Você está na página 1de 23

&,5&8,726'(,/80,1$d­2

/Æ03$'$6

/kPSDGDVGHLQFDQGHVFrQFLD
Em virt ude da t em perat ura m uit o elevada do filam ent o em funcionam ent o ( at é
2500 º C) a sua resist ência varia em grandes proporções conform e a lâm pada
est á apagada ou acesa.
Sendo a resist ência a frio baixa, t em com o result ado um a pont a de corrent e no
acendim ent o que pode at ingir 10 a 15 vezes a corrent e nom inal durant e
alguns m s a algum as dezenas de m s.
Est a solicit ação diz respeit o quer às lâm padas de incandescência norm ais, quer
às lâm padas de halogéneo; ela im plica reduzir o núm ero m áxim o de lâm padas
que podem ser alim ent adas por um m esm o disposit ivo t al com o um
t elerrupt or, um cont act or m odular ou um relé.

AAT CIE – 2003/2004 1


&,5&8,726'(,/80,1$d­2

Na prát ica int ervêm diferent es fact ores para que est e m áxim o t eórico não sej a
at ingido: im pedância não desprezável da font e e dos elem ent os do circuit o
( condut ores, disj unt or, cont act os do casquilho) .
Por out ro lado a const ant e de t em po do circuit o opõe- se a que a corrent e t om e
inst ant âneam ent e um valor elevado, o que dá ao filam ent o o t em po necessário
para o seu aquecim ent o, im plicando um aum ent o de resist ência.
No ent ant o, a am plit ude m áxim a at ingida pela corrent e é ainda um m últ iplo
elevado da corrent e nom inal: 8 a 11 v ezes.
Est e fenóm eno t em evident em ent e um a curt a duração pois que, num t em po
m uit o curt o, o filam ent o at inge a sua t em perat ura norm al de funcionam ent o.
Est e efeit o deve ser t om ado em at enção quando da escolha de disj unt ores para
a prot ecção de canalizações que alim ent em um grande núm ero de lâm padas de
incandescência.

AAT CIE – 2003/2004 2


&,5&8,726'(,/80,1$d­2

/kPSDGDVGHKDORJpQHRGHWHQVmRUHGX]LGD

Cert as lâm padas de halogéneo de pot ência baixa são alim ent adas em t ensão
reduzida ( 12 ou 24 Volt ) por int erm édio de um t ransform ador ou de um
conversor elect rónico.
Com um t ransform ador, ao fenóm eno da variação de resist ência do filam ent o
acresce o fenóm eno da m agnet ização. A corrent e de ligação pode at ingir 50 a
70 vezes a corrent e nom inal durant e alguns m s.
A ut ilização de reguladores de fluxo colocados a m ont ant e reduz fort em ent e
est a solicit ação.
Na prot ecção dest es circuit os de alim ent ação de t ransform adores de t ensão
reduzida dev em ser ut ilizados disj unt ores m odulares com curva de disparo dos
relés elect rom agnét icos do t ipo D ( 10 a 14 I n ) .

AAT CIE – 2003/2004 3


&,5&8,726'(,/80,1$d­2

/kPSDGDVIOXRUHVFHQWHV
O balast ro m agnét ico
As lâm padas fluorescent es necessit am de um a lim it ação da int ensidade do
arco, sendo est a função realizada por um a indut ância ( balast ro m agnét ico)
colocado em série com a lâm pada ( ver figura) .
Est a disposição é a m ais ut ilizada nas aplicações dom ést icas em que o núm er o
de lâm padas é lim it ado. Nenhum a solicit ação part icular é aplicada aos
int errupt ores.

AAT CIE – 2003/2004 4


&,5&8,726'(,/80,1$d­2

O arrancador
A função do arrancador é dupla: assegurar o pré- aquecim ent o dos eléct rodos
da lâm pada, e gerar um a sobret ensão para o arranque da descarga da
lâm pada. Est a sobret ensão é gerada pela abert ura de um cont act o ( lâm ina
bim et álica) que int errom pe a corrent e que circula no balast ro m agnét ico.
Durant e o funcionam ent o do arrancador ( cerca de 1 s) a corrent e absorvida
pela arm adura é de cerca 2 vezes a corrent e nom inal.

AAT CIE – 2003/2004 5


&,5&8,726'(,/80,1$d­2

$FRPSHQVDomR
A corrent e absorvida pelo conj unt o lâm pada + balast ro sendo essencialm ent e
indut iva, t em um fact or de pot ência m uit o baixo ( 0,4 a 0,5) .
Nas inst alações com um a grande quant idade de lâm padas fluorescent es é
necessário prever um a com pensação para m elhorar o fact or de pot ência.
Para grandes inst alações de ilum inação pode ser previst a um a com pensação
cent ralizada com bat erias de condensadores, m as é m ais frequent e est a
com pensação ser realizada ao nível de cada arm adura m ediant e diferent es
esquem as ( ver figura) .
Os condensadores de com pensação são ent ão norm alm ent e dim ensionados de
form a a que o fact or de pot ência global sej a superior a 0.86.
No caso m ais frequent e, o da com pensação paralela, a sua capacidade é em
m édia de 1 µF por 10 W de pot ência act iva para qualquer t ipo de lâm pada.

AAT CIE – 2003/2004 6


&,5&8,726'(,/80,1$d­2

As solicit ações da com pensação


O esquem a de com pensação em paralelo im plica solicit ações no acendim ent o
da lâm pada. Est ando o condensador inicialm ent e descarregado a colocação sob
t ensão provoca um a sobreint ensidade.
Aparece igualm ent e um a sobret ensão, em virt ude do circuit o const it uído pelo
condensador e pela indut ância da alim ent ação.
Dá- se de seguida um exem plo:
Considerem os um conj unt o de 50 lâm padas fluorescent es de 36 W cada um a:
- Pot ência act iva t ot al = 1800 W;
- Pot ência aparent e = 2 KVA;
- Corrent e eficaz t ot al = 9 A;
- Corrent e de ligação = 13 A.

AAT CIE – 2003/2004 7


&,5&8,726'(,/80,1$d­2

Com :
- Capacidade t ot al: C = 175 µF;
- Um a indut ância de linha ( correspondent e a um a corrent e de
curt o- circuit o de 5 kA) : L = 150 µH;
A corrent e de ligação m áxim a na colocação sob t ensão é igual a:

& 175 × 10 −6
, F = 9max = 230 × 2 × = 350 $
/ 150 × 10 −6

A corrent e de ligação t eórica, quando da colocação sob


t ensão, pode port ant o at ingir 27 vezes a corrent e de pico em
funcionam ent o norm al.
O andam ent o da t ensão e da corrent e no acendim ent o é dado na figura
seguint e para o fecho de um int errupt or no m áxim o da t ensão da rede.

AAT CIE – 2003/2004 8


&,5&8,726'(,/80,1$d­2

AAT CIE – 2003/2004 9


&,5&8,726'(,/80,1$d­2

Há port ant o um risco de soldadura dos cont act os dos disposit ivos
elect rom ecânicos de com ando ( t elerrupt or, cont act or, disj unt or) .
O quadro seguint e apresent a as vant agens e desvant agens dos diferent es
esquem as de com pensação.

AAT CIE – 2003/2004 10


&,5&8,726'(,/80,1$d­2

Na realidade, as solicit ações são em geral m enos severas, em virt ude da


im pedância dos cabos.
A norm a CEI 60669- 1 indica as capacidades a t om ar em consider ação na
concepção dos int errupt ores, para um a corrent e de curt o- circuit o presum ida
de 3 kA:
- calibre < 6 A: 70 µF;
- calibre > = 6 A: 140 µF.
Solicit ação part icular quando do acendim ent o de vários grupos de lâm padas
fluorescent es
Quando um grupo de lâm padas fluorescent es se encont ra j á ligado, os
condensadores de com pensação dest as lâm padas, j á sob t ensão, part icipam na
corrent e de ligação de um segundo conj unt o de lâm padas: eles am plificam o
pico de corrent e no int errupt or de com ando no m om ent o do acendim ent o do
segundo grupo.
AAT CIE – 2003/2004 11
&,5&8,726'(,/80,1$d­2

O quadro seguint e indica a am plit ude do prim eiro pico de corrent e, para
diferent es valores da corrent e de curt o- circuit o presum ida I cc:

1~PHUR GH OkPSDGDV OLJDGDV 3LFRGHFRUUHQWH GHOLJDomR $


1~PHUR GHOkPSDGDV Mi HP VHUYLoR ž JUXSR

,FF $ ,FF $ ,FF $

0 14 233 250 320

14 14 558 556 575

28 14 607 607 624

42 14 616 616 632

Verifica- se que o pico de corrent e pode ser m ult iplicado por 2 ou 3, conform e
o núm ero de lâm padas j á em serviço no m om ent o da ligação do últ im o grupo
de lâm padas.
O acendim ent o sequencial por grupo de lâm padas é no ent ant o recom endado
para reduzir o pico de corrent e no int errupt or geral.
AAT CIE – 2003/2004 12
&,5&8,726'(,/80,1$d­2

Um a evolução t ecnológica
Os balast ros m agnét icos m ais recent es são de per das reduzidas. O seu
circuit o m agnét ico foi opt im izado m as o principio de funcionam ent o
perm anece o m esm o.
A t abela seguint e indica a pot encia m áxim a absorvida pelo conj unt o lâm pada
+ balast ro para cada um a das classes de balast ros:
- B1 ( m agnét icos de m uit o baixas perdas) ;
- B2 ( m agnét icos de perdas reduzidas) ;
- C ( m agnét icos st andard)
- D ( m agnét icos com alt as per das) .
Um a Direct iva da U.E., consequência direct a do prot ocolo de Kyot o veio
est abelecer as disposições aplicáveis à eficiência energét ica dos balast ros.
Por est a direct iva os balast ros do t ipo D , de m aior consum o energét ico
deixaram de poder ser ut ilizados a part ir de 20 de Maio de 2002.
AAT CIE – 2003/2004 13
&,5&8,726'(,/80,1$d­2

A direct iva prevê ainda que em Novem bro de 2005 passará a ser proibida a
venda de balast ros da classe C ( m agnét icos st andard) .
At é ao fim de Dezem bro de 2005 será realizado um inquérit o j unt o dos
fabricant es de balast ros. Se esse inquérit o confirm ar que a percent agem de
balast ros elect rónicos é inferior a 55% do t ot al de balast ros fabricados est á
previst a a possibilidade dos balast ros m agnét icos de per das reduzidas e de
m uit o baixas per das serem igualm ent e proibidos.
A direct iva considera ainda que a prazo o m ercado dos balast ros elect rónicos
t enderá a ser com post o unicam ent e por balast ros elect rónicos da classe A:
- classe A1: elect rónicos com regulação de fluxo;
- classe A2: elect rónicos com baixas perdas;
- classe A3: elect rónicos st andard;
Um a t abela m ais adiant e indica a pot ência m áxim a absorvida para o conj unt o
lâm pada + balast ro elect rónico.
AAT CIE – 2003/2004 14
&,5&8,726'(,/80,1$d­2

AAT CIE – 2003/2004 15


&,5&8,726'(,/80,1$d­2

Balast ros elect rónicos


Os balast ros elect rónicos são ut ilizados em subst it uição dos balast ros
m agnét icos para a alim ent ação das lâm padas fluorescent es ( incluindo aqui
as lâm padas fluorescent es com pact as) e algum as out ras lâm padas de
descarga. Asseguram igualm ent e a função de arrancador e não necessit am
de condensador de com pensação. Apareceram em m eados dos anos 80.
O principio do balast ro elect rónico ( ver figura) consist e em alim ent ar o arco
da lâm pada por um disposit ivo elect rónico que gera um a t ensão alt ernada
de form a rect ângular.
Dist inguem - se os disposit ivos de baixa frequência ou híbridos, cuj a
frequência est á com preendida ent re 50 e 500 Hz e os disposit ivos de alt a
frequência cuj a frequência est á com preendida ent re 20 e 60 kHz.
A alim ent ação do arco por um a t ensão de alt a frequência perm it e elim inar
t ot alm ent e o fenóm eno de cint ilação e o efeit o est roboscópico.
AAT CIE – 2003/2004 16
&,5&8,726'(,/80,1$d­2

Esquem a de princípio de um a lâm pada alim ent ada por um balast ro elect rónico

AAT CIE – 2003/2004 17


&,5&8,726'(,/80,1$d­2

O balast ro elect rónico é t ot alm ent e silencioso .


No decurso do período de pré- aquecim ent o da lâm pada de descarga est e
balast ro fornece à lâm pada um a t ensão crescent e, im pondo um a corrent e
quase const ant e. Em regim e perm anent e, ele regula a t ensão aplicada à
lâm pada independent em ent e das flut uações da t ensão da rede.
Sendo o arco alim ent ado nas condições ópt im as de t ensão result a um a
econom ia de energia de 5 a 10% e um aum ent o da duração de vida da
lâm pada. Por out ro lado o rendim ent o de um balast ro elect rónico pode
ult rapassar os 93% , enquant o que o rendim ent o m édio de um balast ro
m agnét ico anda à volt a dos 85% .
O fact or de pot ência é elevado ( > 0,95) .
O balast ro elect rónico perm it e igualm ent e assegurar a função de variação do
fluxo lum inoso. A variação da frequência perm it e com efeit o fazer variar a
am plit ude da corrent e no arco e port ant o a int ensidade lum inosa.
AAT CIE – 2003/2004 18
&,5&8,726'(,/80,1$d­2

Solicit ações
Corrent e de ligação
A principal solicit ação dos balast ros elect rónicos nas redes consist e na elevada
corrent e de ligação na colocação sob t ensão, ligada à carga inicial dos
condensadores de filt ragem . O quadro seguint e dá- nos a ordem de grandeza
das corrent es de ligação, dependent e da t ecnologia ut ilizada.

Na realidade, em virt ude das im pedâncias da cablagem , a corrent e de ligação


para um conj unt o de lâm padas é bem inferior a est es valores, da ordem de 5
a 10 I n durant e m enos de 5 m s. Cont rariam ent e aos balast ros m agnét icos
est a corrent e de ligação não é acom panhada de sobret ensão.
AAT CIE – 2003/2004 19
&,5&8,726'(,/80,1$d­2

Corrent es harm ónicas


Para os balast ros associados às lâm padas de descarga de m aior pot ência a
corrent e absorvida da rede apresent a um a fraca t axa de dist orsão harm ónica
( < 20% em geral e < 10% para os disposit ivos m ais evoluídos) .
Por out ro lado os disposit ivos associados às lâm padas de fraca pot ência, em
part icular as lâm padas fluorescent es com pact as absorvem um a corrent e m uit o
deform ada ( ver figura) . A t axa de dist orsão harm ónica pode at ingir os 150% .
Nest as condições, a corrent e eficaz absorvida da rede é igual a 1,8 vezes a
corrent e correspondent e à pot ência act iva da lâm pada, o que corresponde a
um fact or de pot ência de 0,55.
A fim de equilibrar a carga ent re as diferent es fases, os circuit os de ilum inação
são em geral ligados ent r e as fases e o neut ro de form a equilibrada. Nest as
condições, a fort e t axa de harm ónicos de ordem 3 e m últ iplos de 3 pode
provocar um a sobrecarga do condut or neut ro.
AAT CIE – 2003/2004 20
&,5&8,726'(,/80,1$d­2

Form a da corrent e absorvida por um a lâm pada fluorescent e com pact a

AAT CIE – 2003/2004 21


&,5&8,726'(,/80,1$d­2

A sit uação m ais desfavorável conduz a um a corrent e de neut ro que pode


at ingir ¥YH]HVDFRUUHQWHHPFDGDIDVH
Os lim it es de em issão harm ónica para os sist em as de ilum inação são fixados
pela norm a CEI 61000- 3- 2 Por exem plo para os disposit ivos de pot ência
superior a 25 W, a percent agem de harm ónico de ordem 3 deve ser inferior a
30% da corrent e fundam ent al.

Corrent es de fuga
Os balast ros elect rónicos dispõem em geral de condensadores colocados
ent re os condut ores de alim ent ação e a t erra. Est es condensadores de ant i-
parasit agem são responsáveis pela circulação de um a corrent e de fuga
perm anent e da ordem de 0,5 a 1 m A por balast ro. I st o leva a lim it ar o
núm ero de balast ros que é possível alim ent ar por um disposit ivo diferencial.

AAT CIE – 2003/2004 22


&,5&8,726'(,/80,1$d­2

Quando da colocação sob t ensão, a carga inicial dest es condensadores pode


provocar igualm ent e a circulação de um pico de corrent e cuj a am plit ude pode
at ingir alguns am peres durant e 10 µs. Est e pico de corrent e pode provocar o
disparo int em pest ivo de disposit ivos m al adapt ados.

AAT CIE – 2003/2004 23

Você também pode gostar