Você está na página 1de 64

Materiais de Construção

Aula 6: Propriedades do concreto no estado fresco


(Cap. 10 Metha – Cap. 8 e 9 Bauer)

Prof. Flávio de Andrade Silva


Departamento de Engenharia Civil
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Rio de Janeiro – Brasil
fsilva001@uol.com.br

1º Semestre - 2014

ENG 1213

www.civ.puc-rio.br
Definições

• Concreto convencional leva de 6 a 10 horas para dar pega


e de 1 a 2 dias para atingir um nível de resistência
suficiente para retirada das formas.

• Principais operações:
– Dosagem
– Processo de mistura
– Transporte do concreto
– Lançamento
– Adensamento e acabamento
– Cura

2
Definições

• Propriedades no estado fresco que podem afetar as


propriedades de longo termo do concreto:

– Trabalhabilidade
– Segregação e exsudação
– Retração
– Tempo de pega
– Temperatura de cura

3
Mistura

• O processo de dosagem e mistura pode ser feito na obra ou em uma


central localizada próxima a obra;

• O concreto pode ser misturado:


• Dentro do caminhão betoneira
• Em um misturador

4
Mistura – Central dosadora de concreto

5
Mistura – Central dosadora de concreto

6
Mistura – Central com misturador

7
Mistura – Central com misturador

8
Mistura – Central com misturador

9
Mistura – misturadores planetários

10
Mistura – misturadores planetários

11
Mistura – adição de fibras

12
Mistura – betoneira e de forma manual

• Betoneira de queda livre


• Betoneira de mistura forçada
Mistura manual

13
Processo de mistura

14
Processo de mistura

Energy demand management (kw)

steel fiber addition


addition: 50% of superplasticizer

powder addition

addition:
50% of water +
50% of superplasticizer

end of mixing process

addition:
50% of water

0:00 0:07 0:14 0:21


Mixing time (hours)

15
Processo de mistura

Energy demand management (kw)

steel fiber addition


addition: 50% of superplasticizer

powder addition

addition:
50% of water +
50% of superplasticizer

end of mixing process

addition:
50% of water

0:00 0:07 0:14 0:21


Mixing time (hours)

16
Processo de mistura

Energy demand management (kw)

steel fiber addition


addition: 50% of superplasticizer

powder addition

addition:
50% of water +
50% of superplasticizer

end of mixing process

addition:
50% of water

0:00 0:07 0:14 0:21


Mixing time (hours)

17
Processo de mistura

Energy demand management (kw)

steel fiber addition


addition: 50% of superplasticizer

powder addition

addition:
50% of water +
50% of superplasticizer

end of mixing process

addition:
50% of water

0:00 0:07 0:14 0:21


Mixing time (hours)

18
Processo de mistura

Energy demand management (kw)

steel fiber addition


addition: 50% of superplasticizer

powder addition

addition:
50% of water +
50% of superplasticizer

end of mixing process

addition:
50% of water

0:00 0:07 0:14 0:21


Mixing time (hours)

19
Processo de mistura
Energy demand management (kw)

steel fiber addition


addition: 50% of superplasticizer

powder addition

addition:
50% of water +
50% of superplasticizer

end of mixing process

addition:
50% of water

0:00 0:07 0:14 0:21


Mixing time (hours)

20
Processo de mistura

Energy demand management (kw)

steel fiber addition


addition: 50% of superplasticizer

powder addition

addition:
50% of water +
50% of superplasticizer

end of mixing process

addition:
50% of water

0:00 0:07 0:14 0:21


Mixing time (hours)

21
Lançamento, adensamento e acabamento

• O concreto deve ser lançado o mais próximo possível da


sua posição final:
– O concreto é colocado em camadas horizontais de espessura
uniforme e cada camada deve ser adensada;

– Altura de queda: Não pode ultrapassar 2m.

22
Lançamento – concreto convencional

23
Lançamento – concreto bombeado

24
Lançamento – guincho

25
Lançamento – Concreto projetado

26
Lançamento – Concreto sub aquático
• A principal característica desse concreto é a maior coesão dos grãos, o
que não permite sua dispersão no contato com a água, oferecendo
maior resistência ao ataque químico;

• A massa pode receber adição de antidispersantes subaquáticos,


superplastificantes e sílica ativa, o que aumenta a coesão do material. A
baixa relação água/cimento - entre 0,4 e 0,5 - e consumo de cimento de
cerca de 400kg/m³ são outros itens que devem ser observados.

27
Lançamento – Concreto sub aquático

• Processos Clássicos:
– Avanço em talude: altura da água é relativamente pequena (<80cm). O
Concreto é colocado e por pressão se incorpora ao concreto já colocado
anteriormente forçando o talude a caminhar contra a agua.
– Baldes: baldes ou caçambas especiais, com tampas firmemente
fechadas e com fundos que se abrem comandados por mergulhadores
ou por comando a distancia
- Tremonha: Enche-se as formas até transbordar com o auxilio de um tubo.
- Concreto ensacado: quando há correntes e movimentação na água
e não há a possibilidade de utilizar outro processo. Coloca-se o
concreto no local determinado em sacos de tecido permeável.
- Concreto Injetado: consiste na colocação, na forma, do agregado e
em seguida injeta-se a argamassa, de baixo para cima, por meio de tubos.

28
Lançamento – Concreto sub aquático

29
Lançamento – Concreto sub aquático

30
Lançamento – Concreto sub aquático

Tremonha

31
Lançamento – Concreto sub aquático

32
Lançamento – Concreto sub aquático

33
Lançamento – Concreto massa

34
Adensamento

Tipos de vibradores:

• Imersão
• Externos

35
Acabamento

36
Acabamento

37
Cura

• Prevenir a perda de água do concreto


• Controlar a temperatura do concreto por um período
suficiente até que ele atinja uma determinada resistência

38
Métodos de cura

• Irrigação ou aspersão de água


• Recobrimento com areia e terra
• Recobrimento com plásticos e papeis impermeáveis
• Impermeabilização por pinturas
• Membranas de cura

39
Trabalhabilidade

• ASTM C125 – Propriedade que determina o esforço


necessário para manipular uma quantidade de concreto
recém misturado com uma perda mínima de
homogeneidade.

• ACI -116R04 - Propriedade do concreto ou argamassa


recém misturados que determina a facilidade e a
homogeneidade com a qual podem ser misturados,
lançados, adensados e acabados.

40
Fatores que afetam a trabalhabilidade

• Consistência: propriedade intrínseca da mistura fresca


relacionado com a mobilidade e capacidade de fluir da
massa (medida pelo ensaio de abatimento e Vebe);
• Coesão: estabilidade da massa.

41
Trabalhabilidade

Classe 1- Qualitativa: Usado apenas como uma forma geral de descrição


Trabalhável ou bombeável

Classe 2 – Quantitativa empírica


Tempo de VeBe
Abatimento

Classe 3 - Quantitativa Fundamental


Viscosidade
Tensão de escoamento

42
Bombeabilidade
Bombeabilidade – Capacidade de
bombear o concreto sob uma certa
pressão, comprimento e raio de
tubulação.

Depende da viscosidade
plástica. Correlação com a
tensão de escoamento é
praticamente nenhuma.

43
Ensaio de abatimento (slump test)
Altura = 300mm e diâmetro de 100mm (topo) e 200mm (base)

44
Teste de Vebe
Medida do tempo em segundos necessário para que se verifique a completa
remoldagem de um tronco de cone em forma idêntica a do ensaio de
Abatimento. A remoldagem é considerada completa quando a nata de cimento
ocupa toda a superfície sob uma placa de vidro que acompanha sua
transformação em cilindro.

45
Fator de compactação
Aparelho para fator de compactação
(Compacting factor test)

Medido pela relação entre os pesos específicos


encontrados no ensaio e o peso especifico do
mesmo concreto completamente compactado.

46
Espalhamento

47
Caixa L

48
Tempo de escoamento no Funil

49
Mesa de espalhamento

50
Cone de Marsh

51
J ring

• J ring

52
Reologia - definições

• Reologia – Ciência que estuda a deformação e fluxo de um


material.
CONCRETO
(Escala de Tempo)

Endurecido Fresco

- Fluência - Trabalhabilidade
- Relaxação
- Retração

53
Fluido Newtoniano

• Material idealmente elástico – deformação depende apenas


do carregamento aplicado: quando o carregamento é
removido, a deformação é completamente recuperada.
Obedece a lei de Hook.

τ = ηγ&

54
Fluido não Newtoniano

• (Tensão de cisalhamento) / (taxa de cisalhamento) não é


constante dependendo da taxa de cisalhamento na qual foi
determinada, podendo também depender na historia de
cisalhamento do material.

τ = τ 0 + µγ&

55
Tribologia

• Tribologia – Ciência e tecnologia da interface de superfícies


de materiais em movimento.

CONCRETO - É relacionado com a bombeabilidade (atrito entre


concreto e tubulação)
e
com atrito entre concreto e formas.

56
Modelo de Bingham
τ = τ 0 + µγ&
Tensão de escoamento

Tensão
Tensão

Viscosidade Plástica
Taxa de deformação Taxa de deformação
Mesma tensão de escoamento Viscosidade plástica igual

Viscosidade plástica diferente Tensão de escoamento diferente

57
Reologia - Modelos
• Bingham τ = τ 0 + µγ&
• Herchel-Bulkley τ = τ 0 + µγ& b

De Larrard et al. (1998) Materials and Structures


v.3, p. 494-498

58
Reologia - Viscosidade

• Viscosidade:
– Qualitativamente - Propriedade do material em resistir um
incremento de deformação com incremento da taxa de
deformação.
– Quantitativamente - Medida desta propriedade definida como
tensão de cisalhamento dividida pela taxa de cisalhamento.

59
Reologia

60
Reologia

61
Reologia

12 Aumentando a
10 quantidade de
Torque (N.m)

água
8

6
4

2
0
0.00 0.25 0.50 0.75 1.00

R o ta tio n Spe e d (re v/s)

Ferraris, de Larrard , 1998

62
Reologia

Velocidades de rotação: 100, 200 e 300 rpm

Velocidade angular (s-1)

Taxa de deformação (s-1)

Tensão de cisalhamento (Pa)

Fluido de Bingham

63
Reologia

64

Você também pode gostar