Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A adoção por inteiro das taxas de "Leis Sociais" para mensalistas, ou seja, sobre a
folha de pagamento, difere daquela adotada sobre a mão de obra operacional, utilizada
quando se esteja efetuando um orçamento através de composições de preços. A mão de obra
operacional, quando se calcula por exemplo, a tabela de composições de preços para
execução de um metro quadrado de alvenaria de elevação, é a mão de obra representada
pelos oficiais e pelos serventes que estejam assentando os tijolos, preparando a argamassa,
transportando os materiais, enfim, executando o trabalho por inteiro, cujo tempo médio de
execução, por metro quadrado de alvenaria, foi então medido, e consta da respectiva
composição. Ali, portanto, somente estarão mencionadas as horas/homens empregadas
pelos executantes do serviço. O seu salário/hora nominal será então multiplicado por esses
coeficientes de produção média, assim fixados em composição, resultando o custo da mão
de obra operacional para o aludido trabalho.
Tal contribuição é fixada por Lei e seu recolhimento mensal é feito sobre todas as
parcelas pagas a título de remuneração do trabalho. O decreto-lei 2318 de 30.12.86
extinguiu o limite máximo para a contribuição do empregador.
De acordo com o que dispõe a Lei 5.107, de 13.09.1966, e em consonância com o seu
respectivo Regulamento (Decreto 59.820, de 20.12.1966), todas as empresas sujeitas a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ficam obrigadas a depositar, em conta bancária
vinculada, importância correspondente a 8% (oito por cento) da remuneração de cada
empregado, inclusive 13o.salário, optante ou não, do sistema instituído pelo Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), a qualquer título, e sem limite.
A 7. INCRA .............................................................................................................
0,20%
Conforme lei 2613/55 que autorizou a União a criar o Serviço Social Rural,
Decreto-lei 1110/70 que instituiu o INCRA, extinguindo o Instituto Brasileiro de Reforma
Agrária e Instituto de Desenvolvimento Agrário e Decreto-lei 1146 de 31.12.1970, que
consolidou os dispositivos sobre as contribuições criadas pela lei 2613/55.
A = 37,80% (Total)
B = 8,22% (Total)
C 2. Férias (10,93%)
Conforme o que dispõe o artigo 7º, inciso XVII, dos direitos sociais previsto pela
Constituição da República Federativa do Brasil, as férias anuais devem ser remuneradas
com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal. Assim, teremos:
Partindo-se da hipótese que em construção civil, do total dos casos de aviso prévio,
100% pertencem ao tipo a. e considerando-se ainda que o tempo médio de permanência na
obra de um funcionário é 9,67 meses (*), conforme dados obtidos de boletim do CEBAT
Ministério do Trabalho, temos:
12
C =25,45% (Total)
D. TAXA DE REINCIDÊNCIA
D = 6,86% (Total)
Encontramos assim a porcentagem total que incide sobre o valor da mão de obra
mensalista, aplicada na indústria de construções sobre os valores de folha de
pagamento: 78,33%.
VALE TRANSPORTE
(C x N) - (S x 0,06) x 100
S
C x N x 0,95 x 100
S
C . 100
S
Onde:
C = Custo médio de condução (un), refeição (un) ou seguro (custo mensal)
N = Número médio de conduções ou refeições (mês)
S = Salário médio nominal (mês)
Jt = Jornada anual total (h)
Jp = Jornada anual produtiva (h)
22 = Dias úteis mês
Observações:
1) Para São Paulo e Rio de Janeiro, Leis Sociais de 78,33%. Demais Estados 77,25%
(exclui-se A9., alterando a reincidência em D1).
2) Os dados adotados pela Pini (*) foram obtidos através de estimativas estatísticas.
Consideramos ainda 2 anos de prazo médio de execução de uma obra e 9,67 meses de
rotatividade de pessoal.
3) Na ocorrência de dispensa do empregado no mês que antecede o dissídio, o empregador é
obrigado ao pagamento de uma remuneração adicional de um salário.
4) Segundo o artigo 169 do Decreto nº 357 de 07.12.91, o segurado que sofreu acidente de
trabalho tem garantia, pelo prazo mínimo de 12 meses, à manutenção do seu contrato de
trabalho na empresa, após a cessação do auxílio doença acidentário. A não observância
dessa garantia incorre em indenização, não considerada em nossos cálculos pela falta de
dados estatísticos sobre sua ocorrência.
5) Face as indefinições quanto a sua implementação, a assistência gratuita aos filhos e
dependentes dos trabalhadores, desde o nascimento até 6 anos em creches e pré-escolas,
garantida através do artigo 7, inciso XXV da Constituição, não está sendo considerada no
cálculo.
6) Além do custo do auxílio enfermidade e afastamento por acidente de trabalho, é
necessário considerar ainda o complemento de benefício previdenciário, conforme cláusula
décima quarta da Convenção Coletiva de Trabalho de maio/2000 (São Paulo/SP), que
estabelece que "as empresas complementarão, até o limite do salário líquido do empregado,
o benefício previdenciário por motivo de doença ou acidente de trabalho, do décimo sexto ao
sexagésimo dia do afastamento". O custo não foi considerado na composição de Leis Sociais
devido a dificuldade em aferi-lo.
7) Após o cálculo dos custos diretos advindos da própria execução dos serviços, há
necessidade de uma previsão dos custos indiretos envolvidos na administração do negócio
da empresa executante. Tal previsão geralmente é feita com base na aplicação de uma
taxa sobre o total dos custos diretos (mão de obra, leis sociais inclusive, materiais e
equipamentos). A Taxa aplicada é chamada BDI -Benefícios e Despesas Indiretas pela
maior parte das empresas e órgãos públicos e poderá ou não incluir um lucro.
Os itens abaixo não são considerados em nosso estudo de Leis Sociais e devem ser
incluídos nas Despesas Indiretas:
- PIS/PASEP, pela sua similaridade com um imposto, uma vez que incide sobre as receitas
operacionais.
- COFINS, uma vez que incide sobre a Receita Bruta.