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UNIVERSIDADE

JOSE

REVISÃO CRÍTICA DAS ESTRATÉGIAS NO GERENCIAMENTO DE


MEDICAMENTOS DE ALTA VIGILÂNCIA NO AMBITO HOSPITALAR

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP


2018
2

JOSE

REVISÃO CRÍTICA DAS ESTRATÉGIAS NO GERENCIAMENTO DE


MEDICAMENTOS DE ALTA VIGILÂNCIA NO AMBITO HOSPITALAR

Trabalho de Conclusão de Curso para


obtenção do título de Bacharelado em
Farmácia apresentado à Universidade .

Orientador:

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS


2018
3

RESUMO

...

Descritores:
4

ABSTRACT

Descriptors:
5

SUMÁRIO

Introdução....................................................................................................................6
Justificativa e Objetivos.............................................................................................9
Justificativa..................................................................................................................9
Objetivo Geral..............................................................................................................9
Objetivos Específicos.................................................................................................9
Material e Métodos....................................................................................................10
Resultados e Discussão...........................................................................................11
Conclusão..................................................................................................................12
Referências................................................................................................................13

Introdução
6

Informações do documento do Instituto de Medicina denominado “Err is


human” evidenciou que quase metade dos erros é devido à falta de informação
sobre dose certa; os restantes a erros na frequência e na via de administração 1, tais
erros de medicamentos causam cerca de 7.391 mortes anuais de americanos nos
hospitais e mais de 10.000 mortes em instituições ambulatoriais, os autores ainda
afirmam que cada paciente admitido num hospital sofrerá 1,4 erros na medicação
durante sua internação e a cada 1000 prescrições feitas serão encontradas 4,7
erros. Para cada 1000 dias de hospitalização encontrar-se-á 311 erros e 19 eventos
adversos a medicação (ou 530 erros para 10.070 prescrições). Em 5% das
prescrições haverá erros na medicação e 0,9% destes resultarão em um evento
adverso à medicação (WHO, 2009). Desde então, tem sido presente a preocupação
com a melhoria nos serviços oferecidos a nível nacional e global. 2
Deve existir uma maior dedicação dos sistemas de saúde quanto à busca
pela segurança do paciente, o que exige uma busca constante por conhecimentos
individuais e coletivos e por táticas vinculadas a promoção e proteção da vida. 3 Em
paralelo as Instituições de saúde devem desenvolver um processo continuo de
identificação, elucidação, incorporação de princípios primordiais e inovações para
minimizar os erros, oferecendo um ponto de vista sistêmico para resolução do
problema.4
Foram estabelecidas pelo ISMP (Institute for Safe Medication Practices), a
partir de recomendações baseadas em estudo, estratégias para redução de riscos e
erros durante o uso dos MPP (Medicamentos Potencialmente Perigosos), auxiliando
para a promoção e segurança do paciente. A utilização de implicações sistêmicas e
planejadas pode aprimorar o método do uso de medicamentos, diminuindo os erros
por meio da implantação de protocolos para uso dos medicamentos de alta vigilância
na prevenção de eventos relacionados a estes medicamentos. 5
São necessárias estratégias de segurança e informações adicionais quanto à
etiquetação, armazenamento, prescrições, preparação e administração. Alguns
medicamentos classificados como MPP incluem aqueles utilizados regularmente,
como bloqueadores neuromusculares, agente antitrombóticos, agentes anestésicos,
betabloqueadores, eletrólitos, hipoglicemiantes, quimioterápicos, entre outros. 6
Há muitas formas de se reduzir a possibilidade de erros com MPP, como
minimizar a variabilidade de concentrações através da padronização, restringir o
7

acesso a esses medicamentos e utilizar sistemas de dispensação que disponibilizem


o medicamento apenas no momento de uso, padronização da prescrição médica
para uma única concentração terapêutica, realização de dupla checagem e
elaboração de treinamentos, alertas e protocolos. 7
Sabe-se que são várias as estratégias a serem implantadas no sistema de
medicação desenvolvido pela administração de um hospital, com o intuito de levar o
medicamento até o paciente de maneira segura. A identificação dos tipos de erros
mais frequentes bem como, dos fatores causais podem contribuir para que os
mesmos sejam revertidos em educação e melhorias para o sistema. 7
Mendes (2008), afirma que o profissional farmacêutico deve tornar viável o
processo de farmacovigilância por meio de: monitoramento de eventos adversos
relacionado a medicamentos, monitoramentos de erros de medicação,
monitoramento da eficácia de tratamentos, etc. Precisa acompanhar os resultados
do tratamento questionando o paciente se as intervenções terapêuticas estão sendo
efetivas, estão ocorrendo reações adversas, aconteceu em algum momento erro no
uso da medicação na base hospitalar ou se está sendo fácil manter a administração
medicamentosa racional.8
Também, atuando junto a bases de saúde pública na busca por formular
alternativas de tratamento, tentando minimizar as ocorrências de interações
medicamentosas, gerando informações aos profissionais de saúde sobre:
possibilidades, riscos, interações, reações adversas, formas farmacêuticas, custos,
índice de aderência a tratamento, orientando pacientes quanto a seu tratamento, em
quesitos como: formas de utilização do fármaco, horário de ingestão do
medicamento, explicação do uso com ou sem alimento, armazenamento, cuidados
gerais, dosagem, interações medicamentosas, utilização de bebidas alcoólicas, risco
da suspensão medicamentosa, objetivo do uso, efeitos iniciais, duração do
tratamento, etc.9
Entre as origens da frequência de erros quanto aos medicamentos, está a
questão da informação inadequada ou falta de informação quando há a prescrição, o
que reforça a importância da presença do profissional farmacêutico no momento em
que se toma a decisão da terapia a ser utilizada. Neste sentido, a redução de erros
será relevante. A presença de um farmacêutico como parte de equipe multidisciplinar
tende a ser maior devido ao impacto na redução, principalmente, de eventos
adversos, tais como: anotação inadequada de medicação, administração de
8

medicamentos de forma inadequada, registro de informações e dados de forma


incorreta. De um levantamento de 550 eventos adversos em UTI, 51,4% dizem
respeito à questão da administração de medicamentos. 10
O apoio do farmacêutico no hospital inclui a responsabilidade pelo uso de
medicação de forma segura e eficaz, de modo que o profissional tem um papel
essencial na integração do processo de prescrições, aviamento, e administração,
necessitando haver políticas e procedimentos para prevenir erros, já que o índice de
erros é um indicador de qualidade dos sistemas de distribuição. Para os mesmos
autores, a questão do aviamento apresenta um alto índice de erros, em que se
destacam: erros de conteúdo, doses não ministradas ou dose errada. A questão de
erros de etiquetagem e documentação não são frequentes. 11
Para que Brasil se tenha de menores índices relacionados à administração
irracional de medicamentos, o profissional farmacêutico deve adotar basicamente
tais medidas: adotar uma abordagem direta ao paciente, proceder com uma análise
criteriosa da prescrição e ceder orientação detalhada a cada paciente. 12
As medidas supracitadas podem facilitar que o farmacêutico estabeleça um
vinculo de confiança com o paciente, favorecendo que exista entre estes uma
relação franca onde o paciente sinta-se a vontade para expor suas dúvidas, anseios,
etc., atos que favorecem que esse venha a aderir ao tratamento. 13
Tais atos favorecem o resgate da função assistencial do farmacêutico, onde a
relação terapêutica do profissional com o administrador final renasce, trazendo o
farmacêutico, do ato relacionado à fabricação medicamentosa para o ato
relacionado a promoção da saúde, cedendo a esse maior respeito na sociedade, e
gerando maior possibilidade de uso racional de medicamentos uma vez que a
sociedade confia nas indicações do farmacêutico.14

Justificativa e Objetivos

Justificativa
9

Os medicamentos de alta vigilância são aqueles que possuem um maior risco


em relação aos demais de provocar danos significativos aos pacientes em
decorrência aos erros no processo de utilização.
Inúmeras organizações relacionadas à segurança do paciente, dentre elas o
Instituto para praticas seguras no uso de medicamentos ISMP, recomendam aos
profissionais de saúde que conheçam os riscos e implantem práticas para diminuir a
ocorrência de erros que envolvam este grupo de medicamentos.
Diversas ações podem ser utilizadas para reduzir os erros envolvendo estes
medicamentos, que serão detalhadas neste trabalho.

Objetivo Geral

Demonstrar as principais técnicas disponíveis no gerenciamento dos


medicamentos de alta vigilância, com o intuito de minimizar possíveis danos à
saúde.

Objetivos Específicos

 Evidenciar as drogas de alta vigilância;


 Analisar as estratégias possíveis para minimizar erros de medicação;
 Relatar a eficácia do uso de medidas de gerenciamento na prevenção de
possíveis danos à saúde baseada em artigos científicos.

Material e Métodos

Foram utilizados materiais relevantes sobre o tema estratégias de


gerenciamento de medicamentos de alta vigilância no âmbito hospitalar, utilizando-
10

se de livros técnicos e publicações de órgãos nacionais, revistas e artigos de ordem


científica.
A metodologia utilizada nesta pesquisa foi a revisão bibliográfica, processo
este que proporciona meios para auxiliar na definição e resolução dos problemas já
conhecidos, possibilitando ainda, que um tema seja analisado sob novo aspecto ou
abordagem, produzindo conclusões sob outro ponto de vista.
Buscou-se de diversas fontes, são elas: artigos científicos em versão
eletrônica, livros, revistas científicas, teses, relatórios de pesquisas, que contêm
informações sobre determinados temas e indicações de outras fontes de pesquisa.
A busca primordial foi relacionada aos riscos que os pacientes hospitalizados
estão expostos quanto aos erros de medicação, em especial, aqueles classificados
como medicamentos de alta vigilância ou potencialmente perigosos e as ferramentas
de gerenciamento podem ser aplicadas com o intuito de minimizar estas falhas.
Buscou-se artigos de denominação científica no idioma português e inglês,
adquiridos através de bancos de dados dos sites Scielo, PubMed, Periódico Capes e
Google Acadêmico, na ordem periódica de 2002 a 2017.
Os dados foram coletados de artigos científicos publicados nos últimos 15
anos em revistas científicas e literatura. Posteriormente foi feito um paralelo entre as
opiniões dos autores para chegar a conclusões, levando em considerações o que há
de mais relevante referente ao assunto entre os autores.
Os resultados esperados nesse trabalho foram evidenciar que existem
diferentes atitudes tomadas pelos profissionais multidisciplinares, dentro de uma
instituição de saúde, capazes de minimizar os erros de medicação que acometem os
pacientes, em especial, envolvendo medicamentos potencialmente perigosos.
Algumas dessas estratégias são de fácil aplicação, como etiquetas com cores
distintas, armazenamento em local diferenciado das demais drogas, monitorização
da equipe de enfermagem durante e após a administração, dentre outros,
constatando que o gerenciamento dessas medicações pode ser realizado de forma
eficaz.
Resultados e Discussão

O quadro 1 mostra os principais artigos científicos

Autor Achados
11

Costa, Valli e Alvarenga, O apoio do farmacêutico em UTI inclui a


2008 responsabilidade pelo uso de medicação de forma
segura e eficaz, de modo que se tem um papel
essencial na integração do processo de prescrições,
aviamento, e administração, necessitando haver
políticas e procedimentos para prevenir erros, um
indicador de qualidade.

Mendes, 2008 e Oliveira e O farmacêutico, enquanto profissional da saúde, pode


Melo, 2011 colaborar com toda a comunidade hospitalar na prática
da administração racional de medicamentos, por meio
de ações voltadas ao diagnóstico e rastreabilidade
visando formação de bancos de dados, facilitando o
planejamento de ações globais voltadas a fármacos e
seu emprego.

Conclusão

O
12

Referências

1 Kohn LT, Corrigan JM, Donaldson MS, editors. To err is human: building a safer
health system. [Internet]. Washington (DC): Institute of Medicine/National Academy
Press; 2002.

2 World Health Organization, WHO Collaborating Centre for Patient Safety Solutions.
Control of Concentrated Electrolyte Solutions. Patient Safety Solutions. 2007; 1(5): 1-
3.
13

3 Malvárez S, Rodrigues J. Enfermaria y seguridade de los pacientes: notas


coceptuales. Washington: D.C.: Organización Panamericana de La Salud, 2011.
Cap. 1, p. 1-17.

4 Salamano M et al. Seguridad Del paciente: aplicación de gesrión de calidad para


prevenir errores de medicación em ele circuito de uso de medicamentos. Revista de
Calidad Asistencial, 2013, 28(1):28-35.

5 Graham, S et al. Implementation of a High-Alert Medication Program. The


Permanente Journal, 2008, 12(2):15-22.

6 Golembiewski J, Wheeler P. High-alert medications in the perioperative setting.


Journal of PeriAnesthesia Nursing, 2007, 22(6): 435-7.

7 Cohen H, Protecting patiens from harm: reduce the risks oh high-alert drugs.
Nursing, 2007, 37(9): 49-56.

8 Mendes CB. Uso racional de medicamentos: o papel fundamental do


farmacêuticos. Ciências & Saúde, 2008, 13 (supl.0): 1-7.

9 Oliveira RB, Melo ECP. O sistema de medicação em um hospital especializado no


município do rio de janeiro. Esc Anna Nery, 2011; 15(3):480-9.

10 Beccaria LM et al. Eventos adversos na assistência de enfermagem em uma


unidade de terapia intensiva. Rev. bras. ter. intensiva. 2009, 21(3):276-82.

11 Costa LA, Valli C, Alvarenga AP. Medication dispensing errors at a public pediatric
hospital. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2008, 16(5): 812-7.

12 Cano FG, Rozenfeld S. Eventos adversos a medicamentos em hospitais: uma


revisão sistemática. Cad Saúde Publica. 2009; 25(3): S360-S72.

13 Albuquerque PMS, Dantas JG, Carneiro TFO, Santos VS. Identificação de erros
na dispensação de medicamentos em um hospital oncológico. Rev Bras Farm Hosp
Serv Saúde. 2012, 3(1):15-8.

14 Anacleto, T. A.; Rosa, M. B, Neiva, H. M. et al. Farmácia Hospitalar. Erros de


Medicação (Encarte). Pharm Bras. Janeiro/Fevereiro 2010.

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