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António Marcos Martins Lima (Engenheiro Técnico Civil, ANET N.º 8734), Técnico Principal da
Câmara Municipal de Sousel, morador no Loteamento das Bazoas, Lote 2, em Sousel, contribuinte
nº199979758, declara, para efeitos do disposto no nº 3 da Portaria 1105/2001, de 18 de Setembro, que o
plano de segurança e saúde, de que é autor, relativo à obra de Beneficiação da Avenida Dom Basílio do
Nascimento Martins em Cano, observa as normas legais e regulamentares aplicáveis.
1 – Memória Descritiva
1.1 – Introdução
O presente Plano de Segurança e Saúde surge em sequência do projecto de “Beneficiação da Avenida Dom
Basílio do Nascimento Martins em Cano”.
Enquadra-se na legislação constante do Decreto-lei n.º. 155/95 de 1 de Julho, o qual transpõe
para a ordem jurídica interna a Directiva n.º. 92/57/CEE (Directiva Estaleiros) e ainda do
Decreto-lei n.º. 82/99 de 16 de Março o qual transpõe a Directiva n.º. 95/63/CEE de 5 de
Dezembro de 1995, que alterou a Directiva n.º. 89/655/CEE de 30 de Novembro de 1989,
relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde para a utilização pelos trabalhadores
de equipamento de trabalho.
A forma como o PSS é divulgado deverá ser feita de modo a que os trabalhadores se sintam
motivados a cumpri-lo por sua própria iniciativa.
A sua divulgação deverá ser feita através de meios que possibilitem a sua fácil compreensão,
recorrendo por exemplo a pictogramas e a banda desenhada.
COMUNICAÇÃO PRÉVIA
1 – Data da comunicação:
2 – Endereço completo do estaleiro:
3 – Dono da obra: Câmara Municipal de Sousel
4 – Natureza da obra: Construção de um edifício.
5 – Autor do projecto:
6 – Fiscal da obra Câmara Municipal de Sousel
7 - Coordenador em matéria de segurança e A designar
saúde durante a realização da obra:
8 - Director da obra: A designar
9 - Datas previsíveis de inicio e Termo dos
trabalhos no estaleiro
10 - Duração previsível dos trabalhos no
estaleiro:
11 - Estimativa do número máximo de
trabalhadores por conta de outrem e
independentes, presentes em simultâneo no
estaleiro:
12 - Estimativa do número de empresas e de
trabalhadores independentes no estaleiro:
A definir
2 – Caracterização da Obra
Elaborar um quadro onde conste todos os equipamentos que serão utilizados no decorrer da
obra. As quantidades e a distribuição temporal serão indicadas pelo empreiteiro e sujeitas â
aprovação do Dono da Obra, de acordo com a proposta adjudicada.
Os trabalhos cuja execução se prevê que acarretem riscos mínimos para a segurança e saúde
dos trabalhadores, de acordo com o estabelecido no Decreto - Lei nº 155/95 de 1 de Julho, são
os trabalhos de escavação e de montagem de tubagem com a utilização de gruas.
Serão efectuadas escavações para aplicação de tubagem, e respectivos acessórios, sendo a
profundidade das valas função do diâmetro e garantindo-se um recobrimento mínimo de 1 m.
Dada a natureza dos terrenos tal poderá acarretar algum risco de soterramento.
A tubagem de maior diâmetro será transportada e montada com o recurso a gruas móveis o
que, dada a dimensão da tubagem, poderá provocar riscos de esmagamento por queda de
equipamento e de carga.
Para avaliação dos riscos acima referidos foram tidos em conta os seguintes factores:
❏ Duração do trabalho.
❏ Altura do edifício.
Entende-se por condicionalismos existentes no local todos os elementos que possam interferir
com a implantação da obra e do estaleiro de apoio à sua execução. Uma vez que a empreitada
em causa se desenvolve numa zona urbana são de prever interferências com infra-estruturas
técnicas (enterradas ou aéreas).
No que se refere aos acessos, eles serão maioritariamente feitos por arruamentos em zona
urbana pelo que se destaca o eventual cruzamento com veículos.
Para obviar estes condicionalismos deverão ser utilizadas medidas de prevenção, tais
como:
❐ estudar os transportes da obra (tipo de viaturas, frequência, sentidos de circulação,
comprimentos das cargas, etc.) e o meio envolvente e escolher, em consonância, a
localização das entradas do estaleiro e as vias preferenciais para circulação;
☛ Higiene no estaleiro
☛ Local do estaleiro
☛ Sinalização do estaleiro
RECOMENDAÇÕES
RECOMENDAÇÕES
Consumo de álcool:
- interdito o consumo de bebidas alcoólicas no estaleiro, salvo quando a acompanhar a refeição principal
(almoço ou jantar) não podendo a quantidade ultrapassar 33 cl por pessoa;
- suspensão do trabalhador com taxa de alcoolemia igual ou superior a 0,5g, considerando-se quebra
anormal e injustificada da produtividade:
- dispor de aparelhos de medida regularmente aferidos
RECOMENDAÇÕES
Transporte de trabalhadores:
RECOMENDAÇÕES
RECOMENDAÇÕES
Vedação do estaleiro:
Interdição do acesso das pessoas à obra: Guarda da Obra
Sinalização diversa:
- proibição de entrada a pessoas estranhas à obra;
- entrada e saída de viaturas pesadas nos acessos à obra;
- limitações de velocidades e outras;
- luminosa nocturna e perceptível a distancia razoável
Tarefas – Socorrismo
Riscos – Agravamentos de ferimentos
RECOMENDAÇÕES
Posto de primeiros socorros com horário de funcionamento idêntico ao do trabalho na obra e dispondo de,
pelo menos:
- Manual de Socorrismo da Cruz Vermelha Portuguesa
- Maca com cobertura
- Maca de concha para o deslocamento vertical de um ferido situado em poços ou em pilares de grande
altura;
- Caixa de farmácia contendo ligaduras, compressas, desinfectantes, produtos para golpes, lavagens dos
olhos, etc...
- Sacos de plástico esterilizados;
- Caixa com blocos de gelo, por forma a conservar um membro cortado colocado dentro de um saco de
plástico esterilizado;
- Lençol em alumínio esterilizado
- Insuflador
O material consumido deverá ser imediatamente reposto sem o prejuízo duma vistoria mensal;
Formar e nomear um socorrista por equipa;
Ver “Atravessamento Fluvial”
Lista de telefones do INEM, urgências, ambulâncias e Táxis para garantir um rápido transporte dos
possíveis acidentados aos centros de assistência;
Lista de localização dos diferentes centros de assistência para onde se pode deslocar os acidentados para o
seu rápido e efectivo tratamento
Registo semanal de acidentes e ferimentos a incluir no relatório semanal de segurança
RECOMENDAÇÕES
Análise da Água para consumo dos trabalhadores para garantir a sua potabilidade caso não provenha da
rede de abastecimento.
Higiene no estaleiro
Local de estaleiro
3.3.1.– Instalações
3.3.1.1. - Escritórios
junto à entrada, do lado interior, deverão ser colocados meios de extinção de incêndios
(extintores);
os extintores a eleger deverão estar de acordo com os riscos existentes, sendo os de Pó
Químico seco tipo A.B.C. os normalmente utilizados;
se no escritório existirem máquinas de heliocópias não deverão ser instalados extintores
contendo B.C.F. (halon) já que esse agente extintor, em certas condições de temperatura,
reage com o amoníaco produzindo gases muitos tóxicos;
deverá ser assegurada a remoção periódica de papeis velhos e ter o cuidado de não
acumular quantidades significativas de materiais combustíveis;
os locais onde for permitido fumar deverão ser dotados de cinzeiros estáveis e
incombustíveis;
o aquecimento ambiente deverá ser feito recorrendo preferencialmente a equipamentos
eléctricos com baixo risco de incêndio (tipo aquecedor a óleo);
a iluminação artificial deverá ser feita com recurso a lâmpadas fluorescentes em luminária
dupla com condensador intercalado;
os escritórios deverão possuir quadro eléctrico autónomo com separação de circuito de
iluminação e tomadas, protegidos com disjuntores térmicos (um por cada circuito instalado) e
um ou mais disjuntores diferenciais de alta sensibilidade (0.03 A);
no caso de os escritórios funcionarem em contentores metálicos dever-se-à proceder à sua
ligação à terra por forma a garantir uma resistividade igual ou inferior a 20 OHM;
3.3.1.2. - Armazém
o local de armazenagem deverá estar situado num espaço disponível por forma a
poder ser servido pela grua mas não ser sobrevoado por cargas suspensas. Deverá
ainda ter uma localização e arranjo tal que permita a chegada e descarga de camiões de
grande porte sem interferências quer com o resto da obra quer com a circulação interna e
externa do estaleiro;
a zona de armazenagem dos varões não deverá ter sobre ela ramos de árvores,
condutores eléctricos, etc., por forma a que não haja obstáculos à descarga do ferro com
os meios mecânicos previsíveis;
a zona de armazenagem dos varões deverá ter o pavimento regularizado e deverá ser
dotado de baias separadoras para permitir o correcto armazenamento do ferro por tipo e
secções;
a armazenagem dos varões deve ser organizada de acordo com os pesos a
movimentar. Assim, as baias destinadas a receber conjuntos de ferro mais pesados
deverão ficar colocadas na zona em que a capacidade do equipamento de movimentação
seja maior;
se se verificar que a capacidade da grua não é compatível com a descarga dos
“molhos” de peso estandardizado e não estiver previsto um sistema alternativo de
descarga, devem encomendar-se molhos de ferro com quantidade de varões diferentes
das normalizadas. Este procedimento é preferível à opção de desfazer os molhos, para
os dividir, em cima do veículo transportador;
devem providenciar-se lingas apropriadas para a descarga do ferro em molhos;
deverá interditar-se a utilização do arame que ata os varões como ponto de
suspensão para a movimentação do atado;
a oficina de fabrico deve ser implantada numa zona contígua à de armazenagem por
forma a que o varão de ferro possa ser ripado, total ou parcialmente, das baias,
directamente para a tesoura mecânica;
a zona de fabrico deverá ser coberta e resguardada lateralmente dos ventos
dominantes;
a máquina de corte deverá ser móvel, deslocando-se sobre carris ou calhas ao longo
do topo do armazém de ferro;
a quantidade de varões a cortar ao mesmo tempo na tesoura deve ser definida
previamente, em função do tamanho das lâminas de corte e dos diâmetros do ferro. Esta
informação deve ser difundida por todos os trabalhadores que tenham acesso à tesoura
de corte;
deve ser definida uma zona para a colocação dos desperdícios de ferro. Esta zona
deverá possuir características tais que permita uma arrumação cuidada e uma remoção
fácil;
toda a zona de laboração deve ser mantida limpa e arrumada, especialmente as
zonas envolventes das máquinas de cortar e moldar;
tanto a máquina de cortar como a de soldar devem ser dotadas de interruptor de
accionamento por pedal, protegido superiormente, para evitar o arranque acidental do
equipamento;
as máquinas deverão estar equipadas com discontactores e botoneiras de paragem
de emergência;
a instalação eléctrica deverá ser robusta e bem protegida contra acidentes mecânicos.
Os cabos de ligação às máquinas serão do tipo FBBN ou equivalente e não deverão
estar pousados no solo da oficina;
deve ser garantida a equipotencialidade de todas as massas metálicas acessíveis das
máquinas eléctricas e fazer a sua ligação à terra;
a oficina deve ser dotada com uma ou várias mesas de trabalho para o fabrico das
armaduras, com altura suficiente para permitir o trabalho em posturas aceitáveis;
a zona destinada ao armazenamento das peças já fabricadas deverá o solo
regularizado. As armaduras devem ser armazenadas segundo o programa de aplicação
por forma a evitar, o mais possível, a sua movimentação manual.
a cabine do quadro geral da obra deve ser colocada em local acessível, sobrelevado
em relação ao terreno, de modo a não deixar entrar a água das intempéries;
todas as partes metálicas devem ser legadas entre si, para se garantir a
equipotencialidade do conjunto da cabine;
a área adjacente à cabine deverá ser mantida limpa, nomeadamente de substâncias
combustíveis e/ou inflamáveis;
deverá ser expressamente proibido utilizar aquela instalação como arrecadação de
materiais que não estejam intimamente ligados à segurança da cabine (barras de
manobra, luvas dieléctricas, lanterna de emergência, etc.);
o acesso ao interior da cabine deverá ser restringido ao pessoal qualificado para
actuar nela, pelo que deverá ter fechadura com chave própria. No entanto, a cabine
deverá permitir o acesso fácil ao corte geral da corrente;
deverá ser afixado no exterior da cabine um ou mais sinais bem visíveis referindo o
risco eléctrico;
o quadro eléctrico geral deverá, assim como todos os outros, obedecer às
características legalmente impostas, nomeadamente no que diz respeito à
inacessibilidade de peças em tensão, à separação de circuitos e à ligação das massas
metálicas à terra;
a protecção diferencial deste quadro deverá possuir sensibilidade e temporização
adequadas de modo a garantir que, em condições de "defeito", o corte se efectue no
quadro imediatamente a montante do local da avaria. A instalação de obra deverá ser
executada de tal modo que as avarias se repercutam num sector confinado do circuito
eléctrico. Além disso, os circuitos de iluminação deverão ser independentes dos circuitos
de tomadas, de modo a diminuir ao mínimo a probabilidade da obra, ou sector de obra,
ficar às escuras;
a instalação eléctrica da rede principal deverá, preferencialmente, ser enterrada tendo
o cuidado de executar uma planta rigorosa da implantação dos cabos;
se se optar pela montagem de rede aérea esta deverá “correr” ao longo dos
caminhos, apoiada em estruturas pré-existentes ou em calhas próprias, devidamente
sinalizadas e a baixa altura já que as linhas elevadas interferem frequentemente com a
movimentação de cargas. O atravessamento de caminhos dever-se-á fazer através de
vala aberta no pavimento e protegida com madeira ou então de um modo elevado tendo-
se o cuidado de pré-sinalizar a sua passagem com barreiras em pórtico. Na prática é
hábito fazer o atravessamento de caminhos pedonais colocando o cabo a dois metros e
meio de altura e nos caminhos para veículos a cinco metros. Num dos postes de
atravessamento, ou em ambos, dever-se-á deixar uma reserva de cabo que permita, em
casos excepcionais, sobrelevar o atravessamento sem se recorrer ao corte das condutas;
nos “atravessamentos” provisórios sob caminho de terra batida a protecção do cabo
não deverá ser feita através de perfis metálicos, já que estes, ao se enterrarem por acção
da passagem dos veículos, danificarão, com as suas extremidades, o isolamento do
cabo;
a distribuição dos circuitos eléctricos pela obra deverá ser executada de tal modo que
se garantam equilíbrios de consumo entre as várias fases da corrente eléctrica. Uma boa
coordenação entre o técnico electricista e a Direcção de Obra é essencial para assegurar
tal distribuição;
os condutores deverão estar dimensionados para os consumos previstos e serem
compatíveis com as protecções instaladas nos circuitos. De qualquer modo, a sua
exploração deverá ser feita dentro dos parâmetros de segurança evitando-se a todo o
custo as sobrecargas, mesmo que pontuais;
deverá ser mantida uma distância considerável entre a rede eléctrica e a rede de
água, sendo que os terminais daquela (tomadas, interruptores, etc.) deverão ser
colocados a pelo menos 1.90 m da canalização de água;
as entradas da rede eléctrica exterior em contentares, ou outros edifícios, deverão ser
protegidas para evitar a deterioração progressiva do isolamento, ao mesmo tempo que se
tomarão medidas para evitar que a água das chuvas corra ao longo dos fios para o
interior das instalações (usar cachimbos, pescoço de cavalo, etc.);
sempre que, por necessidade do avanço dos trabalhos, ou por qualquer outro motivo,
seja desactivado qualquer circuito eléctrico deverão ser imediatamente retirados os
condutores e restante equipamento que dele faziam parte;
o técnico responsável pela instalação eléctrica da obra deverá ser informado do uso a
dar às edificações de modo a poder adequar o tipo de instalação à exploração do local a
electrificar. Se durante a vida do estaleiro se verificar a necessidade de alterar o tipo de
exploração a dar aos edifícios, tal facto deverá ser comunicado ao técnico electricista
para este introduzir, se for caso disso, as alterações à rede eléctrica achadas
convenientes;
quando em obra se utilizam produtos inflamáveis voláteis tais como colas tipo
“contacto”, solventes de gorduras, etc., quer os equipamentos eléctricos, quer a
instalação, deverão ser do tipo anti-deflagrante;
a instalação propriamente dita deve ser alvo de um plano que tenha em conta a
dinâmica do empreendimento. São factores a ter em conta as alterações de cota, as
actividades a desenvolver, a circulação de pessoas e materiais, etc. Constitui
normalmente uma boa opção montar a distribuição vertical da corrente em elementos
situados no centro geográfico da obra e que facilitem a passagem dos cabos em
segurança. A distribuição horizontal deverá ser feita a partir de caixas de derivação ou
quadros volantes, devidamente protegidos com disjuntores magnetotérmicos e
diferenciais, ligados ao cabo de distribuição vertical;
as tomadas de corrente disponíveis em obra deverão ser do tipo “estanque com
engate” e deverão, tanto quanto possível, obedecer todas ao mesmo modelo;
os contratos de adjudicação de trabalhos de subempreitada deverão mencionar o tipo
de tomada instalada em obra de modo a que, em tempo útil, o subempreiteiro adapte as
fichas do seu equipamento à rede de distribuição que vai utilizar;
os quadros volantes deverão, preferencialmente, ser construídos em materiais
plásticos semi-flexíveis resistentes ao choque e possuírem características estanques;
se se optar por quadros metálicos estes deverão possuir as mesmas características
dos anteriores sendo que todas as massas metálicas da carcaça deverão estar ligadas
electricamente entre si e à terra;
todos os quadros volantes deverão possuir um interruptor de corte geral, além de
disjuntor diferencial e ainda um disjuntor magnetotérmico por cada tomada de corrente
disponível.
No que toca a protecção colectiva existem ainda alguns princípios fundamentais que é
necessário seguir, e que se mostram de grande importância para a prevenção de riscos:
os trabalhos especializados deverão obrigatoriamente ser realizados por
trabalhadores especializados com carteira profissional adequada;
os trabalhos de montagem de tubagem e acessórios e respectivos ensaios serão
realizados por equipas de montadores especializados para cada um dos materiais,
devendo essas equipas ser acompanhadas por representantes dos fornecedores das
tubagens;
toda a movimentação de terras será efectuada por operadores experientes, sendo
utilizado para cada caso o equipamento industrial mais adequado;
os cuidados postos no manuseamento dos materiais por forma a que estes não se
danifiquem contribuem para a protecção e segurança dos trabalhadores que os
executam.
TELAS DE PROTECÇÃO/SINALIZAÇÃO
Tela plástica de cor laranja forte, perfurada, relativamente rígida e
CARACTERISTÍCAS
com 1.2 m de largura. É fornecida em rolos de 50 m com o peso
aproximado de 15 kg.
Destina-se à sinalização e protecção provisória de vãos,
UTILIZAÇÃO
nomeadamente em valas e taludes, bordos de lage, aberturas no
pavimento, sinalização de caboucos de sapatas, vedação de áreas
de materiais, zonas de peões, etc. Quando conjugado com
elementos rígidos pode funcionar como barreira de protecção contra
queda de pessoas e ou materiais. Substitui com vantagens
(durabilidade e eficácia) a fita sinalizadora não fotoluminescente e
pode constituir alternativa, com limitações ao nível da rigidez, às
protecções feitas com prumos e tábuas pré-fabricadas.
Interlaçado pela perfuração em ferros verticais (diâmetro 16),
COLOCAÇÃO
espaçados de 1.5 m ou atado com arame rígido. Não necessita de
ser amarrada já que nas condições indicadas a tela se auto-suporta.
Se se pretender dar maior rigidez ao conjunto deverá ser colocado
um varão horizontal, também entrelaçado na furação da tela, e
amarrado à parte superior dos varões verticais.
a) Abertura de valas - a abertura de valas deve ser encarada como um caso particular da
escavação a céu aberto. Estes trabalhos apresentam alguns condicionalismos sobretudo
relacionados com o espaço limitado, factor que lhes confere alguma especificidade em
termos de riscos.
c) Medidas de prevenção:
antes do início dos trabalhos procurar obter toda a informação pertinente e valorizar a
informação relativa aos riscos mais importantes para o trabalho em causa;
assegurar o controlo da atmosfera na vala;
promover a instalação de passadiços dotados de guarda-corpos e rodapé para colocar
nas zonas de passagem. Condicionar a circulação de veículos, de modo a reduzir ao
mínimo as vibrações nos terrenos vizinhos da escavação. Eliminar, desviar ou estabilizar
as estruturas da vizinhança que possam vir a constituir risco durante a escavação;
colocar sinalização luminosa de balizamento nos locais em que haja circulação
nocturna de veículos ou pessoas;
possuir bombas de escoamento de água de caudal e potência suficiente;
para a utilização de equipamento de levantamento e transporte de cargas (tipo grua
móvel) escolher as características da máquina tendo em conta que a estabilização do
equipamento deverá ser feita em média a pelo menos dois metros do coroamento da
vala;
definir e calcular previamente o processo de entivação, de acordo com os esforços
previsíveis;
manter constante a bombagem da água do fundo da escavação, de modo a não
permitir grandes acumulações de líquidos que poriam em causa a estabilidade do
terreno;
desviar a água da bombagem para bastante longe da escavação;
vigiar constantemente os trabalhos e interrompê-los sempre que se detecte algo de
anormal que possa constituir um risco;
não permitir a colocação de materiais ou sobrecargas a uma distância do coroamento
inferior a 1/3 da profundidade da escavação;
colocar a entivação de tal modo que sobressaia pelo menos 15 cm acima da cota
superior do terreno criando assim um rodapé a toda a volta da abertura. Para a
aproximação de veículos ao bordo da vala para transporte de materiais, criar um
“batente” que garanta a paragem do veículo a uma distância segura (em princípio a 4
metros do coroamento);
iluminar, se for caso disso, as zonas de trabalho com auxílio de gambiarras estanques
à água em jacto e alimentadas por uma fonte de 24 Volts;
a arrumação de todos os materiais e equipamentos é fundamental neste tipo de
trabalhos;
se durante a escavação forem encontradas lajetas, redes ou outro tipo de materiais
utilizados para sinalizar canalizações enterradas não previstas no projecto, parar de
imediato os trabalhos, até que seja definida uma estratégia segura para a continuação
dos mesmos;
no caso de se verificar que alguns dos trabalhadores apresentam qualquer
perturbação funcional, nomeadamente enjoo, vómitos, tonturas ou desmaio, todo o
pessoal restante deverá abandonar imediatamente o local de trabalho, organizando-se o
salvamento a partir do coroamento da vala;
os produtos de escavação não podem ser depositados a menos de 0.60 m do bordo
superior do talude;
no aterro das valas não aproximar demasiado o veículo pelo perigo que existe de
capotagem do mesmo;
c) Medidas de prevenção:
antes do início do trabalho rever o projecto no sentido de obter informações sobre a
natureza geológica e demais características do terreno obtida através de sondagens, de
informações do proprietário do terreno, de levantamentos geológicos feitos por entidades
credíveis, de escavações experimentais, etc;
obter informações também no que respeita a linhas de água, existência de estradas e
seu tráfego, etc;
saber se existem enterrados cabos eléctricos ou telefónicos, redes de água ou gás,
etc., e de acordo com a entidade proprietária ou concessionária desses serviços ou
instalações definir qual o procedimento a adoptar (desviar, desligar, preservar, proteger,
etc.). A recolha destes dados permite delinear uma estratégia correcta para a execução
da obra, obviando os inconvenientes das soluções de recurso sempre dispendiosas e de
resultados muitas vezes duvidosos;
durante o desenvolvimento da obra manter uma vigilância “apertada” para garantir o
cumprimento das medidas de segurança e prevenção, nomeadamente:
queda de objectos;
queda de igual nível;
soterramento por desmoronamento do talude adjacente;
perfuração;
esmagamento.
c) Medidas de prevenção:
a equipa encarregada dos trabalhos deverá estar bem familiarizada com o sistema a
utilizar e deverá ser organizada de modo a que se consiga um trabalho de conjunto;
a cofragem deve ser preparada (limpeza, reparações, etc.) antes do início dos
trabalhos evitando deste modo as improvisações de última hora;
sempre que a cofragem se destine a ser colocada junto a taludes, examiná-los
previamente de modo a aferir a sua estabilidade e adequação;
sinalizar e dotar de guarda-cabeças o coroamento dos taludes e garantir a execução
na sua base de um corredor livre que permita a execução das tarefas de cofragem;
não iniciar a execução da cofragem de muros junto a taludes sem que antes esteja
assegurado o caminho de fuga para os trabalhadores colocados entre os taipais e o
talude;
o método previsto para a colocação de cofragens junto aos taludes deverá ser tal que
elimine o mais possível as tarefas executadas entre o taipal exterior e o talude;
para alturas de cofragem superiores a 1.5 m executar plataformas de trabalho a altura
conveniente e munidas de guarda-corpos, guarda-corpos intermédio, rodapé e tábuas de
pé que garantam uma plataforma de, pelo menos, 60 cm de largura;
executar a suspensão dos taipas, para movimentação mecânica, em pontos sólidos e
de tal modo que se garanta o equilíbrio do conjunto a movimentar. Nunca deverá ser
utilizado um só ponto de suspensão;
na generalidade dos casos justifica-se a colocação de duas espias que permitam a
orientação das cargas a partir do solo;
as plataformas auxiliares de montagem de cofragem de pilares deverão garantir o
acesso a, pelo menos, três lados do pilar;
manter as protecções colectivas dos bordos de lajes, já que estas são normalmente
compatíveis com a execução de cofragem de elementos verticais. No entanto, na
generalidade das vezes torna-se necessário aplicar outro tipo de protecção anti-queda
específico para esta actividade;
não permitir trepar pela armadura para ajudar à colocação da cofragem ou para
qualquer outro fim, já que é uma prática muito perigosa eliminável por uma boa
organização do trabalho;
escorar devidamente os taipais, garantindo a sua estabilidade, e só depois proceder
ao desengate dos estropos de suspensão;
aplicar as “castanhas” para fecho das cofragens recorrendo a ferramentas próprias e
com o corpo em posição estável no sentido de evitar movimentos incorrectos ou perda de
equilíbrio, no caso de rotura ou falha do sistema;
se o escoramento dos taipais tiver de ser aplicado em zonas destinadas à passagem
de pessoas ou veículos, deverão ser criados caminhos alternativos e a zona de aplicação
deverá ser eficazmente demarcado;
não permitir a subida pela estrutura dos taipais para proceder à desamarração das
suspensões de transporte. Utilizar escada de mão, se necessário;
não permitir que o vibrador seja utilizado de modo que, ao encostar respectivamente
à cofragem, possa pôr em risco o “travamento” das cunhas de suporte dos painéis.
3.4.2.7 – Descofragem
c) Medidas de prevenção:
a ordem de descofragem de qualquer elemento deverá ser emanada da Direcção da
Obra após serem analisados todos os parâmetros implicados na capacidade autoportante
do elemento betonado;
a sequência e modo de descofragem depende grandemente do tipo de cofragem
utilizada e do tempo de cura do betão a descofrar, pelo que a operação deverá ser bem
explicada aos operários e supervisionada pelo elemento responsável;
se, na descofragem de elementos horizontais, se optar por manter prumos de
sustentação provisória, a supervisão do trabalho deverá ser redobrada no sentido de se
garantir que aquela decisão está a ser cumprida segundo o previamente definido;
quando a cofragem se destina a ser utilizada várias vezes na mesma obra, de um
modo sequencial, elaborar um estudo dessa situação de trabalho, tendente a aumentar a
organização e reduzir o mais possível as operações de movimentação. Uma das fontes
de maior risco nas operações de descofragem provem da movimentação, quer manual
quer mecânica, dos elementos constituintes da cofragem. Um adequado planeamento e
preparação da rodagem da cofragem pode, pela simplificação das tarefas, aumentar o
rendimento do trabalho e ao mesmo tempo reduzir a sinistralidade;
não permitir, em caso algum, o arranque (descolagem) dos painéis de cofragem com
auxílio da grua. Na prática dever-se-á executar uma eficaz amarração dos estropos da
grua aos painéis a descofrar e, em seguida, através de sucessivos e curtos movimentos
de elevação, “esticar” os cabos da grua, mas sem os colocar em tensão. Depois desta
operação realizada, proceder à retirada dos elementos de prisão e à descolagem do
painel. Só depois iniciar o transporte com a grua;
na descofragem de conjuntos de elementos com auxílio de meios mecânicos de
elevação, calcular previamente as cargas em presença e verificar (no diagrama de cargas
do equipamento) se aquele trabalho se pode realizar naquelas circunstâncias dentro dos
limites de segurança;
nas operações de descofragem, obedecer sempre a uma sequência lógica pré-
estabelecida, sendo que, na descofragem de elementos horizontais, todos as pessoas
envolvidas na actividade dever-se-ão colocar sob a zona já descofrada;
manter, tanto quanto possível, operacionais os sistemas de protecção colectiva
montados para a protecção dos trabalhos de betonagem. Normalmente a descofragem
implica a desmontarem das guardas perimetrais por se encontrarem aplicadas à própria
cofragem. Consiste numa boa prática aplicar sistemas que permitam, com pequenas
adaptações, uma utilização múltipla, isto é, serem usados quer na cofragem quer depois
no elemento já descofrado. Deste modo, à medida que se procede ao desmonte da
cofragem os elementos são retirados daquela e aplicados directamente na peça
betonada. Esta operação deverá ser feita por trabalhadores equipados com cintos de
segurança devidamente amarrados a elementos estruturais da obra;
sempre que o painel a descofrar se encontre a uma altura superior a 1.70 m recorrer a
plataformas de trabalho que permitam executar a tarefa de um modo seguro e
ergonomicamente aceitável;
arrumar os materiais, à medida que vão sendo desmontados, de tal modo que, tanto
quanto possível, fiquem preparados para o transporte sem necessitarem de novas
movimentações;
descolar e arriar os painéis de cofragem à medida que vão ficando livres das
amarrações ou prumos. Em nenhum caso, se deve ir retirando os prumos ou outros
Estas tabelas, que a seguir se apresentam, são meramente indicativas devendo ser
aferidas para cada tipo de obra e organização.
FUNÇÃO ENCARREGADO
DESCRIÇÃO DA FUNÇÃO Trabalhador que chefia uma obra de grande dimensão e
complexidade, ou coordena simultaneamente várias obras
RISCOS Quedas ao mesmo nível e em altura, projecção de materiais
Equipamento de Protecção Individual Uso Uso Duração do
obrigatório temporário equipamento
Capacete x 4 anos
Tampões para ouvidos
Protectores auriculares
Máscara para soldadura
Máscara de filtros físicos
Máscara de filtros químicos
Luvas de protecção mecânica
Luvas de protecção química
Botas com biqueira e palmilha de aço x 12 meses
Óculos de segurança
Cinto de segurança
FUNÇÃO PEDREIRO
natureza metálica
RISCOS Quedas ao mesmo nível, projecção de materiais, queimaduras,
electrocussão, corpos estranhos nos olhos,U.V.
Equipamento de Protecção Individual Uso Uso Duração do
obrigatório temporário equipamento
Capacete x 2 anos
Tampões para ouvidos x 3 meses
Protectores auriculares
Máscara para soldadura x 36 meses
Máscara de filtros físicos x 18 meses
Máscara de filtros químicos
Luvas de protecção mecânica x 2 meses
Luvas de protecção química
Botas com biqueira e palmilha de aço x 12 meses
Óculos de segurança x 18 meses
Cinto de segurança
FUNÇÃO MARTELEIRO
FUNÇÃO SERVENTE
FUNÇÃO VIBRADORISTA
DESCRIÇÃO DA FUNÇÃO Trabalhador que homogeniza e compacta massas de betão fresco
FUNÇÃO ELECTRICISTA
DESCRIÇÃO DA FUNÇÃO Trabalhador que executa todos os trabalhos da sua especialidade
e assume a responsabilidade dessa execução
RISCOS Quedas ao mesmo nível e em altura, queimaduras, electrocussão
Equipamento de Protecção Individual Uso Uso Duração do
obrigatório temporário equipamento
Capacete x 4 anos
Tampões para ouvidos
Protectores auriculares
Máscara para soldadura
Máscara de filtros físicos
Máscara de filtros químicos
Luvas de protecção mecânica
Luvas de protecção química x subst. à mínima
deterioração
Botas com biqueira e palmilha de aço x 12 meses
Óculos de segurança x subst. vidros quando
picados
Cinto de segurança x subst. quando
danificado
Todos os equipamentos devem ostentar claramente placas que indiquem as respectivas cargas
nominais raios de viragem, sinalização acústica, dispositivos de iluminação e em particular
todos os que a seguir são referidos.
Se qualquer equipamento não se destina ao transporte de trabalhadores, deve ter de forma
visível uma sinalização de proibição adequada.
Os equipamentos que transportam os trabalhadores devem ser adoptados de forma a
reduzir os riscos dos mesmos durante a deslocação.
Os equipamentos móveis automotores cuja movimentação pode originar riscos para os
trabalhadores devem dispor de dispositivos que evitem a entrada em funcionamento, reduzam
as consequências de colisão e em caso de utilização nocturna ou em local mal iluminado
assegurem uma iluminação adequada ao trabalhador
DUMPER
- capotamento em trânsito;
RISCOS
- capotamento na operação de descarga;
- choque;
- queda;
- ruído;
- entalamento (manivela de arranque).
- colocar-se em posição correcta para accionar a manivela de
PREVENÇÃO
arranque;
- proteger o engate da manivela de modo a não alterar a geometria
do gancho de engate;
- só proceder ao accionamento do motor com o veículo
devidamente travado;
- não exceder a carga máxima indicada pelo fabricante;
- não exceder a velocidade máxima (30 km/h);
- não transportar pessoas fora dos locais expressamente
destinadas a essa função;
- nas operações de descarga junto a desníveis instalar previamente
batentes do tipo fim-de-curso;
- não transportar materiais cujas características possam retirar
visibilidade de condução ou que não permitam um
acondicionamento correcto;
- em curvas “cegas” procurar afastamentos suficientes dos
obstáculos;
- respeitar os sinais de circulação e mais disposições da circulação
do estaleiro;
- zelar pela conservação e manutenção de modo a manter o ruído
nos níveis admissíveis (dadas as características de exploração da
máquina não se recomenda o uso de protecção auricular);
- só transportar líquidos em embalagens completamente cheias.
GRUA AUTOMÓVEL
- esmagamento (por queda do equipamento);
RISCOS
- esmagamento (por queda da carga);
- atropelamento.
- manter a solidez e a estabilidade durante a sua utilização;
PREVENÇÃO
serem instaladas de modo a reduzir o risco de as cargas colidirem
com os trabalhadores;
- garantir as distâncias necessárias em relação às linhas eléctricas;
- antes do início do trabalho diário verificar embraiagens, travões,
estado do cabo e cadernal;
- preferencialmente movimentar as cargas com a grua apoiada
sobre estabilizadores;
- antes de levantar a carga avaliar correctamente o seu peso;
- estudar todo o percurso da carga e detectar “o momento” mais
desfavorável;
- verificar no diagrama de cargas se a manobra é possível (não
esquecer de ao peso da carga somar o peso dos elementos
auxiliares de suspensão);
- não pegar em cargas com o cabo fora da prumada (“em cana de
pesca”);
- não utilizar o equipamento como balança para avaliar a carga;
- não utilizar a lança para empurrar ou desviar cargas;
- manter bem limpa toda a zona transparente da cabine;
- quando necessário a manobra deverá ser auxiliada por um só
“sinaleiro” que usará rádio ou sinais convencionais.
RETROESCAVADORA GIRATÓRIA
- esmagamento por queda da máquina;
RISCOS
- esmagamento de terceiros;
- soterramento;
- contacto com redes enterradas (electricidade, água e gás).
- a máquina deverá estar equipada com protecção ROPS e FOPS;
PREVENÇÃO
- o condutor deverá ser maior de idade e ter preparação adequada
para a manobra do equipamento específico;
- o trabalho deverá ser organizado de modo a que no perímetro da
giratória (contrapesos e colher) não permaneça nem passe
ninguém quando o equipamento está em funcionamento;
- se a máquina estiver montada sobre pneus, a giratória só poderá
funcionar com os estabilizadores actuados;
- só é permitido o “ataque” de escavação com a máquina colocada
no escoramento do talude se esta tiver os rastos orientados
perpendicularmente ao talude ou se se encontrar a uma distância
prudente do coroamento do mesmo (pelo menos 1/3 da altura do
talude);
- excluem-se as situações em que exista entivação, parede
ancorada ou qualquer outro elemento similar com resistência
suficiente para suportar os impulsos introduzidos no terreno;
- o manobrador deverá ser informado do local previsível onde
existam redes enterradas e instruído sobre os procedimentos a
tomar na aproximação a tais estruturas;
- o manobrador deverá ter formação adequada, no sentido de saber
inequivocamente quais as atitudes a tomar no caso de
acidentalmente tocar linhas de gás, electricidade ou água (em
carga). A Direcção da Obra estudará cada caso concreto, tendo
em conta a natureza das estruturas existentes e a envolvente do
local;
- a máquina possuirá aviso sonoro e/ou luminoso de manobra de
marcha atrás;
- no caso do posto de trabalho do manobrador ser ruidoso
(Lep,d>85dB(A)) deverão ser privilegiadas as medidas
organizacionais de protecção colectiva face às medidas de
protecção individual.
trabalho devem:
MARTELO PNEUMÁTICO
- perfuração;
RISCOS
- choques com objectos;
- surdez sonotraumática;
- artroses dos dedos;
- pneumoconioses.
-
- sempre que a operação se faça com o operador colocado em
PREVENÇÃO
locais com riscos de queda superiores a 70 cm, deverá ser
montada a plataforma adequada;
- a mangueira de transporte de ar deverá possuir engate rápido
compatível com a ligação do martelo e possuir ainda válvula de
retenção a ser accionada por “record” da ligação férrea;
- os pés do manobrador deverão estar ao nível do “ataque” da
broca ou acima desta;
- as ferramentas de “ataque” deverão ser perfeitamente compatíveis
com o corpo do martelo (nomeadamente no que diz respeito ao
encravamento da ferramenta);
- é interdito exercer pressão sobre a cabeça do martelo com o peito;
- é proibido utilizar o martelo com entorsão lateral;
- o dispositivo de escape do ar deverá ser mantido operacional e
em nenhum caso deverá ser alterado;
- na perfuração de rochas graníticas, utilizar-se-à o processo
húmido, a não ser que exista sistema de captação eficaz de
poeiras à boca do furo;
- não é permitida a utilização de ar comprimido para a sopragem de
roupa ou do corpo;
- o operador utilizará botas de segurança, luvas de couro, óculos de
protecção anti-impacto e protecção auricular sempre que
Lep,d>85dB ou valor Lpico>140dB;
- caso exista empoeiramento sem risco pneumoconeótico
específico, utilizar máscara antipoeira do tipo ligeiro.
ESCADAS DE MÃO
- queda.
RISCOS
- utilize preferencialmente escadas em alumínio com certificado de
PREVENÇÃO
conformidade, excepto em operações de soldadura e corte;
- a escada deve ultrapassar 1 metro o seu ponto de apoio superior;
- a escada deverá ter apoio anti-derrapante ou ser eficazmente
calçada na base;
- deverá ser criada amarração ou apoio que evite deslizamento
lateral da escada;
- a distância que vai do apoio inferior à prumada do apoio superior
deverá ser mais ou menos ¼ da altura da base da escada a esse
apoio;
- as escadas de madeira não poderão ser pintadas ou tratadas com
produtos que possam acultar defeitos da madeira;
- obrigatoriamente os degraus deverão manter uma distância
uniforme entre si;
- só são permitidos empalmes executados por pessoal
especializado e com a aprovação da Direcção de Obra;
- as cargas indicadas como admissíveis referem-se a esforços
estáticos e com a escada lançada na posição correcta. A
utilização fora deste parâmetro deverá ser criteriosamente
ponderada.
Os equipamentos do estaleiro deverão ser objecto de verificação periódica das suas
condições de funcionamento quer através da confirmação de terem sido efectuadas as
revisões periódicas de manutenção, quer através da inspecção geral do equipamento.
As verificações e ensaios dos equipamentos de trabalho referidos anteriormente devem ser
efectuados por pessoa competente, a fim de garantir a correcta instalação e o bom estado de
funcionamento dos mesmos.
O equipamento de trabalho que seja utilizado fora da empresa ou estabelecimento deve ser
acompanhado de cópia do relatório da última verificação.
GRUA AUTOMÓVEL
Verificar
1 - Luzes da frente 1
2 - Luzes da retaguarda 1
3 – Piscas 1
4 - Pirilampo rotativo 1
5 – Estado do cabo de elevação (a) 1
6 – Enrolamento do cabo no tambor (b) 1
7 – Estado das roldanas (c) 1
8 – Existência da patilha de segurança do gancho 1
9 – Existência e funcionamento do limitador de fim de curso (d) 1
10 – Sistema de nivelamento da grua 1
11 – Existência de Diagrama de Cargas referenciado ao equipamento em causa 1
(e)
12 – Estropos, manilhas e correntes (f) 1
13 – Funcionamento da máquina (g) 1
Na 1ª Operação
1 – Verificar o funcionamento do limitador de carga máxima (h) 1
2 – Verificar o funcionamento da buzina de alarme (caso exista) 1
3 – Verificar estabilizadores (I) 1
4 – Verificar sistema de controlo da giratória (j) 1
Devem dispor de dispositivos, que permitam isolá-los de cada uma das suas fontes de
energia, e em caso de reconexação de um equipamento este deve ser feito sem risco para os
trabalhadores.
QUADROS VOLANTES
Lista de verificação obrigatória - Recepção
1 – Verificar o estado geral exterior do conjunto 1
2 – Verificar em pormenor o estado de conservação das tomadas 1
3 – Verificar se existe e se está bem colocado o espelho dos disjuntores 1
4 – Verificar o funcionamento do disjuntor diferencial usando o botão de prova
(botão T) 1
5 – Verificar a ligação de massa entre a carcaça e a porta do quadro 1
6 – Verificar o circuito de terra 1
Lista de verificação obrigatória - Periódica
1 – Verificar diariamente se as ligações das fichas às tomadas são compatíveis 1
2 – Verificar semanalmente a não alteração da instalação dos disjuntores 1
3 – Verificar semanalmente o estado de conservação da porta metálica 1
4 – Verificar mensalmente a ligação de massa entre a carcaça e a porta do 1
quadro
5 – Verificar semanalmente o estado de conservação do espelho dos disjuntores 1
6 – Verificar mensalmente o bom funcionamento do disjuntor diferencial (botão T) 1
7 – Verificar semanalmente os apertos das tomadas exteriores 1
8 – Verificar mensalmente o estado dos bornes das tomadas e fichas 1
Deverá ser criada uma Comissão de Segurança na obra que zele pelo cumprimento de todas
as normas de segurança previstas neste trabalho e ainda que:
Sempre que ocorra um acidente deve ser efectuado um inquérito registando-se todas as
informações relevantes que permitam uma análise detalhada desse acidente, devendo para tal
ser preenchidas as fichas abaixo indicadas. No caso de acidentes em que resulte a morte ou
lesões graves para o trabalhador, os trabalhos deverão ser suspensos até que o IDICT recolha
todos os vestígios e proceda à abertura de inquérito. As fichas apresentadas pretendem ser
indicativas podendo ser substituídas desde que com a aprovação do Dono da Obra.
O controlo estatístico da sinistralidade será efectuado através dos índices de sinistralidade
abaixo indicados, sendo os resultados obtidos objecto de análise em reuniões mensais com a
participação dos representantes dos trabalhadores para se tentar determinar as causas dos
acidentes ocorridos e, quando necessário, proceder a melhorias das técnicas de segurança e
de saúde a aplicar.
Tanto os dados base para cálculo destes índices como os próprios índices deverão ser
afixados em local bem visível do estaleiro para consulta de todos os trabalhadores.
CARACTERIZAÇÃO DO SINISTRADO
Idade: 125, 126/35, 136/45, 146/55, 156. O sinistrado trabalhou após o
Antiguidade: 12, 12/5, 16/10, 111/15, 116. acidente:
Estado Civil: 1 Solteiro, 1 Casado 1 Sim 1 Não
Horário: 1 3 Turnos 1 2 Turnos 1 Fixo Durante quanto tempo: _________
Tarefa que executava: Incapacidades físicas parciais:
_____________________ Acidentes nateriores: 1 Sim Com
Experiência no trabalho que executava: 1 ou Sem 1 Danos pessoais
1 Boa, 1 Média, 1 Nula. Realizava o seu trabalho habitual:
1 Sim, 1 Não
Utilizava queipamento de
protecção adequado: 1 Sim, 1
Não
LESÕES
1 Amputação 1 Luxação 1 Braço direito
1 Contusão 1 Traumatismo 1 Braço esquerdo
1 Entorse 1 Intoxicação 1 Mão direita
1 Fractura 1 Perfuração 1 Mão esquerda
1 Queimadura térmica 1 Fibrilação 1 Perna direita
1 Queimadura química 1 Corte 1 Perna esquerda
1 Asfixia 1 Lesão dorso-lombar 1 Pé direito
1 Distensão 1 Cabeça 1 Pé esquerdo
1 Olhos 1 Tronco 1 Geral
1 Ferida exposta
DESTINO DO SINISTRADO CONSEQUÊNCIAS
Data/hora de apresentação no posto médico: 1 Sem baixa
____/____/____ às ____ ____h 1 Com baixa igual ou
1Retomou o trabalho em: ___/____/____ às ____ superior a 3 dias
____h 1 GRAVE (*)
1Foi enviado à Seguradora em: ___/___/____ às __ 1 MORTAL (*)
__h
1Foi enviado ao hospital em: ___/___/____ às ___
___h
A FISCALIZAÇÃO O DIRECTOR DA OBRA
__________________ ___________________
(*) - Sendo grave ou mortal a ficha de inquérito deve ser comunicada ao IDICT no prazo de 24
horas, nos termos do artigo 13 do Decreto-Lei nº 155/95, de 1 de Julho
Dever-se-à prever sempre a utilização de uma vitrine para afixação em local bem visível do
estaleiro de aspectos essenciais do Plano de Segurança e Saúde, nomeadamente:
comunicação prévia;
quadro com registo de telefones de emergência;
quadro de registo de acidentes e índices de sinistralidade;
figuras ou banda desenhada com referências a aspectos específicos da realização de
trabalhos ou uso de equipamentos;
informações relativas às acções que decorrerão no estaleiro sobre o tema segurança e
saúde.
Todas as visitas em grupo deverão ser mencionadas no Livro de Obra organizado nos termos
da regulamentação em vigor.
ENTIDADE NÚMERO
MÉDICO
HOSPITAL
POSTO MÉDICO
SAP - SERVIÇO DE ATENDIMENTO PERMANENTE
FARMÁCIA
ÁGUA
ESGOTOS
ELECTRICIDADE
GÁS
TELEFONES
COMPANHIA DE SEGUROS
COORDENADOR DE SEGURANÇA E SAÚDE
DIRECTOR DA OBRA
4 - Conclusão
No estudo da sua proposta de preço para a execução da empreitada, o Empreiteiro deve tê-lo
em conta, aprofundando-o no que se refere aos meios de construção e técnicas construtivas
que prevê utilizar.
ACIDENTE
Qualquer ocorrência que resulte em ferimento, ligeiro ou grave, transitório ou permanente. Ou
morte.
AMBIENTE
A água, o ar, o solo e os seres vivos que rodeiam o homem, quer isoladamente quer nas suas
inter-relações.
ASSISTÊNSIA MÉDICA
Tratamento prestado por um médico, no hospital, no consultório ou no local.
CHÁSSIS
Quadro principal ou principal elemento de suporte na máquina, sobre o qual é montada
directamente a ROPS.
COMPILAÇÃO TÉCNICA
Conjunto de informações técnicas de caracterização da obra que informaram a sua realização
e que são importantes em matéria de segurança e saúde do ponto de vista de intervenções
posteriores para assegurar a inspecção, manutenção, reparação e demolição.
COMUNICAÇÃO PRÉVIA
Conjunto de elementos identificadores da obra, das partes contratantes e dos intervenientes, a
ser enviado pelo D.O. à Inspecção Geral do Trabalho quando se proceda à abertura do
estaleiro
COMUNICAÇÃO VERBAL
à mensagem verbal pré-determinada que utiliza voz, humana ou sintética
CONDUTOR TRANSPORTADO
Operador transportado pela própria máquina, autorizado a velar pelo deslocamento da máquina
móvel.
COR DE SEGURANÇA
Cor à qual é atribuído um determinado significado
DIRECTOR DA OBRA
Pessoa singular com adequado reconhecimento profissional designado pelo Empreiteiro para
assegurar a sua representação e a direcção técnica do estaleiro da obra, incluindo os domínios
da segurança, saúde e higiene.
EMPREGADOR
Pessoa singular ou colectiva com um ou mais trabalhadores ao seu serviço e responsável pela
empresa
EMPREITEIRO
Entidade com a qual o D.O celebrou um contrato para a execução duma empreitada e que
executa e coordena os trabalhos necessários à sua integral realização.
EQUIPAMENTO DE TRABALHO
Qualquer máquina, aparelho, ferramenta ou instalação utilizados no trabalho.
ESTALEIRO DA OBRA
Área reservada aos trabalhos de execução da obra, incluindo a obra propriamente dita e tudo o
que para ela concorre, designadamente instalações para administração e direcção técnica dos
trabalhos, oficinas, armazéns, laboratórios, instalações sociais, vias de circulação interna e
ainda equipamentos e materiais.
FISCAL DA OBRA
Pessoa singular ou colectiva com adequado reconhecimento profissional designada pelo D.O
para fiscalizar e controlar a execução da obra, acompanhando a actividade do coordenador de
segurança e saúde em fase de obra e com ele mantendo um diálogo que se pretende profícuo.
INCIDENTE
Qualquer ocorrência resulte em danos não negligenciáveis para ao adjudicatário,
subempreiteiros ou outros.
LOCAL DE TRABALHO
Todo o lugar em que o trabalhador se encontra, ou donde ou para onde deve dirigir-se em
virtude do seu trabalho. E em que esteja directa ou indirectamente sujeito ao controlo do
empregador.
OPERADOR
Qualquer trabalhador incumbido da utilização de um equipamento de trabalho.
PLACA
Placa utilizada em conjunto com outra placa e que fornece indicações complementares a esta.
PLACA ADICIONAL
Placa utilizada em conjunto com outra placa e que fornece indicações complementares a esta.
PLANO DE ESTALEIRO
Descrição gráfica da implantação de todas as instalações, infra-estruturas de apoio e vias de
circulação necessárias à execução da empreitada.
PLANO DE SOCORROS
Plano de acção que visa organizar os meios para garantir a segurança e protecção das
pessoas e bens em caso de acidentes ou outra situação perigosa.
PREPARAÇÃO QUÍMICA
As misturas ou soluções que são compostas por duas ou mais substancias químicas.
PREVENÇÃO
Acção de evitar ou diminuir os riscos profissionais através de um conjunto de disposições ou
medidas que devam ser tomadas e em todas as fases.
PRIMEIROS SOCORROS
Primeira ajuda ou assistência dada a uma vítima de acidente ou doença súbita para estabilizar
a sua situação antes da chegada de uma ambulância ou médico qualificado. Visa preservar a
vida, evitar o agravamento do estado de saúde ou promover o restabelecimento.
PRODUTOS EXPLOSIVOS
São substâncias explosivas: pólvora (físicas e químicas), propergóis (sólidos e líquidos) e
explosivos (simples e compostos) ou objectos carregados de substâncias explosivas:
PROJECTISTA
Pessoa singular ou colectiva que elabora determinado projecto.
SÍMBOLO OU PICTOGRAMA
A imagem que descreve uma situação ou impões um determinado comportamento e que é
utilizada numa placa ou superfície luminosa.
SINAL ACÚSTICO
O sinal sonoro codificado, emitido e difundido por um dispositivo específica, sem recurso à voz,
humana ou sintética.
SINAL DE AVISO
O sinal que adverte de um perigo ou de um risco.
SINAL GESTUAL
O movimento, ou uma posição dos braços ou das mãos, ou qualquer combinação entre eles,
que, através de uma forma codificada, oriente a realização de manobras que representem risco
ou perigo para os trabalhadores.
SINAL DE INDICAÇÃO
O sinal que fornece indicações não abrangidas por sinais de proibição, aviso, obrigação e de
salvamento ou de socorro.
SINAL LUMINOSO
O sinal emitido por um dispositivo composto por materiais transparentes ou translúcidos,
iluminados a partir do interior ou pela retaguarda, de modo a transformá-lo numa superfície
luminosa.
SINAL DE OBRIGAÇÃO
O sinal que impõe certo comportamento.
SINAL DE PROIBIÇÃO
O sinal que proíbe um comportamento
SOCORRISTA
Qualquer pessoa que seja portadora de um certificado válido e com menos de quatro anos,
passado por uma entidade competente (C.V.P. ou outras) de que é qualificado para prestar os
primeiros socorros.
SUBEMPREITEIRO
Entidade com alvará e com trabalhadores próprios que sub contrata com o empreiteiro a
realização de uma parte dos trabalhos de empreitada.
SUBSTANCIA QUÍMICA
Os elementos químicos e seus compostos, quer no estado natural quer produzidos
industrialmente, como tendo eventualmente qualquer aditivo necessário à sua colocação no
mercado.
TRABALHADOR
Pessoa singular que, mediante retribuição, se obriga aprestar serviço a um empregador e, bem
assim, o tirocinante, o estagiário, o aprendiz e os que estejam na dependência económica do
empregador em razão dos meios de trabalho e do resultado da sua actividade, embora não
titulares de uma relação jurídica de emprego.
TRABALHADOR ESPOSTO
Qualquer trabalhador que se encontre, totalmente ou em parte, numa zona perigosa.
TRABALHADOR INDEPENDENTE
Pessoa singular que exerce uma actividade por conta própria.
ZONA PERIGOSA
Qualquer zona de trabalho onde a presença de um trabalhador exposto o submeta a riscos
para a sua segurança ou saúde.
- AFOGAMENTO - QUEIMADURAS
- ATROPELAMENTO - REUMATISMO
- DERMATOSE - RUÍDO
- ELECTROCUSSÃO - TÉTANO
- EXPLOSÃO
- FALSA MANOBRA
- FERIMENTO, ESCORIAÇÃO,TRAUMATISMO
- HIDROCUSSÃO
- INCÊNDIO
- INSTABILIDADE
- INUNDAÇÃO
- PERFURAÇÃO
- POEIRA
- POLUIÇÃO, CONTAMINAÇÃO
- QUEDA DE OBJECTOS