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Existem cerca de 40 000 espécies de aranhas, o que a torna a segunda maior ordem dos
Aracnídeos (atrás somente da ordem acari). As aranhas são um grupo particularmente
populoso. Em um acre de gramado em uma colina não remexida na Inglaterra
estimaram-se 2 265 000 indivíduos (BARNES e RUPPERT, 1994).
1. Morfologia e desenvolvimento
Aranhas possuem apenas dois segmentos corporais (ao contrário dos insetos, que
possuem três): o cefalotórax, ou prosoma, (resultado do tórax fundido com a cabeça) e o
abdômen chamado de opistosoma. Ambos são ligados por uma estreita haste chamada
de pedúlio. O corpo das aranhas é revestido por um exoesqueleto, uma estrutura rígida
formada principalmente por quinticona.
As aranhas possuem oito pernas (enquanto insetos possuem seis) e seus olhos são lentes
únicas, em vez de lentes compostas. Elas podem ter 8, 6, 4, 2 ou mesmo nenhum olho,
como no caso de algumas aranhas cavernícolas. Na cabeça têm dois pares de apêndices:
as quelíceras, em forma de ferrão, formadas por quitina negra com uma ponta muito
fina, e os pedipalpo (também chamados de palpos), que são utilizados para manipular
alimentos. A boca fica entre os palpos. Há vários tipos de aranhas, as venenosas e
aquelas que "saltam" querendo se proteger.
Dados interessantes:
As teias de uma aranha são 5 vezes mais fortes do que o aço no mesmo
diâmetro.
Além disso a teia pode ainda se esticar 4 vezes mais que seu comprimento
inicial.
As teias resistem a água e a temperaturas até -45°C sem se romperem.
A aranha poderia morrer presa em sua própria teia, mas sua pata é equipada com
pêlos que não permitem que isso aconteça.
Embora existam 40 000 espécies de aranhas, alguns estudiosos calculam até 100
000 espécies de aranhas.
Essas 35 000 espécies são divididas em mais de 100 famílias, sendo que apenas
20 a 30 espécies são consideráveis perigosas para o homem.
A maior aranha do mundo é a Theraphosa blondi e chega a medir até 20
centímetros de uma pata a outra, já a menor é a Patu digua que tem o tamanho da
cabeça de um alfinete.
Os filhotes aprendem a fabricar teia sozinhos.
Algumas aranhas sobem em pontos altos, liberam um fio de teia e se deixam
levar pelo vento. Assim elas povoam ilhas e continentes.
2. Taxonomia
Sub-Ordem Araneomorphae
Família Theridiidae.latrodectus
Latrodectus (Viuva-negra)
Família Ctenidae
Phoneutria (armadeira)
Família Sicariidae
Loxosceles (aranha-marrom)
Loxoceles (Loxosceles spp.) são aracnídeos venenosos, conhecidas por sua picada
necrosante. Elas são membros da família Sicariidae. Loxoceles aranhas-marrom têm um
comprimento total de cerca de 7-12 mm (um terço disso sendo o corpo, de coloração
típicamente marrom) e seis olhos - organizados aos pares - na cor branca. Algumas
apresentam o desenho de uma estrela no cefalotórax. De teias irregulares, têm como
característica a peregrinação noturna e a alta atividade no verão. Durante o dia
permanecem escondidas sob cascas de árvores e folhas secas de palmeira - na natureza -
ou atrás de móveis, em sótãos porões e garagens - no ambiente doméstico. São
catalogadas 30 espécies para o continente em questão. Algumas delas são: Loxosceles
similis (Moenkhaus, 1898) Primeira espécie de Loxosceles encontrada no Brasil. Vive
nos estados do Pará (belém), Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Conhecida
também por L. surata (Simon, 1907). Loxosceles amazonica (Gertsch, 1967) Encontrada
no Norte e no Nordeste do Brasil. Tem o colorido marrom, com o cefalotórax e pernas
menos pigmentadas, além do abdome mais próximo ao preto. Loxosceles gaucho
(Gertsch, 1967) Encontrada na Tunísia e no Brasil (São Paulo, Minas Gerais, Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Loxosceles intermedia (Mello-leitão, 1964)
Encontrada na Argentina e no Brasil (região Sudeste, Sul e no estado de Goiás).
Conhecida também por L. ornatus (Mello-Leitão, 1938) e L. ornata (Mello-Leitão,
1941). Loxosceles laeta (Nicolet, 1849) Encontrada na América do Sul (No Brasil na
região Sul, Sudeste e no estado da Paraíba), Finlândia e Austrália. Conhecida também
por L. bicolor (Holmberg, 1876), L. longipalpis (Banks, 1902), L. nesophila
(Chamberlin, 1920) e L. yura (Chamberlin & Ivie, 1942) Loxosceles adelaida (Gertsch,
1967) Encontrada no Brasil (São Paulo e Rio de Janeiro), Paraguai e Argentina.
Loxosceles hirsuta (Mello-leitão, 1961) Encontrada no Brasil (São Paulo, Paraná, Rio
Grande do Sul e Minas Gerais), Paraguai e Argentina. São aranhas pouco agressivas,
dificilmente atacam pessoas. As picadas ocorrem como forma de defesa, quando macho
ou fêmea (ambos peçonhentos) são comprimidos contra o corpo, durante o sono, no
momento do uso das vestimentas (calçando um sapato, por exemplo) ou no manuseio de
objetos de trabalho (como enxadas e pás guardadas em locais escuros). No ato da picada
há pouca ou nenhuma dor e a marca é praticamente imperceptível. Depois de 12 a 14
horas ocorre um inchaço acompanhado de vermelhidão na região (edema e eritema,
respectivamente), que pode ou não coçar. Também pode ocorrer escurecimento da urina
e febre. Os dois quadros distintos conhecidos são o loxoscelismo cutâneo (o que
normalmente ocorre, onde há a picada na pele) e o cutâneo-visceral (com lesão cutânea
associada a uma hemólise intravascular).
Com o avanço (sem tratamento) da picada, o veneno (dependendo da quantidade
inoculada) pode causar necrose do tecido atingido, falência renal e, em alguns casos,
morte. Somente foram detectados casos de morte - cerca de 1,5% do total - nos
incidentes com L. laeta e L. intermedia. O predador natural da Aranha-Marrom
(Loxosceles sp.) é a lagartixa (Hemidactylus mabouia), encontrada andando por paredes
e tetos de casas. Porém a lagartixa vem sendo dizimada com o avanço urbano e por ação
humana. Por conta disso a Aranha-Marrom se reproduz livremente. A região sul do
Brasil (Paraná principalmente) tem sofrido com o ataque destas aranhas, cerca de 3000
acidentes somente em 2004. Um relatório de um Instituto de Saúde de Minas Gerais,
mostra que foram encontradas aranhas marrons do gênero Loxosceles em algumas casas
da Grande Belo Horizonte, onde esta aranha estaria extinta desde 1917, e teoricamente
somente existiria em cavernas.
Sub-Ordem Mesothelae
Mesothelae é uma subordem da ordem Araneae que inclui três famílias, das quais duas
estão extintas: Arthrolycosidae, Arthromygalidae e Liphistiidae, sendo esta última a
única que ainda permanece. Esta subordem forma um grupo que representa as aranhas
mais antigas e primitivas historicamente, caracterizadas pela região abdominal
segmentada (tergitos segmentares dorsais), uma singularidade determinante. Elas
possuem dois pares de pulmões foliáceos (o par anterior se junta ao sulco epigástrico,
onde se encontra também o epigínio), que se apresentam externamente por quatro
fendas (espiráculos) na parte ventral do abdome. Possuem quelíceras ortognatas (que se
movem apenas no plano longitudinal) e quatro pares de fiandeiras. Sua distribuição é
dada nos países asiáticos.
Sub-Ordem Mygalomorphae
Mygalomorphae (Caranguejeiras)
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Chelicerata
Classe: Arachnida
Subclasse: Acarina
Superordem: Parasitiformes
Ordem: Ixodida
Superfamília: Ixodoidea
Família: Ixodidae e Argasidae
O controle deste vetor pode ser feito através da aplicação de acaricidas nas paredes e
pisos das instalações, aplicação de banhos carrapaticidas, sendo que este é mais prático
para animais domésticos, enquanto que para grandes animais, podem ser usados pour-on
(forma de apresentação do carrapaticida) em seu dorso, realizando também limpeza das
pastagens, mudando sua vegetação, realizando calagem e drenagem que contribuem
para uma redução na carga parasitária presente na pastagem.
Fontes:
Parasitologia Veterinária - J. da Silva Leitão - Vol I
http://w3.ufsm.br/parasitologia/arquivospagina/metastigmata.htm Acesso em:
08/06/2017.