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Sumário

BLOCO 01. ....................................................................................................................................................................... 3


RETROSPECTIVA ATUALIDADES 2017 ................................................................................................................ 3
MUNDO ....................................................................................................................................................................... 3
Separatismos na Espanha .......................................................................................................................................... 3
A questão da Catalunha............................................................................................................................................. 3
Missão de Paz no Haiti: veja altos e baixos nos 13 anos de presença militar brasileira ........................................... 4
Refugiados, uma nova onda. ..................................................................................................................................... 4
Crise na Venezuela.................................................................................................................................................... 5
Conselho de Segurança da ONU impõe novas sanções à Coreia do Norte............................................................... 5
Estado Islâmico ......................................................................................................................................................... 5
Terrorismo................................................................................................................................................................. 7
Atentados na Somália................................................................................................................................................ 7
Estados Unidos anuncia sua saída da UNESCO ....................................................................................................... 7
ONU pede fim do embargo a Cuba; EUA e Israel votam contra .............................................................................. 8
Donald Trump retoma a polêmica em torno de Jerusalém........................................................................................ 8
Pontos para entender a disputa por Jerusalém........................................................................................................... 8
Ex-guerrilheirosdas Farc disputam primeiras eleições na Colômbia em 2018; conheça os candidatos ................... 9
Economia Global ........................................................................................................................................................ 10
Brexit: Reino Unido entrega carta e dá início à saída da União Europeia .............................................................. 10
G-20 ........................................................................................................................................................................ 10
Encontro do G-20 em 2017 – Hamburgo na Alemanha .......................................................................................... 10
União Europeia e Japão fecham acordo de livre-comércio ..................................................................................... 11
China avança em comércio global com nova Rota da Seda, projeto de US$ 1 trilhão ........................................... 11
EUA, Canadá e México começam a renegociar revisão do Nafta .......................................................................... 11
Brasil ........................................................................................................................................................................... 11
Política/Educação ........................................................................................................................................................ 11
Morte de Teori Zavascki ......................................................................................................................................... 11
Edson Fachin – Novo relator da Lava Jato ............................................................................................................. 11
Alexandre Moraes no STF ...................................................................................................................................... 12
Emenda Constitucional 96/2017 ............................................................................................................................. 12
Operação Carne Fraca ............................................................................................................................................. 12
Operação Lava Jato ................................................................................................................................................. 13
Dono da JBS gravou Temer dando aval para comprar silêncio de Cunha .............................................................. 13
Resultados da Operação Lava Jato .......................................................................................................................... 14
PF prende Geddel Vieira Lima após apreensão de R$ 51 mi .................................................................................. 15
Olimpíadas 2016 - Procuradora da República diz que Nuzman é "elemento central" em compra de votos ........... 15
Reforma do Ensino Médio ...................................................................................................................................... 16
Sociedade: ................................................................................................................................................................... 17
Exposições polêmicas ............................................................................................................................................. 17
Energia: ....................................................................................................................................................................... 17
Tecnologia................................................................................................................................................................... 18
Europa é alvo de ataque cibernético........................................................................................................................ 18
Desenvolvimento sustentável e responsabilidade socioambiental, ecologia: ............................................................. 18
Trump anuncia saída dos EUA do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas .................................................... 18
Segurança: ................................................................................................................................................................... 19
A crise da Segurança Pública no Brasil, segundo especialistas: ............................................................................. 19
Brasil teve um estupro coletivo a cada 2 horas e meia, em 2016; número cresceu 124% em 5 anos ..................... 20
Casamento infantil atinge 20 mil meninas por dia .................................................................................................. 21
152 milhões de crianças trabalham no mundo, diz OIT .......................................................................................... 22
OIT expressa preocupação por decreto sobre trabalho escravo no Brasil ............................................................... 23
AFASTAMENTO DE WILLIAM WAACK .......................................................................................................... 24
Racismo e Injúria Racial – Entenda a diferença ..................................................................................................... 25
BLOCO 01.
RETROSPECTIVA ATUALIDADES 2017

MUNDO

Separatismos na Espanha
A questão da Catalunha
Os catalães localizam-se na região nordeste da Espanha, constituindo uma nação relativamente
coesa sobre o território espanhol, com uma língua
própria (o catalão) e sua própria matriz cultural.
Estima-se que essa nacionalidade tenha
constituído sua territorialidade na Europa por
volta do século XII e teve sua autonomia
destituída, de forma definitiva, ao final da Guerra
da Sucessão Espanhola(1702-1714), que unificou
de vez o território espanhol sob o domínio do
idioma castelhano.
Apesar da dependência política em relação
ao Governo Espanhol, a região da Catalunha foi
uma das que mais se desenvolveram
economicamente na região, tendo sido a primeira
a se industrializar no país, ao longo do século
XVIII. Assim, por ter se tornado a localidade economicamente mais estável, a Catalunha presenciou
um movimento intelectual em seus domínios, no século XIX, chamado de “Renaixença”
(Renascimento), em que se buscava resgatar a identidade cultural e o idioma original dos catalães.
Esse movimento esteve na base da busca pela independência da Catalunha.
Em 1932, chegou-se a aprovar um estatuto catalão com a criação de um governo autônomo
reconhecido por Madrid, capital e centro do Governo Espanhol, e uma consequente proclamação da
República Catalã. No entanto, essa república durou pouco tempo, uma vez que a ditadura de
Francisco Franco acabou com qualquer autonomia dessa nação, agindo com forte repressão e
proibindo, inclusive, o uso do idioma catalão no país.
No entanto, esse longo período de repressão, que durou quase quatro décadas, só serviu para
alimentar ainda mais o sentimento de independência por parte dos catalães. Após o fim da ditadura
franquista, novamente se aprovou um Estado e o idioma catalão passou a ser novamente
reconhecido, sendo, inclusive, adotado como uma das línguas oficiais da Espanha.
A concessão de uma certa autonomia catalã, ao contrário do que imaginava a Espanha, não
acalmou o sentimento de separação por parte dos catalães, que até hoje reivindicam avanços nesse
sentido. Atualmente, pesquisas recentes demonstram uma indecisão da população da Catalunha entre
o estabelecimento ou não de um Estado-nação totalmente independente. Apesar disso, as
manifestações e protestos pró-independência são frequentes na região, deflagrando a elevada
instabilidade política local.

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Missão de Paz no Haiti: veja altos e baixos nos 13 anos de presença
militar brasileira
Estabilidade social e pacificação de favelas são
alguns dos feitos atribuídos à Missão das Nações Unidas
para a Estabilização do Haiti (Minustah), que foi liderada
por tropas brasileiras e vai se retirar do país até o dia 15
de outubro. Por outro lado, o escândalo de um surto de
cólera e a não reestruturação do Estado são apontados
pelos especialistas em defesa como os pontos baixos da
sua atuação.
A Minustah foi criada em 2004 para estabilizar o
Haiti, que estava à beira de uma guerra civil após a
queda do presidente Jean-Bertrand Aristide. Treze anos
depois, depois da sua retirada, a ONU enviará uma nova
missão com o objetivo de avançar a Justiça no país. A
Minustah é reconhecida por ter devolvido ao Haiti
alguma estabilidade ao país, que vivia uma convulsão
social após a queda de Aristide, ainda que essa
estabilidade não seja a ideal. “Sem dúvida alguma houve
uma recuperação da estabilidade social do governo que
consequentemente trouxe o nível de violência para uma
situação mais sustentável. O grande problema é se o
governo conseguirá sustentar isso no longo prazo”, diz
ao G1 Gunter Rudzit, professor de relações
internacionais da ESPM, especialista em segurança
internacional. Para o professor, a continuidade da estabilidade dependerá de se a população haitiana
conseguirá seguir e respeitar o processo democrático.

Refugiados, uma nova onda.


“Limpeza étnica” faz 370.000 muçulmanos
fugirem de Myanmar para Bangladesh em duas
semanas

A atual onda de violência no Estado birmanês de


Rajine, iniciada em agosto, já levou 370.000
muçulmanos do povo rohingya a fugirem de Myanmar
para o vizinho Bangladesh, segundo estimativas da
Organização Internacional para as Migrações (OIM). O
alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos
denunciou que Myanmar está promovendo uma
“limpeza étnica de manual”. O novo balanço da OIM
representa um claro aumento com relação à estimativa
anterior, de 313.000 rohingyas refugiados em
Bangladesh desde 25 de agosto. “O sistema está
claramente no máximo da sua capacidade e necessita todo o apoio possível”, afirmou nesta terça-
feira o porta-voz da OIM, Leonard Doyle, em Genebra (Suíça). Ele evitou fazer um prognóstico
sobre o aumento do fluxo de refugiados esperado pela organização. A última onda de violência no
Estado de Rajine começou em 25 de agosto, com uma série de ataques de milicianos rohingyas
contra as forças de segurança e o Exército de Myanmar (antiga Birmânia). A contraofensiva militar
birmanesa e os confrontos posteriores deixaram pelo menos 400 mortos e, desde aquele dia, o fluxo
de civis rohingyas que fugiram para Bangladesh não parou de crescer, até superar nesta semana as
300.000 pessoas.

Crise na Venezuela
Depois da morte de Hugo Chávez, em 2013, Nicolás Maduro foi eleito presidente da
Venezuela, o que significou a continuidade do chavismo. A partir do ano seguinte, o preço do
petróleo, produto base da economia do país, começou a cair. Durante 2013 e 2014, o preço médio de
venda do barril venezuelano era cerca de US$ 100. Em 2016, esse valor passou para US$ 33. Para
reagir à situação, o governo venezuelano optou pelo controle dos preços e de câmbio e também
racionou as importações. A consequência foi o surgimento da mais grave crise econômica e
humanitária que a Venezuela já viu.
A economia encolheu e a inflação disparou. Segundo uma pesquisa sobre Condições de vida na
Venezuela, feita por universidades e ONGs em 2016, 81,8% dos lares do país viviam abaixo da linha
da pobreza. Outro dado mostra que 93% dos venezuelanos não conseguem comprar os alimentos de
que precisam e três quartos da população perderam peso no ano passado. A taxa de homicídios em
2016, calculada pelo Observatório Venezuelano de Violência, foi de 91,8 assassinatos para cada 100
mil habitantes, enquanto que nos Estados Unidos a taxa é menor que cinco assassinatos para cada
100 mil habitantes. Nos últimos quatro meses, milhares foram às ruas protestar contra o governo, e
Maduro vem reprimindo duramente as manifestações.

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Conselho de Segurança da ONU impõe novas sanções à Coreia do


Norte
Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade, dia 05 de agosto, uma resolução
com novas sanções à Coreia do Norte, após dois testes de mísseis balísticos intercontinentais que o
país realizou em julho. Segundo a agência Reuters, as novas sanções poderão reduzir em até um
terço a receita de exportação anual do país, que é de US$ 3 bilhões.

Estado Islâmico
As forças armadas do Iraque capturaram dia 29 de junho a mesquita de Mosul, local onde
o Estado Islâmico (EI) proclamou sua versão de “califado” há três anos.
Autoridades iraquianas esperam que a longa batalha por Mosul termine nos próximos dias,
visto que o restante dos combatentes do EI recuaram para apenas algumas áreas da Cidade Velha.
Retomar a Grande Mesquita de Al-Nuri representa uma vitória simbólica para as forças
iraquianas, que vêm lutando há mais de oito meses para conquistar Mosul, cidade do norte do país
que tem servido como capital do EI no Iraque.
A coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos realiza ataques aéreos diários contra os
extremistas islâmicos desde o verão de 2014.

Terrorismo

PRINCIPAIS MOTIVOS DOS ATENTADOS


2017
FUNDAMENTALISMO
ISLÂMICO 276
DESCONHECIDO 43

IDEOLOGIA CONTRA O
ESTADO 24
SEPARATISMO 17

OUTROS 28

Atentados na Somália
O número de mortos do atentado duplo de sábado (14 de outubro) a Mogadício, capital da
Somália, subiu para 300, afirmou o diretor de um serviço de ambulâncias, mas o número pode subir.
Segundo Abdulkadir Adam, mais vítimas morreram devido aos ferimentos sofridos. Os ataques
deixaram também ao menos 300 feridos.

Estados Unidos anuncia sua saída da UNESCO


Os Estados Unidos anunciaram oficialmente sua decisão de se retirar da Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O país permanecerá como membro
da entidade até o final do ano. "Não foi uma decisão fácil e reflete as preocupações dos EUA com
pagamentos em atraso na Unesco, a necessidade de reformas fundamentais na organização e a
continuidade do viés anti-Israel na Unesco", informou o departamento.
Os EUAreduziram substancialmente suas contribuições em dinheiro para a Unesco em 2011,
em protesto contra a decisão de permitir o ingresso pleno dos palestinos na entidade. Na época, o
financiamento norteamericano equivalia a pouco mais de 20% das verbas totais da Unesco, a
primeira agência da ONU em que os palestinos buscaram integração como membro total. EUA,
Canadá e Alemanha votaram contra o ingresso dos palestinos. Brasil, Rússia, China, Índia, África do
Sul e França, entre outros, votaram a favor. O Reino Unido se absteve. Segundo o Departamento de
Estado norte-americano, os EUA pretendem estabelecer uma missão permanente como
"observadores" nesse organismo. Israel classificou a saída dos EUA como o "início de uma nova
era".

ONU pede fim do embargo a Cuba; EUA e Israel votam contra

A Assembleia Geral da ONU pediu o fim do embargo americano contra Cuba. A resolução foi
aprovada por 191 Estados membros e teve o voto contrário dos Estados Unidos e Israel.
No ano passado, pela primeira desde 1992 vez o texto foi aprovado sem oposição, já que os
dois países resolveram se abster em meio a reaproximação diplomática dos EUA com Cuba
impulsionada pela administração de Barack Obama.
O voto contrário dos EUA foi anunciado pelo Departamento de Estado, que disse que tem
como objetivo "ressaltar o novo enfoque para Cuba" do presidente americano, Donald Trump, que
consiste em "dar uma maior ênfase ao apoio aos direitos humanos e à democracia" na ilha ao mesmo
tempo que são mantidos "aspectos da relação que servem aos interesses dos EUA".

Donald Trump retoma a polêmica em torno de Jerusalém


A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer oficialmente
Jerusalém como capital de Israel inflamou os ânimos de países árabes e provocou uma onda de
protestos pela Faixa de Gaza e Cisjordânia que já contabiliza mais de 750 feridos em apenas dois
dias.
Anunciada no dia 6 de dezembro, a medida foi duramente criticada por toda a comunidade
internacional, incluindo União Europeia e o Vaticano, que temem um enfraquecimento das
negociações de paz e uma escalada de violência na região. Na prática, o reconhecimento de
Jerusalém como capital de Israel virá com a instalação da embaixada dos Estados Unidos na cidade.
Pontos para entender a disputa por Jerusalém
Por que os Estados Unidos decidiram reconhecer a cidade ?
A transferência da embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém e o reconhecimento da
cidade como capital de Israel já eram previstos por uma lei aprovada no Congresso americano
em 1995. A legislação determinava que a mudança deveria ser concretizada até maio de 1999, porém
estabelecia a possibilidade de adiamento do prazo a cada seis meses em nome de interesses de
segurança nacional americana, caso necessário.
Todos os presidentes americanos se utilizaram da cláusula de adiamento desde então –mesmo
Donald Trump, em junho de 2017, decidiu adiar a mudança por mais um período. A nova data para
determinar se a mudança ocorreria ou não expirou na última sexta, 1º de dezembro.
Trump revelou ao mundo sua decisão na quarta-feira. O reconhecimento da cidade como
capital israelense era uma promessa de campanha eleitoral. O republicano buscou honrar o
compromisso com sua base eleitoral.
Qual a importância da mudança de endereço da embaixada?
A decisão de transferir a embaixada dos Estados Unidos de Tel-Aviv para Jerusalém só reforça
o reconhecimento americano da cidade como capital
israelense. “A transferência tem um peso muito grande,
é quase como anunciar o fim do status internacional de
Jerusalém”, diz Marcelo Suano, fundador do Centro de
Estratégia, Inteligência e Relações Internacionais
(CEIRI).
Os Estados Unidos serão a única nação a manter
sua embaixada na cidade atualmente, porém o apoio
internacional de uma das maiores potências mundiais
poderia desequilibrar as conversas de paz entre Israel e
palestinos. A decisão de Trump vai na contramão
daquilo que foi estabelecido pela comunidade
internacional nos últimos anos e poderia significar,
inclusive, o fim da era de negociações entre os dois
lados.
Para o prefeito de Jerusalém, a mudança da
embaixada será um processo simples, já que os Estados Unidos já possuem um Consulado-Geral na
cidade e bastaria uma alteração do status da representação diplomática e a transferência do
embaixador e de outros funcionários de Tel-Aviv.
Suano, contudo, alerta para os altos custos e a complexidade do procedimento. “A
transferência deve demorar aproximadamente seis meses, pois envolve custos da mudança do corpo
diplomático e custos de segurança, pois o ato de Trump pode desencadear uma nova intifada e atos
terroristas de grupos como o Hamas”, afirma.
Informações na imprensa americana, contudo, dão conta de que os americanos planejam
construir um novo edifício na cidade, adequado às suas necessidades políticas, de pessoal e de
segurança. Se essa for a opção do país, a previsão é de que se leve pelo menos três anos até que a
embaixada dos Estados Unidos deixe Tel -Aviv.
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Ex-guerrilheirosdas Farc disputam primeiras eleições na Colômbia em


2018; conheça os candidatos
Depois de meio século da falida luta armada, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia
(Farc) disputarão abertamente os seus primeiros votos na Colômbia. Um ex-chefe com problemas de
saúde, um ex-seminarista e um comunista com deficiência visual são as apostas da ex-guerrilha para
2018.
Com o estabelecimento do acordo de paz, o novo partido de esquerda dos ex-guerrilheiros,
Força Alternativa Revolucionária do Comum (Farc, mesma sigla antiga), tem asseguradas 10 das 268
cadeiras do Congresso por oito anos e poderá disputar a Presidência.
Conhecido como Timochenko, nome de guerra que pegou de um professor de Marxismo da
União Soviética, Rodrigo Londoño quer suceder o presidente Juan Manuel Santos pelo novo partido.
Com 58 anos, Londoño é um admirador do falecido Hugo Chávez e combateu desde os 17 anos o
estado colombiano escondido no que descreve como o "mundo da selva, do marasmo e dos rios". Foi
o último comandante das Farc antes de assinarem o acordo de paz e se desarmarem neste ano. Sua
vida ainda está marcada pelo mistério. Foi o último comandante das Farc antes de assinarem o
acordo de paz e se desarmarem neste ano. Sua vida ainda está marcada pelo mistério.

Economia Global
Brexit: Reino Unido entrega carta e dá início à saída da União
Europeia
O Reino Unido deu início na manhã desta quarta-feira (29 de março) ao processo de saída da
União Europeia. O afastamento efetivo só acontecerá depois de pelo menos dois anos de negociação
com os outros 27 integrantes do bloco. Essa é a 1ª vez que um país pede para deixar o grupo.

G-20
O Grupo dos 20 (G-20) é formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das
19 maiores economias do mundo mais a União
 90% do PIB mundial,
 80% do comércio mundial (incluindo o comércio intra-UE) e dois terços da população
mundial.
O peso econômico e a representatividade do G-20 conferem-lhe significativa influência sobre a
gestão do sistema financeiro e da economia global.

Abaixo mais alguns objetivos do G-20:


 Eliminação de restrições no movimento de capital internacional;
 Desregulação;
 Condições de mercado de trabalho flexíveis;
 Privatização;
 Garantia de direitos de propriedade intelectual e de outros direitos de propriedade
privados;
 Criação de um clima de negócios que favoreça a realização de investimentos
estrangeiros diretos;
 Liberalização do comércio global (pela OMC e por acordos bilaterais de comércio).

Encontro do G-20 em 2017 – Hamburgo na Alemanha

Nos bastidores do G20, a guerra foi por causa do meio ambiente. Negociadores viraram noites
tentando convencer os americanos a ceder pelo menos um pouco para chegar a um consenso.
Dezenove integrantes do G20, incluindo o Brasil, resolveram deixar registrada a decisão de
Donald Trump de parar imediatamente de contribuir para implementação do Acordo de Paris para
limitar o aquecimento global. Fizeram uma declaração conjunta dizendo que, fora os Estados Unidos,
todos consideram o acordo irreversível.

União Europeia e Japão fecham acordo de livre-comércio


Autoridades da União Europeia (UE) e o Japão assinaram dia 6 de julho de 2017, um “acordo
de princípio” para criação de uma área de livre-comércio entre o bloco e a segunda maior economia
da Ásia. A etapa é decisiva para que o tratado seja de fato assinado ainda neste verão (no hemisfério
norte), como ficou decidido entre líderes europeus do G-7 – capitaneados pela chanceler da
Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, Emmanuel Macron – e o primeiro-ministro
japonês, Shinzo Abe.

China avança em comércio global com nova Rota da Seda, projeto de


US$ 1 trilhão
Um acordo entre 68 países que reúnem uma população de 4,4 bilhões de pessoas e 40% da
economia global. A nova Rota da Seda chinesa, inaugurada pelo governo do atual presidente Xi
Jinping, reforça a ânsia do país em ampliar sua posição como potência global e vem, aos poucos,
captando a atenção de líderes ao redor do globo.

EUA, Canadá e México começam a renegociar revisão do Nafta


Os Estados Unidos, Canadá e México começam nesta quarta-feira (16 agosto) a renegociar o
acordo que há 23 anos aboliu suas fronteiras alfandegárias, algo crucial para a economia mexicana,
mas cujo futuro Donald Trump colocou em dúvida. A primeira rodada de negociação do Tratado de
Livre Comércio da América do Norte (Nafta) vai até domingo, em Washington, passados meses de
incertezas desde que o presidente americano prometeu dar fim ao acordo que inclui quase 500
milhões de pessoas. Washington questiona o déficit de sua balança comercial com o México, que
desde a assinatura do acordo, em 1994, passou de um superávit de US$ 1,3 bilhão para um déficit de
US$ 64 bilhões.

Brasil

Política/Educação
Morte de Teori Zavascki
Relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Teori Zavascki morreu
em 19 de janeiro, aos 68 anos, após a queda de um avião em Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro.
A morte de Teori foi confirmada pelo filho do magistrado Francisco Zavascki em uma rede social, às
18h05.
Edson Fachin – Novo relator da Lava Jato
O Supremo Tribunal Federal (STF) chegou ao nome de Fachin depois de um sorteio eletrônico,
nesta quinta-feira.
O ministro vai suceder Teori Zavascki, que morreu em um acidente aéreo no dia 19 de janeiro.
O sorteio foi realizado entre os ministros da Segunda Turma, colegiado encarregado do
julgamento dos inquéritos e recursos ligados ao esquema de corrupção que atuava na Petrobras.
Além do novo relator, fazem parte da Segunda Turma os ministros Celso de Mello, Gilmar
Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.

Alexandre Moraes no STF


BRASÍLIA – Recém-empossado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de
Moraes disse que, no cargo, vai auxiliar no combate à corrupção e no equilíbrio entre os poderes.

Emenda Constitucional 96/2017


EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 96, DE 6 DE JUNHO DE 2017
Acrescenta § 7º ao art. 225 da
Constituição Federal para determinar
que práticas desportivas que utilizem
animais não são consideradas cruéis,
nas condições que especifica.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da


Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:
Art. 1º O art. 225 da Constituição Federal passa a vigorar acrescido do seguinte § 7º:
"Art. 225. .................................................................................
..........................................................................................................
§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, não se consideram
cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais,
conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal, registradas como bem de natureza
imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei
específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos."(NR)
Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, em 6 de junho de 2017.

Artigo 225:
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco
sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.

Artigo 215:
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes
da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.
§ 1º O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e
das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional.

Operação Carne Fraca


Deflagrada no último dia 17 de março, e que desvendou um esquema corrupto entre fiscais e
frigoríficos para burlar os devidos controles sanitários, já é considerada a de maior envergadura da
Polícia Federal. Ela mobilizou cerca de 1.100 agentes para cumprir 309 mandados de prisão,
condução coercitiva e busca e apreensão. A operação, no entanto, acabou recebendo críticas,
precisamente, pela sua espetacularidade, que repercutiu negativamente nas exportações de carne do
Brasil sem que as autoridades tenham sido capazes de dimensionar o alcance das irregularidades.

Operação Lava Jato

Dono da JBS gravou Temer dando aval para comprar silêncio de


Cunha
Os donos do frigorífico JBS, Joesley e Wesley Batista, disseram em delação à Procuradoria-
Geral da República (PGR) que gravaram o presidente Michel Temer dando aval para comprar o
silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
depois que ele foi preso na operação Lava Jato. A informação é do colunista do jornal "O Globo"
Lauro Jardim.
Resultados da Operação Lava Jato
 Dados do MPF, de 17 de setembro de 2017.

PF prende Geddel Vieira Lima após apreensão de R$ 51 mi


A Polícia Federal prendeu o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) por decisão da 10ª Vara
de Brasília, na manhã desta sexta-feira, 8 de setembro. A medida é mais uma fase da Operação Cui
Bono, um desdobramento da Lava Jato conduzido pelo Ministério Público Federal no Distrito
Federal. Geddel será levado a Brasília, onde deverá ficar preso.
A PF chegou ao prédio de Geddel, em Salvador, no bairro Jardim Apipema, por volta de 5h40,
em dois carros, com um pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público Federal. O ex-
ministro deixou o prédio, por volta das 7 horas da manhã. Ele foi levado por agentes da Polícia
Federal e seguiu no banco de trás da viatura.
Também foram feitas buscas e apreensão na casa dele e da mãe. Outro suspeito de
envolvimento no esquema do esconderijo dos R$ 51 milhões em malas e caixotes, na terça-feira, 5,
Gustavo Ferraz superintendente da Defesa Civil (Codesal) da capital baiana, foi detido.
A Polícia Federal apontou quatro indícios da ligação Geddel com o dinheiro: as impressões
digitais do ex-ministro foram encontradas no próprio dinheiro, outra testemunha confirmou que o
espaço tinha sido cedido a ele, e uma segunda pessoa é suspeita de ajudar Geddel na destinação das
caixas e das malas de dinheiro. Além disso, a PF identificou risco de fuga, depois da divulgação da
apreensão do dinheiro.
Olimpíadas 2016 - Procuradora da República diz que Nuzman é
"elemento central" em compra de votos
A Polícia Federal apresentou detalhes da operação chamada de Unfair Play (Jogo Sujo), que
investiga um possível esquema de corrupção de compra de votos da eleição da cidade sede da
Olimpíada de 2016.
Reforma do Ensino Médio
Lei 13.415/17 – Lei da Reforma do Ensino Médio:
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Sociedade:
Exposições polêmicas
No dia 10 de setembro, a exposição "Queermuseu" foi cancelada em Porto Alegre, após
protestos e ataques nas redes sociais e no próprio interior do museu Santander Cultural. Algumas
imagens da mostra foram consideradas ofensivas por pessoas que classificam o conteúdo como um
"incentivo à pedofilia, zoofilia e contra os bons costumes". Quase um mês depois, o Museu de Arte
do Rio (MAR) cancelou as negociações da compra da exposição.
Já em São Paulo, a performance do artista fluminense Wagner Schwartz, que se apresentou nu
na performance “La Bête”, no Museu de Arte Moderna (MAM), no Ibirapuera, Zona Sul de São
Paulo, gerou grande polêmica após circular uma imagem de uma criança interagindo com o artista.
No final de semana, a exposição de Pedro Moraleida, já vista por mais de seis mil pessoas, foi
alvo de protestos em Belo Horizonte. Grupo de religiosos afirmam que as obras incentivam a
pornografia e a pedofilia. Segundo o Palácio das Artes, a exposição é destinada a maiores de 18 anos.

Energia:
A energia eólica, gerada a partir dos ventos, já
representa 7% da matriz elétrica brasileira. Grande
parte deste volume é proveniente dos 81
novos parques eólicos instalados em 2016. Juntos, eles
acrescentaram 2 GW à capacidade instalada nacional,
totalizando agora 10,75 GW distribuídos por 430
parques espalhados por vários estados. Neste quesito,
quem lidera é o Rio Grande do Norte, com 125 empreendimentos, 25 deles instalados apenas em
2016.

Tecnologia
Se por um lado a tecnologia contribui com maiores facilidades, evita os deslocamentos e
aproxima as pessoas, por outro, também são apontados alguns problemas, como é o caso dos ataques
cibernéticos que podem colocar os usuários em risco, uma vez que pessoas a margem da lei vem
nesse cenário um ambiente ideal para aplicar golpes.
O principal alvo dos criminosos na internet são os canais de atendimento de instituições
bancarias como internet banking e o mobile banking. Cerca de 37,5% dos usuários de bancos
acessam suas contas, realizam pagamentos e fazem transações, via internet, enquanto outros 21%
realizam estes serviços através de aplicativos de celular. Os dados são da FEBRABAN (Federação
Brasileira dos Bancos).

Europa é alvo de ataque cibernético


Sites do governo e de várias empresas ucranianas foram alvo terça-feira 27 de junho, de um
ataque cibernético, que atingiu aeroportos, bancos e escritórios do governo. Um conselheiro do
ministro do Interior da Ucrânia o classificou como o pior na história do país.
Além disso, companhias da Europa, como a agência de publicidade WPP, disseram ter sido
afetadas. "Nós estamos respondendo em caráter de urgência a relator de outro grande ataque de
ransonware a negócios na Europa", afirmou Rob Wainwright, diretor da Europol.

Desenvolvimento sustentável e responsabilidade socioambiental,


ecologia:
Trump anuncia saída dos EUA do Acordo de Paris sobre mudanças
climáticas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a saída de seu país do Acordo de
Paris sobre mudanças climáticas, mas prometeu negociar um retorno ou um novo acordo climático
em termos que considere mais justos para os americanos. Ele disse que o atual documento traz
desvantagens para os EUA para beneficiar outros países, e prometeu interromper a implementação de
tudo que for legalmente possível imediatamente.
Segurança:
A crise da Segurança Pública no Brasil, segundo especialistas:
Limbo sócio-jurídico
Para começar, há um vácuo jurídico acerca do tema segurança pública, avalia Renato Sérgio de
Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
"Nossa Constituição não diz o que é segurança pública, nenhuma lei diz que segurança pública
é proteger a população ou investigar criminoso, só diz por quem a segurança vai ser exercida"
Precariedade do sistema penitenciário
As rebeliões em várias unidades prisionais do Brasil nas primeiras semanas de 2017 que
provocaram mais de 130 mortes evidenciaram a precariedade do sistema penitenciário.
Atualmente o Brasil possui a quarta maior população carcerária do mundo, com 622 mil
detentos e apenas 371 mil vagas, de acordo com o Ministério da Justiça. De 2000 para cá, a
população carcerária mais que dobrou de tamanho.
Reformas que não saem do papel
Este é outro problema apontado por ambos os especialistas em segurança pública.
"O plano nacional de segurança pública de hoje é (semelhante ao) de 2002, então temos uma
série de reformas que se discutem mas não foram concretizadas até hoje, como reforma do código
penal, desmilitarização da polícia, mais recursos para políticas públicas
Falta de investigação
O estudo "Diagnóstico da Investigação de Homicídios no Brasil", realizado pelo Conselho
Nacional do Ministério Público (CNMP) e divulgado em 2012, apontou que a média nacional de
resolução de homicídios é de apenas de 5%. No Reino Unido, esse número é de 93%.
Recursos
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2016, o Brasil gasta 1,5% do PIB em
segurança pública, um pouco menos dos gastos da França na área (1,7% do PIB). "Precisamos de
muito mais dinheiro", afirma.
Outro problema é a forma como esse valor é repassado.

Brasil teve um estupro coletivo a cada 2 horas e meia, em 2016;


número cresceu 124% em 5 anos
A cada duas horas e meia, em 2016, uma mulher sofreu estupro coletivo em algum lugar do
Brasil. Os dados são do Ministério da Saúde. No último ano, 3.526 casos foram registrados pelas
unidades de saúde de todo o país – alta de 12,5% em relação aos 3.132 de 2015. Na comparação com
2011, o número subiu 124%. Os dados obtidos pelo G1 também mostram a distribuição desses casos
pelo país. Somados, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais – os três estados mais populosos –
registraram 1.360 casos de "estupro com dois ou mais agressores", na nomenclatura do ministério.
Em termos percentuais, as unidades da Federação com maior índice de estupros coletivos por
habitante são Acre, Tocantins e Distrito Federal. Em 2016, houve mais de 4 casos para cada 100 mil
moradores nesses locais. Na outra ponta da tabela, os estados com menor índice desse tipo de crime
são Paraíba, Rio Grande do Norte, Maranhão, Sergipe e Bahia. Neles, o Ministério da Saúde
registrou menos de 1 estupro coletivo a cada 100 mil habitantes. Como a pasta não investiga esses
dados ativamente, é difícil saber se isso acontece porque há poucos casos, ou porque há pouco
registro. Assim como nos outros dados sobre violência doméstica e/ou sexual, é difícil distinguir o
"aumento nos casos" com o "aumento nas notificações". Os dados do Ministério da Saúde
correspondem às vítimas que buscaram atendimento em hospitais públicos ou privados – mesmo que
elas não tenham registrado um boletim de ocorrência. O Sinan começou a receber dados de violência
em 2006, mas a notificação só se tornou obrigatória para os hospitais e postos de saúde em 2011. Por
isso, o Ministério da Saúde acredita que esse crescimento possa ser "distorcido" pela adaptação ao
modelo. Mesmo assim, a pasta entende que os dados apontam um aumento nos casos de estupro e
estupro coletivo, ao longo dos anos.

 Súmula 588 (STJ/2017): A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com
violência ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena
privativa de liberdade por restritiva de direitos.

Casamento infantil atinge 20 mil meninas por dia


Violência doméstica e sexual, abuso, exploração, morte. Um casamento precoce tem efeitos
devastadores sobre a vida de jovens garotas. As oportunidades educacionais e de desenvolvimento
são restringidas, e os riscos de desenvolverem problemas de saúde aumentam. De acordo com
estimativas do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 15 milhões de meninas se casam
todos os anos antes de completarem 18 anos de idade – algumas delas pouco depois do décimo ano
de vida.
Metade desses casamentos são ilegais. As garotas
precisam abandonar a escola, cuidar do lar compartilhado
com um homem que não conheciam antes do casamento e
engravidar, apesar de seus corpos ainda não estarem prontos
para uma gestação. De acordo com um estudo da
organização de proteção à criança Save the Children, há
uma conexão direta entre casamento precoce, gravidez e
mortalidade infantil. "Durante a gravidez e o parto, aumenta
o risco para jovens futuras mães", afirma Susanne Schröter,
que dirige o instituto de pesquisa Globaler Islam, com sede
em Frankfurt, e está familiarizada com o estudo. A etnóloga
pesquisa, entre outras coisas, a mudança de regulamentações
de gênero no mundo islâmico. O casamento infantil é um
fenômeno específico de gênero, que afeta principalmente
meninas – independentemente da afiliação religiosa,
segundo Schröter. Com base na Convenção Internacional
sobre os Direitos da Criança, um casamento é permitido
somente a partir dos 18 anos de idade na maioria dos países
do mundo. Entre 2015 e 2017, países como Chade, Malawi,
Zimbábue, Costa Rica, Equador e Guatemala elevaram a
idade mínima para casamentos para 18 anos. Além disso, aboliram as exceções que validavam
casamentos infantis consentidos pelos pais ou por um juiz. Para Susanna Krüger, diretora-executiva
da sucursal alemã da Save the Children, o declínio do número de casamentos infantis nesses países é
um grande sucesso. "O quadro jurídico ajuda a mudar as estruturas sociais no longo prazo", afirma.
No entanto, desde 2015, o casamento ilegal de garotas menores de idade aumentou de 11,3 milhões
para 11,5 milhões mundo afora – e a tendência deve se manter. E ainda há 82,8 milhões de meninas
com idades de dez a 17 anos que não estão legalmente protegidas contra casamentos infantis

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152 milhões de crianças trabalham no mundo, diz OIT


Ao menos 152 milhões de crianças são vítimas do trabalho infantil no mundo, e 73 milhões
realizam serviços de risco, revelou nesta terça-feira (14), em Buenos Aires, Argentina, o diretor-geral
da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder. "Ainda há 152 milhões de meninos e
meninas vítimas do trabalho infantil, quase um a cada dez no mundo. Deste total, quase a metade
realiza trabalhos perigosos", disse Ryder ao inaugurar a IV Conferência Mundial sobre a Erradicação
do Trabalho Infantil, na capital argentina. Segundo o organismo internacional, ao menos 25 milhões
de pessoas são vítimas de trabalho forçado no mundo. As metas estabelecidas pelas Nações Unidas
apontam para acabar com o trabalho infantil até 2025, e com o trabalho forçado até 2030. "As metas
não podem ser mais claras, como também a incômoda realidade de que se não fizermos mais e
melhor não vamos conseguir", disse Ryder. De acordo com estudos da OIT, o trabalho infantil se
concentra 71% na agricultura, 17% no setor de serviços e 12% no setor industrial, especialmente na
mineração.

OIT expressa preocupação por decreto sobre trabalho escravo no


Brasil
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) manifestou "preocupação" pelas mudanças em
torno da definição e da fiscalização contra o trabalho escravo no Brasil, informou Antônio Rosa,
representante da entidade em Brasília. "O Brasil, a partir de hoje, deixa de ser referência no combate
à escravidão que estava sendo na comunidade internacional", disse Rosa, que é coordenador do
Programa de Combate ao Trabalho Escravo da OIT no país.
OMinistério do Trabalho divulgou um decreto que modifica a definição de trabalho escravo e
deixa nas mãos do ministro a inclusão de empresas na chamada "lista suja", que engloba aqueles que
desrespeitam os direitos trabalhistas. Segundo o texto, publicado no Diário Oficial da União, apenas
poderá ser considerada escravidão a submissão do trabalhador sob ameaça de castigo, a proibição de
transporte obrigando ao isolamento geográfico, a vigilância armada para manter o trabalhador no
local de trabalho e a retenção de documentos pessoais. O decreto estabelece um conceito
"condicionado à situação de liberdade, e não é assim no mundo, a escravidão moderna não é
caracterizada assim", lamentou Rosa. "É uma interpretação da norma bastante restritiva, o que acaba
por mudar seu sentido, impossibilitando na prática as operações de combate ao trabalho escravo em
todo o país", considerou o auditor fiscal do Trabalho, Renato Bignami. O decreto foi duramente
criticado pelo Ministério Público do Trabalho, assim como pela oposição no Congresso, que vê na
medida uma ação política do presidente Michel Temer, que aguarda a discussão de uma segunda
denúncia contra ele pelo Congresso. A Secretaria de Inspeção do Ministério de Trabalho rejeitou
também o conteúdo do decreto em um comunicado interno divulgado nesta segunda-feira e
esclareceu que não participou na elaboração do mesmo. O documento afirma que "foram detectados
vícios técnicos e jurídicos" e aspectos que atentam contra a Constituição, a Convenção 81 da OIT e o
Código Penal brasileiro.
AFASTAMENTO DE WILLIAM WAACK
Um vídeo que circulou nas redes socais nesta quarta-feira em que o apresentador William
Waack, do Jornal da Globo, aparece fazendo comentários racistas terminou com o afastamento do
jornalista da programação da emissora. Em nota, a TV Globo diz que o âncora do Jornal usou "ao
que tudo indica" termos racistas. O grupo afirma ser “visceralmente contra o racismo em todas as
suas formas e manifestações” e, por isso, toma a decisão do afastamento até que a situação esteja
esclarecida”.
As imagens do vídeo são da campanha eleitoral dos Estados Unidos em 2016. Minutos antes de
entrar ao vivo ao lado do entrevistado Paulo Sotero, do Wilson Center, Waack xinga um carro que
estava buzinando na rua, vira-se para o convidado do programa e afirma duas vezes em tom baixo
que o barulho na rua é coisa de “preto”. Depois de reclamar das buzinadas, o apresentador diz: "Você
é um, não vou nem falar, eu sem quem é...". E depois, virando-se para o convidado diz: "É preto".

NOTA DE AFASTAMENTO DE WILLIAM WAACK


"A Globo é visceralmente contra o racismo em todas as suas formas e manifestações. Nenhuma
circunstância pode servir de atenuante. Diante disso, a Globo está afastando o apresentador
William Waack de suas funções em decorrência do vídeo que passou hoje a circular na internet,
até que a situação esteja esclarecida.
Nele, minutos antes de ir ao ar num vivo durante a cobertura das eleições americanas do ano
passado, alguém na rua dispara a buzina e, Waack, contrariado, faz comentários, ao que tudo
indica, de cunho racista. Waack afirma não se lembrar do que disse, já que o áudio não tem
clareza, mas pede sinceras desculpas àqueles que se sentiram ultrajados pela situação.
William Waack é um dos mais respeitados profissionais brasileiros, com um extenso currículo de
serviços ao jornalismo. A Globo, a partir de amanhã, iniciará conversas com ele para decidir
como se desenrolarão os próximos passos"

Racismo e Injúria Racial – Entenda a diferença


Embora impliquem possibilidade de incidência da responsabilidade penal, os conceitos
jurídicos de injúria racial e racismo são diferentes. O primeiro está contido no Código Penal
brasileiro e o segundo, previsto na Lei n. 7.716/1989. Enquanto a injúria racial consiste em ofender a
honra de alguém valendo-se de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem, o crime de
racismo atinge uma coletividade indeterminada de indivíduos, discriminando toda a integralidade de
uma raça. Ao contrário da injúria racial, o crime de racismo é inafiançável e imprescritível.
A injúria racial está prevista no artigo 140, parágrafo 3º, do Código Penal, que estabelece a
pena de reclusão de um a três anos e multa, além da pena correspondente à violência, para quem
cometê-la. De acordo com o dispositivo, injuriar seria ofender a dignidade ou o decoro utilizando
elementos de raça, cor, etnia, religião, origem ou condição de pessoa idosa ou portadora de
deficiência.
Em geral, o crime de injúria está associado ao uso de palavras depreciativas referentes à raça
ou cor com a intenção de ofender a honra da vítima.
A injúria é, pois, a exteriorização de um juízo que se faz de alguém, isto é, ela exprime sempre
uma opinião do ofensor, que traduz desprezo ou menos valia em relação ao ofendido ou injuriado, ou
seja, pode-se injuriar alguém por palavras, escritos ou gestos. Portanto, não há que se confundir
como frequentemente ocorre, pois o crime de racismo (previsto na Constituição Federal e na Lei nº
7.716/89, Lei antirracismo), com o crime de injúria por preconceito ou discriminação racial, pois o
primeiro resulta de discriminação, de preconceito racial, implicando segregação, impedimento de
acesso, recusa de atendimento , entre outros, em relação a alguém. O segundo é crime contra a honra,
agindo o sujeito ativo com animus injuriandi, elegendo-se como forma de execução do crime
justamente a utilização de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem da vítima.
O crime de racismo, previsto na Lei n. 7.716/1989, implica conduta discriminatória dirigida a
determinado grupo ou coletividade e, geralmente, refere-se a crimes mais amplos. Nesses casos, cabe
ao Ministério Público a legitimidade para processar o ofensor. A lei enquadra uma série de situações
como crime de racismo, por exemplo, recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial,
impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e elevadores ou às escadas
de acesso, negar ou obstar emprego em empresa privada, entre outros. De acordo com o promotor de
Justiça do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Thiago André Pierobom
de Ávila, são mais comuns no país os casos enquadrados no artigo 20 da legislação, que consiste em
“praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional”.

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