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fernando pessoa
edição de
jerónimo pizarro
patricio ferrari
coordenador da colecção
jerónimo pizarro
L ISBOA
tinta‑da‑china
mmxiii
índice
a É importante frisar que Teresa Rita Lopes foi a primeira a propor uma lista exaustiva
(a mais exaustiva possível na altura), porque, antes dela, António Pina Coelho (1966, p. 342;
1967, tomo 1, pp. 64 et seq.) já tinha feito um primeiro levantamento de 20 desdobramentos
pessoanos.
apresentação
13
árdua e inexacta a contabilidade do universo fictício pessoano – por futuras pesquisas e novas descobertas. Pessoa sempre foi
ou de qualquer espaço imaginário alheio – apenas sai confirmada essencialmente múltiplo e nada impede que o seja ainda mais,
com afirmações deste tipo. até porque todo o processo de levantamento depende de cri-
Entretanto, estava em preparação o livro Teoria da Hetero- térios de admissão e de exclusão. Martins e Zenith excluíram
nímia, editado por Fernando Cabral Martins e Richard Zenith, mais de 30 nomes identificados por Cavalcanti Filho; nós
em que «106 nomes são apresentados em ordem aproximada- excluímos menos, mas não incluímos muitíssimos nomes da
mente cronológica» (Pessoa, 2012, p. 45). Até à sua publicação nossa selecção inicial de candidatos (veja-se, a este respeito,
efectiva, sempre imaginámos que se tratasse de uma selecção o Posfácio). Incluímos, além disso, alguns novos nomes nunca
de textos dedicados ao fenómeno do «heteronimismo» – é antes listados.
esta a palavra mecanografada por Pessoa, que nunca utilizou A investigação que tornou possível este livro foi simultanea-
o termo «heteronímia» (ver Pizarro, 2012a, p. 73). Pelo nosso mente complexa e fascinante. Complexa, porque percorremos
lado, interessava-nos, em 2010, quando começámos a prepa- as 30 mil folhas do espólio pessoano, à procura do que pode-
rar este livro, não seleccionar textos dispersos e previamente ríamos denominar vestígios ficcionais, isto é, nomes inventados
publicados sobre uma temática específica, mas sim retomar o ou nomes reais ficcionados, e inventariámos todos os nomes de
trabalho pioneiro de Teresa Rita Lopes e oferecer ao público que há uma inscrição ou um testemunho. Fascinante, porque
uma «Prática do Heteronimismo», título de que abdicámos, a no caso de muitas figuras não tínhamos uma visão de conjunto
favor de um outro menos técnico e mais poético: Eu Sou Uma – conhecem-se, por exemplo, as Obras de António Mora (2002)
Antologia – 136 autores fictícios. Este livro é, portanto, uma e as Obras de Jean Seul de Méluret (2006), mas não as do Dr.
tentativa renovada e mais exaustiva de antologizar Pessoa; ou Pancracioc ou as de Charles Robert Anon –, e a nossa pesquisa
melhor, de revisitar a antologia que a obra pessoana sempre permitiu-nos conhecer melhor Pessoa na sua pluralidade. Isto
foi. Desde 1990, essa antologia não tem parado de crescer, levou-nos a reler textos editados e a ler textos inéditos, a atingir
uma vez que, desde a pioneira lista de Teresa Rita Lopes, se uma percepção mais nítida de figuras acerca das quais tínhamos
descobriram várias outras personagens, entre as quais Gio- ideias muito vagas, e a compreender melhor o desenvolvimento
vanni B. Angioletti, a mais recentemente resgatada e revelada e a dinâmica do heteronimismo pessoano. Foi fascinante, por
por José Barreto, em 2012b. Isto sugere – e convém admiti-lo exemplo, redescobrirmos a mobilidade deste teatro existencial:
desde já – que o conjunto aqui proposto de 136 figuras que sur- num jornal fictício, o Dr. Pancracio é descrito como o «antigo
gem no espólio de Fernando Pessoa como autoras de textos ou Pip»; num caderno, David Merrick é substituído por Charles
com funções atribuídas poderá, naturalmente, ser ampliado Robert Anon; numa folha solta, Anon passa, por sua vez, a ser
apresentação apresentação
14 15
[72‑34r]
(Da carta de 13‑1‑1935 de Fernando Pessoa a Adolfo Casais Monteiro)
1
h.w.m.
[133F‑41r]
h.w.m. [1]
23
[1.1] Equivocal Love Letter Carta de amor equívoca [trad.]
To – À –
The great love I have hitherto expressed for you O grande amor que até agora te comuniquei
is false, & I find my indifference towards you é falso, e creio que a minha indiferença por ti
increases daily. The more I see of you the more cresce a cada dia. Quanto mais te vejo, mais
you appear in my eyes an object of contempt. apareces a meus olhos como digna de desprezo,
I feel myself everyway disposed & determined sinto que estou inteiramente disposto e determinado a
to hate you. Believe me I never had an intention odiar‑te. Acredita que nunca tive intenção de
to offer you my hand. Our last conversation has conceder‑te a minha mão. A nossa última conversa
left a tedious insipidity, which has by no means deixou‑me com uma monotonia tediosa, que de forma alguma
given me the most exaltic1 idea of your character, me proporcionou a mais exaltante imagem do teu carácter,
your temper would make me extremely unhappy o teu temperamento tornar‑me‑ia extremamente infeliz
& if we are united I shall experience nothing but e ao unirmo‑nos, não sentiria senão o
the hatred of my parents, added to everlasting dis‑ ódio dos meus pais, juntamente com o interminável des‑
pleasure in living with you. I have, indeed, a heart agrado de viver contigo. Eu tenho, de facto, um coração
to bestow, but I do not desire you to imagine it para oferecer, mas não quero que o imagines
at your service I could not give it to one more ao teu serviço, não podendo dá‑lo a ninguém mais
inconsistent & capricious than yourself & less inconsistente e caprichoso que a ti e menos
capable to do honour to my choice & family. capaz de honrar a minha escolha e família.
Yes, I hope you will be persuaded that Sim, espero que fiques persuadida de que
I speak sincerely and you will do me a favour falo de forma sincera e far‑me‑ás um favor ao
to avoid me. I shall excuse you taking the trouble ignorar‑me. Dou‑te licença de evitares o trabalho de
to answer this; your letters are always full of responder a isto, as tuas cartas são sempre cheias de
impertinence, & you have not a shadow of impertinências, e não tens a mais pequena noção de
wit & good sense. Adieu! Adieu! believe me génio e bom senso. Adieu! Adieu! Imagina‑me
so averse to you that it is impossible for me ever tão adverso a ti que me é impossível alguma vez ser
to be your most affectionate friend & humble servant. o teu mais afectuoso amigo e humilde servo.
N[ota] B[ene] After reading commence again on the N[ota] B[ene] Após ler, começar de novo na primeira linha
first line, & read every alternate line to the end. e ler cada linha alternadamente até ao final.
[49B5‑37v] [Francis Wyatt, <*Lord>] Figura revelada em 2010, na edição crítica do Livro do Desasocego
(2010, tomo 2, p. 615), já que o único texto que lhe foi atribuído
se encontramanuscrito no verso de um fragmento destinado
ao Livro, datável de 1913. James Bodenham encarna a paixão de
Pessoa por todo o tipo de dicionários – que leu e inventou ao
longo da sua vida –, por todo o tipo de enigmas e mistérios, e até
pela publicidade, porque o texto que se conhece de Bodenham
parece uma síntese publicitária da obra The Psychological Laws
[14D‑34v] [Augustus C. Wyatt | Christopher Wyatt | Arthur C. Wyatt] of Problem Solving [As Leis Psicológicas da Resolução de Problemas].
[Riscado: Quentin Durward, romance de Walter Scott]
Também não é de descartar a hipótese de este projecto ser mais
«real», pensando que Pessoa terá tentado «fazer pela vida»,
para citar António Mega Ferreira (2005), inventando dicio-
nários técnicos e atendendo ao facto de, em 1915, o poeta ter
oferecido dois jogos de guerra por si inventados, e não paten-
teados, aos donos dos célebres Armazéns Gamages no centro
de Londres (Sensacionismo e Outros Ismos, 2009, p. 661). Na sua
obra, Bodenham propunha‑se expor os princípios psicológicos
subjacentes à solução de vários tipos de problemas, uma expo-
sição que teria tido grande interesse para a ampla família de
charadistas e decifradores de enigmas criada por Pessoa, mas
também para os leitores e colaboradores de publicações popu-
laríssimas à altura, tais como Tit‑Bits e Answers, que Pessoa,
como todos os seus contemporâneos de língua inglesa, conhecia
muito bem. Acrescente‑se que Pessoa criou uma personagem,
A. A. Crosse (cf. 124), que enviava soluções para os concursos
desse tipo de publicações de grande tiragem, e ganhou algum
[153‑83r]
(Versos soltos, sem data)
Pulverisação da personalidade: não sei quaes são as m[inhas] idéas, nem os m[eus]
sentimentos nem o meu caracter... Se sinto uma cousa, emq[uan]to a sinto na pessoa
visualizada de uma qualquér criatura que apparece em mim. Substitui os meus sonhos
a mim‑proprio. Cada pessôa é apenas o seu sonho de si‑proprio. Eu nem isso sou.
[144D2‑46r]
(De um trecho de 1914 do Livro do Desassossego)
[49C1‑47v]
(Nota de c. 9‑2‑1914)
p osfácio
je rón i m o p i z a rro, pat ri c i o f e rra ri
posfácio
701
histórias, entre elas uma «longa história em episódios», cujas sentes e a referir. É por estes e outros motivos, que, potencial-
personagens «tinham todas nomes bastante absurdos tais como mente, o número de «almas» de Pessoa não é determinável com
senhor Cenoura, senhor Nabo e outros» (apud França, 1987, exactidão. Entre os outros motivos, que o leitor pode adivinhar,
p. 312). Seria o senhor Nabo o futuro Dr. Gaudencio Nabos, com figura um que se desdobra em vários: Pessoa costumava cruzar
«s» final? E quem teria sido o senhor Cenoura? E que vestígios os planos da realidade e da ficção, quer inserindo figuras irreais
ficcionais sobreviveram do Chevalier de Pas, para além de duas em jogos reais (ou vice‑versa), quer transformando em persona-
assinaturas num Floral Birthday Book [Agenda Floral de Aniver- gens fictícias indivíduos reais (ou vice‑versa). Para estabelecer
sários], conservada por Manuela Nogueira? E o que sobreviveu em absoluto o número total de figuras inventadas por Fernando
do capitão Thibeaut, para além dessa menção no texto supra- Pessoa, teríamos de conseguir, entre outras coisas, destrinçar
citado? Não sabemos ao certo, como também não temos como com segurança as personagens fictícias das históricas – sendo
determinar quantas figuras, reais e irreais, faziam parte dos que algumas destas foram absorvidas pela ficção (por exem-
jogos inventados por Pessoa, jogos, por exemplo, de corridas de plo, Henry More) –, e destrinçar as figuras internas e externas
cavalos, com apostas simbólicas, como os que registou nos seus às ficções pessoanas – sendo que algumas personagens ganha-
primeiros cadernos. ram exterioridade (por exemplo, Antonio Mora) –; estas duas
Seguindo os critérios que orientaram esta antologia, não tarefas, e outras afins, comportarão sempre um certo grau de
foram aqui incluídos todos os nomes referidos em diversos incerteza, porque em muitos casos faltam‑nos elementos que
jogos inventados por Pessoa, nem antologizadas figuras referidas determinem se uma figura cruzou ou não a fronteira da ficção.
por outrem ou personalidades fictícias das quais só restou uma Contudo, neste posfácio é necessário ir além dos verbe-
«imperfeita lembrança». Daí que tenhamos optado, tal como tes críticos das 136 figuras antologizadas e mencionar outros
Teresa Rita Lopes, por iniciar a antologia na primeira década do nomes (são tantos!) que, como a cauda de um cometa, formam
século xx, visto que os papéis mais antigos que se conservam no parte do cometa Pessoaa. A sublista seguinte, organizada alfabe-
espólio pessoano, como o caderno 144B (ver Cadernos, 2009, ticamente, para facilitar a consulta e atendendo à dificuldade de
pp. 15 et seq.), por exemplo, são de 1900, quando Pessoa fez doze datar criticamente alguns registos onomásticos que não estão
anos, e que o primeiro poema inglês datado de Pessoa é de 12 de ligados a um texto, servirá para justificar a exclusão de algumas
Maio de 1901 («Separated from thee», 16A‑48; Obra Poética, 1965, figuras do núcleo cometário, para convidar outros investiga-
p. 621). O que é interessante notar, e basta folhear esse caderno dores a indagarem mais sobre a origem e a relevância destes
e outros papéis dos anos de Durban para o descobrir, é que Pessoa nomes, e para deixar este livro aberto, porque estamos todos
revelou desde cedo uma paixão singular pelas listas de dramatis ainda a tirar «fotografias de grupo», fotografias de Pessoa &
personae, pelas listas de autores de livros, pelos nomes em geral C.ª, em que podem não aparecer todas as figuras que deveriam
e pelos jogos – de palavras ou de outro género – em que eram
vários os participantes e, portanto, vários os nomes a ter pre- a Recorremos aqui ao vocabulário metafórico usado por Luiz Fagundes Duarte (1988).
posfácio posfácio
702 703
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New York: Grove Press. cio e a publicidade. Incluindo textos libraires‑éditeurs; Paris: G. soa, 8‑295.
patricio ferrari
Doutorou-se na Universidade de Lisboa com a dissertação
«Meter and Rhythm in the Poetry of Fernando Pessoa» (2012).
Co-dirigiu o projecto de digitalização da Biblioteca particular
de Pessoa. Publicou artigos em diferentes línguas, dando par-
ticular destaque a questões de métrica e marginalia (Bulletin of
Spanish Studies, Luso-Brazilian Review, Pessoa Plural, Portuguese
Studies e Thyrse, entre outras). Pós-doutorando na Universidade
de Lisboa, na Brown University e na Stockholms universitet,
prepara uma edição crítica e um estudo da poesia inglesa inédita
de Fernando Pessoa.
eu sou uma antologia
foi composto em caracteres filosofia e impresso na
guide, artes gráficas, sobre papel coral book de
80 g/m2, no mês de outubro de 2013.