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Revisão de Filosofia

Palavra

Palavra - depois do século V a. C adquire outro significado

Filosofia pré-socrática
UEL 2015
UEL 2015
UNESP 2020
UEL 2019
UFU 2018
UFU 2018
UFU 2019
ENEM PPL 2019
UEL 2020
UEL 2019
UEL 2020
UFU 2019
Gabarito dos slides

Slides 3 e 4 (UEL 2015) – D


5 (UEL 2015) – B
6 (UNESP 2020) C
7 (UEL 2019) A
8 ( UFU 2018) B
9 ( UFU 2018) A
10 ( UFU 2019) B
11 (ENEM PPL 2019) A
12 (UEL 2020) D
13 (UEL 2019) D
14 (UEL 2020) D
15 (UFU 2019) B
Revisão de Filosofia - (Antiga)

1. (Uepa 2015) Leia o texto para responder à questão.

Platão:

A massa popular é assimilável por natureza a um animal escravo de suas paixões e de seus interesses
passageiros, sensível à lisonja, inconstante em seus amores e seus ódios; confiar-lhe o poder é aceitar a
tirania de um ser incapaz da menor reflexão e do menor rigor. Quanto às pretensas discussões na
Assembleia, são apenas disputas contrapondo opiniões subjetivas, inconsistentes, cujas contradições e
lacunas traduzem bastante bem o seu caráter insuficiente.

(Citado por: CHATELET, F. História das Ideias Políticas. Rio de Janeiro: Zahar, 1997, p. 17)

Os argumentos de Platão, filósofo grego da antiguidade, evidenciam uma forte crítica à:


a) oligarquia
b) república
c) democracia
d) monarquia
e) plutocracia

2. (Ufpr 2020) De acordo com Tales de Mileto, a água é origem e matriz de todas as coisas. Essa maneira
de reduzir a multiplicidade das coisas a um único elemento foi considerada uma das primeiras expressões
da Filosofia, porque:
a) é um questionamento sobre o fundamento das coisas.
b) enuncia a verdade sobre a origem das coisas.
c) é uma proposição que se pode comprovar.
d) é uma proposição científica.
e) é um mito de origem.

3. (Unioeste 2020) “Então, considera o que segue (...). O que me parece é que, se existe algo belo além
do Belo em si, só poderá ser belo por participar desse Belo em si. O mesmo admito de tudo mais. Admites
essa espécie de causa?”
PLATÃO, Fédon, 100 c. Belém: Ed. UFPA, 2011.

Sobre o excerto acima, considere as seguintes afirmações:

I. A hipótese platônica das Ideias (ou hipótese das Formas) compreende a Ideia como causa do ser das
coisas.
II. “Participação” é o modo pelo qual a Ideia dá causa às coisas.
III. O Belo corresponde à Forma; a coisa bela é a Ideia.
IV. A teoria ou hipótese das Ideias distingue entre entidades supratemporais que são em si mesmas, frente
a entidades que não são por si mesmas e estão submetidas ao devir. As primeiras são causa do ser
das últimas.

Sobre as afirmações acima, assinale a alternativa CORRETA.


a) Somente uma está incorreta.
b) Somente uma está correta.
c) Duas estão corretas e duas estão incorretas.
d) Todas estão corretas.
e) Todas estão incorretas.

4. (Uel 2020) Leia o texto a seguir.

[...] a arte imita a natureza [. . . ] Em geral a arte perfaz certas coisas que a natureza é incapaz de elaborar
e a imita. Assim, se as coisas que são conforme a arte são em vistas de algo, evidentemente também o
são as coisas conforme à natureza.
ARISTÓTELES, Física I e II. 194 a20; 199 a13-18. Tradução adaptada de Lucas Angioni. Campinas:
IFCH/UNICAMP, 1999. p.47; 58.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre mímesis (imitação) em Aristóteles, assinale a alternativa
correta.
a) O artista deve copiar a natureza, retirando suas imperfeições ao imitá-la com base no modelo que
nunca muda.
b) O procedimento do artista resulta em imitar a natureza de maneira realista, típica do naturalismo grego.
c) A arte, distinta da natureza, produz imitações desta, mas são criações sem finalidade ou utilidade.
d) A arte completa a natureza por ser a capacidade humana para criar e produzir o que a natureza não
produz.
e) A arte produz o prazer em vista de um fim, e a natureza gera em vista do que é útil.

5. (Uece 2020) Atente para a seguinte passagem, que trata do alvorecer da filosofia: “A derrocada do
sistema micênico ultrapassa, largamente, em suas consequências, o domínio da história política e social.
Ela repercute no próprio homem grego; modifica seu universo espiritual, transforma algumas de suas
atitudes psicológicas. A Grécia se reconhece numa certa forma de vida social, num tipo de reflexão que
definem a seus próprios olhos sua originalidade, sua superioridade sobre o mundo bárbaro: no lugar do
Rei cuja onipotência se exerce sem controle, sem limite, no recesso de seu palácio, a vida política grega
pretende ser o objeto de um debate público, em plena luz do Sol, na Ágora, da parte de cidadãos definidos
como iguais e de quem o Estado é a questão comum; no lugar das antigas cosmogonias associadas a
rituais reais e a mitos de soberania, um pensamento novo procura estabelecer a ordem do mundo em
relações de simetria, de equilíbrio, de igualdade entre os diversos elementos que compõem o cosmos”.

VERNANT, J.-P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996, p.6/adaptado.

Com base na passagem acima, é correto afirmar que


a) a filosofia decorre fundamentalmente de um longo processo de evolução dos mitos antigos, não
havendo relação direta entre seu desenvolvimento e o processo social e político dos povos que deram
origem à civilização grega.
b) o poder despótico, característico dos povos da antiguidade, consolidou de forma gradual e constante o
surgimento de movimentos sociais de contestação na Grécia antiga, o que foi fundamental para o
surgimento da razão filosófica, no período clássico.
c) a mudança de pensamento do povo grego e a originalidade de sua reflexão sobre o cosmo se
relacionam às transformações da vida política grega, na qual o debate público por parte de cidadãos
iguais substituiu a onipotência do poder real ancorada em mitos de soberania.
d) não há diferenças significativas entre os sistema de organização social dos povos que viveram na
Grécia micênica e os processos sociais que vigoraram nos períodos subsequentes, seja no período
homérico, seja nos períodos arcaico e período clássico.

6. (Uel 2019) Leia o texto a seguir.

Os melhores de entre nós, quando escutam Homero ou qualquer poeta trágico a imitar um herói que está
aflito e se espraia numa extensa tirada cheia de gemidos, ou os que cantam e batem no peito, sabes que
gostamos disso, e que nos entregamos a eles, e os seguimos, sofrendo com eles, e com toda seriedade
elogiamos o poeta, como sendo bom, por nos ter provocado até o máximo, essas disposições. [...] Mas
quando sobrevém a qualquer de nós um luto pessoal, reparaste que nos gabamos do contrário, se formos
capazes de nos mantermos tranquilos e de sermos fortes, entendendo que esta atitude é característica de
um homem [...]?

PLATÃO. A República. 605 d-e. Trad. Maria Helena da Rocha Pereira. 12. ed. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 2010. p. 470.

Com base no texto, nos conhecimentos sobre mimesis (imitação) e sobre o pensamento de Platão,
assinale a alternativa correta:
a) A maneira como Homero constrói seus personagens retratando reações humanas deve ser imitada
pelos demais poetas, pois é eticamente aprovada na Cidade Ideal platônica.
b) O fato de mostrar as emoções de maneira exagerada em seus personagens faz de Homero e de
autores de tragédia excelentes formadores na Cidade Ideal pensada por Platão.
c) Reagir como os personagens homéricos e trágicos é digno de elogio, pois Platão considera que a
descarga das emoções é benéfica para a formação ética dos cidadãos.
d) Poetas como Homero e autores de tragédia provocam emoções de modo exagerado em quem os lê ou
assiste, não sendo bons para a formação do cidadão na Cidade Ideal platônica.
e) A imitação de Homero e dos trágicos das reações humanas difere da dos pintores, pois, segundo
Platão, não estão distantes em graus da essência, por isso podem fazer parte da cidade justa.

7. (Ufu 2019) Leia o excerto abaixo.

“A alegoria da caverna representa as etapas da educação de um filósofo ao sair do mundo das sombras
(das aparências) para alcançar o conhecimento verdadeiro. Após essa experiência, ele deve voltar à
caverna para orientar os demais e assumir o governo da cidade. Por isso, a análise da alegoria pode ser
feita sob dois pontos de vista.”

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. São
Paulo: Moderna, 2016. p. 109.

Assinale a alternativa que apresenta os dois pontos de vista sobre a educação que são deduzidos da
alegoria da caverna.
a) Individualista e teorizante.
b) Dogmático e materialista.
c) Relativista e democrático.
d) Epistemológico e político.

8. (Enem PPL 2019) Vimos que o homem sem lei é injusto e o respeitador da lei é justo; evidentemente
todos os atos legítimos são, em certo sentido, atos justos, porque os atos prescritos pela arte do legislador
são legítimos e cada um deles é justo. Ora, nas disposições que tomam sobre todos os assuntos, as leis
têm em mira a vantagem comum, quer de todos, quer dos melhores ou daqueles que detêm o poder ou
algo desse gênero; de modo que, em certo sentido, chamamos justos aqueles atos que tendem a produzir
e a preservar, para a sociedade política, a felicidade e os elementos que a compõem.

ARISTÓTELES. A política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010 (adaptado).

De acordo com o texto de Aristóteles, o legislador deve agir conforme a


a) moral e a vida privada.
b) virtude e os interesses públicos.
c) utilidade e os critérios pragmáticos.
d) lógica e os princípios metafísicos.
e) razão e as verdades transcendentes.

9. (Enem PPL 2018) Demócrito julga que a natureza das coisas eternas são pequenas substâncias
infinitas, em grande número. E julga que as substâncias são tão pequenas que fogem às nossas
percepções. E lhes são inerentes formas de toda espécie, figuras de toda espécie e diferenças em
grandeza. Destas, então, engendram-se e combinam-se todos os volumes visíveis e perceptíveis.

SIMPLÍCIO. Do Céu (DK 68 a 37). In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1996 (adaptado).

A Demócrito atribui-se a origem do conceito de


a) porção mínima da matéria, o átomo.
b) princípio móvel do universo, a arché.
c) qualidade única dos seres, a essência.
d) quantidade variante da massa, o corpus.
e) substrato constitutivo dos elementos, a physis.

10. (Enem PPL 2017) A definição de Aristóteles para enigma é totalmente desligada de qualquer fundo
religioso: dizer coisas reais associando coisas impossíveis. Visto que, para Aristóteles, associar coisas
impossíveis significa formular uma contradição, sua definição quer dizer que o enigma é uma contradição
que designa algo real, em vez de não indicar nada, como é de regra.
COLLI, G. O nascimento da filosofia. Campinas: Unicamp, 1996 (adaptado).

Segundo o texto, Aristóteles inovou a forma de pensar sobre o enigma, ao argumentar que
a) a contradição que caracteriza o enigma é desprovida de relevância filosófica.
b) os enigmas religiosos são contraditórios porque indicam algo religiosamente real.
c) o enigma é uma contradição que diz algo de real e algo de impossível ao mesmo tempo.
d) as coisas impossíveis são enigmáticas e devem ser explicadas em vista de sua origem religiosa.
e) a contradição enuncia coisas impossíveis e irreais, porque ela é desligada de seu fundo religioso.

11. (Enem PPL 2017) Dado que, dos hábitos racionais com os quais captamos a verdade, alguns são
sempre verdadeiros, enquanto outros admitem o falso, como a opinião e o cálculo, enquanto o
conhecimento científico e a intuição são sempre verdadeiros, e dado que nenhum outro gênero de
conhecimento é mais exato que o conhecimento científico, exceto a intuição, e, por outro lado, os
princípios são mais conhecidos que as demonstrações, e dado que todo conhecimento científico constitui-
se de maneira argumentativa, não pode haver conhecimento científico dos princípios, e dado que não
pode haver nada mais verdadeiro que o conhecimento científico, exceto a intuição, a intuição deve ter por
objeto os princípios.

ARISTÓTELES. Segundos analíticos. In: REALE, G. História da filosofia antiga. São Paulo: Loyola, 1994.

Os princípios, base da epistemologia aristotélica, pertencem ao domínio do(a)


a) opinião, pois fazem parte da formação da pessoa.
b) cálculo, pois são demonstrados por argumentos.
c) conhecimento científico, pois admitem provas empíricas.
d) intuição, pois ela é mais exata que o conhecimento científico.
e) prática de hábitos racionais, pois com ela se capta a verdade.

12. (Enem 2017) Se, pois, para as coisas que fazemos existe um fim que desejamos por ele mesmo e
tudo o mais é desejado no interesse desse fim; evidentemente tal fim será o bem, ou antes, o sumo bem.
Mas não terá o conhecimento, porventura, grande influência sobre essa vida? Se assim é, esforcemo-nos
por determinar, ainda que em linhas gerais apenas, o que seja ele e de qual das ciências ou faculdades
constitui o objeto. Ninguém duvidará de que o seu estudo pertença à arte mais prestigiosa e que mais
verdadeiramente se pode chamar a arte mestra. Ora, a política mostra ser dessa natureza, pois é ela que
determina quais as ciências que devem ser estudadas num Estado, quais são as que cada cidadão deve
aprender, e até que ponto; e vemos que até as faculdades tidas em maior apreço, como a estratégia, a
economia e a retórica, estão sujeitas a ela. Ora, como a política utiliza as demais ciências e, por outro
lado, legisla sobre o que devemos e o que não devemos fazer, a finalidade dessa ciência deve abranger
as das outras, de modo que essa finalidade será o bem humano.

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. In: Pensadores. São Paulo: Nova Gunman 1991 (adaptado).

Para Aristóteles, a relação entre o sumo bem e a organização da pólis pressupõe que
a) o bem dos indivíduos consiste em cada um perseguir seus interesses.
b) o sumo bem é dado pela fé de que os deuses são os portadores da verdade.
c) a política é a ciência que precede todas as demais na organização da cidade.
d) a educação visa formar a consciência de cada pessoa para agir corretamente.
e) a democracia protege as atividades políticas necessárias para o bem comum.

13. (Enem 2ª aplicação 2016) Ninguém delibera sobre coisas que não podem ser de outro modo, nem
sobre as que lhe é impossível fazer. Por conseguinte, como o conhecimento científico envolve
demonstração, mas não há demonstração de coisas cujos primeiros princípios são variáveis (pois todas
elas poderiam ser diferentemente), e como é impossível deliberar sobre coisas que são por necessidade, a
sabedoria prática não pode ser ciência, nem arte: nem ciência, porque aquilo que se pode fazer é capaz
de ser diferentemente, nem arte, porque o agir e o produzir são duas espécies diferentes de coisa. Resta,
pois, a alternativa de ser ela uma capacidade verdadeira e raciocinada de agir com respeito às coisas que
são boas ou más para o homem.

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

Aristóteles considera a ética como pertencente ao campo do saber prático. Nesse sentido, ela difere-se
dos outros saberes porque é caracterizada como
a) conduta definida pela capacidade racional de escolha.
b) capacidade de escolher de acordo com padrões científicos.
c) conhecimento das coisas importantes para a vida do homem.
d) técnica que tem como resultado a produção de boas ações.
e) política estabelecida de acordo com padrões democráticos de deliberação.

14. (Enem PPL 2016) Enquanto o pensamento de Santo Agostinho representa o desenvolvimento de uma
filosofia cristã inspirada em Platão, o pensamento de São Tomás reabilita a filosofia de Aristóteles – até
então vista sob suspeita pela Igreja –, mostrando ser possível desenvolver uma leitura de Aristóteles
compatível com a doutrina cristã. O aristotelismo de São Tomás abriu caminho para o estudo da obra
aristotélica e para a legitimação do interesse pelas ciências naturais, um dos principais motivos do
interesse por Aristóteles nesse período.

MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.

A Igreja Católica por muito tempo impediu a divulgação da obra de Aristóteles pelo fato de a obra
aristotélica
a) valorizar a investigação científica, contrariando certos dogmas religiosos.
b) declarar a inexistência de Deus, colocando em dúvida toda a moral religiosa.
c) criticar a Igreja Católica, instigando a criação de outras instituições religiosas.
d) evocar pensamentos de religiões orientais, minando a expansão do cristianismo.
e) contribuir para o desenvolvimento de sentimentos antirreligiosos, seguindo sua teoria política.

15. (Uel 2015) Leia os textos a seguir.

A arte de imitar está bem longe da verdade, e se executa tudo, ao que parece, é pelo facto de atingir
apenas uma pequena porção de cada coisa, que não passa de uma aparição.
Adaptado de: PLATÃO. A República. 7.ed. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Calouste
Gulbenkian, 1993. p.457.

O imitar é congênito no homem e os homens se comprazem no imitado.


Adaptado de: ARISTÓTELES. Poética. 4.ed. Trad. De Eudoro de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1991.
p.203. Coleção “Os Pensadores”.

Com base nos textos, nos conhecimentos sobre estética e a questão da mímesis em Platão e Aristóteles,
assinale a alternativa correta.
a) Para Platão, a obra do artista é cópia de coisas fenomênicas, um exemplo particular e, por isso, algo
inadequado e inferior, tanto em relação aos objetos representados quanto às ideias universais que os
pressupõem.
b) Para Platão, as obras produzidas pelos poetas, pintores e escultores representam perfeitamente a
verdade e a essência do plano inteligível, sendo a atividade do artista um fazer nobre, imprescindível
para o engrandecimento da pólis e da filosofia.
c) Na compreensão de Aristóteles, a arte se restringe à reprodução de objetos existentes, o que veda o
poder do artista de invenção do real e impossibilita a função caricatural que a arte poderia assumir ao
apresentar os modelos de maneira distorcida.
d) Aristóteles concebe a mímesis artística como uma atividade que reproduz passivamente a aparência
das coisas, o que impede ao artista a possibilidade de recriação das coisas segundo uma nova
dimensão.
e) Aristóteles se opõe à concepção de que a arte é imitação e entende que a música, o teatro e a poesia
são incapazes de provocar um efeito benéfico e purificador no espectador.
Gabarito (gerado pelo superpro)

Resposta da questão 1:
[C]

[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]


Somente a proposição [C] está correta. A questão remete ao pensamento político de Platão. Este
filósofo ateniense foi um grande crítico da democracia. Acreditava que a maioria não tinha
condições de participar do debate político na ágora, pois estava vinculada ao mundo sensível, o
mundo do corpo, da opinião, da doxa e não sabia o que era justiça. Platão defendeu a
Sofocracia, isto é, o governo dos sábios, dos reis filósofos.

[Resposta do ponto de vista da disciplina de Filosofia]


Na concepção platônica, a busca pelo conhecimento verdadeiro permeia todo seu sistema
filosófico. Neste sistema, Platão estabelece que existem dois mundos, o mundo sensível
(representa a matéria e as sensações ao qual estamos inseridos) e o mundo inteligível
(representa as ideias, a razão). Neste sentido, para Platão somos ligados às sensações pessoais
e isto nos conduzem ao erro pois não podemos confiar nelas. Somente podemos obter a verdade
por meio do mundo da inteligível. Contudo, isto não é para qualquer um, somente para os
filósofos, pois eles buscam o verdadeiro saber, assim estes sabem qual é o melhor caminho para
a ampliação do conhecimento, por conseguinte, qual o melhor caminho para fazer com que todas
as pessoas da cidade possam desenvolver seu pleno potencial. Assim, os filósofos são os únicos
capazes de conhecer a verdade e devem decidir o destino da cidade, neste contexto a
democracia é um empecilho, pois não produz um consenso absoluto, verdadeiro. Portanto,
Platão estabelece uma severa crítica ao sistema democrático grego. O único sistema que
corresponde às críticas estabelecidas por Platão é o descrito na alternativa [C].

Resposta da questão 2:
[A]

A filosofia destacada na questão remete aos chamados filósofos pré-socráticos, cuja investigação
filosófica estava centrada na busca de um princípio originário de todas as coisas. Tales de Mileto,
exemplo citado pela questão, defendia que tal princípio seria a água. De um modo geral, a
produção filosófica no contexto considerado voltava-se para a busca e o questionamento acerca
do fundamento das coisas.

Resposta da questão 3:
[A]

Segundo a Teoria do conhecimento de Platão, as “coisas em si”, ou seja, a forma e a essência


das coisas, não existem no mundo sensível. Dessa forma, o belo, em sua forma e essência,
somente existiram no âmbito do inteligível, de modo que o belo, em sua forma, e a coisa bela,
estariam no plano das ideias. Com efeito, o item [III] é o único incorreto.

Resposta da questão 4:
[D]

Aristóteles entende a arte como uma atividade de imitação, de modo que o conceito de
mimesis é elaborado por ele para definir a produção da arte como imitação da natureza. Para
Aristóteles, a arte deve ser uma imitação perfeita daquilo que não é perfeito na natureza, de
modo que a arte é uma forma de completar a natureza por ser a capacidade humana para criar e
produzir o que a natureza não produz.

Resposta da questão 5:
[C]

A partir do texto, o aluno deve identificar que as transformações nos sistemas de pensamento e a
cosmologia na Grécia Antiga estão relacionados ao processo histórico que levou a mudanças na
organização política e social com o surgimento da pólis e, posteriormente, com o estabelecimento
da forma de governo democrática. Assim, o surgimento do pensamento racional e a condução da
vida política baseada na categoria de “cidadão” – categoria de caráter moral – não estão
dissociados das transformações históricas da sociedade grega.

Resposta da questão 6:
[D]

[A] Incorreta. A maneira como Homero e poetas semelhantes retratam as reações de seus
personagens é reprovada por Platão para a formação ética dos cidadãos, pois não é desejada
uma reação descontrolada na “vida real”, parecida com as que os poetas descrevem em suas
obras. Este é um dos motivos da reprovação de Platão da poesia tradicional.
[B] Incorreta. Ao exagerarem na descrição de uma reação emocional dos personagens, os poetas
tradicionais como Homero e autores de tragédia, fazem um desserviço à formação dos
cidadãos, porque a reação emotiva deve ser equilibrada, não excessiva, por mais que
admiremos isso nos poemas homéricos e trágicos.
[C] Incorreta. As emoções/paixões exageradas não devem ser incitadas por parte dos poetas,
pois isso não auxilia a formação ética dos cidadãos e uma “descarga das emoções” não serve
para a formação ética pensada por Platão na cidade ideal.
[D] Correta. Entre as várias críticas de Platão aos poetas, encontramos essa a respeito das
emoções, a de valorizar aspectos irracionais da natureza humana prejudicando a formação
ética dos cidadãos. Na cidade ideal, os poetas e artistas devem incitar boas reações que
sejam equilibradas e temperantes, evitando excessos.
[E] Incorreta. Mesmo que Platão não considere a imitação (mimesis) dos poetas como a dos
pintores, distante da verdade em graus da essência (Ideia), ela não é benéfica à cidade ideal,
pois incita reações emotivas excessivas, especialmente naqueles que devem ser paradigma de
comportamento, os heróis e os deuses.

Resposta da questão 7:
[D]

No texto apresentado pela questão, a autora destaca dois aspectos que se depreendem a partir
da “alegoria da caverna”: o primeiro, relacionado ao processo de alcançar o conhecimento, pois,
na alegoria, representa-se as etapas a partir das quais o filósofo chega ao conhecimento
verdadeiro, de modo que se trata de uma reflexão epistemológica, ou seja, relativa à teoria do
conhecimento. O segundo aspecto destaca o papel político do filósofo que, ao ter acesso ao
conhecimento verdadeiro, deve guiar os demais por esse caminho e gerir a cidade.

Resposta da questão 8:
[B]

O legislador deve, segundo Aristóteles, agir em função do bem comum, perseguindo, portanto, o
exercício da virtude.

Resposta da questão 9:
[A]

O pensamento filosófico de Demócrito, como descrito no texto, caracteriza-se pela interpretação


da natureza das coisas a partir de leis mecânicas. Para ele, todas as coisas seriam compostas
por unidades indestrutíveis e indivisíveis, combinadas entre si, em quantidade infinita. Por essa
concepção, que descreve uma porção mínima da matéria, atribui-se a Demócrito a formulação do
conceito de átomo, sendo a descrição feita por ele bastante próxima do modelo moderno de
átomo.

Resposta da questão 10:


[C]

Para o autor do texto, a inovação da reflexão filosófica aristotélica acerca do enigma é a


admissão do caráter paradoxal inerente a ele, na medida em que associa coisas impossíveis, em
uma relação de contradição, para formular algo sobre coisas reais, sendo a alternativa [C] a única
que expressa essa ideia.

Resposta da questão 11:


[D]

Aristóteles atribui, para as formas racionais de apreensão da realidade destacadas no texto - o


cálculo, a opinião, o conhecimento científico e a intuição - uma hierarquização que classifica as
duas últimas como sendo sempre verdadeiras. Dentre essas formas de conhecimento racional
que somente admitem o que é verdadeiro, ele atribui, ainda, maior grau de exatidão à intuição,
sendo essa, portanto, a única forma de conhecimento adequada para formular juízos acerca dos
princípios.

Resposta da questão 12:


[C]

O texto deixa claro o pensamento aristotélico, segundo o qual a política abrange as outras
ciências por ter como finalidade o sumo bem humano. A única alternativa que está de acordo
com tal concepção é a [C].

Resposta da questão 13:


[A]

A ética, dentro do pensamento filosófico aristotélico, constitui uma prática racional e livre, sendo
por isso diferente dos demais saberes apontados no texto.

Resposta da questão 14:


[A]

O pensamento aristotélico era mais difícil de ser conjugado com o pensamento cristão uma vez
que valorizava a investigação científica e não pressupunha a existência de um plano superior.

Resposta da questão 15:


[A]

Platão defendeu a teoria de que o conhecimento verdadeiro se encontra no mundo inteligível


(Mundo das Ideias), representado pelas ideias perfeitas que não sofrem a corrupção, captadas
pelo pensamento. Neste mundo, as ideias estão organizadas hierarquicamente das mais
elevadas a de menor perfeição, sendo o bem, o belo e o justo as ideias mais elevadas. Oposto
ao Mundo das Ideias está o Mundo Sensível (Mundo da Matéria). Neste mundo residem os
objetos que temos acesso, porém estes são cópias imperfeitas captadas pelos sentidos. Desta
forma, qualquer representação das ideias ou da beleza são apenas imitações (mimesis) das
coisas sensíveis e não das verdadeiras ideias. Assim, a arte é uma imitação inferior da perfeição
das ideias, sendo considerada como uma mera ilusão para os sentidos.
De forma diferente, embora Aristóteles concorde que a arte é imitação, isto não ocorre da mesma
forma que Platão. Para este filósofo, a arte é uma imitação de coisas possíveis que não tem
realidade, mas podem vir a ter. A mimesis é algo natural dos seres humanos, como forma de
invenção da realidade. Portanto, a arte representa possibilidade de compreensão e conhecimento
da realidade, servindo também como aprimoramento do ser humano na busca de sua realização
moral, nas palavras do filósofo é uma “catarse” que por meio da educação dos sentidos conduz o
ser humano ao equilíbrio. A alternativa [A] é a única que se enquadra nas teorias explicitadas.

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