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ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PARA ANALISTA JUDICIÁRIO E

TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA


EXERCÍCIOS - CNJ
PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

Aula 1 – 2.7 Características das organizações formais modernas:


tipos de estrutura organizacional, natureza, finalidades e
critérios de departamentalização; 2.8 Liderança; Vale a Pena
Estudar de Novo.

Olá pessoal, o que acharam da aula demonstrativa? Alguma crítica? Alguma


sugestão? Algum elogio? Alguma questão existencial? Alguma dúvida? Não se
esqueçam de usar o fórum para tirar dúvida sobre as aulas.

Agora vamos que vamos que no dia da prova você tem que chegar convicto e
usar o Roberto Carlos para gabaritar e sair com vaga. O pensamento do
candidato deve ser assim:

• “Sabe quem vai acertar toda a prova hoje?”

A autoconfiança é fundamental e aguentar as piadinhas que não tem graça do


Professor faz parte do processo.

2.8 Liderança
1) (CESPE ANCINE 2012) Com referência à gestão de pessoas nas
organizações, julgue o item a seguir.

As lideranças transformacional e transacional assemelham-se quanto


ao estilo comportamental do líder, sendo elemento comum dessas
abordagens a capacidade de adequação do comportamento de
liderança ao contexto.

Que tal definirmos liderança? Liderança é a utilização da capacidade própria de


influenciar o comportamento dos outros, ou seja, um líder é aquele que
consegue convencer seus pares a acompanharem seus ideais, suas propostas,
etc. O líder deve possuir a habilidade de motivar os seus seguidores a
atingirem determinados objetivos.

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Vejamos a abordagem objeto da questão, que foi trazida pelo autor Burns:

Transacional: baseada na legitimação da autoridade dentro de uma estrutura


burocrática, em que há uma relação de troca entre líder e liderado. Assim, há
um relacionamento que envolve o estabelecimento de metas, a determinação
de tarefas a serem desenvolvidas, as possíveis gratificações e punições
oriundas do alcance ou não dos resultados, etc. Nessa liderança, vale a
máxima “te dou isso se você fizer aquilo”.

Transformacional: nessa liderança, devemos falar em motivação, em


comprometimento. O sentimento gerado na relação entre líder e liderado é de
justiça, com a relação baseada na lealdade, na confiança. Essa liderança vai
além da simples realização baseada em metas. A novidade aqui é a
transformação que o líder, junto com sua equipe, consegue imprimir na
empresa. A base da liderança transformacional está em 4 fatores: carisma
(personalista), inspiração, estímulo intelectual e consideração individualizada.

A questão já começa errada ao afirmar que os dois estilos trazem


comportamentos semelhantes de líder. De maneira alguma, não é? O líder
transacional comporta-se de acordo com o que o subordinado entrega de
resultado. Já o líder que busca a transformação possui comportamento
baseado na confiança, na vontade de transformar seus liderados.

Além disso, essa abordagem não se baseia em contexto, em situações. Não


estamos falando aqui de lideranças contingenciais, que agem de acordo com a
situação. Essas lideranças (transformacionais e transacionais) estão baseadas
no comportamento/estilo que cada perfil de líder pode ter.

Gabarito: E

2) (CESPE MPU 2010) A comunicação constitui atividade que demanda


grande parte da atenção de quem ocupa cargo gerencial.

Segundo Mintzberg, há três papéis dos gerentes (pessoas que ocupam cargos
gerenciais):

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Papéis • gerente é o chefe


interpessoais • é líder

• gerente é o monitor
Papéis de • disseminador
informação • porta-voz (comunicação)

• gerente é o empreendedor
Papéis de • solucionador de problemas
decisão • negociador

De fato, todos esses papéis são fundamentais para os gerentes e demandam


tempo em suas rotinas. Dentro do papel de informar, está atividade de
comunicação, fundamental para o líder exercer a sua função de maneira
adequada.

Gabarito: C

3) (CESPE MPE-PI 2012) Acerca de objetivos, desafios e características


da gestão de pessoas e de comportamento organizacional, julgue o
próximo item.

A liderança contemporânea é caracterizada pela capacidade de o líder


conduzir a equipe na direção de objetivos sob a autoridade do cargo.

Esse tipo de questão tem sido bastante recorrente. É bom ficar atento para as
definições atuais (contemporâneas) de líder/liderança.

Antigamente, o líder baseava seus atos na sua autoridade. Autoridade,


segundo Chiavenato, é “o direito formal e legítimo de tomar decisões, dar
ordens e alocar recursos para alcançar objetivos organizacionais desejados”.

No entanto, além desse tipo formal de liderança conhecido e de fácil percepção


de todos, existe outro aspecto que demonstra presença de liderança em
empresas: o espontâneo, formado por pessoas que assumem papel de líder
informalmente. Por isso, a questão está errada ao “cravar” a necessidade da
autoridade do cargo.

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Os líderes modernos atuais não precisam usar necessariamente da autoridade


do cargo para liderar. Eles precisam buscar a confiança da sua equipe para o
cumprimento dos objetivos da organização, ajudando também no alcance dos
objetivos pessoais dos seus liderados, caso esses sejam compatíveis com o
que a empresa espera.

Vejam que a definição que coloquei na primeira questão já mataria esse item
também:

• Liderança é a utilização da capacidade própria de influenciar o


comportamento dos outros, ou seja, um líder é aquele que consegue
convencer seus pares a acompanharem seus ideais, suas propostas, etc.
O líder deve possuir a habilidade de motivar os seus seguidores a
atingirem determinados objetivos.

Sobre esse tema, apresento a abordagem de Likert, que identifica quatro


sistemas de organizações. Vejamos:

• Sistema autoritário coercitivo: marcado pela arbitrariedade, rigidez,


possui forte controle, pouca comunicação. Geralmente, está presente em
empresas com mão-de-obra intensiva e não especializada, com pouca
tecnologia.
• Sistema autoritário benevolente: apesar de impositivo, é um pouco
condescendente, menos rígido. Presença, mesmo que pequena, de
consulta, delegação e recompensas (junto com ameaças). Presente em
empresas mais industriais com certa tecnologia (pouca), com mão-de-
obra um pouco mais especializada.
• Sistema consultivo: mais participativo, pouca arbitrariedade. Há
discussão para a definição dos objetivos e tarefas. Presença de
comunicação de baixo para cima (do subordinado ao chefe).
Caracterizado pela motivação dos funcionários, mas, uma vez que é mais
participativo, acaba sendo um sistema mais lento nas decisões. Sistema
típico do ramo de serviços e de empresas industriais mais organizadas.
• Sistema participativo: sistema democrático, com participação de todos
na tomada de decisão. A comunicação ocorre em todos os sentidos,
havendo forte motivação. Há um sentimento de segurança coletiva e de
interdependência. Típico de empresas com forte tecnologia, com pessoal
especializado e tarefas complexas.

Gabarito: E

4) (CESPE ANEEL 2010) As lideranças situacionais surgem como


resultado de nomeações para ocupação de cargos de chefia.

Não existe essa relação. O que advém da ocupação de cargos de chefia são as
lideranças estritamente formais. A liderança situacional surge em um contexto

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de necessidade de adaptação a pessoas e a situações. É a necessidade de


encontrar a melhorar maneira de liderar em cada momento específico.

Vamos entender um pouco como são essas lideranças situacionais e como


eram as teorias anteriores a esse foco contingencial. As anteriores primeiro:

Teoria dos traços

Segundo essa teoria, a liderança é considerada como algo inerente ao ser


humano, ou seja, ou você nasce com ela ou não.

Vejamos as características inerentes:

• Fatores físicos (altura, estilo da voz): tem a ver com características


físicas de cada um;

• Habilidades (inteligência, fluência verbal): facilitam a obtenção de


liderança;

• Personalidade (moderação, autoconfiança): geram aceitação ou não de


um líder pelos liderados.

Teoria dos estilos

Conforme o próprio nome, essa teoria destaca diferentes estilos de se liderar.


Vejamos os tipos:

Autocrática (autoritária; diretivo): significa “o poder para si próprio”. É


típico de uma liderança exercida pelos monarcas, principalmente na época do
absolutismo. As decisões do líder são tomadas de forma isolada, sem qualquer
consulta ou participação de terceiros.

Nesse aspecto, todas as rotinas, as divisões de tarefas, etc, são definidas


unilateralmente. O líder é voltado para as tarefas.

Liberal (rédea solta; laissez-faire, que significa “deixar fazer” ou


“deixar passar”): é exatamente o extremo da autocrática. Aqui, o líder
possui o mínimo de participação. É a equipe do líder (liderados) que detém
autonomia nas decisões.

Democrática (participativa; consultiva): a equipe é estimulada a


participar, apesar de o líder agir ativamente, direcionando e estimulando os
liderados na tomada de decisão. O gestor lidera voltado para as pessoas e não
para as tarefas como faz o diretivo (autoritário).

Vejam uma escala de participação dos liderados nas 3 formas de liderança:

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- Participação dos liderados +

Autocrático Democrático Liberal

Agora vamos entrar nas lideranças situacionais.

O importante, para essa teoria, é o contexto, a situação. Nesse sentido, é


preciso considerar, para cada caso, os atributos do líder, da equipe e da
situação. O tipo de liderança ideal vai depender dos eventos.

Principais teorias situacionais:

Teoria Contingencial de Fiedler (LPC – least preferred co-worker – colaborador


menos preferido) – dois fatores são determinantes para o desempenho do
grupo: maneira como o líder interage com a equipe e o grau em que a situação
gera controle e influência ao líder.

Há, segundo essa teoria, 3 variáveis importantes: relação entre líder e


membros do grupo (confiança e respeito), estrutura da tarefa (procedimentos,
definição de metas) e posição de poder do líder (grau de poder e influência).

Teoria de Hersey e Blanchard – nesse modelo, tido como um dos mais


conhecidos, a liderança situacional baseia-se em duas variáveis:
comportamento do líder e maturidade dos seus subordinados. Essa maturidade
relaciona-se ao desempenho das tarefas, com a aceitação das
responsabilidades impostas.

Na verdade, segundo essa teoria de liderança situacional, temos que nos


preocupar com a variável "estilo do líder", a variável "maturidade do liderado",
além da variável "ambiente", já que estamos falando de situações.
A maturidade pode ser definida como a capacidade que as pessoas têm de
assumir a responsabilidade de dirigir seu próprio comportamento, ou seja, de
cumprir os deveres sem ter que receber ordens e sem precisar ser "vigiado".

Grid de Liderança – também chamado de Managerial Grid (termo em inglês),


esse modelo de liderança foi desenvolvido por Blake e Mouton. O Grid
identifica 5 estilos diferentes de liderança baseados na preocupação com as
pessoas e na preocupação com a produção (realização de tarefas/atividades).

Como é representado o modelo? O modelo é demonstrado a partir de uma


grade, com preocupação para a produção (eixo X) e com preocupação para as

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pessoas (eixo Y). Cada eixo varia de 1 (baixo) a 9 (alto). Os estilos de


liderança resultantes são as seguintes:

Casa 1.1 - Baixo interesse pelas pessoas (1) e baixo interesse pela
produtividade (1), chamada de administração nula ou empobrecida.

Casa 1.9 – Alto interesse pelas pessoas (9) e baixo interesse pela
produtividade (1), chamada de administração de clube ou de festa.

Casa 9.1 - Baixo interesse pelas pessoas (1) e alto interesse pela
produtividade (9), é a administração com base na autoridade e na obediência,
também chamada de administração do chicote.

Casa 5.5 - Médio interesse pelas pessoas (5) e médio interesse pela
produtividade (5), chamada de administração do meio do caminho.

Casa 9.9 - Alto interesse pelas pessoas (9) e alto interesse pela produtividade
(9), chamada de administração da equipe.

Veja a figura.

Alto 9 1.9 9.9


8
interesse para pessoas

7
6
5 5.5
4
3
2
Baixo 1 1.1 9.1
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Baixo interesse para produtividade Alto

Gabarito: E

5) (CESPE STJ 2012) Julgue os itens subsecutivos, relativos a poder e


liderança nas organizações.

A teoria da liderança transformacional baseia-se em traços de


personalidade.

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De maneira alguma. Tá louco, examinador????

Transformacional: nessa liderança, devemos falar em motivação, em


comprometimento. O sentimento gerado na relação entre líder e liderado é de
justiça, com a relação baseada na lealdade, na confiança. Essa liderança vai
além da simples realização baseada em metas. A novidade aqui é a
transformação que o líder, junto com sua equipe, consegue imprimir na
empresa. A base da liderança transformacional está em 4 fatores: carisma
(personalista), inspiração, estímulo intelectual e consideração individualizada.

Traços são aspectos inerentes, são características específicas que, na visão dos
teóricos de antigamente, determinavam quem seria um líder e quem não seria.

Vejamos as características:

• peso
fator físico • altura
• tipo de voz

• inteligência
habilidades • escolaridade
• fluência verbal

• moderação
• autoconfiança
personalidade • sensibilidade

Gabarito: E

6) (CESPE STJ 2012) Nas organizações, tanto as características


individuais quanto as condições organizacionais referentes às
interações entre líder e liderado ou supervisor e subordinado
determinam o exercício do poder.

O poder deve ser visto como a possibilidade de decidir, a situação de posição


de privilégio em relação à outra parte.

No contexto organizacional, no início, o poder é centralizado nas mãos dos


fundadores/proprietários. À medida que a empresa cresce, o poder vai
migrando, vai se descentralizando. Além da descentralização, a influência
externa passa a acontecer.

A partir daí, podemos ver que as condições organizacionais determinam o


exercício do poder. A alteração do tamanho da organização, por exemplo, é
uma condição organizacional.

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As características individuais também são determinantes do poder. Vejamos:

Mintzberg identifica 5 bases de poder. Essas bases demonstram como os


indivíduos exercem poder na organização, que depende deles para a sua
sobrevivência.

Vejamos as bases:

1. recursos;

2. habilidade técnica;

3. corpo de conhecimento importante para a organização (competência);

4. prerrogativas legais, que garantem o exercício do poder formal (chefes);

5. acesso privilegiado das pessoas as outras bases.

Mintzberg (mais uma vez ele) trata dos grupos de poder nas organizações, que
se relacionam às bases:

1. recompensa e coerção: com base nas prerrogativas legais e no controle


dos recursos, habilidades e competências;

2. legítimo (formal): com lastro na posição que a pessoa ocupa em uma


estrutura, baseada nas prerrogativas legais;

3. experiência: baseado na competência e nas habilidades;

4. referente: identificação por certas pessoas, tidas como modelos.

Para BOWDITCH e BUONO (2006), as pessoas podem exercer poder com base
nos seguintes fatores:

• capacidade de lidar com incertezas: enfrentar as incertezas que


aparecem na rotina de trabalho.

• Substitubilidade: dificuldade de ser substituído por outro, gerando poder


à pessoa que não é substituída.

• Centralidade organizacional: quanto mais centralizado, maior o poder.

• Interdependência do papel e da tarefa: se uma atividade depende de


outra pessoa, esse segundo indivíduo tem controle sobre o primeiro.

Gabarito: C

7) (CESPE STJ 2012) Se uma pessoa exerce influência sobre outra por
saber fazer o trabalho de forma exemplar, então, nesse caso, a relação
de poder entre ambas baseia-se na referência que uma é para a outra.

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A questão peca ao misturar poder de referência e poder de competência.


Vejamos:

Mintzberg trata dos grupos de poder nas organizações, que se relacionam às


bases:

1. recompensa e coerção: com base nas prerrogativas legais e no controle


dos recursos, habilidades e competências;

2. legítimo (formal): com lastro na posição que a pessoa ocupa em uma


estrutura, baseada nas prerrogativas legais;

3. experiência: baseado na competência e nas habilidades;

4. referente: identificação por certas pessoas, tidas como modelos.

Observando as bases de poder 3 e 4, podemos concluir o seguinte:

• poder de competência (experiência): a influência se dá pelo saber fazer o


trabalho
• poder de referência: identificação com pessoas tidas como carismáticas.

Gabarito: E

8) (CESPE STJ 2012) Os enfoques comportamental e contingencial


enfatizam os comportamentos do líder. A liderança, sob esses
enfoques, relaciona-se à adoção, pelo líder, de comportamentos tidos
como adequados.

Sim, ambos os enfoques possuem ênfase no comportamento.

Se por um lado na liderança comportamental os líderes transformacionais ou


transacionais atuam (comportam-se) de acordo com determinados aspectos, o
líder situacional (contingencial) comporta-se de acordo com o contexto. Ou
seja, para cada tipo de comportamento ou contexto, há modos mais
adequados de se agir.

Gabarito: C

9) (CESPE STJ 2012) Teorias baseadas em traços de personalidade


visam determinar as características pessoais de bons líderes.

Questão certa e bem fácil. Alguns candidatos ficaram descontentes com a


expressão “bons líderes”. Pessoal, prestem a atenção no seguinte: devemos
sempre dançar conforme a música. A hora é agora, como diz o Faustinho
(antigo Faustão).

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Coloquei a foto do homem só para acordar quem estava meio sonolento aí.

As questões trazem premissas que devemos segui-las. No caso em questão,


mesmo sabendo que bons líderes, nos conceitos modernos/atuais, são aqueles
que possuem a habilidade de motivar os seus seguidores a atingirem
determinados objetivos, devemos cravar a assertiva como correta.

Qual é o motivo, professor? O examinador não quer saber o que é um bom


líder atualmente, ele quer saber o que é um bom líder de acordo com a teoria
dos traços. E essa teoria está de fato baseada nas características pessoais, ok?

Teoria dos traços

Segundo essa teoria, a liderança é considerada como algo inerente ao ser


humano, ou seja, ou você nasce com ela ou não.

Vejamos as características inerentes:

• Fatores físicos (altura, estilo da voz): tem a ver com características


físicas de cada um;

• Habilidades (inteligência, fluência verbal): facilitam a obtenção de


liderança;

• Personalidade (moderação, autoconfiança): geram aceitação ou não de


um líder pelos liderados.

Gabarito: C

10) (CESPE TJ-ES 2011) De acordo com os estudos clássicos a respeito


de estilos de liderança, administrador que conduz seus subordinados
por meio de liderança liberal obtém produtividade superior à obtida
por aquele que adota liderança autocrática, em razão da criatividade e
da inovação geradas.

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Se levarmos em conta o modo de pensar atual em relação ao tema,


poderíamos até pensar em marcar a assertiva como correta. Hoje em dia, o
enfoque é muito mais humano e a flexibilidade é um fator que contribui para a
criatividade e a inovação.

No entanto, a questão citou “estudos clássicos”, ou seja, estudos tradicionais,


antigos. De acordo com os primeiros teóricos, o líder autocrático é que
consegue extrair maior produtividade dos seus liderados, por meio do controle
excessivo das atividades.

Autocrática (autoritária; diretivo): significa “o poder para si próprio”. É


típico de uma liderança exercida pelos monarcas, principalmente na época do
absolutismo. As decisões do líder são tomadas de forma isolada, sem qualquer
consulta ou participação de terceiros.

Nesse aspecto de liderança autocrática, todas as rotinas, as divisões de


tarefas, etc, são definidas unilateralmente. O líder é voltado para as tarefas.

Gabarito: E

11) (CESPE BASA 2010) Na atualidade, inexiste situação que comporte


a aplicação da liderança autocrática no âmbito de uma organização,
pois essa é uma teoria sem aplicabilidade prática.

O aspecto situacional é claro: qualquer tipo de liderança se encaixa em uma


determinada situação. Não há como descartar um estilo ou outro.

Gabarito: E

12) (CESPE EBC 2011) Liderança é a habilidade de influenciar pessoas,


dirigir seu comportamento em direção ao alcance de objetivos e
metas, podendo ser orientada para pessoas e também para tarefas.

De fato, ser líder é saber influenciar pessoas e o seus comportamentos para


que elas contribuam para o alcance dos objetivos organizacionais.

De acordo com o que vimos, é possível que o líder se oriente para pessoas ou
para tarefas, o que irá depender da maturidade dos liderados.

Gabarito: C

13) (CESPE EBC 2011) Em uma organização, existem, basicamente,


três estilos de liderança: o autocrático, voltado para o líder; o
democrático, voltado para o líder e o subordinado; e o liberal, voltado
para o subordinado.

É isso mesmo. O líder autocrático é centralizador, traz tudo para si. O líder
democrático trabalha junto com o subordinado, como uma parceria. O líder
liberal deixa o subordinado atuar com total autonomia.

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Gabarito: C

Considerando os conceitos de liderança expostos no texto acima,


julgue os itens que se seguem.

14) (CESPE EBC 2011) O líder deve despertar virtudes pessoais em


cada indivíduo e apontar um norte para a direção dos esforços do
grupo.

Na burocracia, temos uma hierarquia rígida, com cargos bem definidos. A


partir daí, visualizamos os chefes da organização, ou seja, os líderes formais.

Apesar disso, existem líderes informais na organização. São pessoas que, de


forma espontânea, emergem como líderes.

A grande virtude de um líder é fazer as pessoas cumprirem os objetivos


organizacionais. Para isso, é preciso que ele consiga estimular o potencial de
cada um para otimizar os esforços do grupo.

No âmbito das organizações, a liderança se faz presente de maneira formal,


pelos escolhidos para exercer cargos de confiança (chefias). Além dessa forma
conhecida e de fácil percepção de todos, existe outro aspecto que demonstra
presença de liderança em empresas: o espontâneo, formado por pessoas que
assumem papel de líder informalmente.

Vamos exemplificar: Uma pessoa que assume um cargo de gerência é um


líder. Isso é formal, está registrado na empresa, está escrito. Por outro lado,
um operário, por razões diversas, como ter facilidade de comunicação ou
possuir voz ativa na empresa (é escutado pelos outros), assume papel de líder

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dos próprios operários, no momento de reivindicações. Isso é informal, não


está escrito, mas todo mundo sabe que está acontecendo.

Gabarito: C

15) (CESPE EBC 2011) O compartilhamento de valores interfere


negativamente na cooperação espontânea em apoio ao líder.

É fundamental para a condução do trabalho que ocorra o compartilhamento de


valores. Se valores são compartilhados, gera-se uma tendência de cooperação
dentro do grupo.

Esse compartilhamento gera confiança entre as pessoas, que ficam mais à


vontade para atuarem dentro de uma equipe e em apoio ao líder.

Gabarito: E

16) (CESPE EBC 2011) Liderança não é uma qualidade intrínseca da


organização formal, surgindo de forma natural nos agrupamentos
humanos.

Questão bem tranquila. Ser líder é algo espontâneo, algo que emerge dentre
de um grupo de pessoas. A liderança não pode ser vista como algo ligado
estruturalmente a uma organização formal somente, inseparável desse
ambiente. Ela é isso também, mas possui o outro lado, o da informalidade, da
espontaneidade.

Gabarito: C

17) (CESPE TJ-ES 2011) Em qualquer situação, o estilo de liderança


positiva, participativa e cordial é o mais apropriado.

Quando a questão falar em “qualquer situação” com relação a liderança, pode


ter certeza: o gabarito será errado. Há momentos em que ser autocrático, ser
controlador será bastante útil.

Gabarito: E

18) (CESPE MPE-PI 2012) Os conhecimentos sobre comportamento


organizacional proporcionam uma melhor compreensão dos indivíduos
e grupos que integram organizações. A respeito das situações
relacionadas ao trabalho, julgue os itens que se seguem.

Segundo as teorias contingenciais de liderança, as metas


organizacionais só são atingidas de maneira eficaz pelo grupo se o seu
líder adota um comportamento democrático.

Não tem isso, galera. Se falou que a teoria é contingencial, não há um


comportamento específico que podemos cravar como o ideal. Para cada
situação, um comportamento diferente é exigido, ok?

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Um pouco mais sobre a Teoria de Hersey e Blanchard:

nesse modelo, tido como um dos mais conhecidos, a liderança situacional


baseia-se em duas variáveis: comportamento do líder e maturidade dos seus
subordinados. Essa maturidade relaciona-se ao desempenho das tarefas, com
a aceitação das responsabilidades impostas.

Na verdade, segundo essa teoria de liderança situacional, temos que nos


preocupar com a variável "estilo do líder", a variável "maturidade do liderado",
além da variável "ambiente", já que estamos falando de situações.
A maturidade pode ser definida como a capacidade que as pessoas têm de
assumir a responsabilidade de dirigir seu próprio comportamento, ou seja, de
cumprir os deveres sem ter que receber ordens e sem precisar ser "vigiado".
Vamos aos níveis de maturidade existentes:

Comando (M1): para pessoas (liderados) com baixo nível de maturidade.


Nesse prisma, o líder dá ordens sem estabelecer qualquer tipo de
relacionamento com os subordinados, fornecendo instruções e supervisionando
de perto. O foco é na tarefa, ou seja, o líder é fortemente voltado para tarefa e
com pouco relacionamento, pois só há determinação, não havendo
discussões/diálogos.

Venda (M2): caracterizado também pela maturidade baixa. Alto nível de


orientação para as tarefas (líder decide tudo) e também para as pessoas (líder
persuade). Nesse caso, há vontade dos subordinados, porém falta confiança
em assumir responsabilidades. Líder decide, mas dá oportunidades para
esclarecimento.

Participação (M3): maturidade média. Relacionamento é o foco, com pouca


ênfase nas tarefas. Há capacidade dos funcionários, mas não existe desejo de
assumir responsabilidades. Líder troca ideias, é um facilitador, como se fosse
um líder democrático. Tarefa baixa (liderados decidem) e relacionamento alto
(compartilhamento, troca de ideias, diálogo).

Delegação (M4): maior maturidade. Pouca atenção para tarefa (delegação) e


também para as pessoas (não há compartilhamento, há transferência de
responsabilidades, como se fosse um líder liberal). Há capacidade e desejo de
assumir responsabilidades. Líder transfere a decisão para os liderados.

Vejam que, para cada situação, existe uma maneira de lidar com a equipe.

Gabarito: E

19) (CESPE MPS 2010) A motivação não é um traço pessoal, mas sim o
resultado da interação do indivíduo com a situação, sendo responsável
pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa
para o alcance de determinada meta.

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Stephen P. Robbins. Comportamento organizacional. São


Paulo: Pearson Pratice Hall, 2005, p. 132 (com adaptações).

A respeito da dinâmica das organizações, julgue os itens que se


seguem.

O estilo de liderança adotado por uma organização influi direta e


indiretamente em seus resultados. No caso da liderança orientada para
tarefas, a autocracia e o autoritarismo são características marcantes.
Já no estilo de liderança voltado para as pessoas, as características
são democracia e participação dos funcionários.

Ótima definição. Até parece que o examinador estudou a matéria, neh?

Autocrática (autoritária; diretivo): significa “o poder para si próprio”. É


típico de uma liderança exercida pelos monarcas, principalmente na época do
absolutismo. As decisões do líder são tomadas de forma isolada, sem qualquer
consulta ou participação de terceiros.

Nesse aspecto, todas as rotinas, as divisões de tarefas, etc, são definidas


unilateralmente. O líder é voltado para as tarefas.

Liberal (rédea solta; laissez-faire, que significa “deixar fazer” ou


“deixar passar”): é exatamente o extremo da autocrática. Aqui, o líder
possui o mínimo de participação. É a equipe do líder (liderados) que detém
autonomia nas decisões.

Democrática (participativa; consultiva): a equipe é estimulada a


participar, apesar de o líder agir ativamente, direcionando e estimulando os
liderados na tomada de decisão. O gestor lidera voltado para as pessoas e não
para as tarefas como faz o diretivo (autoritário).

Gabarito: C

20) (CESPE PREVIC 2011) No contexto das organizações,


pesquisadores ligados ao estudo da liderança situacional têm
apresentado diversas propostas de modelos para serem aplicados em
instituições. Um desses modelos baseia-se em três aspectos inter-
relacionados: o comportamento de tarefa, o comportamento de
relacionamento e a maturidade dos subordinados. Com base nessas
informações, julgue os itens que se seguem, referentes à liderança
situacional.

A maturidade de um grupo ou de um liderado deve ser considerada


globalmente, e não somente em relação à tarefa específica a ser
realizada.

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A consideração é em relação à tarefa específica. A própria questão já deu a


resposta. No enunciado ela fala de liderança situacional, ou seja, para cada
caso (tarefa), é preciso analisar a maturidade do grupo.

Teoria de Hersey e Blanchard – nesse modelo, tido como um dos mais


conhecidos, a liderança situacional baseia-se em duas variáveis:
comportamento do líder e maturidade dos seus subordinados. Essa maturidade
relaciona-se ao desempenho das tarefas, com a aceitação das
responsabilidades impostas.

Gabarito: E

21) (CESPE PREVIC 2011) Consideram-se comportamento de tarefa o


apoio socioemocional e o encorajamento dado pelo líder.

Emoção, líder encorajando.... isso é comportamento voltado para pessoas. O


líder está mostrando preocupação com os seus liderados.

Casa 1.9 – Alto interesse pelas pessoas (9) e baixo interesse pela
produtividade (1), chamada de administração de clube ou de festa.

Gabarito: E

22) (CESPE PREVIC 2011) Com relação à gestão de pessoas, julgue o


item que se segue.

O gestor, utilizando um processo decisório mais participativo, tende a


liderar com mais eficiência e a aumentar a motivação de seus
colaboradores.

Nessa questão, o examinador fui cuidadoso para não gerar dúvidas. Ele não
cravou nada. Ele diz “tende a liderar” (grifo).

Não temos garantia de que a eficiência e a motivação irão aumentar, mas a


tendência, de fato, é essa.

Gabarito: C

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2.7 Características das organizações formais modernas: tipos de


estrutura organizacional, natureza, finalidades e critérios de
departamentalização
O novo diretor de determinado órgão público pretende reestruturar as
jurisdições das chefias e da unidade de comando. Após a
reestruturação, pretende, ainda, tornar os diversos setores do órgão
aptos a gerenciar diferentes projetos demandados pelo restante da
organização.

Com base nessa situação hipotética, julgue os itens a seguir.

23) (CESPE MPU 2010) Caso os projetos interdisciplinares


demandados pelo órgão sejam poucos e apresentem baixo grau de
prioridade, o diretor deve optar pela estrutura matricial funcional.

Jurisdição das chefias: alcance de poder, extensão em que atua o chefe.

Unidade de comando: segundo esse princípio, um funcionário deve ter apenas


um chefe.

Além da unidade de comando, há outros 13 princípios enunciados por Henri


Fayol:

Divisão do Trabalho: especialização dos funcionários ao longo da organização.

Essa divisão de trabalho e agrupamento de atividades relaciona-se com a


questão da descentralização e delegação. Vejamos.

o Delegação: atribuição de responsabilidade e autoridade a um nível


hierárquico inferior (delegado), para execução de uma tarefa
delegada, a qual compete ao delegante.

o Descentralização: menor concentração do poder decisório na alta


administração, sendo mais distribuído pelos diversos níveis
hierárquicos.

Autoridade: atribuição da chefia, possibilitando dar ordens e fazê-las serem


cumpridas pelos comandados.

Disciplina: regras de conduta no trabalho.

Unidade de direção: os funcionários devem seguir o mesmo rumo, a mesma


direção, com um controle único.

Subordinação do interesse individual (ao interesse geral): prevalece o


interesse do coletivo.

Remuneração: suficiente para garantir a satisfação dos funcionários e da


própria organização.

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Centralização: atividades principais devem ser centralizadas.

Linha de comando (Hierarquia): respeito à linha hierárquica e à autoridade


superior.

Ordem: cada coisa no seu lugar, valendo isso para toda a organização.

Equidade: direitos iguais dentro da organização.

Estabilidade dos funcionários: deve-se evitar a alta rotatividade para garantir o


desempenho da organização e o moral dos funcionários.

Iniciativa: capacidade de estabelecer planos e cumpri-los.

Espírito de equipe: o trabalho deve ser conjunto, existindo a consciência de


classe para que haja um propósito comum.

A estrutura matricial é uma forma de organização em que passam a coexistir,


na empresa, áreas funcionais e áreas de projeto, formando uma matriz. Essa
matriz pode ser projetizada (matriz do projeto), com foco em projetos.

Por outro lado, caso predominem as áreas funcionais, temos uma matriz
funcional. Na questão, podemos notar um exemplo desse tipo de matriz, já
que há poucos projetos e com baixo grau de prioridade.

Vejamos a ilustração:

Presidência

Depto. Comercial Depto. De RH Depto. Financeiro

Projeto 1

Projeto 2

Projeto 3

Gabarito: C

24) (CESPE MPU 2010) A adoção, pelo diretor, da estrutura linha-staff


aceleraria o processo decisório.

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Linear: é a mais simples estrutura de uma organização, podendo ser chamada


de piramidal, com forte centralização das decisões. Ideal para pequenas
empresas. Não há diluição de autoridade, o que pode ser visto na funcional, já
que há diretores, por exemplo, para as diferentes funções.

Estrutura em Linha ou Linear

Características Vantagens Desvantagens

autoridade única estrutura simples e inflexibilidade,


de fácil dificultando a
compreensão inovação

linhas formais de delimitação nítida de chefia não permite


comunicação responsabilidades autonomia e
especialização

centralização das facilidade de toda comunicação


decisões implantação passa pelo chefe

indicada para constância de congestionamento


pequenas ou novas relações formais das linhas de
empresas geram estabilidade comunicação

típica para empresas


onde predomina as
atividades rotineiras
ou padronizadas

A estrutura linha-staff é uma evolução da estrutura linear. A inovação dessa


estrutura deve-se à presença de um órgão staff (assessoramento, consultoria).

Vantagens: é inovadora, mas mantém a autoridade única; especialização de


serviços.

Desvantagens: conflito entre linha e staff; tentativa de imposição das ideias do


staff.

Esse órgão novo não tem poder de decisão. Entretanto, por ser um órgão
consultivo, antes de tomar as decisões, os responsáveis consultam o staff, o
que atrasa o processo decisório. Portanto, a estrutura linha-staff não acelera o
processo decisório.

Gabarito: E

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25) (CESPE MPU 2010) Ao departamentalizar, o diretor deve


considerar os aspectos de ordem formal e informal.

A departamentalização é a divisão da organização em subunidades com


características semelhantes, com a finalidade de atingir mais eficiência para
alcançar os objetivos da empresa. Nós, na verdade, já sabíamos o que é
departamentalização, mas com outro nome: especialização horizontal.

Fatores formais: custo da estrutura, coordenação entre chefia e subordinados


(autoridade e responsabilidade), importância das atividades.

Fatores informais: processo político (envolvendo atos de poder), preparação


dos empregados para mudanças, rede de relações pessoais e sociais, a
existência de líderes informais.

Assim, para que a departamentalização seja eficaz, o diretor não pode


prescindir nem da ordem formal nem da informal.

Gabarito: C

26) (CESPE MPU 2010) Ao propor a departamentalização, o diretor


deve considerar que as atividades com maior participação para a
consecução dos objetivos da organização deverão estar subordinadas
ao nível hierárquico mais próximo à base da pirâmide organizacional.

Muito pelo contrário. Atividades com maior participação para a consecução dos
objetivos são estratégicas para a organização. Dada a sua importância, essas
atividades devem estar próximas à cúpula da organização, ou seja, distantes
da base da pirâmide organizacional.

Gabarito: E

27) (CESPE MPU 2010) Caso desejasse reestruturar apenas a unidade


de comando, o diretor deveria escolher a estrutura funcional.

Funcional: São estruturas tradicionais, divididas por funções ou


departamentos. Ou seja, marketing para um lado, Rh para o outro, finanças
pra lá... O desenho vale mais do que a explicação. Vejamos.

Presidência

Depto. Depto. de Depto.


Comercial RH Financeiro

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Estrutura Funcional

Características Vantagens Desvantagens

Especializada Melhor supervisão Diluição da


técnica autoridade de
comunicação

Autoridade dividida Contato direto entre Subordinação


ou funcional órgãos e cargos múltipla – chefes e
chefes dos chefes

Linhas diretas de Separa funções de Tendência a


comunicação planejamento e concorrência entre
controle e execução especialistas

Descentralização
das decisões

A estrutura funcional não possui unidade de comando (um chefe para cada
subordinado). Estrutura com unidade de comando é organização linear.

Gabarito: E

Julgue os itens seguintes, relativos a tipos de estrutura organizacional,


natureza e finalidades das organizações formais modernas.

28) (CESPE MPU 2010) Chefias generalistas, estabilidade e constância


nas relações são características próprias da estrutura organizacional
linear.

Na estrutura linear, a mais simples de todas as estruturas, não há diluição de


autoridades, fazendo com que as decisões centralizem-se no topo da
hierarquia. Assim, os chefes têm que tomar decisões que servem para todos os
funcionários na base da hierarquia, o que gera chefias generalistas.

Nesse tipo de organização, as atividades são rotineiras e previsíveis,


contribuindo para a estabilidade e a constância nas relações.

Gabarito: C

29) (CESPE MPU 2010) Os órgãos de assessoria da organização em


estrutura linha-staff exercem autoridade de linha sobre os

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colaboradores dos demais setores, com o intuito de alcançar os


objetivos organizacionais.

A estrutura linha-staff é uma evolução da estrutura linear. A inovação dessa


estrutura deve-se à presença de um órgão staff (assessoramento, consultoria).
Esse órgão novo não tem poder de decisão. Entretanto, por ser um órgão
consultivo, antes de tomar as decisões, os responsáveis consultam o staff.

O staff é apenas consultivo, não exercendo autoridade de linha (hierárquica),


não possuindo poder de decisão.

Gabarito: E

30) (CESPE MPU 2010) A estrutura matricial é indicada para


organizações que lidam com projetos específicos.

A estrutura matricial é uma forma de organização em que passam a coexistir,


na empresa, áreas funcionais e áreas de projeto, formando uma matriz. Nesse
sentido, é viável a estrutura matricial para o tipo de organização abordado na
assertiva.

Gabarito: C

31) (CESPE MPU 2010) A organização estruturada de forma simples e


centralizada em torno de uma autoridade máxima adota estrutura
funcional.

Na estrutura funcional, há diluição de autoridade, o que não ocorre na


estrutura linear. Assim, na estrutura funcional a organização é mais
descentralizada.

A questão estaria certa se dissesse “estrutura linear”.

Gabarito: E

Acerca de departamentalização, julgue os itens que se seguem.

32) (CESPE MPU 2010) A departamentalização por produto permite


uma visão única acerca da organização e o controle eficaz sobre seu
conjunto.

Departamentalização é a divisão da organização em unidades semelhantes. O


critério para definir a semelhança é que irá definir o tipo de
departamentalização. Exemplos: departamentalização por clientes,
departamentalização por projetos, departamentalização geográfica, etc.

Quando a organização realiza a departamentalização por produtos, cada


departamento específico terá sua própria visão da organização. Assim, o

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departamento do produto X terá um entendimento, o departamento do


produto Y poderá ter outra visão e assim por diante.

Imaginem a Ambev com sua linha de refrigerantes e a linha de cervejas. Cada


uma irá ter diferentes especificidades.

O controle também fica prejudicado, já que cada divisão trabalha de maneira


diferente.

Gabarito: E

33) (CESPE MPU 2010) A departamentalização funcional é adequada


para o desenvolvimento de atividades continuadas e rotineiras em que
sejam utilizados recursos especializados.

Nessa departamentalização, cada função (atividades comuns) terá seu


departamento (financeiro, Rh, marketing, produção, etc). Uma função é uma
atividade continuada, permanente, com grau de rotina. Nesses tipos de
departamento, há um alto grau de especialização, já que cada divisão se
especializa em uma função específica.

Em departamentalização, especialização e departamentalização funcional são


sinônimos. Se na questão não estivesse escrito “especializados”, a
departamentalização seria a linear.

Gabarito: C

34) (CESPE MPU 2010) A departamentalização por processos favorece


a rápida adaptação da empresa às mudanças organizacionais.

Essa é a departamentalização de acordo com o fluxo de trabalho. Os processos


caracterizam-se pela continuidade. Exemplos: divisão de secagem, divisão de
moagem, divisão de expedição. É como se pegássemos a produção de um bem
e dividíssemos em etapas. Cada etapa é uma unidade/departamento.

Mudanças organizacionais não são percebidas rapidamente nesse tipo de


estrutura, que é voltada para dentro. Departamentalização por clientes, por
produtos e por projetos possuem o foco externo, que possibilita a adaptação
mais rápida às mudanças organizacionais.

Gabarito: E

35) (CESPE MPU 2010) De acordo com um dos princípios da


departamentalização, as atividades de controle devem estar separadas
das que serão objeto de controle.

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Controlar algo que nós mesmos fazemos não faz sentido. É preciso alguém de
fora para verificar o que está sendo feito. Assim, é fundamental essa
separação entre quem faz o controle e quem executa a atividade controlada.

Se o controle fosse feito pela mesma pessoa que executou uma tarefa,
provavelmente a subjetividade imperaria.

Gabarito: C

36) (CESPE MPU 2010) A departamentalização por clientes atende de


forma mais apropriada a organização cujos objetivos principais sejam
o lucro e a produtividade.

A empresa irá dividir suas unidades ou departamentos conforme os seus


clientes. Por exemplo: em uma fábrica de glucose, produto que é vendido para
empresas que fabricam chocolate, poderia haver a divisão de atendimento à
Nestlé; divisão de atendimento à kraft (Lacta), divisão de atendimento à
Garoto.

A divisão não precisa ser feita baseada em um cliente específico. É possível


dividir a empresa com base em um setor da economia: divisão de clientes com
renda alta; divisão de clientes com renda baixa.

Esse tipo de divisão (por clientes) não necessariamente traz mais lucro. Custa
caro dividir a empresa para atendimento de diferentes clientes. Cada cliente é
atendido por um diferente processo de produção. Perde-se economia de
escala, ou seja, perde-se o que seria ganho se a empresa estivesse dedicada
como um todo em uma única forma de produzir e atender aos clientes. A
empresa não consegue ganhos de produtividade.

Com relação à produtividade, a departamentalização funcional ou por


processos são as mais indicadas.

Gabarito: E

37) (CESPE MPU 2010) O enfraquecimento da especialização constitui


uma desvantagem da departamentalização geográfica.

Esse tipo de departamentalização ocorre com empresas que atendem a um


território maior e que visualizam grandes diferenças nas regiões. Daí, você
pode ter a unidade de atendimento ao nordeste, a unidade do centro-oeste, a
do sul, etc.

Uma vez que o foco é a localização, a especialização de funções perde espaço.


A especialização é forte na departamentalização por função, em que cada
atividade comum é tratada de forma separada.

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Gabarito: C

38) (CESPE MS 2010) Na adhocracia, é dada ênfase ao alto


desempenho e à orientação dinâmica para o mercado.

Burocracia x Adhocracia

Max Weber é tido como o pai da burocracia, em que se busca a eficiência,


através do detalhamento daquilo que será feito. As ideias liberais que
originaram a burocracia de Max Weber surgiram no mundo na segunda metade
do século XIX. Vejamos as características.

Burocracia

•Combate à corrupção, centralização

•Controle de gastos, de processos - atividades-meio

•Hierarquia, divisão do trabalho e rigidez

•Rotinas controladas e estabelecidas

•Formalismo e impessoalidade

A burocracia possui algumas disfunções (problemas que surgiram na


implantação da burocracia), a saber:

• Apego aos regulamentos;

• Resistência a mudanças;

• Processo decisório é lento, já que é centralizado;

• Conformidade a rotinas;

• Dificuldade no atendimento a clientes.

Adhocracia é o oposto de burocracria. É uma constante adaptação a cada


situação particular. Adhocracia vem de “ad hoc”, que significa “aqui e agora”.

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O foco é resolver problemas em constante mudança. A estrutura não possui


uma forma determinada, é livre, flexível. A criatividade é estimulada.

A adhocracia é extramente flexível, justamente para se adaptar às constantes


mudanças do mercado, para que a organização atinja o alto desempenho.

Gabarito: C

A organização não governamental (ONG) Viver com Saúde possui


programas de incentivo à prática desportiva, de monitoramento da
saúde bucal, de divulgação sobre a prevenção de doenças sexualmente
transmissíveis, entre outros. A referida ONG atua exclusivamente no
Distrito Federal (DF), mas pretende ampliar sua área de atuação para
o estado de Goiás em face da realidade precária dos fornecedores de
serviços de saúde das pequenas cidades do entorno do DF. Tal
ampliação implicará um aumento de 70% nos custos da organização.
Para tanto, a ONG terá de tomar decisões acerca do seu processo
organizacional.

A partir da situação hipotética acima, julgue o item a seguir com


relação ao processo organizacional.

39) (CESPE MS 2010) A ampliação da área de atuação da ONG em


apreço para o estado de Goiás inviabiliza seu atual modelo de
departamentalização por serviço da organização por se tratar de
diferentes localidades.

Departamentalização por produtos ou serviços: as unidades refletem os


diferentes produtos ou serviços fornecidos. Divisão de biscoitos, divisão de
bolos, etc.

Não é porque ela vai atuar em outro estado, que ela vai mudar seu modelo de
departamentalização. A estruturação geográfica não é obrigatória. A ONG pode
manter seu modelo, dividindo sua estrutura conforme os seus diferentes
serviços: incentivo à prática desportiva, de monitoramento da saúde bucal,
etc.

Gabarito: E

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Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue os


itens seguintes, a respeito de noções de administração e de
procedimentos administrativos e organizacionais.

40) (CESPE EBC 2011) Uma organização pode adotar estrutura


organizacional mecanicista ou orgânica; esta última é mais utilizada
em ambientes estáveis, com bastante segurança, previsibilidade para
tomada de decisão, onde se desenvolvem atividades rotineiras e
burocráticas.

Estrutura mecanicista: são as estruturas tradicionais, verticais, burocráticas,


como a linear, a funcional, etc. Típica de atividades rotineiras em ambientes
estáveis, com previsibilidade para tomada de decisão.

Estrutura orgânica: são as estruturas inovadoras, horizontais, como a


estrutura em rede e a virtual. Típica de ambientes em constante
transformação, essa estrutura é flexível ao que o mercado precisa.

Virtual: quando é a tecnologia da computação que mantém a empresa ligada


1aos seus fornecedores e parceiros. Possui excelência no desempenho, dada a
rapidez de informações, ausência de limites das organizações tradicionais. Não
há linhas hierárquicas.

Gabarito: E

Julgue os itens que se seguem, relativos a funções administrativas e


ambiente organizacional.

41) (CESPE MPE-PI 2012) O fluxograma é um instrumento adequado


para representar graficamente a estrutura de uma organização e seus
departamentos.

Fluxogramas representam fluxos, ou seja, processos em movimento. O


instrumento que representa uma organização, que tira a foto de uma
organização, é o organograma.

Organograma é isso aqui:

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Presidente

Diretor
Diretor de RH
Financeiro

Recrutamento Contas a
Treinamento
e Seleção Pagar

Fluxograma é isso aqui:

Elaborar minuta
de contrato

Não Elaborar justificativa


Requer de inexigibilidade ou
Licitação? dispensa

Sim

Sim Verificar se será


É pregão? eletrônico ou
presencial
Não

Verificar a
modalidade

Gabarito: E

42) (CESPE MPE-PI 2012) Uma das funções básicas da administração é


a organização ou estruturação, que consiste na reunião e coordenação
de atividades e de recursos necessários para o alcance dos objetivos
organizacionais.

A questão está correta.

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Estrutura organizacional é a maneira com que as empresas organizam os


trabalhos dos funcionários, definem o relacionamento interpessoal e distribuem
as chefias (autoridade), sempre considerando o tipo de ambiente em que estão
inseridas. Digamos que é uma preparação (feita após o planejamento) da
empresa para atingir os objetivos.

Planejamento

Organização

Estrutura Organizacional
Relacionamento Divisão do
Autoridade
Pessoal Trabalho

No contexto do que chamamos de ciclo administrativo (planejamento,


organização, direção e controle), as estruturas encaixam-se na função
organização. Nessa estruturação, as atividades e os recursos das empresas são
ordenados e o nível de autoridade e o processo decisório são definidos.

Gabarito: C

43) (CESPE EBC 2011) O modelo matricial é um tipo de estrutura


resultante da integração de dois tipos de organogramas: o modelo
tradicional de estrutura funcional e o modelo de estrutura organizado
por projeto.

A matriz é um modelo híbrido: projetos + estrutura tradicional.

Como se pode perceber, há uma coexistência de projetos e funções na


estrutura. Vejamos a ilustração:

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Presidência

Depto. Depto. de Depto.


Comercial RH Financeiro

Projeto 1

Projeto 2

Projeto 3

Gabarito: C

44) (CESPE TJ-ES 2011) Um dos problemas comuns às estruturas


matriciais é a formação de habilidades administrativas específicas e
gerais ao mesmo tempo.

Isso não é problema. Trata-se de uma vantagem da estrutura matricial. Nos


projetos, adquire-se habilidades gerais e nas funções, habilidades específicas
são agregadas.

Gabarito: E

45) (CESPE TJ-ES 2011) O processo de organização pressupõe a


maneira como as tarefas são divididas e os recursos são distribuídos.

Estrutura organizacional é a maneira com que as empresas organizam os


trabalhos dos funcionários, definem o relacionamento interpessoal e distribuem
as chefias (autoridade), sempre considerando o tipo de ambiente em que estão
inseridas. Digamos que é uma preparação (feita após o planejamento) da
empresa para atingir os objetivos.

Vejamos os principais aspectos da organização:

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Organização
Dividir o trabalho
Designar atividades
Agrupar as atividades em órgãos e cargos
Alocar recursos
Definir autoridade e responsabilidade

No contexto do que chamamos de ciclo administrativo (planejamento,


organização, direção e controle), as estruturas encaixam-se na função
organização. Nessa estruturação, as atividades e os recursos das empresas são
ordenados e o nível de autoridade e o processo decisório são definidos.

Planejamento

Controle Organização

Direção

Gabarito: C

46) (CESPE ABIN 2010) Considera-se descentralizada a estrutura


organizacional com pouca distribuição de poder, tipo de estrutura que
beneficia os níveis hierárquicos mais baixos.

Quando descentralizamos, passamos poder aos níveis mais baixos da


estrutura, ou seja, distribuímos poder, beneficiando o baixo escalão.

Gabarito: E

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47) (CESPE ABIN 2010) A responsabilidade, definida como o direito de


dar ordens ao ocupante de cargo administrativo, objetiva a execução
correta do trabalho.

Essa é a definição de autoridade. Responsabilidade é saber o que deve ser


feito, é ter consciência das atividades, ordens e decisões a tomar necessárias
de determinado cargo.

Gabarito: E

48) (CESPE ABIN 2010) A determinação de uma linha clara de


autoridade na estrutura organizacional é necessária para que a
delegação de autoridade seja executada sem conflitos hierárquicos.

Quando tudo está determinado na empresa, os conflitos de autoridade


diminuem. Basta cada um seguir aquilo que está determinado. A partir daí,
caso seja necessário delegar autoridade, fica mais fácil cumprir essa tarefa. O
risco de delegar algo que uma terceira pessoa esteja a cargo é menor quando
tudo está delimitado.

Gabarito: C

49) (CESPE ABIN 2010) A organização estruturada de forma simples e


centralizada em torno de uma autoridade máxima adota estrutura
funcional.

A forma mais simples de estrutura é a linear.

Estrutura em Linha ou Linear

Características Vantagens Desvantagens

autoridade única estrutura simples e inflexibilidade,


de fácil dificultando a
compreensão inovação

linhas formais de delimitação nítida de chefia não permite


comunicação responsabilidades autonomia e
especialização

centralização das facilidade de toda comunicação


decisões implantação passa pelo chefe

indicada para constância de congestionamento


pequenas ou novas relações formais das linhas de
empresas geram estabilidade comunicação

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típica para empresas


onde predomina as
atividades rotineiras
ou padronizadas

Gabarito: E

50) (CESPE TRE-RJ 2012)

A departamentalização, que consiste na divisão de tarefas em blocos,


unidades ou áreas de trabalho, com base em critérios específicos, tem
a finalidade de elevar a entropia do sistema organizacional.

Quanto mais vocabulário tivermos, melhor. Isso vale para qualquer matéria.

A primeira parte da questão define bem departamentalização. No entanto, ao


colocar como sua finalidade a elevação da entropia no sistema organizacional,
a questão comete um grande erro. Vejam o significado de entropia:

entropia: Deterioração do sistema

Mais uma palavrinha:

Negentropia: também conhecida como sintropia ou entropia negativa, é o


antídoto da entropia – é a ordenação do sistema.

A departamentalização nunca vai buscar a desordem, a deterioração.

O enunciado fala também sobre Administração. Veja:

Vamos definir administração? É o processo de tomada de decisões acerca de


objetivos e recursos (materiais, humanos ou financeiros). Nesse sentido, a
administração reúne o esforço de todas as equipes presentes em uma
organização para que todos estejam alinhados para o alcance dos objetivos
traçados.

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Administração, segundo Fayol, pode ser definida como o conjunto das


seguintes atividades: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar
(Esses elementos, tomados em conjunto, formam o processo
administrativo).

Gabarito: E

51) (CESPE AGENTE DA PF 2012) Na estruturação do Departamento de


Polícia Federal, composto de órgãos como as Diretorias Técnico-
Científica, de Inteligência Policial, de Gestão de Pessoal e a de
Administração e Logística Policial, entre outros, foi adotada a
denominada departamentalização funcional.

É isso mesmo. Veja que cada departamento criado representa uma função
diferente do DPF. Estrutura funcional:

Presidência

Depto. Depto. de Depto.


Comercial RH Financeiro

Gabarito: C

Vale a Pena Estudar de Novo


A partir de hoje, começamos a rever matérias já vistas. Como só tivemos o
tema “motivação” na primeira aula, o número de questões hoje será menor. À
medida que o curso for avançando, essa parte da aula irá aumentar um pouco.

52) (CESPE AGU 2010) Ao assumir a gerência de qualidade de uma


organização,
Maria pretende criar uma auditoria de processos gerenciais, que
avaliará a conformidade das atividades desenvolvidas pelos
diversos setores componentes da organização. Para compor sua
equipe, Maria decidiu recrutar pessoalmente cada colaborador, por
meio de seleção externa, pois acredita que, de modo geral, as
pessoas não são responsáveis e não gostam de trabalhar. Visando
atrair colaboradores para o cargo, ela oferecerá as melhores
gratificações financeiras da organização. Os futuros auditores de

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processos terão uma rotina muito bem delineada e serão avaliados


semestralmente pelas chefias imediatas. Os aspectos da avaliação
julgados deficientes serão objeto de capacitações.

Com referência a essa situação hipotética e ao tema por ela


evocado, julgue o próximo item.

Maria, em termos de liderança, se pauta na teoria X de McGregor.

X: baseado em organizações tradicionais, cujas hipóteses indicam o


seguinte:

• As pessoas em geral são preguiçosas e não gostam de trabalhar;


• As pessoas devem ser coagidas, controladas, ameaçadas, para que
trabalhem;
• As pessoas não assumem responsabilidades;
• A motivação só ocorre em níveis fisiológicos e de segurança.

Costumo falar que essa é a teoria do problema. É a teoria do Xiiii, lá vem


problema. Por exclusão, a outra é a teoria y. Vejamos.

Y: abordagens mais recentes em relação à natureza humana, cujas


hipóteses indicam:

• Para as pessoas, trabalhar é tão natural quanto se divertir ou descansar;


• As pessoas são comprometidas com a organização;
• Em condições adequadas, o trabalhador pode aprender e aceitar
responsabilidades;
• Há capacidade de criatividade;
• A motivação ocorre nos níveis de entendimento, estima e auto-realização
tanto quanto nos níveis fisiológicos e de segurança.

Resolvendo a questão, ela está certa pois podemos identificar claramente


aspectos negativos, ou seja, características da teoria do Xiiii:

• auditoria de processos gerenciais


• as pessoas não são responsáveis e não gostam de trabalhar
• oferecerá as melhores gratificações
• rotina muito bem delineada e serão avaliados semestralmente

Gabarito: C

53) (CESPE STM 2010) A relação existente entre motivação e


satisfação no trabalho é evidente nas organizações, não havendo,
portanto, necessidade de um modelo para explicá-la.

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De fato, motivação relaciona-se com satisfação. Mas a intensidade dessa


relação varia por teoria. Nesse sentido, cada modelo possui uma visão
específica importante sobre o assunto.

Gabarito: E

54) (CESPE ABIN 2010) Com relação às teorias da motivação, julgue


os itens a seguir.

De acordo com a teoria da equidade, a motivação pessoal depende do


esforço empreendido para alcançar determinado objetivo e da atração
que esse resultado exerce sobre o indivíduo.

O erro dessa questão está em trocar recompensa ou compensação por atração.


Vejamos a teoria:

Teoria da Equidade (Adams)

No campo organizacional, essa teoria funciona da seguinte forma: quando as


pessoas avaliam o resultado do próprio trabalho, qualquer diferença percebida
em relação ao trabalho dos outros é um estado de consciência motivador. Isso
é muito comum na comparação salarial entre pessoas.

Quando há uma percepção de injustiça, as pessoas estarão motivadas a agir


para que seja restaurada a equidade. A comparação é feita do seguinte modo:

Comparação de Equidade

Recompensas Pessoais Recompensa dos outros

Contribuições Pessoais Contribuições dos outros

Gabarito: E

55) (CESPE ABIN 2010) A motivação pessoal para o trabalho pode


variar tanto em um mesmo indivíduo quanto entre indivíduos,
conforme o ambiente organizacional e a natureza da atividade a ser
desempenhada.

Questãozinha mel na chupeta, não é? Há momentos em que nós estamos


motivados e há situações cuja motivação nossa cai bastante.

Além disso, para dada situação, cada um se motiva de forma diferente.

Ambiente de trabalho e tipo de atividade exercem forte influência na


motivação.

Gabarito: C

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Exercícios Trabalhados
1) (CESPE ANCINE 2012) Com referência à gestão de pessoas nas
organizações, julgue o item a seguir.

As lideranças transformacional e transacional assemelham-se quanto ao estilo


comportamental do líder, sendo elemento comum dessas abordagens a
capacidade de adequação do comportamento de liderança ao contexto.

2) (CESPE MPU 2010) A comunicação constitui atividade que demanda grande


parte da atenção de quem ocupa cargo gerencial.

3) (CESPE MPE-PI 2012) Acerca de objetivos, desafios e características da


gestão de pessoas e de comportamento organizacional, julgue o próximo item.

A liderança contemporânea é caracterizada pela capacidade de o líder conduzir


a equipe na direção de objetivos sob a autoridade do cargo.

4) (CESPE ANEEL 2010) As lideranças situacionais surgem como resultado de


nomeações para ocupação de cargos de chefia.

5) (CESPE STJ 2012) Julgue os itens subsecutivos, relativos a poder e


liderança nas organizações.

A teoria da liderança transformacional baseia-se em traços de personalidade.

6) (CESPE STJ 2012) Nas organizações, tanto as características individuais


quanto as condições organizacionais referentes às interações entre líder e
liderado ou supervisor e subordinado determinam o exercício do poder.

7) (CESPE STJ 2012) Se uma pessoa exerce influência sobre outra por saber
fazer o trabalho de forma exemplar, então, nesse caso, a relação de poder
entre ambas baseia-se na referência que uma é para a outra.

8) (CESPE STJ 2012) Os enfoques comportamental e contingencial enfatizam


os comportamentos do líder. A liderança, sob esses enfoques, relaciona-se à
adoção, pelo líder, de comportamentos tidos como adequados.

9) (CESPE STJ 2012) Teorias baseadas em traços de personalidade visam


determinar as características pessoais de bons líderes.

10) (CESPE TJ-ES 2011) De acordo com os estudos clássicos a respeito de


estilos de liderança, administrador que conduz seus subordinados por meio de
liderança liberal obtém produtividade superior à obtida por aquele que adota
liderança autocrática, em razão da criatividade e da inovação geradas.

11) (CESPE BASA 2010) Na atualidade, inexiste situação que comporte a


aplicação da liderança autocrática no âmbito de uma organização, pois essa é
uma teoria sem aplicabilidade prática.

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12) (CESPE EBC 2011) Liderança é a habilidade de influenciar pessoas, dirigir


seu comportamento em direção ao alcance de objetivos e metas, podendo ser
orientada para pessoas e também para tarefas.

13) (CESPE EBC 2011) Em uma organização, existem, basicamente, três


estilos de liderança: o autocrático, voltado para o líder; o democrático, voltado
para o líder e o subordinado; e o liberal, voltado para o subordinado.

Considerando os conceitos de liderança expostos no texto acima,


julgue os itens que se seguem.

14) (CESPE EBC 2011) O líder deve despertar virtudes pessoais em cada
indivíduo e apontar um norte para a direção dos esforços do grupo.

15) (CESPE EBC 2011) O compartilhamento de valores interfere negativamente


na cooperação espontânea em apoio ao líder.

16) (CESPE EBC 2011) Liderança não é uma qualidade intrínseca da


organização formal, surgindo de forma natural nos agrupamentos humanos.

17) (CESPE TJ-ES 2011) Em qualquer situação, o estilo de liderança positiva,


participativa e cordial é o mais apropriado.

18) (CESPE MPE-PI 2012) Os conhecimentos sobre comportamento


organizacional proporcionam uma melhor compreensão dos indivíduos e
grupos que integram organizações. A respeito das situações relacionadas ao
trabalho, julgue os itens que se seguem.

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Segundo as teorias contingenciais de liderança, as metas organizacionais só


são atingidas de maneira eficaz pelo grupo se o seu líder adota um
comportamento democrático.

19) (CESPE MPS 2010) A motivação não é um traço pessoal, mas sim o
resultado da interação do indivíduo com a situação, sendo responsável pela
intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa
para o alcance de determinada meta.
Stephen P. Robbins. Comportamento organizacional. São
Paulo: Pearson Pratice Hall, 2005, p. 132 (com adaptações).

A respeito da dinâmica das organizações, julgue os itens que se


seguem.

O estilo de liderança adotado por uma organização influi direta e indiretamente


em seus resultados. No caso da liderança orientada para tarefas, a autocracia
e o autoritarismo são características marcantes. Já no estilo de liderança
voltado para as pessoas, as características são democracia e participação dos
funcionários.

20) (CESPE PREVIC 2011) No contexto das organizações, pesquisadores


ligados ao estudo da liderança situacional têm apresentado diversas propostas
de modelos para serem aplicados em instituições. Um desses modelos baseia-
se em três aspectos inter-relacionados: o comportamento de tarefa, o
comportamento de relacionamento e a maturidade dos subordinados. Com
base nessas informações, julgue os itens que se seguem, referentes à
liderança situacional.

A maturidade de um grupo ou de um liderado deve ser considerada


globalmente, e não somente em relação à tarefa específica a ser realizada.

21) (CESPE PREVIC 2011) Consideram-se comportamento de tarefa o apoio


socioemocional e o encorajamento dado pelo líder.

22) (CESPE PREVIC 2011) Com relação à gestão de pessoas, julgue o item que
se segue.

O gestor, utilizando um processo decisório mais participativo, tende a liderar


com mais eficiência e a aumentar a motivação de seus colaboradores.

O novo diretor de determinado órgão público pretende reestruturar as


jurisdições das chefias e da unidade de comando. Após a reestruturação,
pretende, ainda, tornar os diversos setores do órgão aptos a gerenciar
diferentes projetos demandados pelo restante da organização.

Com base nessa situação hipotética, julgue os itens a seguir.

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23) (CESPE MPU 2010) Caso os projetos interdisciplinares demandados pelo


órgão sejam poucos e apresentem baixo grau de prioridade, o diretor deve
optar pela estrutura matricial funcional.

24) (CESPE MPU 2010) A adoção, pelo diretor, da estrutura linha-staff


aceleraria o processo decisório.

25) (CESPE MPU 2010) Ao departamentalizar, o diretor deve considerar os


aspectos de ordem formal e informal.

26) (CESPE MPU 2010) Ao propor a departamentalização, o diretor deve


considerar que as atividades com maior participação para a consecução dos
objetivos da organização deverão estar subordinadas ao nível hierárquico mais
próximo à base da pirâmide organizacional.

27) (CESPE MPU 2010) Caso desejasse reestruturar apenas a unidade de


comando, o diretor deveria escolher a estrutura funcional.

Julgue os itens seguintes, relativos a tipos de estrutura organizacional,


natureza e finalidades das organizações formais modernas.

28) (CESPE MPU 2010) Chefias generalistas, estabilidade e constância nas


relações são características próprias da estrutura organizacional linear.

29) (CESPE MPU 2010) Os órgãos de assessoria da organização em estrutura


linha-staff exercem autoridade de linha sobre os colaboradores dos demais
setores, com o intuito de alcançar os objetivos organizacionais.

30) (CESPE MPU 2010) A estrutura matricial é indicada para organizações que
lidam com projetos específicos.

31) (CESPE MPU 2010) A organização estruturada de forma simples e


centralizada em torno de uma autoridade máxima adota estrutura funcional.

Acerca de departamentalização, julgue os itens que se seguem.

32) (CESPE MPU 2010) A departamentalização por produto permite uma visão
única acerca da organização e o controle eficaz sobre seu conjunto.

33) (CESPE MPU 2010) A departamentalização funcional é adequada para o


desenvolvimento de atividades continuadas e rotineiras em que sejam
utilizados recursos especializados.

34) (CESPE MPU 2010) A departamentalização por processos favorece a rápida


adaptação da empresa às mudanças organizacionais.

35) (CESPE MPU 2010) De acordo com um dos princípios da


departamentalização, as atividades de controle devem estar separadas das que
serão objeto de controle.

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36) (CESPE MPU 2010) A departamentalização por clientes atende de forma


mais apropriada a organização cujos objetivos principais sejam o lucro e a
produtividade.

37) (CESPE MPU 2010) O enfraquecimento da especialização constitui uma


desvantagem da departamentalização geográfica.

38) (CESPE MS 2010) Na adhocracia, é dada ênfase ao alto desempenho e à


orientação dinâmica para o mercado.

A organização não governamental (ONG) Viver com Saúde possui programas


de incentivo à prática desportiva, de monitoramento da saúde bucal, de
divulgação sobre a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, entre
outros. A referida ONG atua exclusivamente no Distrito Federal (DF), mas
pretende ampliar sua área de atuação para o estado de Goiás em face da
realidade precária dos fornecedores de serviços de saúde das pequenas
cidades do entorno do DF. Tal ampliação implicará um aumento de 70% nos
custos da organização. Para tanto, a ONG terá de tomar decisões acerca do
seu processo organizacional.

A partir da situação hipotética acima, julgue o item a seguir com relação ao


processo organizacional.

39) (CESPE MS 2010) A ampliação da área de atuação da ONG em apreço para


o estado de Goiás inviabiliza seu atual modelo de departamentalização por
serviço da organização por se tratar de diferentes localidades.

Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue os itens


seguintes, a respeito de noções de administração e de procedimentos
administrativos e organizacionais.

40) (CESPE EBC 2011) Uma organização pode adotar estrutura organizacional
mecanicista ou orgânica; esta última é mais utilizada em ambientes estáveis,
com bastante segurança, previsibilidade para tomada de decisão, onde se
desenvolvem atividades rotineiras e burocráticas.

Julgue os itens que se seguem, relativos a funções administrativas e ambiente


organizacional.

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41) (CESPE MPE-PI 2012) O fluxograma é um instrumento adequado para


representar graficamente a estrutura de uma organização e seus
departamentos.

42) (CESPE MPE-PI 2012) Uma das funções básicas da administração é a


organização ou estruturação, que consiste na reunião e coordenação de
atividades e de recursos necessários para o alcance dos objetivos
organizacionais.

43) (CESPE EBC 2011) O modelo matricial é um tipo de estrutura resultante da


integração de dois tipos de organogramas: o modelo tradicional de estrutura
funcional e o modelo de estrutura organizado por projeto.

44) (CESPE TJ-ES 2011) Um dos problemas comuns às estruturas matriciais é


a formação de habilidades administrativas específicas e gerais ao mesmo
tempo.

Isso não é problema. Trata-se de uma vantagem da estrutura matricial. Nos


projetos, adquire-se habilidades gerais e nas funções, habilidades específicas
são agregadas.

45) (CESPE TJ-ES 2011) O processo de organização pressupõe a maneira como


as tarefas são divididas e os recursos são distribuídos.

46) (CESPE ABIN 2010) Considera-se descentralizada a estrutura


organizacional com pouca distribuição de poder, tipo de estrutura que beneficia
os níveis hierárquicos mais baixos.

47) (CESPE ABIN 2010) A responsabilidade, definida como o direito de dar


ordens ao ocupante de cargo administrativo, objetiva a execução correta do
trabalho.

48) (CESPE ABIN 2010) A determinação de uma linha clara de autoridade na


estrutura organizacional é necessária para que a delegação de autoridade seja
executada sem conflitos hierárquicos.

49) (CESPE ABIN 2010) A organização estruturada de forma simples e


centralizada em torno de uma autoridade máxima adota estrutura funcional.

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50) (CESPE TRE-RJ 2012)

A departamentalização, que consiste na divisão de tarefas em blocos, unidades


ou áreas de trabalho, com base em critérios específicos, tem a finalidade de
elevar a entropia do sistema organizacional.

51) (CESPE AGENTE DA PF 2012) Na estruturação do Departamento de Polícia


Federal, composto de órgãos como as Diretorias Técnico-Científica, de
Inteligência Policial, de Gestão de Pessoal e a de Administração e Logística
Policial, entre outros, foi adotada a denominada departamentalização
funcional.

52) (CESPE AGU 2010) Ao assumir a gerência de qualidade de uma


organização,
Maria pretende criar uma auditoria de processos gerenciais, que
avaliará a conformidade das atividades desenvolvidas pelos
diversos setores componentes da organização. Para compor sua
equipe, Maria decidiu recrutar pessoalmente cada colaborador, por
meio de seleção externa, pois acredita que, de modo geral, as
pessoas não são responsáveis e não gostam de trabalhar. Visando
atrair colaboradores para o cargo, ela oferecerá as melhores
gratificações financeiras da organização. Os futuros auditores de
processos terão uma rotina muito bem delineada e serão avaliados
semestralmente pelas chefias imediatas. Os aspectos da avaliação
julgados deficientes serão objeto de capacitações.

Com referência a essa situação hipotética e ao tema por ela


evocado, julgue o próximo item.

Maria, em termos de liderança, se pauta na teoria X de McGregor.

53) (CESPE STM 2010) A relação existente entre motivação e satisfação no


trabalho é evidente nas organizações, não havendo, portanto, necessidade de
um modelo para explicá-la.

54) (CESPE ABIN 2010) Com relação às teorias da motivação, julgue os itens a
seguir.

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De acordo com a teoria da equidade, a motivação pessoal depende do esforço


empreendido para alcançar determinado objetivo e da atração que esse
resultado exerce sobre o indivíduo.

55) (CESPE ABIN 2010) A motivação pessoal para o trabalho pode variar tanto
em um mesmo indivíduo quanto entre indivíduos, conforme o ambiente
organizacional e a natureza da atividade a ser desempenhada.

Gabarito:
1) E 2) C 3) E 4) E 5) E 6) C 7) E

8) C 9) C 10) E 11) E 12) C 13) C 14) C

15) E 16) C 17) E 18) E 19) C 20) E 21) E

22) C 23) C 24) E 25) C 26) E 27) E 28) C

29) E 30) C 31) E 32) E 33) C 34) E 35) C

36) E 37) C 38) C 39) E 40) E 41) E 42) C

43) C 44) E 45) C 46) E 47) E 48) C 49) E

50) E 51) C 52) C 53) E 54) E 55) C

Abração e bons estudos!!!

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