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LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL
Antes de entrar em vigor a lei passa por algumas fases. São elas
a elaboração, a promulgação e a publicação. Depois de ser publicada,
em geral aguarda-se um prazo para que comece a vigorar. A esse
prazo dá-se o nome de vacatio legis. Algumas vezes a própria lei diz
quando começará a vigorar. Se no próprio dia da publicação ou qual
será o período de vacatio legis. Se a lei nada disser esse período será
de 45 dias, ou seja, a lei começa a vigorar 45 dias depois de
publicada. É o que estabelece o artigo 1167 da Lei de Introdução ao
Código Civil.
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tiver domicílio a lei válida será a do local de sua residência ou onde se
encontrar.
a) os menores de 16 anos;
b) os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o
necessário discernimento para as práticas desses atos
c) os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua
vontade.
a) os maiores de 16 e os menores de 18
d) os pródigos.
DO DOMICÍLIO
Domicílio é o lugar onde a pessoa estabelece a sua residência
com ânimo definitivo. Havendo várias residências, qualquer delas é
considerada domicílio. Se não houver residência habitual, o domicílio é
o lugar onde a pessoa for encontrada. O domicílio das pessoas
jurídicas é estabelecido pelo artigo 75 do CC.
O domicílio pode ser necessário, quando fixado por lei. O
domicílio do incapaz é o dos pais ou representantes; O do servidor
público é o lugar onde exerce as suas funções; O do militar é o lugar
onde serve; O do marítimo é o lugar onde está matriculado o navio; E
o do preso é o lugar onde cumpre a sentença.
DOS BENS.
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destruição, ou móveis, que podem ser transportados de um lugar para
outro sem alterar a sua substância ou destinação econômico-social.
São fungíveis quando substituíveis por outros da mesma espécie,
quantidade ou qualidade e infungíveis quando não podem ser
substituídos em razão de uma característica especial como por
exemplo um quadro do Picasso.
Consumíveis são os móveis cujo uso acarreta destruição da
própria substância como os alimentos, ao passo que os inconsumíveis
podem ser usados reiteradamente, sem destruição de sua substância.
Os divisíveis podem ser fracionados sem alteração de suas
características ou valor como a saca de café. Os indivisíveis não
podem ser fracionados, pois cada parte não conserva as qualidades
essenciais do todo, prejudicando o uso a que se destina como as
partes de um colar.
Singulares são bens que, mesmo estando reunidos, podem ser
considerados independentemente dos demais e coletivos consistem
em uma universalidade, que pode ser de fato, por exemplo biblioteca,
rebanho ou de direito, como o patrimônio, a herança.
BENS PÚBLICOS
Os bens públicos são os pertencentes às pessoas jurídicas de
direito público interno. Classificam-se em bens de uso comum do povo
como as ruas, praças, estradas, mares e rios; De uso especial: para
uso da administração; Dominicais ou dominiais: não têm utilidade
específica.
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DOS FATOS JURÍDICOS.
DO NEGÓCIO JURÍDICO.
DA REPRESENTAÇÃO
A representação é uma importante questão ligada à manifestação
de vontade das partes e está regulada pela lei.
Os poderes de representação são conferidos por lei ou pelo
interessado. Os negócios celebrados pelo representante em conflito
de interesses com o representado são anuláveis se tal fato era ou
deveria ser de conhecimento de quem tratou o negócio.
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negócio depender do seu implemento, ou pode ser resolutiva
vigorando o negócio enquanto não ocorrer o implemento da condição.
Termo é o momento em que se iniciam ou se extinguem os efeitos
do negócio. O termo inicial não suspende a aquisição do direito, mas o
seu exercício.
Encargo é uma cláusula acessória de atos de liberalidade que
impõe ao beneficiário uma obrigação ou um ônus, como por exemplo a
doação de uma casa com a condição de se construir uma creche. O
encargo ilícito ou impossível é considerado não escrito. Se ele for
motivo determinante da liberalidade, invalida o negócio.
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prometido deve ser grave causando fundado temor no agente. Por
isso, o exercício regular do direito não é considerado coação.
O estado de perigo se configura quando o agente assume uma
obrigação excessivamente onerosa para salvar-se (ou a pessoa de
sua família) de um dano grave, conhecido da outra parte. É o caso da
venda de um bem a um valor muito mais baixo do que o praticado
para se pagar um resgate. A outra parte deverá complementar o preço
ou devolver o bem.
A lesão ocorre quando alguém se obriga a uma prestação
manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta por
inexperiência ou necessidade. Diferentemente do estado de perigo,
não se exige que a outra parte saiba da inexperiência ou necessidade
do agente.
A fraude contra credores é um vício social, praticado com a
intenção de prejudicar os credores do agente, que transfere seus bens
a outrem visando colocá-los a salvo dos seus credores. Ocorre a
fraude quando o devedor propositadamente se torna insolvente, não
havendo mais a possibilidade de saldar as suas dívidas.
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Simulação é o ato que visa prejudicar terceiros, praticado em
conluio pelos contratantes, aparentando negócio diverso daquele que
é celebrado. Pode ser absoluta ou relativa. Na absoluta não
pretendem os contratantes realizar nenhum ato, embora assim façam
parecer. Torna o negocio nulo. Na relativa ou também chamada de
dissimulação há o objetivo de realizar um negócio, porém ele é diverso
do que aparenta ser (por exemplo, as partes declaram em escritura
um preço inferior ao real com a intenção de burlar o fisco). Acarreta
nulidade do negocio simulado, mas subsiste o negócio dissimulado se
for válido na substância e na forma.
O negócio anulável deixa de produzir efeitos somente a partir da
decretação da anulabilidade. O artigo 171 do CC estabelece serem
anuláveis os negócios por incapacidade relativa do agente ou por vício
resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude
contra credores.
DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA
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O direito civil admite renúncia da prescrição, mas somente depois
de consumada e se não prejudicar terceiros. Somente pode renunciar
à prescrição seu titular. Não podem as partes alterar os prazos
prescricionais, ainda que de comum acordo. Pode ser alegada a
prescrição em qualquer grau de jurisdição e pode o juiz decretá-la de
oficio.
Quando iniciada contra uma pessoa, a prescrição continua a
correr contra seu sucessor. Caso assistentes ou representantes legais
não aleguem a prescrição oportunamente ou derem causa, terão os
relativamente incapazes e as pessoas jurídicas ação regressiva contra
eles.
A decadência não se confunde com a prescrição. A decadência
impede o exercício do direito independentemente de este ter sido
violado. Exemplo é o do prazo para pleitear a anulação de um negócio
jurídico.
Relativamente incapazes e pessoas jurídicas têm direito de
regresso contra seus representantes ou assistentes que derem causa
à prescrição ou não alegarem oportunamente.
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As obrigações de não fazer impõem ao devedor uma omissão. O
devedor se obriga a não praticar um ato de forma que se o praticar
surge o inadimplemento.
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O credito é um bem passível de transferência. São formas de
transmissão das obrigações a cessão de crédito e a de débito. A
cessão de crédito é um negócio jurídico bilateral, pelo qual o credor
(cedente) transfere seu crédito para outrem (cessionário)
independentemente de anuência do devedor, que deve ser
comunicado a fim de cumprir a obrigação ao legitimo credor.
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O pagamento em consignação é meio indireto de pagamento.
Decorre da impossibilidade de realizar o pagamento em razão da
recusa. O rol do artigo 335 é exemplificativo. O devedor que quer
evitar as conseqüências da mora poderá efetuar o pagamento por
meio de depósito da coisa devida.
O pagamento com sub-rogação também é meio de pagamento
indireto. Pode ser pessoal, quando ocorre a substituição de uma
pessoa na relação obrigacional, como no caso de alguém que paga
divida alheia, ou pode ser real, quando há substituição de uma coisa.
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A remissão de uma dívida é o seu perdão pelo credor. Pode ser
expressa, ou seja, declarado pelo credor, ou tácita, quando este
devolve voluntariamente o titulo da obrigação.
Estabelece ainda a lei civil que nos contratos de adesão são nulas
as clausulas que importem renúncia dos direitos pelo aderente, bem
como quando houver clausulas ambíguas ou contraditórias sendo
interpretadas da forma mais favorável ao aderente.
Podem as partes, nos termos acima expostos, celebrar contratos
atípicos.
DA EXTINÇÃO DO CONTRATO
Distrato é o negocio jurídico celebrado entre os contratantes que
objetiva extinguir o contrato anteriormente celebrado. Denomina-se
resilição bilateral. É feito pela mesma forma exigida para o contrato.
Nos contratos bilaterais ambos os contratantes têm prestações a
cumprir. Aquele que não cumpre a sua prestação na avença não
poderá exigir o cumprimento pela outra parte. É a regra da exceptio
non adimpleti contractus ou exceção do contrato não cumprido.
A resolução ocorre quando nos contratos de execução continuada
a prestação se tornar extremamente onerosa para uma das partes e
ao mesmo tempo extremamente vantajosa para outra, podendo o
devedor pedir a resolução do contrato.
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A transação é um negocio jurídico pelo qual as partes, mediante
concessões mútuas previnem ou extinguem litígios. Só é admitida se
versar sobre contratos patrimoniais de caráter privado.
Compromisso arbitral é o acordo em que as partes submetem a
árbitros a decisão de eventuais controvérsias. Somente pode versar
sobre questões patrimoniais.
DA RESPONSABILIDADE CIVIL
DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR
Quem por ato ilícito causar dano a outrem fica obrigado a repará-
lo. A definição dos atos jurídicos ilícitos foi tratada na parte geral.
Praticado o ato e verificada a ocorrência de dano, surge a obrigação
de indenizar. O causador do dano responde com seu patrimônio.
Havendo mais de um causador a responsabilidade será solidária. Em
alguns casos a responsabilidade é objetiva, ou seja, independe de
culpa. É o caso, por exemplo, quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar riscos para os direitos de
outrem, ou nos casos legais. Nem sempre, todavia, quem responde é
o próprio agente causador do dano.
Há situações em que alguém responde por um ato de terceiro, é o
caso dos pais que são responsáveis pelos filhos menores sob sua
autoridade, do tutor e curador pelos pupilos e curatelados etc. Nesses
casos as pessoas mencionadas responderão pelos prejuízos
causados independentemente de culpa.
São elementos da responsabilidade o dano e o nexo de
causalidade entre o ato ilícito e o dano e a culpa. A culpa lato sensu
caracteriza-se pela intenção de lesar. Já a culpa stricto sensu é sem
premeditação do ilícito, pode ser na forma de imprudência, negligência
e imperícia.
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DA INDENIZAÇÃO
A indenização é medida pela extensão do dano. Deve haver
proporção entre a gravidade do dano e a culpa. Tem a finalidade de
recompensar aquele que sofreu o dano e ao mesmo tempo de
compelir quem o causou a não mais praticar atos lesivos. Se a vitima
concorreu culposamente para o evento danoso, a gravidade da sua
culpa será levada em consideração para se fixar o “quantum”
indenizatório. É chamada culpa concorrente da vitima.
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A posse exercida há menos de ano e dia é chamada de posse
nova. Se há mais de ano e dia, posse velha.
Perde-se a posse quando cessa o poder sobre o bem, ou seja,
quando o possuidor não aparenta mais ser dono, como no caso de
abandono, quando esbulhado em sua posse não retorna à coisa nem
tenta retomá-la, etc.
A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor
com as mesmas características.
DA PROPRIEDADE
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A propriedade é o direito real que tem o titular de usar, gozar,
dispor de uma coisa bem como reavê-la de quem quer que
injustamente a possua ou detenha. Presume-se plena e exclusiva até
prova em contrário.
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A aquisição de propriedade móvel sé dá pela usucapião, pela
ocupação, com o achado de tesouro, pela tradição, especificação,
confusão, comistão, adjunção.
E tem música
DA PERDA DA PROPRIEDADE
Ocorre a perda da propriedade por alienação, renúncia,
abandono, perecimento da coisa ou desapropriação.
DO CONDOMÍNIO
Quando mais de um titular tem a propriedade de um bem temos o
condomínio. Cada pessoa tem direito igual sobre o todo e sobre sua
parte ideal. Pode o condômino usar a coisa conforme sua destinação,
exercer direitos compatíveis com a indivisão, reivindicar de terceiros,
defender sua posse e alienar a parte ideal ou gravá-la. O condômino
deve colaborar com as despesas de conservação na proporção de sua
parte. O condomínio pode ser legal, edilício ou voluntário. O legal ou
necessário decorre de lei, como é o caso do condomínio em paredes,
cercas, muros e valas. É um condomínio forçado, protegido pela lei em
razão de apresentar uma utilidade. Condomínio edilício é o que existe
em uma edificação. Cada condômino é titular da sua parte privativa e
também é titular de partes ideais das áreas comuns. A parte privativa
constitui a unidade autônoma – apartamento, sala, loja, etc.
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Sendo de propriedade exclusiva, o condômino titular pode
livremente alienar ou gravar independentemente de concordância dos
outros condôminos. Já as áreas comuns solo, estrutura do prédio,
telhado, etc, são de propriedade de todos os condôminos, não sendo
permitido dividi-los ou alienar separadamente.
DA SUPERFÍCIE
Superfície é o direito real por meio do qual uma pessoa permite
que outra, superficiário, construa ou plante em seu terreno por tempo
determinado. Pode ser transferido para terceiros, ou em caso de morte
do superficiário para seus herdeiros. O superficiário fica responsável
pelo pagamento de encargos ou tributos sobre o imóvel.
DA SERVIDÃO
A servidão é o direito real pelo qual um prédio serviente
proporciona utilidade para outro, prédio dominante.Aperfeiçoa-se com
a declaração expressa dos proprietários ou por testamento, com o
registro no cartório de imóveis. Como exemplo podemos mencionar o
aqueoduto, onde águas correm de um prédio para outro.
DO USUFRUTO
O usufruto é o direito real por meio do qual uma pessoa,
usufrutuário, tem o direito de usar e gozar de um bem de outra pessoa
que fica somente com a propriedade, chamado nu-proprietário. O
usufruto pode ser de bens móveis, imóveis ou de patrimônio. Extingue-
se com o cancelamento no Cartório de Registro de Imóveis.
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direito a receber os frutos e rendimentos como garantia do pagamento
de uma dívida.
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