Você está na página 1de 10

APOSTILA DE ELETROMAGNETISMO I 85

10 LEI DE AMPÉRE E ROTACIONAL DO


CAMPO MAGNÉTICO

Pudemos verificar em capítulos anteriores que a distribuição de campos elétricos também é obtida pelo
emprego da lei de Gauss, desde que o problema ofereça condições de simetria. Nestes casos, em
função da superfície fechada escolhida, o produto escalar entre a densidade de fluxo e a secção
atravessada pelas linhas de campo ou é nulo ou é simplesmente o produto algébrico das grandezas
envolvidas neste fluxo. Desta forma, frente a simetrias oferecidas, o módulo do campo elétrico é obtido
muito mais facilmente do que pela forma clássica, através da lei de Coulomb.

No capítulo anterior, pudemos notar que a determinação de campos magnéticos pela clássica aplicação
da lei de Biot-Savart, impunha a resolução de integrações, algumas vezes complicadas. Neste capítulo,
em função de condições de simetria oferecidas pelo problema, determinaremos as distribuições de
campo magnético pela aplicação da Lei Circuital de Ampère. Iremos notar que o enunciado desta lei
possui uma analogia muito forte com o proposto pela lei de Gauss para o campo elétrico.

10.1 - A LEI DE AMPÈRE

De acordo com um exemplo e um exercício proposto no capítulo anterior, vimos que a intensidade de
campo magnético H a uma distância r de um fio condutor reto e longo com uma corrente de intensidade
I é dada por:

I
H= ( A / m) (10.1)
2πr

O denominador desta expressão mostra claramente o perímetro de uma circunferência de raio r que
fornece o campo magnético H inversamente proporcional à distância do fio condutor, cuja corrente cria
este campo. Desta forma, o módulo deste campo assume valores constantes para cada distância radial
admitida. Ainda se este campo for integrado ao longo de um caminho circular L de raio r, circundando o
condutor, teremos:
r r
∫LH ⋅ dL = H ∫LdL = H.2πr = I (10.2)

De uma forma geral esta integral de linha compreende uma corrente Ii envolvida ou enlaçada pelo
caminho fechado L onde:
r r
∫L H.dL = I
i
(10.3)

De modo geral podemos então enunciar a lei de Ampère:


r
A integral de linha do vetor intensidade de campo magnético H ao longo de um
Conceito caminho fechado L, é igual a corrente total enlaçada por esse caminho

A corrente elétrica pode ser escrita de uma forma generalizada, como sendo a integral do vetor
densidade de corrente, calculada em uma superfície delimitada pelo caminho fechado sobre o qual o
vetor intensidade de campo magnético é integrado. Assim:
r r r r
∫ .dL=∫ J.dS
L
H
S
(10.4)

UNESP – Naasson Pereira de Alcantara Junior – Claudio Vara de Aquino 85


APOSTILA DE ELETROMAGNETISMO I 86

As equações (10.3) e (10.4) são válidas para qualquer caminho fechado L e a correspondente parte de
corrente envolvida ou enlaçada por ele.

Exemplo 10.1
Um condutor sólido e cilíndrico é percorrido por uma corrente I A, que se distribui uniformemente sobre
r
a seção circular de raio R do condutor. Encontre expressões para o campo H dentro e fora do
r
condutor. Esboce graficamente a variação do módulo de H , em função de r, medido a partir do centro
ou eixo do condutor.

Solução

. H Logo

2π r
H I
r R
I' =
πR 2 ∫ ∫ rdrdφ
0 0

r
2
πr2 ⎛r⎞
I' = I 2
= I⎜ ⎟
πR ⎝R⎠
r
A intensidade de campo magnético H definida
Figura 10.1 - Condutor cilíndrico conduzindo uma
para 0 ≤ r ≤ R (interior do condutor) será:
corrente uniforme
r r 1 r2 I
Fora do condutor onde r > R, H será integrado H= I = r â φ (A / m)
ao longo de um caminho circular que contém 2πr R 2 2πR 2
toda a corrente do condutor: Assim,
Graficamente teremos:
r r
∫ ⋅ dL = I
H
L(r )
H(A/m)
Em coordenadas cilíndricas e para H constante:
I/2πR
r I
H= â φ ( A / m)
2πr

Para o interior do condutor onde r < R a corrente


envolvida pelo caminho L será:
R r(m)
r r
I ' = ∫ J ⋅ dS Figura 10. 2 - Variação de H dentro e fora do
S( r ) condutor.

A densidade de corrente é constante em função


da distribuição regular. Daí: Podemos notar que para r = R esta última
expressão é consistente conciliando com a
r I expressão obtida para o campo fora do condutor.
J= â z
πR 2

Podemos observar que a função que define este campo magnético é contínua em todo o espaço. Além
disso, este arranjo reforça o conceito de um campo de característica solenoidal e demonstra a ausência
dele no eixo do condutor, onde r = 0. Tal comportamento é verificado na prática quando pequenas
partículas de limalha de ferro, inicialmente dispersas, são arranjadas em circunferências concêntricas a
um trecho retilíneo de condutor quando uma corrente contínua circula por ele, perpendicularmente ao
plano que contem a limalha. As linhas de fluxo possuem um vórtice no eixo da distribuição de corrente,
fonte geradora do campo magnético que orienta as partículas de ferro.

86 UNESP – Naasson Pereira de Alcantara Junior – Claudio Vara de Aquino


APOSTILA DE ELETROMAGNETISMO I 87

Exemplo 10.2
Considere um condutor cilíndrico de raio R m, transportando uma corrente cuja densidade na seção
transversal é Jc = Kc.r (A/m2), onde K é uma constante e r é a distância radial partindo-se do centro do
condutor. Determine:

a) - O valor de B no interior do condutor.


b) - O valor de B exterior ao condutor
c) – O gráfico de B = f(r)

Solução

a) Fora do condutor, a corrente será a corrente


total:
r
B r r r
∫L µ 0 .dL=∫SJ.dS B
2π R

µ 0 ∫L
dL= ∫ ∫ Kc r
2
dr dφ
0 0
A indução magnética é constante ao longo do
círculo de raio r. Portanto:
B R3
2πr = K c 2π
2π r µ0 3
B
µ 0 ∫L
dL= ∫ ∫ K c r r dr dφ
0 0
µ0 K c R 3
B=
r 3r
B
2πr = 2π∫ K c r 2 dr
µ0 0 Portanto, dentro do condutor o campo magnético
varia com o quadrado da distância r, e fora do
condutor a variação é com o inverso da
r2
B=µ 0 K c (T ) distância.
3
b)

H(A/m)

µ0K cR 2 / 3

R r(m)

Figura 10.3 Variação de H dentro e fora do condutor.

10.3 - O ROTACIONAL E O TEOREMA DE STOKES

Da mesma forma que empregamos uma definição pontual para a lei de Gauss, o faremos agora para a
lei de Ampère. A equação:

UNESP – Naasson Pereira de Alcantara Junior – Claudio Vara de Aquino 87


APOSTILA DE ELETROMAGNETISMO I 88

r r
∫L H ⋅ dL = I (A) (10.5)

r
relaciona a integral de linha do vetor intensidade de campo magnético H ao longo de um caminho
fechado L com a corrente total envolvida por esse caminho.

Embora relações envolvendo caminhos finitos sejam úteis em teoria de circuitos, é freqüentemente
desejável, na teoria de campos, relações que envolvam grandezas em um ponto no espaço. Assim
como o divergente aplica a lei de Gauss, o rotacional aplica a lei de Ampère de uma forma pontual.

Consideremos uma área incremental ∆S, em um meio condutor, atravessada perpendicularmente por
uma corrente elementar ∆I (figura 10.4).

∆S

H
∆I

Figura 10.4 Superfície incremental atravessada por corrente elementar.

Aplicando a lei de Ampère, e dividindo sua equação por ∆S, teremos:


r r
∫LH ⋅ dL = ∆I (A / m 2 ) (10.6)
∆S ∆S

Passando ao limite, com ∆S tendendo a zero teremos:


r r
lim ∫L ⋅ dL
H lim∆I (10.7)
= (A / m 2 )
∆S → 0 ∆S ∆S → 0 ∆S
r
O segundo membro da equação 10.13 é o módulo da densidade de corrente J e o primeiro membro
representa o módulo de uma operação vetorial sobre um campo também vetorial, denominada
rotacional. Abreviando inicialmente o rotacional por rot, podemos escrever então que:

(rot Hr ) â n
r
= J (A / m 2 ) (10.8)

r r
O versor ân indica que rot H é um vetor perpendicular a ∆S na direção de J .
r
Vamos agora encontrar a expressão para rot H em coordenadas cartesianas x, y e z. Considere
inicialmente um caminho fechado abcda mostrado na figura 10.5, com lados ∆y e ∆z que definem uma
r
área incremental ∆S paralela ao plano yz e a componente em x do vetor J , Jx, no centro deste caminho
fechado e perpendicular a ∆S.

A lei de Ampère aplicada ao caminho L que delimita a superfície ∆S fornece:


r r
∫LH ⋅ dL = ∆I (10.9)

r
Vamos tomar a orientação do caminho abcda e o campo magnético H com suas componentes Hy e Hz
orientadas de acordo com o sentido definido pela Regra da Mão Direita, de modo que este campo crie
r
uma componente Jx do vetor J , conforme a figura 10.5 a seguir.

UNESP –Naasson Pereira de Alcantara Junior – Claudio Vara de Aquino


APOSTILA DE ELETROMAGNETISMO I 89

z
Hy

d c
Hz Hz
Jx
a b
y
x Hy

r
Figura 10.5 - Circulação de H em uma superfície ∆S.

Considerando cada trecho da integral de linha ao longo de L separadamente e expandindo cada uma
em torno da vizinhança do ponto central no caminho abcd, tem-se:

∫LH ⋅ dL =[H y (∆y )]ab + [H z (∆z )]bc − [H y (∆y)]cd − [H z (∆z )]da =


r r


⎢H 0 y ∆y −
1 ∂
(H y ∆y)∆z⎤⎥ + ⎡⎢H 0z ∆z + 1 ∂ (H z ∆z )∆y⎤⎥
2 ∂z 2 ∂y (10.10)
⎣ ⎦ ⎣ ⎦
⎤ ⎡

− ⎢H 0 y ∆y +
1 ∂
( )
H y ∆y ∆z ⎥ − ⎢H 0 z ∆z −
1 ∂
(H z ∆z )∆y⎤⎥
⎣ 2 ∂z ⎦ ⎣ 2 ∂y ⎦

Reduzindo a expressão acima, dividindo-a por ∆S = ∆y ∆z e passando ao limite tendendo a zero,


podemos escrever:

∂H y ⎞
(rot Hr ) â x
⎛ ∂H
= ⎜⎜ z − ⎟ â x = J x â x
∂z ⎟⎠
(10.11)
⎝ ∂y
r
Do mesmo modo, teremos para J nas direções positivas de y e z:

(rot Hr ) â y =⎜
⎛ ∂H x ∂H z ⎞
− ⎟ â y = J y â y (10.12)
⎝ ∂z ∂x ⎠

⎛ ∂H y ∂H x
(rot Hr ) â z = ⎜⎜ −

⎟ â z = J z â z
⎟ (10.13)
⎝ ∂x ∂y ⎠

Assim:

r ⎛ ∂H z ∂H y ⎞ ⎛ ∂H x ∂H z ⎞ ⎛ ∂H y ∂H x ⎞
rot H = ⎜⎜ − ⎟ â x + ⎜
⎟ − ⎟ â y + ⎜⎜ − ⎟ â z =

⎝ ∂y ∂z ⎠ ⎝ ∂z ∂x ⎠ ⎝ ∂x ∂y ⎠
(10.14)
J x â x + J y â y + J z â z

ou:
r r
rot H = J (A / m 2 ) (10.15)

Lembrando do operador nabla assim definido, temos que:

UNESP –Naasson Pereira de Alcantara Junior – Claudio Vara de Aquino


APOSTILA DE ELETROMAGNETISMO I 90


∇= ( )â x + ∂ ( )â y + ∂ ( )â z (10.16)
∂x ∂y ∂z

para:
r
H = H x â x +H y â y +H z â z (10.17)

r
vamos fazer a operação ∇ × H . Assim, teremos:

â x â y â z
r ∂ ∂ ∂
∇ × H=
∂x ∂y ∂z (10.18)
Hx Hy Hz

r ⎛ ∂H ∂H y ⎞ ∂H x ∂H z ⎞ ⎛ ∂H y ∂H x ⎞
∇ × H = ⎜⎜ z − ⎟ â x + ⎛⎜ − + ⎜ ⎟ â z
∂y ∂z ⎟ ∂z ∂x
⎟ â y ⎜ ∂x − ∂y ⎟ (10.19)
⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠

ou:
r r
∇ × H=J (10.20)

Portanto, o rotacional do vetor intensidade de campo magnético pode ser escrito em termos do produto
vetorial do operador nabla pelo vetor intensidade de campo magnético, expressando a lei de Ampère na
forma pontual, quando os vetores tiverem suas componentes expressas em coordenadas cartesianas.
r
A circulação do vetor intensidade de campo magnético H em uma superfície ∆S que
Conceito tende a zero (caracterizando um ponto no espaço), dividida pela área dessa superfície, é o
r
vetor densidade de corrente J neste ponto .
r r
Em coordenadas cilíndricas ( r , φ, z ) o rot H , ou ∇ × H em abuso de notação, é expresso por:

r 1 ⎛ ∂H z ∂H φ ⎞ ⎛ ∂H r ∂H z ⎞ 1 ⎛ ∂ (rH φ ) ∂H r ⎞
∇ × H = ⎜⎜ − ⎟⎟â r + ⎜ − ⎟â φ + ⎜⎜ − ⎟⎟â z (10.21)
r ⎝ ∂φ ∂z ⎠ ⎝ ∂z ∂r ⎠ r ⎝ ∂r ∂φ ⎠

Em coordenadas esféricas ( r , θ, φ ) por:

r 1 ⎛ ∂ (H φ sen θ) ∂H θ ⎞ 1 ⎛ 1 ∂ (H r ) ∂ (rH φ ) ⎞
∇×H = ⎜⎜ − ⎟⎟â r + ⎜⎜ − ⎟â θ
r sen θ ⎝ ∂φ ∂φ ⎠ r ⎝ sen θ ∂φ ∂r ⎟⎠
(10.22)
1 ⎛ ∂ (rH θ ) ∂H r ⎞
+ ⎜ − ⎟â φ
r ⎝ ∂r ∂θ ⎠

UNESP –Naasson Pereira de Alcantara Junior – Claudio Vara de Aquino


APOSTILA DE ELETROMAGNETISMO I 91

Exemplo 10.3
Considere um condutor cilíndrico com raio R m, percorrido por uma corrente I A, uniformemente
r
distribuída. Encontre ∇ × H dentro e fora do condutor.

Solução

I

Hφ =
2πr

Hφ Portanto, dentro do condutor, o rotacional em


r
R coordenadas cilíndricas, conforme a equação
r (10.21), fornece:
I
r 1 ∂ ⎛ r 2I ⎞
∇ × H= ⎜ ⎟â z (A / m 2 )
r ∂r ⎜⎝ 2πR 2 ⎟⎠
Figura 10.6 - condutor percorrido por corrente I r I
∇ × H = 2 â z (A / m 2 )
O vetor intensidade de campo magnético será πR
expresso em coordenadas cilíndricas por:
r Ou ainda, como esperado:
H = H φ â φ r r
∇ × H = J (a / m 2 )
Pela lei de Ampère, dentro do condutor, Hφ vale:
Fora do condutor:
I
Hφ = r r 1 ∂ ⎛ rI ⎞ 2
2πR 2 ∇ × H= ⎜ ⎟ a$ z (A / m )
r ∂r ⎝ 2 πr ⎠
e fora dele: r
∇ × H= 0

10.3.1 - O TEOREMA DE STOKES

Considere a superfície S, dividida em superfícies incrementais ∆S, mostrado na figura 10.7.

(A figura será feita em sala de aula)

Fig. 10.7 - Superfície dividida em superfícies incrementais.

Sabemos pela definição de rotacional que:


r r
∫ H ⋅ dL
L
∆S
( r
)
= ∇ × H ⋅ â n (A / m 2 )
(10.23)

UNESP –Naasson Pereira de Alcantara Junior – Claudio Vara de Aquino


APOSTILA DE ELETROMAGNETISMO I 92

ou

∫ H ⋅ dL = (∇ × H ) ⋅ â n ∆S = (∇ × H ) ⋅ ∆S
r r r r r
(10.24)
L

Realizando uma circulação para todas as áreas incrementais, e somando os resultados, a maioria dos
termos se cancela, com exceção dos que estão no contorno da superfície S. Portanto:

∫ H ⋅ dL = ∫ (∇ × H )⋅ dS
r r r r
(A) (10.25)
L S

A equação acima é chamada de Teorema de Stokes, válida para qualquer campo vetorial. Utilizando-a
na lei circuital de Ampère, podemos escrever:

∫ (∇ × H )⋅ dS = ∫ J ⋅ dS = ∫ H ⋅ dL
r r r r
r r
(A) (10.26)
S S L

Pelas identidades acima percebemos que podemos facilmente partir da lei de Ampère na forma integral
e chegar na sua forma pontual e vice-versa, utilizando o teorema de Stokes.

O conceito do rotacional pode também ser aplicado ao campo eletrostático. Se tomarmos a circuitação
do vetor intensidade de campo elétrico em um caminho fechado, teremos:
r r
∫ E.d l = 0 (10.27)
L

E aplicando à equação 10.27 o teorema de Stokes, teremos:


r
∇×E = 0 (10.28)

A equação (10.27) expressa clara e nitidamente a lei de Kirchhoff aplicada às tensões elétricas que
fecham um laço ou uma malha num circuito elétrico. Por outro lado, sabemos que o campo elétrico
possui suas linhas de força com origem ou término na carga elétrica, fonte geradora deste campo. A
equação (10.28) mostra então que os campos conservativos possuem rotacional nulo e suas linhas de
campo não são fechadas.

UNESP –Naasson Pereira de Alcantara Junior – Claudio Vara de Aquino


APOSTILA DE ELETROMAGNETISMO I 93

EXERCÍCIOS

1) Nas configurações abaixo, cada condutor conduz uma corrente I (A). Qual é o valor da
r
integral de linha do vetor intensidade de campo magnético H em cada caso?

(a) (b) (c)

Figura para o problema 1.

2) Um condutor cilíndrico não maciço, bastante fino e com raio a e extensão infinita conduz uma
r
corrente I. Calcule H para os pontos internos e externos a este condutor usando a lei de
Ampère.

3) Um condutor cilíndrico de raio 0,02 m possui um campo magnético interno dado por:

r ⎛r r2 ⎞
H = (4,77 × 10 5 )⎜⎜ − ⎟a A / m
−2 ⎟ φ
⎝ 2 3 × 10 ⎠

Qual é a corrente total no condutor?

4) Um cabo coaxial com condutor interno de raio a (m), condutor externo com raio interno b (m)
e raio externo c (m), é percorrido por uma corrente I (A) uniformemente distribuída (as
direções em cada condutor são opostas entre si). Mostre que para b ≤ r ≤ c m :

r I ⎛ c 2 −r 2 ⎞
H= ⎜ ⎟ â φ
2πr ⎜⎝ c 2 −b 2 ⎟⎠
r
5) Determine uma expressão para H devido a uma película plana (infinita) de correntes com
r
densidade laminar K uniforme.

6) Por um fio condutor ao longo do eixo y passa uma corrente de 10 A no seu sentido positivo.
Em uma película de correntes superficiais localizada em z = 4 m, existe uma distribuição
r r
superficial de densidade K = 2,0 â x A/m. Encontre o campo H no ponto (2, 2, 2) m deste
espaço.

UNESP –Naasson Pereira de Alcantara Junior – Claudio Vara de Aquino


APOSTILA DE ELETROMAGNETISMO I 94

7) Em coordenadas cartesianas a região -b ≤ z ≤ b m. suporta uma densidade de corrente


(volumétrica), constante J = J0 ây (A/m2), conforme figura abaixo. Use a lei de Ampère para
r
obter H em todo o espaço.

x
-b

Figura para o problema 7.

r ⎛1 ⎞
8) Dado o vetor genérico A = e −2 z sen⎜ φ ⎟ â φ em coordenadas cilíndricas, calcule o rotacional
⎝2 ⎠
r
de A em ( 0,8; π/3; 0,5).

r 2 cos θ senθ r
9) Dado o vetor genérico A = â r + â θ , mostre que o rotacional de A é nulo para
r3 r3
todo o espaço.

10) Um condutor circular de raio r0 = 1 cm possui um campo interno variando em função da


distância radial r (r ≥ 0) segundo

r 10 4 ⎛ 1 r ⎞
H= ⎜ 2 sen(ar ) − cos(ar ) ⎟ â φ A/m, onde a = π / (2 r0).
r ⎝a a ⎠

r
Encontre a corrente (total) no condutor a partir do cálculo do rotacional do campo H e
também pelo emprego da lei circuital de Ampère.

r
11) Calcule o rotacional de H em coordenadas cartesianas em decorrência de uma corrente I
que percorre um filamento ao longo do eixo z no seu sentido positivo.

12) Em coordenadas cartesianas a região − a ≤ z ≤ a suporta uma densidade constante de


r r
corrente volumétrica J = J 0 â y . Use a Lei de Ampère para obter H em todo o espaço.
r
Obtenha o seu rotacional e compare com a densidade J .

r r r
13) Encontre a densidade de corrente J se: (a) H = 3.â x + 7 y.â y + 2 x.â z , (b) H = 6r.â r + 2r.â φ + 5.â z
r
e (c) H = 2r.â r + 3.â θ + cos θ.â φ .

UNESP –Naasson Pereira de Alcantara Junior – Claudio Vara de Aquino

Você também pode gostar