Você está na página 1de 2

Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí

Nome: Luciano de Oliveira Santana


Curso: Bacharelado em Agronomia
Prof. Msc. Pável C. da Costa
Disciplina: Biologia Celular

“Biofertilizantes líquidos e sustentabilidade agrícola” (Bahia Agrícola, 2006, pág. 24 a 26),


do D. Sc. Prof. Marcos Barros de Medeiros e do Eng. Agrônomo Juliano da Silva Lopes, traz
uma síntese do uso de Biofertilizantes agrícolas como fator nutricional e inibidor/controlador
de pragas e doenças.

O artigo aborda um assunto que vem sendo comumente discutido, porém, tem
enfrentado desafios práticos para que seja realmente resolvido. A questão da utilização de
dejetos animais e vegetais tem obtido ganhos significativos dentro da agricultura, todavia,
devido a fatores negativos quando não utilizadas técnicas adequadas, dá-se a importância do
fomento à divulgação das novas metodologias, pesquisa e desenvolvimento da tecnologia em
questão. Além do fator nutricional que por sua vez torna a tecnologia viável economicamente,
tem-se o fator inibir/controlador de pragas e doenças. Tendo em vista o crescente custo de
produção, os dois fatores apresentados se entrelaçam no quesito econômico. Os autores
enfatizam e deixam evidenciadas suas posições através de citações de trabalhos realizados por
pesquisadores da área de ciências agrárias, sendo feita uma ampla abordagem dos efeitos
positivos.

Adentrando nas ideias dos autores, observa-se seu constante interesse em enfatizar que
tal projeto se torna mais viável para pequenos produtores, tendo em vista a importância de
pesquisas de desenvolvimento a fim de aperfeiçoar as práticas e diminuir custos, tornando
assim, a prática cada vez mais acessível. Outro ponto salientado pelos autores é a importância
de tal prática para o meio ambiente, sendo observado que um dos grandes problemas
enfrentados pela agropecuária atual tem sido o manejo de dejetos animais e vegetais, todavia,
ambos os autores acreditam na ideia de que as soluções dos problemas de manejo não
somente estão sendo pesquisadas, como também, em muitos casos, já estão sendo testadas e
obtendo resultados satisfatórios.

Torna-se evidente que a centralização da ideia se baseia na sustentabilidade, sendo que


em alguns momentos se faz presente a conceituação de que é preciso haver rotatividade de
práticas agrícolas consideradas sustentáveis, pois as mesmas podem ter sido julgadas
sustentáveis no passado, ocorrendo o mesmo no presente, porém, todas essas considerações
levam em conta fatores edafoclimáticos, socioeconômicos dentre outros que ao longo do
tempo tornam-se mais ou menos relevantes. Talvez a sistematização da planta à doenças e
pragas seja um dos quesitos que mais chamem atenção no texto, levando em consideração que
tal processo engloba todo conceito de translocação pelos tecidos floema e xilema da planta,
tornando-se ainda mais relevante a condição residual que os biofertilizantes ocasionam após a
sua aplicação. Longe da incerteza, economicamente é viável e ambientalmente sustentável.

A obra apresenta sinteticamente o assunto, porém apresenta falhas. Uma alternativa


poderia ser a utilização de citações mais atuais, dando maior credibilidade às afirmações
realizadas no texto, assim como, apresentar exemplos mais sólidos, sendo o biodigestor um
exemplo profícuo para a abordagem em questão, que por sua vez é uma tecnologia que tem
ganhado espaço no meio rural devido a sua capacidade de produção de biofertilizantes ligado
à produção de energia (através do biogás). Relativamente de alto custo de implantação,
entretanto, há empresas que são grandes financiadoras de tais projetos visando a venda de
créditos de carbono embasadas no plano ABC - agricultura de baixo carbono, tendo como
incentivador o Governo Federal. Outro problema comumente enfrentado, porém não
especificado na obra é a falta de divulgação de incentivos federais para programas
sustentáveis, tais programas são oferecidos pelo governo com a finalidade de fornecer
subsídio aos agricultores, cumprindo também o protocolo de Quioto, que por sua vez se
caracteriza como sendo um acordo internacional para a redução da emissão de carbono de
efeito estufa pelos países participantes. Levando em consideração que num texto não deve ser
apenas salientados os pontos positivos, observam-se falhas conjunturais em decorrência ao
desequilíbrio social, político e econômico presente no mesmo, instituindo uma imagem de
sobreposição à realidade.

Referências Bibliográficas

Ministério da Agricultura, pecuária e abastecimento. Plano ABC. Disponível em:


<http://www.agricultura.gov.br/desenvolvimento-sustentavel/plano-abc> Acesso em: 23 de
março de 2015.
Revista Abril. O que são biodigestores? Disponível em:
<http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-sao-biodigestores> Acesso em: 23 de
março de 2015.

Você também pode gostar