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O desenvolvimento
Sempre tendo à frente cristãos fiéis, o evangelho de Cristo foi anunciado e muitas
pessoas creram em Jesus como seu salvador. Apesar de muitas perseguições e de muitos
cristãos serem mortos pela sua fé, o cristianismo florescia em muitos lugares. Mas
enquanto os anos passavam, e a Igreja crescia, também surgiram muitos problemas,
normalmente motivados por cristãos falsos e interesseiros. Surgiram problemas de ordem
estrutural, política e, especialmente, doutrinária. E assim, no decurso dos séculos, vários
desvios doutrinários se infiltraram nos ensinamentos da igreja, afastando-a do verdadeiro
evangelho de Cristo. Cristãos piedosos e preocupados fizeram várias tentativas de levar
a igreja de volta ao ensino de Cristo. Entre eles podem ser citados Agostinho, Pedro
Waldo, João Wiclif e João Huss. Mas poucos conseguiram. O erro e os interesses
persistiram. E parecia que eles cresciam sempre mais.
A Reforma
A situação estava num ponto crítico, quando surgiu na história um monge alemão
chamado Martinho Lutero. Preocupado em ser um cristão fiel, Lutero logo se viu diante
de dois problemas básicos. O primeiro: não conseguiu se sentir tranquilo diante da (falsa)
doutrina da salvação por boas obras. Tentou muito, mas não conseguiu se sentir aceito
diante de Deus. Até que descobriu que a Bíblia diz exatamente o contrário: O JUSTO
VIVERÁ POR FÉ (Romanos 1.17). Isto é: bastava crer em Cristo para ser salvo e aceito
por Deus. O segundo problema: a igreja estava praticando um sistema mercantilista com
o perdão dos pecados. Dizia que, através do pagamento de determinada quantia, os fiéis
tinham suas penas diminuídas no purgatório. Este procedimento tornou-se um rendoso
negócio para os ávidos bolsos do Papa e dos bispos, que passaram a viver em crescente
poder e luxo.
Não podendo ficar calado, Lutero, a 31 de outubro de 1517, afixou na porta da
igreja do castelo de Wittenberg suas 95 Teses contra os abusos da Igreja e especialmente
contra a venda de indulgências. Logo o conteúdo destas Teses explodiu por todos os
lados. Lutero, então, passou a participar de vários debates teológicos com autoridades
civis e eclesiásticas que tentavam fazê-lo abrir mão da verdade e retratar-se de suas
críticas à igreja e ao Papa.
Em 1520, Lutero foi excomungado pelo Papa e, no mesmo ano, queimou a Bula
de Excomunhão em praça pública, rompendo assim com a Igreja Católica Romana da
época. Em 1530, surgiu a Confissão de Augsburgo que foi escrita por Lutero e
Melanchton, seu fiel companheiro. Este documento trazia um resumo dos ensinos
luteranos. Pouco a pouco, o ideal de reforma da Igreja Católica que Lutero possuía foi
sendo sufocado e o Reformador viu-se obrigado, juntamente com seus seguidores, a
formar um grupo separado de cristãos que queriam permanecer fiéis às verdades bíblicas
do Evangelho. Surgia assim a Igreja Luterana.
Fonte: site da IELB