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UNIVERSIDADE ANHANGUERA

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

ATPS: ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS


CONTABILIDADE INTERNACIONAL

Tutor a Distância: Prof. Me. Hugo David Santana

Francisco Jansen da Silva Marques RA: 5381761332

SOBRAL CE, 24 de maio de 2018

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Atividades Práticas Supervisionadas (ATPS)

Contabilidade Internacional

Trabalho apresentado no 6º semestre do curso de


Ciências Contábeis da Universidade Anhanguera,
Polo Sobral, como requisito parcial de avaliação
da disciplina Contabilidade Internacional, sob a
orientação do Prof. Me. Hugo David Santana.

Sobral

2018

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SUMÁRIO

Introdução...................................................................................................................04

1. Os Desafios Para o Contador frente à Contabilidade Internacional.......................05

1.2. Os Desafios para as empresas brasileiras diante da Contabilidade


Internacional...........................................................................................................06

1.3. As diferenças, padrões e práticas contábeis entre os países.........................07

2 IAS 1: Apresentação das Demonstrações Financeiras...........................................08

3. IAS 2: Estoques......................................................................................................10

4. IAS 38: Ativos Intangíveis.......................................................................................11

4.1Reconhecimento e Mensuração.......................................................................11

4.2 Fase de Pesquisa............................................................................................12

4.3 Fase de Desenvolvimento................................................................................12

Conclusão...................................................................................................................14

Referência Bibliográfica..............................................................................................15

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INTRODUÇÃO

Este trabalho foi elaborado através das Atividades Práticas Supervisionadas da


disciplina Contabilidade Internacional, no curso de Ciências Contábeis da Faculdade
Anhanguera, Polo Salvador, com o objetivo de descrever os principais pontos de
convergência entre as normas brasileiras e as internacionais da área contábil,
evidenciando as principais práticas contábeis sugeridas pela Internacional Standars
Board (IASB).

Cada vez mais as empresas se beneficiam com crescente participação no mercado


externo através de transações internacionais, surgindo assim a necessidade de
desenvolver um sistema de informação de âmbito internacional. Abaixo o leitor
encontrará uma explanação sobre os desafios do contador e das empresas diante
desse novo cenário global.

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1. OS DESAFIOS PARA O CONTADOR FRENTE À CONTABILIDADE
INTERNACIONAL

O contador deve estar preparado e consciente de sua importância no cenário


econômico atual, buscando a renovação para vencer as novas competições e
desafios gerados pelo mercado visando atender as expectativas dos seus clientes
externos.

O primeiro grande desafio de acordo com Weffort (2005) é o sistema educacional e


profissional contábil brasileiro, que não favorece os esforços de harmonização
contábil, além dos fatores culturais que também influenciam as práticas contábeis de
determinados países.

Após avaliar as estruturas curriculares dos cursos de graduação e pós-graduação


em contabilidade no país, além dos conteúdos de teses, de dissertações e de
periódicos científicos e profissionais, verificou-se que os profissionais da área
contábil necessitam de uma ampla readequação as normas contábeis. Essa
readequação se faz necessário, visto que as práticas contábeis podem ser
influenciadas pelas características dos responsáveis pela elaboração das
demonstrações contábeis.

No contexto brasileiro, o processo de convergência das normas contábeis sofreu


grande impulso com a lei 11.638/2007, auxiliando para que “[...] as normas contábeis
brasileiras caminhem rumo às normas internacionais e sejam entendidas por todos
os usuários das informações” (SOUZA E RIOS, 2011, p. 3). Porém, como observado
por Weffort (2005), a inserção de temas referentes à Contabilidade Internacional em
cursos de graduação no Brasil ainda é tímida, o que prejudica o avanço do país em
relação à convergência.

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1.2 Os Desafios para as empresas brasileiras diante da Contabilidade
Internacional

A contabilidade internacional surge para construir um ponto comum entre os


relatórios financeiros elaborados por contextos de outros países e definir métodos de
adaptação aos padrões internacionais a partir da contabilidade local. Tornou-se
importante no Brasil a partir da criação da Bolsa de Valores e da vinda de capital
estrangeiro ao mercado nacional.

Ela está estruturada a partir do estudo das normas contábeis vigentes em cada país
e tem como objetivo a transformação de relatórios a diferentes regras normativas,
conforme os interesses comerciais relacionados a operações de
exportação/importação ou entre empresa matriz e filial situada no exterior.

Muito se tem falado sobre o fim da contabilidade internacional, já que as normas


brasileiras têm a algum tempo convergido ás normas internacionais, num processo
de harmonização. Porém a tendência é de que elas sempre mantenham certa
divergência. A proposta é que os princípios básicos que norteiam a contabilidade
sejam comuns a fim de facilitar cada vez mais a troca de informações entre
diferentes mercados globais.

Porém, o desafio principal das empresas seria adequar seus profissionais ao novo
cenário globalizado, A adoção de normas internacionais pelas empresas também
auxiliam na redução de custos, já que se a empresa tiver de preparar suas
demonstrações contábeis de acordo com diferentes normas de distintos países, para
se comunicar com investidores nos vários mercados de capitais em que opera, terá
com isso elevados custos e dificuldades no processo de comunicação.

Além disso, Aa convergência das normas contábeis vai de encontro ao objetivo da


própria contabilidade como um todo, pois a importância da padronização das normas

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contábeis como forma de diminuição da assimetria da informação contábil acarreta
perda da qualidade informação, já que a torna inútil para certos usuários.

1.3 As diferenças, padrões e práticas contábeis entre os países

Ainda não podemos considera a contabilidade como linguagem universal e única,


pois se deve avaliar a situação socioeconômica e cultural de cada país. As principais
diferenças estão relacionadas a fatores econômicos e culturais, diferenças entre
países, entre sistemas legais, linguagem e educação, inflação cultural contábil,
cultura de auditoria e regulatória.

A Contabilidade reflete as particularidades de cada país e suscita o estudo e a


interpretação dos vários pronunciamentos sobre a matéria. O ingresso em novos
mercados, seja como fonte alternativa de financiamentos e investimentos ou ainda
como busca de consumidores, requer o entendimento do ambiente político-legal,
bem como a adaptação às normas internacionais de contabilidade.

Ao considerar a contabilidade como linguagem universal dos negócios, pode-se


presumir ainda que essa linguagem seja única e aplicável a qualquer país ou
ambiente de negócios, em qualquer situação. Porém, essa não é uma verdade
absoluta, pois os padrões e práticas contábeis entre os países diferem, e em muitos
casos, substancialmente.

As pesquisas sobre os fatores que influenciam as diferenças entre padrões e


práticas contábeis entre os países apontam que as principais diferenças estão
relacionadas basicamente a fatores econômicos e culturais.

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2. IAS 1: APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

A IAS1 explana sobre a apresentação de demonstrações financeiras para fins


gerais, garantindo a comparabilidade tanto com as demonstrações financeiras de
períodos anteriores da entidade, quanto com as demonstrações financeiras de
outras entidades. Ela estabelece requisitos gerais para a apresentação das
demonstrações financeiras, diretrizes para a sua estrutura e requisitos mínimos para
o seu conteúdo.

Um conjunto completo de demonstrações financeiras compreende: uma


demonstração da posição financeira no final do período; uma demonstração do
resultado abrangente para o período; uma demonstração das mutações do
patrimônio líquido para o período; uma demonstração dos fluxos de caixa para o
período; notas explicativas, compreendendo um resumo das principais políticas
contábeis e outras informações; uma demonstração da posição financeira no início
do período comparativo mais antigo em que uma entidade aplique uma política
contábil retrospectivamente efetue uma reapresentação retrospectiva, ou quando
reclassifique itens em suas demonstrações financeiras.

As principais mudanças na estrutura do Balanço Patrimonial:

A criação do subgrupo “Intangível” no Ativo Permanente, desdobrado do subgrupo


Imobilizado;

Extinção da possibilidade de reavaliação dos bens do Ativo Imobilizado e,


consequentemente a eliminação das Reservas de Reavaliação;

O uso do subgrupo Diferido fica restrito ao registro das despesas pré-operacionais e


aos gastos de reestruturação;

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Eliminação da conta “Lucros ou Prejuízos Acumulados” mantendo somente a conta
“Prejuízos Acumulados”;

Criação no Patrimônio Líquido, do subgrupo “Ajustes de Avaliação Patrimonial”;

Como “Reservas de Capital” passam a ser considerados apenas os ganhos


relacionados com o Capital Social da empresa;

Reserva de Lucros a Realizar – Inclusão, no cálculo da parcela realizada do lucro


líquido do exercício, do resultado não realizado da contabilização de ativo e passivo
pelo valor de mercado.

Ao preparar demonstrações financeiras, a administração fará uma avaliação da


capacidade de uma entidade de continuar em operação. Uma entidade não tenha
alternativa realista senão fazê-lo.

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3. IAS 2: ESTOQUES

A definição brasileira de estoque é parecida com a definição do conselho


Internacional de Normas Contábeis (IASB), que segundo o Instituto dos Auditores
Independentes do Brasil (IBRACON) estoque é ativo. O objetivo desta Norma é
prescrever o tratamento contábil para estoques.

Os estoques devem ser mensurados pelo menor valor entre o custo e o valor líquido
realizável. O valor líquido realizável é o preço de venda estimado o custo normal dos
negócios, menos os custos estimados de conclusão e os custos estimados
necessários para efetuar a venda. O custo de estoques compreenderá todos os
custos de compra, custos de transformação e outros custos incorridos para trazer os
estoques à sua condição e localização atuais.

O custo de estoques será atribuído utilizando-se o critério “Primeiro a Entrar,


Primeiro a Sair” (PEPS) ou o critério do custo médio ponderado. Uma entidade
utilizará o mesmo critério de custo para todos os estoques que tenham uso e
natureza similares para a entidade. Quando os estoques forem vendidos, o valor
contábil desses estoques será reconhecido como uma despesa no período em que a
receita correspondente for reconhecida.

O valor de qualquer redução de estoques ao valor líquido realizável e todas as


perdas de estoques serão reconhecidos como despesa no período em que ocorrer a
redução ou a perda. O valor de qualquer reversão de redução de estoques,
resultante de um aumento no valor líquido realizável, será reconhecido como uma
redução no valor de estoques reconhecido como despesa, no período em que
ocorrer a reversão.

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4. IAS 38: ATIVOS INTANGÍVEIS

Um ativo intangível é um ativo não monetário identificável, sem substância física, o


objetivo da IAS 38 é prescrever o tratamento contábil para ativos intangíveis, que
não são tratados especificamente em outra norma. Esta norma exige que uma
entidade reconheça um ativo intangível somente se critérios específicos forem
atendidos. A norma também especifica como mensurar o valor contábil de ativos
intangíveis e exige divulgações específicas sobre os mesmos.

4.1 Reconhecimento e Mensuração

O reconhecimento de um item como um ativo intangível exige que uma entidade


demonstre que o item atende a definição de um ativo intangível e aos critérios de
reconhecimento. Esse requisito se aplica a custos incorridos. Inicialmente para um
ativo é identificável quando:

1) For separável, ou seja, for capaz de ser separado ou dividido da entidade e


vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, seja individualmente ou
em conjunto com um respectivo contrato, ativo identificável ou passivo,
independente de a entidade pretender fazê-lo;

2) Resulta de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente


desses direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros
direitos e obrigações.

Um ativo intangível será reconhecido se, e apenas se:

1) For provável que os benefícios econômicos futuros esperados sejam


atribuíveis ao ativo fluirão para a entidade;

2) O custo do ativo puder ser mensurado de forma confiável.

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O critério de reconhecimento por probabilidade sempre considerado como cumprido
para ativos intangíveis adquiridos em combinações de negócios. Um ativo intangível
será mensurado inicialmente pelo custo.

4.2 Fase de Pesquisa

Nenhum ativo intangível proveniente de pesquisa deve ser reconhecido. O dispêndio


com pesquisa deve ser reconhecido como uma despesa quando for incorrido.
Durante a fase de pesquisa de um projeto interno, a entidade não está apta a
demonstrar a existência de um ativo intangível que gerará prováveis benefícios
econômicos futuros. Portanto, tais gastos são reconhecidos como despesa quando
incorridos.

São exemplos de atividades de pesquisa:

1) Atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento;

2) Busca, avaliação e seleção final das aplicações dos resultados de pesquisa


ou outros conhecimentos;

3) Busca de alternativas para materiais, dispositivos, produtos, processos,


sistemas ou serviços;

4) Formulação, projeto, avaliação e seleção final de alternativas possíveis para


materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou
aperfeiçoados.

4.3 Fase de Desenvolvimento

Um ativo intangível resultante de desenvolvimento deverá ser reconhecido somente


se a entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir enumerados:

1) A viabilidade técnica para concluir o ativo intangível, de forma que ele seja
disponibilizado para uso ou venda;

2) Sua intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;

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3) Sua capacidade para usar ou vender o ativo intangível;

4) A forma como o ativo intangível deverá gerar benefícios econômicos


futuros. Entre outros aspectos, a entidade deverá demonstrar a existência
de um mercado para os produtos do ativo intangível, ou para o próprio
ativo intangível ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade;

5) A disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos


adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo
intangível;

6) Sua capacidade de mensurar com segurança os gastos atribuíveis ao


ativo intangível durante seu desenvolvimento.

Marcas, títulos de publicações, listas de clientes e itens semelhantes gerados


internamente não devem ser reconhecidos como ativos intangíveis.

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CONCLUSÃO

Pode-se concluir que as normas brasileiras procuram atender as Normas


Internacionais de Contabilidade, que têm como objetivo demonstrar a situação real e
atual da empresa com relação ao ambiente econômico, demonstrando o valor do
seu patrimônio. Porém, o sistema educacional contábil brasileira, já que o tema
Contabilidade Internacional deve ser inserido de forma mais frequente no âmbito
acadêmico.

Além disso, pode-se, também, entender melhor as principais normas internacionais,


a IAS 1, que trata das Demonstrações Financeira, a IAS 2, que trata de Estoques, e
a IAS 38, que analisa o ativo intangíveis e suas implicações no patrimônio da
empresa.

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REFERÊNCIAS

ERNST & YOUNG, Ernst & Young; FIPECAFI, FIPECAFI. Manual de Normas

Internacionais de Contabilidade: IFRS - Versus Normas Brasileiras. 2ª edição.


SP: Atlas, 2010 - PLT 42.

Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Disponível em: <


http://www.cpc.org.br/CPC>. Acesso em 27 de março de 2015.

Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia Rio Grande do Sul (IFRS).


Disponível em: <http://www.ifrs.org/IFRSs/IFRS-technical-
summaries/Documents/Port2011/IAS1.pdf>. Acesso em 30 de março de 2015.

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