5 - 2 - 1 - 3 - 4
E) 3 - 1 - 2 - 4 - 5
55) (FUVEST-2007) Das três seguintes formulações —
primeiro, a de Copérnico, a terra não é o centro do
mundo, depois a de Darwin, não nascemos de Deus
mas viemos do macaco, e, por último, a de Freud, não
somos senhores de nossa própria consciência —
pode-se dizer que
a) contribuem para tornar o homem cada vez mais confiante
e orgulhoso de sua infalibilidade e perfeição.
b) constituem os fundamentos da modernidade e desfecham
golpes profundos na pretensão do homem de ser o centro do
universo.
c) fortalecem a posição científica dos que criticam esses
pressupostos, tendo em vista sua falta de fundamentação
empírica.
d) perdem cada vez mais credibilidade com o avanço
científico proporcionado pela astronomia, biologia e
psicologia.
e) harmonizam-se com as concepções dos que defendem a
tese criacionista, ou que propõem um desenho inteligente
sobre a criação do universo.
56) (UFV-2005) Observe a figura abaixo:

A Leiteira (c.1658-1660), de Johannes Veermer, é uma das


obras-primas da pintura holandesa do século XVII, que
gradativamente define um estilo próprio, representando
com austero realismo cenas familiares, paisagens urbanas,
situações da vida cotidiana e retratos de pessoas comuns. A
vida urbana e comercial é o cenário dessa nova forma de
representação do mundo, que caracteriza a cristalização de
uma cultura burguesa. Das características abaixo, assinale
aquela que NÃO se aplica à cultura burguesa urbana da era
moderna.
a) A estética barroca, caracterizada por uma representação
do mundo saturada de excessos e movimento.
b) A atribuição de valor moral ao trabalho honesto e
disciplinado, com raízes na religião reformada.
c) O profundo desprezo pelas classes populares,
consideradas como dissolutas e avessas ao trabalho.
d) A vida doméstica centrada na definição de uma esfera
privada restrita à família nuclear.
e) A aversão ao complexo jogo de etiqueta e honra da
sociedade de corte e dos aristocratas em geral.
57) (Mack-2001) Renascimento é a denominação usual para
as mudanças de caráter cultural ocorridas nos países
europeus durante o período que vai, aproximadamente, de
1300 a 1650. No campo das ciências e das artes podemos
considerar como expressões desse período os trabalhos de:
a) René Descartes, Ludwig van Beethoven e Thomas
Malthus.
b) Augusto Comte, Adam Smith e Igor Stravinsky.
c) Fillippo Marinetti, Luigi Russolo e R. Colligwood.
d) Johann Kepler, Josquin des Prés e William Shakespeare.
e) Richard Wagner, Georg Wilhelm Hegel e Francisco
Goya.

EXERCÍCIO DE HISTÓRIA SOBRE A CONTRA REFORMA


1) (Vunesp-1998) "O Pai e o Filho vêm a um homem e nele
fazem sua morada, se ele amar Jesus Cristo (São João, XV,
23). Daí resulta a necessidade das obras porque o amor, a
caridade só se manifesta pelas obras (São João, XIV, 21;
Mateus, VII, 21), são obras que contam e Deus dará a cada
um segundo suas obras." (Roland Mousnier, Os séculos
XVI e XVII. In História Geral das Civilizações.)
A importância do acúmulo gradual de boas obras para a
salvação da alma é uma concepção:
a) luterana.
b) católica.
c) sunita.
d) jansenista.
e) anabatista.
2) (Fuvest-2000) Em 1748, Benjamin Franklin escreveu os
seguintes conselhos a jovens homens de negócios:
“Lembra-te que o tempo é dinheiro… Lembra-te que o
crédito é dinheiro… Lembra-te que
o dinheiro é produtivo e se multiplica… Lembra-te que,
segundo o provérbio, um bom
pagador é senhor de todas as bolsas… A par da sobriedade
e do trabalho, nada é mais
útil a um moço que pretende progredir no mundo que a
pontualidade e a retidão em
todos os negócios”.
Tendo em vista a rigorosa educação religiosa do autor,
esses princípios econômicos foram usados
para exemplificar a ligação entre:
a) protestantismo e permissão da usura
b) anglicanismo e industrialização
c) ética protestante e capitalismo
d) catolicismo e mercantilismo
e) ética puritana e monetarismo.
3) (Vunesp-2001) “O tempo das descobertas foi, ainda, o
tempo de Lutero, Calvino, Erasmo, Thomas Morus,
Maquiavel, … Leonardo da Vinci, Michelangelo, Van
Eyek, da Companhia de Jesus…”
(Adauto Novaes, Experiência e destino.)
O período e os nomes citados no texto correspondem a:
A) cultura do Renascimento científico e artístico italiano,
política Iluminista e Humanista e Contrareforma religiosa.
B) cultura Iluminista e Renascentista, política do
Absolutismo Real e Reforma Presbiteriana.
C) cultura do Renascimento e Humanismo, política
Absolutista, Reforma e Contra-reforma.
D) cultura do Renascimento e do Iluminismo, reformas da
política Absolutista e difusão do paganismo.
E) cultura do Renascimento artístico e científico,
Despotismo Esclarecido e políticas de liberdade religiosa.
4) (UFMG-1997) A Reforma Religiosa do século XVI teve
como desdobramento:
a) a consolidação do poder dos príncipes do Império
Germânico.
b) a constituição de mais de uma igreja cristã no ocidente.
c) a divisão da Igreja em ramos: Ortodoxo e Romano.
d) a subordinação da Igreja Católica ao Estado.
5) (Uneb-1997) O anglicanismo é a religião oficial da
monarquia inglesa nos dias atuais.
Essa afirmativa encontra explicação no século XVI,
quando:
1) o luteranismo se expandiu na Inglaterra.
2) Henrique VIII propiciou a reforma religiosa no país.
3) o Papa apoiou a organização da igreja anglicana.
4) o crescente enfraquecimento político da monarquia
inglesa ocorreu.
5) os Reis Católicos ameaçaram a manutenção das relações
entre Espanha e Inglaterra.
6) (Mack-2003) “Para recusar a autoridade papal, Henrique
VIII usou o parlamento. Ele sabia que sem o apoio dos
nobres, da pequena nobreza rural e dos comerciantes, não
poderia modificar as práticas religiosas. Foi o Parlamento
reunido que acatou a idéia do monarca de que o papa era o
chefe de uma potência estrangeira interferindo nos assuntos
da Inglaterra…”
Oficina de História — Flavio de Campos e Renan Garcia
Miranda
O fragmento de texto acima está relacionado com:
a) a aprovação do Ato de Supremacia, que determinou que
o rei passaria a ser o chefe da igreja inglesa.
b) a decretação da Guerra das Duas Rosas, que acabou
somente com a prisão do papa, após a vitória das forças
anglicanas.
c) a implantação do divórcio, que permitiu a anulação do
casamento de Henrique VIII com Elizabeth I.
d) a submissão do poder do Rei às leis aprovadas no
Parlamento, princípio que foi estabelecido pela Carta
Magna.
e) a paz de Augsburgo, que estabelecia que a religião do
país passaria a ser a regilião do rei ou príncipe que estivesse
governando a Inglaterra na ocasião.
7) (ENEM-2003) Jean de Léry viveu na França na segunda
metade do século XVI, época em que as chamadas guerras
de religião opuseram católicos e protestantes. No texto
abaixo, ele relata o cerco da cidade de Sancerre por tropas
católicas.2 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
(...) desde que os canhões começaram a atirar sobre nós
com maior freqüência, tornou-se necessário que todos
dormissem nas casernas. Eu logo providenciei para mim
um leito feito de um lençol atado pelas suas duas pontas e
assim fiquei suspenso no ar, à maneira dos selvagens
americanos (entre os quais eu estive durante dez meses) o
que foi imediatamente imitado por todos os nossos
soldados. de tal maneira que a caserna logo ficou cheia
deles. Aqueles que dormiram assim puderam confirmar o
quanto esta maneira é apropriada tanto para evitar os
vermes quanto para manter as roupas limpas (...).
Neste texto, Jean de Léry
a) despreza a cultura e rejeita o patrimônio dos indígenas
americanos.
b) revela-se constrangido por ter de recorrer a um invento
de “ selvagens”.
c) reconhece a superioridade das sociedades indígenas
americanas com relação aos europeus.
d) valoriza o patrimônio cultural dos indígenas americanos,
adaptando-o às suas necessidades.
e) valoriza os costumes dos indígenas americanos porque
eles também eram perseguidos pelos católicos.
8) (Fuvest-1997) Sobre a Reforma religiosa, do século XVI,
é correto afirmar que:
a) nas áreas em que ela penetrou, obteve ampla adesão em
todas as camadas da sociedade.
b) foi um fenômeno tão elitista quanto o Renascimento,
permanecendo afastada das massas rurais e urbanas.
c) nada teve a ver com o desenvolvimento das modernas
economias capitalistas.
d) fundamentou-se nas doutrinas da salvação pelas obras e
na falibilidade da Igreja e da Bíblia.
e) acabou por ficar restrita à Alemanha luterana, à Holanda
calvinista e à Inglaterra anglicana.
9) (Mack-1997) O Rei Henrique VIII, aclamado defensor da
fé pela Igreja Católica, rompeu com o Papa Clemente VII
em 1534, por:
a) opor-se ao Ato de Supremacia que submetia a Igreja
Anglicana à autoridade do Papa.
b) rever todos os dogmas da Igreja Católica, incluindo a
indissolubilidade do sagrado matrimônio, através do Ato
dos Seis Artigos.
c) aceitar as 95 teses de Martinho Lutero, que denunciavam
as irregularidades da Igreja Católica.
d) ambicionar assumir as terras e as riquezas da Igreja
Católica e enfraquecer sua influência na Inglaterra.
e) defender que o trabalho e a acumulação de capital são
manifestações da predestinação à salvação eterna como
professava Santo Agostinho.
10) (FGV-1998) Para reagir contra a expansão da Reforma
Protestante na Europa, o papa Paulo III, em 1545, convocou
o Concílio de Trento, marco da Contra-reforma. Qual dos
fatos abaixo não foi resultado desse Concílio:
A) Reorganização do Tribunal do Santo Ofício, para julgar
o cumprimento correto dos dogmas e procedimentos
católicos;
B) Criação do Catecismo, para facilitar o aprendizado da
Doutrina e, um Missal, para dotar os padres de um roteiro
para a missa;
C) Proibição da acumulação de paróquias e bispados pelos
mesmos religiosos;
D) Repúdio à idolatria, negando a adoração de estátuas;
E) Criação de seminários obrigatórios em cada diocese,
para formação de padres.
11) (UFSCar-2001) O calvinismo, doutrina constituída no
século XVI europeu, foi tributário, em muitos aspectos, dos
princípios elaborados por Santo Agostinho, sobretudo
aquele que reafirma
A) o automartírio da carne como meio de purificação dos
pecados.
B) a necessidade da concessão da graça divina para a
salvação dos homens.
C) a superioridade do poder religioso sobre os negócios do
Estado.
D) a necessidade de obras meritórias e santas para a
salvação das almas.
E) a autoridade da instituição religiosa na absolvição dos
pecados humanos.
12) (PUCCamp-1995) O Calvinismo foi:
a) a doutrina que sintetizou as idéias dos reformadores que
a antecederam, formulando o campo protestante em torno
dos princípios do cesaropapismo e culto dos santos.
b) apenas um prolongamento das idéias preconizadas por
Lutero, que admitia que o Príncipe, além de exercer poder
civil absoluto, devia vigiar e governar, por direito divino, a
Igreja cristã.
c) um movimento originário na Suíça, como resultado de
convulsões sociais locais, que revelavam uma manifestação
de rebeldia contra as taxas cobradas pela Igreja e sobre a
liberação da prática do divórcio.
d) o resultado das preocupações pessoais de Ulriko
Zwinglio e dos problemas relacionados com o celibato
clerical.
e) a mais extremada seita protestante em relação ao
Catolicismo e a mais próxima das questões levantadas, em
termos éticos, pelo rápido desenvolvimento do capital
comercial e financeiro.
13) (UFMG-1995) Todas as alternativas contêm objetivos da
política da Igreja Católica, esboçada
durante o Concílio de Trento, EXCETO:
a) A expansão da fé cristã.
b) A moralização do clero.
c) A reafirmação dos dogmas.
d) A perseguição às heresias.3 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
e) O relaxamento do celibato.
14) (UFMG-1994) Todas as alternativas contêm pregações
dos protestantes à época da Reforma, EXCETO:
a) "Deus chama cada um para uma vocação cujo objetivo é
a glorificação de Deus.(...). O pobre é suspeito de preguiça,
que é uma injúria a Deus."
b) "Não nos tornamos justos à força de agir com justiça,
mas é porque somos justificados que fazemos coisas
justas."
c) "O Rei é o supremo chefe da Igreja. Tem todo poder de
examinar, reprimir, corrigir erros, heresias, a fim de
conservar a paz do Reino."
d) "Pois Deus criou os homens todos em condições
semelhantes, mas ordena uns à vida eterna e outros à eterna
danação."
e) "Trazei o dinheiro! Salvai nossos antepassados! Assim
que tilintar em nossa sacola, suas almas passarão
imediatamente ao paraíso."
15) (UFPE-1996) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos
parêntesses a letra (V) se a afirmativa for verdadeira ou F)
se for falsa.
Assinale V ou F.
Com relação à Reforma Protestante pode-se afirmar:
( ) a doutrina calvinista, exaltando o trabalho e
desprezando o lazer e o luxo, foi a grande alavanca na
direção do capitalismo;
( ) tanto Frei Martinho Lutero como o monge dominicano
Tetzel defendiam as indulgências papais como forma de
perdão dos pecados na Terra e no céu;
( ) o parlamento inglês apoiou Henrique VIII no
rompimento com a Igreja de Roma e aprovou, em 1534, o
Ato de Supremacia que mantinha a Igreja de Inglaterra sob
a autoridade do Rei, surgindo a Igreja Nacional Anglicana
independente de Roma;
( ) com o objetivo de evitar a expansão da Reforma, a
Igreja Católica reagiu com o movimento da ContraReforma;
( ) o movimento reformista na Alemanha funcionou como
um fator de unidade nacional, provocando a unidade dos
estados do Sul com os estados do Norte.
16) (UFRN-1997) O início da Reforma Protestante do século
XVI bem como a sua expansão estão ligados a uma série de
circunstâncias doutrinárias, religiosas e políticas.
Qual dos fenômenos abaixo não é causa da Reforma?
a) Os abusos dos tribunais da Inquisição que serviram nas
mãos dos reis espanhóis para a eliminação de seus
opositores em matéria política e econômica.
b) As críticas de Wycliffe e Huss a alguns dogmas e
práticas da Igreja medieval, que os condenou como
heréticos.
c) O despretígio do Papado pelo excesso de participação no
poder temporal e nas questões italianas.
d) A cobiça dos bens da Igreja, os quais, acumulados em
muitos séculos, tornaram essa entidade a mais rica da
Europa.
e) A venda ou atribuição indevida de cargos eclesiáticos e o
fausto da Corte pontifícia, implicado uma aparente negação
do Cristianismo.
17) (UEPA-2001) Que coragem afinal é a dele, o Dr. Patinha
de Gato, o novo Papa de Wittemberg, o Dr. Cadeira de
Balanço, o amante dos banhos de sol? Ah, ele afirma que
não deve haver revolta porque a espada foi entregue por
Deus aos governantes. Mas o poder da espada pertence a
toda a comunidade!
As pregações de Münzer gozaram de popularidade nas
comunidades rurais, isto porque:
a) as idéias reformistas defendidas por Lutero condenavam
a exploração feudal dos camponeses
alemães.
b) a condenação a propriedade privada e a defesa da
igualdade entre os homens atendiam os
anseios dos camponeses.
c) a nobreza alem„ protegia os reformadores que tinham um
discurso contra as propriedades da
Igreja.
d) os camponeses eram luteranos e apoiavam os ideais da
reforma proposta por Münzer.
e) a reforma na Alemanha teve um caráter social baseado
no discurso da igualdade e da
fraternidade.
18) (Fuvest-2005) “Depois que a Bíblia foi traduzida para o
inglês, todo homem, ou melhor, todo rapaz e toda rapariga,
capaz de ler o inglês, convenceram-se de que falavam com
Deus onipotente e que entendiam o que Ele dizia”. Esse
comentário de Thomas Hobbes (1588-1679)
a) ironiza uma das conseqüências da Reforma, que levou ao
livre exame da Bíblia e à alfabetização dos fiéis.
b) alude à atitude do papado, o qual, por causa da Reforma,
instou os leigos a que não deixassem de ler a Bíblia.
c) elogia a decisão dos reis Carlos I e Jaime I, ao permitir
que seus súditos escolhessem entre as várias igrejas.
d) ressalta o papel positivo da liberdade religiosa para o
fortalecimento do absolutismo monárquico.
e) critica a diminuição da religiosidade, resultante do
incentivo à leitura da Bíblia pelas igrejas protestantes.
19) (FGV-2005) É comum referir-se ao calvinismo como a
religião do capitalismo, pois essa crença
A) defendia que o trabalho deveria ser valorizado, que o
comércio não deveria ser condenado, além de concordar
com a cobrança de juros.
B) acreditava que o comércio das coisas sagradas, como os
cargos eclesiásticos e as indulgências, traria benefícios para
os fiéis e para a sociedade.4 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
C) apresentava doutrina que relacionava a salvação eterna
do fiel com a freqüência aos cultos, com a presença da fé e
das obras de caridade.
D) preconizava o comércio como uma atividade voltada
para o sagrado; assim, grande parte do lucro obtido deveria
ser doado para os templos religiosos.
E) praticava a cobrança de todos os sacramentos,
especialmente do batismo e da confissão, além do
pagamento do dízimo eclesiástico.
20) (UNIFESP-2004) Se um homem não trabalhar, também
não comerá.
Estas palavras de São Paulo, o Apóstolo, são mais
condizentes com a ética do
A) catolicismo medieval.
B) protestantismo luterano.
C) protestantismo calvinista.
D) catolicismo da Contra-refoma.
E) anglicanismo elisabetano.
21) (Covest-1997) As reformas religiosas do século XVI
não apenas romperam a unidade do cristianismo no
ocidente mas modificaram as estruturas eclesiásticas e a
doutrina da salvação. Sobre essas reformas podemos
afirmas:
Assinale V ou F.
( ) Os luteranos entendiam a reforma como restauração do
verdadeiro cristianismo contra a laicização da reforma de
Roma.
( ) A Reforma Anglicana em 1534, pelo Ato de
Supremacia de Henrique VIII, criou uma Igreja Nacional na
Inglaterra, modificando o culto religioso.
( ) Calvino tornou o culto mais complexo, condenou a
doutrina da predestinação e recusou sacramentos como o
batismo e a comunhão.
( ) A Contra-Reforma católica definiu medidas de combate
aos protestantes: criou colégios destinados ao ensino dos
jovens, difundiu a catequese entre os povos não cristãos e
conteve o protestantismo utilizando os tribunais da
Inquisição.
( ) Do Concílio de Trento saiu uma Igreja reformada e
modernizada. A autoridade papal foi diminuída e a doutrina
tradicional da salvação competente negada com a criação
do Catecismo e do Missal.
22) (Fatec-1996) O Concílio de Trento, uma das medidas da
Reforma Católica, cujo objetivo era enfrentar o avanço das
idéias protestantes, apresentou uma série de decisões para
assegurar a unidade da fé católica. Entre essas decisões, a
de:
a) favorecer a interpretação individual da Bíblia de acordo
com seus princípios fundamentais.
b) adotar uma atitude mais liberal com relação aos livros
religiosos, o que fez com que diminuísse a censura
medieval.
c) criar uma comissão com o intuito de melhorar o
relacionamento com os povos não cristãos.
d) estabelecer um corporação para o Sacro Colégio, pois,
dessa forma, todas as nações cristãs estariam aí
representadas.
e) estimular a ação das ordens religiosas em vários setores,
principalmente no educacional.
23) (UFMG-1998) O Concílio de Trento foi a resposta
institucional da Igreja Católica à Reforma Protestante. Duas
instituições da Igreja Católica desempenharam papel crucial
nesse contexto - o Tribunal do Santo Ofício e a Companhia
de Jesus.
Explique o papel que cada uma dessas instituições
desempenhou nesse contexto:
Caracterize a atuação de cada instituição na colônia
brasileira:
24) (Fuvest-2001) Antes de o luteranismo e calvinismo
surgirem, no século XVI, e romperem com a unidade do
cristianismo no ocidente, houve, na Baixa Idade Média,
movimentos heréticos importantes, como o dos cátaros e
dos hussitas, que a Igreja Católica conseguiu reprimir e
controlar.
Explique:
a) como a Igreja Católica conseguiu dominar as heresias
medievais?
b) por que o luteranismo e o calvinismo tiveram êxito?
25) (Vunesp-2001) No decorrer dos séculos XVI e XVII, as
lutas religiosas na Europa provocaram a separação entre os
cristãos, tendo como conseqüências muitos conflitos
políticos e sociais. Está associada a esse movimento
religioso:
A) a colonização de parte do território do que são,
atualmente, os Estados Unidos.
B) a independência das colônias americanas.
C) a instalação da Inquisição nas colônias espanholas.
D) a expulsão dos jesuítas das colônias portuguesas.
E) a ação dos missionários contra a escravidão indígena.
26) (Mack-2002) O Ato de Supremacia, promulgado em
1534 pelo monarca inglês Henrique VIII (1509-1547), foi
decisivo para:
a) suprimir os direitos e obrigações feudais.
b) restaurar o catolicismo na Inglaterra.
c) a colonização da América do Norte.
d) promover a reforma anglicana.
e) acabar com as guerras religiosas.
27) (UFC-1998) Podemos relacionar a origem dos conflitos
da Irlanda do Norte com:
a) as diferenças religiosas entre católicos e protestantes
sobre passagens das Sagradas Escrituras;
b) as profundas diferenças na reinterpretação das idéias de
Lutero;
c) as discordâncias quanto à divisão do território irlandês
entre católicos ingleses e protestantes irlandeses;
d) a reação dos irlandeses à introdução das formas
capitalistas de produção em um país marcadamente feudal;
e) a tomada de terras de católicos e entrega das mesmas a
protestantes quando da ocupação da Irlanda por Cromwell.
28) (UFRS-1998)
Observe o mapa:

Em 1563, quando se encerra o Concílio de Trento, o


panorama político-religioso da Europa apresenta-se
conforme o mapa acima. Relacione os grupos religiosos
listados abaixo com as áreas de sua maior influência, de
acordo com a numeração constante no mapa:
( ) católicos romanos
( ) reformados anglicanos
( ) reformados luteranos
( ) reformados calvinistas
( ) cristãos ortodoxos
A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de
cima para baixo, é:
A) 4 - 3 - 2 - 1 - 5
B) 5 - 1 - 3 - 2 - 4
C) 3 - 1 - 2 - 4 - 5
D) 1 - 2 - 4 - 5 - 3
E) 3 - 4 - 5 - 2 - 1
29) (UNICAMP-2000)
A caricatura abaixo, entitulada ‘‘A
besta papal de sete cabeças’’, de 1530, representa o papa e a
hierarquia eclesiástica sob uma cruz na qual está escrito, em
alemão: ‘‘por dinheiro, uma bolsa de indulgências’’.
Caricaturas como esta e outras semelhantes foram
impressas e circularam amplamente na Europa nessa época.
a) Que movimento religioso essa caricatura representa e
qual a sua crítica à Igreja católica?
b) Qual o papel da imprensa na difusão desse movimento?
30) (UFSCar-2005) Antônio Correa era bufarinheiro ou
vendedor de miudezas no Peru. Acusaram-no de apóstata
porque, tendo sido batizado, praticava a lei de Moisés: era
judaizante porque rezava os Salmos de Davi sem o gloria
Patri; era judeu porque guardava os sábados; era rebelde
porque possuía uma Bíblia em romance; era fautor de
hereges porque, em viagem que fez a Huancavelica, rezava
certas orações que, segundo ele, tinham o dom de afastar
qualquer perigo, e aconselhava a seus companheiros que o
imitassem. (...) preparava-se já a Inquisição para lançá-lo à
fogueira, quando o réu se manifestou tão contrito que o
Tribunal dele se apiedou, limitando-se a condená-lo
ao uso do sambenito por três anos, com a obrigação, de nos
dias de festa, ouvir missa solene na Catedral de Lima, além
de outras práticas piedosas.
(Ricardo Palma, relatando processo do século XVII em Lima, citado
por José Antônio Lavalle.)
a) Indique o contexto histórico abordado no texto.
b) A partir do texto, indique dois exemplos de
acusações freqüentemente utilizadas em processos
semelhantes.
31) (UFBA-2005) Os Movimentos Sociais constituíram um
fenômeno presente em todos os momentos da história da
humanidade. Alguns desses movimentos influíram na Legislação, no Direito e na distribuição do Poder.
Responda
a essas questões a partir da leitura do texto a seguir.
O que se chama movimento social, nada mais é do que o
aparecimento, no reino dos acontecimentos, das forças
sociais, umas submersas nas categorias da prática social e
as outras freqüentemente presas no silêncio e no proibido.
Não é fácil para a História e para o sociólogo restituir a
palavra dos que nunca a tiveram, dos que não gravaram
inscrições, lembranças e manuscritos, daqueles cujos
arautos foram enforcados, crucificados ou consumidos por
privações sem que nenhum memorialista o relate. Daí o
interesse dos mergulhos, hoje possíveis, na história dos
colonizados, de suas recusas, de suas revoltas, de seus
sonhos. O movimento social se define pelo confronto de
interesses opostos para controlar forças de desenvolvimento
e do campo de experiência histórica de uma sociedade. Não
é possível falar de um movimento social se não se pode, ao
mesmo tempo, definir o contramovimento ao qual ele se
opõe. O movimento operário só é um movimento social se,
além das reivindicações contra as crises da organização
social e das pressões para a negociação, ele coloca em
causa a dominação da classe dirigente. (TOURAINE. In:
FORACCHI ; MARTINS, 1980, p. 344- 345; 356).
A revolta camponesa ocorrida na Alemanha reformista, no
século XVI, caracteriza-se como um “contramovimento”
ocorrido no interior do movimento social que envolveu o
protestantismo, a nobreza alemã e o campesinato daquela
região. Indique duas razões que justifiquem essa
afirmativa.
32) (UNIFESP-2008) Com a Reforma e a Contra-Reforma,
os dois protagonistas principais de uma e de outra foram
Calvino e Inácio de Loyola.
Comente o papel e a importância de
a) Calvino para o protestantismo.
b) Inácio de Loyola para o catolicismo.
33) (Mack-2008) Considere o texto abaixo e as afirmações
I, II, III, IV e V.
“(…) 6. O papa não tem o poder de perdoar culpa, a não ser
declarando ou confirmando que ela foi perdoada por Deus;
ou, certamente, perdoados os casos que lhe são reservados.
Se ele deixasse de observar essas limitações, a culpa
permaneceria.
(…) 21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que
afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas
indulgências do papa.
(…) 52. Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de
indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o
próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.”
teses 6, 21 e 52 das “95 Teses” de Wittenberg —
1º/10/1517
I. A salvação do homem não depende de suas obras,
mas é alcançada por sua fé.
II. O pão e o vinho não se transformam no sangue e
no corpo de Cristo. A comunhão é a reafirmação da fé na
ressurreição de Cristo.
III. A veneração e o culto devem ser prestados
somente a Deus. A adoração de imagens de santos e santas
constitui idolatria.
IV. A Igreja tem, no bispo de Roma, cuja palavra é
infalível, sua máxima autoridade.
V. A interpretação das Sagradas Escrituras é
privilégio da Igreja, fonte única da verdade.
Pertencem à doutrina da religião reformada, em cujas
origens desempenhou um papel fundamental o documento
acima,
a) apenas I, II e III.
b) apenas II, III e IV.
c) apenas I, II , IV e V.
d) apenas III, IV e V.
e) I, II, III, IV e V.
34) (VUNESP-2010) Segundo Samuel Huntington, a política
mundial está sendo reconfigurada seguindo linhas culturais
e civilizacionais, nas quais o papel das religiões é muito
importante.
Correlacione as duas colunas:
Religiões Países
1. Hinduísmo a. Egito
2. Protestantismo b. México
3. Islamismo c. Índia
4. Catolicismo d. Estados Unidos
Os países e suas respectivas religiões predominantes são:
a) 1b, 2c, 3a e 4d.
b) 1c, 2a, 3d e 4b.
c) 1b, 2c, 3d e 4a.
d) 1c, 2d, 3a e 4b.
e) 1b, 2d, 3c e 4a.
35) (UFES-1997) A Contra-Reforma ou Reforma Católica
foi uma reação organizada da Igreja para fazer frente aos
movimentos reformistas protestantes. A Inquisição foi um
dos instrumentos principais dessa reação.
Analise a Inquisição no contexto da Contra-Reforma, com
ênfase nos aspectos:
a) religioso;
b) científico-cultural.
36) (UNICAMP-1996) "Embora a origem da Reforma de
Lutero se deva a uma experiência pessoal, ela refletiu, na
verdade, o estado de espírito comum a muitos seguidores da
Igreja Romana. De fato, a iniciativa da livre interpretação
da Bíblia deve ser compreendida como mais uma das
muitas manifestações típicas do individualismo do homem
renascentista."
(Carmem Peris, Glória Vergés, EL RENACIMIENTO.
Barcelona: Parramón Ediciones, s/d, p.32)
a) Quais foram as relações culturais da Reforma Protestante
com o Renascimento?
b) Por que a livre interpretação da Bíblia era criticada pelo
alto clero medieval?
37) (UNICAMP-1997) No dia 31 de outubro de 1517,
Martinho Lutero, professor de teologia da Universidade de Wittemberg, afixou na porta de uma igreja
daquela cidade
um documento em que eram expostas noventa e cinco teses.
(Baseado em Elton, G.R., Historia de Europa, México,
Siglo Veintiuno, 1974, p.2.)
a) Que processo histórico o gesto de Lutero inaugurou?
b) Cite duas práticas adotadas pela igreja católica
condenadas por Lutero.
c) Por que se considera que esse processo histórico acabou
facilitando o desenvolvimento do capitalismo?
38) (UERJ-1998) Criada no período da Reforma Católica do
século XVI, a Companhia de Jesus teve papel
preponderante na expansão da religião católica, tanto no
campo europeu, quanto nas missões do norte da África, da
Ásia e da América. No Brasil, a chegada dos jesuítas (1549)
inaugurou um novo período de conquista espiritual, em
virtude, entre outros aspectos, da atuação de seus padres
junto aos indígenas e aos colonos.
A) Caracterize a atuação dos jesuítas em relação aos
colonos no Brasil.
B) Cite duas outras ações da Igreja Católica em seus
esforços para conter a Reforma Protestante do século XVI.
39) (UNICAMP-2001) Observe a figura abaixo de Pedro
Berruguete, do final do século XV, retratando um auto-defé.
Fonte: Francisco Bethencourt, História das Inquisições,
Lisboa, Círculo de Leitores, 1994.

a) Identifique, na imagem, os personagens que participam


de uma cerimônia pública da Inquisição.
b) Explique por que as ações da Inquisição se davam por
meio de cerimônias públicas.
c) Caracterize a atuação da Inquisição no Brasil colonial.
40) (Fuvest-2004) A imprensa de tipos móveis de madeira
foi inicialmente uma invenção chinesa do século XI.
Posteriormente, em meados do século XV, a imprensa foi
introduzida, com modificações, na Europa, difundindo-se a
produção de livros religiosos e, logo depois, de livros de
literatura, de poesia e de viagens, tudo isto com
extraordinária rapidez.
Considerando o texto, indique:
a) Como e por quem eram transmitidos os conhecimentos
escritos antes da introdução da imprensa na Europa
medieval?
b) Uma transformação decorrente da difusão da imprensa
na Europa entre os séculos XVI e XVIII.
41) (UNICAMP-2004) Como muitos indivíduos da Europa
seiscentista, tanto católicos como protestantes, padre
Antônio Vieira acreditava firmemente que os livros
proféticos do Antigo Testamento podiam ser, em grande
parte, interpretados em termos do presente real e do futuro
imediato. Assim como vários de seus contemporâneos
puritanos ingleses, padre Antônio Vieira concentrou-se
mais no Antigo Testamento do que no Novo Testamento.
(Adaptado de C. R. Boxer, O Império Marítimo Português.
1415-1825. Lisboa: Eds. 70, s/d, p. 355).
a) A partir do texto, indique um uso da leitura do Antigo
Testamento entre os séculos XV-XVII.
b) Nomeie quatro processos históricos relacionados a
conflitos religiosos ocorridos nos séculos XVI e XVII na
Europa e na América.
42) (VUNESP-2006) Thomas Münzer liderou os anabatistas,
camponeses que inspirados nas teses luteranas passaram a
confiscar terras, inclusive da nobreza, rompendo com a
estrutura feudal.
A atitude de Lutero, propositor da Reforma, frente ao
anabatismo foi de
A) apoio, pois via nos seus seguidores os que mais se
aproximavam de seu ideal religioso.
B) oposição, pois via neles uma ameaça à ordem que seus
protetores da nobreza defendiam.
C) apoio, pois via neles um instrumento para a derrota
definitiva dos defensores de Roma.
D) oposição, pois via na violência de suas ações a
manifestação dos ensinamentos do papado.
E) apoio, pois ao confiscarem as terras destruíam as bases
do Sacro Império, maior inimigo de Lutero.
43) (UNIFESP-2008) No século XVI, nas palavras de um
estudioso, “reformar a Igreja significava reformar o mundo,
porque a Igreja era o mundo”. Tendo em vista essa
afirmação, é correto afirmar que
a) os principais reformadores, como Lutero, não se
envolveram nos desdobramentos políticos e
socioeconômicos de suas doutrinas. b) o papado, por estar consciente dos desdobramentos da
reforma, recusou-se a iniciá-la, até ser a isso obrigado por
Calvino.
c) a burguesia, ao contrário da nobreza e dos príncipes,
aderiu à reforma, para se apoderar das riquezas da Igreja.
d) os cristãos que aderiram à reforma estavam preocupados
somente com os benefícios materiais que dela adviriam.
e) o aparecimento dos anabatistas e outros grupos radicais
são a prova de que a reforma extrapolou o campo da
religião.
44) (UFPR-1999) " ... eles levaram adiante seus desígnios e
se puseram a usar de violência. Esquecendo sua promessa,
saquearam e atacaram como cães furiosos ...
" (DUPÂQUIER, J. e LACHIVER, M. Les Temps
Modernes. Paris: Bordas, 1970 p. 49. In: AQUINO, R. S. L.
de et alii. História das Sociedades: das sociedades modernas
às sociedades atuais. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico,
1988, p. 82)
Com essas palavras, Martinho Lutero condenava as revoltas
camponesas no Sacro Império Romano-Germânico,
iniciadas em 1524. Esse movimento na região da Alemanha
pode ser associado
(1) à sujeição econômica que os mosteiros e bispados
impunham às populações rurais e urbanas do Sacro Império
Romano-Germânico.
(2) ao interesse da nobreza alemã em se apropriar das
grandes propriedades fundiárias da Igreja Católica no Sacro
Império Romano-Germânico.
(4) à aliança estabelecida entre os camponeses e os
senhores feudais, visando à transferência dos direitos de
propriedade da terra aos habitantes do campo.
(8) à aliança feita entre Martinho Lutero e o imperador
Carlos V, através da Liga de Smalkalde (1531-1547), para
combater os camponeses.
(16) ao fato de Martinho Lutero renegar suas próprias idéias
perante a Dieta de Worms em 1521, convocada pelo
Imperador.
(32) ao reforço da autoridade da nobreza alemã trazida pela
Paz de Augsburgo (1555), quando se estabeleceu o direito
dos senhores imporem a sua religião aos habitantes dos seus
domínios e se reconheceu a existência da Igreja Luterana na
Alemanha.
Dê, como resposta, a soma das afirmações corretas.

EXERCÍCIO DE HISTÓRIA SOBRE EXPANSÕES MARÍTIMAS

1) (UFC-2003) Dispostos a participar do lucrativo comércio


de especiarias, realizado pelos portos do levante
mediterrâneo e controlado pelos venezianos, os portugueses
buscaram um caminho alternativo. Em 1498, Vasco da
Gama conseguiu chegar à Índia:
a) através dos portos do poente mediterrâneo.
b) utilizando as antigas rotas terrestres do Meio Oriente.
c) utilizando o canal do Panamá.
d) através do Estreito de Magalhães.
e) circunavegando a África.
2) (FGV-2003) A respeito de Portugal durante a época
Moderna, é correto afirmar:
a) A montagem do vasto império ultramarino esteve ligada
ao fortalecimento dos setores aristocráticos que dominavam
os principais postos e funções do Estado lusitano.
b) A vinculação à monarquia espanhola durante a União
Ibérica (1580-1640) estimulou o movimento republicano
vitorioso na revolta de 1640.
c) Vantajosos tratados econômicos foram estabelecidos
com a Inglaterra, desde o século XVII, o que garantiu a
prosperidade da economia portuguesa durante a crise do
Antigo Sistema Colonial.
d) Durante a União Ibérica (1580-1640), estreitou-se ainda
mais a parceria entre os portugueses e os holandeses, que
financiavam e distribuíam na Europa os produtos coloniais
brasileiros.
e) Ao contrário das demais sociedades européias, o Antigo
Regime português caracterizou-se pela ausência de
conflitos religiosos e pelo interesse na produção cultural
estrangeira.
3) (ENEM-2001) O texto abaixo reproduz parte de um
diálogo entre dois personagens de um romance.
- Quer dizer que a Idade Média durou dez horas? -
Perguntou Sofia.
- Se cada hora valer cem anos, então sua conta está certa.
Podemos imaginar que Jesus nasceu à meia-noite, que
Paulo saiu em peregrinação missionária pouco antes da
meia-noite e meia e morreu quinze minutos depois, em
Roma. Até as três da manhã a fé cristã foi mais ou menos
proibida. (...) Até as dez horas as escolas dos mosteiros
detiveram o monopólio da educação. Entre dez e onze
horas são fundadas as primeiras universidades.
Adaptado de GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia,
Romance da História da Filosofia.
São Paulo: Cia das Letras, 1997.
O ano de 476 d.C., época da queda do Império Romano do
Ocidente, tem sido usado como marco para o início da
Idade Média. De acordo com a escala de tempo apresentada
no texto, que considera como ponto de partida o início da
Era Cristã, pode-se afirmar que
a) as Grandes Navegações tiveram início por volta das
quinze horas.
b) a Idade Moderna teve início um pouco antes das dez
horas.
c) o Cristianismo começou a ser propagado na Europa no
início da Idade Média.
d) as peregrinações do apóstolo Paulo ocorreram após os
primeiros 150 anos da Era Cristã.
e) os mosteiros perderam o monopólio da educação no final
da Idade Média.
4) (UFSCar-2003) À cristianização compulsiva se seguiu,
tempos depois, a partir da dinastia dos Bourbons, a
castelhanização compulsiva. O centralismo castelhano,
negador da pluralidade nacional e cultural da Espanha,
chegou ao paroxismo sob a ditadura de Franco.
Eduardo Galeano. A descoberta da América (que ainda não
houve)
Tendo em vista o texto, considere as quatro afirmações
seguintes:
O autor refere-se ao período da imposição do cristianismo
na Espanha e suas colônias, com os tribunais da inquisição,
nos séculos XV e XVI.
O autor refere-se à unificação espanhola comandada por
castelhanos, a partir da aliança entre Isabel de Castela e
Fernando de Aragão.
O autor refere-se às lutas por independência por parte de
catalãos, andaluzes, bascos e galegos.
O autor refere-se ao centralismo do Estado ditatorial de
Franco no final do século XIX.
Estão corretas as afirmações
I e II, apenas.
I, II e III, apenas.
I, III e IV, apenas.
II, III e IV, apenas.
I, II, III e IV.
5) (UEL-2003) Para compreender a expansão marítima nos
séculos XV e XVI, é necessário considerar a importância da
cartografia. Sobre o tema, é correto afirmar que os
cartógrafos representaram o mundo:
a) Valendo-se de conhecimentos acumulados e transmitidos
por meio da filosofia, da astronomia e da experiência
concreta.
b) Desconhecendo o valor político de sua arte de
cartografar para os rumos da rivalidade castelhanoportuguesa.
c) Ignorando a hagiografia medieval e as crenças na
existência de monstros marinhos e de correntes de ventos
nos oceanos.
d) Confirmando os conhecimentos estáticos sobre o planeta,
resultantes da observação direta dos espaços desconhecidos. e) Anotando nos mapas pontos geográficos,
longitudes e
latitudes com exímia precisão, em função dos eficazes
instrumentos de navegação.
6) (Mack-2004) Assinale a alternativa correta acerca da
Expansão Ultramarina Européia.
a) A corrida expansionista de Portugal e Espanha gerou, na
segunda metade do século XV, um período de grande
cooperação entre esses reinos europeus, denominado de
União Ibérica.
b) Posteriormente à descoberta do novo continente, o
grande afluxo do ouro e da prata americanos para a Europa
gerou uma significativa baixa nos preços dos alimentos.
c) O navegador Cristóvão Colombo provou, com sua
viagem, a tese do el levante por el poente, isto é, de que
seria possível alcançar as Índias, no Ocidente, navegando
em direção ao Oriente.
d) As chamadas Grandes Navegações Européias inserem-se
no processo de superação dos entraves medievais ao
desenvolvimento da economia mercantil e ao
fortalecimento da classe burguesa.
e) Em agosto de 1492, a nau Santa Maria e as caravelas
Nina e Pinta partiram de Palos, na Espanha, rumo ao leste,
e atingiram, em outubro do mesmo ano, a costa da América
do Norte.
7) (UNICAMP-2000) Podemos dizer que a idéia de
globalização é mais antiga do que imaginamos. Alguns
acreditam que sua origem remonta a uma Bula Papal, de
1493, que pela primeira vez empregou a palavra
descobrimento. Por este documento, a Europa adquiria o
direito de converter à sua religião os povos do mundo e se
apropriar das terras por ela descobertas. Evidentemente,
trata-se de uma idéia unilateral e unidimensional de
globalização: foram des-consideradas, quando não
aniquiladas, as diferenças culturais e sociais.
(Adaptado de Eduardo Subirats, O mundo, todo e uno)
a) Quais os países europeus que desencadearam essa
globalização?
b) Por que o autor considera unilateral essa globalização?
c) De acordo com o enunciado, qual o significado de
descobrimento para os europeus? Por que, hoje, eles são
contestados?
8) (Fuvest-2003) “Antigamente a Lusitânia e a Andaluzia
eram o fim do mundo, mas agora, com a descoberta das
Índias, tornaram-se o centro dele”. Essa frase, de Tomás de
Mercado, escritor espanhol do século 16, referia-se
a) ao poderio das monarquias francesa e inglesa, que se
tornaram centrais desde então.
b) à alteração do centro de gravidade econômica da Europa
e à importância crescente dos novos mercados.
c) ao papel que os portos de Lisboa e Sevilha assumiram no
comércio com os marajás indianos.
d) ao fato de a América ter passado a absorver, desde então,
todo o comércio europeu.
e) ao desenvolvimento da navegação a vapor, que encurtava
distâncias.
9) (Fuvest-2003)
Observe o mapa e explique:

a) Por que não estão representados todos os continentes?


b) Quais os conhecimentos necessários na época, final do
século 15, para se confeccionar um mapa com essas
características?
10) (UERJ-2006) As grandes navegações dos séculos XV e
XVI possibilitaram a exploração do Oceano Atlântico,
conhecido, à época, como Mar Tenebroso. Como resultado,
um novo movimento penetrava nesse mundo de universos
separados, dando início a um processo que foi considerado
por alguns historiadores uma primeira globalização e no
qual coube aos portugueses e espanhóis um papel de
vanguarda.
A) Apresente o motivo que levou historiadores a
considerarem as grandes navegações uma primeira
globalização.
B) Aponte dois fatores que contribuíram para o pioneirismo
de Portugal e Espanha nas grandes navegações.
11) (UNICAMP-2006) A imagem abaixo ilustra “o
encolhimento do mapa mundo graças a inovações nos
transportes que ‘aniquilam o espaço por meio do tempo’”.
(David Harvey, A condição pós-moderna. São Paulo: Edições Loyola,
1993, p. 220.)
a) De acordo com a imagem e o texto anterior, qual o
significado da expressão “encolhimento do mapa mundo”?
b) Relacione o uso dos barcos a vela com as mudanças na
cartografia e no conhecimento geográfico da Terra no início
da Idade Moderna.
c) Além de locomotivas e barcos a vapor, cite um outro
meio de transporte introduzido entre 1850 e 1930.
12) (UFRJ-2005) “Entre 1450 e 1620 a Europa testemunhou
a onda mais carregada de energia intelectual e criativa [a
cultura do renascimento] que jamais passara pelo
continente. Foi igualmente um período em que se deram
mudanças tão extraordinárias – religiosas, políticas,
econômicas e, em conseqüência das descobertas
ultramarinas, globais – que nunca anteriormente tantas
pessoas haviam visto o seu tempo como único, referindo-se
a ‘esta nova época’, ‘à presente época’, ‘a nossa época’.
Para um observador era uma ‘época abençoada’, para outro
‘a pior época da História’.”
Fonte: adaptado de HALE, John. A Civilização européia no Renascimento.
Lisboa, Editorial Presença, 2000, p. 19.
No período considerado aprimorou-se o conhecimento do
mundo, tanto na geografia quanto na zoologia e na
botânica. A partir do texto, identifique dois processos cuja
combinação permitiu semelhante aprimoramento.
13) (FUVEST-2008) “Os cosmógrafos e navegadores de
Portugal e Espanha procuram situar estas costas e ilhas da
maneira mais conveniente aos seus propósitos. Os
espanhóis situam-nas mais para o Oriente, de forma a
parecer que pertencem ao Imperador (Carlos V); os
portugueses, por sua vez, situam-nas mais para o Ocidente,
pois deste modo entrariam em sua jurisdição.” Carta de Robert Thorne, comerciante inglês,ao rei Henrique
VIII, em
1527.
O texto remete diretamente
a) à competição entre os países europeus retardatários na
corrida pelos descobrimentos.
b) aos esforços dos cartógrafos para mapear com precisão
as novas descobertas.
c) ao duplo papel da marinha da Inglaterra, ao mesmo
tempo mercantil e corsária.
d) às disputas entre países europeus, decorrentes do Tratado
de Tordesilhas.
e) à aliança das duas Coroas ibéricas na exploração
marítima.
14) (VUNESP-2010) A propósito da expansão marítimo comercial europeia dos séculos XV e XVI pode-
se afirmar
que
a) a igreja católica foi contrária à expansão e não participou
da colonização das novas terras.
b) os altos custos das navegações empobreceram a
burguesia mercantil dos países ibéricos.
c) a centralização política fortaleceu-se com o
descobrimento das novas terras.
d) os europeus pretendiam absorver os princípios religiosos
dos povos americanos.
e) os descobrimentos intensificaram o comércio de
especiarias no mar Mediterrâneo.
15) (VUNESP-2007) No extremo leste da Indonésia, na parte
oriental de uma ilha, situa-se um dos membros da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o
Timor Leste, cuja autonomia só recentemente foi
assegurada, graças à importante presença de forças da
ONU.
A existência de um país de língua portuguesa nessa região
deve-se
a) à Companhia de Jesus, que disseminou o catolicismo na
região e contribuiu para que seu povo adotasse o idioma de
Camões.
b) ao imperialismo neocolonialista do final do século XIX,
que levou essa região do globo a ser partilhada pelos países
europeus.
c) à ação humanitária dos portugueses, que intervieram na
região para impedir que sua população cristã fosse
subjugada pela maioria budista.
d) aos conflitos originados da Guerra Fria, quando os EUA
apoiaram a presença portuguesa na região para defender os
interesses ocidentais.
e) à expansão comercial e marítima dos séculos XV e XVI,
que levaram as naus portuguesas a essa região, então,
incorporada ao império de Lisboa.
16) (UFSCar-2009) No fim do século XVIII, a ocupação
européia no Oriente estava na seguinte situação:
a) os portugueses continuavam fortes no oceano Índico e no
Pacífico e tinham perdido seus domínios sobre Goa, Macau
e Timor.
b) os holandeses controlavam algumas feitorias na Índia,
tinham um império comercial na Indonésia e relações com a
China e o Japão.
c) os espanhóis mantinham importantes domínios na
Indonésia, comércio com o Japão e foram expulsos da Índia
pelos franceses.
d) os franceses, que chegaram depois, expulsaram os
espanhóis da Índia e tomaram o lugar dos portugueses em
Goa e Macau.
e) com a presença inglesa na Indonésia e o comércio inglês
com a China, as especiarias permaneceram como principal
fator da expansão europeia na Ásia.

EXERCÍCIO DE HISTÓRIA SOBRE BRASIL PRÉ COLONIAL E COLONIAL


1. (Fuvest) Sobre o Tratado de Tordesilhas, assinado
em 7 de junho de 1494, pode-se afirmar que
objetivava:
a) demarcar os direitos de exploração dos países
ibéricos, tendo como elemento propulsor o
desenvolvimento da expansão comercial marítima.
b) estimular a consolidação do reino português, por
meio da exploração das especiarias africanas e da
formação do exército nacional.
c) impor a reserva de mercado metropolitano, por
meio da criação de um sistema de monopólios que
atingia todas as riquezas coloniais.
d) reconhecer a transferência do eixo do comércio
mundial do Mediterrâneo para o Atlântico, depois das
expedições de Vasco da Gama às Índias.
e) reconhecer a hegemonia anglo-francesa sobre a
exploração colonial, após a destruição da Invencível
Armada de Felipe II, da Espanha.
2. (Unesp) Os primitivos habitantes do Brasil foram
vítimas do processo colonizador. O europeu, com
visão de mundo calcada em preconceitos,
menosprezou o indígena e sua cultura. A acreditar
nos viajantes e missionários, a partir de meados do
século XVI, há um decréscimo da população
indígena, que se agrava nos séculos seguintes. Os
fatores que mais contribuíram para o citado
decréscimo foram:
a) a captura e a venda do índio para o trabalho nas
minas de prata do Potosi.
b) as guerras permanentes entre as tribos indígenas e
entre índios e brancos.
c) o canibalismo, o sentido mítico das práticas rituais,
o espírito sanguinário, cruel e vingativo dos naturais.
d) as missões jesuíticas do vale amazônico e a
exploração do trabalho indígena na extração da
borracha.
e) as epidemias introduzidas pelo invasor europeu e a
escravidão dos índios.
3. (Cesgranrio) O descobrimento do Brasil foi parte do
plano imperial da Coroa Portuguesa, no século XV.
Embora não houvesse interesse específico de
expansão para o Ocidente,...
a) a posse de terras no Atlântico ocidental
consolidava a hegemonia portuguesa neste Oceano.
b) o Brasil era uma alternativa mercantil ao comércio
português no Oriente.
c) o desvio da esquadra de Cabral seguia a mesma
inspiração de Colombo para chegar às Índias.
d) a procura de terras no Ocidente foi uma reação de
Portugal ao Tratado de Tordesilhas, que o afastava
da América.
e) essa descoberta foi mero acaso, provocado pelas
intempéries que desviaram a esquadra da rota da
Índia.
4. (Ufpe) Portugal e Espanha foram, no século XV, as
nações modernas da Europa, portanto pioneiras nos
grandes descobrimentos marítimos. Identifique as
realizações portuguesas e as espanholas, no que diz
respeito a esses descobrimentos.
1. Os espanhóis, navegando para o Ocidente,
descobriram, em 1492, as terras do Canadá.
2. Os portugueses chegaram ao Cabo das
Tormentas, na África, em 1488.
3. Os portugueses completaram o caminho para as
Índias, navegando para o Oriente, em 1498.
4. A coroa espanhola foi responsável pela primeira
circunavegação da Terra iniciada em 1519, por
Fernão de Magalhães. Sebastião El Cano chegou de
volta à Espanha em 1522.
5. Os portugueses chegaram às Antilhas em 1492,
confundindo o Continente Americano com as Índias.
Estão corretos apenas os itens:
a) 2, 3 e 4;
b) 1, 2 e 3;
c) 3, 4 e 5;
d) 1, 3 e 4;
e) 2, 4 e 5.
5. (Ufmg) O Tratado de Tordesilhas, assinado em
1494,
a) foi elaborado segundo os mais modernos
conhecimentos cartográficos, baseados nas teorias
do geógrafo e astrônomo grego Ptolomeu.
b) foi respeitado pelos portugueses até o século XVIII,
quando novas negociações resultaram no Tratado de
Madri.
c) nasceu de uma atitude inovadora na época: a de
resolver problemas políticos entre nações
concorrentes pela via diplomática.
d) resultou da ação dos monarcas espanhóis que
resistiram à adoção da Bula lntercoetera, contrária
aos seus interesses.
e) surgiu da necessidade de definir a possessão do
território brasileiro disputado por Portugal e Espanha.
6. (Cesgranrio) Acerca da expansão marítima
comercial implementada pelo Reino Português,
podemos afirmar que:
a) a conquista de Ceuta marcou o início da expansão,
ao possibilitar a acumulação de riquezas para a
manutenção do empreendimento.
b) a conquista da Baía de Argüim permitiu a Portugal
montar uma feitoria e manter o controle sobre
importantíssima rota comercial intra-africana.
c) a instalação da feitoria de São Paulo de Luanda
possibilitou a montagem de grande rede de
abastecimento de escravos para o mercado europeu.
d) o domínio português de Piro e Sidon e o
conseqüente monopólio de especiarias do Oriente
Próximo tornaram desinteressante a conquista da
Índia.
e) a expansão da lavoura açucareira escravista na
Ilha da Madeira, após 1510, aumentou o preço dos
escravos, tanto nos portos africanos, quanto nas
praças brasileiras.
7. (Faap) Em apenas uma alternativa é falsa a
correspondência entre a data e o fato importante:
a) 1315 - Tomada de Ceuta (Início das Grandes
Navegações)
b) 1434 - Gil Eanes chega à Índias
c) 1471 - Os portugueses chegam ao Equador
d) 1488 - Bartolomeu Dias chega ao Cabo da Boa
Esperança
e) 1498 - Vasco da Gama chega às Índias
8. (Faap) Em apenas uma alternativa é falsa a
correspondência entre a data e o fato importante:
a) 1380 - Tárik, chefe muçulmano, invadiu a
Península Ibérica
b) 1385 - Batalha de Aljubarrota com a vitória dos
portugueses contra os espanhóis
c) 1415 - Queda de Ceuta e início da expansão
portuguesa
d) 1498 - Vasco da Gama chegou às Índias
e) 1500 - A expedição de Cabral chegou às costas do
Brasil
9. (Fgv) Com relação aos indígenas brasileiros, pode se afirmar que:
a) os primitivos habitantes do Brasil viviam na etapa
paleolítica do desenvolvimento humano;
b) os índios brasileiros não aceitaram trabalhar para
os colonizadores portugueses na agricultura não por
preguiça, e sim porque não conheciam a agricultura;
c) os índios brasileiros falavam todos a chamada
"língua geral" tupi-guarani;
d) os tupis do litoral não precisavam conhecer a
agricultura porque tinham pesca abundante e muitos
frutos do mar de conchas, que formaram os
"sambaquis";
e) os índios brasileiros, como um todo, não tinham
homogeneidade nas suas variadas culturas e nações.
10. (Unicamp) A base da tese de que o Brasil teria
sido descoberto por Duarte Pacheco em 1498 gira em
torno de seu manuscrito intitulado "Esmeraldo de situ
orbis" produzido entre 1505 e 1508. Trata-se de um
relato das viagens de Duarte Pacheco não só ao
Brasil como também à costa da África, principal fonte
de riqueza de Portugal no século XV. O rei Dom
Manoel I considerou tão valiosas as informações
náuticas, geográficas e econômicas contidas no
documento que jamais permitiu que esse fosse
tornado público.
(Adaptado de: ISTO É. 26 de
novembro de 1997. pp.65-66)
a) Em que o relato de Duarte Pacheco altera a versão
oficial do descobrimento do Brasil?
b) Por que, no contexto da expansão ultramarina,
Portugal procurou manter este relato em segredo?
c) Quais os interesses de Portugal com a expansão
ultramarina?
11. (Ufmg) Leia o texto.
"As águas são muitas e infindas. E em tal maneira [a
terra] é grandiosa que, querendo aproveitá-la, tudo
dará nela, por causa das águas que tem.
Porém, o melhor fruto que dela se pode tirar me
parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a
principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar.
E que não houvesse mais que ter aqui Vossa Alteza
esta pousada para a navegação [...], isso bastava.
Mas ainda, disposição para nela cumprir-se - e fazer -
o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber o
acrescentamento da nossa Santa Fé!"
("Carta de Pero Vaz de
Caminha", 1Ž de maio de 1500.)
Com base nesse trecho da carta de Caminha, o
descobrimento do Brasil pode ser relacionado
a) à procura de produtos para o comércio no
Continente Europeu.
b) ao ideal de expansão religiosa do cristianismo.
c) à divisão do cristianismo pela Reforma Religiosa.
d) à procura do caminho marítimo para as Índias.
12. (Ufsc) "Pelo sertão nos pareceu, vista do mar,
muito grande, porque, a estender olhos, não
podíamos ver senão terra com arvoredos que nos
parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos
saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de
metal ou ferro, nem lho vimos. Porém a terra em si é
de muito bons ares, assim frios e temperados, como
os dentre Douro e Minho, porque neste tempo de
agora assim os achávamos como os de lá. As águas
são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que,
querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem
das águas que tem. Porém, o melhor fruto, que dela
se pode tirar, me parece que será salvar esta gente.
E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza
nela deve lançar (...)." Pero Vaz de Caminha. Carta a
el-rei D. Manuel (1 de maio de 1500).
As informações do texto apresentado permitem
afirmar que:
01. as terras avistadas despertaram o entusiasmo do
cronista pela extensão e pelas possibilidades que
ofereciam da existência de metais preciosos.
02. as referências ao clima, às águas, ao solo, à
natureza e as possibilidades de evangelização
confirmam a certeza do cronista que as terras eram
habitadas.
04. a possibilidade de os nativos serem salvos
apresentava-se para o cronista como o principal
investimento para os portugueses.
08. aos olhos do cronista de Cabral, as terras
vislumbradas da caravela ofereciam possibilidades
promissoras ligadas à agricultura, à pecuária e à
mineração.
16. as atitudes amistosas dos nativos da América
para com os portugueses, a inocência de sua nudez e
o meio ambiente descrito pelo cronista confirmava a
localização do paraíso terrestre.
13. (Mackenzie) A árvore de pau-brasil era frondosa,
com folhas de um verde acinzentado quase metálico
e belas flores amarelas. Havia exemplares
extraordinários, tão grossos que três homens não
poderiam abraçá-los. O tronco vermelho ferruginoso
chegava a ter, algumas vezes, 30 metros(...)
Náufragos, Degredados e Traficantes
(Eduardo Bueno)
Em 1550, segundo o pastor francês Jean de Lery, em
um único depósito havia cem mil toras.
Sobre esta riqueza neste período da História do Brasil
podemos afirmar.
a) O extrativismo foi rigidamente controlado para
evitar o esgotamento da madeira.
b) Provocou intenso povoamento e colonização, já
que demandava muita mão-de-obra.
c) Explorado com mão-de-obra indígena, através do
escambo, gerou feitorias ao longo da costa; seu
intenso extrativismo levou ao esgotamento da
madeira.
d) O litoral brasileiro não era ainda alvo de traficantes
e corsários franceses e de outras nacionalidades, já
que a madeira não tinha valor comercial.
e) Os choques violentos com as tribos foram
inevitáveis, já que os portugueses escravizaram as tribos litorâneas para a exploração
do pau-brasil.
14. (Mackenzie) Enquanto os portugueses escutavam
a missa com muito "prazer e devoção", a praia
encheu-se de nativos. Eles sentavam-se lá surpresos
com a complexidade do ritual que observavam ao
longe. Quando D. Henrique acabou a pregação, os
indígenas se ergueram e começaram a soprar
conchas e buzinas, saltando e dançando (...)
Náufragos Degredados e Traficantes
(Eduardo Bueno)
Este contato amistoso entre brancos e índios
preservado:
a) pela Igreja, que sempre respeitou a cultura
indígena no decurso da catequese.
b) até o início da colonização quando o índio,
vitimado por doenças, escravidão e extermínio,
passou a ser descrito como sendo selvagem,
indolente e canibal.
c) pelos colonos que escravizaram somente o
africano na atividade produtiva de exportação.
d) em todos os períodos da História Colonial
Brasileira, passando a figura do índio para o
imaginário social como "o bom selvagem e forte
colaborador da colonização".
e) sobretudo pelo governo colonial, que tomou várias
medidas para impedir o genocídio e a escravidão.
15. (Ufsm) "Esta terra, Senhor, é muito chã e muito
formosa. Nela não podemos saber se haja ouro, nem
prata, nem coisa alguma de metal; porém, a terra em
si é de muitos bons ares (...) querendo aproveitar darse-á nela tudo (...)". Esse trecho é parte da carta que
Pero Vaz de Caminha escreveu, em 1500, ao rei de
Portugal, com informações sobre o Brasil. Com base
no texto, é correto afirmar:
a) Havia a intenção de colonizar imediatamente a
terra, retirando os bens exportáveis para atender o
mercado internacional.
b) Iniciava-se o processo de ocupação da terra,
circunscrito aos limites do mercantilismo industrial e
colonial.
c) Desde o princípio, os portugueses procuraram
escravizar os povos indígenas a fim de encontrarem
os metais preciosos.
d) Estava evidente o interesse em explorar a terra nos
moldes do mercantilismo.
e) Era preponderante a intenção de estabelecer a
agricultura com o trabalho livre e familiar no Brasil.
16. (Ufscar) O primeiro documento escrito sobre o
"achamento do Brasil" pelos navegantes portugueses
assim se refere, numa passagem, aos costumes da
população nativa:
"Eles não lavram, nem criam, nem há aqui boi, nem
vaca, nem cabra, nem ovelha, nem galinha, nem
outra nenhuma alimária, que costumada seja ao viver
dos homens; nem comem senão desse inhame que
aqui há muito e dessa semente e fruitos que a terra e
as árvores de si lançam. E com isto andam tais e tão
rijos e tão nédios, que o não somos nós tanto com
quanto trigo e legumes comemos."
(CARTA A EL-REI DOM MANOEL SOBRE O
ACHAMENTO DO BRASIL. Lisboa: Imprensa
Nacional/Casa da Moeda, 1974, p.73-75.)
a) Qual é o nome do autor deste documento?
b) O pequeno trecho apresentado demonstra que o
contato entre os europeus e os habitantes da América
não deveria limitar-se a uma relação estritamente
econômica. A partir de que critérios o autor enxergou
e analisou os homens da terra e a que conclusão
chegou sobre a sua própria sociedade, a européia, ao
observar esta nova gente?
17. (Ufsm)
A charge

I. ilustra a maneira formal dos navegantes


portugueses frente à ingenuidade dos índios.
II. refere-se a uma passividade dos índios diante dos
navegantes portugueses.
III. assinala, de maneira cômica, o encontro de duas
civilizações que resultaria em etnocídio.
IV. anuncia a disposição bélica do expansionismo
português e a resistência indígena.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas I e III.
d) apenas II e IV.
e) apenas III e IV.
18. (Mackenzie) ...Esta terra, senhor, nela não
podemos saber que aja ouro nem prata, nem coisa
alguma de metal ou ferro, nem lho vimos (...) o melhor
fruto que dela se pode tirar me parece será salvar
esta gente. E esta deve ser a principal semente que
Vossa Alteza em ela deve lançar. (...), pois o desejo
que tinha de tudo vos dizer, mo fez por assim pelo
miúdo.
Beijo as mãos de Vossa Alteza.
Deste Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz,
hoje, Sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500.
Esses trechos da carta do escrivão Pero Vaz de
Caminha apresentam elementos que nos indicam
alguns objetivos das grandes navegações. Dentre
esses objetivos, podemos destacar:
a) acabar com a circulação de mercadorias baseada
no bulionismo, em decorrência da escassez de metais
preciosos na Europa Ocidental.
b) a conquista de terras para a obtenção de riquezas,
através da renda sobre a terra, defendida pelos
teóricos fisiocratas da época.
c) a obtenção de novos mercados de matéria-prima e
a política do laissez faire para a ampliação do
fornecimento de produtos manufaturados.
d) o processo de crescimento econômico, através da
conquista de novos mercados, a catequese e a
conseqüente afirmação dos Estados Nacionais.
e) a emigração do excedente populacional europeu,
decorrente da descentralização política e
investimento de capitais na periferia do sistema
capitalista.
19. (Fuvest) Portugal, nos séculos XV e XVI, exerceu
importante papel no cenário europeu graças ao
pioneirismo de sua navegação pelo Atlântico.
a) Qual o objetivo da política portuguesa de incentivo
à navegação?
b) Cite duas inovações nas técnicas de navegação
adotadas pelos portugueses.
c) Quais as vantagens econômicas colhidas por
Portugal nessas viagens?

20. (Mackenzie) As razões do pioneirismo português


na Expansão Marítima dos séculos XV e XVI foram:
a) a invasão da Península Ibérica pelos árabes e a
conquista de Calicute pelos turcos.
b) a assinatura do Tratado de Tordesilhas por
Portugal e pelos demais países europeus.
c) um Estado Liberal centralizado, voltado para a
acumulação de novos mercados consumidores.
d) As guerras religiosas, a descentralização política
do Estado e o fortalecimento dos laços servis.
e) uma monarquia centralizada, interessada no
comércio de especiarias.
21. (Ufsm) O ano de 1998 marca os quinhentos anos
do Descobrimento do Brasil, pois, "Em 1498, D.
Manuel ordenava que Duarte Pacheco Pereira
navegasse pelo Mar Oceano, a partir das ilhas de
Cabo Verde até o limite de 370 léguas [estipuladas
pelo Tratado de Tordesilhas]. É esta a primeira
viagem, efetivamente conhecida pelos portugueses,
às costas do litoral norte do Brasil"
(FRANZEN, Beatriz. A presença portuguesa
no Brasil antes de 1500. In: ESTUDOS
LEOPOLDENSES. São Leopoldo: Unisinos, 1997. p.
95.).
Esse fato fez parte
a) da expansão marítimo-comercial européia, que
deslocou o eixo econômico do Mediterrâneo para o
Atlântico.
b) da expansão capitalista portuguesa, em sua fase
mercantil-colonial plenamente consolidada no Brasil.
c) do avanço marítimo português, tendo Duarte
Pacheco Pereira papel relevante na espionagem e
pirataria no Atlântico.
d) do processo de instalação de feitorias no Brasil,
pois Duarte Pacheco Pereira instalou a primeira
feitoria, ou seja, São Luiz do Maranhão.
e) das expedições exploradas do litoral brasileiro, cujo
papel de reconhecimento econômico e geográfico
coube a Duarte Pacheco Pereira.

EXERCÍCIO DE HISTÓRIA SOBRE BRASIL PRÉ COLONIAL


TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
1.(Puccamp) Não, é nossa terra, a terra do índio. Isso
que a gente quer mostrar pro Brasil: gostamos muito
do Brasil, amamos o Brasil, valorizamos as coisas do
Brasil porque o adubo do Brasil são os corpos dos
nossos antepassados e todo o patrimônio ecológico
que existe por aqui foi protegido pelos povos
indígenas. Quando Cabral chegou, a gente o recebeu
com sinceridade, com a verdade, e o pessoal achou
que a gente era inocente demais e aí fomos traídos:
aquilo que era nosso, que a gente queria repartir,
passou a ser objeto de ambição. Do ponto de vista do
colonizador, era tomar para dominar a terra, dominar
nossa cultura, anulando a gente como civilização.
(Revista "Caros Amigos". ano 4. no. 37. Abril/2000. p.
36).
1. A respeito do início da colonização, período
abordado pelo texto, pode-se afirmar que a primeira
forma de exploração econômica exercida pelos
colonizadores, e a dominação cultural e religiosa
difundida pelo território brasileiro são,
respectivamente,
a) a plantation no Nordeste e as bandeiras realizadas
pelos paulistas.
b) a extração das "drogas do sertão" e a implantação
das missões.
c) o escambo de pau-brasil e a catequização
empreendida pela Companhia de Jesus.
d) a mineração no Sudeste e a imposição da "língua
geral" em toda a Colônia.
e) o cultivo da cana-de-açúcar e a "domesticação"
dos índios por meio da agricultura.
2. (Mackenzie) Enquanto os portugueses escutavam
a missa com muito "prazer e devoção", a praia
encheu-se de nativos. Eles sentavam-se lá surpresos
com a complexidade do ritual que observavam ao
longe. Quando D. Henrique acabou a pregação, os
indígenas se ergueram e começaram a soprar
conchas e buzinas, saltando e dançando (...)
Náufragos Degredados e Traficantes
(Eduardo Bueno)
Este contato amistoso entre brancos e índios
preservado:
a) pela Igreja, que sempre respeitou a cultura
indígena no decurso da catequese.
b) até o início da colonização quando o índio,
vitimado por doenças, escravidão e extermínio,
passou a ser descrito como sendo selvagem,
indolente e canibal.
c) pelos colonos que escravizaram somente o
africano na atividade produtiva de exportação.
d) em todos os períodos da História Colonial
Brasileira, passando a figura do índio para o
imaginário social como "o bom selvagem e forte
colaborador da colonização".
e) sobretudo pelo governo colonial, que tomou várias
medidas para impedir o genocídio e a escravidão.
3. (Puc-rio) Leia as afirmativas a seguir sobre a
expedição de Pedro Álvares Cabral, que saiu de
Lisboa em março de 1500:
I) A missão da esquadra era expandir a fé cristã e
estabelecer relações comerciais com o Oriente, de
modo a trazer as valiosas especiarias para Portugal;
desta maneira, reunia num mesmo episódio os
esforços da Coroa, da Igreja e dos grupos mercantis
do Reino.
II) Chegar às Índias através de um caminho
inteiramente marítimo só foi possível após o longo
"périplo" realizado pelas costa africana, durante o
século XV, por diversos navegadores portugueses,
cujos expoentes foram Bartolomeu Dias e Vasco da
Gama.
III) A viagem expressou a subordinação da Coroa
portuguesa à Igreja Católica, na época dos
descobrimentos, já evidenciada quando o Papa
estabeleceu a partilha do Mundo Novo, em 1494,
através do tratado de Tordesilhas.
IV) Era objetivo da viagem tomar posse de terras a
Oeste, de modo a assegurar o controle do Oceano
Atlântico Sul e, consequentemente, da rota marítima
para as Índias.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas
corretas:
a) somente I, II e III.
b) somente I, III e IV.
c) somente II, III e IV.
d) somente I, II e IV.
e) todas as afirmativas estão corretas.
4. (Ufrrj) A Revolta dos Alfaiates ou Conjuração
Baiana, ocorrida em 1798, representou por um lado a
revolta de intelectuais da época, desiludidos com a
centralização e o despotismo metropolitano e por
outro lado, também contou com uma significativa
participação popular dos descontentes com a miséria
local. Além destas causas internas, acontecimentos
externos, naquele momento, agilizaram o processo
revolucionário baiano.
a) Cite dois fatores externos que contribuíram para a
Conjuração Baiana.
b) Cite dois dos principais objetivos dos conjurados.
5. (Uece) Nos primeiros anos do século XVI, os
portugueses enfrentaram grande concorrência por
parte de outras potências européias para a posse
definitiva do território descoberto por Cabral. Sobre a
presença de europeus não-portugueses no Brasil na
primeira metade do século XVI, é correto afirmar:
a) os ingleses por várias vezes tentaram estabelecer
colônias nas terras brasileiras, chegando mesmo a
criar uma "zona livre", sob controle dos piratas.
b) espanhóis e holandeses trouxeram para a América
as suas desavenças e conflitos, ocasionando a
invasão do Recife no século XVI.
c) apesar da chegada ocasional de navios
estrangeiros, jamais houve uma tentativa organizada
ou intenção deliberada de questionar a soberania
portuguesa sobre as novas terras.
d) os franceses, por não aceitarem o Tratado de
Tordesilhas, eram os invasores mais freqüentes,
chegando a estabelecerem-se no Rio de Janeiro em
1555-1560.
6. (Ufsm) Sobre a organização econômica, social e
política das comunidades indígenas brasileiras, no
período inicial da conquista do território pelos
portugueses, é correto afirmar:
I. Os nativos viviam em regime de comunidade
primitiva, em que a terra era de propriedade privada
dos casais e os instrumentos de trabalho eram de
propriedade coletiva.
II. A divisão das tarefas era por sexo e por idade; as
mulheres cozinhavam, cuidavam das crianças,
plantavam e colhiam; os homens participavam de
atividades guerreiras, da caça, da pesca e da
derrubada da floresta para fazer a lavoura.
III. A sociedade era organizada em classes sociais,
sendo o excedente da produção controlado pelos
chefes das aldeias, responsáveis pela distribuição
dos bens entre os indígenas.
IV. Os indígenas brasileiros não praticavam o
comércio pois tudo que produziam destinava-se à
subsistência, realizando apenas trocas rituais de
presentes.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I e II.
b) apenas I e III.
c) apenas III.
d) apenas IV.
e) apenas II e IV.
7. (Ufmg) Leia o texto.
E aproximava-se o tempo da chegada das notícias de
Portugal sobre a vinda das suas caravelas, e
esperava-se essa notícia com muito medo e
apreensão; e por causa disso não havia transações,
nem de um ducado [...] Na feira alemã de Veneza não
há muitos negócios. E isto porque os Alemães não
querem comprar pelos altos preços correntes, e os
mercadores venezianos não querem baixar os preços
[...] E na verdade são as trocas tão poucas como se
não poderia prever.
DIÁRIO DUM MERCADOR VENEZIANO,
1508
O quadro descrito nesse texto pode ser relacionado à
a) comercialização das drogas do sertão e produtos
tropicais da colônia do Brasil.
b) distribuição, na Europa, da produção açucareira do
Nordeste brasileiro.
c) importação pelos portugueses das especiarias das
Índias Orientais.
d) participação dos portugueses no tráfico de
escravos da Guiné e de Moçambique.
8. (Ufc) Observe o mapa a seguir apresentado.
a) Exponha as razões do estabelecimento dessa linha
divisória.
b) Explique os motivos que levaram o Brasil a ter uma
outra configuração, apesar das limitações de
fronteiras, então impostas pelo Tratado de
Tordesilhas.
9. (Uff) A "Carta de Pero Vaz de Caminha", escrita em
1500, é considerada como um dos documentos
fundadores da Terra Brasilis e reflete, em seu texto,
valores gerais da cultura renascentista, dentre os
quais destaca-se:
a) a visão do índio como pertencente ao universo não
religioso, tendo em conta sua antropofagia;
b) a informação sobre os preconceitos desenvolvidos
pelo renascimento no que tange à impossibilidade de
se formar nos trópicos uma civilização católica e
moderna;
c) a identificação do Novo Mundo como uma área de
insucesso devido à elevada temperatura que nada
deixaria produzir;
d) a observação da natureza e do homem do Novo
Mundo como resultado da experiência da nova visão
de homem, característica do século XV;
e) a consideração da natureza e do homem como
inferiores ao que foi projetado por Deus na Gênese.
11. (Ufes) Os Tupinikim, uma das maiores nações
indígenas brasileiras, possuíam as seguintes
características no período colonial:
I - viviam da pesca, da caça, da coleta de frutos e
raízes proporcionada pelas florestas e matas;
II - tiveram suas manifestações culturais, tradições e
ritos cerceados, nas regiões onde foram encampados
pelos aldeamentos jesuítas;
III - exploravam latifúndios respeitados pela
colonização branca e viviam pacificamente com os
portugueses no interior do Brasil;
IV - ocupavam parte do litoral brasileiro, na faixa
compreendida entre o sul da Bahia e o Paraná.
Em relação às proposições acima, está CORRETO o
que se afirma
a) apenas em I, II e III.
b) apenas em II, III e IV.
c) apenas em I, III e IV.
d) apenas em I, II e IV.
e) em todas elas.
12. (Fgv) Sobre os povos dos sambaquis, é incorreto
afirmar que:
a) sendo nômades, ocuparam a faixa amazônica,
deslocando-se durante milhares de anos, do Marajó a
Piratininga;
b) sedentários, viviam da coleta de recursos
marítimos e de pequenas caças;
c) as pesquisas arqueológicas demonstram que tais
povos desenvolveram instrumentos de pedra polida e
de ossos;
d) na chegada dos primeiros invasores europeus,
esses povos já se encontravam subjugados por
outros grupos sedentários;
e) esses povos viveram na faixa litorânea, entre o
Espírito Santo e o Rio Grande do Sul, basicamente
dos recursos que o mar oferecia.
13. (Mackenzie) E então, por cerca de trinta anos,
aquele vasto território seria virtualmente abandonado
pela Coroa portuguesa, sendo arrendado para a
iniciativa Privada e se tornando uma imensa fazenda
extrativista de pau-brasil. Iriam se iniciar, então, as
três décadas menos documentadas e mais
desconhecidas da História do Brasil.
Náufragos, Traficantes e Degredados
- As Primeiras Expedições do Brasil
Assinale o período histórico analisado pelo texto
acima e suas características.
a) Período Colonial, caracterizado pela monocultura e
economia exportadora de cana-de-açúcar.
b) Economia mineradora, marcada pelo povoamento
da área mineira e intensa vida urbana.
c) Período Pré-Colonial, fase de feitorias, economia
extrativista, utilização do escambo com os nativos,
ausência de colonização sistemática.
d) Fase da economia cafeeira, com acumulação
interna de capitais e sem grandes mudanças na
estrutura de produção.
e) Período Joanino, de grande abertura comercial e
profundas transformações culturais.
14. (Uflavras) "O fato de Cabral não ter trazido
consigo nenhum padrão de pedra - com os quais
desde os tempos de Diogo Cão, os lusos assinalavam
a posse de novas terras - já foi apontado como uma
prova de que o descobrimento do Brasil foi fortuito e
que a expedição não pretendia "descobrir novas
terras, mas subjugar as já conhecidas". Isto talvez
seja fato. Mas por outro lado, é preciso lembrar que a
posse sobre aquele território já estava legalmente
assegurada desde a assinatura do Tratado de
Tordesilhas - independentemente da colocação de
qualquer padrão."
(Eduardo Bueno. "A Viagem do
Descobrimento - A verdadeira história da expedição
de Cabral". 1998, p.109.)
As alternativas abaixo correspondem a análises
possíveis do trecho em questão. Todas são
verdadeiras, EXCETO:
a) o autor faz uma menção à "Tese da Casualidade
da Descoberta".
b) o autor é incondicionalmente favorável à segunda
tese e justifica-se pelas características do Tratado de
Tordesilhas.
c) o autor se refere também à "Tese da
Intencionalidade da Descoberta".
d) para o autor, a questão dos "marcos de pedra"
pode apoiar ambas as teses.
e) o autor não atribui grande importância à questão
dos "marcos de pedra".
15. (Uflavras) Enumere os eventos, de acordo com o
período em que ocorreram e indique a alternativa que
apresente a ordem CORRETA:
1. Período Pré-colonial (1500-1530)
2. Período Colonial (1530-1808)
( ) extração assistemática de pau-brasil.
( ) criação das Capitanias Hereditárias (D. João III).
( ) envio das expedições "exploradoras" e "guardacostas".
( ) chegada dos jesuítas para catequese dos índios
e educação dos colonos.
a) 1 - 2 - 2 - 1
b) 2 - 2 -1 - 1
c) 1 - 1 - 2 - 2
d) 2 - 1 - 1 - 2
e) 1 - 2 - 1 - 2
16. (Fatec) Dentre as características gerais do
período pré-colonizador destaca-se
a) o grande interesse pela terra, pois as comunidades
primitivas do nosso litoral produziam excedentes
comercializados pela burguesia mercantil portuguesa.
b) o extermínio de tribos e a escravização dos
nativos, efeitos diretos da ocupação com base na
grande lavoura.
c) a montagem de estabelecimentos provisórios em
diferentes pontos da costa, onde eram amontoadas
as toras de pau-brasil, para serem enviadas à
Europa.
d) a distribuição de lotes de terras a fidalgos e
funcionários do Estado português, copiando-se a
experiência realizada em ilhas do Atlântico.
e) a implantação da agromanufatura açucareira,
iniciada com construção do Engenho do Senhor
Governador, em 1533, em São Vicente.
17. (Pucrs) Responder à questão sobre o período pré-
colonial brasileiro, com base no texto a seguir:
"... Da primeira vez que viestes aqui, vós o
fizestes somente para traficar. (...) Não recusáveis
tomar nossas filhas e nós nos julgávamos felizes
quando elas tinham filhos. Nessa época, não faláveis
em aqui vos fixar. Apenas vos contentáveis com
visitar-nos uma vez por ano, permanecendo, entre
nós, somente durante quatro ou cinco luas [meses].
Regressáveis então ao vosso país, levando os
nossos gêneros para trocá-los com aquilo que
carecíamos."
(MAESTRI, Mário. "Terra do Brasil: a
conquista lusitana e o genocídio tupinambá". São
Paulo: Moderna, 1993, p.86)
O texto anterior faz alusão ao comércio que marcou o
período pré-colonial brasileiro conhecido por
a) mita.
b) escambo.
c) encomienda.
d) mercantilismo.
e) corvéia.
18. (Ufrrj) "Até agora não pudemos saber se há
ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal ou ferro;
nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons
ares frescos e temperados como os de Entre-Douro e
Minho, porque neste tempo dagora assim os
achávamos como os de lá. (As) águas são muitas;
infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a
aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas
que tem!
Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar
parece-me que será salvar esta gente. E esta deve
ser a principal semente que Vossa Alteza em ela
deve lançar. E que não houvesse mais do que ter
Vossa Alteza aqui esta pousada para essa
navegação de Calicute (isso) bastava. Quanto mais,
disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa
Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da
nossa fé!"
("Carta de Pero Vaz Caminha ao Rei de
Portugal" em 1°/5/1500.)
Seguindo a evidente preocupação de descrever ao
Rei de Portugal tudo o que fora observado durante a
curta estadia na terra denominada de Vera Cruz, o
escrivão da frota cabralina menciona, na citada carta,
possibilidades oferecidas pela terra recém-conhecida
aos portugueses.
Dentre essas possibilidades estão a) a extração de metais e pedras preciosas no interior
do território, área não explorada então pelos
portugueses.
b) a pesca e a caça pela qualidade das águas e terras
onde aportaram os navios portugueses.
c) a extração de pau-brasil e a pecuária, de grande
valor econômico naquela virada de século.
d) a conversão dos indígenas ao catolicismo e a
utilização da nova terra como escala nas viagens ao
Oriente.
e) a conquista de Calicute a partir das terras
brasileiras e a cura de doenças pelos bons ares aqui
encontrados.
19. (Ufrs) Observe o Cartum abaixo:
(Fonte: "Primeira Missa" de Sampaio. ln: "Humores
nunca dantes navegados: o Descobrimento segundo
os cartunistas do sul do Brasil". Porto Alegre: SECRS, 2000.)
Considerando a situação histórica e os significados
expressos no cartum acima, analise as seguintes
afirmações.
I - O cartum retrata o momento inicial da conquista
portuguesa, demonstrando aspectos do "choque
cultura" ocorrido entre os conquistadores e os
indígenas.
II - A dominação portuguesa do Brasil não se deu
unicamente com base na exploração dos recursos
naturais e do trabalho indígena, mas também
apresentou aspectos nitidamente ideológicos, como a
imposição da religião católica aos autóctones.
III - O cartum apresenta o momento inicial do contato
interétnico como sendo de tensão e conflito armado e
econômico, visto que os nativos reagiram às
tentativas de vigilância impostas pelos
conquistadores.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
20. (Fuvest) Os portugueses chegaram ao território,
depois denominado Brasil, em 1500, mas a
administração da terra só foi organizada em 1549.
Isso ocorreu porque, até então,
a) os índios ferozes trucidavam os portugueses que
se aventurassem a desembarcar no litoral, impedindo
assim a criação de núcleos de povoamento.
b) a Espanha, com base no Tratado de Tordesilhas,
impedia a presença portuguesa nas Américas,
policiando a costa com expedições bélicas.
c) as forças e atenções dos portugueses convergiam
para o Oriente, onde vitórias militares garantiam
relações comerciais lucrativas.
d) os franceses, aliados dos espanhóis, controlavam
as tribos indígenas ao longo do litoral bem como as
feitorias da costa sul-atlântica.
e) a população de Portugal era pouco numerosa,
impossibilitando o recrutamento de funcionários
administrativos.
21. (Ufpe) As feitorias portuguesas no Novo Mundo
foram formas de assegurar, aos conquistadores, as
terras descobertas. Sobre essas feitorias, é correto
afirmar que:
a) a feitoria foi uma forma de colonização, empregada
por portugueses na África, na Ásia e no Brasil, com
pleno êxito para a atividade agrícola.
b) as feitorias substituíram as capitanias hereditárias
durante o Governo Geral de Mem de Sá, como
proposta mais moderna de administração colonial.
c) as feitorias foram estabelecimentos fundados por
portugueses no litoral das terras conquistadas e
serviam para armazenamento de produtos da terra,
que deveriam seguir para o mercado europeu.
d) tanto as feitorias portuguesas fundadas ao longo
do litoral brasileiro quanto as fundadas nas Índias
tinham idêntico caráter: a presença do Estado
português e a ausência de interesses de particulares.
e) o êxito das feitorias afastou a presença de
corsários franceses e estimulou a criação das
capitanias hereditárias.
22. (Ufc) Acerca das pretensões iniciais da
exploração e conquista do Brasil, assinale a
alternativa correta.
a) Interesses antropológicos levaram os portugueses
a fazer contato com outros povos, entre eles os índios
do Brasil.
b) O rei dom Manuel tinha-se proposto chegar às
Índias navegando para o ocidente, antecipando-se,
assim, a Cristovão Colombo.
c) O interesse científico de descobrir e classificar
novas espécies motivou cientistas portugueses para
lançarem-se à aventura marítima.
d) Os conquistadores estavam interessados em
encontrar terras férteis para desenvolver a cultura do
trigo e, assim, dar solução às crises agrícolas que
sofriam em Portugal.
e) Os portugueses estavam interessados nas
riquezas que as novas terras descobertas podiam
conter, além de garantir a segurança da rota para as
Indias.
23. (Unesp) Observe a figura e leia o texto.
(Reprodução da tela Primeira Missa no Brasil. Vítor
Meireles, 1861.)
e no Brasil colonial para designar diversas
ocupações. Na época da expansão marítima
portuguesa, as feitorias espalhadas pela costa
africana e, depois, pelas Índias e pelo Brasil tinham
feitores na direção dos entrepostos com função
mercantil, militar, diplomática. No Brasil, porém, o
sistema de feitorias teve menor significado do que
nas outras conquistas, ficando o termo 'feitor' muito
associado à administração de empresas agrícolas.
(Adaptado de Ronaldo Vainfas (org.), "Dicionário do
Brasil
Colonial". Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2000, p. 222).
a) Indique características do sistema de feitorias
empreendido por Portugal.
b) Qual a produção agrícola predominante no Brasil
entre os séculos XVI e XVII? Quais as funções
desempenhadas pelo feitor nessas empresas
agrícolas?
25. (Unirio) O monstrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergue-se a voar,
A roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
E disse, "Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?
E o homem do leme disse tremendo,
"El-Rei D.João Segundo"
(Fernando Pessoa. POEMAS ESCOLHIDOS.
Ed. O Globo, 1997, p.150)
A epopéia marítima portuguesa, descrita pelo poeta,
foi revestida de ousadias e destemores, no entanto,
ela só foi possível porque Portugal, antes de outros
países europeus, reuniu as necessárias condições
para a conquista dos mares.
Cite e explique duas precondições que possibilitaram
o pioneirismo português no processo de expansão
marítima.
Legenda:
1 - Viagens de Pedro Álvares Cabral
2 - Viagens de Vasco da Gama
3 - Viagens de Bartolomeu Dias
4 - Viagens de Pedro de Covilha
Fonte: Almanaque Abril 1998, Ed. Abril S.A.
Observando o mapa anterior podemos identificar
várias rotas de navegação. Próximo à comemoração
dos "500 anos" do Brasil, percebemos que o
"descobrimento" de nosso país:
a) foi acidental, tendo em vista Cabral estar indo para
as Índias e, devido a uma calmaria, ter chegado às
terras brasileiras e espanholas.
b) foi proposital, tendo vista o Tratado de Toledo ter
determinado que todas as terras a Oeste de Cabo
Verde seriam de Portugal.
c) está ligado apenas a um movimento de expansão
religiosa da Coroa Portuguesa para converter as
tribos africanas.
d) está incluído numa expansão marítima e comercial
que objetivava, entre outros fatores, a procura de
metais preciosos e terras para Portugal.
e) está relacionado à viagem de Vaco da Gama e à
fundação de feitorias nas ilhas dos Oceanos Índico e
Pacífico.
Chantada a Cruz, com as Armas e a divisa de Vossa
Alteza, que primeiramente lhe pregaram, armaram
altar ao pé dela. Ali disse missa o padre Frei Henrique
(...). Ali estiveram conosco (...) cinqüenta ou sessenta
deles, assentados todos de joelhos, assim como nós.
(...) [Na terra], até agora, não pudemos saber que
haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal (...)
Porém, o melhor fruto que dela se pode tirar me
parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a
principal semente que Vossa Alteza em ela deve
lançar.
(Pero Vaz de Caminha. Carta do Achamento do
Brasil, 10.05.1500.)
A respeito da tela e do texto, é correto afirmar que
a) demonstram a submissão da monarquia
portuguesa à contra-reforma católica.
b) expressam o encantamento dos europeus com a
exuberância natural da terra.
c) atestam, como documentos históricos, o caráter
conflituoso dos primeiros contatos entre brancos e
índios.
d) representam o índio sem idealização, reservando-lhe lugar de destaque no quadro, o que era pouco
comum.
e) apresentam uma leitura do passado na qual os
portugueses figuram como portadores da civilização
26. (Cesgranrio)

Legenda:
1 - Viagens de Pedro Álvares Cabral
2 - Viagens de Vasco da Gama
3 - Viagens de Bartolomeu Dias
4 - Viagens de Pedro de Covilha
Fonte: Almanaque Abril 1998, Ed. Abril S.A.
Observando o mapa anterior podemos identificar
várias rotas de navegação. Próximo à comemoração
dos "500 anos" do Brasil, percebemos que o
"descobrimento" de nosso país:
a) foi acidental, tendo em vista Cabral estar indo para
as Índias e, devido a uma calmaria, ter chegado às
terras brasileiras e espanholas.
b) foi proposital, tendo vista o Tratado de Toledo ter
determinado que todas as terras a Oeste de Cabo
Verde seriam de Portugal.
c) está ligado apenas a um movimento de expansão
religiosa da Coroa Portuguesa para converter as
tribos africanas.
d) está incluído numa expansão marítima e comercial
que objetivava, entre outros fatores, a procura de
metais preciosos e terras para Portugal.
e) está relacionado à viagem de Vaco da Gama e à
fundação de feitorias nas ilhas dos Oceanos Índico e
Pacífico.
Exercícios de História do Brasil – Período
Colonial – Formação de Portugal

1) (UFC-2003) Dispostos a participar do lucrativo comércio


de especiarias, realizado pelos portos do levante
mediterrâneo e controlado pelos venezianos, os portugueses
buscaram um caminho alternativo. Em 1498, Vasco da
Gama conseguiu chegar à Índia:
a) através dos portos do poente mediterrâneo.
b) utilizando as antigas rotas terrestres do Meio Oriente.
c) utilizando o canal do Panamá.
d) através do Estreito de Magalhães.
e) circunavegando a África.
2) (Vunesp-2001) Leia os versos e responda.
A el-Rei Dom Manuel
Epitáfio
Esta pequena pedra encobre, e encerra
O grande Rei Manuel, amor do povo;
Que dilatou seu nome em toda a terra.
E descobriu ao mundo um mundo novo.
Feliz em paz, sempre feliz na guerra.
Que nunca a seu intento achou estorvo.
Governou santamente no Ocidente,
Donde venceu, e deu leis ao Oriente.
(Pero de Andrade
Caminha, Poesias.)
a) A qual século se refere esta poesia?
b) Sobre quais regiões do Ocidente reinou D. Manuel?
3) (PUC-SP-2002) “Quem quer passar além do Bojador,
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.”
Fernando Pessoa, “Mar Português”, in Obra poética.Rio de
Janeiro, Editora José Aguilar, 1960, p.19
O trecho de Fernando Pessoa fala da expansão marítima
portuguesa. Para entendê-lo, devemos saber que
a) “Bojador” é o ponto ao extremo sul da África e que
atravessá-lo significava encontrar o caminho para o
Oriente.
b) a “dor” representa as doenças, desconhecidas dos
europeus, mas existentes nas terras a serem conquistadas
pelas expedições.
c) o “abismo” refere-se à crença, então generalizada, de que
a Terra era plana e que, num determinado ponto, acabaria,
fazendo caírem os navios.
d) a menção a “Deus” indica a suposição, à época, de que o
Criador era contrário ao desbravamento dos mares e que
puniria os navegadores.
e) o “mar” citado é o Oceano Índico, onde estão localizadas
as Índias, objetivo principal dos navegadores.
4) (Vunesp-1999) "A conquista de Ceuta foi o primeiro
passo na execução dum vasto plano, a um tempo religioso,
político e econômico. A posição de Ceuta facilitava a
repressão da pirataria mourisca nos mares vizinhos; e sua
posse, seguida de outras áreas marroquinas, permitiria aos
portugueses desafiar os ataques muçulmanos à cristandade
da Península Ibérica." (João Lúcio de Azevedo. Época de
Portugal econômico: esboços históricos.)
De acordo com o texto, é correto interpretar que:
a) a expansão marítima portuguesa teve como objetivo
expulsar os muçulmanos da Península Ibérica.
b) a influência do poder econômico marroquino foi decisiva
para o desenvolvimento das navegações portuguesas.
c) o domínio dos portugueses sobre Ceuta era parte de um
vasto plano para expulsar os muçulmanos do comércio
africano e indiano.
d) a expansão marítima ibérica visava a cristianizar o
mundo muçulmano para dominar as rotas comerciais
africanas.
e) o domínio de territórios ao norte da África foi uma etapa
fundamental para a expansão comercial e religiosa de
Portugal.
5) (Mack-2003) A carta de Caminha tecia grandes elogios à
nova terra: mui chã e formosa em se plantando tudo dá.
Contudo, a colonização só viria acontecer trinta anos mais
tarde, em decorrência:
a) do risco de perder a colônia, pela presença constante de
franceses no litoral e pelo declínio do comércio português
no oriente.
b) do fracasso espanhol na exploração de metais preciosos
nos impérios asteca e inca.
c) do controle por Portugal, a partir de 1530, do monopólio
e da distribuição das especiarias orientais pela Europa.
d) da redução do endividamento de Portugal com os
banqueiros de Flandres.
e) da descoberta de grandes jazidas de ouro na região das
Minas Gerais.
6) (Mack-2005) Na expansão marítimo-comercial européia,
o pioneirismo português nas grandes navegações pode ser
explicado como resultado de diversos fatores. Entre eles,
podemos assinalar:
a) a precoce centralização política e a intervenção real em
favor da navegação pelo oceano Atlântico.
b) o avanço das artes cartográficas e as reivindicações de
reformas liberais pela burguesia comercial.
c) a cobiça da burguesia mercantil e a prática do liberalismo
político e econômico pela Coroa portuguesa.2 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
d) a descoberta das novas rotas mediterrâneas para
Constantinopla e a concorrência com as cidades italianas de
Gênova e Roma.
e) a localização geográfica favorável e o estabelecimento de
amplas relações comerciais, via Mar Mediterrâneo, com o
Oriente.
7) (Mack-1996) As razões do pioneirismo português na
Expansão Marítima dos séculos XV e XVI foram:
a) a invasão da Península Ibérica pelos árabes e a conquista
de Calicute pelos turcos.
b) a assinatura do Tratado de Tordesilhas por Portugal e
pelos demais países europeus.
c) um Estado Liberal centralizado, voltado para a
acumulação de novos mercados consumidores.
d) As guerras religiosas, a descentralização política do
Estado e o fortalecimento dos laços servis.
e) uma monarquia centralizada, interessada no comércio de
especiarias.
8) (UFRJ-1999) "...se é de globo mundo que se trata e de
império e rendimentos que impérios dão, faz o infante D.
Henrique fraca figura comparado com este D. João, quinto
já se sabe de seu nome na tabela dos reis, sentado numa
cadeira de braços de pau-santo, para mais comodamente
estar e assim com outro sossego atender ao guarda-livros
que vai escriturando no rol os bens e as riquezas, de
Macau as sedas, os estofos, as porcelanas, os lacados, o chá,
a pimenta, o cobre, o âmbar cinzento, o ouro, de Goa os
diamantes brutos, os rubis, as pérolas, a canela, mais
pimenta, os panos de algodão, o salitre, de Diu os tapetes,
os móveis tauxiados, as colchas bordadas, de Melinde o
marfim, de Moçambique os negros, o ouro, de Angola
outros negros, mas estes menos bons, o marfim, que esse,
sim, é o melhor do lado ocidental da África, de São
Tomé a madeira, a farinha de mandioca, as bananas, os
inhames, as galinhas, os carneiros, os cabritos, o índigo, o
açúcar, de Cabo Verde alguns negros, a cera, o marfim, os
couros, ficando explicado que nem todo o marfim é de
elefante, dos Açores e Madeira os panos, o trigo, os licores,
os vinhos secos, as
aguardentes, as cascas de limão cristalizadas, os frutos, e
dos lugares que hão-de vir a ser Brasil o açúcar, o tabaco, o
copal, o índigo, a madeira, os couros, o algodão, o cacau, os
diamantes, as esmeraldas, a prata, o ouro, que
só deste vem ao reino, ano por ano, o valor de doze a
quinze milhões de cruzados, em pó e amoedado, fora o
resto, e fora também o que vai ao fundo ou levam os
piratas..."
(Saramago, José. Memorial do convento. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 1994, p.227-8)
O trecho acima remete à formação e expansão dos impérios
coloniais entre os séculos XV e XVIII. O Mercantilismo era
dos pincipais pilares dos Estados Nacionais europeus dessa
época.
Identifique quatro características do mercantilismo.
9) (Vunesp-2000) As invasões e dominação de vastas
regiões pelos árabes na Península Ibérica provocaram
transformações importantes para portugueses e espanhóis,
que os diferenciaram do restante da Europa medieval. As
influências dos árabes, na região, relacionaram-se a
A) acordos comerciais entre cristãos e mouros, a fim de
favorecer a utilização das rotas de navegação marítima em
torno dos continentes africano e asiático, para obter
produtos e especiarias.
B) conflitos entre cristãos e muçulmanos, que facilitaram a
centralização da monarquia da Espanha e Portugal, sem
necessitar do apoio da burguesia para efetivar as grandes
navegações oceânicas.
C) difusão das idéias que ocasionaram a criação da
Companhia de Jesus, responsável pela catequese nas terras
americanas e africanas conquistadas através das grandes
navegações.
D) acordos entre cristãos e muçulmanos, para facilitar a
disseminação das idéias e ciências
romanas, fundamentais para o crescimento comercial e das
artes náuticas.
E) contribuições para a cultura científica, possibilitando
ampliação de conhecimentos, principalmente na
matemática e astronomia, que permitiram criações de
técnicas marítimas para o desenvolvimento das navegações
oceânicas.
10) (Vunesp-2000) “(…) aportei a Portugal, onde o rei dali
entendia descobrir ouro mais do que qualquer outro; [mas]
em quatorze anos não pude fazê-lo entender o que eu
dizia.”
(Carta de Cristóvão Colombo aos reis da Espanha, maio de
1505.)
Conforme o texto de Cristóvão Colombo, pergunta-se:
a) A que se deve atribuir a recusa do rei de Portugal?
b) Por que navegadores italianos, como Cristóvão Colombo
e Américo Vespúcio, trabalhavam para os reis da Espanha
ou de Portugal?
11) (UFSCar-2003) ... a continuidade mecânica que a
historiografia e os manuais escolares estabelecem entre o
Brasil de hoje e o território heterogêneo açambarcado pela
América portuguesa. Ora, não passa pela cabeça de um
americano confundir a história da América britânica com a
dos Estados Unidos. Da mesma forma, os mexicanos, os
peruanos ou os argentinos não transpõem diretamente a
história nacional de seus países para o quadro dos
respectivos vice-reinados espanhóis de que dependiam. No
Brasil, essa identificação entre colônia e nação é imediata.
Recentemente, num congresso histórico realizado numa
grande universidade européia, um professor brasileiro,
comentando a carta de Pero Vaz de Caminha, assinalou3 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
uma frase do documento e a definiu, sem pestanejar, como
uma expressão tipicamente brasileira.
(Luiz Felipe de Alencastro. “A perenidade do Brasil”. Veja,
25.09.2002)
Do texto, depreende-se que o autor defende a idéia de que
a) países como os Estados Unidos e o México não são
nacionalistas.
b) a história da nação brasileira se inicia com a América
portuguesa.
c) a história nacional dos argentinos é semelhante à história
mexicana, por terem sido ambos os países colonizados pela
Espanha.
d) é incorreta a interpretação norte-americana de separar
sua história da história inglesa.
e) o Brasil, como nação e território, não existia no início da
colonização européia da América.
12) (Mack-2003) Uma das alternativas abaixo NÃO
corresponde às diferenças entre o Neocolonialismo do
século XIX e o Colonialismo do século XVI.
a) Os agentes do Colonialismo foram a burguesia
financeiro-industrial e os Estados da Europa, América,
enquanto os do Neocolonialismo foram os Estados
metropolitanos europeus e sua burguesia comercial.
b) As principais áreas de dominação do Neocolonialismo
foram a África e a Ásia, e as do Colonialismo, as Américas.
c) A fase do capitalismo em que o Neocolonialismo se
desenvolveu denominou-se Capitalismo Industrial e
Financeiro e a do Colonialismo, Capitalismo Comercial.
d) O Neocolonialismo buscava garantir a reserva de
mercados e o fornecimento de matérias-primas, enquanto o
Colonialismo buscava o fornecimento de produtos tropicais
e metais preciosos.
e) O Neocolonialismo teve como justificativa ideológica a
missão civilizadora do homem branco de espalhar o
progresso, enquanto no Colonialismo a justificativa era a
expansão da fé cristã.
13) (Mack-2005) A fome do ouro e, principalmente, a
cobiça de escravos representam, de fato, o grande móvel
dos primeiros descobrimentos portugueses...
Sérgio Buarque de Holanda
O “achamento” do Brasil, no contexto da expansão
marítima européia, pode ser considerado um marco,
porque:
a) Portugal teve condições de voltar-se para o
continente americano, a fim de rivalizar com a
Espanha e abandonar suas pretensões territoriais no
Oriente.
b) a descoberta das terras brasileiras pelos
portugueses abriu um conflito com a Espanha, que só
foi resolvido após a assinatura do Tratado de
Tordesilhas.
c) Portugal encontrou novas terras para o
desenvolvimento da lavoura de produtos tropicais,
como a cana-de-açúcar.
d) o mero acaso do encontro das terras brasileiras
atrasou a chegada às Índias, postergando por
décadas o estabelecimento do monopólio das
especiarias orientais.
e) a esquadra comandada por Cabral, com seu
desvio para o Ocidente, contribuiu para a
consolidação do domínio português no Atlântico Sul.
14) (FGV-2005) “Gostaria muito de ver no testamento de
Adão a passagem em que ele divide o Novo Mundo entre
meus irmãos, o Imperador Carlos V e o rei de Portugal.”
Esta frase, proferida pelo rei francês Francisco I em 1540,
reflete:
A) O descontentamento da França com relação aos acordos
firmados entre Portugal e Inglaterra acerca do tráfico de
escravos africanos.
B) A ironia do governo francês com respeito às investidas
das potências européias, por ocasião da chamada partilha da
África.
C) O questionamento do apoio dado pelo poder pontifício
aos acordos celebrados entre as Coroas ibéricas.
D) O inconformismo com o monopólio comercial
estabelecido pelos portugueses com relação ao comércio de
especiarias orientais.
E) A aceitação da hegemonia portuguesa com respeito às
chamadas viagens ultramarinas.
15) (FGV-2005) “Gostaria muito de ver no testamento de
Adão a passagem em que ele divide o Novo Mundo entre
meus irmãos, o Imperador Carlos V e o rei de Portugal.”
Esta frase, proferida pelo rei francês Francisco I em 1540,
reflete:
A) O descontentamento da França com relação aos acordos
firmados entre Portugal e Inglaterra acerca do tráfico de
escravos africanos.
B) A ironia do governo francês com respeito às investidas
das potências européias, por ocasião da chamada partilha da
África.
C) O questionamento do apoio dado pelo poder pontifício
aos acordos celebrados entre as Coroas ibéricas.
D) O inconformismo com o monopólio comercial
estabelecido pelos portugueses com relação ao comércio de
especiarias orientais.
E) A aceitação da hegemonia portuguesa com respeito às
chamadas viagens ultramarinas.
16) (Fuvest-1996) A que se pode atribuir a primazia
portuguesa nos descobrimentos e na expansão marítima
moderna?
17) (UFRJ-1997) "A Metrópole, por isso que é mãe, deve
prestar às colônias suas filhas todos os bons ofícios e
socorros necessários para a defesa e a segurança das suas
vidas e dos seus bens (...).
Estes benefícios pedem iguais recompensas e, ainda, alguns
justos sacrifícios; e, por isso é necessário que as colônias
também, da sua parte, sofram: 1) que só possam comerciar
diretamente com a Metrópole, excluída toda e qualquer
outra nação, ainda que lhes faça um comércio mais
vantajoso; (...) Desta sorte, os justos interesses e as relativas
dependências mutuamente serão ligadas."
(Azeredo Coutinho, J.J. da Cunha.
Ensaio sobre o comércio de Portugal e suas colônias, 1816)
A empresa que se organiza como parte integrante do
sistema colonial português na Época Moderna tem como
base os elementos da política econômica mercantilista,
entre os quais se encontra o monopólio comercial.
a) Identifique duas características da empresa colonial
portuguesa na Época Moderna.
b) Explique a função do monopólio comercial no sistema
colonial da época mercantilista.
18) (Mack-2000) (...) E isto não têm só os que de lá vieram,
mas ainda os que cá nasceram, que uns e outros usam
da terra não como senhores mas como usufrutuários, só
para a desfrutarem e a deixarem destruída(...). Donde nasce
também que nem um homem nesta terra é repúblico, nem
zela ou trata do bem comum, senão cada um do bem
particular.
Literatura dos Descobrimentos — Diálogo das Grandezas
do Brasil —Ambrósio Fernandes Brandão
O texto permite concluir que:
a) nossa colonização era voltada para o povoamento e a
valorização do mercado interno.
b) na colonização, o uso da terra era de caráter predatório,
proporcionando acentuado patrimonialismo, responsável
pela inexistência de espírito público.
c) o trabalho escravo e o uso da terra voltados para
subsistência impediram o desenvolvimento e a
integração da colônia.
d) os colonos não apoiavam a república porque esta
contrariava seus ideais emancipatórios.
e) entre nós, a república era um alto valor político, já que
nos opunhamos à privatização da coisa
pública.
19) (UEPA-2001) ” Ó mar salgado, quanto do teu sal
são lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Mar Português -
Fernando Pessoa (fragmentos)
O mar português, retratado na poesia acima, é a
representação simbólica do processo expansionista europeu.
Sobre tal processo e suas repercussões sócio-espaciais,
pode-se afirmar:
a) O mar constituiu a riqueza econômica Lusitana nos
séculos XV e XVI, visto que esta nação,
por sua experiência comercial, monopolizou a navegação„o
marítima, tornando-se responsável
pela descoberta das terras da América.
b) As grandes navegações expandiram o conhecimento
humano sobre o espaço mundial o que,
para Portugal, representou a evasão de sua população em
busca de melhores condições nas
terras descobertas, resultando em seu declínio econômico
que se repercute até os dias atuais.
c) O controle das rotas marítimas resultou na constituição
de um Estado burguês lusitano, visto
que os lucros da atividade mercantil foram reinvestidos na
ampliação da estrutura produtiva,
tornando o país uma lucrativa nação mercantilista até o
advento industrial.
d) A conquista do oceano Atlântico pelo mercantilismo
português rompeu o misticismo do mar
tenebroso, proporcionando a ascensão da economia lusa,
visto que, com sua navegação, foi
iniciado o comércio das especiarias orientais e os domínios
territoriais.
e) A navegação marítima representou a inserção lusa na
nova Divisão Internacional do Trabalho,
servindo-se das rotas comerciais para sua ligação com as
áreas coloniais fornecedoras de
matérias-primas e mão-de-obra.
20) (UNICAMP-2004) No século XVII, o Rio de Janeiro era
um dos principais pólos econômicos do Império
Ultramarino Português. Na segunda metade do século, a
região era grande produtora e exportadora de açúcar e
consumidora de escravos, sendo que seus comerciantes
atuavam intensamente no tráfico negreiro com a África e no
acesso à prata das zonas espanholas na América, através do
rio da Prata. A despeito de tudo, seus moradores viviam
oprimidos com as pesadas taxações que eram obrigados a
pagar para a manutenção das tropas de defesa.
(Adaptado de Luciano Raposo de Almeida Figueiredo, O
Império em apuros: notas para o estudo das alterações
ultramarinas e das práticas políticas no Império Colonial
Português. Séculos XVII e XVIII, em Júnia Ferreira
Furtado (org.), Diálogos Oceânicos. Minas Gerais e as
novas abordagens para uma história do Império
Ultramarino Português. Belo Horizonte/São Paulo:
UFMG/Humanitas, 2001, p. 207).
a) Identifique os principais pólos que demarcam a extensão
territorial do Império Ultramarino Português no século
XVII.
b) Quais atividades desenvolvidas na América Portuguesa
sustentaram sua importância econômica durante o século
XVII?
c) Explique de que maneira o fisco era um problema na
América Portuguesa.5 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
21) (Mack-2007) A respeito do nascimento e da
consolidação dos Estados nacionais ibéricos, no limiar da
Idade Moderna, são feitas as seguintes afirmações:
I. As lutas de reconquista do território da península
aos muçulmanos, que a haviam ocupado desde o século
VIII, constituem um dos principais elementos do processo
de formação desses Estados nacionais.
II. A ascensão de D. João, mestre de Avis, ao trono
português, em 1385, encontrou apoio nos grupos de
comerciantes portugueses, numa época de florescimento
das atividades comerciais no Reino.
III. O ano de 1492, além de selar definitivamente a
centralização política da futura Espanha após a vitória
militar sobre o rei mouro de Granada, marca a descoberta
da América por Colombo, que viajara a serviço dos “Reis
Católicos”.
Assinale:
a) se apenas I é correta.
b) se apenas I e II são corretas.
c) se apenas II e III são corretas.
d) se apenas I e III são corretas.
e) se I, II e III são corretas.
22) (FUVEST-2008) “Os cosmógrafos e navegadores de
Portugal e Espanha procuram situar estas costas e ilhas da
maneira mais conveniente aos seus propósitos. Os
espanhóis situam-nas mais para o Oriente, de forma a
parecer que pertencem ao Imperador (Carlos V); os
portugueses, por sua vez, situam-nas mais para o Ocidente,
pois deste modo entrariam em sua jurisdição.” Carta de
Robert Thorne, comerciante inglês,ao rei Henrique VIII, em
1527.
O texto remete diretamente
a) à competição entre os países europeus retardatários na
corrida pelos descobrimentos.
b) aos esforços dos cartógrafos para mapear com precisão
as novas descobertas.
c) ao duplo papel da marinha da Inglaterra, ao mesmo
tempo mercantil e corsária.
d) às disputas entre países europeus, decorrentes do Tratado
de Tordesilhas.
e) à aliança das duas Coroas ibéricas na exploração
marítima.
23) (Mack-2007) (...) As vias estão portanto abertas
simultaneamente para sudoeste, logo para as Américas, e
para sudeste, logo para o oceano Índico e para a Ásia. Os
terrores que enchiam a alma dos marinheiros sobre as extremidades da Terra estão ultrapassados. O sistema
dos ventos atlânticos está compreendido. A bússola, o
astrolábio, as tabelas de navegação permitem localizar mais
ou menos a posição do navio na imensidade marítima. A
nau ou nave e a caravela substituem vantajosamente a
galera e suas derivadas, frente às vagas do oceano. Os
europeus estão ávidos de saber o que se passa além-oceano.
Os Estados reencontraram uma paz e uma relativa
prosperidade. Tudo está no seu lugar para os grandes
descobrimentos. Frédéric Mauro - A expansão européia Os “grandes
descobrimentos” a que o trecho acima se refere
a) foram possíveis, no caso de Portugal, graças à
combinação de vários fatores, destacadamente, a
centralização do poder monárquico em 1385, que
aproximou o poder real dos interesses dos comerciantes
lusos.
b) não despertaram, por todo o século XV, nenhum
interesse nos “Reis Católicos” da Espanha, preocupados
exclusivamente com as lutas contra os mouros que ainda
ocupavam a Península Ibérica.
c) permitiram o estabelecimento de amplas relações
comerciais, pacíficas e mutuamente vantajosas, entre os
povos europeus e os povos africanos e americanos.
d) provocaram um enfraquecimento imediato das
monarquias absolutistas (sobretudo as ibéricas),
substituídas por repúblicas governadas daí em diante pelos
grupos burgueses.
e) ocorreram numa época de grande obscurantismo cultural
e científico, de recusa sistemática a toda inovação técnica, e
de desprezo pela herança artística e filosófica do mundo
greco-romano.
24) (VUNESP-2007) No extremo leste da Indonésia, na parte
oriental de uma ilha, situa-se um dos membros da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o
Timor Leste, cuja autonomia só recentemente foi
assegurada, graças à importante presença de forças da
ONU.
A existência de um país de língua portuguesa nessa região
deve-se
a) à Companhia de Jesus, que disseminou o catolicismo na
região e contribuiu para que seu povo adotasse o idioma de
Camões.
b) ao imperialismo neocolonialista do final do século XIX,
que levou essa região do globo a ser partilhada pelos países
europeus.
c) à ação humanitária dos portugueses, que intervieram na
região para impedir que sua população cristã fosse
subjugada pela maioria budista.
d) aos conflitos originados da Guerra Fria, quando os EUA
apoiaram a presença portuguesa na região para defender os
interesses ocidentais.
e) à expansão comercial e marítima dos séculos XV e XVI,
que levaram as naus portuguesas a essa região, então,
incorporada ao império de Lisboa.

Exercícios de História do Brasil – Período


Colonial – sobre Período do Açúcar

1) (Vunesp-2003) O Brasil foi dividido em quinze quinhões,


por uma série de linhas paralelas ao equador que iam do
litoral ao meridiano de Tordesilhas, sendo os quinhões
entregues (…) [a] um grupo diversificado, no qual havia
gente da pequena nobreza, burocratas e comerciantes, tendo
em comum suas ligações com a Coroa.
(B. Fausto, História do Brasil.)
No texto, o historiador refere-se às
A) câmaras setoriais.
B) sesmarias.
C) colônias de povoamento.
D) capitanias hereditárias.
E) controladorias.
2) (UEL-1996) A política econômica do mercantilismo
explica, no Brasil Colônia, a:
a) decadência da economia de subsistência no Nordeste.
b) introdução do trabalho assalariado na agricultura.
c) prática econômica da substituição de importações.
d) implementação da indústria têxtil no Sudeste.
e) implantação da empresa agrícola açucareira.
3) (UFSCar-2001) Sobre a economia e a sociedade do Brasil
no período colonial, é correto relacionar
A) economia diversificada de subsistência, grande
propriedade agrícola e mão-de-obra livre.
B) produção para o mercado interno, policultura e
exploração da mão-de-obra indígena no litoral.
C) capitalismo industrial, exportação de matérias-primas e
exploração do trabalho escravo temporário.
D) produção de manufaturados, pequenas unidades
agrícolas e exploração do trabalho servil.
E) capitalismo comercial, latifúndio monocultor exportador
e exploração da mão-de-obra escrava.
4) (UNICAMP-2003) Em 1694, tropas comandadas pelo
paulista Domingos Jorge Velho destruíram o quilombo de
Palmares, que havia se formado desde o início do século
XVII. Poucos sobreviveram ao ataque final, refugiando-se
nas matas da Serra da Barriga sob a liderança de Zumbi,
morto em 20 de novembro de 1695, depois de resistir por
quase dois anos.
a) O que foi o quilombo de Palmares?
b) Além de realizar ataques a quilombos, que outros
interesses tinham os paulistas em suas expedições pelos
sertões?
c) Explique por que o dia da morte de Zumbi é considerado
o "dia nacional da consciência negra".
5) (UNIFESP-2003) Com relação à economia do açúcar e da
pecuária no nordeste durante o período colonial, é correto
afirmar que:
A) por serem as duas atividades essenciais e
complementares, portanto as mais permanentes, foram as
que mais usaram escravos.
B) a primeira, tecnologicamente mais complexa, recorria à
escravidão, e a segunda, tecnologicamente mais simples, ao
trabalho livre.
C) a técnica era rudimentar em ambas, na agricultura por
causa da escravidão, e na criação de animais por atender ao
mercado interno.
D) tanto em uma quanto em outra, desenvolveram-se
formas mistas e sofisticadas de trabalho livre e de trabalho
compulsório.
E) por serem diferentes e independentes uma da outra, não
se pode estabelecer qualquer tentativa de comparação entre
ambas.
6) (Mack-2005) Entre as funções desempenhadas pela Igreja
Católica no período colonial, destaca-se:
a) o incentivo à escravização dos nativos, pelos colonos,
por meio da qualificação de todos os índios como criaturas
sem alma.
b) a tentativa de restringir a utilização de mão-de-obra
escrava indígena, apenas aos serviços agrícolas nas áreas de
extração do ouro e da prata.
c) a orientação da educação indígena, no sentido de
estimular a formação, na colônia, de uma elite intelectual
católica.
d) a imposição dos princípios cristãos por meio da
catequese, favorecendo o avanço do processo colonizador.
e) a promoção da plena alfabetização com a conversão de
todos os índios e negros à fé católica.
7) (UFMG-1994) Leia os versos.
"Seiscentas peças barganhei
- Que pechincha! - no Senegal
A carne é rija, os músculos de aço,
Boa liga do melhor metal.
Em troca dei só aguardente,
Contas, latão - um peso morto!
Eu ganho oitocentos por cento
Se a metade chegar ao porto".
(Heinrich HEINE,, APUD BOSI, Alfredo. DIALÉTICA
DA COLONIZAÇÃO. São Paulo: Cia. das Letras, 1992).
a) IDENTIFIQUE a atividade a que se referem esses
versos.
b) Cada uma das estrofes desenvolve uma idéia central.
IDENTIFIQUE essas idéias.
8) (Fuvest-2000) No que diz respeito à combinação entre
capital, tecnologia e organização, a lavoura açucareira2 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
implantada pelos portugueses no Brasil seguiu um modelo
empregado anteriormente
a) no Norte da África e no Caribe.
b) no Mediterrâneo e nas ilhas africanas do Atlântico.
c) no sul da Itália e em São Domingos.
d) em Chipre e em Cuba.
e) na Península Ibérica e nas colônias holandesas.
9) (Vunesp-2003) No Brasil, costumam dizer que para os
escravos são necessários três PPP, a saber, pau, pão e pano.
E, posto que comecem mal, principiando pelo castigo que é
o pau, contudo, prouvera a Deus que tão abundante fosse o
comer e o vestir como muitas vezes é o castigo.
(André João Antonil, Cultura e opulência do Brasil por
suas drogas e minas, 1711)
a) Qual a crítica ao sistema escravista feita pelo autor
do trecho apresentado?
b) Indique dois motivos que explicam a introdução da
escravidão negra na porção americana do Império
português.
10) (UFSCar-2003) Observe os versos da canção.
(...)
Mesmo depois de abolida a escravidão
Negra é a mão de quem faz a limpeza
Lavando a roupa encardida, esfregando o chão
Negra é a mão, é a mão da pureza
Negra é a vida consumida ao pé do fogão
Negra é a mão nos preparando a mesa
Limpando as manchas do mundo com água e sabão
(...)
Êta branco sujão
(Gilberto Gil, A mão da limpeza)
a) Que origens históricas desencadearam a realidade
descrita na letra de música apresentada?
b) Que elementos da atual realidade brasileira estão
presentes nessa letra de música?
11) (UEL-2003) Nos textos a seguir, o jesuíta José de
Anchieta e o escritor Euclides da Cunha apresentam
imagens inusitadas do sertão brasileiro.
“O mal se espalha nos matos ou se esconde nas furnas e nos
pântanos, de onde sai à noite sob as espécies da cobra e do
rato, do morcego e da sanguessuga. Mas o perigo mortal se
dá quando tais forças, ainda exteriores, penetram na alma
dos homens.”
(José de Anchieta citado por CHAUÍ, Marilena. Brasil:
mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo: Editora
Fundação Perseu Abramo, 2000. p. 66.)
“É uma paragem impressionadora. As condições estruturais
da terra lá se vincularam à violência máxima dos agentes
exteriores para o desenho dos relevos estupendos. O regime
torrencial dos climas excessivos, sobrevindo de súbito,
depois das insolações demoradas, e embatendo naqueles
pendores, expôs há muito, arrebatando-lhes para longe
todos os elementos degradados, as séries mais antigas
daqueles últimos rebentos das montanhas (...), dispondo-se
em cenários em que ressalta, predominantemente, o aspecto
atormentado das paisagens. (...) Dissociam-na [a terra] nos
verões queimosos; degradam-na [a terra] nos invernos
torrenciais.”
(CUNHA, Euclides da. Os sertões. Ed. crítica org. por
Walnice N. Galvão. São Paulo: Ática, 1998. p. 26.)
Com base nos textos, assinale a alternativa que apresenta a
compreensão dos autores sobre o sertão.
a) Para Anchieta o sertão é o lugar do mal, onde o demônio
fica à espreita pronto para atacar, enquanto para Euclides é
uma terra atormentada e martirizada em sua essência.
b) Para Euclides o sertão é a confirmação da descrição
idílica de Caminha, enquanto para Anchieta é o purgatório,
onde jamais a palavra de Deus frutificará.
c) Tanto para o jesuíta quanto para o escritor o sertão é o
espaço do sertanejo fraco, que foge da luta contra a fúria
dos elementos da natureza.
d) Tanto para o jesuíta quanto para o escritor o sertão é o
lugar da promessa de riqueza, que pode redimir os males da
sociedade brasileira.
e) Para Euclides o sertão é o espaço do encontro
harmonioso entre o homem e a natureza, enquanto para
Anchieta é o lugar das delícias do paraíso cristão.
12) (UEL-2003) A escravidão marcou profundamente as
relações inter-raciais no tecido social do Brasil e dos
Estados Unidos. Sobre as relações inter-raciais na
atualidade, é correto afirmar:
a) No Brasil, os negros sofrem segregação e restrições
legais formalizadas na limitação da escolha de moradias e
do acesso a locais públicos.
b) Nos Estados Unidos, existe uma harmoniosa convivência
entre negros e brancos nos diversos espaços públicos.
c) Os conceitos e categorias elaborados para analisar e
descrever as relações sociais entre negros e brancos devem
ser os mesmos para os dois países.
d) No Brasil a tese da “democracia racial” está consolidada,
sendo que o preconceito e a discriminação racial
restringem-se ao passado colonial.
e) As diferenças entre negros e brancos, que estruturam a
sociedade brasileira, são alimentadas pelas desigualdades
de classes e pelos preconceitos raciais.
13) (FGV-2003) “Os escravos são as mãos e os pés do
senhor de engenho, porque sem eles não é possível fazer,
conservar e aumentar fazenda, nem ter engenho corrente.”
ANTONIL, Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte:
Itatiaia, 1982, p. 89.
Assinale a alternativa correta:
A) A escravização dos negros africanos permitiu que os
índios deixassem de ser escravizados durante o período
colonial.
B) O trabalho manual era visto como degradante pelos
senhores brancos, e a escravidão, uma forma de lhes
garantir uma vida honrada no continente americano.3 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
C) Apesar dos vultosos lucros obtidos com o tráfico, a
adoção da escravidão de africanos explica-se pela melhor
adequação dos negros à rotina do trabalho colonial.
D) Extremamente difundida na Região Nordeste, a
escravidão teve um papel secundário e marginal na
exploração das minas de metais e pedras preciosas no
interior do Brasil.
E) Diante das condições de vida dos escravos, os jesuítas
criticaram duramente a escravidão dos negros africanos, o
que provocou diversos conflitos no período colonial.
14) (FGV-2003) Durante a época Moderna, o sistema de
plantation:
A) propagou-se pela Europa Ocidental e caracterizou-se
pela pequena exploração agrícola, pelo trabalho assalariado
e pela produção em pequena escala de gêneros alimentícios.
B) disseminou-se pelo continente africano e caracterizavase pela prática do escambo entre os conquistadores
europeus e as tribos nativas.
C) instalou-se no continente americano e tinha como
características o latifúndio, a escravidão e a produção em
larga escala de matérias-primas e gêneros tropicais.
D) foi uma particularidade da América de colonização
ibérica e caracterizava-se pela grande propriedade agrícola,
escravidão e produção de manufaturados.
E) foi uma especificidade da América anglo-saxã e tinha
como características a pequena propriedade, o trabalho
familiar e o desenvolvimento do mercado interno colonial.
15) (FGV-2004) Comparando a produção canavieira à
extração mineradora no Brasil colonial, podemos afirmar
que:
a) A primeira caracterizou-se pela utilização da mão-deobra escrava, enquanto a segunda baseou-se
fundamentalmente no trabalho assalariado.
b) A primeira esteve voltada para o mercado interno
colonial e a segunda articulou-se aos circuitos do mercado
mundial.
c) A primeira desenvolveu-se principalmente nas áreas do
interior, enquanto a segunda estabeleceu-se principalmente
nas áreas próximas ao litoral.
d) A primeira esteve vinculada às estruturas do Antigo
Sistema Colonial, enquanto a segunda pôde desenvolver- se
independentemente do controle metropolitano.
e) A primeira desenvolveu-se numa sociedade de caráter
rural e a segunda promoveu o aparecimento de uma
sociedade de caráter fortemente urbano.
16) (PUC-SP-2005) A utilização de escravos negros
africanos teve papel bastante importante na colonização das
Américas porque
A) diminuiu a produtividade na agricultura, dada a baixa
capacidade de trabalho dos africanos, implicando declínio
da lavoura açucareira, como se pode notar no Nordeste
brasileiro e no Caribe.
B) facilitou a busca de metais nobres, principal objetivo dos
colonizadores, em virtude da falta de habilidade dos
africanos na procura e localização de minas e no manejo
dos instrumentos de mineração.
C) ofereceu mercado para os produtos primários das
colônias, como se pode notar no crescimento intenso do
consumo no sul dos Estados Unidos, onde se utilizava mãode-obra escrava.
D) garantiu acumulação de capital nas metrópoles, em
virtude dos ganhos obtidos no tráfico, que envolvia desde a
aquisição de negros na África até sua venda para o trabalho
escravo na América.
E) impediu a escravização do índio e assegurou a
persistência de grandes comunidades indígenas, como se
pode notar nas regiões dos antigos Impérios Inca, Maia e
Asteca, que se mantiveram intocadas pelo espanhol.
17) (Mack-2005) O trabalho da Companhia de Jesus foi um
dos elementos que contribuiu para colonização do território
brasileiro.Sobre a participação dos padres jesuítas nesse
processo, assinale a alternativa correta.
a) Os jesuítas destacaram-se na ocupação da região norte do
território brasileiro, que assumiu, no século XVII, o papel
de área central do pacto colonial.
b) Os jesuítas, através de sua ação missionária, colaboraram
para a consolidação do controle da Coroa Portuguesa sobre
as áreas coloniais.
c) Graças à atuação do Marquês de Pombal, e por meio da
aliança do Estado com a Companhia de Jesus, foram
criadas as condições políticas para a ação dos jesuítas.
d) Os índios, os jesuítas e os bandeirantes coexistiram de
forma harmônica, consolidando e ampliando a dominação
portuguesa sobre os territórios do Paraguai e do Uruguai.
e) A catequese converteu o indígena em mão-de-obra
disponível e majoritária, na agricultura de exportação,
durante todo o período colonial.
18) (UFSCar-2005) O principal porto da Capital [de
Pernambuco], que é o mais nomeado e freqüentado de
navios que todos os mais do Brasil, (...) está ali uma
povoação de 200 vizinhos, com uma freguesia do Corpo
Santo, de quem são os mareantes mui devotos, e muitas
vendas e tabernas, e os passos do açúcar, que são umas
lojas grandes, onde se recolhem os caixões até se
embarcarem nos navios.
(Frei Vicente do Salvador, História do Brasil— 1500-627.)
O texto refere-se ao povoado de Recife. A partir do
texto, é correto afirmar que um aspecto histórico que
explica a condição do povoado na época foi
A) o investimento feito pelos franceses na sua
urbanização.
B) a concorrência econômica com São Vicente, o que
justifica seu baixo índice de população.
C) a relação que mantinha com o interior do país,
sendo o principal entreposto do comércio interno da
produção de subsistência.
D) o fato de ser próspero economicamente por conta
da produção de açúcar para exportação.4 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
E) a presença da Igreja católica, estimulando
romarias e peregrinações de devotos.
19) (UNIFESP-2005) “Se abraçarmos alguns costumes deste
gentio, os quais não são contra nossa fé católica, nem são
ritos dedicados a ídolos, como é cantar cantigas de Nosso
Senhor em sua língua… e isto para os atrair a deixarem os
outros costumes essenciais…”.
(Manuel da Nóbrega, em carta de 1552.)
Com base no texto, pode-se afirmar que
A) os jesuítas, em sua catequese, não se limitaram a
aprender as línguas nativas para cristianizar os indígenas.
B) a proposta do autor não poderia, por suas concessões aos
indígenas, ser aceita pela ordem dos jesuítas.
C) os métodos propostos pelos jesuítas não poderiam, por
seu caráter manipulador, serem aceitos pelos indígenas.
D) os jesuítas experimentaram os mais variados métodos
para alcançar seu objetivo, que era explorar os indígenas.
E) os jesuítas, depois da morte de José de Anchieta,
abandonaram seus escrúpulos no sentido de corromper os
indígenas.
20) (UFV-2005) Em 1807, o naturalista prussiano Alexander
Von Humboldt afirmou que, na Espanha, o fato de não se
possuir ascendentes judeus ou árabes constituía uma
espécie de título de nobreza, enquanto na América a cor da
pele (mais ou menos branca) indicava a posição social do
indivíduo. Essas práticas discriminatórias têm longínquas
raízes históricas, que remetem à reconquista da Península
Ibérica e à colonização da América.
A partir dessas informações, leia atentamente os itens
abaixo.
I. Na reconquista da Península Ibérica, processo que
antecedeu à expansão ultramarina, os cristãos promoveram
a expulsão ou subordinação de grupos étnicos mouros e
judeus.
II. As ações dos tribunais da Inquisição tinham por objetivo
deter o avanço do protestantismo, mas estimularam também
as discriminações contra os não-cristãos.
III. O envolvimento de judeus e muçulmanos na conquista e
colonização do Novo Mundo eliminou as práticas
discriminatórias contra estes povos no continente europeu.
IV. A colonização da América não criou barreiras à
ascensão social dos não-espanhóis, o que fica evidenciado
pela forte mestiçagem desde o início da conquista do
continente.
V. A preponderância do fator religioso na reconquista da
Península Ibérica promoveu uma maior homogeneização da
população do que na América portuguesa e espanhola.
Estão CORRETOS apenas os itens:
a) II, III e IV.
b) I, IV e V.
c) I, III e IV.
d) II, III e V.
e) I, II e V.
21) (UNIFESP-2004) De acordo com um estudo recente, na
Bahia, entre 1680 e 1797, de 160 filhas nascidas em 53
famílias de destaque, mais de 77% foram enviadas a
conventos, 5% permaneceram solteiras e apenas 14 se
casaram. Tendo em vista que, no período colonial, mesmo
entre pessoas livres, a população masculina era maior que a
feminina, esses dados sugerem que
A) os senhores-de-engenho não deixavam suas filhas
casarem com pessoas de nível social e econômico inferior.
B) entre as mulheres ricas, a devoção religiosa era mais
intensa e fervorosa do que entre as mulheres pobres.
C) os homens brancos preferiam manter sua liberdade
sexual a se submeterem ao despotismo dos senhores-deengenho.
D) a vida na colônia era tão insuportável para as mulheres
que elas preferiam vestir o hábito de freiras na Metrópole.
E) a sociedade colonial se pautava por padrões morais que
privilegiavam o sexo e a beleza e não o status e a riqueza.
22) (Mack-2004) Em 1585, os colonos de São Vicente, São
Paulo e Santos enviaram uma petição ao capitão-mor de
São Vicente na qual solicitaram uma autorização para
organizar uma expedição de guerra contra uma tribo
indígena, justificando “(...) que Sua Mercê com a gente
desta dita capitania faça guerra campal aos índios
denominados carijós, os quais a têm há muitos anos
merecida por terem
mortos de quarenta anos a esta parte mais de cento e
cinqüenta homens brancos (...)”.
O contexto no qual essa petição foi elaborada nos permite
afirmar que:
a) a utilização da mão-de-obra indígena se fazia necessária
nesse momento pela falta de braços africanos, já que essa
região era uma importante fonte de renda para a Metrópole.
b) a escravidão indígena foi a solução adotada
principalmente nas áreas mais prósperas, como Pernambuco
e Bahia, onde a exportação açucareira exigia um elevado
contingente humano para a realização do trabalho.
c) não ocorreram conflitos intertribais entre os nativos, o
que dificultava a ação das expedições de apresamento
indígena, que constantemente enfrentavam o perigo e a
morte para realizar a captura de mão-de-obra.
d) para descumprir as ordens, vindas da Coroa, de proibição
à escravização dos nativos, os colonos alegavam motivos
relacionados a sua segurança pessoal e à moralização dos
costumes, haja vista os inúmeros casamentos mistos
realizados nessa região.
e) a escravidão indígena foi usada em toda a colônia, como
solução econômica secundária para a falta ou escassez de
escravos africanos, mas fracassou, dentro do contexto de
exploração colonial, como solução principal para o
problema da mão-de-obra.
23) (UNIFESP-2005) “Se abraçarmos alguns costumes deste
gentio, os quais não são contra nossa fé católica, nem são
ritos dedicados a ídolos, como é cantar cantigas de
Senhor em sua língua… e isto para os atrair a deixarem os
outros costumes essenciais…”.
(Manuel da Nóbrega, em carta de 1552.)
Com base no texto, pode-se afirmar que
A) os jesuítas, em sua catequese, não se limitaram a
aprender as línguas nativas para cristianizar os indígenas.
B) a proposta do autor não poderia, por suas concessões aos
indígenas, ser aceita pela ordem dos jesuítas.
C) os métodos propostos pelos jesuítas não poderiam, por
seu caráter manipulador, serem aceitos pelos indígenas.
D) os jesuítas experimentaram os mais variados métodos
para alcançar seu objetivo, que era explorar os indígenas.
E) os jesuítas, depois da morte de José de Anchieta,
abandonaram seus escrúpulos no sentido de corromper os
indígenas.
24) (Mack-2004) Em 1585, os colonos de São Vicente, São
Paulo e Santos enviaram uma petição ao capitão-mor de
São Vicente na qual solicitaram uma autorização para
organizar uma expedição de guerra contra uma tribo
indígena, justificando “(...) que Sua Mercê com a gente
desta dita capitania faça guerra campal aos índios
denominados carijós, os quais a têm há muitos anos
merecida por terem
mortos de quarenta anos a esta parte mais de cento e
cinqüenta homens brancos (...)”.
O contexto no qual essa petição foi elaborada nos permite
afirmar que:
a) a utilização da mão-de-obra indígena se fazia necessária
nesse momento pela falta de braços africanos, já que essa
região era uma importante fonte de renda para a Metrópole.
b) a escravidão indígena foi a solução adotada
principalmente nas áreas mais prósperas, como Pernambuco
e Bahia, onde a exportação açucareira exigia um elevado
contingente humano para a realização do trabalho.
c) não ocorreram conflitos intertribais entre os nativos, o
que dificultava a ação das expedições de apresamento
indígena, que constantemente enfrentavam o perigo e a
morte para realizar a captura de mão-de-obra.
d) para descumprir as ordens, vindas da Coroa, de proibição
à escravização dos nativos, os colonos alegavam motivos
relacionados a sua segurança pessoal e à moralização dos
costumes, haja vista os inúmeros casamentos mistos
realizados nessa região.
e) a escravidão indígena foi usada em toda a colônia, como
solução econômica secundária para a falta ou escassez de
escravos africanos, mas fracassou, dentro do contexto de
exploração colonial, como solução principal para o
problema da mão-de-obra.
25) (Mack-2004) (...) o número de refinarias, na Holanda,
passara de 3 ou 4 (1595) para 29 (1622), das quais 25
encontravam-se em Amsterdã, que se transformara no
grande centro de refino e distribuição do açúcar na Europa.
Elza Nadai e Joana Neves
A respeito do aumento de interesse, por parte dos
holandeses, não apenas na refinação do açúcar brasileiro,
mas também no transporte e distribuição desse produto nos
mercados europeus, acentuadamente no século XVII, é
correto afirmar que:
a) com a União Ibérica (1580-1640), os holandeses
desejavam conquistar militarmente o litoral nordestino para
obter postos estratégicos na luta contra a Espanha.
b) a ocupação de Salvador, em 1624, por tropas flamengas,
foi um sucesso, do ponto de vista militar, para diminuir o
poderio de Filipe II, rei da Espanha.
c) a criação da Companhia das Índias Ocidentais foi
responsável pela conquista do litoral ocidental da África, do
nordeste brasileiro e das Antilhas, visando obter mão-deobra para as lavouras antilhanas.
d) o domínio holandês, no nordeste brasileiro, buscava
garantir o abastecimento de açúcar, controlando a principal
região produtora, pois foi graças ao capital flamengo, que a
empresa açucareira pode ser instalada na colônia.
e) a Companhia das Índias Ocidentais, em 1634, na luta
pela conquista do litoral nordestino, propõe a proteção das
propriedades brasileiras submetidas à custódia holandesa,
porém, em troca, os brasileiros não poderiam manter sua
liberdade religiosa.
26) (FUVEST-2007)

Este quadro, pintado por Franz Post por volta de 1660, pode
ser corretamente relacionado
a) à iniciativa pioneira dos holandeses de construção dos
primeiros engenhos no Nordeste.
b) à riqueza do açúcar, alvo principal do interesse dos
holandeses no Nordeste.
c) à condição especial dispensada pelos holandeses aos
escravos africanos.
d) ao início da exportação do açúcar para a Europa por
determinação de Maurício de Nassau.
e) ao incentivo à vinda de holandeses para a constituição de
pequenas propriedades rurais.
27) (FUVEST-2007) No Brasil, os escravos
1. trabalhavam tanto no campo quanto na cidade, em
atividades econômicas variadas 2. sofriam castigos físicos, em praça pública, determinados
por seus senhores.
3. resistiam de diversas formas, seja praticando o suicídio,
seja organizando rebeliões.
4. tinham a mesma cultura e religião, já que eram todos
provenientes de Angola.
5. estavam proibidos pela legislação de efetuar pagamento
por sua alforria.
Das afirmações acima, são verdadeiras apenas
a) 1, 2 e 4.
b) 3, 4 e 5.
c) 1, 3 e 5.
d) 1, 2 e 3.
e) 2, 3 e 5.
28) (ENEM-2007) A identidade negra não surge da tomada
de consciência de uma diferença de pigmentação ou de uma
diferença biológica entre populações negras e brancas e(ou)
negras e amarelas. Ela resulta de um longo processo
histórico que começa com o descobrimento, no século XV,
do continente africano e de seus habitantes pelos
navegadores portugueses, descobrimento esse que abriu o
caminho às relações mercantilistas com a África, ao tráfico
negreiro, à escravidão e, enfim, à colonização do continente
africano e de seus povos.
K. Munanga. Algumas considerações sobre a diversidade e a identidade negra no
Brasil. In: Diversidade na educação: reflexões e
experiências. Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37.
Com relação ao assunto tratado no texto acima, é correto
afirmar que
a) a colonização da África pelos europeus foi simultânea ao
descobrimento desse continente.
b) a existência de lucrativo comércio na África levou os
portugueses a desenvolverem esse continente.
c) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao início
da escravidão no Brasil.
d) a exploração da África decorreu do movimento de
expansão européia do início da Idade Moderna.
e) a colonização da África antecedeu as relações comerciais
entre esse continente e a Europa.
29) (Mack-2007) Fundamental para a estruturação do
sistema colonial português na Idade Moderna, o chamado
“exclusivo colonial” visava, sobretudo a
a) estimular nas colônias uma política de industrialização
que permitisse à Metrópole concorrer com suas rivais
industrializadas.
b) reservar a grupos ou a companhias privilegiadas — ou
mesmo ao Estado — o comércio externo das colônias, tanto
o de importação quanto o de exportação.
c) restringir a tarefa de doutrinação dos indígenas
americanos exclusivamente aos membros da Companhia de
Jesus, assegurando, dessa forma, o poder real entre os
povos nativos.
d) impedir, nas colônias, o acesso de fidalgos mazombos a
cargos administrativos importantes, reservados a fidalgos
reinóis.
e) orientar a produção agrícola conforme as exigências da
população colonial, evitando por esse meio crises de
abastecimento de alimentos nos centros urbanos.
30) (ESPM-2007) Numa economia como a brasileira –
particularmente em sua primeira fase – é preciso distinguir
dois setores bem diferentes da produção. O primeiro é dos
grandes produtos de exportação, o outro é das atividades
acessórias cujo fim é manter em funcionamento aquela
economia de exportação.
São sobretudo as que se destinam a fornecer os meios de
subsistência à população empregada nesta última.
(Caio Prado Jr. História Econômica do Brasil)
Assinale a alternativa que traga, respectivamente, um
produto de exportação e uma atividade acessória ou de
subsistência praticadas no Brasil colonial:
a) Açúcar e borracha.
b) Açúcar e mandioca.
c) Açúcar e soja.
d) Café e borracha.
e) Café e soja.
31) (UNIFESP-2007) Não é minha intenção que não haja
escravos... nós só queremos os lícitos, e defendemos
(proibimos) os ilícitos. Essa posição do jesuíta Antônio
Vieira, na segunda metade do século XVII,
a) aceita a escravidão negra mas condena a indígena.
b) admite a escravidão apenas em caso de guerra justa.
c) apóia a proibição da escravidão aos que se convertem ao
cristianismo.
d) restringe a escravidão ao trabalho estritamente
necessário.
e) conserva o mesmo ponto de vista tradicional sobre a
escravidão em geral.
32) (UNIFESP-2007) ... todos os gêneros produzidos junto ao
mar podiam conduzir- se para a Europa facilmente e os do
sertão, pelo contrário, nunca chegariam a portos onde os
embarcassem, ou, se chegassem, seria com despesas tais
que aos lavradores não faria conta largá-los pelo preço por
que se vendessem os da Marinha. Estes foram os motivos
de antepor a povoação da costa à do sertão. (Frei Gaspar da
Madre de Deus, em 1797.) O texto mostra
a) o desconhecimento dos colonos das desvantagens de se
ocupar o interior.
b) o caráter litorâneo da colonização portuguesa da
América.
c) o que àquela altura ainda poucos sabiam sobre as
desvantagens do sertão.
d) o contraste entre o povoamento do nordeste e o do
sudeste.
e) o estranhamento do autor sobre o que se passava na
região das Minas.
33) (VUNESP-2008) Há uma encruzilhada de três estradas
sob a minha cruz de estrelas azuis: três caminhos se cruzam7 | Projeto Medicina –
www.projetomedicina.com.br
– um branco, um verde e um preto – três hastes da grande
cruz/ E o branco que veio do norte, e o verde que veio da
terra, e o preto que veio do leste derivam, num novo
caminho, completam a cruz/ unidos num só, fundidos num
vértice.(Guilherme de Almeida, Raça.)
Nessa visão poética da história do povo brasileiro, o autor
a) refere-se ao domínio europeu e à condição subalterna dos
africanos na formação da nacionalidade.
b) trata dos seus três grupos étnicos, presentes desde a
colonização, mesclados numa síntese nacional.
c) critica o papel desempenhado pelos jesuítas sobre
portugueses, índios e negros na época colonial.
d) expressa idéias e formas estéticas do movimento
romântico do século XIX, que enaltecia a cultura negra.
e) elogia o movimento nacionalista que resultou na
implantação de regimes políticos autoritários no Brasil.
34) (UFPR-2009) Sobre a ocupação holandesa do nordeste
brasileiro em 1630, é correto afirmar:
a) Os holandeses exploravam e financiavam a indústria
açucareira brasileira mesmo antes da ocupação do nordeste.
b) A principal instituição européia contrária aos objetivos
expansionistas dos holandeses no Brasil foi a poderosa
Companhia das Índias Ocidentais.
c) A ocupação holandesa encontrou sua mais persistente
oposição entre os senhores de engenho da região.
d) Maurício de Nassau, governador do território ocupado
pelos holandeses, restringiu a liberdade religiosa e selou
uma vigorosa aliança com a Igreja Católica.
e) O domínio holandês no nordeste do Brasil agravou o
crônico problema da agricultura de subsistência na colônia,
pois todos os recursos naturais e humanos foram
direcionados à produção de açúcar.
35) (Mack-2009) Na historiografia brasileira, encontramos
um debate que procura responder à seguinte questão: tendo
em vista sua estrutura geral, poderíamos classificar o
Brasil-colônia como um exemplo tardio de Feudalismo?
Analisando a estrutura colonial brasileira, podemos refutar
a hipótese de Brasil feudal, considerando que
a) a produção colonial, embora agrícola, visava ao
abastecimento do mercado externo, obedecendo à lógica do
Capitalismo Comercial.
b) o controle político das Capitanias Hereditárias esteve,
exclusivamente, nas mãos dos donatários, oriundos da alta
nobreza portuguesa.
c) o progresso da colônia assentava-se sobre a servidão
coletiva imposta a índios e africanos.
d) a economia colonial desenvolveu um comércio interno
insignificante, sobretudo durante o ciclo da mineração.
e) a sociedade colonial era, juridicamente, classificada
como estamental, tendo em vista a impossibilidade legal de
libertação de escravos.
36) (UFMG-1997) O interesse dos mercadores dos PaísesBaixos pelo Brasil foi um fato que antecedeu de
muito os
ataques empreendidos pela Companhia das Índias
Ocidentais, em 1624 contra a Bahia e, em 1630, contra
Pernambuco. Estes ataques explicam-se por aquele
interesse(...). Faz-se, pois, necessário recuar um pouco no
tempo, para uma perspectiva melhor dos acontecimentos
que na segunda e terceira décadas de 1600 se desenrolam
em nosso país.
(MELLO, J. A. Gonsalves de. O domínio holandês na
Bahia e no Nordeste. In: HOLANDA, S. B.. de (dir.).
História Geral da Civilização„o Brasileira. São Paulo:
Difel, 1981. t. I, v. 1, p. 235.)
CITE a forma de participação„o dos mercadores dos PaísesBaixos no comércio do açúcar anterior ao
domínio holandês
no nordeste açucareiro.
37) (Vunesp-1996) "0 ser senhor de engenho, diz o cronista,
é título a que muitos aspiram porque traz consigo o ser
servido, obedecido e respeitado de muitos."
(Antonil - CULTURA E OPULÊNCIA DO BRASIL).
Considerando o período colonial brasileiro, comente a
afirmação apresentada.
38) (Fuvest-2000) Ocupações dos vereadores de Salvador,

Bahia, 1680 – 1729


Ocupação Nº
Senhores de engenho 132
Lavradores de cana 33
Comerciantes proprietários de terra 35
Profissionais proprietários de terra [ setor açúcareiro] 8
Comerciantes 12
Profissionais 7
Pecuaristas e plantadores de fumo 9
Não identificados 24
(S. B. Schwartz, Cia das Letras, 1995)

O conjunto de dados da tabela acima mostra que um grupo


exerceu o controle da Câmara Municipal de Salvador, ou
seja, que um grupo governou a “vila” durante o período,
haja vista a função desta instituição na colônia. Trata-se do
grupo formado pelos
a) senhores de engenho e comerciantes.
b) senhores de engenho e lavradores de cana.
c) homens ligados às atividades econômicas urbanas.
d) burgueses, pelos “não identificados” e por lavradores de
cana.
e) proprietários de terra em geral.
39) (FGV-2002) “O espaço fechado e o calor do clima, a
juntar ao número de pessoas que iam no barco, tão cheio
que cada um de nós mal tinha espaço para se virar, quase
nos sufocavam. Esta situação fazia-nos transpirar muito, pouco depois o ar ficava impróprio para respirar,
com uma
série de cheiros repugnantes, e atingia os escravos como
uma doença, da qual muitos morriam”.
( Relato do escravo Olaudah Equiano. Apud ILIFFE, J., Os
africanos. História dum continente. Lisboa, Terramar, 1999,
p. 179.)
A respeito do tráfico negreiro, é correto afirmar:
A. Foi praticado exclusivamente pelos portugueses que
obtiveram o direito de asiento, ou seja, direito ao
fornecimento de escravos às plantações tropicais e às minas
da América espanhola e anglo-saxã.
B. Tornou-se uma atividade extraordinariamente lucrativa e
decisiva no processo de acumulação primitiva de capitais
que levou ao surgimento da sociedade industrial.
C. Foi combatido pelos holandeses à época de sua
instalação em Pernambuco, o que provocou a revolta da
população luso-brasileira em meados do século XVII.
D. Tornou-se alvo de divergências entre dominicanos, que
defendiam o tráfico e a escravidão dos africanos, e os
jesuítas, contrários tanto ao tráfico quanto à escravidão.
E. O aperfeiçoamento do transporte registrado no século
XIX visava diminuir a mortandade dos escravos durante a
travessia do Atlântico, atenuava as críticas ao tráfico e
ainda ampliava a margem de
lucros.
40) (Fuvest-2003) Ao longo do século 17, vegetais
americanos como a batata-doce, o milho, a mandioca, o
ananás e o caju penetraram no continente africano. Isso
deve ser entendido como
a) parte do aumento do tráfico negreiro, que estreitou as
relações entre a América Portuguesa e a África e fez do
sistema sul-atlântico o mais importante do Império
Português.
b) indício do alinhamento crescente de Portugal com a
Inglaterra, que pressupunha a consolidação da penetração
comercial no interior da África.
c) fruto de uma política sistemática de Portugal no sentido
de anular a influência asiática e consolidar a americana no
interior de seu império.
d) imposição da diplomacia adotada pela dinastia dos
Braganças, que desejava ampliar a influência portuguesa no
interior da África, região controlada por comerciantes
espanhóis.
e) alternativa encontrada pelo comércio português, já que os
franceses controlavam as antigas possessões portuguesas no
Oriente e no estuário do Prata.
41) (UEL-2003) “Há trezentos anos que o africano tem sido
o principal instrumento da ocupação e da manutenção do
nosso território pelo europeu, e que os seus descendentes se
misturam com o nosso povo. Onde ele não chegou ainda, o
país apresenta o aspecto com que surpreendeu aos seus
primeiros descobridores. Tudo o que significa luta do
homem com a natureza, conquista do solo para habitação e
cultura, estradas e edifícios, canaviais e cafezais, a casa do
senhor e a senzala dos escravos, igrejas e escolas,
alfândegas e correios, telégrafos e caminhos de ferro,
academias e hospitais, tudo, absolutamente tudo, que existe
no país, como resultado do trabalho manual, como emprego
de capital, como acumulação de riqueza, não passa de um
doação gratuita da raça que trabalha à que faz trabalhar.”
(NABUCO, Joaquim. Minha formação. Brasília: Editora
UnB, 1981. p. 28-29.)
Com base no texto do integrante do parlamento no Brasil
Império e nos conhecimentos sobre o trabalho escravo, é
correto afirmar:
a) Apesar de defender a instituição permanente da
escravidão, Joaquim Nabuco destaca a presença
fundamental da mãode-obra livre no contexto do
desenvolvimento econômico do Brasil Império.
b) Para o estadista, o fim da escravidão abalaria de forma
irreversível a produção agrícola e o comércio no Império.
c) O parlamentar é enfático em suas opiniões sobre a
relevância que teve o trabalho escravo para a economia e a
sociedade brasileiras.
d) A persistência da escravidão no Brasil por três séculos
resulta da submissão dos africanos e da ausência de lutas
contra o rigor do cativeiro.
e) A condição de grande proprietário, desfrutada por
Joaquim Nabuco, reflete-se em sua visão contrária ao
reconhecimento da contribuição do negro para a cultura
nacional.
42) (UNICAMP-2004) No século XVII, o Rio de Janeiro era
um dos principais pólos econômicos do Império
Ultramarino Português. Na segunda metade do século, a
região era grande produtora e exportadora de açúcar e
consumidora de escravos, sendo que seus comerciantes
atuavam intensamente no tráfico negreiro com a África e no
acesso à prata das zonas espanholas na América, através do
rio da Prata. A despeito de tudo, seus moradores viviam
oprimidos com as pesadas taxações que eram obrigados a
pagar para a manutenção das tropas de defesa.
(Adaptado de Luciano Raposo de Almeida Figueiredo, O
Império em apuros: notas para o estudo das alterações
ultramarinas e das práticas políticas no Império Colonial
Português. Séculos XVII e XVIII, em Júnia Ferreira
Furtado (org.), Diálogos Oceânicos. Minas Gerais e as
novas abordagens para uma história do Império
Ultramarino Português. Belo Horizonte/São Paulo:
UFMG/Humanitas, 2001, p. 207).
a) Identifique os principais pólos que demarcam a extensão
territorial do Império Ultramarino Português no século
XVII.
b) Quais atividades desenvolvidas na América Portuguesa
sustentaram sua importância econômica durante o século
XVII?
c) Explique de que maneira o fisco era um problema na
América Portuguesa.9 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
43) (Mack-2005) Em 1555, um dos mais importantes líderes
do protestantismo francês, o Almirante Coligny, enviou
uma expedição à América. Em novembro desse mesmo
ano, sob o comando de Nicholas Durand de Villegaignon, a
expedição chegou ao atual Estado do Rio de Janeiro, onde
construiu o forte Coligny e fundou uma colônia
denominada França Antártica.
Destaca-se, entre as razões que motivaram a fundação dessa
colônia, a:
a) disputa pela posse das lavouras açucareiras implantadas
no território brasileiro.
b) luta pelo controle do porto de Paraty, por onde era
exportada a produção de ouro.
c) retaliação aos católicos pelo massacre de protestantes na
“Noite de São Bartolomeu”.
d) disputa pela hegemonia do comércio de pau-brasil para a
manufatura têxtil.
e) necessidade de ampliar o controle territorial francês até a
foz do Rio da Prata.
44) (FGV-2005) “Alguns moradores daqueles distritos, por
temerem os danos que recebiam e segurarem as suas casas,
famílias e lavouras dos males que os negros do Palmares
lhes causavam, tinham com elas secreta confederação,
dando-lhes armas, pólvora e balas, roupas, fazendas da
Europa e regalos de Portugal, pelo ouro, prata e dinheiro
que traziam do que roubavam, e alguns víveres dos que nos
seus campos colhiam, sem atenção às gravíssimas penas em
que incorriam, porque o perigo presente os fazia esquecer
do castigo futuro...”
ROCHA PITA, S. da História da América Portuguesa, Belo Horizonte:
Itatiaia/Edusp, 1976, p. 215.
Essa é uma das mais antigas descrições sobre o Quilombo
dos Palmares, publicada em 1730 e elaborada por um lusobrasileiro que acompanhou, de Salvador, a sua
destruição
ao final do século XVII.
a) Apresente uma definição para quilombo.
b) Analise as relações de Palmares com a sociedade
colonial.
45) (Vunesp-2005) A cana-de-açúcar começou a ser
cultivada igualmente em São Vicente e em Pernambuco,
estendendo-se depois à Bahia e ao Maranhão a sua cultura,
que onde logrou êxito — medíocre como em São Vicente
ou máximo como em Pernambuco, no Recôncavo e no
Maranhão — trouxe em conseqüência uma sociedade e um
gênero de vida de tendências mais ou menos aristocráticas e
escravocratas.
(Gilberto Freyre, Casa-Grande e Senzala.)
Tendo por base as afirmações do autor,
a) cite um motivo do maior sucesso da exploração da
cana-de-açúcar em Pernambuco do que em São
Vicente.
b) Explique por que o autor definiu “o gênero de vida”
da sociedade constituída pela cultura da cana-deaçúcar como apresentando “tendências mais ou
menos aristocráticas”.
46) (UFMG-2005) Analise este quadro:
Evolução do número de engenhos de açúcar em
cada Capitania
Capitania 1570 1583 1612 1629
Pará, Ceará,
Maranhão
----
Rio Grande - - 1 -
Paraíba - - 12 24
Itamaracá 1 - 10 18
Pernambuco 23 66 99 150
Sergipe - - 1 -
Bahia 18 33 50 80
Ilhéus 8 3 5 4
Porto Seguro 5 1 1 -
Espírito Santo 1 6 8 8
Rio de Janeiro - 3 14 60
São Vicente, Santo
Amaro
46--
Total 60 118 201 350
FONTE: BETHENCOURT, Francisco; CHAUDUHURI, Kirti.
História da expansão portuguesa. Lisboa: Círculo de Leitores,
1998. p. 316.
A partir dessas informações sobre a evolução do número de
engenhos açucareiros no Brasil, entre 1570 e 1629, é
CORRETO afirmar que
A) a expulsão dos holandeses da Bahia provocou a retração
da produção açucareira nessa Capitania.
B) a invasão holandesa no Nordeste açucareiro destruiu a
base produtiva instalada pelos portugueses na região.
C) a substituição do trabalho escravo indígena pelo africano
não alterou a produção de açúcar na região de São Paulo.
D) a expansão da área açucareira em Pernambuco ocorreu,
de forma significativa, durante o período da União Ibérica.
47) (UFRJ-2005) [O Brasil era] a morada da pobreza, o
berço da preguiça, o teatro dos vícios.
(VILHENA, Luís dos Santos. A Bahia no século XVIII.
Bahia: Itapuã, 1969.)
A avaliação acima, feita por um português do final do
século XVIII, aponta alguns traços da sociedade do Brasil
colonial, permitindo inferir que, ao lado dos ricos
proprietários de terra, existiam grupos marginalizados.
A) Indique dois grupos sociais que constituíam os
marginalizados da sociedade colonial.
B) Descreva o papel desempenhado pelos grandes
proprietários de terra na vida política e administrativa do
Brasil colonial.10 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
48) (UNIFESP-2004) Estima-se que, no fim do período
colonial, cerca de 42% da população negra ou mulata era
constituída por africanos ou afro-brasileiros livres ou
libertos. Sobre esse expressivo contingente, é correto
afirmar que
A) era o responsável pela criação de gado e pela indústria
do couro destinada à exportação.
B) vivia, em sua maior parte, em quilombos, que tanto
marcaram a paisagem social da época.
C) possuía todos os direitos, inclusive o de participar das
Câmaras e das irmandades leigas.
D) tinha uma situação ambígua, pois não estava livre de
recair, arbitrariamente, na escravidão.
E) formava a mão-de-obra livre assalariada nas pequenas
propriedades que abasteciam as cidades.
49) (Mack-2004) Folga, nego, branco não vem cá;
Se vier, o diabo há de levar.
Samba, nego, branco não vem cá;
Se vier, pau há de levar.”
Cantiga de Quilombo, dança folclórica alagoana
Sobre a utilização do trabalho escravo, podemos afirmar
que:
a) a submissão dos indígenas foi eficiente, pois eles não
ofereciam resistência à dominação, já que eram
familiarizados com o meio ambiente.
b) a escravização dos indígenas não foi satisfatória, pela
oposição das ordens religiosas, apesar do apoio da
legislação oficial à utilização desses indivíduos.
c) a Igreja católica condenava a imposição da escravidão
aos africanos e estimulava as fugas, em protesto contra as
práticas cruéis.
d) a habilidade dos africanos em atividades como a criação
de animais e a agricultura era uma das vantagens
oferecidas, apesar de os africanos serem menos resistentes
às epidemias.
e) a utilização dos escravos africanos permitia aumentar o
lucro gerado pelo tráfico intercontinental, apesar de os
africanos resistirem à dominação, organizando-se em
quilombos.
50) (Mack-2004) Folga, nego, branco não vem cá;
Se vier, o diabo há de levar.
Samba, nego, branco não vem cá;
Se vier, pau há de levar.”
Cantiga de Quilombo, dança folclórica alagoana
Sobre a utilização do trabalho escravo, podemos afirmar
que:
a) a submissão dos indígenas foi eficiente, pois eles não
ofereciam resistência à dominação, já que eram
familiarizados com o meio ambiente.
b) a escravização dos indígenas não foi satisfatória, pela
oposição das ordens religiosas, apesar do apoio da
legislação oficial à utilização desses indivíduos.
c) a Igreja católica condenava a imposição da escravidão
aos africanos e estimulava as fugas, em protesto contra as
práticas cruéis.
d) a habilidade dos africanos em atividades como a criação
de animais e a agricultura era uma das vantagens
oferecidas, apesar de os africanos serem menos resistentes
às epidemias.
e) a utilização dos escravos africanos permitia aumentar o
lucro gerado pelo tráfico intercontinental, apesar de os
africanos resistirem à dominação, organizando-se em
quilombos.
51) (VUNESP-2006) Leia os textos seguintes.
Texto nº- 1:
Etnocentrismo: tendência para considerar a cultura de
seu próprio povo como a medida para todas as
outras.
(Novo Dicionário Aurélio.)
Texto nº- 2:
[Os índios] não tem fé, nem lei, nem rei (...). são mui
desumanos e cruéis, (...) são mui desonestos e dados
à sensualidade (...). Todos comem carne humana e
têm-na pela melhor iguaria de quantas pode haver
(...). Vivem mui descansados, não têm cuidado de
cousa alguma se não de comer e beber e matar
gente.
(Pero de Magalhães Gandavo. Tratado da Terra do Brasil, século XVI.)
a) O texto nº- 2 pode ser considerado etnocêntrico?
Justifique sua resposta.
b) Comente algumas das conseqüências, para as populações
indígenas, da chegada dos portugueses à América.
52) (VUNESP-2006) Efetivamente, ocorriam casamentos
mesmo entre os escravos. É preciso lembrar que a Igreja
incumbia os senhores de manter seus cativos na religião
católica, responsabilizando-os pelo acesso aos sacramentos
e ritos de culto. Dessa forma, o casamento era não só forma
de aculturação, mas também de estabilidade nos plantéis,
desestimulando fugas e mesmo as alforrias, revertendo
sempre no interesse do próprio senhor. Como exemplo, no
Serro Frio, Francisca da Silva de Oliveira, a conhecida
Chica da Silva, casava sistematicamente seus
escravos. Em 30 de julho de 1765, na matriz de Santo
Antônio do Tejuco, casaram-se seus escravos Joaquim
Pardo e Gertrudes Crioula.
(Júnia Ferreira Furtado, Cultura e sociedade no Brasil
colônia.)
Assim, para os senhores de escravos, permitir e
incentivar o casamento dos seus escravos significava
A) se contrapor aos interesses da Igreja Católica, que
defendia os rituais religiosos apenas aos homens
livres.
B) ampliar, de maneira substancial, as ocorrências de
alforrias das crianças nascidas desses casamentos.
C) resgatar as tradições culturais e religiosas dos
povos africanos, garantindo o casamento entre
pessoas da mesma etnia.
D) ter escravos disciplinados para o trabalho e menos
propensos aos atos de rebeldia contra a escravidão.11 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
E) evitar as uniões entre africanos e colonizadores
brancos, em nome do projeto de “embranquecimento”
do Brasil.
53) (UFRJ-2005)
“Reconhecem-se todos obedientes a um que se chama o
Ganga Zumba, que quer dizer senhor grande; a este têm por
seu Rei e Senhor [...] todos os que chegam a sua presença
põem logo o joelho no chão e batem as palmas das mãos
em sinal de seu reconhecimento e protestação de sua
excelência; [ a cidade de Macaco] está fortificada por u
cerco de pau-a-pique [...] e pela parte de fora toda se semeia
de armadilhas de ferro e de covas tão ardilosas que perigará
nelas a maior vigilância; ocupa esta cidade dilatado espaço,
formado de mais de 1.500 casas.”
Fonte: adaptado de SILVA, Leonardo Dantas. Alguns
documentos para a história da escravidão. Recife, Editora
Massangana, 1988, p. 29.
Esse documento, escrito na época do quilombo de
Palmares, descreve aspectos fundamentais de sua
organização.
a) Identifique, no documento, duas características de
Palmares que também eram observadas nos grandes
quilombos americanos.
b) Cite dois exemplos de ocupação estrangeira da América
Portuguesa ao longo do período de existência do quilombo
de Palmares.
54) (UFRJ-2005) Distribuição (%) da propriedade escrava de
acordo com a faixa de tamanho de plantel de escravos -
Bahia (1816-1817) e Jamaica (1832)
Faixas de tamanho de
plantel (n° de
escravos)
Bahia
(1816 – 1817)
Jamaica
(1832)
Proprietários Escravos Proprietários Escravos
De 1 a 9 83.6 36.3 69.1 8.7
De 10 a 49 13.8 34.2 18.7 15.8
De 50 a 99 2.1 20.1 4.6 14.0
100 ou mais 0.5 9.4 7.6 61.5
100.0 100.0 100.0 100.0

Fonte: SCHWARTZ, Stuart. Segredos internos.


São Paulo, Companhia das Letras, 1988, p. 374.
A tabela acima estabelece o perfil de concentração da
propriedade de escravos no recôncavo da Bahia e na
Jamaica na primeira metade do século XIX. Ela mostra, por
exemplo, que 34,2% dos cativos baianos pertenciam a
senhores cujas fazendas possuíam de 10 a 49 escravos, e
que os donos de cativos dessa faixa de plantel
representavam 13,8% do total de escravocratas baianos no
período em questão. Considerando a tabela, indique qual
das duas sociedades escravistas - a baiana ou a jamaicana -
apresentava maior grau de concentração da propriedade de
escravos. Justifique a sua resposta.
55) (UNICAMP-2007)
2) Se eu pudesse alguma coisa com
Deus, lhe rogaria quisesse dar muita geada anualmente nas
terras de serra acima, onde se faz o açúcar; porque a cultura
da cana tem sido muito prejudicial aos povos: 1º-) porque
tem abandonado ou diminuído a cultura do milho e do
feijão e a criação dos porcos; estes gêneros têm encarecido,
assim como a cultura de trigo, e do algodão e azeite de
mamona; 2º-) porque tem introduzido muita escravatura, o
que empobrece os lavradores, corrompe os contumes e leva
ao desprezo pelo trabalho de enxada; 3º-) porque tem
devastado as belas matas e reduzido a taperas muitas
herdades; 4º-) porque rouba muitos braços à agricultura,
que se empregam no carreto dos africanos; 5º-) porque
exige grande número de bestas muares que não procriam e
que consomem muito milho; 6º-) porque diminuiria a
feitura da cachaça, que tão prejudicial é do moral e físico
dos moradores do campo. (Adaptado de José Bonifácio de
Andrada e Silva [1763-1838], Projetos para o Brasil. São
Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 181, 182.)
Retome o texto 2 da coletânea, escrito por José Bonifácio
de Andrada e Silva.
a) Identifique dois aspectos negativos da cultura da canade-açúcar mencionados no texto.
b) A Assembléia Constituinte, à qual José Bonifácio
encaminhou seus projetos sobre a escravidão, foi dissolvida
em novembro de 1823 por D. Pedro I, que promulgou uma
Constituição em março de 1824. Essa carta outorgada
instituiu o Poder Moderador. De que maneira o Poder
Moderador levou à centralização da Monarquia?
c) Aponte dois fatores que contribuíram para a abolição da
escravidão no Brasil.
56) (UFTM-2007) No processo de colonização da América,
durante a Idade Moderna,
a) foram adotados, fundamentalmente, princípios liberais,
como o monopólio de comércio e o sistema de porto único.
b) a Espanha organizou suas colônias em capitanias
hereditárias, concedendo-lhes grande autonomia
administrativa.
c) utilizaram-se formas compulsórias de trabalho, como a
mita e a encomienda, além da escravidão de índios e
negros.
d) a Inglaterra desenvolveu uma colonização de exploração
na Nova Inglaterra, seguindo os moldes da América
portuguesa.
e) prevaleceu o modelo de sociedade vigente na Europa,
separando-se com absoluta rigidez os brancos dos não
brancos.
57) (UFTM-2007) (...) outros tipos de negociação iam pouco
a pouco se tornando parte do sistema escravista, que ao longo dos séculos assumiu formas diversas,
mudando junto
com a sociedade brasileira.
Assim, se legalmente os escravos não tinham nenhum
direito, podendo seus senhores condená-los à morte ou
vendê-los quando bem entendessem, por meio da constante
resistência à opressão eles foram estabelecendo limites a
esta e construindo um senso comum, segundo o qual
algumas atitudes, como separar famílias (...) ou aplicar
castigos brutais (...) passaram a não ser aceitas pelo
conjunto da sociedade. Por outro lado, no século XIX já
eram muitas as críticas com relação ao uso do trabalho
escravo (...).
Apesar de muitas rebeliões terem sido planejadas na região
das minas, principalmente no início do século XVIII, as que
chegaram mais longe aconteceram no Recôncavo Baiano
(...) no início do século XIX.
(Marina de Mello e Souza, África e Brasil Africano)
De acordo com a autora, as formas de resistência dos
escravos
a) limitaram-se à região nordestina, com os quilombos, no
período colonial.
b) não conseguiram apoio de outros setores da sociedade,
mesmo no século XIX.
c) encontraram sua maior expressão nas rebeliões nas áreas
mineradoras.
d) dependeram apenas da boa vontade dos senhores em
aceitar suas reivindicações.
e) não se restringiram à violência, chegando até à
negociação com os senhores.
58) (VUNESP-2007) A idéia exposta neste livro é diferente e
relativamente simples: a colonização portuguesa, fundada
no escravismo, deu lugar a um espaço econômico e social
bipolar, englobando uma zona de produção escravista
situada no litoral da América do Sul e uma zona de
reprodução de escravos centrada em Angola.
(Luis Felipe de Alencastro, O trato dos viventes.)
A partir do texto, pode-se concluir que
a) as duas regiões de colonização no Atlântico Sul eram
independentes, unidas somente pela subordinação à
metrópole.
b) a presença dos colonizadores portugueses assegurou a
produção agroexportadora no continente africano, do século
XVI ao XVIII.
c) as duas regiões unidas pelo oceano formaram um só
sistema de exploração colonial criado pelos portugueses nos
séculos XVI e XVII.
d) a Coroa portuguesa privilegiava a porção africana, isto é,
a reprodução de escravos, dentro do império colonial, nos
séculos XVI e XVII.
e) nossa história não coincide com o nosso território
colonial, isto é, a colônia portuguesa da América do Sul era
simples prolongamento da Europa.
59) (UECE-2007) “Caio Prado Jr. procurou mostrar que a
estrutura colonial (latifúndio, monocultura, escravismo)
surgiu por causa dos interesses da Metrópole em ter uma
área que produzia artigos tropicais que seriam exportados
para o mercado europeu. Pesquisas mais recentes afirmam
que não se pode exagerar a importância da plantation e do
mercado externo na estrutura da produção colonial”.
Fonte: FRAGOSO, João e FLORENTINO, Manolo. O Arcaísmo como Projeto. Rio
de Janeiro: Diadorim,
1993, pp. 15-31.
Com base no fragmento acima, considere as seguintes
afirmativas:
I. Os grandes traficantes de escravos, que viviam no
Brasil, estavam entre os mais ricos da Colônia e também
compravam terras.
II. O retorno líquido de uma plantation era geralmente
inferior ao lucro obtido com o tráfico de africanos.
III. O projeto colonizador não visava lucros, mas criar
um sistema hierárquico de poder e de acumulação de terras.
Marque o correto:
a) Somente I e III são verdadeiras.
b) Somente II e III são falsas.
c) Somente I e II são verdadeiras.
d) I, II e III são verdadeiras.
60) (FUVEST-2008) Com relação ao período colonial, tanto
na América Portuguesa quanto na América Espanhola,
considere as seguintes afirmações:
1. a mão-de-obra escrava africana, empregada nas
atividades econômicas, era a predominante.
2. as Coroas controlavam as economias por intermédio de
monopólios e privilégios.
3. os nascidos nas Américas não sofriam restrições para
ascender nas administrações civis e religiosas.
4. a alta hierarquia da Igreja Católica mantinha fortes laços
políticos com as Coroas.
5. as rebeliões manifestavam as insatisfações políticas de
diferentes grupos sociais.
Das afirmações acima, são verdadeiras apenas
a) 1, 2 e 3
b) 1, 3 e 4
c) 2, 3 e 5
d) 2, 4 e 5
e) 3, 4 e 5
61) (Mack-2007) Talvez a mais importante de todas as
influências e a menos estudada seja a que derivou não
propriamente da tradição africana, mas das condições
sociais criadas com o sistema escravista. A existência de
dominadores e dominados numa relação de senhores e
escravos propiciou situações particulares específicas,
marcando a mentalidade nacional. Um dos efeitos mais
típicos dessa situação foi a desmoralização do trabalho.
O trabalho que se dignifica, à medida que se resume no
esforço do homem para dominar a natureza na luta pela
sobrevivência, corrompe-se com o regime da escravidão,
quando se torna resultado de opressão, de exploração.
Emília Viotti da Costa - Da senzala à colônia
Partindo do texto, podemos corretamente afirmar que
a) o sistema escravista que vigorou no Brasil ao longo de
mais de três séculos, por se sustentar sobre uma relação de
dominação, associou depreciativamente a noção de trabalho
à de sujeição e aviltamento social, isto é, à condição
escrava.
b) a introdução, nas lavouras brasil e iras, de africanos que
desconheciam o trabalho levou-o à desmoralização,
transformando o, de esforço para dominar a natureza, em
mera luta pela sobrevivência.
c) a escravidão foi o único regime possível nos séculos
coloniais, pois o trabalho “dignificante” era impraticável
em uma natureza hostil como a que encontraram os
portugueses no Brasil.
d) a relação entre senhores e escravos, no Brasil colonial, se
exprimia, quanto ao trabalho, num conflito entre duas
concepções: a de trabalho como “esforço para dominar a
natureza” (visão dos senhores) e a de trabalho como “luta
pela sobrevivência” (visão dos escravos).
e) a tradição africana, que considerava o trabalho como
função exclusiva de escravos, provocou sua
desmoralização, sobretudo numa sociedade como a colonial
brasileira.
62) (VUNESP-2008) Os sertões
A Serra do Mar tem um notável perfil em nossa história. A
prumo sobre o Atlântico desdobra-se como a cortina de
baluarte desmedido. De encontro às suas escarpas embatia,
fragílima, a ânsia guerreira dos Cavendish e dos Fenton. No
alto, volvendo o olhar em cheio para os chapadões, o
forasteiro sentia-se em segurança. Estava sobre ameias
intransponíveis que o punham do mesmo passo a cavaleiro
do invasor e da metrópole. Transposta a montanha —
arqueada como a precinta de pedra de um continente — era
um isolador étnico e um isolador histórico. Anulava o
apego irreprimível ao litoral, que se exercia ao norte;
reduzia-o a estreita faixa de mangues e restingas, ante a
qual se amorteciam todas as cobiças, e alteava, sobranceira
às frotas, intangível no recesso das matas, a atração
misteriosa das minas...
Ainda mais — o seu relevo especial torna-a um
condensador de primeira ordem, no precipitar a evaporação
oceânica.
Os rios que se derivam pelas suas vertentes nascem de
algum modo no mar. Rolam as águas num sentido oposto à
costa. Entranham-se no interior, correndo em cheio para os
sertões. Dão ao forasteiro a sugestão irresistível das
entradas.
A terra atrai o homem; chama-o para o seio fecundo;
encanta-o pelo aspecto formosíssimo; arrebata-o, afinal,
irresistivelmente, na correnteza dos rios.
Daí o traçado eloqüentíssimo do Tietê, diretriz
preponderante nesse domínio do solo. Enquanto no S.
Francisco, no Parnaíba, no Amazonas, e em todos os cursos
d’água da borda oriental, o acesso para o interior seguia ao
arrepio das correntes, ou embatia nas cachoeiras que
tombam dos socalcos dos planaltos, ele levava os
sertanistas, sem uma remada, para o rio Grande e daí ao
Paraná e ao Paranaíba. Era a penetração em Minas, em
Goiás, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, no Mato
Grosso, no Brasil inteiro. Segundo estas linhas de menor
resistência, que definem os lineamentos mais claros da
expansão colonial, não se opunham, como ao norte,
renteando o passo às bandeiras, a esterilidade da terra, a
barreira intangível dos descampados brutos.
Assim é fácil mostrar como esta distinção de ordem física
esclarece as anomalias e contrastes entre os sucessos nos
dous pontos do país, sobretudo no período agudo da crise
colonial, no século XVII.
Enquanto o domínio holandês, centralizando-se em
Pernambuco, reagia por toda a costa oriental, da Bahia ao
Maranhão, e se travavam recontros memoráveis em que,
solidárias, enterreiravam o inimigo comum as nossas três
raças formadoras, o sulista, absolutamente alheio àquela
agitação, revelava, na rebeldia aos decretos da metrópole,
completo divórcio com aqueles lutadores. Era quase um
inimigo tão perigoso quanto o batavo. Um povo estranho de
mestiços levantadiços, expandindo outras tendências,
norteado por outros destinos, pisando, resoluto, em
demanda de outros rumos, bulas e alvarás entibiadores.
Volvia-se em luta aberta com a corte portuguesa, numa
reação tenaz contra os jesuítas. Estes, olvidando o holandês
e dirigindo-se, com Ruiz de Montoya a Madrie Díaz Taño a
Roma, apontavam-no como inimigo mais sério.
De feito, enquanto em Pernambuco as tropas de van
Schkoppe preparavam o governo de Nassau, em São Paulo
se arquitetava o drama sombrio de Guaíra. E quando a
restauração em Portugal veio alentar em toda a linha a
repulsa ao invasor, congregando de novo os combatentes
exaustos, os sulistas frisaram ainda mais esta separação de
destinos, aproveitando-se do mesmo fato para estadearem a
autonomia franca, no reinado de um minuto de Amador
Bueno.
Não temos contraste maior na nossa história. Está nele a sua
feição verdadeiramente nacional. Fora disto mal a
vislumbramos nas cortes espetaculosas dos governadores,
na Bahia, onde imperava a Companhia de Jesus com o
privilégio da conquista das almas, eufemismo casuístico
disfarçando o monopólio do braço indígena.
(EUCLIDES DA CUNHA. Os sertões. Edição crítica de Walnice Nogueira
Galvão. 2 ed. São Paulo: Editora Ática, 2001, p. 81-82.)
Segundo o texto de Euclides da Cunha, houve duas
colonizações portuguesas no Brasil, diferentes e
contrastantes. Escreva sobre as diferenças apresentadas pelo
texto entre a colonização do norte e a do sul, no que se
refere à relação dos colonos com a metrópole portuguesa.
63) (UFSCar-2008) A gravura ilustra diferentes fases da
produção do açúcar no Brasil colonial.14 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
a) Identifique essas fases.
b) Escreva sobre o papel exercido pela produção açucareira
na organização econômica e social da Colônia.
64) (Mack-2008) “A escravidão moderna, aquela que se
inaugurou no século XVI, após os descobrimentos, é uma
instituição diretamente relacionada com o sistema colonial.
A escravidão do negro foi a fórmula encontrada pelos
colonizadores para explorar as terras descobertas. Durante
mais de três séculos utilizaram eles o trabalho escravo com
maior ou menor intensidade, em quase toda a faixa
colonial.”
(Emília Viotti da Costa, Da senzala à colônia)
Estão entre as circunstâncias e os fatores históricos que
explicam, no caso brasileiro, a instituição da escravidão
mencionada acima, EXCETO
a) a importância econômica que representava, desde o
início do século XV, o comércio de escravos africanos
como fonte de lucros aos comerciantes metropolitanos, bem
como indiretamente à própria Coroa portuguesa.
b) a mansidão dos trabalhadores africanos, afeitos, havia
muito, à condição escrava nas selvas africanas, onde tribos
subjugavam outras por meio das guerras.
c) a inexistência, em Portugal, de contingentes
suficientemente numerosos de trabalhadores livres, que se
dispusessem a emigrar para a América, onde trabalhassem
em regime de semidependência ou como trabalhadores
assalariados.
d) a inexistência então, quer nos princípios religiosos
católicos, quer na legislação da Metrópole, de qualquer
proibição à escravização de africanos, tanto diretamente
aprisionados como comprados a chefes tribais na África.
e) o caráter essencialmente mercantilista da exploração
colonial, que favorecia o emprego de uma mão-de-obra
igualmente interessante — enquanto mercadoria — ao
comércio metropolitano.
65) (FUVEST-2009) O Brasil ainda não conseguiu extinguir
o trabalho em condições de escravidão, pois ainda existem
muitos trabalhadores nessa situação. Com relação a tal
modalidade de exploração do ser humano, analise as
afirmações abaixo.
I. As relações entre os trabalhadores e seus
empregadores marcam-se pela informalidade e pelas
crescentes dívidas feitas pelos trabalhadores nos armazéns
dos empregadores, aumentando a dependência financeira
para com eles.
II. Geralmente, os trabalhadores são atraídos de
regiões distantes do local de trabalho, com a promessa de
bons salários, mas as situações de trabalho envolvem
condições insalubres e extenuantes.
III. A persistência do trabalho escravo ou semi-escravo
no Brasil, não obstante a legislação que o proíbe, explica-se
pela intensa competitividade do mercado globalizado.
Está correto o que se afirma em
a) I, somente.
b) II, somente.
c) I e II, somente.
d) II e III, somente
e) I, II e III.
66) (FUVEST-2009) A criação, em território brasileiro, de
gado e de muares (mulas e burros), na época da colonização
portuguesa, caracterizou-se por
a) ser independente das demais atividades econômicas
voltadas para a exportação.
b) ser responsável pelo surgimento de uma nova classe de
proprietários que se opunham à escravidão.
c) ter estimulado a exportação de carne para a metrópole e a
importação de escravos africanos.
d) ter-se desenvolvido, em função do mercado interno, em
diferentes áreas no interior da colônia.
e) ter realizado os projetos da Coroa portuguesa para
intensificar o povoamento do interior da colônia.
67) (UFSCar-2009) Analise os dados da tabela e responda.
Proprietários de terra agrícolas em São
Paulo e Santana do Parnaíba
Trabalhadores nas proprie
Índios Escravos de or
Domingos da Rocha 92 24
Francisco de Camargo 58 16
Marcelinho de Camargo 124 14
Jerônimo Bueno 55 11
Pedro Vaz de Barros 47 24
Salvador Jorge Velho 81 20
Maria Bueno 54 25
Amador Bueno de Veiga 92 45
(John Monteiro, Negros da terra. 1994)
a) Qual a explicação histórica para a diferença entre o
número de indígenas e de escravos de origem africana
nessas propriedades agrícolas?
b) O que estabelecia a regulamentação portuguesa colonial
no Brasil referente à escravidão indígena?
68) (VUNESP-2009) Esta Capitania [do Rio de Janeiro] tem
um rio muito largo e fermoso; divide-se dentro em muitas partes, e quantas terras estão ao longo dele se
podem
aproveitar, assim para roças de mantimentos como para
cana-de-açúcar e algodão (...) E por tempo hão de se fazer
nelas grandes fazendas: e os que lá forem viver com esta
esperança não se acharão enganados
(Pêro de Magalhães Gândavo. História da Província de
Santa Cruz ou Tratado da Terra do Brasil, 1576.
O texto refere-se
a) ao projeto da administração portuguesa de transferir a
capital da Colônia de Salvador para o Rio de Janeiro.
b) à incompetência da elite econômica e política da
metrópole portuguesa, que desconhece as possibilidades de
crescimento econômico da Colônia.
c) ao perigo de fragmentação política da Colônia do Brasil
caso o território permaneça despovoado na sua faixa
litorânea.
d) à necessidade de ocupação econômica da Colônia, tendo
em vista a ameaça representada pela Inglaterra e pela
Espanha.
e) ao vínculo entre o povoamento de regiões da Colônia do
Brasil e as atividades econômicas de subsistência e de
exportação.
69) (VUNESP-2009) Leia os seguintes trechos do poema
Vozes d´ África, escrito por Castro Alves em 1868, e
assinale a alternativa que os interpreta corretamente.
Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes?
(...)
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito...
(...)
Hoje em meu sangue a América se nutre
– Condor que transformara-se em abutre,
Ave da escravidão
(...)
Basta, Senhor! De teu potente braço
Role através dos astros e do espaço
Perdão p´ra os crimes meus! ...
Há dois mil anos... eu soluço um grito...
(...)
a) O poeta procura convencer a Igreja católica e os cristãos
brasileiros dos malefícios econômicos da escravidão.
b) Castro Alves defendeu os postulados da filosofia
positivista e da literatura realista, justificando a escravidão.
c) O continente americano figura no poema como a pátria
da liberdade e da felicidade do povo africano.
d) Abolicionista, Castro Alves leu em praça pública do Rio
de Janeiro o poema Vozes d´ África para comemorar a Lei
Áurea.
e) Castro Alves incorpora no poema o mito bíblico da
nação do povo africano, cumprido através de milênios pela
maldição da escravidão.
70) (FUVEST-2010) Os primeiros jesuítas chegaram à Bahia
com o governador-geral Tomé de Sousa, em 1549, e em
pouco tempo se espalharam por outras regiões da colônia,
permanecendo até sua expulsão, pelo governo de Portugal,
em 1759.
Sobre as ações dos jesuítas nesse período, é correto afirmar
que
a) criaram escolas de arte que foram responsáveis pelo
desenvolvimento do barroco mineiro.
b) defenderam os princípios humanistas e lutaram pelo
reconhecimento dos direitos civis dos nativos.
c) foram responsáveis pela educação dos filhos dos colonos,
por meio da criação de colégios secundários e escolas de
“ler e escrever”.
d) causaram constantes atritos com os colonos por
defenderem, esses religiosos, a preservação das culturas
indígenas.
e) formularam acordos políticos e diplomáticos que
garantiram a incorporação da região amazônica ao domínio
português.
71) (UFMG-1994) Nos textos seguintes, Gilberto Freyre
descreve, respectivamente, a rotina de uma senhora de
engenho, dona de casa ortodoxamente patriarcal, e a rotina
de um novo tipo de mulher, surgida nos meados do século
XIX.
"...levantando-se cedo a fim de dar andamento aos serviços,
ver se partir a lenha, se fazer o fogo na cozinha, se matar a
galinha mais gorda para a canja; a fim de dar ordem ao
jantar (...) e dirigir as costuras das mucamas e molecas, que
também remendavam, cerziam, remontavam, alinhavavam
a roupa da casa, fabricavam sabão, vela, vinho, licor, doce,
geléia. Mas tudo deveria ser fiscalizado pela iaiá branca,
que às vezes não tirava o chicote da mão."
"...acordando tarde por ter ido ao teatro ou a algum baile;
lendo romance; olhando a rua da janela ou da varanda;
levando duas horas no toucador (...) outras tantas horas no
piano, estudando a lição de música; e ainda outras na lição
de francês ou de dança. Muito menos devoção religiosa do
que antigamente. O médico de família mais poderoso que o
confessor. O teatro seduzindo as senhoras elegantes mais
que a igreja. O próprio baile mascarado atraindo senhoras
de sobrado".
(FREYRE, Gilberto. SOBRADOS E MUCAMBOS. Rio de
Janeiro: José Olympio, 1968. t.1, p.109-110).
a) INDIQUE três mudanças ocorridas na estrutura sócioeconômica do Brasil, na segunda metade do século
XIX,
que explicam as transformações ocorridas no papel
feminino.
b) DESCREVA a condição de cidadania da mulher no
período primário-exportador.
72) (PUC-SP-2002) “O que o canavial sim aprende do mar:
o avançar em linha rasteira da onda;
o espraiar-se minucioso, de líquido,
alagando cova a cova onde se alonga.
O que o canavial não aprende do mar:
o desmedido do derramar-se da cana;
o comedimento do latifúndio do mar,
que menos lastradamente se derrama.”
João Cabral de Melo Neto, “O mar e o canavial”, in A
educação pela pedra.Antologia poética. Rio de Janeiro, José
Olympio Editora, 1989, p. 916 | Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br
João Cabral, recifense, relacionou, no fragmento de poema
acima, mar e canavial. A associação considera semelhanças
e diferenças entre eles e pode ser compreendida se
considerarmos que
a) “o avançar em linha rasteira” do canavial é uma menção
à expansão da produção açucareira na
região Nordeste e especialmente no Estado de Pernambuco
iniciada no período colonial e encerrada no Império.
b) o mar e as praias de Pernambuco sempre foram, ao lado
da cana, as únicas fontes de riqueza da região Nordeste,
desde o período colonial até os dias de hoje.
c) “o desmedido do derramar-se da cana” é uma referência
crítica à organização da produção açucareira em latifúndios,
unidades produtoras de grande porte.
d) as lavouras de cana sempre estiveram localizadas no
interior de Pernambuco, distantes do
litoral, e a relação com o mar é para mostrar a totalidade
geográfica do Estado.
e) “alagando cova a cova onde se alonga” é uma sugestão
de que o plantio da cana, assim como o
mar, provocou, ao longo de sua história, muitas mortes.
73) (Mack-2002) ... Que diferença entre as duas
humanidades. Uma tranqüila, onde o homem é dono de
todos os seus atos; outra, uma sociedade em explosão, onde
é preciso um aparato, um sistema repressivo para manter a
ordem e a paz.
Orlando Villas Boas
O texto compara as humanidades européia e indígena.
Sobre esse encontro, no momento do descobrimento do
Brasil, NÃO podemos afirmar que:
a) na convivência coletiva e igualitária das ocas, as famílias
indígenas participavam, através do escambo, do
extrativismo de pau-brasil que, nos primeiros trinta anos,
constituiu-se na única atividade econômica na colônia.
b) ao substituir o escambo pela agricultura, os portugueses
passaram a escravizar os indígenas, cuja reação foi
imediata.
c) a destribalização, a expropriação territorial e a
desorganização das instituições tribais foram utilizadas para
submeter os nativos.
d) a resistência indígena sempre ocorreu, mas foi
neutralizada pela superioridade militar do homem branco.
e) as guerras justas e a proteção dos jesuítas foram
instrumentos eficazes para a preservação cultural e física
das tribos brasileiras.
74) (Fuvest-2004) “Depois de permanecermos ali pelo
espaço de dois meses, durante os quais procedemos ao
exame de todas as ilhas e sítios da terra firme, batizou-se
toda a região circunvizinha, que fora por nós descoberta, de
França Antártica. (...)
Em seguida, o senhor de Villegagnon, para se garantir
contra possíveis ataques de selvagens, que se ofendiam com
extrema facilidade e também contra os portugueses, se estes
alguma vez quisessem aparecer por ali, fortificou o lugar da
melhor maneira que pôde.”
André Thevet, As
singularidades da França Antártica, 1556.
Tendo por base o texto, indique:
a) A qual região brasileira o autor se refere e por que afirma
ter sido “por nós descoberta”?
b) Quais foram os resultados do estabelecimento da França
Antártica?
75) (UNICAMP-2004) A respeito da Independência na
Bahia, o historiador João José Reis afirmou o seguinte: Os
escravos não testemunharam passivamente a
Independência. Muitos chegaram a acreditar, às vezes de
maneira organizada, que lhes cabia um melhor papel no
palco político. Os sinais desse projeto dos negros são
claros. Em abril de 1823, dona Maria Bárbara Garcez Pinto
informava seu marido em Portugal, em uma pitoresca
linguagem: “A crioulada fez requerimentos para serem
livres”. Em outras palavras, os escravos negros nascidos no
Brasil (crioulos) ousavam pedir, organizadamente, a
liberdade!
(Adaptado de O Jogo Duro do Dois de Julho: o “Partido
Negro” na Independência da Bahia, em João José Reis e
Eduardo Silva, Negociação e Conflito. A resistência negra
no Brasil escravista. São Paulo: Cia das Letras, 1988, p.
92).
a) A partir do texto, como se pode questionar o estereótipo
do “escravo ignorante”?
b) Identifique dois motivos pelos quais a atuação dos
escravos despertava temor entre os senhores.
c) De que maneira esse enunciado problematiza a versão
tradicional da Independência do Brasil?
76) (FGV-2004) No Brasil colonial, a denominação ladino
referia-se:
a) Ao judeu que manteve sua religião durante a ocupação
do Nordeste pelos holandeses.
b) Aos escravos africanos considerados aculturados à
sociedade colonial.
c) Ao cristão-novo que se dedicava ao tráfico negreiro entre
a África e a América.
d) Aos portugueses autorizados a praticar o comércio na
América espanhola.
e) Aos africanos alforriados que habitavam os principais
núcleos urbanos coloniais.
77) (UNICAMP-2005) O termo ‘feitor’ foi utilizado em
Portugal e no Brasil colonial para designar diversas
ocupações. Na época da expansão marítima portuguesa, as
feitorias espalhadas pela costa africana e, depois, pelas
Índias e pelo Brasil tinham feitores na direção dos
entrepostos com função mercantil, militar, diplomática. No
Brasil, porém, o sistema de feitorias teve menor significado17 | Projeto Medicina –
www.projetomedicina.com.br
do que nas outras conquistas, ficando o termo ‘feitor’ muito
associado à administração de empresas agrícolas.
(Adaptado de Ronaldo Vainfas (org.), Dicionário do Brasil Colonial.
Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2000, p. 222).
a) Indique características do sistema de feitorias
empreendido por Portugal.
b) Qual a produção agrícola predominante no Brasil
entre os séculos XVI e XVII? Quais as funções
desempenhadas pelo feitor nessas empresas
agrícolas?
78) (UNICAMP-2005) Um dos maiores problemas nos
estudos históricos no Brasil acerca da escravidão é seu
relativo desconhecimento da história e da cultura africanas.
Aí, a história do Congo tem muitas lições a dar, quer para
os interessados no estudo da África, quer para os estudiosos
da escravidão e da cultura negra na diáspora colonial.
Afinal, a região do Congo-Angola foi daquelas que mais
forneceram africanos para o Brasil, especialmente para o
Sudeste, posição assumida no século XVII e consolidada na
virada do século XVIII para o XIX.
(Adaptado de Ronaldo Vainfas e Marina de Mello e Sousa,
“Catolização e poder no tempo do tráfico: o reino do Congo da
conversão coroada ao movimento Antoniano, séculos XV-XVIII”,
Tempo. n. 6, 1998, p. 95-6).
a) O que foi a diáspora colonial citada no texto
acima?
b) Identifique duas influências africanas no Brasil
atual.
c) Nomeie e explique, no Brasil atual, uma
decorrência da prática da escravidão negra.
79) (PUC - MG-2007) O padre jesuíta Antonil (João Antônio
Andreoni), autor do livro Cultura e Opulência do Brasil por
suas Drogas e Minas, publicado em Lisboa (1710), afirma
com severidade os problemas colocados pelo deslocamento
do eixo produtivo colonial do nordeste para o sudeste. Em
sua crítica, menciona os danos causados pela descoberta do
ouro nas Minas Gerais e os desdobramentos políticos desse
processo.
Sobre esse deslocamento da área de produção açucareira
para a mineração, assinale a afirmativa
CORRETA.
a) A economia do açúcar, mesmo após a descoberta do
ouro, continuou a ser a principal receita brasileira no final
do século XVIII, já que garantia a economia exportadora.
b) A mineração, pelo seu valor agregado, possibilitou o
financiamento de parte da produção do açúcar nordestino,
encalhado pela concorrência comercial do açúcar das
Antilhas.
c) Diamantes, ouro e pedras, através do sucesso da
economia mineradora, se tornaram os principais produtos
das exportações brasileiras durante os séculos XVII e
XVIII.
d) A população escrava da região das minas era procedente
do estoque de escravos do nordeste,
visto que a diminuição da produção açucareira elevou o
preço do cativo.
80) (ETEs-2007) Na história do Brasil, a presença ou a
proximidade de rios, riachos, fontes e igarapés favoreceu,
em determinada região, o desenvolvimento de um
importante tipo de exploração econômica, técnica ou
processo de produção.
Pode-se considerar como exemplo
a) a prática do garimpo, no Vale do Rio Amazonas, e o
contrabando do ouro para as terras do sul.
b) a substituição do pilão de mão pelo monjolo movido a
água, na produção açucareira do Vale do Rio Tietê.
c) a utilização do engenho movido a água, mais produtivo
do que o engenho movido a tração animal, no sertão
nordestino.
d) a criação de gado, no Vale do Rio São Francisco, para
abastecimento da região de produção açucareira.
e) o cultivo da seringueira, a produção da borracha e o seu
transporte no Vale do Rio Paraíba.
81) (UNIFESP-2007) Em Roma antiga, e no Brasil colonial e
monárquico, os escravos eram numerosos e empregados nas
mais diversas atividades.
Compare a escravidão nessas duas sociedades, mostrando
suas
a) semelhanças.
b) diferenças.
82) (UNIFESP-2007) Embora o Brasil continue sendo o
maior produtor mundial de cana-de-açúcar e de café, sua
economia hoje não mais gira, essencialmente, em torno do
primeiro produto, como no século XVII, nem em torno do
segundo, como no período transcorrido entre 1840 e 1930.
Indique
a) os fatores responsáveis pelo fim do ciclo histórico da
cana-de-açúcar e do café.
b) as semelhanças e diferenças na estrutura de produção das
duas culturas.
83) (UFRJ-2008) Em meados do século XVI, mais da
metade das receitas ultramarinas da monarquia portuguesa
vinham do Estado da Índia. Cem anos depois, esse cenário
mudava por completo. Em 1656, numa consulta ao
Conselho da Fazenda da Coroa, lia-se a seguinte passagem:
“A Índia estava reduzida a seis praças sem proveito
religioso ou econômico. (...) O Brasil era a principal
substância da coroa e Angola, os nervos das fábricas
brasileiras”.
(Adaptado de HESPANHA, Antônio M. (coord). História
de Portugal – O Antigo Regime. Lisboa: Editora Estampa,
s/d.)
Identifique duas mudanças nas bases econômicas do
império luso ocorridas após as transformações assinaladas
no documento.
84) (UFSCar-2008) A forte e atual presença de usos e
costumes dos iorubás na Bahia deve-se a) à sua chegada no último ciclo do tráfico dos escravos na
região, no fim do século XVI e início do XVII.
b) à vitória dos portugueses sobre os holandeses no Golfo
da Guiné, de onde vieram para o Brasil numerosos escravos
embarcados no forte São Jorge da Mina.
c) ao controle pelos portugueses da costa do Congo, onde
obtinham um grande número de escravos, trocados por
barras de ferro.
d) à presença numerosa desse povo em Angola, onde era
realizado o comércio entre a África e a Bahia, envolvendo
escravos e o tabaco.
e) à resistência cultural desses descendentes de escravos
oriundos de classe social elevada e de sacerdotes
firmemente ligados aos preceitos religiosos africanos.
85) (FUVEST-2008) O estabelecimento dos franceses na
Baía de Guanabara, em 1555, é um entre outros episódios
que ilustram as relações entre a França e as terras
americanas pertencentes à Coroa lusitana, durante os três
primeiros séculos da colonização.
a) Explique o que levou os franceses a se estabelecerem
pela primeira vez nessas terras.
b) Cite e caracterize uma outra tentativa francesa de
ocupação na América Portuguesa.
86) (PASUSP-2009) Trabalho escravo ou escravidão por
dívida é uma forma de escravidão que consiste na privação
da liberdade de uma pessoa (ou grupo), que fica obrigada a
trabalhar para pagar uma dívida que o empregador alega ter
sido contraída no momento da contratação. Essa forma de
escravidão já existia no Brasil, quando era preponderante a
escravidão de negros africanos que os transformava
legalmente em propriedade dos seus senhores. As leis
abolicionistas não se referiram à escravidão por dívida. Na
atualidade, pelo artigo 149 do Código Penal Brasileiro, o
conceito de redução de pessoas à condição de escravos foi
ampliado de modo a incluir também os casos de situação
degradante e de jornadas de trabalho excessivas.
Adaptado de Neide Estergi. A luta contra o trabalho escravo, 2007.
Com base no texto, considere as afirmações abaixo:
I. O escravo africano era propriedade de seus senhores no
período anterior à Abolição.
II. O trabalho escravo foi extinto, em todas as suas formas,
com a Lei Áurea.
III. A escravidão de negros africanos não é a única
modalidade de trabalho escravo na história do Brasil.
IV. A privação da liberdade de uma pessoa, sob a alegação
de dívida contraída no momento do contrato de trabalho,
não é uma modalidade de escravidão.
V. As jornadas excessivas e a situação degradante de
trabalho são consideradas formas de escravidão pela
legislação brasileira atual.
São corretas apenas as afirmações
a) I, II e IV
b) I, III e V
c) I, IV e V
d) II, III e IV
e) III, IV e V
87) (UNICAMP-2001) Uma jogadora de vôlei do Brasil nas
Olimpíadas de Sidney fez esta declaração à imprensa:
“Agora vamos pegar as cubanas, aquelas negas, e vamos
ganhar delas” (O Estado de S. Paulo, 27/09/2000). Ainda
segundo o jornal: “A coordenadora do Programa dos
Direitos Humanos do Instituto da Mulher Negra classifica
as palavras da atacante como preconceituosas e alerta as
autoridades para erradicarem esse tipo de comportamento,
combatendo o racismo”.
a) Compare os processos de colonização ocorridos em Cuba
e no Brasil, apontando suas semelhanças.
b) Qual a atividade econômica predominante em Cuba e no
Nordeste brasileiro durante a colonização e suas relações
com o comércio internacional?
c) Qual a condição social dos negros no Brasil depois do
fim da escravidão?

Você também pode gostar