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Disciplina: Seminário de Pesquisa I

Para que serve e como funciona


um periódico científico?

Eduardo Garcia Garcia


Pesquisador da Fundacentro
Editor Executivo da
Revista Brasileira de Saúde Ocupacional - RBSO

23/09/2013
CICLO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA

CONHECIMENTO

PUBLICAÇÃO PERGUNTAS

PESQUISA PROJETO
Comunicação Científica

Comunicar resultados da pesquisa


Para quem?
Como?
Comunicação Científica

COMUNICAÇÃO ORAL, IMPRESSA OU ELETRÔNICA

PERIÓDICO CIENTÍFICO

CIÊNCIA APRESENTAÇÕES
LIVRO
DIDÁTICO
(resultados) EM EVENTOS

Adaptado de Kato, M. 2011


Comunicação Científica
Antes do sec. XV – circulação restrita da informação, transmissão pessoal ou
registrada manualmente.

1455 - invenção da imprensa =>

Notícias sobre a ciência, as técnicas e as invenções veiculadas em folhetins, em


jornais diários.

Conhecimento mais especializado comunicado por correspondências entre os


cientistas ou agremiações científicas.

Essas correspondências vão originar, no século XVII, as publicações científicas

OHIRA, M.L.B.; PRADO, N. S. Análise dos periódicos eletrônicos (full text) em


ciência da informação: América Latina, Caribe, Portugal e Espanha,
Informação e Informação, V. 8, N. 1, 2003. Disponível em:
<http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/article/view/1708/1459>
Acesso em: 26 maio 2012.
Comunicação Científica
PRIMEIROS PERIÓDICOS CIENTÍFICOS

Le Journal des Sçavans, posteriormente, Journal The Philosophical Transactions of the Royal
des Savants – Society
A mais antiga revista científica. Publicada pela Royal Society (Sociedade Real de
O primeiro número apareceu em Paris, em 5 de Londres ) desde 1665.
janeiro de 1665.

disponível na internet
Comunicação Científica
PERIÓDICOS CIENTÍFICOS NO BRASIL

início do século XIX

O Patriota, Jornal Litterario, Politico, Mercantil, do Rio de Janeiro


O primeiro periódico dedicado às ciências e às artes no país, publicado de 1813 a 1814

Annaes Fluminenses de Sciencias, Artes e Litteratura, Rio de Janeiro (1822)


Jornal Scientifico, Economico e Literario (1826)
O Beija-Flor: Annaes Brasileiros de Sciencia, Politica, Litteratura (Rio de Janeiro, 1830-1831).

Propagador das Ciências Médicas ou Anais de Medicina, Cirurgia e Farmácia para o Império do Brasil e
Nações Estrangeiras, em 1827, no Rio de Janeiro

Semanário de Saúde Pública (Rio de Janeiro, 1831-1833)

OHIRA, M.L.B.; PRADO, N. S. Análise dos periódicos eletrônicos (full text) em


RODRIGUES,J. G.; MARINHO, S. M. O. X. A trajetória do periódico científico na Fundação Oswaldo ciência da informação: América Latina, Caribe, Portugal e Espanha,
Cruz: perspectivas da Biblioteca de Ciências Biomedical. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Informação e Informação, V. 8, N. 1, 2003. Disponível em:
Rio de Janeiro, v.16, n.2, p.523-532, abr.-jun. 2009. <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/article/view/1708/1459>
Acesso em: 26 maio 2012.
Comunicação Científica
PERIÓDICOS

1700 – 10
1800 – 1.000
1890 – 10.000
1947 – 20.000
1979 – 100.000
2.000 – + de 1 milhão (mídias eletrônicas)

TAXAS EXCESSIVAS DE NATALIDADE E DE MORTALIDADE

Nº de artigos disponíveis:
MEDLINE – 3 milhões em 1973
11 milhões em 2002
19 milhões em 2009 (2.000 a 4.000 / dia)
23 milhões (2013)

OHIRA, M.L.B.; PRADO, N. S. Análise dos periódicos eletrônicos (full text) em


ciência da informação: América Latina, Caribe, Portugal e Espanha,
Informação e Informação, V. 8, N. 1, 2003. Disponível em:
<http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/article/view/1708/1459>
Acesso em: 26 maio 2012.
Comunicação Científica

BRASIL

14º (2012) – nº artigos – 46.798 artigos (90% de Inst. Públicas) –


(Thomson Reuters Science Citation Index)

29% da produção científica brasileira é publicada no Brasil

2010 => 299 títulos indexados (221 SciELO ; 133 WoS ; 229 Scopus)
2013 => 352 254 137 269

Fonte:
LOPES, N. Fapesp está entre as maiores em registro de patentes. Agência Fapesp, 19 set. 2013
PACKER, A. Os periódicos brasileiros e a comunicação da pesquisa nacional. Revista USP o Paulo, n. 89, p. 26-61, março/maio 2011.
Para que serve um periódico científico?

Comunicar (canal formal) resultados de pesquisas científicas originais.


Disseminação, organização, armazenamento e recuperação da
informação.
Registro da propriedade intelectual do autor.
Validação dos resultados e controle de qualidade da informação
(verificação da veracidade, originalidade, importância e qualidade):
Por quem?
Como?
Quando?

Adaptado de: Valerio, P. M. O periódico científico. Revista de investigação da pesquisa em artes, v. 1, n. 2, ago. 2004 – jul.
2005. Disponível em: <http://www.ceart.udesc.br/revista_dapesquisa/Volume1/informacoes_periodico.htm> Acesso em: 26
maio 2012.
CICLO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA

CONHECIMENTO

PUBLICAÇÃO PERGUNTAS

Validação

PESQUISA PROJETO
Quem faz essa validação?

Avaliação do mérito e da qualidade científica dos


artigos submetidos aos periódicos é realizada
por pesquisadores especialistas nos assuntos
publicados:

Revisão por Pares


Revisão por Pares
Autor submete artigo.
Editor avalia se atende a critérios mínimos de qualidade científica para ir ao
processo de avaliação por pares => resusa ou segue na avaliação.
Indica 2 a 3 revisores, especialistas nos assuntos e/ou métodos do artigo.
Geralmente anônimamente e sem compensações;
Levando em consideração a avaliações e sugestões dos autores, editor decide se
recusa, publica ou pede adequações ao autor.
As adequações podem se ater a detalhes ou a grandes modificações no texto ou
mesmo na pesquisa.
Os pareceres oferecem elementos aos autores para correções, adequações,
melhorias do trabalho e aos editores para a decisão sobre a publicação ou recusa de
um artigo.
As alterações e revisões são analisadas por todos, editores, revisores, autores, até
que se decida pela publicação ou não do artigo.
A decisão final sobre publicar é sempre do editor.

Adaptado e complementado de: http://www.snarkyscientist.com/2013/02/24/how-does-scientific-research-work-peer-review-and-publication/


Comunicação Científica

COMUNICAÇÃO ORAL, IMPRESSA OU ELETRÔNICA

PERIÓDICO CIENTÍFICO

LIVRO
CIÊNCIA APRESENTAÇÕES
DIDÁTICO EM EVENTOS

Adaptado de Kato, M. 2011


Comunicação Científica

Quem avalia a qualidade do periódico?

indexações do periódico
nº de citações (fator de impacto)

INDEXAÇÃO
Pequena parte dos periódicos é indexada em bases de prestígio
50% do que é citado está publicado em 150 revistas
95% em 2.000 revistas

Adaptado de: Pereira, M. G. Artigos científicos: como redigir, publicar e avaliar. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011
Quem avalia a qualidade do periódico?

Bases bibliográficas de INDEXAÇÃO


Bases nacionais e internacionais: reunem uma coleção de periódicos

Qualidade / mérito científico dos artigos


Qualificação do corpo editorial da revista
Revisão por pares
Regularidade, pontualidade, periodicidade
Qualidade gráfica e eletrônica

CREDIBILIDADE, VISIBILIDADE,
MAIOR CHANCE DE CITAÇÃO
RBSO
(Revista Brasileira de Saúde Ocupacional) – Indexações:

REPIDISCA / BVSDE - Red Panamericana de Información en Salud Ambiental / Biblioteca Virtual en


Desarrollo Sostenible y Salud Ambiental ;

LATINDEX - Sistema Regional de Información en Línea para Revistas Científicas de América Latina, el
Caribe, España y Portugal.

LILACS (Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciências da Saúde) - selecionado para re-indexação

DOAJ (Directory of Open Access Journals)

Redalyc (Red de Revistas Científicas de América Latina y el Caribe, España y Portugal)

Global Health

CAB Abstracts

SciELO
Comunicação Científica
Qualidade da produção científica / periódicos
CITAÇÕES
Indicador: FATOR DE IMPACTO - FI

Idealizado por Eugene Garfield, em 1955, fundador do Institute for Scientific Information (ISI).
Inicialmente, para auxiliar a seleção de periódicos a serem indexados no Science Citation Index (SCI).

Nº de citações / nº de artigos publicados (em um período definido)

Ex: FI = 1 => uma citação (em média) por artigo publicado no período

(Geralmente se excluem as auto-citações)

Quanto mais citado, maior o FI => maior reputação de qualidade e de prestígio

10% dos periódicos alcançam FI > 3


• Adaptado de: Pereira, M. G. Artigos científicos: como redigir, publicar e avaliar. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

• Declaração recomenda eliminar o uso do Fator de Impacto na Avaliação de Pesquisa. SciELO em Perspectiva. [viewed 19 September 2013].

Available from: http://blog.scielo.org/blog/2013/07/16/declaracao-recomenda-eliminar-o-uso-do-fator-de-impacto-na-avaliacao-de-pesquisa/


Comunicação Científica
PERIÓDICOS
FATOR DE IMPACTO para 2 anos

Cálculo: dividi-se o número total de citações dos artigos publicados (nos dois anos anteriores), pelo
número total dos artigos presentes na revista no mesmo período.

Exemplo:
1. Citações em 2012 de artigos publicados em 2010 e 2011:
2010 = 93
2011 = 106
total de citações (2010 + 2011) = 199

2. Número de artigos publicados neste periódico em 2010 e 2011:


2010 = 134
2011 = 157
total de artigos publicados (2010 + 2011) = 291

3. Cálculo:
Fator de Impacto = Número total de citações/Número total de artigos publicados = 199/291
Fator de Impacto 2012, para dois anos = 0,68

Adaptado de UNIFESP - http://www.gamba.epm.br/impact/impacto.htm


Comunicação Científica
PERIÓDICOS - FATOR DE IMPACTO

JCR - JOURNAL OF CITATION REPORTS (Thomsom-Reuters):


10.000 periódicos de 83 países (Web of Science)
O nº de periódicos brasileiros no JCR aumentou 240% de 2007 a 2010 (de 27 para 111)...
mas a média de citações em 2011, em comparação com 2010, caiu ..., de 0,520 para
0,509,” (Abel Packer*)

SJR - Scimago / Scopus:


20.544 periódicos (296 Brasil)

SciELO –
1.060 periódicos (277 Brasil)

* ALISSSON, E. Revistas científicas brasileiras ainda têm baixo impacto internacional. Agência Fapesp, 16 out. 2012.
PACKER, A. Os periódicos brasileiros e a comunicação da pesquisa nacional. Revista USP o Paulo, n. 89, p. 26-61, março/maio 2011.
Comunicação Científica
PERIÓDICOS - FATOR DE IMPACTO – Críticas

DORA - San Francisco Declaration on Research Assessment (DORA) - Cientistas da


American Society for Cell Biology.
(dez. 2012)

Assinado por mais de 150 proeminentes cientistas e 75 organizações acadêmicas.


Objetivo: parar a utilização do FI para avaliação de pesquisa científica.

Recomenda que o FI não deva ser utilizado em avaliações para financiamento,


promoções na carreira e contratações de acadêmicos.
Comunicação Científica

PERIÓDICOS - FATOR DE IMPACTO – Críticas diversas

- Baixa correlação do número de citações dos artigos individualmente com o FI do periódico;

- Privilegia áreas que têm vida média de citações curtas (ciências da vida e ciências exatas) e
desfavorece outras áreas;

- Artigos de revisão recebem mais citações do que artigos originais e alguns editores tendem
a privilegiar este tipo de artigo em seus periódicos;

- Há predomínio de língua inglesa na base

- Pode ser manipulado pela política editorial de um periódico e entre periódicos

- Os dados utilizados para o cálculo não são transparentes nem abertos para o público.

• Declaração recomenda eliminar o uso do Fator de Impacto na Avaliação de Pesquisa. SciELO em Perspectiva. [viewed 19 September 2013]. Available from:
http://blog.scielo.org/blog/2013/07/16/declaracao-recomenda-eliminar-o-uso-do-fator-de-impacto-na-avaliacao-de-pesquisa

• DORA. The San Francisco Declaration on Research Assessment. Available from: http://am.ascb.org/dora/
Comunicação Científica
PERIÓDICOS - FATOR DE IMPACTO –

DORA – recomendações:

- Eliminar o uso de métricas dos periódicos, incluindo o FI, em avaliações de


financiamentos, concursos e promoções em empregos
- Necessidade de avaliar as pesquisas por seus próprios méritos e não com base no
periódico onde foi publicada
- Necessidade de aproveitar as oportunidades da publicação online:
- explorar novos indicadores de significância e impacto

Alguns novos indicadores já começam a ser discutidos e utilizados


Altmetrics => altimetria (métricas alternativas)

- Twitter, Facebook, downloads e outros.

• DORA. The San Francisco Declaration on Research Assessment. Available from: http://am.ascb.org/dora/

• Altmetrics, Altmétricas, Altmetrias: novas perspectivas na visibilidade e no impacto das pesquisas científicas. SciELO em Perspectiva. [viewed 19 September 2013]. Available

from: http://blog.scielo.org/blog/2013/08/14/altmetrics-altmetricas-altmetrias-novas-perspectivas-na-visibilidade-e-no-impacto-das-pesquisas-cientificas/
Comunicação Científica
PERIÓDICOS

QUALIS (Classificação CAPES)

Estratificação da qualidade da produção dos programas de pós-graduação stricto sensu


(mestrado e doutorado)

Cada área faz seus critérios (respeitando as diretrizes):


Fator de impacto
indexação
Estratificação (decrescente): A1, A2, B1, B2, B3, B4, B5, C
Um periódico pode ter classificações em várias áreas
Atualização anual
http://qualis.capes.gov.br/webqualis

Adaptado de: Pereira, M. G. Artigos científicos: como redigir, publicar e avaliar. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011
Comunicação Científica
PERIÓDICOS

QUALIS (Classificação CAPES)

RBSO
B1 – Interdisciplinar; Administração
B2 – Saúde coletiva; Enfermagem; Psicologia; Sociologia; Ciências Ambientais
B3 – Engenharias I; Ensino; Serviço Social; Geografia
B4 – Engenharias II e III; Medicina I e II, Odontologia, Arquitetura
B5 – Química, Geociências; Biodiversidade
C – Ciências agrárias, Ciências Biológicas I, Astronomia e Fisica; Zootecnia

http://qualis.capes.gov.br/webqualis
Comunicação Científica
ACESSO ABERTO

Déc 1990 – algumas universidades prestigiosas iniciam movimento pela


democratização dos resultados de pesquisa – acesso aberto (open access)

Declaração de Budapest, 2002 - http://www.soros.org/openaccess

Movimento por acesso a artigos científicos sem restrições, online, livre de


qualquer cobrança de taxa ou necessidade de assinatura ou de pagamento de
licenças.

Disposição livre e pública na Internet, de forma a permitir a qualquer usuário a


leitura, download, cópia, impressão, distribuição, busca ou o link com o
conteúdo completo de artigos, bem como a indexação ou o uso para qualquer
outro propósito legal.

DOAJ - Directory of Open Access Journals - http://www.doaj.org

Fonte: http://www.acessoaberto.org/, Acesso em 19 maio 2012.


Comunicação Científica
ACESSO ABERTO

Via dourada: periódicos que oferecem os conteúdos de forma gratuita aos


leitores desde o início - (ex: SciELO);

Via verde: artigos arquivados pelo autor em seu próprio site, mas que foram
aceitos para publicação mediante processo de revisão por periódicos acadêmicos;

Híbrido: autores pagam para que seus artigos sejam disponibilizados em acesso
aberto em um periódico comercial. O periódico, portanto, disponibiliza pela Via
dourada apenas nos artigos pagos pelo autor;

Embargo: periódicos por assinatura que, após um período de tempo (de 1 a 2


anos), liberam os artigos, tornando-se esses também de acesso aberto pela Via
dourada;

Tempo limitado: periódicos oferecem alguns artigos em acesso aberto por um


tempo limitado, como uma promoção, mas em seguida são removidos.

Os artigos em acesso aberto chegaram para ficar: em menos de 10 anos aproximam de 50% do nível mundial. SciELO em Perspectiva. [viewed 22 September 2013]. Available from:
http://blog.scielo.org/blog/2013/08/28/os-artigos-em-acesso-aberto-chegaram-para-ficar-em-menos-de-10-anos-aproximam-de-50-do-nivel-mundial/
Comunicação Científica
ACESSO ABERTO

Expansão:

Estudos indicam que, em relação à 2011, de 32% a 50% dos artigos científicos
publicados no mundo estariam disponíveis em acesso aberto hoje.

Estudo da Comissão Européia indica que:


as áreas de ciência e tecnologia, medicina e biologia ultrapassaram 50%
de acesso aberto
20 dos 27 países da União Européia chegaram a 50% de acesso aberto
EUA tem mais de 50%
Canadá próximo de 50%
Brasil: 63%
Fonte: http://www.acessoaberto.org/, Acesso em 19 maio 2012.
August 28, 2013 11:14 am Scielo blog
Comunicação Científica
ACESSO ABERTO
Expansão:

Fev/2013 – projeto no Congresso EUA – pesquisa com recursos públicos – publicações acesso
aberto em até 6 meses.
Abril/2013 – Research Councils UK – publicações acesso aberto até um ano.
Jun/2013 – UNESCO – publicações próprias acesso aberto. Guia para divulgação do acesso aberto.
2014 – União Européia – pesquisas financiadas pela UE publicadas em acesso aberto
Universidades: Harvard, Columbia, Duke, Princeton, Stanford, MIT – incentivam o acesso aberto
Artigos publicados - acesso aberto 194 mil (2011) => 352 mil (2015)

Grandes editoras privadas (U$ 6 bilhões/ano: 1,7 milhão de artigos em 2011)


Elsevier: U$ 3.2 bilhões (2012) – 39 periódicos OA; Cell, The Lancet – autor tem opção taxa OA
Springer: U$ 1.1 bilhão (2011) – BioMed Central – 250 periódicos com 150 mil artigos

Quem paga a conta?

Fonte: ACADEMIC publishing. Free-for-all - Open-


access scientific publishing is gaining ground. The Fonte: http://www.acessoaberto.org/, Acesso em 19 maio 2012.
Economist. May 4th 2013. | August 28, 2013 11:14 am Scielo blog
O que envolve a edição de um periódico científico?

Editora
Editores - pesquisadores
Pareceristas / consultores / revisores => pesquisadores
Autores (pesquisadores, alunos de pós-graduação e
profissionais de universidades e de outras instituições)
Revisores - português, inglês, referências bibliográficas, de
texto e diagramação
Apoio de informática (manter sites, programas)
Alimentar repositórios - bases de indexação
Gráfica
Distribuição de exemplares
Divulgação do periódico / Organização de eventos
SECRETARIA (apoio administrativo e manutenção do fluxo)
Comunicação Científica
ARTIGO NA REVISTA
Processo editorial
SUBMISSÃO (AUTORES)
TRIAGEM / AVALIAÇÃO PRELIMINAR (editores)
AVALIAÇÃO POR PARES (revisores / pareceristas)
APROVAÇÃO (editores)
EDITORAÇÃO = revisão de português, conferência de citações,
revisão do abstract (inglês), diagramação, revisão final
PUBLICAÇÃO!

Modificado de Kato, M., 2011


Fonte: OJS / IBICT
Produção Científica em SST

Artigos publicados de 2000 a 2008: 170


(no SciELO: descritores - Saúde do Trabalhador e Saúde Ocupacional)

Gráfico 1 - Distribuição das produções científicas: Brasileira, em Ciências da Saúde e sobre


Saúde do Trabalhador, nos triênios 1998-2000, 2001-2003 e 2004-2006

* Dados do Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil do CNPq (x 1000).

Fonte: BEZERRA, Marcio Luís Soares; NEVES, Eduardo Borba. Perfil da produção científica em saúde do trabalhador.
Saude soc., São Paulo , v. 19, n. 2, p. 384-394, jun. 2010.
Produção Científica em SST
Teses e dissertações em Saúde do trabalhador:

Antes de 1970: 7
Década de 1970: 31
Década de 1980: 121
Década de 1990: 533
De 2000 a 2004: 333

Fonte: SANTANA, Vilma Sousa. Saúde do trabalhador no Brasil: pesquisa na pós-graduação. Rev. Saúde
Pública, São Paulo , v. 40, n. especial, p. 101-111, ago. 2006.

.
CICLO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA

CONHECIMENTO
PRÉVIO

NOVAS
PUBLICAÇÃO
PERGUNTAS

PESQUISA PROJETO

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