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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

SUBSECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA


COORDENAÇÃO GERAL DAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

CARTOGRAFIA

“É preciso toda uma aldeia para educar uma criança”


Provérbio africano

Prezados (as)

Falar em educação Integral é dizer do fazer educativo pautado, sobretudo, por três
elementos conformadores: tempos, sujeitos e espaços. Esse último é de fundamental
importância na construção da política pública da Educação Integral, pois como
podemos inferir, a partir do provérbio africano, é necessário que toda a aldeia esteja
implicada, conectada em prol da educação.

A política de Educação Integral deve ser construída com ações intersetoriais


envolvendo as secretarias de saúde, segurança, esportes, assistência social e demais
estruturas de governo, seja ele municipal, estadual ou federal. Não cabe somente ao
poder público esta empreitada. Os grupos artísticos, ONGs, associação de moradores
e pais também podem ser mobilizados para atuarem.

Portanto cabe a nós nos perguntarmos:


 A aldeia é composta por quem?
 Quais os espaços existentes na comunidade?
 Podemos aprender nesses e com esses espaços?
 Podemos contar com outros espaços?

Essas indagações nos impelem a identificar, descobrir e explorar o nosso território,


nossa cidade, nosso bairro e nossa escola. Para isso, a prática da cartografia é de suma
importância, pois ela é a metodologia que nos coloca “a tarefa de atentarmos nossos
olhares para os territórios e os processos educativos aí presentes” (TEIA/UFMG).

Mapear o território, no qual estamos inseridos, potencializa nossas ações educativas


contando com apoio e saberes de parceiros variados.
Para que possamos fazer uma educação na perspectiva da Cidade Educadora, é
necessário que atuemos juntos e de forma diferenciada de acordo com nossa inserção
nas Ações de Educação Integral.

Cabe às Superintendências Regionais de Ensino (SRE), olharem para os territórios de


sua jurisdição buscando identificar, caracterizar e registrar o que há de potencialmente
educativo nele, como: associação de moradores, igrejas, salões de festa ou paroquiais,
clubes esportivos, posto de saúde, Centro de Referência de Assistência Social (CRAS),
bibliotecas públicas e/ou comunitárias, centros sociais, centros culturais,
conservatórios de música, museus, bandas, academias ou outras formas de
organização mais fluidas que desenvolvam um trabalho educativo/social/ambiental ou
que, pelo menos, tenham interesse de colaborar para a educação dos estudantes. A
SRE poderá entrar em contato esses segmentos e fazer o levantamento das seguintes
possibilidades:
 Com quais dessas instituições, grupos culturais ou ONGs poderíamos firmar
parcerias?
 Quais delas poderiam ceder espaços para a realização das atividades?
 Quais delas poderiam nos auxiliar nas formações de nossos professores?
 Quais delas poderiam oferecer espaço e/ou recursos humanos para a formação
de Polos de Educação Integral?

Aos profissionais envolvidos nas Ações de Educação Integral nas escolas caberá:
 Identificar, caracterizar e registrar o que há de potencialmente educativo no
entorno da escola, bairro, cidade;
 Levantar que há de educativo nos percursos feitos por estudantes,
funcionários e professores das escolas;
 Localizar espaços potenciais para se desenvolver atividades, como: praças,
quintais particulares, hortas comunitárias;
 Construir um mapa do território educativo, junto com os estudantes e os
demais profissionais que atuam na Educação Integral nas escolas. No mapa,
deverão constar os espaços ocupados e os usos sociais que os sujeitos fazem
deles, assim como suas potencialidades. Ressaltamos que o importante é
registrar onde estão localizados esses espaços que podem ser entendidos
como educativos no bairro/comunidade/cidade e seu potencial de diálogo
com a escola. Tal registro poderá ser feito por meio de desenhos, de fotos,
maquetes, imagens retiradas na internet, por exemplo.

 Baseado no exercício de Cartografia do Curso ”Docência em Educação


Integral” - Grupo TEIA/UFMG –

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