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Material de Apoio – Leitura Necessária e Obrigatória

Umbanda para Iniciantes


Desenvolvido e Ministrado por Rodrigo Queiroz
ICA - Instituto Cultural Aruanda I Bauru-SP

AULA 01 BLOCO 03 - Versão Digitada

SEITA OU RELIGIÃO?

Agora você entra no Templo, no Terreiro, e você vê as pessoas separadas em dois


ambientes. Você vê algumas cadeiras ou bancos, enfim, e isso nós chamamos de
consulência. E ali na consulência as pessoas vão chegando, se acomodando e há
normalmente uma cerca, uma paredinha, um portãozinho, que separa esse ambiente dos
consulentes, dos visitantes, ou aqueles que vão tomar passe, esperar acontecer o ritual.
E do outro lado, através de uma transparência de uma cortina que está ali normalmente,
você vê pessoas vestidas de branco, em circulo. Você consegue perceber nitidamente que
de um lado tem mulheres e do outro homens separados. Há algo diferente ai, há algo que
remete a um passado religioso também, a separação, do homem, da mulher naquele
ambiente. E ai você vê lá o fundo, um altar, ou congá, ou gongá, ou peji. Lá é onde estão
as imagens, tem santos católicos, tem índios, tem preto velhos, tem orixás
personificados. Pode ter até um buda gordinho, pode ter uma imagens de crianças, pode
ter bonecos, pode ter muitas coisas ali. Então você vê um universo icônico, uma
estrutura, uma pintura, esse monte de elementos em prateleirinhas, normalmente em
forma piramidal, que na ponta, no alto, no meio, em destaque Jesus. Jesus está lá, e vão
te dizer que na verdade, quem ali está é Oxalá. Aí você passou primeiro lá na porta
lembra? Tem toda aquela coisa cabulosa, aquelas sensações de: será que eu volto? Não é
melhor voltar? Entrou nesse ambiente e não vê uma identidade clara nova e diferente que
você está visitando, que falaram que era afro brasileira, que tinham coisas lá da África e
não é nada disso. Você sente um aroma gostoso, um aroma frutado de ervas e incensos.
Ai você olha ali e esta vendo aquele monte de referência religiosa e que de repente você
veio da religião católica, veio do catolicismo e isso já te remete a algo confortável, você

vê ali Nossa Senhora, você vê ali Santa Barbara. De repente você é corinthiano e vê São
Jorge ali grandão e fala: “nossa, tô no lugar bão aqui”. Você está olhando tudo isso, mas
isso tudo vai te causando estranhamento, porque tem aquela coisa mal resolvida na porta
e aqui agora vejo tudo meio santificado, as pessoas mais em silêncio, se organizando, se
posicionando, de branco, felizes, esperando algo acontecer. E de repente toca-se uma
sineta, rufa-se os tambores e uma fumaça toma conta do ambiente.
A defumação começou e as pessoas começam a cantar e a bater palma e se
movimentar no terreiro. Elas estão felizes. Você não entende o que elas cantam, não
compreende o que elas querem dizer, um monte de frasezinha, uma coisa muito a ver
com eles, mas pra você ainda é muito estranho, isso chama-se Ponto cantado. O ponto
cantado é o louvor, é a musicalidade sagrada do terreiro e esse é o nome que se dá para
a música sagrada do terreiro, é ponto cantado. Porque existe o ponto riscado. E ponto
significa isso mesmo, é pontuar, é fixar. Faço ponto riscado, eu risco e crio um ponto de
conversão, eu canto, e crio um ponto de conversão sonora, vibratória. Então é um
chamamento, você traz aquela energia que está falando: “Defuma com as ervas da
jurema, defuma com arruda e guiné. Alecrim, beijoim e alfazema. Vamos defumar filhos
de fé”. Normalmente canta-se melhor, é harmônico. E a ideia é essa, é você recitar,
determinar no verbo, transformar em verbo aquilo que você quer. Que aquela fumaça
proveniente da combinação do fogo, do ar, com um conjunto de ervas, conjunto de
elementos vegetais, rezados, separados e secados religiosamente, quando entra em
contato com aquela brasa, ele se propaga pelo ar e altera aquele ambiente. Você sente
isso, você sente quando essa fumaça aromática toma conta do ambiente, algo mexe em
você também, algo muda em você, e é real, algo está acontecendo em você. Você vai
entender quando pontuarmos essa questão. E canta-se então os pontos de defumação e
você vai ver as pessoas, normalmente um cambone ou o próprio sacerdote, vai em um por
um, e esse individuo que quando chega ali o turibulo, que é aquela latinha furada de
Nescau normalmente ou panela, chega até ele e este faz um gestual de cruzamento e
abertura de seu campo energético, ele se movimenta no seu eixo, faz um circulo para
receber essa fumaça sagrada purificadora, equilibradora, energizadora, tudo de bom,
envolve ele, e vai fazendo com todo mundo. E isso vai chegar lá na consulência, onde

você está sentado e você muito provavelmente vai reproduzir isso sem saber o que está
fazendo.
Você simplesmente faz assim (ver imagem vídeo). Vai se purificar o ambiente e as
pessoas. Esse é o ato primeiro do terreiro, 99% dos terreiros de Umbanda, o primeiro ato
que se faz é defumar o terreiro. Não se faz nada sem antes purificar o ambiente, limpar o
ambiente e atrair as coisas boas, para começar a falar com Deus, com os Orixás e com os
espíritos. Então, nessa hora, é provável que se abra aquela cortina, que separa você
nessa muretinha com as pessoas que estão lá. Provavelmente tem uma cortina na frente
da consulência e uma outra cortina lá na frente do congá. Isso não é claro, não é exato.
Tem terreiros que nem cortina tem, está tudo ok. Mas muitos tem e não quer dizer que
todos tenham dessa forma. As vezes tem só na frente do congá, não tem nada na
consulência , as vezes tem essas duas etapas. Isso faz parte do rito, o rito de abertura da
cortina, é um momento muito lindo, emocionante. Porque na hora que se canta: “Abre a
cortina eu quero ver Pai Oxalá. Abre a cortina eu quero ver Senhor Ogum. Quero ver
Senhor Oxóssi”. E ai é uma emoção. Para quem está ali já envolvido com o sagrado é uma
expectativa muito grande. Muito emocionante, porque se abre as cortinas é como se
abrisse a porta do céu, e então você vê Oxalá, você vê Ogum, vê Oxóssi, Yemanjá, é
muito bonito, muito emocionante. Isso vai criando uma sensação que você está se
deslocando da realizada. Você já esqueceu aquele estranhamento da porta, você já está
envolvido com algo completamente novo, diferente e é até estranho. Mas você sente um
bem estar, você quer ver Oxalá, você quer ver Yemanjá, você quer ver Ogum. Abre-se a
cortina e você está agora vendo e próximo do sagrado, do altar, do congá, do céu dos
umbandistas. Isso é muito lindo. Então estou narrando aqui para você as etapas que vai
acontecendo a abertura da gira. Abriu a cortina, está todo mundo limpo, purificado, é
provável que o dirigente, a mãe ou o pai de santo se volte para a consulência e troque
alguma idéia. Dê alguma palestra. É provável, não é uma regra, e não é tão comum. Mas
esta sendo cada vez mais comum a necessidade de voltar-se para o público e explicar o
que esta acontecendo ali, e muito provavelmente isso que eu acabei de te dizer você já
ouviu isso dentro do terreiro também. Vai explicar de repente sobre a gira, que tipo de
ritual será naquele dia. Depois da preleção volta-se todo mundo novamente para o rito e
faz-se a oração. Todo terreiro de Umbanda reza, e reza em um modelo mais catolicismo

mesmo. Não é naquele modelo mais protestante, de energia para o Deus ouvir, mas
também não é do jeitão candomblecista, somente no canto. No Candomblé não se reza,
não se para e faz um ato devocional de reza, tudo é reza, todos os cânticos são rezas, e é
assim que se reza, cantando o tempo todo, do começo ao fim.
Mas na Umbanda no momento para-se tudo, se faz o silêncio absoluto e um orador
que pode ser o dirigente na maioria das vezes, pode ser um médium escolhido por ele,
pode ser o Pai pequeno, a Mãe pequena, pode ser um cambone selecionado. Alguém fará
a oração, e essa oração pode ser uma oração pronta como o Pai Nosso, Ave Maria, uma
Prece de Cáritas, como pode ser uma oração livre. Normalmente é tudo isso misturado.
Faz uma oração livre, se reverencia as coisas do congá, do altar. Se faz uma oração mais
universal, porque ajuda. E tem uma estratégica para isso. Quando você faz um Pai Nosso,
todo mundo sabe o Pai Nosso, não importa quem está na consulência, de onde vem, sabe
rezar. Isso ajuda muito fazer com que os estranhos novos que estejam chegando no
terreiro, crie um link com aquele momento da reza e entre definitivamente para conexão
da concentração consagrada. Se fica rezando coisa que ele também não compreende, ele
continua deslocado, e ele não consegue fazer o link naquele momento tão rápido. Então
é isso, se faz oração, que se resume em pedir licença para o plano espiritual, para Deus,
para os Orixás, para os espíritos, para abrir a gira. Percebe que a oração é dividida nessas
etapas, pede-se licença e pede-se a benção.
Então pediu-se licença, licença concedida, benção, vamos começar. Ai começa o
rito de louvor, de exaltação, pode-se tocar o hino da Umbanda nessa hora, vai se tocar o
ponto de abertura da gira: “Vou abrir minha jurema. Vou abrir meu juremá”, “Eu abro a
nossa gira com Deus e Nossa Senhora. Eu abro a nossa gira, Zambi Olê, pembas de
Angola”. Esse é um ponto muito tradicional, já deve ter ouvido no terreiro que você
frequenta ou em algum lugar que você já visitou, e esse é um ponto que vou querer
explicar mais adiante, porque a maioria das pessoas cantam errado e nenhuma delas
entendem o que se está evocando aqui. “Eu abro a nossa gira...”, que é o ritual, que é o
culto, o trabalho espiritual. “...com Deus...”, que é universal. “...e Nossa Senhora...”,
que é cristão católico. “...Eu abro a nossa gira, Zambi...”, Deus de novo. “...pembas de
Angola”, são os mestres, são os sacerdotes lá em Angola. Então é uma remissão lá a
África. Com Deus Nossa Senhora, com os mestres. Então eu abro a Umbanda, eu abro a

nossa gira “uhull”, com o céu. Eu abro a nossa gira com tudo de bom, e é isso. O ponto
de abertura de gira é chave, é necessário, porque ali você dá o passo. Abri o trabalho
espiritual, eu rezei. Abri o trabalho espiritual, já dei os comandos. É tudo comando que
precisa existir dentro de uma liturgia. Depois disso saúda-se ou o Orixá da noite que está
regendo, o sacerdote sabe qual força que está regendo aquele dia, ou vai começar a
saudação das sete Linhas de Umbanda, e portanto sete Orixás que aquele terreiro cultua,
ou todos os Orixás que o terreiro cultua. Esse momento para alguns terreiros é rápido, ou
para alguns terreiros demora bastante. Canta individualmente para cada Orixá. Tudo isso
com o objetivo de atrair a vibração da divindade, do Orixá e ajudar as pessoas que estão
ali se deslocar da realidade, se deslocar de suas preocupações e entrar efetivamente para
o trabalho espiritual para a comunhão com o axé que o terreiro está movimentando ali.
Então, tem o ponto de sete linhas de Umbanda, sempre vai ter, e vai ter vários, e tem
um que é muito clássico: “Quem está de ronda é Ogum Megê. Quem rola as pedras é
Xangô Kaô. Flecha certeira é Oxóssi É. É é é. E Oxalá é meu Senhor. Ô ô ô. Sete Linhas
de Umbanda”. E sete linhas de Umbanda é um contraditório na religião. Todos saúdam
sete linhas de Umbanda, mas há muitas versões e interpretações que vem a ser a sete
linhas de Umbanda. Tema para as nossas próximas aulas. Então, saúda-se as sete linhas
de Umbanda que é uma coisa. Depois vai saudar os Orixás, vai saudar Exu. Vai todo
mundo, de repente, isso causa estranheza. De repente: “Laroyê Exu”, todo mundo vira as
costas para o altar. Parece que algo vai acontecer. Para quem está na consulência é
estranhíssimo. “Por que não estou vendo o que está acontecendo?”. De repente você
pode ver o sacerdote passando no meio das pessoas: “Ah, então ok. Não tem nada muito
estranho acontecendo”. Você vê que alguém vai ali para a porta, vai jogar pinga, vai
acender uma vela, ou colocar um padê, ali perto de algo que remete a Exu na entrada do
terreiro. Essa é a saudação a Exu, é um cumprimento, ninguém está matando nada nas
costas, ninguém está fazendo nada. Está todo mundo se voltando para a tronqueira, para
Exu que está guardando o terreiro e o ponto é disso. Não é chamada de Exu,
normalmente o ponto cantado reafirmando o pedido: Exu, cuide do terreiro, cuide do
nossa trabalho, cuide da nossa gente. Por exemplo um clássico: “Deixei meu sentinela
tomando conta da cancela. Deixei meu sentinela tomando conta da cancela. Deixei seu
Tranca Ruas tomando conta da cancela”. Então é isso, eu cheguei, deixei meu sentinela

lá tomando conta para quando eu voltar estar tudo bem. Tem um outro clássico: “ Estava
dormindo na beira do mar. Estava dormindo na beira do mar. Quando as almas me
chamou...”. Eu gosto desse ponto porque ele define muito as coisas. Vamos lá: “Quando
as almas me chamou, pra trabalhar. Quando as almas me chamou, pra trabalhar..”. Então
estava dormindo na beira do mar e os espíritos desse terreiro me chamou para trabalhar.:
“Acorda Tranca Ruas. Vai vigiar”. Então, me chamou para fazer a guarda do terreiro,: “O
inimigo está invadindo a porteira do curral”. Simbolicamente, porque essa coisa da zona
rural mesmo, da fazenda. O curral é o terreiro. Estão invadindo o terreiro, pode ter
inimigo querendo prejudicar as pessoas. “Põe a mão nas suas armas”. Tem pessoas que
cantam: “Põe a mão nas suas almas...”. Nossa, então ele é um escravizador. “Nas suas
ARMAS...”, seu tridente, seu punhal. “Vai vigiar. Bota inimigo pra fora para nunca mais
voltar. Bota inimigo pra fora para nunca mais voltar”. Preciso fundamentar. Quando está
todo mundo virado para a rua, para a Tronqueira, e cantando um ponto como esse,
chamando Exu para vigiar o terreiro. O que acontece no plano espiritual, o que está
acontecendo naquele momento realmente. Nesse momento realmente, entra o batalhão
de Exu que estava lá fora fazendo o cinturão de proteção. Ele entra para dentro do
terreiro nesse momento e os médiuns sentem, as pessoas sentem, percebem que algo
diferente acontecendo mesmo. Nessa hora a curimba fica bem enérgica, porque é toque
de guerrilha mesmo, para poder tirar o mal, tirar os cordões negativos, e as coisas que
estão perturbando as pessoas. Eles entram em batalhão e vão passando um por um
fazendo uma limpeza mais profunda, mais vital, de perturbações que possam estar
acontecendo, de espíritos que possam estar envolvido o campo espiritual da pessoa, que
é por isso de repente que a pessoa foi para o terreiro. Eles fazem essa varredura no
terreiro, saem e voltam para o cinturão de proteção, que é feito não só na frente do
terreiro, mas em todo perímetro de alguns quarteirões em volta do terreiro. De fato, no
plano espiritual acontece dessa forma. Nesse ponto aqui nós já saudamos Exu, já fizemos
a saudação as Linhas de trabalho, aos Orixás, abrimos a gira, agora vamos nos voltar de
novo para o Congá. E agora vai se cantar, pode cantar para o Orixá incorporar, pode-se
cantar ao Orixá de sustentação, pode-se cantar para a sustentação a Linha de trabalho.
Gira de Caboclo, vai cantar livre para a força de Caboclo em geral todos os caboclos. Vai-
se agora chamar para o sacerdote, para a hierarquia incorporar. O sacerdote incorpora,

os pais pequenos e mães pequenas incorporam, e depois os médiuns. Agora vai-se saudar
a Linha de trabalho que vai se manifestar no terreiro, e essa é a hora talvez mais
chocante de toda a experiência que você viveu até ali, até agora você está
contemplando, vendo tudo aquilo, achando graça, estranho, mas está ali. Agora você já
está envolvido. De repente toca-se um ponto para Caboclo por exemplo, e lá no pé do
Altar, alguém, que é o Pai de santo ou Mãe de santo e todo mundo se ajoelha, cria-se
uma expectativa no ambiente, e você vê de repente aquela pessoa se chacoalhar,
rodopiar e já não é mais ela. Ela grita, ela pula, ela bate no peito, vem alguém lá e dá
um charuto pra ela, dá um cocar, ela muito, não é mais ela. O que está acontecendo?
Onde ela foi parar? O espírito tomou ela. É possessão? Possuiu ela? É efeito Ghost, o
espirito dela saiu e outro espirito vestiu o corpo dela? É muito estanho. E você vê que a
pessoa está estranha. Ela anda mancando, ela fala estranho, ela cospe, fuma o charuto,
ela coloca o cocar, ela coloca colares, fica diferente, com a cara carrancuda. E ali
começa todo mundo incorporar. E você, ou sai correndo agora ou não sairá mais. Porque
começa todo mundo se chacoalhar, aquele barulho no terreiro. Caboclada gritando e
dançando pelo terreiro e muda completamente a atmosfera do ambiente. E é isso,
próximo passo é você tomar o passe e vamos falar disso mais adiante. Você precisa
entender aqui é que você está dentro de um ambiente religioso, dentro de um Templo
Sagrado e tudo o que está acontecendo ali, é sagrado. Você não está em uma seita, não
está em um ambiente de gente histérica. Você está em uma religião. Seita, é aquilo que
vem a ser um segmento pleno que faz protesto, faz contraditório a uma fonte de origem.
Ou seja, quando Lutero se revolta com a igreja católica por conta das vendas de
indulgência, ele rompe com a religião e vai criar um novo segmento, cria o
Protestantismo Luterano, que já existia algo parecido com o Calvino. Então, o movimento
calvinista e o movimento luterano era na verdade uma seita. Que é um grupo pequeno de
pessoas que praticam algo que tem uma fonte original, mas que não concorda com tudo e
modifica. É aquilo na essência, mas modifica em algumas questões. Isso é uma seita. É
que quando se fala seita, na mente vem a palavra demoníaca, vem na mente aquela
magia negra cabulosa, pessoas em roda com tridentes, umas estrelas de ponta cabeça,
uns bichos, sangue. Seita não é isso, isso é Magia negra. Outra pegada. Seita é isso,
fragmentos de uma religião primeira, maior. E tudo que começa como seita vai virar

religião no futuro, se ele se desenvolver e incorporar muito fiéis, ai vira religião. Hoje o
protestantismo é religião, mas surgiu como seita. A Umbanda não é contradição de
nenhuma outra crença religiosa, ela não vem de nenhuma outra religião. Ela nasce
genuinamente uma religião, ela surge como tal, religião. E vamos falar disso no próximo
bloco. O que é a Umbanda enquanto religião.

DIGITAÇÃO – Equipe Umbanda EAD


Este documento é uma transcrição literal do conteúdo da vídeo-aula

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