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AGLOMERANTES

P f R
Prof. Roberto
b t M Monteiro
t i ded Barros
B Filho
Filh

jan. 2014

Prof. Roberto Monteiro de Barros Filho


Conceito

São materiais utilizados para aglutinar ou


aglomerar outros materiais.

Podem ser classificados como:


• Aglomerantes não hidráulicos (asfalto)
• Aglomerantes hidráulicos: que endurecem na
presença da água (gesso, cal e cimento Portland)
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ASFALTO

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ASFALTO
Matéria hidrocarbonada,
hidrocarbonada de cor preta,
preta
presentes em muitos petróleos crus, nos
q ais se encontra dissolvido.
quais dissol ido
Aplicações: pavimentações, pinturas impermeabilizantes,
isolamento elétrico, papeis e papelões impermeabilizantes
e outros. Fonte: L.A. Falcão Bauer

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Tipos
• Cimentos asfálticos: são termoplásticos de consistência firme à
duro em temperaturas normais, e que devem ser aquecidos até
atingir
g a condição
ç de fluidos,, convenientes ao seu emprego.
p g
• Asfaltos Líquidos: nestes asfaltos a fase semi-sólida de
materiais se encontra dissolvida em óleos de grau de
volatilidade variada, conforme sejam as variedades de cura
lenta (SC), média (MC) e rápida (RC).
• Emulsões asfálticas: são misturas homogêneas de cimento
asfáltico e água, com uma pequena quantidade de
emulsificador normalmente usado como ajuda no processo de
fabricação.
Fonte: L.A.
L A Falcão Bauer

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Classificação
• Cimentos asfálticos: são classificados por penetração
(consistência e dureza) e por ponto de fulgor (temperatura em
qque os ggases desprendidos
p se inflamam).
)
• Asfaltos Líquidos: são classificados de acordo com a
velocidade de cura lenta (SC), média (MC) e rápida (RC) e
viscosidade.
• Emulsões asfálticas: são classificados de acordo com a
velocidade de coalescência em emulsões de pega lenta, média
e rápida.
Fonte: L.A. Falcão Bauer

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Ensaios

Penetração
Fonte: L.A. Falcão Bauer Ponto de Fulgor

Viscosidade
Viscosímetro – Ensaio Saybolt-Furol
Fonte: Bernucci et. Al. 2007

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GESSO

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GESSO
O gesso é uma substância, normalmente vendida
na forma de um p pó branco,, p
produzida a p
partir do
mineral gipsita, composto basicamente de sulfato
de cálcio hidratado.
hidratado Quando a gipsita é moída e
calcinada, ela perde água, formando o gesso.

2[CaSO4.2H2O] → 2[CaSO4.½H2O] + 3H2O

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Gipsita
Gipsita ou Gipsite
Fórmula = CaSO4.2H2O
Dureza Mohsh = 1,5 à 3
Grupo = Sulfetos

Rosa do Deserto
10 cm

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Gipsita

A mina de Naica no México é conhecida como a Gruta dos Cristais Gigantes,


encontra-se a 305 metros de pprofundidade. Nesta ggruta os exploradores
p
encontraram cristais com até um metro de diâmetro e quinze metros de comprimento

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Fabricação
Calcinação em fornos
• De 100 a 150oC → perda dd’água
água superficial
• De 190 a 220oC → perda d’água de hidratação

Aplicação
p ç
• Revestimentos de • Decoração
alvenaria em • F
Forros
substituição ao • Adornos
emboçoç e reboco • Dryy Wall

• Sistema Dry Wall


• Sistema Steel Frame
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Aplicação
Revestimentos de alvenaria em substituição ao emboço e reboco

Projetado Manual

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Propriedades
p
• Densidade Absoluta: 2,7 Densidade Aparente: 0,7 à 1,0
• Resistência à Compressão:
p 5 a 15 MPa
• Resistência à Tração: 0,7 a 3,5 MPa
• Pega: rápida com a formação de cristais de sulfato hidratado.
• Cura: pode demorar semanas dependendo de:
• Temperatura e tempo de calcinação
> tempo
t > temperatura
t t → pega + lenta
l t → > resistência
i tê i
• Finura
> finura → pega + rápida → > resistência
• Quantidade de água de amassamento
quantidade ideal = 18,6%
• Presença de impurezas ou aditivos
• Aderência: adere bem ao tijolo pedra e ferro (permite a corrosão)
• Isolamento: térmico e acústico e impermeabilidade
p ao ar
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CAL

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CAL
A Cal é o nome genérico dado ao aglomerante
ç
hidráulico resultante da calcinação de rochas
calcárias ou depósitos de esqueletos de animais
(sambaquis) resultando em um óxido de cálcio.
(sambaquis), cálcio

C CO3 + calor
CaCO l → CaO
C O + CO2

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Fabricação

Calcinação em fornos
850oC à 1200oC → formação de óxido de cálcio → CaCO3 + calor → CaO + CO2
CAL VIRGEM ou VIVA

HIDRATAÇÃO → formação de hidróxido de cálcio


CaO + H2O → Ca(OH)2
CAL HIDRATADA (hidratação na fábrica)
CAL EXTINTA (hidratação na obra)

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Aplicação

CAL AÉREA

A mistura de água, areia e CAL HIDRATADA ou a CAL EXTINTA


dão origem à argamassa que em contato com o gás carbônico da
atmosfera rege endurecendo.
Ca(OH)2 + CO2 → CaCO3 + H2O

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Aplicação
• Preparo de tintas alcalinas de alta alvura, atribuindo à pintura
propriedades fungicidas e bactericidas.
• Na construção de estradas, como elemento de estabilização de solos
de baixa capacidade de suporte e como aditivo de misturas
asfálticas,
fálti assegurando
d maior
i l
longevidade
id d ao capeamento t das
d
rodovias
• Na siderurgia e metalurgia,
metalurgia a cal virgem industrial é fundamental
em diversas fases da fabricação do aço, do alumínio e de outros
metais não ferrosos, como cobre, ouro, níquel e zinco.
o Na siderurgia, a cal é empregada como aglomerante na pelotização do minério
de ferro e no processo de sinterização, na dessulfuração de gusa, como
elemento escorificante, protetor de revestimentos refratários em fornos de
aciaria e como lubrificante na trefilaria.
o A metalurgia de alumínio emprega a cal na causticação ou recuperação da
soda cáustica usada na digestão da bauxita

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CIMENTO PORTLAND

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Histórico
“CÆMENTU” do latim → pedra natural de rochedos e não esquadrejada

• 2500 AC → monumentos egípcios a base de gesso calcinado


• 27 AC Panteão em Roma e 79 DC Coliseu → solos de origem vulcânica da ilha
grega de Santorino ou das proximidades da cidade italiana de Pozzuoli
• 1756 o inglês John Smeaton → produto de alta resistência por meio de calcinação
de calcários moles e argilosos.
• 1818, o francês Vicat → mistura de componentes argilosos e calcários →
considerado o inventor do cimento artificial.
• 1824
1824, o construtor
t t inglês
i lê Joseph
J h Aspdin
A di queimou
i conjuntamente
j t t pedras
d calcárias
l ái e
argila, transformando-as num pó fino patenteando o Cimento Portland

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Cimento Portland
Cimento portland é a denominação convencionada
con encionada mundialmente
m ndialmente para o
material usualmente conhecido na construção civil como cimento.
O cimento portland é um pó fino com propriedades aglomerantes,
aglutinantes
l i ou ligantes,
li que endurece
d sob
b ação da
d água. Depois
i de
d
endurecido, mesmo que seja novamente submetido à ação da água, o
cimento portland não se decompõe mais.
Composto essencialmente de silicatos hidráulicos de cálciocom certa
porção de sulfatos de cálcio natural.
O cimento portland foi criado por um construtor inglês,
inglês Joseph Aspdin,
Aspdin que
o patenteou em 1824. Nessa época, era comum na Inglaterra construir com
pedra de Portland, uma ilha situada no sul desse país. Como o resultado da
invenção de Aspdin se assemelhasse na cor e na dureza a essa pedra de
P l d ele
Portland, l registrou
i esse nome em sua patente. É por isso
i que o cimento
i
é chamado cimento portland.

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Cimento Portland
Composição

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Cimento Portland
Composição
A
Atuação:
ã
• Silicato tricálcico – responsável pela resistência mecânica do cimento em
todas as idades
idades, principalmente no 11º mês.
mês Contribui com o calor de
hidratação no início e tempo de pega
• Silicato bicálcico – responsável pela resistência mecânica do cimento em
idades avançadas, principalmente após o 1º ano.
• Aluminato tricálcico – responsável pela resistência mecânica do cimento no
1º dia.
d a.
• Ferro Aluminato de cálcico – não interfere na resistência mecânica do
cimento.
• Aluminato de Cálcio – principal contribuinte com o calor de hidratação no
início da pega e pela rapidez da pega.

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Fabricação
ç
Cimento Portland
O cimento portland é composto de clínquer e de adições.
adições

O clínquer
q
tem como matérias-primas o calcário e a argila, ambos obtidos de jazidas em geral
situadas nas proximidades das fábricas de cimento. A rocha calcária é primeiramente
britada, depois moída e em seguida misturada, em proporções adequadas, com argila
moída A mistura formada atravessa então um forno giratório de grande diâmetro e
moída.
comprimento, cuja temperatura interna chega a alcançar 1450oC. O intenso calor
transforma a mistura em um novo material, denominado clínquer, que se apresenta sob a
forma de pelotas. Na saída do forno o clínquer, ainda incandescente, é bruscamente
resfriado para posteriormente ser finamente moído,
moído transformando-se
transformando se em pó.

As adições
são
ã outras
t matérias-primas
té i i que, misturadas
i t d ao clínquer
lí na fase
f d moagem, permitem
de it a
fabricação dos diversos tipos de cimento portland hoje disponíveis no mercado. Essas
outras matérias-primas são o gesso, as escórias de alto-forno, os materiais pozolânicos e
os materiais carbonáticos.

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Adições
ç
Cimento Portland
O cimento
i portland
l d é composto de
d clínquer
lí e de
d adições.
di

Os materiais pozolânicos
são rochas vulcânicas ou matérias orgânicas fossilizadas encontradas na natureza, certos tipos de
argilas queimadas em elevadas temperaturas (550oC a 900oC) e derivados da queima de carvão
mineral nas usinas termelétricas, entre outros. A reação só vai acontecer se, além da água, os
materiais
i i pozolânicos
lâ i moídos
íd em grãos ã finíssimos
fi í i também
bé forem
f colocados
l d em presença de d mais i
um outro material. O clínquer é justamente um desses materiais, pois no processo de hidratação
libera hidróxido de cálcio (cal) que reage com a pozolana.

Os materiais carbonáticos
são rochas moídas, que apresentam carbonato de cálcio em sua constituição tais como o próprio
calcário Tal adição serve também para tornar os concretos e as argamassas mais trabalháveis.
calcário. trabalháveis

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Adições
ç
Cimento Portland
O cimento portland é composto de clínquer e de adições.
O gesso
Tem como função básica controlar o tempo de pega, isto é, o início do endurecimento do clínquer
moído quando este é misturado com água. Caso não se adicionasse o gesso à moagem do clínquer,
o cimento, quando entrasse em contato com a água, endureceria quase que instantaneamente, o que
inviabilizaria seu uso nas obras.
obras Por isso,
isso o gesso é uma adição presente em todos os tipos.
tipos A
quantidade é em torno de 3% em massa.

As escórias
de alto-forno são obtidas durante a produção de ferro-gusa nas indústrias siderúrgicas e se
assemelham aos grãos de areia. Elas também tem a propriedade de ligante hidráulico muito
resistente, apresentam melhoria de algumas propriedades, como maior durabilidade e maior
resistência final.

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Fabricação
Ci
Cimento
t Portland
P tl d

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Tipos
p
Cimento Portland

Fonte: Associação
ç Brasileira de Cimento Portland

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Tipos
p
Cimento Portland

Fonte: Associação Brasileira de Cimento Portland 30


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Aplicações dos Diferentes tipos

Fonte: Associação Brasileira de Cimento Portland

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Como Identificar

RESISTÊNCIA
CP MECÂNICA
Â
Cimento Portland TIPO COMPOSTO em MPa

I = Comum E = Escória 25; 32; 40MPa


II = Composto Z = Pozolana
III = Alto Forno F = Fíler
IV = Pozolânico
V = ARI
B = Branco
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Cimento Portland curado
“agulhamento”

Cimento Portland CP II-E-32 Cimento Portland CP II-E-32


aos 28 dias de idade - MEV (1.400x) aos 28 dias de idade - MEV (5.000x)
C i t i de
Cristais d Ca(OH)
C (OH)2 e fibrilas
fib il de
d C-S-H
CSH C i t i de
Cristais d Ca(OH)
C (OH)2 e fibrilas
fib il de
d C-S-H
CSH

Foto: Silva, F.J.; Oliveira, M. C.; Machado M.V.S.; Duarte, F. P. e Thaumaturgo, C.


Cimentos Geopoliméricos
Instituto Militar de Engenharia (IME)
Departamento de Engenharia Mecânica e de Materiais – DE/4
Rio de Janeiro - RJ 33
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Tempo de Pega
É o tempo para o início da reação química de
endurecimento da argamassa quando esta é misturada
com água. Momento em que a pasta adquire
consistência e se torna imprópria par ao trabalho.
Após este período a argamassa não adimite mais a
remistura e não pode mais ser utilizada mesmo com o
acréscimo de água. Assim após este período a pasta
deve permanecer em repouso para permitir o
desenvolvimento do endurecimento.

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Controle da Pega
Para controle da pega usa-se aditivos conhecidos com
retardadores e aceleradores de pega.

Retardadores de pega: aumenta o tempo para início


da pega. Ex.: açúcares ordinários, celulose e outros
produtos orgânicos.
Aceleradores de pega: diminui o tempo para início da
pega Ex.:
pega. Ex : cloreto de cálcio e silicato de sódio.
sódio

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Controle da Pega
Na obra pode-se fazer ensaios grosseiros com
pequenas bolas de argamassa submetendo-as ao
esmagamento com o dedo.

Quando esta deixa de ser plástica, considera-se o início da


pega.
Quando esta se esfarinha, considera-se o fim da pega.

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Tempo em Aberto
É o tempo disponível para utilização da argamassa
após ser aberta sobre a base (piso ou parede). Após
este tempo a argamassa perde o seu poder de adesão.

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Cura
Período de endurecimento da argamassa, para que
este atinja a sua resistência máxima. Neste período
um conjunto de medidas que devem ser tomadas para
controlar a evaporação da água de amassamento
utilizada na argamassa aplicada. Esta água é essencial
para a hidratação da argamassa.

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Pasta
Mistura composta por cimento e água.

Argamassas
Mistura composta por cimento agregado miúdo e água e em
alguns casos aditivos.

Concreto
Mistura composta por cimento agregado miúdo, graúdo e água e
em alguns
l casos aditivos.
di i

Aditivos
Produto não indispensável na composição e finalidade de
argamassas e concreto
concreto.
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Tipos de Aditivos para Concreto
1. Melhoria da Trabalhabilidade 6. Expansores.
a. Plastificantes redutores
b. Incorporadores de ar 7. Adesivos.
c. Dispersantes ou fluidificantes
2. Melhoria da Resistência Mecânica 8. Anticorrosivos.
a. Redutores plastificantes
3
3. Melhoria da Resistência em condições 9. Corantes, Fungicidas,
especiais Germicidas e Inseticidas.
a. Incorporadores de ar
4. Modificadores do Tempo de pega
a. Retardadores
b. Aceleradores
5. Impermeabilizantes
a. Repelentes à absorção capilar
b
b. Redutores de permeabilidade

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Tipos de Argamassa quanto à
aplicação

Cada tipo
p de emprego
p g exige g diferentes características
e propriedades, correlatas aos materiais empregados.

Argamassa de assentamento

Argamassa de revestimento

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Argamassa de Assentamento
As argamassas de assentamento devem ser preparadas
para unir blocos, tijolos, pedras, azulejos e pisos
cerâmicos.
Devem ter boa trabalhabilidade, durabilidade e
aderência aos blocos, além de resistência mecânica e
retenção de água compatível com os materiais
empregados na alvenaria.
Podem ser preparadas no local ou industrializadas.

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Argamassa de Revestimento
As argamassas de revestimento, que têm a função de
cobrir as alvenarias, devem proporcionar um
acabamento
b t adequado
d d àsà superfícies,
fí i protegendo-as
t d
de ações externas, como as intempéries, e
proporcionando conforto termoacústico.
termoacústico Devem
apresentar resistência mecânica aos impactos e
resistência à umidade e agentes agressivos, além de
oferecer boa aderência e estar livres de fissuras,
bolhas etc.

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Os tipos de revestimento podem ser agrupados de acordo com as camadas
de aplicação: (NBR 7200).

Chapisco: Promove a retenção das camadas posteriores. Espessura de 3 a 5mm.

Emboço: Revestimento de base. Espessura de 15 mm.

Reboco: Revestimento final. Espessura de 5mm no máximo.

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Argamassas Industrializadas

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Argamassas Industrializadas
As argamassas industrializadas começaram a ser produzidas
no Brasil na década de 90. Atualmente, há mais de 30 tipos
diferentes de argamassas industrializadas, indicadas para
diversas utilizações, tais como contrapisos, revestimentos
internos e externos,
externos assentamento de cerâmicas e alvenaria,
alvenaria
decoração e texturas, entre outros.
Constituída de aglomerantes hidráulicos,
hidráulicos agregados minerais
miúdos e aditivos em estado seco e homogêneo, onde o
usuário somente necessita adicionar água nas quantidades
indicadas.

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Uso de Argamassa Industrializada
VANTAGENS
Baixa retração.
Presença de aditivos plastificantes aumenta a adesão e a
ductilidade do material curado.
Dispensa a imersão prévia da peça cerâmica porosa em água.
Aumento da produtividade da mão-de-obra.

DESVANTAGENS
Custo absoluto elevado

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Tipos
p de Argamassa
g Colante
AC I
Argamassa com características de resistência às solicitações típicas de cerâmica em
áreas internas para formatos menores que 45x45cm, em pisos ou parede, com
exceção daquela aplicadas em áreas especiais, como saunas, churrasqueiras, estufas
e outros.
t

AC II
Argamassa com características de resistência às solicitações em áreas externas para
formatos menores que 45x45cm com absorção d’água entre 3 e 6%, em pisos ou
parede. Indicada para revestimentos cerâmicos de fachadas com formatos de até
20x20cm ou limitados à altura de 3,0m para formatos maiores. Indicada também
para revestimentos
ti t ded piscinas
i i residenciais
id i i nãoã aquecidas.
id Possui
P i propriedades
i d d que
diminuem as interferências de temperatura e umidade típicas do trabalho ao ar livre.

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Tipos
p de Argamassa
g Colante
AC III
Indicada para condições de alta exigência. Possui alta adesividade e flexibilidade.
C â i
Cerâmicas e porcelanatos
l t em fachadas
f h d com formatos
f t de d até
té 45x45cm,
45 45 mármores
á e
granitos em fachadas com formatos de até 40x40cm, cerâmicas e porcelanatos em
pisos internos de alto tráfego e paredes internas com formatos de até 60x120cm,
saunas úmidas e pisos aquecidos até 70º C e sobreposição de revestimentos em
pisos
i i
internos e exeternos e paredes
d externas com formatos
f d atéé 60x120cm.
de 60 120

AC III-E
Indicada para condições de alta exigência
e igência como materiais especiais e grandes
formatos calibrados com espessura até 2,0cm. Possui alta adesividade e
flexibilidade. Com as mesmas indicações da AC III com limitação da espessura e
com tempo em aberto estendido.

ESPECÍFICA
Indicada para todos os ambientes especiais como saunas, piscinas, estufas, etc., ou
para revestimentos especiais como mármores e granitos,
granitos ardósia,
ardósia vidros e outros de
acordo com a especificação da embalagem.
Indicada para condições especiais promovendo leves impermeabilizações, secagem
rápida e outros.

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Preparo da Argamassa

Mi t
Mistura mecânica
â i

Haste Misturador

Fotos: Guia Weber 2012


Mistura manual
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Aplicação da Argamassa - Ferramentas

Fotos: Guia Weber 2012

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Aplicação da Argamassa - Ferramentas

Fotos: Guia Weber 2012

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Aplicação da Argamassa

Foto: Guia Weber 2012


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Aplicação da Argamassa

Retire o engobe do tardóz da cerâmica.

Nunca molhe a
cerâmica quando
trabalhar com
argamassas
industrializadas
industrializadas.
Fotos: Guia Weber 2012
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Aplicação
p ç da Argamassa
g

Fotos: Guia Weber 2012

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Aplicação da Argamassa

Fotos: Guia
otos Gu a Weber
ebe 2012
0

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Tempo de Pega

É o tempo para o início da reação química de


endurecimento da argamassa quando esta é
misturada com água.água Após misturada a
argamassa deve ser deixada em repouso por
aproximadamente 15 min e somente depois ser
p
remisturada e aplicada

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Tempo de Utilização

É o tempo durante o qual a argamassa pode ser


utilizada após a sua mistura com água. Após
este período a argamassa não pode mais ser
utilizada mesmo com o acréscimo de água.

Em torno de 2h e 30min,
30min dependendo do tipo de
argamassa e das condições do ambiente.

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Tempo em Aberto

É o tempo disponível para utilização da


argamassa após ser aberta sobre a base (piso
ou parede).
parede) Após este tempo a argamassa
perde o seu poder de adesão.

Em torno de 15min,
15min dependendo do tipo de
argamassa e das condições do ambiente.

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Juntas de Movimentação

Guia Weber 2012

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Juntas de Movimentação
concreto
t / alvenaria
l i

emboço

L/2
limitador de
profundidade

selante

O valor de “L” e
especificado pelo
fabricante do selante

Guia Weber 2012


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Juntas de Movimentação

Marcar posição e espessura das Executar dois cortes com a Remova a argamassa entre os
juntas conforme o projeto e serra mármore (Maquita) cortes.
especificação. atingindo a base.
Fotos: Guia Weber 2012

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Juntas de Movimentação

Fotos: Guia Weber 2012

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Juntas de Movimentação

J t de
Junta d Movimentação
M i t ã Junta de Dilatação

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Preparo das Juntas de Dilatação

Correto Errado
Guia Weber 2012

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Preparo das Juntas de Dilatação
No máximo 1 hora após o
assentamento das placas:

• Remova a argamassa
colante existente nas
juntas de assentamento.

• Limpe a superfície das


placas com esponja limpa
ou úmida
ú id ou pano grosso.

Fotos: Guia Weber 2012 66


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Cuidados com áreas recém terminadas

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Argamassa de Rejuntamento
Argamassas de rejuntamento são aplicadas em paredes de
azulejos e pisos cerâmicos com a função de apoio e proteção
das arestas das peças e vedação dos espaços presentes entre
estas. Indicadas para juntas de 2 à 20mm.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
• Baixa permeabilidade
• Estabilidade de cor
• Capacidade de absorver deformações
• Fácil de limpar

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Larguras de rejunte estabelecidas para
pparedes internas ((NBR 8214))

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Patologias,Causas e Manutenção

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Eflorescência
A eflorescência é a capacidade de certos materiais de libertarem
umidade no ambiente.
ambiente Caracterizada pelo aparecimento de manchas
de umidade, pó branco acumulado sobre a superfície.
Causas p prováveis: umidade constante
ou infiltração, sais solúveis presentes
no componente da alvenaria, sais
solúveis presentes na água de
amassamento, cal não carbonatada.
Reparo: eliminação da infiltração de
umidade secagem do revestimento,
umidade, revestimento
escovamento da superfície, reparo do
revestimento se estiver pulverulento.

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Descolamento em placas duras
Placas endurecidas
Pl d id que quebram
b com dificuldade.
difi ld d SobS b percussão,
ã
o revestimento apresenta som cavo.
á i superfície
Causas prováveis:
C fí i de
d contato com a camada d inferior
i f i
apresenta placas de mica, argamassa muito rica em cimento ou
aplicada
ap cada eem ca
camada
ada muito
u to espessa. Em out
outros
os casos, a supe
superfície
ce
da base é muito lisa ou está impregnada com substância
hidrófuga, ou ainda a camada de chapisco está ausente.
Reparo: renovação dod revestimento
i para o primeiro
i i conjunto
j d
de
causas. Apicoamento da base, aplicação de chapisco ou outro
artifício para melhorar a aderência, antes da renovação do
revestimento, no segundo caso.

73
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Descolamento com pulverulência
Película de tinta se descola arrastando o reboco que se desagrega com
f ilid d revestimento
facilidade, i monocamada d se desagrega
d com facilidade,
f ilid d
reboco apresenta som cavo.
Causas prováveis: excesso de finos no
agregado, argamassa magra, argamassa rica em
cal,
l reboco
b aplicado
li d em camadad muito
it espessa.
Reparo: renovação
da camada de
reboco.

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Fissuras geométricas
Acompanham o contorno do
componente da alvenaria.
Causas prováveis: argamassa de
assentamento com excesso de cimento
ou finos no agregado, movimentação
higrotérmica do componente,
espessura muito grande da argamassa
ou excesso de água na argamassa.
Reparo: reparo das fissuras.
fissuras

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Dosagem de Água
A falta ou excesso de água prejudica a boa aderência das
argamassa e a sua trabalhabilidade, gerando patologias.

Fotos: Guia Weber 2012

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Falta de junta de
movimentação

Junta de Dilatação
Cerâmica soltando por falta
J t de
Junta d Movimentação
M i t ã
de juntas de movimentação.

SOLUÇÃO : Reforma
R f com
junta de movimentação.

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O
Outros Ti
Tipos de
d Argamassa
A

A
Argamassa B i d
Baritada

Argamassa Expansiva

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Argamassa Baritada
Composto
C t homogêneo,
h ê especial
i l para proteção
t ã radiológica,
di ló i com
certificado emitido pelo IPEN. A argamassa baritada, também
conhecida como BARITA, tem formulação exclusiva,
específica
ífi como revestimento
ti t protetor
t t em salas
l ded radiologia,
di l i
sendo fornecida em embalagens de 25kg, acondicionada em
sacos multifolhas e pronta para uso, bastando adicionar água e
aplicar
li sobre
b a superfície
fí i da
d parede d ou piso.
i O local
l l de
d
aplicação devera ser livre de gorduras e de outros elementos
que prejudiquem a aderência. As paredes deverão estar
regularizadas e chapiscadas (1:3) ou sarrafeadas. Após a
aplicação e cura(3 a 4 dias) pode-se dar acabamento.
Permite acabamento liso, necessitando apenas uma leve
camada de regularização com massa corrida e pintura látex ou
a óleo.

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Argamassa Expansiva

Material com aplicação em processos de extração de blocos de


rochas
h e minerais.
i i

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Argamassa Expansiva
Tem-se conhecimento de trabalho desenvolvido pelo DEMIN-UFOP em
que se verifica
ifi o “Emprego
“E d Argamassa
de A E
Expansiva
i e Termoconsolidação
T lid ã
de Peças de Cantaria”.(Rev.. EM vol.56 n°3jul/sept . 2003)

Vista do bloco
de quartzito
após a evolução
do plano de
fratura: 20 hora
(Foto de A. Liccardo).

Operação de carregamento
dos furos com a argamassa
expansiva
i (foto
(f t de
d A.
A Liccardo).
Li d )
81
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Bibli
Bibliografia
fi
• Rev. EM vol.56 n°3jul/sept . 2003
• MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO; L.A.Falcão Bauer; LTC – v.1 e 2 – 5ª edição
revisada – 2000.
• GUIA WEBER 2012; Saint-Gobain do Brasil Produtos Industriais e para
Construção Ltda.

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