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Geografia
Ano: 2017
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FICHA CATALOGRÁFICA
REIS, Thiago.
Educação Inclusiva e Prática Docente no Ensino de História e Geografia/
Thiago Reis. – Curitiba, 2017.
46 p.
Revisão de Conteúdos: Larissa Carla Costa.
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Educação Inclusiva e Prática Docente
no Ensino de História e Geografia
ANO
2017
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PALAVRA DA INSTITUIÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz!
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Apresentação da disciplina
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Aula 1 - Educação Inclusiva e Prática Docente no Ensino de História e
Geografia
Apresentação da aula
Fonte: http://www.ojornal.net/noticiaseideias-38402-educacao-especial
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Deve-se pensar na reestruturação da cultura, da prática e das políticas
vivenciadas nas escolas para responder a diversidade dos alunos, abordagem
humanística democrática (perceber o sujeito e suas singularidades) e promover
a aprendizagem e desenvolvimento pessoal de todos.
Preservar a diversidade encontrada na escola na realidade social,
representa oportunidade para o atendimento das necessidades educacionais de
toda ordem, com ênfase nas competências, capacidades e potencialidades do
educando.
Deve-se considerar a diversidade de aprendizes e o direito de equidade
dos mesmos quando se reflete sobre o sentido e significado dentro da Educação
Inclusiva, garantindo a oportunidade igualitária a todos, independentemente de
sua condição, levando ao direito a aprender, a fazer, a ser e a conviver.
(CARVALHO, 2005).
Segundo Góes (2004), o conceito “educandos com necessidades
educacionais especiais”, abarca os alunos que durante o processo educacional
apresentarem: dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no
processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades
curriculares; dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos
demais alunos, demandando a utilização de diferentes formas de linguagens e;
altas habilidades ou superdotação e grande facilidade de aprendizagem.
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como um movimento que idealizava colocar em questão as políticas e as práticas
de exclusão, sendo que por manter uma visão homogeneizada, criou na escola
um paradoxo: inclusão/exclusão, discutidas em encontros, congressos e eventos
em educação: gerando documentos. Nela, diz que:
Saiba Mais
A Declaração de Salamanca foi criada na Conferência
Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais (1994),
que foi organizada pelo governo espanhol em conjunto com
a UNESCO, sendo que tem como princípios:
A educação é direito de todos, independentemente de
suas diferenças individuais;
A criança que possui dificuldade de aprendizagem,
dependendo do nível, pode ser considerada com
necessidades educativas especiais;
O aluno não precisa se adaptar às especificidades da
escola, esta que deve se adaptar ao aluno;
O espaço deve ser comum a todos os alunos, com
necessidades educativas especiais ou não, e o ensino
deve ser diversificado.
A Declaração de Salamanca teve uma repercussão
significativa, vindo a ser incorporada às políticas
educacionais brasileiras.
Fonte: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf
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A escola tem que ser o reflexo da vida do lado de fora. O grande ganho
para todos é viver a experiência da diferença. Se os estudantes não
passam por isso na infância, mais tarde terão muita dificuldade de
vencer os preconceitos. A inclusão possibilita aos que são
discriminados pela deficiência, pela classe social ou pela cor que, por
direito, ocupem seu espaço na sociedade. Se isso não ocorrer, essas
pessoas serão sempre dependentes e terão uma vida cidadã pela
metade. Você não pode ter um lugar no mundo sem considerar o do
outro, valorizando o que ele é e o que ele pode ser. Além disso, o maior
ganho está em garantir a todos o direito à educação. (CAVALCANTE,
M., 2002, s/p)
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devem decidir conjuntamente, com base em avaliação pedagógica, quanto ao seu
retorno à classe comum.
[...]
Art. 12. Os sistemas de ensino, nos termos da Lei 10.098/2000 e da Lei 10.172/2001,
devem assegurar a acessibilidade aos alunos que apresentem necessidades
educacionais especiais, mediante a eliminação de barreiras arquitetônicas
urbanísticas, na edificação - incluindo instalações, equipamentos e mobiliário - e nos
transportes escolares, bem como de barreiras nas comunicações, provendo as
escolas dos recursos humanos e materiais necessários. § 1o Para atender aos
padrões mínimos estabelecidos com respeito à acessibilidade, deve ser realizada a
adaptação das escolas existentes e condicionada a autorização de construção e
funcionamento de novas escolas ao preenchimento dos requisitos de infraestrutura
definidos. § 2o Deve ser assegurada, no processo educativo de alunos que
apresentam dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais
educandos, a acessibilidade aos conteúdos curriculares, mediante a utilização de
linguagens e códigos aplicáveis, como o sistema Braille e a língua de sinais, sem
prejuízo do aprendizado da língua portuguesa, facultando-lhes e às suas famílias a
opção pela abordagem pedagógica que julgarem adequada, ouvidos os profissionais
especializados em cada caso.
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O ensino na diversidade, exigirá a percepção das necessidades especiais;
observar; registrar, flexibilidade nas ações pedagógicas e atuação em equipe.
Não se deve avaliar o limite do potencial desenvolvido pelo aluno.
Vídeo
Assista o filme: Como estrelas na
terra – Toda criança é especial
(2007). Trata-se de um filme índia-
no que relata, essencialmente, a
história de vida de uma criança
com dislexia e como a atuação do
professor fez a diferença na sua
vida. Explica de forma simples o
que é dislexia, quais as suas principais características e dá
algumas dicas para pais e professores de disléxicos, assim
como demonstra o amor incondicional que é fundamental para
que estas crianças e jovens sejam bem-sucedidos.
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Retrata, de forma bastante clara e elucidativa, as emoções do
disléxico e as reações familiares, assim como as consequências
familiares e sociais da dislexia.
Demonstra também o quanto pode ser eficaz o ensino de forma
multissensorial, ou seja, utilizando todos os sentidos, assim
como a utilização da arte como fator motivacional e de
crescimento.
Poderá ser utilizado como terapia motivacional para disléxicos
ou como forma de explicação a pais e professores sobre a
temática da dislexia.
Assista no link:
https://www.youtube.com/watch?v=6rxSS46Fwk4&t=930s
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RESOLUÇÃO Nº 4, DE 2 DE OUTUBRO DE 2009
Resumo da aula
Atividade de Aprendizagem
Discorra sobre a diferença entre a Educação Especial e a
Educação Inclusiva.
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Aula 2 - Histórico da Educação Inclusiva
Apresentação da aula
Elaborado pelo DI
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Saiba Mais
A inclusão escolar tem como intenção a melhoria da
qualidade do ensino para todos aqueles que fracassam na
aquisição de conhecimento”, pois a verdadeira intenção é
incluir os alunos no processo de aprendizagem, e por
diversos motivos fracassaram no processo de sua aquisição.
Vale reforçar que as práticas inclusivas facilitam o processo
de aprendizagem de todo os alunos, incluindo-se de forma
totalitária e igualitária, independente de raça, crédulo,
condição financeira ou variedade cultural, não restringindo
somente aos alunos que apresentam alguma deficiência.
Saiba Mais
APAE - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais
nasceu no Rio de Janeiro, em 1954. É uma organização
social, que objetiva promover a atenção integral à pessoa
com deficiência, dando maior atenção aquela com deficiên-
cia intelectual e múltipla. As APAEs destacam-se por ser
pioneira e capilar, presente, atualmente, em mais de 2 mil
municípios em todo o território nacional desde o ano de 1954.
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Relação entre o “fracasso escolar” e “deficiência mental leve”.
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CORDE (criado em 1986) – Coordenadoria Nacional para Integração da
Pessoa portadora de Deficiência; coordenar as ações em educação especial.
Porém, apesar da criação desses órgãos, não se teve ideia de incluir,
reestruturar educação, buscar a educação que pudesse trabalhar com as demais
perspectivas, havendo o ensino, porém também a segregação.
Diretrizes da educação especial: o aluno excepcional deveria ser
integrado no processo educacional para utilizar-se, da melhor maneira possível,
das oportunidades educacionais oferecidas a esses alunos, sendo que estavam
no mesmo ambiente escolar que os demais, porém em salas de aulas
separadas, feitas para alunos com dificuldades:
Com objetivo da retirada de crianças do ensino regular para o ensino
especial, definindo o caminho para a segregação e a exclusão.
As avaliações (médicos e psicólogos) desconsideravam a história
escolar da criança.
Essa forma de lidar com aqueles alunos que não conseguiam se apropriar
dos conteúdos apresentados pelo professor, mascarava a incapacidade do
sistema de lidar com as diferenças individuais, com a heterogeneidade da sua
clientela.
Se o governo já nessa época, pensasse em fazer algo, perspectivas
diferenciadas e formas de educação igualitárias, inserindo esse aluno na
sociedade, não só na escola, mas no meio social como um todo, para ser
considerado igual, hoje ter-se-ia uma educação inclusiva muito mais
desenvolvida e perspectivas melhores para estes dentro da sociedade brasileira.
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1989: Houve a oferta obrigatória e gratuita da educação especial em
estabelecimentos públicos de ensino (principais instituições de ensino), porém
ainda em salas separadas.
1990: Extinção da Secretaria de Educação Especial e criação da
Secretaria Nacional de Educação Básica (SENEB) – a qual era a responsável
por implantar o ensino especial público.
Assim, duas propostas surgiram para o governo: “Sugerir a política de
formação e valorização do magistério para a educação especial” e “subsidiar a
formulação de políticas, diretrizes, estratégias e critérios para o desenvolvimento
do ensino supletivo e especial”.
ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) – busca também o atendimento
educacional especializado para portadores de deficiência, preferencialmente na
rede regular de ensino. Criado em 1990, por Fernando Collor de Mello, também
pensa na educação separadora, ensino em salas separadas, porém dentro da
escola, sendo ainda as salas de aulas especiais, dentro das escolas regulares.
Declaração de Salamanca, 1994, fala que as escolas inclusivas são o
meio mais eficaz de combate à discriminação, acolhendo todas as pessoas
independentemente de suas condições físicas, sociais e emocionais. É o que
traz de mais atual e completa.
A LDB 9394/96, a educação das pessoas com deficiência deve dar-se,
preferencialmente, na rede regular de ensino.
O MEC em 1998, lançou um documento contendo as adaptações que
devem ser feitas nos PCNs, a fim de colocar em prática, estratégias para a
educação de alunos com deficiência.
DCNs, 2001, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial
na Educação Básica.
Em 2006, a ONU estabelece que os estados-parte, devem garantir um
sistema de educação inclusiva em todos os níveis de ensino e em ambientes
que valorizem o desenvolvimento acadêmico e social das pessoas com
necessidades educacionais especiais, em igualdade de condições com as
demais na comunidade em que vivem.
A nova política de educação especial na perspectiva da educação
inclusiva, 2007: compreende o ensino especial como um conjunto de recursos,
serviços e atendimento educacional especializado, disponibilizado aos alunos
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com deficiência, passando a ser uma modalidade de ensino que perpassa todos
os níveis, etapas e modalidades.
Saiba Mais
O Atendimento Educacional Especializado - AEE, conforme
a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva implica no ato de organizar-se para
apoiar o desenvolvimento dos alunos, constituindo oferta
obrigatória nos sistemas de ensino, efetivando assim a
inclusão. Vale reforçar que o mesmo deverá ocorrer no
contra turno da aula em classe comum.
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Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de
ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola
regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços
especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não
for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.
§ 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início
na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização
específicos, para atender às suas necessidades;
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível
exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e
aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os
superdotados;
III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior,
para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular
capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na
vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem
capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os
órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade
superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares
disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.
Fonte: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf
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Tabela 1: Número de matrículas na Educação Especial por Etapa de Ensino
Brasil – 2007 – 2012.
Fonte:http://download.inep.gov.br/educacao_basica/censo_escolar/resumos_tecnicos/r
esumo_tecnico_censo_educacao_basica_2012.pdf
Fonte:http://download.inep.gov.br/educacao_basica/censo_escolar/resumos_tecnicos/r
esumo_tecnico_censo_educacao_basica_2012.pd
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Gráfico 2: Número de matrículas no Ensino Médio (2007 – 2012)
Fonte:http://download.inep.gov.br/educacao_basica/censo_escolar/resumos_tecnicos/r
esumo_tecnico_censo_educacao_basica_2012.pdf
Fonte:http://download.inep.gov.br/educacao_basica/censo_escolar/resumos_tecnicos/r
esumo_tecnico_censo_educacao_basica_2012.pdf
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em classes especiais, e escolas exclusivas, se apresenta em maior número nas
escolas particulares que em públicas.
Resumo da aula
Atividade de Aprendizagem
Discorra sobre as perspectivas e o modelo de educação
propostos ela Educação Inclusiva.
Apresentação da aula
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3.1 Inclusão, exclusão, segregação e integração
3.1.1 Paradigma
3.1.2 Inclusão
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Fonte: Elaborado pelo DI
3.1.3 Exclusão
3.1.4 Segregação
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Segregação é quando se tem a separação de ambientes, a separação
em grupos, onde os considerados “normais”, ficam em uma escola regular, e os
“diferentes” em uma escola separada, a chamada Escola Especial.
3.1.5 Integração
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Amplie Seus Estudos
SUGESTÃO DE LEITURA
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Dessa forma, deve-se ter um planejamento, preparação e conhecimento
tanto dos professores quanto de toda a equipe escolar, para se receber esses
alunos, sendo que os mesmos não devem ser tratados de forma diferenciada,
também deve-se já ter recursos e estratégias para de fato ocorrer a inclusão,
despertando o interesse do aluno pelo aprender. A Educação Inclusiva deve
acolher a todos, sem exceção, porque o ensino escolar comum é um direito
fundamental humano.
Importante
A deficiência múltipla é a associação, no mesmo indivíduo, de
duas ou mais deficiências primárias, com comprometimentos
que acarretam atrasos no desenvolvimento global e na
capacidade adaptativa. Não há relação de dependência de uma
deficiência com a outra e não há predomínio de nenhuma delas.
A deficiência física não implica perda cognitiva, portanto, pode
se beneficiar dos programas de ensino em escolas comuns, não
necessitando todos os profissionais disponíveis, apenas os
necessários
É importante estimular a pessoa cega a fazer suas atividades
do modo mais independente possível. Ela deve ser tratada de
acordo com a idade cronológica que tem e o currículo será o
mesmo para o aluno deficiente visual e o aluno vidente, com as
adaptações necessárias.
Vídeo
Para saber mais sobre o papel do professor em sala de aula,
assista um trecho da entrevista de Rubem Alves para a Revista
Digital do Portal Brasil.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=_OsYdePR1IU
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Conforme visto, o professor deve conhecer seus alunos, saber suas
particularidades e especificidades para que possa atuar da melhor forma na
prática pedagógica, incentivando-os a aprender.
Vídeo
Para compreender melhor sobre a inclusão, veja um debate com
Erenice Carvalho, da Federação Nacional das APAEs, e Macaé
Evaristo, secretária de Diversidade e Inclusão do Ministério da
Educação no link:
https://www.youtube.com/watch?v=Lq_jzlDRayQ
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3.3 Tipos de deficiência
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Saiba Mais
Os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) são
distúrbios nas interações sociais, que costumam manifestar-
se nos primeiros cinco anos de vida. Caracterizam-se pelos
padrões de comunicação estereotipados e repetitivos, assim
como pelos interesses e atividades restritos, e englobam os
diferentes transtornos do espectro autista, as psicoses
infantis, a Síndrome de Asperger, a Síndrome de Kanner e a
Síndrome de Rett. (NADAL, 2011).
Disponível na íntegra em:
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/transtornos-globais-
desenvolvimento-tgd-624845.shtml
Resumo da aula
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Além disso, demonstrou-se as necessidades das adaptações curriculares
e os tipos de adaptações: de grande porte e de pequeno porte.
Para finalizar diferenciou-se deficiência física de deficiência intelectual,
com conceitos e exemplos.
Atividade de Aprendizagem
Discorra sobre os tipos de deficiência física, na paralisia
cerebral.
Apresentação da aula
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mesmo resultado que uma pessoa considerada “normal”, irá levar esse conceito
para a vida, não se limitando quando tiver algum obstáculo em sua frente.
Para a identificação das necessidades educacionais especiais dos
alunos e a tomada de decisões quanto ao atendimento necessário, a escola deve
realizar, com assessoramento técnico, avaliação do aluno no processo de ensino
e aprendizagem, contando, para tal, com:
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4.1.2 Comunicação Alternativa e Ampliada - CAA
É uma das áreas da Tecnologia Assistiva (TA) que atende pessoas sem
fala ou escrita funcional, ou ainda em defasagem entre sua necessidade
comunicativa e sua habilidade em falar e/ou escrever. Uso de gestos,
expressões faciais, pranchas de alfabeto, símbolos gráficos como a escrita,
desenhos, gravuras, fotografias entre outros.
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alunos, e além de tudo, saber como utilizar os mesmos e se adaptar a cada novo
aluno que chegar e precisar desses recursos.
Vídeo
Assista o trailer do filme “Quanto vale ou é por quilo?” de Sérgio
Bianchi para ver uma comparação da época da escravatura em
relação a época atual.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ZHme5hHEY84
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escolares, estão inadequados à população pobre e negra. Pois muitas vezes não
existe a aceitação do pobre, e se for levar em consideração a trajetória dos
negros, deve-se pensar que ainda não há sua total inclusão em todos os
ambientes, inclusive ainda permanece a segregação dos mesmos quando se
trata do ambiente escolar.
Por exemplo, a recuperação da herança cultural africana deve levar em
conta o que é próprio do processo cultural: seu movimento, pluralidade e
complexidade. Não se trata, portanto, do resgate ingênuo do passado nem do
seu cultivo nostálgico, mas de procurar perceber o próprio rosto cultural
brasileiro. O que se quer é captar seu movimento para melhor compreendê-lo
historicamente.
A análise de manifestações culturais de origem africana, como a capoeira
ou o candomblé, deve considerar que elas derivam da interação entre valores
africanos e experiência histórica brasileira. Em 2014, em pelo menos 24 Estados
do Brasil, estavam cadastradas mais de 3.500 comunidades quilombolas. As
comunidades quilombolas são grupos étnico-raciais, segundo critérios de
autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais
específicas e com ancestralidade negra, relacionada com a resistência à
opressão histórica sofrida. O constituinte brasileiro reconheceu a identidade dos
quilombolas e, especificamente, seu direito fundamental à propriedade definitiva
das terras que estejam ocupando.
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LEI Nº 3.353, DE 13 DE MAIO DE 1888
37
negra e seus elementos, não entraram na escola por meio dos currículos.
Preconizou-se o mito da democracia racial brasileira.
Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele ou por sua
origem, ou por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender
e se elas podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois
o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o oposto.
(Long Walk to Freedom, Nelson Mandela, 1995).
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Fonte: http://www.isoradio.rai.it/dl/portali/site/news/ContentItem-f26107d5-1c38-4c9c-
937b-848a652f7eb9.html
Saiba Mais
Historicamente a escola caracterizou-se pela visão da
Educação que delimita a escolarização como privilégio de um
grupo. A partir do processo de universalização e
democratização da educação, a escola passa a ser para
todos, mas por manter a visão homogeneizadora do aluno,
questionando qual seria o paradoxo. Vale reforçar que
paradoxo é um pensamento, proposição ou argumento que
contraria os princípios básicos e gerais que costumam
orientar o pensamento humano, ou desafia a opinião
consabida, a crença ordinária e compartilhada pela maioria
(ou seja contradiz-se).
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Concretizar um Currículo que respeite a realidade brasileira de
diversidade e pluralismo.
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Incorporação de valores mais inclusivos, efetivando o trabalho com
princípios que permitam o estudante se ver como sujeito de
direitos.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
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"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-
se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
§ 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História
da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na
formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social,
econômica e política pertinentes à História do Brasil.
§ 3o (VETADO)"
"Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da
Consciência Negra’."
Resumo da aula
Atividade de Aprendizagem
Discorra sobre alguns elementos do cotidiano escolar, como
se deve trabalhar frente à Educação Inclusiva.
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Resumo do disciplina
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envolvidos com o cotidiano escolar que privilegiem essa perspectiva da
educação.
O entendimento e a prática da educação ligada às relações étnico-raciais
devem ser entendidas como formas de saudar certas dívidas sociais causadas
a esses povos. Com as demandas e o rumo da sociedade contemporânea, torna-
se cada vez mais necessário a abordagem e a compreensão desses temas no
ambiente escolar, como forma de uma educação cidadã, democrática e de
equidade.
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Referências
CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva: com os pingos nos “is”. (Porto
Alegre: Editora Mediação, 2005).
MANTOAN, M.T.E. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São
Paulo: Moderna, 2003.
45
s.com%2F2014%2F10%2Fslides-educac3a7c3a3o-
inclusiva.ppt&usg=AFQjCNEoInVgijbiSPekmXXLnLfVUsuOKg
SALA, E. e ACIEM, T.M. (Orgs.) Educação Inclusiva: Aspectos político-
sociais e práticos. Jundiaí, SP. Paco Editorial, 2013.
46