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EMENTA:
Repensar a esfera pública a partir da conceituação da teoria democrática como uma
necessidade de se abordar a questão urbana. Produzir reflexões sobre o desenvolvimento
de projetos de renovação urbana que fizeram emergir conflitos e dinâmicas que apontam
para uma crise do urbanismo nas últimas décadas do século XX. Relações entre o
desenho e formas urbanas na consolidação dos subúrbios, das periferias e da
especulação fundiária no Brasil e no mundo. Análises do planejamento urbano no Brasil
e das lutas sociais no processo de produção do solo urbano.
OBJETIVO:
Objetivamos analisar o território e o planejamento como temas fundamentais na ação do
Estado a partir das teorias críticas contemporâneas da democracia. Buscamos
compreender a estrutura organizativa e funcional para o território em prol do
desenvolvimento econômico, social e ambiental como parte fundamental da
administração pública em qualquer realidade nacional, regional ou local. A disciplina
pretende contribuir para a construção de análises críticas sobre o desenvolvimento de
projetos de renovação urbana que fizeram emergir, nas últimas décadas do século XX,
conflitos e dinâmicas urbanas que apontam para uma crise do urbanismo o que, por sua
vez, exige uma contínua redefinição do conceito de cidade, de segregação espacial, de
renovação e de planejamento urbanos.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1. A esfera pública e a teoria democrática: o Estado e as formas de interação com os
cidadãos.
- Repensando a esfera pública: um esboço de uma teoria crítica da democracia.
(Rúrion Melo).
1.1. Estado e democracia deliberativa: desafios e contradições.
- O Estado na democracia deliberativa: as raízes de uma antinomia. (Francisco Mata
Machado Tavares).
1.2. Teoria democrática: as dimensões do conflito e do consenso.
- Consenso e conflito na teoria democrática: para além do “agonismo”. (Luis Felipe
Miguel).
1.3. Os limites da participação social na produção de políticas públicas.
- Para além da participação: interfaces socioestatais no governo federal. (Roberto R.
C. Pires e Alexander C. N. Vaz).
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BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA
1. ARANTES, Otília; VAINER, Carlos; MARICATO, Ermínia. A cidade do
pensamento único: desmanchando consensos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
2. CARLOS, Ana Fani Alessandri; SOUZA, Marcelo Lopes de; SPOSITO, Maria
Encarnação Beltrão (orgs). A produção do espaço urbano: agentes e processos,
escalas e desafios. São Paulo: Contexto, 2016.
3. CHOAY, F. O urbanismo: utopias e realidades. São Paulo: Perspectiva, 2013.
4. FELDMAN, Sarah. Planejamento e Zoneamento. São Paulo 19471972. Tese de
doutorado. FAUUSP. 1996.
5. FERNANDES, Florestan. Cap. 5 – A concretização da revolução burguesa. (IN) A
revolução burguesa no Brasil: ensaio de interpretação sociológica. Rio de Janeiro:
Guanabara, 1987.
6. FICHER, Sylvia. Os arquitetos da Poli: ensaio e profissão em São Paulo. São
Paulo: Fapesp: Editora da Universidade de São Paulo, 2005.
7. FREITAG, Bárbara. Teorias da cidade. Campinas-SP: Papirus, 2006.
8. GITAHY, Maria Lucia Caira (org.). Desenhando a cidade do século XX. São
Carlos: RiMa, Fapesp, 2005.
9. HARVEY, David. Cidades rebeldes: do direito à cidade à revolução urbana. São
Paulo: Martins Fontes, 2014.
10. JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Editora WMF
Martins Fontes, 2011.
11. KOWARICK, Lúcio. Escritos urbanos. São Paulo: Ed. 34, 2000.
12. LAMAS, José M. Ressano Garcia. Morfologia urbana e desenvolvimento da
cidade. 7ª. ed. Porto: Fundação Calouste Gulbenkian; Fundação para a Ciência e a
Tecnologia, 2014.
13. MELO, RÚRION. Repensando a esfera pública: esboço de uma teoria crítica da
democracia. São Paulo: Lua Nova. Revista de Cultura e Política, número 94: 11-39,
2015.
14. MIGUEL, Luis Felipe. Consenso e conflito na teoria democrática: para além do
agonismo. São Paulo: Lua Nova. Revista de Cultura e Política, número 92: 13-43,
2014.
MOUFFE, Chantal. Sobre o político. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2015.
15. PIRES, Roberto R. C. e VAZ, Alexander C. N. Para além da participação:
interfaces socioestatais no governo federal. Lua Nova. Revista de Cultura e Política,
número 93, 61-91, 2014.
RAWS, John. O liberalismo político. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2011.
16. SEGAWA, Hugo. Prelúdio da Metrópole – arquitetura e urbanismo em São
Paulo na passagem do século XIX ao XX. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000.
17. SOUZA, Marcelo Lopes de. O desasfio meteropolitano: um estudo sobre a
problemática sócio-espacial nas metrópoles brasileiras. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 2000.
18. TAVARES, Francisco Mata Machado. O Estado na democracia deliberativa: as
raízes de uma antinomia. São Paulo: Lua Nova. Revista de Cultura e Política, número
95: 225-257, 2015.
19. TOLEDO, Rodrigo Alberto. Contribuições de Anhaia Mello ao urbanismo
paulistano: de Ebenezer Howard à Escola de Chicago. Pós – Revista do Programa de
Pós-graduação em Arquitetura e Urabnismo da FAUUSP/Universidade de São Paulo,
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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ANDRADE, Carlos Roberto Monteiro de. A Peste e o Plano. O urbanismo sanitarista
do engenheiro Saturnino de Brito. São Paulo: s.d., 1992. (Dissertação de mestrado
apresentada à FAUUSP).
____________. Um sanitarista militante na cultura urbanística moderna. In: Caderno
de resumos do seminário de pesquisa por uma cidade sã e bela. O urbanismo dos
engenheiros sanitaristas no Brasil Republicano. São Carlos: EESC/USP.
BARCELLOS, Vicente Quintella. Unidades de vizinhança: notas sobre a sua origem,
desenvolvimento e introdução no Brasil. O presente trabalho é uma reelaboração de
textos anteriormente produzidos no âmbito acadêmico durante o mestrado e doutorado
(nota do pesquisador), 2001. Disponível em < http://www.
http://vsites.unb.br/fau/pos_graduacao/paranoa/edicao2001/unidade/unidade.htm>.
BASSET, Edward M.;WILLIAMS, Frank B.; BETTAMAN, Alfred e WHITTEN,
Robert. Harvard City Planning Studies, v.VIII. Cambridge: Harvard University Press,
1935.
BENEVOLO, Leonardo. Ultimo capítulo da arquitetura moderna. Lisboa: Edições
70, 2009.
BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar. São Paulo: Companhia das
Letras, 1986.
BORDENAVE, Juan E. D. O que é participação. 7. ed. São Paulo: Brasiliense, 1992.
BÓRON, A. Estado, capitalismo e democracia na América Latina. São Paulo: Paz e
Terra, 1994.
BOSSETTI, Adriano Augusto. A avenida Nove de Julho como síntese das
intervenções urbanísticas na cidade de São Paulo na primeira metade do século 20.
(IN) SAMPAIO, Maria Ruth Amaral. A promoção privada de habitação econômica,
1930 – 1964. São Carlos: Rima, 2002.
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2013.
BRITO, Saturnino Rodrigues. Tracé sanitaire des Villes. Paris: Imprimerie Chaix,
1916.
CANO, Wilson. Subsídios para a reformulação das políticas de descentralização
industrial e de urbanização no Estado de São Paulo. IN: A interiorização do
desenvolvimento econômico no Estado de São Paulo. São Paulo, SEADE, p.p. 107-
31, 1988. (Coleção Economia Paulista, v. 1, 1).
COSTA, Lúcio. Le Cordusier no Brasil. (IN) Revista Arquitetura. IAB. RJ. p.: 7-8 –
COSTA, Lúcio (20 de fevereiro de 1948). Carta depoimento. [Em Línea]. Página Web –
Disponível em: url < http://www.vitrivius.com.br/documento/documento.asp>.
[Consulta em 12 de fevereiro de 2011].
COSTA, Luiz Augusto Maia. Planejamento antes do planejamento. Cidade e
território em São Paulo, 1886-1903. In: GITAHY, M. L. C. Desenhando a cidade do
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CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO:
Avaliação: o aluno deverá entregar um artigo que discuta aspectos metodológicos do
objeto de estudo em sua pesquisa e estabelecer relações com a bibliografia da disciplina.
Trabalho final [artigo] escrito e apresentação de seminário.