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Em virt ude da t em perat ura m uit o elevada do filam ent o em funcionam ent o ( at é
2500 º C) a sua resist ência varia em grandes proporções conform e a lâm pada
est á apagada ou acesa.
Sendo a resist ência a frio baixa, t em com o result ado um a pont a de corrent e no
acendim ent o que pode at ingir 10 a 15 vezes a corrent e nom inal durant e
alguns m s a algum as dezenas de m s.
Est a solicit ação diz respeit o quer às lâm padas de incandescência norm ais, quer
às lâm padas de halogéneo; ela im plica reduzir o núm ero m áxim o de lâm padas
que podem ser alim ent adas por um m esm o disposit ivo t al com o um
t elerrupt or, um cont act or m odular ou um relé.
Na prát ica int ervêm diferent es fact ores para que est e m áxim o t eórico não sej a
at ingido: im pedância não desprezável da font e e dos elem ent os do circuit o
( condut ores, disj unt or, cont act os do casquilho) .
Por out ro lado a const ant e de t em po do circuit o opõe- se a que a corrent e t om e
inst ant âneam ent e um valor elevado, o que dá ao filam ent o o t em po necessário
para o seu aquecim ent o, im plicando um aum ent o de resist ência.
No ent ant o, a am plit ude m áxim a at ingida pela corrent e é ainda um m últ iplo
elevado da corrent e nom inal: 8 a 11 v ezes.
Est e fenóm eno t em evident em ent e um a curt a duração pois que, num t em po
m uit o curt o, o filam ent o at inge a sua t em perat ura norm al de funcionam ent o.
Est e efeit o deve ser t om ado em at enção quando da escolha de disj unt ores para
a prot ecção de canalizações que alim ent em um grande núm ero de lâm padas de
incandescência.
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Cert as lâm padas de halogéneo de pot ência baixa são alim ent adas em t ensão
reduzida ( 12 ou 24 Volt ) por int erm édio de um t ransform ador ou de um
conversor elect rónico.
Com um t ransform ador, ao fenóm eno da variação de resist ência do filam ent o
acresce o fenóm eno da m agnet ização. A corrent e de ligação pode at ingir 50 a
70 vezes a corrent e nom inal durant e alguns m s.
A ut ilização de reguladores de fluxo colocados a m ont ant e reduz fort em ent e
est a solicit ação.
Na prot ecção dest es circuit os de alim ent ação de t ransform adores de t ensão
reduzida dev em ser ut ilizados disj unt ores m odulares com curva de disparo dos
relés elect rom agnét icos do t ipo D ( 10 a 14 I n ) .
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O balast ro m agnét ico
As lâm padas fluorescent es necessit am de um a lim it ação da int ensidade do
arco, sendo est a função realizada por um a indut ância ( balast ro m agnét ico)
colocado em série com a lâm pada ( ver figura) .
Est a disposição é a m ais ut ilizada nas aplicações dom ést icas em que o núm er o
de lâm padas é lim it ado. Nenhum a solicit ação part icular é aplicada aos
int errupt ores.
O arrancador
A função do arrancador é dupla: assegurar o pré- aquecim ent o dos eléct rodos
da lâm pada, e gerar um a sobret ensão para o arranque da descarga da
lâm pada. Est a sobret ensão é gerada pela abert ura de um cont act o ( lâm ina
bim et álica) que int errom pe a corrent e que circula no balast ro m agnét ico.
Durant e o funcionam ent o do arrancador ( cerca de 1 s) a corrent e absorvida
pela arm adura é de cerca 2 vezes a corrent e nom inal.
$FRPSHQVDomR
A corrent e absorvida pelo conj unt o lâm pada + balast ro sendo essencialm ent e
indut iva, t em um fact or de pot ência m uit o baixo ( 0,4 a 0,5) .
Nas inst alações com um a grande quant idade de lâm padas fluorescent es é
necessário prever um a com pensação para m elhorar o fact or de pot ência.
Para grandes inst alações de ilum inação pode ser previst a um a com pensação
cent ralizada com bat erias de condensadores, m as é m ais frequent e est a
com pensação ser realizada ao nível de cada arm adura m ediant e diferent es
esquem as ( ver figura) .
Os condensadores de com pensação são ent ão norm alm ent e dim ensionados de
form a a que o fact or de pot ência global sej a superior a 0.86.
No caso m ais frequent e, o da com pensação paralela, a sua capacidade é em
m édia de 1 µF por 10 W de pot ência act iva para qualquer t ipo de lâm pada.
Com :
- Capacidade t ot al: C = 175 µF;
- Um a indut ância de linha ( correspondent e a um a corrent e de
curt o- circuit o de 5 kA) : L = 150 µH;
A corrent e de ligação m áxim a na colocação sob t ensão é igual a:
& 175 × 10 −6
, F = 9max = 230 × 2 × = 350 $
/ 150 × 10 −6
Há port ant o um risco de soldadura dos cont act os dos disposit ivos
elect rom ecânicos de com ando ( t elerrupt or, cont act or, disj unt or) .
O quadro seguint e apresent a as vant agens e desvant agens dos diferent es
esquem as de com pensação.
O quadro seguint e indica a am plit ude do prim eiro pico de corrent e, para
diferent es valores da corrent e de curt o- circuit o presum ida I cc:
Verifica- se que o pico de corrent e pode ser m ult iplicado por 2 ou 3, conform e
o núm ero de lâm padas j á em serviço no m om ent o da ligação do últ im o grupo
de lâm padas.
O acendim ent o sequencial por grupo de lâm padas é no ent ant o recom endado
para reduzir o pico de corrent e no int errupt or geral.
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Um a evolução t ecnológica
Os balast ros m agnét icos m ais recent es são de per das reduzidas. O seu
circuit o m agnét ico foi opt im izado m as o principio de funcionam ent o
perm anece o m esm o.
A t abela seguint e indica a pot encia m áxim a absorvida pelo conj unt o lâm pada
+ balast ro para cada um a das classes de balast ros:
- B1 ( m agnét icos de m uit o baixas perdas) ;
- B2 ( m agnét icos de perdas reduzidas) ;
- C ( m agnét icos st andard)
- D ( m agnét icos com alt as per das) .
Um a Direct iva da U.E., consequência direct a do prot ocolo de Kyot o veio
est abelecer as disposições aplicáveis à eficiência energét ica dos balast ros.
Por est a direct iva os balast ros do t ipo D , de m aior consum o energét ico
deixaram de poder ser ut ilizados a part ir de 20 de Maio de 2002.
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A direct iva prevê ainda que em Novem bro de 2005 passará a ser proibida a
venda de balast ros da classe C ( m agnét icos st andard) .
At é ao fim de Dezem bro de 2005 será realizado um inquérit o j unt o dos
fabricant es de balast ros. Se esse inquérit o confirm ar que a percent agem de
balast ros elect rónicos é inferior a 55% do t ot al de balast ros fabricados est á
previst a a possibilidade dos balast ros m agnét icos de per das reduzidas e de
m uit o baixas per das serem igualm ent e proibidos.
A direct iva considera ainda que a prazo o m ercado dos balast ros elect rónicos
t enderá a ser com post o unicam ent e por balast ros elect rónicos da classe A:
- classe A1: elect rónicos com regulação de fluxo;
- classe A2: elect rónicos com baixas perdas;
- classe A3: elect rónicos st andard;
Um a t abela m ais adiant e indica a pot ência m áxim a absorvida para o conj unt o
lâm pada + balast ro elect rónico.
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Esquem a de princípio de um a lâm pada alim ent ada por um balast ro elect rónico
Solicit ações
Corrent e de ligação
A principal solicit ação dos balast ros elect rónicos nas redes consist e na elevada
corrent e de ligação na colocação sob t ensão, ligada à carga inicial dos
condensadores de filt ragem . O quadro seguint e dá- nos a ordem de grandeza
das corrent es de ligação, dependent e da t ecnologia ut ilizada.
Corrent es de fuga
Os balast ros elect rónicos dispõem em geral de condensadores colocados
ent re os condut ores de alim ent ação e a t erra. Est es condensadores de ant i-
parasit agem são responsáveis pela circulação de um a corrent e de fuga
perm anent e da ordem de 0,5 a 1 m A por balast ro. I st o leva a lim it ar o
núm ero de balast ros que é possível alim ent ar por um disposit ivo diferencial.