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PRA LUTA
Intelectuais pela
universidade pública
organização:
Phellipe Marcel
Iuri Pavan
Mauro Siqueira
Rio de Janeiro
2017
“
(...) quando Alan Greespan testemunhava ao
Congresso em 1997 sobre as maravilhas econô-
micas que conduzia, ele disse explicitamente que
uma das bases de seu sucesso econômico era a
imposição daquilo que chamou de ‘maior inse-
gurança trabalhista’. Se os trabalhadores estão
mais inseguros, isso é mais saudável para a socie-
dade, porque se trabalhadores estão inseguros não
“
reivindicarão aumentos, não entrarão em greve,
não pedirão benefícios; eles servirão a seus mes-
tres alegre e passivamente. E isso é ótimo para a
saúde econômica das corporações.”
Simone Ricco, em
“Na dura poesia concreta dos
nossos dias: Uerj resiste, e existe”
“
O enfrentamento da crise [dos
anos 1970 no Brasil], pelo capital,
implicou uma profunda alteração em
todo o sistema produtivo com o con-
junto de transformações conhecido
como ‘reestruturação produtiva’. Além
disso, também implicou o acirramento
da competição internacional e uma
reconfiguração do Estado de modo a
torná-lo mais adequado à defesa dos
interesses das classes dominantes. Para
os trabalhadores, isso implicou um
crescente desemprego, a diminuição do
valor da força de trabalho e, portanto,
um enorme aumento da exploração.”
Ivo Tonet, em
“Universidade pública:
o sentido da nossa luta”
“
“
(…) encontram-se, nos dois lados do
Atlântico, os mesmos argumentos de ‘choque’: as
melhores universidades do mundo, norte-america-
nas (…), muito ricas, seriam financiadas graças ao
orçamento privado. Além disso, as grandes revolu-
ções tecnológicas recentes (…) só teriam sido possí-
veis graças a um financiamento privado da pesquisa,
mais significativo e com mais iniciativas à inovação.
É importante desconstruir esses dois argumentos.
As universidades americanas dependem, em 69%
de seu orçamento, de dinheiro público. O restante
não provém de empresas (que contribuem com no
máximo 4%), mas do mecenato e das fundações
(12%) e das taxas de inscrição dos estudantes (15%).
Se os Estados Unidos nos mostram um exemplo, é
muito mais do sucesso do financiamento público
do ensino superior e da pesquisa, por um lado, e da
fragilidade do financiamento estudantil, por outro.”
Maud Chirio, em
“O conhecimento não é uma mercadoria”
“
“
Subordinar as pesquisas à ótica da inovação
tecnológica, submetendo-as à exigência da lucra-
tividade e da maximização do lucro, introduz prin-
cípios estranhos e opostos ao desenvolvimento da
pesquisa científica básica, exigência fundamental
ao desenvolvimento tecnológico. Quem financia a
pesquisa básica em países dependentes é o Estado,
regulando e projetando, com políticas científicas
definidas, a produção de conhecimentos que refor-
çam o desenvolvimento científico com abrangên-
cia e diversidade preservadas. (...) Manter o caráter
público e garantir o financiamento e a autonomia
das universidades, como ainda determina a Cons-
tituição, é principio ético daqueles que defendem
um futuro ao avesso da barbárie.”
Gaudêncio Frigotto, em
“O golpe de estado e o desmanche
da universidade e esfera pública”
“
Aqui o que está em jogo não é apenas o futuro do estado ou
da própria universidade. Está em jogo que modelo de socie-
dade que queremos e que lugar a educação superior de qua-
lidade, que reúne ensino, pesquisa e extensão na formação de
estudantes, terá no país. A Uerj está sendo sacrificada por seus
acertos, não por seus erros.
Há, no mercado, quem
queira ocupar o lugar tão
duramente trilhado pela
Universidade Popular que
é a Uerj. Estamos no olho
do furacão.”
que ela continue. #uerjresiste #souuerj”
Silvia Maria, postado em 25 de
janeiro
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Reitor
Ruy Garcia Marques
Vice-reitora
Maria Georgina Muniz Washington
EDITORA DA UNIVERSIDADE DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conselho Editorial
Bernardo Esteves
Erick Felinto
Jane Russo
Andrei Holanda 6-7, 8-9; Leila Gibin 11; Izabelle Vieira 12-13, 18-19;
Fernando Rey 16-17; Silvia Maria 20-21; Anderson Câmara quarta capa.
EdUERJ
Editora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
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Em breve, muito mais. A luta não pode parar.
Rio de Janeiro
2017