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ESQUADRIAS
 esquadrias = denominação geral para portas, janelas, portões, marcos,
caixilhos, venezianas, persianas, etc.
 caixilhos = parte de uma esquadria onde são fixados os vidros
cuidados em projeto: posição das esquadrias, sentido de abertura das
portas e janelas de abrir, espaçamento mínimo entre a esquadria e o
canto da parede (min. 20cm), segurança, etc.
 agressões que as esquadrias de madeira sofrem em obra: choques de
ferramentas e carrinhos; queima com cal ou cimento (aplicar óleo de
linhaça ou selador ou demão de verniz para proteção)

Nomenclatura das partes de uma esquadria


 contramarco (contra-batente)
· parte fixa da esquadria
· reveste o vão da abertura
· recebe a fixação do marco
 marco (batente):
· parte fixa da esquadria
· reveste o vão da abertura ou é fixado ao contramarco por meio de
parafusos
· recebe fixação ou articulação para as folhas ou caixilhos da esquadria
· laterais: umbrais do marco ou “ombreiros”
· parte superior: verga do marco
· rebaixo para receber a folha da porta
 folha e caixilho:
· parte móvel de portas e janelas de abrir
· estrutura: quadro composto por dois montantes verticais e duas (ou
mais) travessas horizontais

Materiais
 madeira
 metálicas (ferro, alumínio, bronze, aço inoxidável)
 plásticas (PVC)
 mistas

Localização
 externa
 interna
Forma de funcionamento das folhas ou caixilhos
 fixas
 movimento de rotação. Ex.: abrir
 movimento de translação. Ex.: correr
 movimento misto
Fixas Vidraças fixas (caixilhos não se abrem)
Esquadrias de abrir com
De charneira ou de
movimento de rotação sobre eixo
gonzos
vertical situado no bordo da folha
De abrir com movimento de
De alçapão rotação sobre eixo horizontal no
bordo da folha
As folhas têm movimento de
Com movimento de rotação sobre eixo horizontal
Basculantes
rotação passando pelo meio da folha.
Rotação sobre o eixo vertical
Pivotantes passando pelo meio da folha
Esquadrias com rotação completa
Giratórias (ex.: e contínua sobre eixo vertical
portas de bancas) passando pelo eixo de um
conjunto de uma ou mais folhas

Folhas de correr em direção


Corrediças
horizontal
ESQUADRIA
S Movimento de translação em
Com movimento de De guilhotina
direção vertical
translação
Movimento de translação vertical
De guilhotina – usual com movimento de rotação
Stumpf, etc para melhor vedação e lavagem
de vidros
Esquadria mista com movimento
combinado de alçapão e
Basculantes de eixo
deslizamento do eixo de rotação
deslocável
(de alçapão deslizante: Maxim-
Ar, Edda, etc
Permitem inversão da báscula
Basculantes e
Com movimento (dupla) para lavagem do vidro e
pivotantes especiais
misto (translação + acesso entre vidros
rotação) Esquadria constituída por chapas
onduladas de aço especial ou
Cortinas de enrolar réguas metálicas orientáveis, ou
grades idem.
Esquadrias com folhas articuladas
De sanfona entre si.
PORTAS DE MADEIRA

 Marco
· simples:
 paredes espessas
 vem caindo em desuso pois não se faz mais paredes espessas
 abertura no reboco da parede com rebaixo (gola) para fixação do
marco
 dificuldade de acabamento

· meio-caixão:
 dispensam o alisar externo (guarnição, vista)
 utilizadas em portas externas

· caixão:
 umbrais e verga  espessura = 3,5cm; largura igual à espessura
da parede; rebaixo, de l cm para o batente da folha (simples ou
duplo)
 alizares em ambos os lados da parede
· caixão almofadado:
 paredes bastante espessas
 dois marcos meio-caixão com espaço preenchido por almofadas

· sistema Scheid:
 moderno; ótimo acabamento
 pré-fabricado

· metálicos:
 chapa de ferro dobrada
 econômicos
 eficientes em obras populares com paredes de concreto
· mistos: perfis metálicos para reforço ao marco de madeira

 Contramarco
· marco de madeira de qualidade inferior
· menor espessura que o marco (3 a 3,5cm)
· mesma largura da alvenaria
· chumbados nas alvenarias ANTES do marco

Fixação de marcos e contramarcos


· parafusamento em tacos de madeira fervidos em asfalto e revestidos
de areia grossa

· parafusamento na argamassa da alvenaria


· chumbadores de ferro (rabo de andorinha = grapas) parafusados no
marco ou contramarco
cuidados:
· nivelamento rigoroso da verga
· prumo dos umbrais

Folhas das portas


· emín = 3,5cm (mais usual: 4cm)
· constituída por um quadro formado por dois montantes e duas
travessas

 portas maciças
· feita de uma única peça ou no máximo duas unidas de modo a
formar uma única peça
· pesadas
· alto custo
· alta segurança

 porta compensada ou lisa


· quadro revestido por: chapas compensadas de madeira de lei;
madeira aglomerada; plástico melamínico; etc.
· durabilidade = f (tipo de cola)
· maciças - miolo de sarrafos justapostos e colados (uso externo e
interno)
· semi-ocas - sarrafos espaçados (uso interno)
· ocas - favos de madeira, plástico, papelão, etc. (uso int.)
 portas almofadadas
· montantes e travessas munidos de ranhuras, que recebem os bordos
ou machos das almofadas
· maior rigidez da folha com mais almofadas menores
· ponto fraco da folha para molduras finas
· diversos tipos de encaixe da almofada a montantes e travessas

 portas tipo calha ("mexicana")


· tabuado de tábuas de 11 x 4cm aparelhadas, macho e fêmea,
parafusadas a 3 travessas horizontais nela embutidas
· diversas sambladuras macho e fêmea  diversos acabamentos
· alta segurança
 portas venezianas
· quadro de 2 montantes e 2 travessas com palhetas inclinadas a 45º
encaixadas nos montantes
· comprimento máximo das palhetas = 40 a 50cm. Se for maior, fazer
montante intermediário conforme figura abaixo.
· usos: armários, cozinhas, portas janelas, etc.
 hporta  2,20m  bandeirolas

Guarnições
· alizares ("vistas")
· acabamento (cobre a fresta existente entre o marco ou contramarco e a
alvenaria)
· larguras: 5 a 9cm; espessuras: 1 a 1,5cm
· seção transversal variada
JANELAS DE MADEIRA
Componentes
· caixilhos (permitem passagem de luz; impedem ventilação)
· venezianas (permitem ventilação; impedem passagem de luz)
· marco
· guarnição (alizares, vistas)
· ferragem

Tipos
 Janelas de guilhotina
· movimento das folhas no sentido vertical
a) guilhotina simples
- limitação: peso  uso em aberturas com até 80cm de vão
b) guilhotina com contrapeso
- uso em aberturas com até 1,70m de vão
c) sistema Einsfeld
- caixilhos basculam para dentro
- uso em aberturas com até 2,00m de vão dentro
 vantagens:
- sistema de regulagem de entrada de ar
- abertura de todo o vão para sistema Einsfeld
- limpeza facilitada no sistema Einsfeld
- vedação excelente
 desvantagens:
- a ventilação é de até 47% da área do vão (para sistema comum)
- vãos altos e pouco largos

 Janelas de abrir (charneira)


· movimento de rotação dos caixilhos sobre um eixo vertical
situado no bordo da folha (abertura para dentro ou para fora)
· 2 a 3 dobradiças em cada caixilho
· tranca por meio de cremonas
 vantagens:
- ventilação de 99% do vão
- vedação excelente
- facilidade de limpeza quando a abertura é para dentro
 desvantagens:
- batem facilmente com o vento
- ocupam muito lugar interno e dificultam a colocação de cortinas
quando a abertura é para dentro
- vãos até 1,60m

 Janelas de correr
·tipo mais utilizado nos dias atuais
·bandeirolas móveis ou fixas (laterais)
·trilhos inferiores e superiores
·maior eficiência: roldanas superiores e trilho-guia inferior (caixilho
suspenso)
 vantagens:
- uso em vãos de pequena altura e grande largura
 desvantagens:
- pouca eficiência na ventilação (<45% da área do vão)
- pouca eficiência na gradação da ventilação
- vedação ineficiente
- dificuldade para limpeza

 Janelas basculantes
·movimento de rotação sobre eixo horizontal
·uso bastante difundido em banheiros e cozinhas
 vantagens:
- grande eficiência na gradação da ventilação
- estanqueidade

 Janelas Maximar
·movimento misto de rotação e deslizamento do eixo de rotação
(alçapão deslizante)
 desvantagens:
- pouca eficiência na ventilação
- batem com facilidade (em prédios altos  vidros de segurança)

 Janelas Sanfonadas
·folhas articuladas entre si
·deslizamento das folhas: sobre um rebaixo feita no marco
 vantagens:
- ótima eficiência na ventilação (100% do vão)
Batente

PERSIANAS

·"venezianas de enrolar"
· plástico, madeira
· réguas chanfradas (e = 15mm), articuladas por meio de grampos
· corrediças metálicas
 vantagens:
- permite manobra do interior sem necessidade de abrir a janela
- trabalham dentro de corrediças articuladas
 desvantagens:
- persianas de madeira estão sujeitas ao empenamento  dificuldade
de enrolar e desenrolar a persiana
- ruído elevado
- necessidade de caixa para o armazenamento da persiana enrolada
(na altura da verga da janela)

ESQUADRIAS METÁLICAS
· ferro (cantoneiras ou chapa dobrada), alumínio
· fixação da esquadria na alvenaria: grapas de ferro em cauda de
andorinha

ex: largura 2,0m / altura 2,3m = 14 pontos (14 grapas): 8 nos


montantes e 6 nas travessas
· chumbamento das grapas na alvenaria: argamassa de cimento e
areia 1:3
· no mínimo 2 grapas em cada lado
· fixação das grapas à esquadria de ferro: parafusamento
· fixação das grapas à esquadria de alumínio: soldagem autógena,
encaixe, autorebitagem ou parafusos de aço cadmiado cromado

FIXAÇÃO DE ESQUADRIAS METÁLICAS

Condições para o início do serviço


· alvenaria concluídas (aberturas com faces planas e aprumadas, com folgas
de 5cm junto à contraverga e 3cm junto às demais faces dos vãos)
· taliscas do revestimento de paredes instaladas

Colocação dos caixilhos


· fixar dois sarrafos de madeira no vão, com auxílio de cunhas
· amarrar o caixilho aos sarrafos com arame
· alinhar o caixilho com as taliscas de revestimento das paredes e aprumar o
caixilho
· chumbamento das grapas com argamassa de traço 1:3 (ci:ar, em volume)

FIXAÇÃO DE ESQUADRIAS DE MADEIRA

Condições para o início do serviço


· alvenaria concluídas (aberturas com faces planas e aprumadas, com folgas
de 10 a 15mm de cada lado)
· blocos preenchidos com argamassa (traço 1:4 em volume), para
parafusamento
· taliscas do revestimento de pisos e paredes instaladas

Preparo e colocação dos batentes (contramarcos, forras)


· batente posicionado no prumo
· base dos umbrais sobre o nível do piso acabado (revestido)
· alinhamento com as taliscas da parede, com auxílio de régua de alumínio
· verificação do nível e prumo dos umbrais (ajuste por meio de cunhas de
madeira)
· furar a alvenaria nos pontos pré-determinados; parafusar o batente; tapar os
furos

Colocação das portas


· folgas: 3mm em relação ao batente; 8mm
em relação ao nível do piso acabado
· ferragens
· colocação das guarnições ("vistas",
alizares)

NORMALIZAÇÃO DE JANELAS

A janela e suas funções

Na normalização de janelas, independentemente dos diversos tipos


existentes e dos diferentes materiais empregados na sua construção,
devem ser considerados os seguintes aspectos:

 Habitabilidade
1. Penetração de ar
2. Penetração de água
3. Penetração de partículas e de insetos
4. Transmissão sonora
5. Iluminação
6. Ventilação

 Operação, manutenção e durabilidade


1. Manuseio
2. Manutenção
3. Durabilidade

 Esforços de uso
1. Ciclos de abertura e fechamento
2. Resistência à flexão do montante ou da travessa no plano da folha
3. Resistência à flexão do montante ou da travessa perpendicular ao
plano da folha
4. Resistência à deformação diagonal da folha
5. Resistência ao arrancamento das articulações (dobradiças, etc.)
6. Resistência à torção

 Segurança estrutural
1. Resistência a cargas uniformemente distribuídas
2. Resistência aos esforços provenientes de movimentações da estrutura

Critérios de avaliação de desempenho

1. Condições gerais:

a) Todas as janelas devem ser fornecidas com todos os acessórios


originais necessários ao seu perfeito funcionamento; os componentes
produzidos em série deverão manter todas as características do
protótipo testado.
b)Os acessórios devem ser de material compatível com aquele utilizado
na fabricação da esquadria, com desempenho comprovado mediante os
testes de durabilidade, compatibilidade e resistência aos esforços de
uso previstos.
c) Os perfis deverão ser adequados à fabricação das janelas e atender às
exigências de normas específicas.
d)Os perfis e os métodos construtivos utilizados não devem apresentar
defeitos que comprometam a resistência e/ou a durabilidade das
janelas.
e) Todos os componentes das janelas devem receber um tratamento
adequado, destinado a garantir a durabilidade do conjunto em
condições normais de utilização.
f) Os vidros devem ser trabalhados e colocados de acordo com as
normas NBR 7199 e NBR 7210.
g)No caso do uso de algum outro material no lugar do vidro, este deve
ser trabalhado e colocado de acordo com a melhor técnica disponível
e/ou especificações existentes, devendo conferir também às janelas c
atendimento a esta especificação.

2. Condições específicas:

a) Habitabilidade, penetração de ar

A penetração de ar através de uma janela submetida a uma pressão de


ensaio de 135Pa, não deve ser maior do que qualquer um dos valores
seguintes:

60m3/h x m2 de área aberta;


12m3/h x metro linear de juntas abertas

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