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@farmthiagorodrigues
2. O QUE É O CÂNCER
Aspectos Gerais do Câncer Incidência de Câncer no Brasil
A palavra câncer vem do grego karkínos, que quer dizer caranguejo (Figura 1), e foi utilizada pela pri-
meira vez por Hipócrates, o pai da medicina (Figura 2), que viveu entre 460 e 377 a.C.
A palavra câncer vem do grego karkínos.
! O câncer não é uma doença nova. O fato de ter sido detectado em múmias egípcias comprova que Estimativa 2016
R E C N Â C O É E U Q O .2
ele já comprometia o homem há mais de 3 mil anos antes de Cristo.
Atualmente,-irpcâncer
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alap A que têm em comum ! Biênio 2016-2017 cerca de 600 mil casos novos de câncer.
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o crescimento desordenado
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! Mulher – Mama 58 mil casos novos
O QUE É CÂNCER
nios; outras – as células do tecido epitelial – dividem-se de forma rápida e contínua.
16 Dessa forma, a proliferação celular não implica necessariamente presença de malignidade, podendo SAIBA MAIS
Carcinogênese
simplesmente responder a necessidades específicas do corpo. Acesse o vídeo “A Sabedoria e a Inteligência do Câncer” (http://www.youtube.com/watch?v=-aaTkr6Nyaw&feature=youtu.be)
e saiba como as células se proliferam no interior do organismo humano.
[ INTRODUÇ ÃO ]
17
mecanismo de 17
3. A FORMAÇÃO DO CÂNCER
desenvolvimento As!
Uma célula normal pode sofrer uma mutação genética, ou seja, alterações no DNA dos genes.
Umacujo célula normal podefoisofrer
alteradouma mutação genética,
instruçõesou seja, para
alterações no
dos tumores
Estádio e prognóstico
instabilidade células material genético passam a receber erradas as suas atividades
O prognóstico depende do tipo e do estádio. Geralmente
[ I N T R O D U Ç ÃO ]
genética DNA
Radiação
o prognóstico é melhor quando o estádio é inicial.
invasibilidade (Figura 7). dos genes.
Vírus
!AsIndependentemente
alterações podem da ocorrer
exposiçãoem genescancerígenos
especiais,oudenominados
carcinógenos, asproto-
ESTÁDIO
Químicos
Como uma célula Células anormais
pré-cancerosas
Câncer
localizado
Câncer
regional Metástase
oncogenes,
sos de que, a princípio,
mutação espontânea,
a agentes
são inativos
que não alteram em células
seu desenvolvimento
células sofrem proces-
normais. Quando ativados,
normal.
Melhor
autônomo malignização
inativos (cancerização)
em células normais. das células
Quando ativados, normais.transformam-se em oncogenes, responsá-
os proto-oncogenes
maligna? veis pela malignização (cancerização) das células normais. Essas células diferentes são denominadas cancerosas.
Mudança
genética !Essas células diferentes são denominadas cancerosas.
Pior
O
LESÃO PRÉ-NEOPLÁSICA
Mudança
genética
s e malignos
Mudança
genética
Tumor maligno METÁSTASE
melhantes às Formado por células anaplásicas (diferentes das do CÂNCER CLÍNICO Como o tumor
o de origem tecido normal); atípico; falta diferenciação
ABC DO CÂNCER - Abordagens Básicas para o Controle do Câncer
vasivo O câncer não invasivo ou carcinoma in situ é o primeiro estágio em que o câncer pode ser classificado
(essa classificação não se aplica aos cânceres do sistema sanguíneo). Nesse estágio (in situ), as células cance-
rosas estão somente na camada de tecido na qual se desenvolveram e ainda não se espalharam para outras
ma in situ é o primeiro estágio em que o câncer pode ser classificado camadas do órgão de origem. A maioria dos cânceres in situ é curável se for tratada antes de progredir para a
fase de câncer invasivo.
eres do sistema sanguíneo). Nesse estágio (in situ), as células cance- No câncer invasivo, as células cancerosas
invadem outras camadas celulares do órgão, ganham Tumor
o na qual se desenvolveram e ainda não se espalharam para outras a corrente sanguínea ou linfática e têm a capaci-
original
dos cânceres in situ é curável se for tratada antes de progredir para adade de se disseminar para outras partes do corpo. Célula tumoral Capilares
Melhor
ação
20
que os pessoa tem apenas um
Vasos tumorais pequeno tumor maligno.
duzir outros CÉLULA NORMAL
PROGNÓSTICO
! No avançado, o tumor,
partir de um Eliminação da
célula tumoral maior, já́ pode ter se
do câncer. espalhado
Mudança para as áreas
Metástase
Célula imune
Tecido próximas
genética(linfonodos) ou
amados de normal outras partes do corpo
Pior
(metástases).
Figura 6 - Metástase
CÉLULA INICIADA
Fonte: Adaptado da ilustração de Alexandre Giannini
Como o tumor se desenvolve?
Danos nos genes numa única célula
Expansão (mutações) podem levar ao surgimento
clonal de células anormais. Ocasionalmente,
seletiva as células anormais podem se
tornar cancerosas, multiplicando-se
rapidamente e tornando-se imortais.
LESÃO PRÉ-NEOPLÁSICA
Mudança
genética
TUMOR MALIGNO
Sobrevida do Câncer de Mama
[ AÇÕ E S D E CO N T R O L E ]
Chances
Repercus de
Tipo sões sucesso
Cirurgia
Tratamento Cirúrgico do Câncer
! Reconstrutiva: reconstrução e/ou restauração de
aparência ou função. Ex.: câncer de mama, quando
utilizada a mastectomia
! Alta taxa de cura nos casos iniciais;
! Não tem resistência biológica;
! Avaliação segura da extensão;
! Riscos e morbidades;
! Deformidades e perda de função;
Radioterapia Radioterapia
! Conceito:
!É um tratamento empregado
no combate ao câncer, que
utiliza a radiação ionizante
para destruir células
tumorais ou impedir que elas
se multipliquem.
Radioterapia Radioterapia
! Consiste na utilização de radiações ionizantes para
! 1901 – A cientista Marie Curie descobriu dois novos destruir células tumorais;
elementos químicos com uma alta potencialidade de ! A radiação destrói preferencialmente as células que
radiação: Polônio e o Radio. se dividem rapidamente - células cancerosas;
! 1905 – foi estudado o poder do Radio (Ra) para ! A radiação também pode lesar tecidos
destruir células malformadas e destruir tumores normais especialmente os tecidos nos quais as
malignos. células normalmente se reproduzem rapidamente,
! 1913 - O desenvolvimento de tubos de raios catódicos como:
!a pele;
! 1921 - conseguiram controlar a intensidade dos raios ! os folículos capilares;
e possibilitar sua utilização segura. ! o revestimento dos intestinos;
! os ovários ou os testículos;
! a medula óssea.
Quimioterapia
! Utilizaçãomedicamentos chamados de
quimioterápicos ou antineoplásicos;
! Atuam no organismo combatendo as células
cancerígenas, destruindo ou controlando o seu
desenvolvimento.
! A maioria dos pacientes toma uma combinação de
medicamentos;
! Por exemplo: drogas que destroem células tumorais
combinadas com drogas que estimulam o sistema
imune do organismo contra o câncer.
Medicamentos Quimioterápicos:
! São agrupados em várias categorias: Quimioterapia
! agentes alquilantes: mostarda nitrogenada
! antimetabólitos: interferem na síntese de
DNA/RNA
! alcalóides vegetais: interrompem a divisão celular !Modalidades :
! antibióticos antitumorais: lesam o DNA !Curativa
! enzimas: asparaginase,
! hormônios: elevam ou reduzem a concentração de !Neoadjuvante
determinados hormônios antiestrógenos
!Adjuvante
(Tamoxifeno câncer de mama ),
antitestosterona (câncer de próstata) !Paliativa
! modificadores da resposta biológica:
interferon sarcoma de Kaposi
Quimioterapia Quimioterapia
! Formas de administração:
! A quimioterapia pode também atingir as células
normais e provocar efeitos colaterais, como:
! Queda de cabelo;
! Feridas na boca;
! Dificuldades para engolir;
! Náuseas e vômitos;
! Constipação ou diarreia;
! Anemia;
! Aplicações podem ser: diárias, semanais ou mensais, com intervalos
programados conforme os protocolos. ! Aumento de sangramentos
! A quimioterapia também pode ser combinada com outros métodos de
tratamento como cirurgia e radioterapia.
Terapia Alvo
Terapia Alvo
! Tratamento personalizado;
! Droga possui ação nos genes, proteínas e em
outras moléculas presentes nas células
tumorais;
Terapia Alvo ! Desenvolvidos para identificar e atacar
características específicas das células
cancerígenas, bloqueando assim o
crescimento e a disseminação do câncer.
Bom
! Muitos alvos nas células tumorais
Biomédico
! Diagnóstico – atuação tanto na área de análises
clínicas, executando exames laboratoriais,
marcadores tumorais, tais como:
! PSA (antígeno prostático específico), utilizado no
rastreamento de câncer de próstata;
! CA 15-3 e CA 27-29, utilizados no seguimento e a
resposta terapêutica de câncer de mama;
! ou ainda o CA 125, utilizado para diagnóstico e
acompanhamento clínico de pacientes com câncer
de ovário.
• Thiago M. Rodrigues
• Farmacêutico
• Mestrando em Ciências da Saúde
• Especialista em Farmácia Hospitalar pela SBRAFH
@farmthiagorodrigues • Especialista em Farmácia Clínica em Oncologia