– a gravimetria: cuida da determinação da atração gravitacional nos
pontos da superfície da Terra usando os chamados gravímetros, com o objetivo de identificar contrastes de densidades rochosas no subsolo, que ocasionam alterações na aceleração da gravidade medida na superfície.
– a magnetometria: trata-se de um dos métodos mais versáteis, tanto na
facilidade e rapidez quanto pelo custo mais baixo para o levantamento de campo, embora seja complexo no manuseio. Esta técnica detecta anomalias magnéticas no campo terrestre e possui grande usabilidade na prospecção mineral. Dentre as áreas de atuação estão: exploração de petróleo, avaliação de espessuras em bacias, prospecção direta de minerais magnéticos; água subterrânea e em fraturas, espessura de sedimentos, obras de engenharia entre outros.
– a radiometria: zela pela distribuição dos elementos químicos com
radioatividade na superfície terrestre e leituras de radiação gama vindas das rochas, principalmente a detecção de urânio, tório e potássio.
– o paleomagnetismo: o meio gravitacional terrestre é muito investigado
e esta ciência ou método consiste em utilizar instrumentos sensíveis capazes de determinar a intensidade e a direção de magnetização das rochas do tipo magnetita e ferro, apresentando esta ação magnética muito forte ou não, que por sua vez irá cuidar da identificação de depósitos minerais e de sua prospecção.
Métodos Geofísicos eletromagnéticos para a
prospecção mineral De acordo com o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP), estes métodos geofísicos são utilizados largamente por geofísicos a fim de investigar as possíveis variações nas propriedades elétricas e eletromagnéticas, como resistividade, permeabilidade magnética e permissividade elétrica, de todos os materiais existentes abaixo da superfície da Terra. Tais variações podem ser oriundas de corpos geológicos surgidos naturalmente na superfície, como mineralizações e camadas aquíferas, ou mesmo produtos usados por ação humana, como dutos metálicos, poluentes, artefatos arqueológicos etc.
– eletromagnéticos: baseia-se na propagação de campos
eletromagnéticos de baixa frequência, quer acima ou abaixo da superfície. Muito usado na exploração mineral;
– polarização induzida: permite investigar a ocorrência de trocas iônicas
que se processam na superfície dos grãos metálicos, basicamente utilizado na exploração de sulfuretos;
– eletrorresistividade: o método gera informações sobre camadas na
Terra que possuam anomalias na sua condutividade elétrica. O estudo de águas subterrâneas faz uso desse método;
– magnetotelúrico: usa as correntes naturais da Terra (campos
magnéticos alternos) que induzem correntes quando atravessam os materiais condutores do solo;
– potencial espontâneo: detecta a presença de minerais específicos que
reagem com eletrólitos presentes no solo e que dão origem a potenciais eletroquímicos.
Segundo especialistas da Sociedade Brasileira de Geofísica (SBGf), a
geofísica é, hoje, um recurso necessário a qualquer interesse de exploração, principalmente para o Brasil, na exploração de minério de ferro como faz a gigante brasileira Vale. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), por exemplo, trabalha com os métodos geofísicos visando à descoberta de minerais de seu interesse, como estanho, calcário e dolomita, mas sempre mantendo profissionais de sua confiança na tarefa de acompanhar todo o processo, da fiscalização à coleta de dados. À medida que os anos avançam e as tecnologias seguem os passos da contemporaneidade, a geofísica avança junto ganhando mais força no cenário em que se desenha no Brasil e no mundo, na indústria da mineração.
E o mercado está antenado a essas inovações e avanços com vistas à
redução significativa do risco exploratório pela utilização de métodos geofísicos como a magnetometria e a gamaespectrometria, que são capazes de otimizar ainda mais o mapeamento geológico, fornecendo dados mais apurados e confiáveis.
O Governo brasileiro investiu em 2004 mais de 105 milhões de dólares nos
projetos geofísicos com vistas às melhorias na exploração de minerais no território nacional. Em 2014, o valor investido, com parceria da Companhia Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), foi de mais de 465 milhões de reais, com foco avanço no conhecimento geológico, a retomada do ciclo de geração de jazidas minerais, entre outras iniciativas relevantes.