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676-Santos CCM A Utilizacao PDF
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Resumo
1. INTRODUÇÃO
Cada vez mais as empresas têm buscado a melhoria de seus processos, redução de
custos e melhor aproveitamento de seus recursos. A forte concorrência aliada às mudanças
radicais proporcionadas pela globalização e desenvolvimento da tecnologia tem impulsionado
às empresas a buscarem soluções que permitam uma melhor performance e desempenho.
A melhoria de produtividade passou de desejo a necessidade, num mundo cada vez mais
marcado pela globalização de mercados e pela velocidade de tecnologia da informação, onde
as empresas vencedoras são aquelas que respondem de forma rápida e flexível às necessidades
de seus clientes. As empresas que se destacam pela excelência logística utilizam
intensivamente tecnologias, como por exemplo a simulação computacional que tem se
destacado como uma das ferramentas de crescente utilização de gestão.
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XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de 2004
2. SIMULAÇÃO
2.1.Projeto da simulação
Um projeto de simulação consiste no processo de construção de um modelo que pode
ser dividido em etapas. Definições similares a dos passos descritos a seguir podem ser
encontradas em LAW & KELTON (2000) e BANKS ET AL (2001).
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Para alcançar estes três níveis devem ser considerados a compensação nos custos, o
conceito do custo-total e o conceito do sistema-total. As soluções globais, ou sistemas
integrados, embasadas no uso intensivo da tecnologia da informação e possibilitando a
disponibilização da informação em base de dados comum surgem como uma ferramenta para
um contexto globalizado.
3.2. Transporte
Para a maioria das empresas, o transporte é a atividade logística mais importante
principalmente porque absorve, em média, de um a dois terços dos custos logísticos. A área
de transportes tem importância fundamental no desenvolvimento econômico de um país.
Várias são as modalidades de transporte utilizadas pelas organizações. O modal de transporte
mais adequado varia com as atividades da rede logística, devendo ser determinado por alguns
critérios, tais como: custo, tempo médio de entrega e perdas e danos. No Brasil, a partir da
década de 1950, com o estímulo que houve a industria automobilística, as rodovias passaram
a ser, em escala cada vez maior, o meio mais utilizado para o transporte de mercadorias, tendo
uma participação muito importante na economia.
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Neste trabalho, a simulação é utilizada como ferramenta para análise do novo fluxo de
transporte com a introdução do modal marítimo, antes mesmo de sua implementação, em
contrapartida a utilização do modal rodoviário.
4.1. O problema
Os procedimentos descritos a seguir foram idealizados em esforços conjuntos
envolvendo o construtor do modelo e as partes envolvidas. O ciclo de fornecimento inicia no
momento do envase do produto na fábrica do Rio de Janeiro. O produto será colocado em
contêineres do tipo isotanque e transportado via modal rodoviário até o porto do Rio de
Janeiro. Os contêineres cheios permanecerão neste porto até a chegada do navio que fará o
transporte até o porto de Suape. Atualmente o armador tem disponibilidade de dois navios
para cabotagem. Os contêineres serão desembarcados no porto de Suape e transportados até
a planta do fabricante do produto final, de acordo com a demanda. Neste momento será
realizado o abastecimento do silo. Uma vez vazio, o contêiner é transportado via modal
terrestre, de volta ao porto de Suape, onde aguardará o navio para transportá-lo até o porto do
Rio de Janeiro. Após o desembarque, o contêiner vazio deverá ser levado até um local onde
passará por um processo de limpeza. Depois disso, o contêiner retorna à planta do fabricante,
onde novamente o produto será envasado e o ciclo novamente iniciado. A figura a seguir
ilustra o processo acima citado:
PERNAMBUCO
RIO DE JANEIRO
FABRICANTE
CLIENTE
N(7,2) DIAS
N(5,2) DIAS
LEGENDA:
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ii. Definição da quantidade inicial de isotanques a serem adquiridos pelo fabricante e que
serão introduzidos no ciclo.
iii. Previsão do custo de armazenagem nos portos. Como só haverá estoque em processo, no
tanque ou nos portos, devem ser estimados quantos dias são necessários, além dos dias
livres cedidos, para permanência dos isotanques nos portos do Rio de Janeiro e Suape.
Atualmente, existe um limite sem custo adicional de quinze dias de permanência no porto
do Rio de Janeiro, e no porto de Suape de dez dias para isotanques cheios e de oito dias
para isotanques vazios. Em função da necessidade, foi considerado neste estudo que não
há a possibilidade de estoque de isotanques nos pátios do fabricante ou do cliente.
- Transporte marítimo porto do Rio de Janeiro x porto de Suape: Neste caso, o Armador
contratado pelo fabricante utiliza dois navios para a operação de cabotagem, geralmente, com
uma viagem para o sul e outra para o norte, possuindo saídas quinzenais de ambos os portos.
Foi estimado um tempo para o processo de embarque dos isotanques e permanência total do
navio no porto. O mesmo foi feito para o desembarque.
- Transporte rodoviário Porto de Suape x cliente: Serão utilizados veículos do tipo carreta
prancha para o transporte dos isotanques cheios até a unidade do cliente tratada no estudo.
Este processo contará com a utilização de dois veículos dedicados.
O modelo utilizado neste processo será da seguinte forma: Os veículos carregam os
isotanques no porto de Suape, se dirigem até a fábrica do cliente, onde aguardam o
abastecimento do silo. Depois retornam ao porto de Suape com os isotanques vazios.
- Abastecimento do tanque: Esta operação é realizada na unidade do cliente e considera-se o
abastecimento de um container por vez. A capacidade estática dos tanques também é objeto
deste estudo. A lógica utilizada na simulação determina que o ponto de pedido seja o volume
equivalente a um isotanque, que deve ser buscado no porto onde se encontra. Outra premissa
para este modelo é que não há consumo da matéria-prima aos domingos.
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- Estação de limpeza dos isotanques: Este local tem a capacidade de atender até um
isotanque por vez. No pátio pode existir uma fila com tamanho de até quinze isotanques.
- Transporte rodoviário estação de limpeza dos isotanques x fabricante: Os isotanques
limpos retornam à fábrica para novamente serem envasados e assim o ciclo de suprimento é
novamente iniciado.
Outras considerações:
- Transporte rodoviário fabricante x cliente: para alguns cenários é utilizado este tipo de
transporte para garantir a segurança do fornecimento. Cada carreta tem capacidade de trinta
toneladas. Nesta situação, a carreta tem prioridade no envase e abastecimento do silo.
- Run time: O tempo total considerado na simulação é de 360 dias para todos os cenários.
Antes de rodar a simulação, assumi-se que o tanque está completamente cheio. É determinada
uma quantidade inicial de isotanques cheios nos portos de Suape e do Rio de Janeiro. A soma
desta quantidade inicial representa o total de isotanques que estarão no processo durante toda
a simulação.
Por três meses foram feitas reuniões e simulações com a participação do construtor do
modelo, cliente e fornecedor da matéria-prima.
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Cenário 1
O cenário 3 considera uma taxa de demanda constante 20% maior que a média. Nesta
situação, o número de isotanques permanece igual ao cenário 2 e são acrescentadas ao
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processo duas carretas de trinta toneladas, uma vez por semana. Este foi o cenário que
apresentou o pior resultado, pois o custo de transporte é maior e o risco de se trabalhar com
estoque baixo aumenta.
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5. CONCLUSÃO
Seus resultados formaram uma base sólida para a decisão sobre quais investimentos
serão realizados, quer seja no aumento do tanque, ou na quantidade a ser adquirida de
isotanques.
A análise que foi feita para os resultados não se preocupou apenas em mostrar a
quantidade mínima disponível em Pernambuco ocorrida ao final do período de 360 dias, mas
incluiu também a quantidade de vales na curva do estoque abaixo de um nível de segurança, o
que foi chamado de grau de risco.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHEN, E. JACK, LEE, Young & SELIKSON, Paul L. A Simulation Study of Logistics
Activities in a Chemical Plant. Simulation Modelling Pratice and Theory, v.10, p.235-245,
2002.
LAW, Averill M. How to Conduct a Successful Simulation Study. Proceedings of the 2003
Winter Simulation Conference, Institute of Electrical and Electronics Engineers, Piscataway,
New Jersey, p.66 – 70, 2003.
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