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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Pós-graduação em Direito do Trabalho , Processo do
Trabalho e Previdenciário
CAMPO GRANDE / MS
2018
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REFERÊNCIA:
VEJA. Título: Em dia de sangria fiscal, governo anuncia mudanças nas regras do
seguro-desemprego. Subtítulo: Critérios para o recebimento dos benefícios ficarão mais
rígidos e haverá ainda carência para o pagamento de pensão por morte e abono salarial
disponível em: Data de acesso 30/04/2018.
G1. Título: Mudanças no seguro-desemprego valerão somente dentro de 60 dias.
Subtítulo:MP´s com alterações em benefícios sociais foram publicadas nesta terça. Para
o seguro-defeso, porém, mudanças começam dentro de 90 dias. Disponível em: Data de
acesso 30/04/2018
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CAMPO GRANDE / MS
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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ
RESUMO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
O estudo tem por objetivo analisar das áreas de preservação permanente em área
urbana: pertinência da aplicação das regras do atual código florestal em cursos d’água
considerando as novas situações trazidas pelo novo código florestal no ordenamento
jurídico brasileiro através da Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Considerando-se a
aplicação do mesmo, entre outras determinações, exigi a recuperação de margens de rios
e o reflorestamento do que já foi desmatado.
A escolha do tema se justifica pelo fato de consciência ambiental e doo meio ambiente
ter adquirido atenção especial nas últimas décadas, devido a escassez dos recursos
naturais e qualquer iniciativa relativa à sustentabilidade é de grande importância para
a humanidade. Sendo assim, tem-se nesse contexto a relevância do tema escolhido, já
que a tutela ambiental é de interesse de todos.
Na abordagem do referido tema podemos verificar que até a década de 70, ainda não
havia permeado às formulações jurídicas um conceito amplo de meio ambiente que
pudesse substancialmente nortear uma corrente política ambiental.
Tantos anos após, ainda há fartura em “terra e arvoredos” [...] o país mudou.
Passou de Colônia a Império, De Império a República; alternou regimes
autoritários e fases democráticas; viveram diferentes ciclos econômicos;
fomentou a indústria; promulgou constituições, a começar pela de Dom
Pedro I, de 1824; aboliu a escravatura e incorporou direitos fundamentais no
diálogo do dia-a-dia. Como é evidente, tudo neste período evoluiu, menos a
percepção da natureza e o tratamento a ela conferido. Somente a partir de
1981, com a promulgação da lei n. 6.938/81 2, ensaiou-se o primeiro passo
em direção a um paradigma jurídico-econômico que holisticamente tratasse e
não maltratasse a terra, seus arvoredos e os processos ecológicos essenciais a
ela associados.3
1
CARVALHO, Carlos Gomes de. Introdução ao Direito Ambiental. 4ª ed. São José: Conceito, 2008, p.
17.
2
Lei da Política Nacional do Meio Ambiente.
3
CANOTILHO, José Joaquim Gomes; LEITE, José Rubens Morato. Direito Constitucional Ambiental
Brasileiro. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 57 e 58.
9
A nossa Carta Magna prevê em seu artigo 225 6 que todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado. Neste sentido, Machado 7, afirma que o direito ao
meio ambiente equilibrado é de cada um, como pessoa humana, independentemente de
sua nacionalidade, raça, sexo, idade, estado de saúde, profissão, renda ou residência.
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MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente: A gestão ambiental em foco. 6ª ed., São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais. 2009.
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CANOTILHO, José Joaquim Gomes; LEITE, José Rubens Morato. Direito Constitucional Ambiental
Brasileiro. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 60.
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dos Tribunais. 2009.
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dos Tribunais. 2009.
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dos Tribunais. 2009.
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MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente: A gestão ambiental em foco. 6ª ed., São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais. 2009.
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10
SILVA, José Afonso da. Direito ambiental constitucional. 8ª ed. São Paulo: Malheiros editores. 2010.
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MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente: A gestão ambiental em foco. 6ª ed., São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais. 2009.
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SILVA, José Afonso da. Direito ambiental constitucional. 8ª ed. São Paulo: Malheiros editores. 2010.
13
MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente: A gestão ambiental em foco. 6ª ed., São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais. 2009.
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Ibidem p. 137
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dos Tribunais. 2009.
16
CANOTILHO, José Joaquim Gomes; LEITE, José Rubens Morato. Direito Constitucional Ambiental
Brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2008, 2ª ed., p. 64
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O Projeto de Lei nº 5.788/90, após onze anos tramitando desde 1990 pelo Congresso
Nacional e algumas mudanças, foi aprovado e transformado, finalmente, na Lei que
traça as diretrizes gerais para o ordenamento urbano, conforme explicitado na
Constituição Federal.
Assim, o município não pode legislar sobre águas, mas pode, e deve aplicar a
legislação federal de águas no ordenamento do território municipal. Não há competência
privativa da União para legislar sobre a maioria dos bens constantes do art. 20 da CF.
Dessa forma, a própria União deve sujeitar-se às regras emanadas dela mesma, dos
estados e dos Municípios, conforme os quatro parágrafos do art. 24 e do art. 30, I e II
ambos da CF 17.
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MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente: A gestão ambiental em foco. 6ª ed., São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais. 2009.
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Tal mandamento foi ditado para todo o território nacional e visa a uma estrutura de
vida nacional, tanto assim, que cabe aos municípios a maior parte de sua explicitação e
aplicação mediante leis próprias19.
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dos Tribunais. 2009.
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dos Tribunais. 2009.
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MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 18ª.ed. rev., atual. e ampl.. São
Paulo: Malheiros Editores, 2010, p. 403.
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A lei 10.257/2001, como instrumento que passou a disciplinar no Brasil, mais que o
uso puro e simples da propriedade urbana, as principais diretrizes do meio ambiente
artificial, fundado no equilíbrio ambiental e em face do tratamento jurídico constante na
nossa Constituição Federal especialmente em seus art. 182 e 183 25.
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MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente: A gestão ambiental em foco. 6ª ed., São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais. 2009.
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FIORILLO, Celso Antônio Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. 11ª ed. rev., atual. e
ampl.. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 441.
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A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e da propriedade urbana, garantindo o direito à cidades sustentáveis.
Entende-se por cidade sustentável o direito a terra urbana, à moradia, ao saneamento
ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e
ao lazer, para os presentes e futuras gerações. (art. 2º, I, do Estatuto) 27.
Cuida de uma das diretrizes do Estatuto da Cidade que tem por finalidade
evitar “o crescimento desordenado que gere efeitos negativos ao meio
ambiente, o uso inadequado dos imóveis, a proximidade de usos
incompatíveis, a poluição e a degradação ambiental, sendo preconizada a
proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído,
patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico como
orientação para o conteúdo da função social dos imóveis; a aplicação de
qualquer um dos instrumentos previstos no art. 4º da mesma lei que não
tenham como objetivo o alcance de tal diretriz não encontra respaldo nas
normas gerais de política urbana.28
Sob a visão do autor, a política urbana deve estar sempre voltada para o bem estar
das pessoas, prezar pela melhora em sua qualidade de vida bem como jamais se afastar
dos valores da dignidade da pessoa.
26
FIORILLO, Celso Antônio Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. 11ª.ed.rev.,atual. e
ampl.. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 449
27
MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente: A gestão ambiental em foco. 6ª ed., São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais. 2009.
28
SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de Direito Ambiental. 8ª ed. rev., atual e ampl. São Paulo:
Saraiva, 2010, p. 705.
16
Ainda que o art. 41 da referida lei expressa que o plano diretor é obrigatório
apenas em alguns casos:
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FIORILLO, Celso Antônio Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. 11ª ed. rev., atual. e
ampl.. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 449.
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A política de desenvolvimento Urbano é traçada pelo plano diretor, que é criado por
lei municipal e determina as diretrizes e estratégias para o desenvolvimento urbano e
econômico da cidade e orienta os investimentos públicos. Pode-se dizer que é uma lei
municipal que cria um sistema de planejamento e gestão da cidade, determinando quais
serão as políticas públicas a serem desenvolvidas nos próximos dez anos em todas as
áreas da administração pública. É ele quem vai determinar para onde a cidade deve
crescer e se desenvolver 32.
O Plano Diretor (criado pela lei 10.257/2001 e disciplinado nos art. 39 a 42) é o
instrumento que reúne as regras para o desenvolvimento do Município e as formas de
ocupação do território municipal, especialmente o urbano, com base no entendimento
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SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de Direito Ambiental. 8ª.ed. rev., atual e ampl. São Paulo:
Saraiva, 2010, p. 708.
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A cidade pode ser entendida como o espaço territorial onde vivem os seus
habitantes, de forma que o direito de propriedade não é ilimitado, mas sim atrelado ao
cumprimento da sua função social 38.
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MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 18ª ed. rev., atual. e ampl.. São
Paulo: Malheiros Editores, 2010, p. 403.
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habitantes. Essa exigência deve ser obrigatória não só para os Municípios com mais de
20 mil habitantes, mas também para aqueles que tenham população inferior. São tantos
os benefícios que a cidade passa a ter que não é possível imaginar um Município sem
Plano Diretor. Dentre os benefícios, instrumentalizados pelo plano diretor pode-se citar
a organização, o crescimento e a aplicação do princípio da função social 40.
O Código Florestal de 1965 foi revogado pela Lei Federal n° 12.651 de 25 de março
de 2012, que apresentou consideráveis novidades e mudanças gerando divergentes
comentários e críticas da doutrina a respeito do Novo Código Florestal.
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Relevante destacar que o Poder Público poderá declarar certo local como Área de
Preservação Permanente no intuito de assegurar condições de bem-estar público,
conforme a redação do artigo 6º, inciso VII. Trata-se evidentemente de conceito aberto,
que requer adequada regulamentação.
Na esteira dos diplomas florestais anteriores, a Lei n° 12.651/2012, em seu artigo 8º,
estabelece que a intervenção ou supressão de vegetação nativa em Área de Preservação
Permanente poderá ocorrer em casos de utilidade pública, de interesse social ou em
situações que causem baixo impacto ambiental.
Enquanto o sistema anterior previa três hipóteses para caracterizar o interesse social
legitimador de intervenção em Áreas de Preservação Permanente, o Novo Código
Florestal estabeleceu um conjunto com 12 situações, sendo que as hipóteses ainda
poderão ser ampliadas pelos Estados, uma vez que aos Conselhos locais permite-se a
declaração de atividades de baixo impacto ambiental 42.
Destaca-se ainda que o legislador, conforme disposto na alínea “e” do inciso VIII do
artigo 3º do referido Código, admite a possibilidade de criação de nova hipótese para
supressão de área de preservação permanente em caso de utilidade pública para
atividades similares àquelas dispostas no rol do mesmo inciso, inexistindo alternativa
técnica e locacional ao empreendimento proposto, o que revela o potencial de
interferência assegurado ao Poder Público.
A proteção das Áreas de Preservação Permanente não tem por objetivo apenas
tutelar a vegetação, mas sim outros recursos naturais, como o solo e a água 43 . Tal
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constatação é perceptível a partir do próprio conceito trazido pela Lei Florestal, onde
são reveladas as funções ambientais deste espaço, conforme já destacado.
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APP são áreas onde, por imposição da lei, a vegetação não pode ser alterada pela
ação do homem, com o objetivo principal de preservar os recursos hídricos e a
biodiversidade, e a satisfação da coletividade. A legislação vigente é bastante rígida no
que se refere às APP admitindo a supressão da mesma apenas nos casos de utilidade
pública ou interesse social legalmente previsto.
As cidades, não raro, nascem e crescem a partir de rios, por motivos óbvios,
quais sejam, além de funcionar como canal de comunicação, os rios dão
suporte a serviços essenciais, que incluem o abastecimento de água potável e
a eliminação dos efluentes sanitários e industriais. Ao longo desses cursos
d’água, em tese, deveriam ser observadas todas as normas que regulam as
APP. Na prática, todavia, essas e outras APP têm sido simplesmente
ignoradas na maioria de nossos núcleos urbanos, realidade que se associa a
graves prejuízos ambientais, como o assoreamento dos corpos d'água, e a
eventos que acarretam sérios riscos para as populações humanas, como as
enchentes e os deslizamentos de encostas.45
O mesmo autor afirma ainda que as normas que regulam as APP são confusas
sendo que não há consenso sobre o assunto especialmente no que se refere à questão
urbana. Esta confusão contribui para o descumprimento dessas normas em áreas
urbanas.
2.3 O alcance da aplicação do novo Código Florestal para APP em meio urbano
O Código Florestal, tanto nas suas versões passadas como na atual, é reconhecido
como importante instrumento de proteção ambiental. Concebido para regular
principalmente o uso e a ocupação do imenso território rural brasileiro, sua aplicação
nas áreas urbanas tem se mostrado desafiadora frente à ocorrência de inúmeros conflitos
e situações de insegurança jurídica. Neste contexto, a regulamentação das Áreas de
45
ARAÚJO, Sueli Mara Vaz Gama de, As Áreas de Preservação Permanente e a Questão Urbana.
Consultoria Legislativa de Meio Ambiente e Direito Ambiental. Estudo/ago. Brasília: Câmara dos
Deputados, 2002.
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Preservação Permanentes (APP) nos espaços urbanos constitui uma questão que precisa
ser discutida pelo poder público e pela sociedade.
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Antes desta alteração, o Código Florestal não fazia qualquer referencia às restrições
impostas pelas faixas estabelecidas para as áreas de preservação permanente APP em
áreas urbanas. Além disso, desde 1986, com a alteração dada pela Lei Federal
7511/1986, as faixas de APP adotadas para cursos d’água passam a serem maiores que
as faixas não edificantes definidas pela lei, ainda que cada faixa tenha sido concebida
com propósitos e objetivos diversos, protegendo bens e funcionalidades distintos.
A aplicação das normas do Novo Código Florestal para as APP é bastante limitada e
se sobrepõe a leis e normas municipais voltadas ao uso e ocupação do solo.
Naturalmente, inúmeros conflitos legais resultam em um quadro de insegurança
jurídica.
CONCLUSÃO
Por meio deste trabalho, podemos verificar a pertinência, e os reflexo das alterações
da legislação ambiental em relação ao Novo Código Florestal, que se retratam por meio
das evidencias do reconhecimento da importância da preservação dos recursos hídricos,
do meio ambiente e consequentemente, proporcionar uma melhor qualidade de vida
para a sociedade. Ao mesmo tempo sabe-se que outro motivo para essas alterações é
beneficiar o agronegócio.
Sobre a legislação, cabe destacar que a leis federais e estaduais possuem influência
direta no país, mas, compete ao município atuar de forma complementar a estas Leis,
especificando as peculiaridades locais.
Quanto à alteração do Código Florestal, esta deve ser um marco de forma a induzir o
cumprimento das regras e por isso deve ser redigida de forma clara e se adequar a
realidade do país para enfrentar o desafio de equilibrar a necessidades e o evidente
crescimento urbano e preservação ambiental.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS