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Relógio de Sol: Acredita-se que a primeira forma de noção de

“marcação” do tempo do dia que ser humano realizou estava


relacionada com a posição da sombra das coisas durante o dia. O
relógio de Sol funciona assim, analisando a sombra projetada de um
objeto no chão. É o mais antigo dos relógios, já que, desde os
primórdios, o homem se deu conta de que o nascer do Sol é um
fenômeno que se repete a intervalos de tempo regulares. O mais
antigo relógio de sol conhecido foi construído por volta de 1500 AC no
Egito, na época de Tutmosis. As linhas das horas eram marcadas na
pedra a intervalos regulares.

Relógio de Água: O relógio de água consiste de um recipiente de


água no qual é feito um furo. Em seguida, recolhe-se essa água num
recipiente (um jarro, por exemplo). Encher o jarro demanda um
tempo. Este intervalo de tempo passa a ser uma referência. Se algum
evento durou até que o jarro esteja pela metade, então, a duração
desse evento foi a metade do valor de referência.

Ampulheta: O relógio de areia, ou ampulheta, se baseia num


princípio idêntico ao do relógio de água. A passagem de uma
quantidade de areia de um dos recipientes num fundo fechado para
outro, através de um orifício estreito, demanda um tempo constante,
que é usado como um intervalo constante, usado como referência
para a medição de intervalos de tempo.

Durante os séculos XV e XVI, a ciência da fabricação de relógios


prosperou como nunca, particularmente nas metalúrgicas das cidades
alemãs de Nuremberg e Augsburg, e em Blois, na França. Os relógios
se tornaram demonstrações de perícia e habilidade, incorporando
indicadores astronômicos e movimentos musicais. Jost Bürgi
desenvolveu relógios incrivelmente precisos para a época. A invenção
do relógio mecânico no século 13 iniciava uma mudança dramática
nos métodos de medição de tempo, em processos contínuos, a
repetição de processos oscilatórios, assim como o balanço de um
pêndulo ou a vibração de um cristal de quartzo, que foram mais
precisos. Todos os relógios modernos, por exemplo, usam o princípio
da oscilação.

Embora os métodos possam variar bastante, todos os relógios


oscilantes, mecânicos e digitais, e o atômico, funcionam de forma
semelhante e podem até ser dividido em partes equivalentes. Eles
consistem em um objeto que repete o mesmo movimento várias
vezes num mesmo intervalo de tempo, chamado de oscilador, e que
esse intervalo de tempo seja mantido precisamente constante entre
cada repetição. Ligado ao oscilador há um dispositivo controlador,
que suporta o movimento do oscilador, substituindo a energia perdida
pela fricção, convertendo suas oscilações em uma série de pulsos. Os
pulsos são então adicionados em uma cadeia de algum tipo de
contadores para expressar o tempo em unidades convenientes,
geralmente segundos, minutos e horas. Então, finalmente, algum tipo
de indicador mostra o resultado de uma forma facilmente inteligível.

Os relógios modernos mais conhecidos são:

Relógio de bolso: Por volta de 1500, Pedro Henlein, na cidade de


Nuremberg, desenvolveu o primeiro relógio de bolso, que ficou
conhecido como "Ovo de Nuremberg", devido ao seu formato. Foi
construído basicamente de ferro, com corda para quarenta horas, e
um precursor da "Mola Espiral". Era constituído por um indicador e
por um complexo mecanismo para badalar. Foi sem dúvida, em
muitos países, o acelerador para diversas invenções e melhorias,
principalmente na Europa, engatilhando, de maneira vertiginosa, a
indústria relojoeira.

Relógio de Pêndulo: Até o ano de 1580 não existiam métodos para


determinar, de uma forma razoavelmente precisa, intervalos de
tempo relativamente curtos. Essa situação se modificou com a
descoberta, por Galileu, do isocronismo do pêndulo. Isto é, o período
do pêndulo não depende de amplitude do movimento oscilatório
(dependendo apenas do tamanho do pêndulo). Essa descoberta
serviu de base para a construção de relógios de pêndulos acionados
através de pesos ou molas.

Relógio de Pulso: Os primeiros relógios usados por pessoas, com


um uso não industrial ou científico, foram os relógios de bolso. Eram
incrivelmente raros e, vistos como fortes sinais de riqueza,
semelhante às joias, um símbolo da aristocracia daquele tempo,
tendo ele sido inventado no fim do século XIX. O relógio de pulso foi
inventado pela empresa Patek Philippe, embora costume-se atribuir,
erroneamente, a Santos Dumont essa glória. O conhecidíssimo
evento de Santos Dumont requisitar ao seu amigo, e joalheiro, Louis
Cartier, um relógio que ficasse preso ao pulso, para que ele pudesse
cronometrar melhor as suas experiências aéreas, sem correr o risco
de tirar as mãos dos controles do avião. O tal dispositivo teria sido
criado por Cartier em 1904, mas o fato esse já era um adereço
feminino, geralmente sendo feitos por encomenda, cabendo a Santos
Dumont a popularização do instrumento entre os homens. O relógio
de pulso de popularizou definitivamente com a Primeira Guerra
Mundial, sendo fortemente usados pelos soldados, que necessitavam
chegar a locais com a máxima precisão de tempo possível.

Relógio de Quartzo: O relógio de quartzo marcou a indústria


relojoeira no final do século XX. O uso das vibrações mecânicas desse
mineral, pesquisado desde a década de 1930, é difundido na década
de 1960, tornando os relógios mais precisos. Na busca de mais
precisão, em 1967 passou-se a utilizar a radiação eletromagnética do
átomo de césio.

Relógio Digital: O Relógio Digital é um tipo de relógio que utiliza


meios eletrônicos para controlar as horas. Ele utiliza um cristal
piezoelétrico, capaz de gerar pulsos elétricos a uma frequência
constante (usualmente 50 ou 60Hz). Por ser um dispositivo
razoavelmente barato e simples, são associados a diversos outros
aparelhos eletrônicos.

Relógio Atômico: O relógio atômico permite medições de tempo até


100 mil vezes mais precisas que os dispositivos convencionais.
Possibilitará experimentos que antes eram considerados impossíveis,
principalmente na área da astronomia e de ondas gravitacionais.
Como um pêndulo de relógio, o átomo pode ser estimulado
externamente (no caso por ondas eletromagnéticas) para que sua
energia oscile de forma regular, por exemplo: a cada 9.192.631.770
oscilações do átomo de césio-133 o relógio entende que se passou
um segundo. Os elementos mais utilizados nos relógios atômicos são
hidrogênio, rubídio e, principalmente, césio. É considerado o relógio
mais preciso construído pelo homem, atrasando apenas 1 segundo a
cada 65 mil anos. Assim, o Sistema Internacional de Unidades (SI)
equiparou um segundo a 9.192.631.770 ciclos de radiação, que
correspondem à transição entre dois níveis de energia do átomo de
césio-133.

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