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O que é

O forró é uma dança popular de origem nordestina. Esta dança é acompanhada de


música, que possui o mesmo nome da dança. A música de forró possui temática ligada
aos aspectos culturais e cotidianos da região Nordeste do Brasil. A música de forró é
acompanhada dos seguintes instrumentos musicais: triângulo, sanfona e zabumba.
Cançao - Dominguinhos - Eu só quero um xodó
Forró é um ritmo e dança típicos da Região Nordeste do Brasil, praticada nas festas
juninas e outros eventos. Diante da imprecisão do termo, é geralmente associado o
nome como uma generalização de vários ritmos musicais dessa região, como baião, a
quadrilha, o xaxado, que têm influências holandesas e o xote, que tem influência
portuguesa. São tocados, tradicionalmente, por trios, compostos de um sanfoneiro
(tocador de acordeão, que no forró é tradicionalmente a sanfona de oito baixos), um
zabumbeiro e um tocador de triângulo. Também é chamado arrasta-pé, bate-chinela,
fobó.
Video: Diferenças entre forró de pé-de-serra, baiao, arrasta-pé, xote xaxado.

O sertão, também conhecido como sertão nordestino, é uma das quatro sub-regiões da
Região Nordeste do Brasil, sendo a maior delas em área territorial. Estende-se pelos
estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e
Sergipe.
Ao contrário dos demais semidesertos do mundo, o sertão não margeia um grande
deserto, mas sim zonas úmidas. Isso explica suas peculiaridades biomáticas e sua
atipicidade demográfica

Origem do nome

Os bailes populares eram conhecidos em Pernambuco por "forrobodó" ou


"forrobodança" ou ainda "forrobodão" já em fins do século XIX

Arrasta-pé
De acordo com pesquisadores, o forró surgiu no século XIX. Nesta época, como as
pistas de dança eram de barro batido, era necessário molhá-las antes, para que a poeira
não levantasse. As pessoas dançavam arrastando os pés para evitar que a poeira subisse.

Nome forró
A origem do nome forró tem várias versões, porém a mais aceita é a do folclorista e
pesquisador da cultura popular Luiz Câmara Cascudo. Segundo ele, a palavra forró
deriva da abreviação de forrobodó, que significa arrasta-pé, confusão, farra.

Historia e Características

No entanto, o forró popularizou-se em todo o Brasil com a intensa imigração dos


nordestinos para outras regiões do país, especialmente, para as capitais: Brasília, Rio de
Janeiro e São Paulo.

Luiz Gonzaga é reverenciado como o grande criador e divulgador do forró pé-de-


serra enquanto gênero musical.
O repertório gonzagueano firmou-se, assim, a partir de múltiplas influências tendo as
temáticas regionalistas como principal foco. De acordo com Ramalho (2000), os
temas evocavam o cotidiano do sertão nordestino: os temas folclóricos; os tipos
humanos do sertão; a saudade da terra natal tão peculiar ao exilado; a natureza,
incluindo flora e fauna; o Nordeste árido da seca; a religiosidade tradicional
católica popular; as tristezas humanas; a sensualidade, as alegrias; as festas.
Cançao - Luiz Gonzaga - Forró no escuro
Geográfica e historicamente, no entanto, o Nordeste foi região que, na época da
colonização, abrigou o poder graças à hegemonia econômica açucareira. A perda
de posição e poder dessa região, agravada com a invenção do discurso da seca
e sua “indústria” influenciou o êxodo das inteligências intelectuais e o êxodo rural,
resultando na instauração da saudade coletiva que evocava as glórias do passado.

Cançao: Asa Branca


"Asa-Branca" é uma canção de choro regional, popularmente conhecido como baião, de
autoria da dupla Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, composta em 3 de março de 1947.
O tema da canção é a seca no Nordeste brasileiro que pode chegar a ser muito intensa, a
ponto de fazer migrar até mesmo a ave asa-branca — Patagioenas picazuro, uma espécie
de pombo também conhecido como pomba-pedrês ou pomba-trocaz. A seca obriga,
também, um rapaz a mudar da região. Ao fazê-lo, ele promete voltar um dia para os
braços do seu amor.
Há uma continuação de "Asa Branca", intitulada "A Volta da Asa Branca", que trata do
retorno do retirante e de sua nova vida no Nordeste.
Modernizaçao

A modernização do forró teve início a partir do final da década de 1970, quando a


bateria passou a ser utilizada de forma sutil em disco de artistas como Trio Nordestino,
Os 3 do Nordeste, Genival Lacerda e outros. Na década de 1980 a bateria, a guitarra e o
contrabaixo já faziam parte oficialmente da instrumentação dos discos de forró. Luiz
Gonzaga passou a fazer uso constante desses instrumentos a partir do seu álbum de
1980, intitulado "O homem da terra".

A partir do início da década de 1990, com a saturação do forró tradicional conhecido


como pé-de-serra, surgiu no Ceará um novo meio de fazer forró, com a introdução de
instrumentos como teclado e saxofone e a exclusão de zabumba e triângulo. Também as
letras deixaram de ter como o foco o modo de vida dos sertanejos, e passaram a abordar
conteúdos que atraíssem os jovens, transformando o gênero numa espécie de música
pop com influências de forró. O precursor do movimento foi o ex-árbitro de futebol,
produtor musical e empresário Emanuel Gurgel, responsável pelas bandas Mastruz com
Leite, Cavalo de Pau, Alegria do Forró e Catuaba com Amendoim. O principal
instrumento de divulgação do forró na década de 1990 foi a a rádio Som Zoom Sat e a
gravadora Som Zoom Estúdio pertencentes a Gurgel. Tal pioneirismo teve críticas de
transformar o forró num produto. Em entrevista à revista Época, declarou Gurgel:
"Mudamos a filosofia do forró: Luiz Gonzaga só falava de fome, seca e Nordeste
independente. Agora a linguagem é romântica, enfocada no cotidiano, nas raízes
nordestinas, nas belezas naturais e no Nordeste menos sofrido, mais alegre e
moderno(...)".

Surge também o forró universitário com o Falamansa, com a volta do puro forró pé-de-
serra.
Falamansa - Xote Universitario

Menina Mulher preta


Cintura fina – Luiz Gonzaga
Atualmente, existem vários gêneros de forró: forró eletrônico, forró tradicional, forró
universitário e o forró pé de serra.

Cronologia
1984: Luiz Gonzaga introduz no seus discos bateria, guitarra, baixo e outros
instrumentos elétricos. (Ainda dentro dos padrões do forró original)
1990-1995: Mastruz com Leite, Banda Aquárius, Cavalo de Pau, Mel com Terra e
Banda Styllus são as primeiras do nordeste a difundir o novo conceito de forró, cujas
canções falavam de vaquejada;
1996-1998: Bandas como Magníficos, Calcinha Preta, Limão com Mel e Caviar com
Rapadura introduzem uma linha mais romântica no forró e exportam o ritmo para fora
do Nordeste, se apresentando em programas da mídia de massa de São Paulo, a exemplo
de Raul Gil, gerando imenso mercado para a música com base no acordeon.
1999-2003: A banda Brasas do Forró vem com o estilo forronerão, que mescla forró
com elementos do sul do país. Surgimento de novas bandas como Cheiro de Menina,
Forró Saborear, Aviões do Forró e Garota Safada. Surge também o forró universitário
com o Falamansa, com a volta do puro forró pé-de-serra.
2004-2008: O forró muda radicalmente. Suas letras, que antes falavam de amor e de
vaquejadas, dão mais espaço ao apelo sexual e ao consumo de álcool. Cresce
acentuadamente o número de novas bandas e das canções de duplo sentido.
2009-Atualmente: Wesley Safadão e Aviões do Forró são as referências do novo
modelo de forró contemporâneo, já totalmente fora dos padrões do forró original.

Ropagens

Rio de Janeiro - Na trajetória que o levou à consagração nacional, um episódio é


revelador do papel de Luiz Gonzaga em prol da cultura nordestina. Mais importante
emissora da América Latina na época, a Rádio Nacional exigia que os cantores e
músicos de seu elenco vestissem traje a rigor em suas apresentações no auditório.

Com o sanfoneiro não foi diferente. Quando começou a fazer sucesso, era de smoking
que ele se apresentava. Certo dia, porém, ele descobriu que havia uma exceção: o
também sanfoneiro Pedro Raimundo, gaúcho que fazia parte dos quadros da emissora,
se apresentava usando a bombacha típica dos pampas.

Gonzaga reivindicou o direito de usar um figurino que marcasse sua identidade


nordestina, a exemplo do que o colega fazia com o Rio Grande do Sul. Ele apareceu na
rádio com a típica vestimenta de vaqueiro da região, mas foi impedido de atuar pelo
então diretor artístico da emissora, Floriano Faissal.

“Marginal, não. Roupa de cangaceiro aqui não”, teria dito Faissal. Em meados dos anos
1940, o traje típico do sertanejo nordestino ainda era associado ao bando de Lampião,
morto pela polícia poucos anos antes, em 1938.
EXTRA
Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião (Serra Talhada, 4 de junho de 1898—
Poço Redondo, 28 de julho de 1938), foi um cangaceiro brasileiro, que atuou no
Nordeste do Brasil.
Entrou definitivamente para o cangaço em 1921, após seu pai ter sido morto a tiros pela
polícia. Em 1922, tornou-se líder do bando até então comandado por Sinhô Pereira em
Pernambuco. No mesmo ano matou o informante que entregou seu pai à polícia, e
realizou o maior assalto da história do cangaço àquela altura, contra a Baronesa de Água
Branca em Alagoas. Em 1929 se juntou a Maria Bonita na Bahia, e em 1930 apareceu
no jornal The New York Times pela primeira vez. O bando de Lampião foi cercado na
fazenda de Angicos, atual município de Poço Redondo em Sergipe, no ano de 1938. Os
cangaceiros foram decapitados e suas cabeças foram fotografadas na cidade alagoana de
Piranhas, e expostas em diversas cidades do Nordeste como Maceió e Salvador.

O termo cangaço vem da palavra canga (peça de madeira usada para prender junta de
bois a carro ou arado; jugo).
Por volta de 1834, o termo cangaceiro já foi usado para se referir a bandos de
camponeses pobres que habitavam os desertos do nordeste, vestindo roupas de couro e
chapéus, carregando carabinas, revólveres, espingardas e facas longas estreitas
conhecidos como peixeiras .

"Cangaceiro" era uma expressão pejorativa, ou seja, uma pessoa que não podia adaptar-
se ao estilo de vida costeira.

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