Você está na página 1de 37

A EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL

FASES DO CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO:


• Até 1750 – Regime Demográfico Primitivo
 Crescimento muito lento da população
mundial;
 Taxa de mortalidade elevada;
 Taxa de natalidade elevada;
 Taxa de crescimento natural muito
reduzida.
• De 1750 a 1950 – Revolução Demográfica
 Crescimento rápido da população mundial;
 Diminuição da taxa de mortalidade, nos
países industrializados;
 Taxa de natalidade elevada.

1
A EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL

FASES DO CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO:


• Após 1950 – Explosão Demográfica
 Crescimento rapidíssimo da população
mundial;
- Nos Países industrializados
 Taxa de natalidade muito baixa;
 Taxa de mortalidade baixa;
 Taxa de crescimento natural baixa.
- Nos Países em desenvolvimento
 Taxa de natalidade alta;
 Taxa de mortalidade baixa;
 Taxa de crescimento natural elevada.

2
Crescimento anual da população mundial

Crescimento anual da população mundial (previsão de 1998 a 2015)

3
INDICADORES DEMOGRÁFICOS

NATALIDADE
 É o número de nados vivos que se verifica numa
determinada área e durante um ano.
TAXA DE NATALIDADE
 É o número nascimentos vivos que ocorre, em média, por
cada mil habitantes, numa dada área e num determinado
período de tempo .
N
X 1000
Pop. Absoluta
 Tn (‰)=

4
A TAXA DE NATALIDADE NO MUNDO

5
A TAXA DE NATALIDADE NOS PAÍSES EM
VIAS DE DESENVOLVIMENTO

Nos países em vias de


desenvolvimento, a taxa
de natalidade tem
registado sempre valores
TN muito elevados (com
destaque para África e
Médio Oriente), embora
nas últimas décadas se
TM registe uma tendência
para a diminuição.

__ Taxa de natalidade
6
INDICADORES DEMOGRÁFICOS

Causas da elevada taxa de natalidade (países em


desenvolvimento):
 Desconhecimento do planeamento familiar;
 Desconhecimento de métodos contraceptivos ou anticoncepcionais;
 Casamentos precoces;
 Filhos vistos como fonte de rendimento;
 Famílias numerosas têm um maior prestígio social;
 Os filhos constituem fonte de rendimento (auxiliam nos trabalhos
domésticos, nos trabalhos agrícolas e têm actividades profissionais
remuneradas);
 Crenças religiosas (algumas religiões opõem-se à limitação dos
nascimentos);
 Baixo nível cultural e elevadas taxas de analfabetismo dificultam a
divulgação da informação relativa ao planeamento familiar.
7
A TAXA DE NATALIDADE NOS PAÍSES
DESENVOLVIDOS

A taxa de natalidade nos


países desenvolvidos tem
vindo a diminuir desde
os finais do século XIX
TN e princípios do século
XX, para valores
TM actualmente muito
baixos.

__ Taxa de mortalidade
8
INDICADORES DEMOGRÁFICOS

Causas da diminuição da taxa de natalidade (países desenvolvidos)


 Desenvolvimento do planeamento familiar;

 Divulgação dos métodos contraceptivos ou anticoncepcionais;

 Entrada da mulher no mundo do trabalho e a sua menor


disponibilidade para cuidar dos filhos;
 Casamentos tardios (aumento da idade média do casamento e o
adiamento do nascimento do primeiro filho);
 O aumento dos encargos com a educação dos filhos / os filhos
constituem fonte de despesa);
 Diminuição do número de casamentos / decréscimo da taxa de
nupcialidade;
 Aumento da instrução (cursos/estudos universitários).

9
TAXA DE FECUNDIDADE

TAXA DE FECUNDIDADE
 É o número nascimentos vivos que ocorre, em média,
por cada mil mulheres em idade fértil (com idades
compreendidas entre os 15 e os 49 anos), numa dada
área e num determinado período de tempo .
 Tf (‰)= N.º de nados – vivos x 1000
N.º de mulheres em idade fértil
(dos 15 – 49 anos)
Índice sintético de fecundidade é o número médio de filhos
que cada mulher tem durante a sua vida fértil.

10
ÍNDICE DE RENOVAÇÃO DE GERAÇÕES

Índice de renovação de gerações é o número médio de


filhos que cada mulher deveria ter durante toda a sua vida
fértil para que as gerações pudessem ser substituídas .
O limiar mínimo da renovação de gerações é 2,1.
Para que se verifique a renovação de gerações, o número
médio de filhos por mulher deveria ser de, pelo menos, 2,1.
Nos países em desenvolvimento, a renovação de gerações
está assegurada, uma vez que o índice sintético de
fecundidade, chega a atingir, em média, 5,3 filhos.
Nos países desenvolvidos, o valor do o índice sintético de
fecundidade é inferior a 2,1, pelo que não se verifica um
número médio de filhos por mulher suficiente para
assegurar a renovação de gerações. 11
INDICADORES DEMOGRÁFICOS

MORTALIDADE
 É o número de óbitos que se verifica numa dada área e
durante um determinado período de tempo (geralmente
um ano).

TAXA DE MORTALIDADE
 É o número de óbitos que ocorre, em média, por cada
mil habitantes, numa dada área e num determinado
período de tempo.

M
 TM (‰) = X 1000
Pop. Absoluta
12
A DISTRIBUIÇÃO DA TAXA DE
MORTALIDADE NO MUNDO

13
A TAXA DE MORTALIDADE NOS PAÍSES EM
VIAS DE DESENVOLVIMENTO

A partir dos princípios do


século XX e muito
especialmente a partir de
meados do século XX (a partir
TN do fim da II Guerra mundial –
a partir de 1950), a taxa de
mortalidade diminuiu
acentuadamente nos países em
vias de desenvolvimento.
TM

__ Taxa de natalidade 14
INDICADORES DEMOGRÁFICOS

Causas da diminuição da taxa de mortalidade nos países em


desenvolvimento, a partir dos princípios do século XX e muito
especialmente a partir de meados do século XX (a partir do fim da
II Guerra mundial – a partir de 1950):
 Ajuda humanitária internacional prestada pelos países
desenvolvidos;
 Cooperação Internacional no domínio da medicina preventiva;
 A apoios médicos prestados por países desenvolvidos ou por
organizações humanitárias;
 Utilização maciça de pesticidas e insecticidas;
 Melhoria nas práticas agrícolas / Melhoria na alimentação;
 Campanhas de vacinação e uso de antibióticos;
 Melhoria nos equipamentos dos hospitais (desenvolvimento dos
serviços de saúde e melhoria da assistência médico-sanitária);
 Melhoria nas condições de higiene das populações.
15
A TAXA DE MORTALIDADE NOS PAÍSES
DESENVOLVIDOS

Nos países desenvolvidos, a


taxa de mortalidade registou
uma acentuada diminuição a
partir de meados do século
XVIII até final do século XIX
graças ao contributo da
Revolução Industrial.
TN
TM Nos últimos anos, registou
um ligeiro acréscimo em
alguns países devido ao
acentuado envelhecimento da
população.

__ Taxa de mortalidade
16
INDICADORES DEMOGRÁFICOS

Causas da diminuição da taxa de mortalidade nos países


desenvolvidos:
 Melhoria na alimentação provocada pela introdução de alterações
na agricultura;
 Melhoria da assistência médica materno-infantil;
 Progressos na medicina e uso de vacinas para prevenção das
doenças;
 Melhoria nas condições de higiene e o consequente recuo das
epidemias;
 Melhoria das condições de trabalho e maior segurança no trabalho
(redução do horário de trabalho, aumento dos salários, proibição
do trabalho infantil);
 Melhoria das condições de habitação;
 Subida do nível de vida / Subida do nível de instrução da
população.
17
Taxa de mortalidade em África
Em alguns países africanos a taxa de mortalidade
é, ainda, muito elevada devido:
- a epidemias e doenças do tipo infeccioso (sida,
tuberculose, meningite, malária, tifo...);
- a subalimentação e a subnutrição;
- a falta de higiene e de saneamento básico;
- aos inúmeros conflitos sociais em que a população
se vê envolvida.

18
INDICADORES DEMOGRÁFICOS

MORTALIDADE INFANTIL
 É o número de mortes de crianças com menos de um ano de idade.

TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL


 É o número de óbitos de crianças com menos de um ano de idade
por cada mil nascimentos vivos, durante um ano.

Mi ( 1 ano)
 Tmi (‰)= X 1000
Nascimento s

19
INDICADORES DEMOGRÁFICOS

Causas da descida taxa de mortalidade infantil nos países


(desenvolvidos e em desenvolvimento)
 Desenvolvimento na medicina preventiva;
 Melhoria nas condições de higiénico-sanitárias;
 Melhoria na alimentação;
 Campanhas de vacinação;
 Melhoria na assistência durante a gravidez e pós-parto.
Contudo os valores deste indicador nos países em desenvolvimento
são, ainda, bastante superiores aos registados nos países desenvolvidos.
Taxas de mortalidade infantil mais elevadas: países mais pobres da
África, do sul da Ásia, do Médio Oriente e da América Latina.
Taxas de mortalidade infantil mais baixas: países mais desenvolvidos
localizados na Europa, América do Norte, Austrália e Nova Zelândia.

20
TAXA DE CRESCIMENTO NATURAL

CRESCIMENTO NATURAL
 É a diferença a natalidade e a mortalidade.
 Cn=N-M

TAXA DE CRESCIMENTO NATURAL


 É a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade.
 TCN (‰)=TN-TM
Taxas de crescimento natural mais elevadas:
 Países da África, Sul da Ásia (em particular na região do Médio
Oriente) e numa parte significativa da América Latina.
- Crescimento explosivo da população na generalidade dos países
em desenvolvimento devido aos altos valores da taxa de
natalidade e à diminuição dos valores da taxa de mortalidade.

21
TAXA DE CRESCIMENTO NATURAL

Taxas de crescimento natural mais baixas:


 Países da Europa, América do Norte, Norte da Ásia.

- Esta situação resulta da combinação dos baixos valores


das taxas de natalidade e de mortalidade que se têm
verificado na generalidade dos países desenvolvidos
provocando um crescimento muito lento da sua
população.

Nos últimos anos, a nível mundial, tem-se verificado uma


tendência para a diminuição da taxa de crescimento
natural.
22
TAXA DE CRESCIMENTO NATURAL NO
MUNDO

23
INDICADORES DEMOGRÁFICOS

ESPERANÇA MÉDIA DE VIDA


 É o número de anos que, em média, cada indivíduo tem probabilidade
de viver.
 A esperança média de vida tem vindo a aumentar a nível mundial, em
consequência directa da diminuição da taxa de mortalidade.
Causas da baixa esperança média de vida:
 Alimentação insuficiente e ausência de água potável;
 Precárias condições médico-sanitárias e de higiene;
 Conflitos/guerras frequentes.
Causas da elevada esperança média de vida:
 Avançados cuidados de saúde;
 Apoio à terceira idade;
 Alimentação equilibrada;
 Existência de saneamento básico.
24
ESPERANÇA MÉDIA DE VIDA NO MUNDO

25
ESPERANÇA MÉDIA DE VIDA NO MUNDO

Países em desenvolvimento
• Esperança média de vida baixa;
• África; Sul da Ásia e alguns países da América do
Sul.
Países desenvolvidos
• Esperança média de vida elevada;
• EUA; Japão; Canadá; Austrália; Nova Zelândia e
os países da Europa Ocidental.

26
ESPERANÇA MÉDIA DE VIDA

A população dos países desenvolvidos possui maior


esperança média de vida do que a população dos países em
desenvolvimento.

Na maior parte dos países africanos e em alguns países


asiáticos a esperança média de vida não chega a atingir os
55 anos, mas, em contrapartida, na América do Norte, na
maioria dos países europeus , no Japão, na Austrália e na
Nova Zelândia, a esperança média de vida ultrapassa os 75
anos.

27
ESPERANÇA MÉDIA DE VIDA

A esperança média de vida das mulheres é superior à dos


homens.
Deve-se:
• A uma mortalidade mais elevada no sexo masculino
devido, sobretudo, à maior exposição destes a
determinadas doenças que derivam do consumo de álcool,
do tabaco, da droga, etc.
• Maior exposição dos homens aos acidentes de trabalho,
por desempenharem profissões de maior risco.
• Menor exposição das mulheres a acidentes de viação
graves por serem mais prudentes;
• Maior cuidado das mulheres com a alimentação e a saúde.
28
Causas do envelhecimento da população

diminuição da taxa de natalidade;


diminuição da taxa de mortalidade;
aumento da esperança média de vida;
Fluxos emigratórios.

29
Estrutura etária – repartição/composição da
população por grupos de idades.
Grupos etários:
• Jovens – dos 0 aos 14 anos (menos de 15 anos)
• Adultos – dos 15 aos 64 anos
• Idosos - 65 anos e mais

30
Classe etária – conjunto de indivíduos com idades
compreendidas entre dois valores (ex: 0-4; 5-9; 10-14; 30-
34...);
Classe oca – classe etária que possui um menor número de
indivíduos do que a classe etária seguinte.
As classes ocas devem-se:
•Diminuição da natalidade devido a uma guerra ou
decorrente de novos comportamentos socioculturais;
• Aumento da mortalidade (guerras, surtos epidémicos ou
catástrofes naturais);
• Fluxos emigratórios. 31
Classe
Oca
Idosos

Adultos Class
e oca

Jovens

32
PIRÂMIDES ETÁRIAS

Gráficos que representam a população por idades e por sexo


(Gráficos que representam a estrutura etária da população).

33
PIRÂMIDES ETÁRIAS

•Na base da pirâmide


representam-se as classes de
idades referentes aos jovens
(até aos 14 anos);
•Na parte intermédia,
representam-se as classes de
idades referentes aos adultos
(15- 64 anos);
•No topo representam-se as
classes etárias dos idosos (65
e mais anos).
34
Países em desenvolvimento
Estrutura etária jovem
Pirâmide Crescente
•Base larga:
ou Progressiva
-Elevada percentagem de jovens;
(representa população jovem)
-Elevada taxa de natalidade;
•Topo estreito
- Baixa percentagem de idosos;
-Baixa esperança média de vida;

Altas taxas de crescimento natural;


População em crescimento mais ou
menos rápido. 35
Países desenvolvidos
Estrutura etária envelhecida
Pirâmide decrescente ou
•Base estreita:
Regressiva
-Baixa taxa de natalidade; (representa população envelhecida)
- Baixa percentagem de jovens;
• Topo largo
- Elevada percentagem de idosos;
- Elevada esperança média de vida;
- Baixa taxa de mortalidade;
Baixa taxa de crescimento natural;
É frequente registarem-se classes
ocas. 36
Países desenvolvidos

Nos países desenvolvidos verifica-se uma situação de duplo


envelhecimento demográfico.
 Envelhecimento pela base da pirâmide – estreitamento
da base - diminuição da percentagem de jovens devido à
diminuição da taxa de natalidade;
 Envelhecimento pelo topo da pirâmide – alargamento
do topo da pirâmide - aumento da percentagem de idosos
devido à diminuição da taxa de mortalidade e ao aumento da
esperança média de vida.

37

Você também pode gostar