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Aranhas

As Aranhas são animais artrópodes pertencentes à ordem Araneae da classe dos


aracnídeos. A ordem Araneae está dividida em três subordens: a Mygalomorphae
(aranhas primitivas), a Araneomorphae (aranhas modernas) e a Mesothelae, a qual
contém apenas a Família Liphistiidae, constituída de aranhas asiáticas raramente
avistadas.

Existem cerca de 40 000 espécies de aranhas, o que a torna a segunda maior ordem dos
Aracnídeos (atrás somente da ordem acari). As aranhas são um grupo particularmente
populoso. Em um acre de gramado em uma colina não remexida na Inglaterra
estimaram-se 2 265 000 indivíduos (BARNES e RUPPERT, 1994).

As aranhas distinguem-se dos insetos pelas seguintes características:

 têm quatro pares de pernas;


 não possuem asas ou antenas;
 seu corpo divide-se em duas partes (cefalotórax e abdómen);
 produzem uma seda ou teia.

O estudo das aranhas chama-se aracnologia.

1. Morfologia e desenvolvimento

Aranhas possuem apenas dois segmentos corporais (ao contrário dos insetos, que
possuem três): o cefalotórax, ou prosoma, (resultado do tórax fundido com a cabeça) e o
abdômen chamado de opistosoma. Ambos são ligados por uma estreita haste chamada
de pedúlio. O corpo das aranhas é revestido por um exoesqueleto, uma estrutura rígida
formada principalmente por quinticona.

As aranhas possuem oito pernas (enquanto insetos possuem seis) e seus olhos são lentes
únicas, em vez de lentes compostas. Elas podem ter 8, 6, 4, 2 ou mesmo nenhum olho,
como no caso de algumas aranhas cavernícolas. Na cabeça têm dois pares de apêndices:
as quelíceras, em forma de ferrão, formadas por quitina negra com uma ponta muito
fina, e os pedipalpo (também chamados de palpos), que são utilizados para manipular
alimentos. A boca fica entre os palpos. Há vários tipos de aranhas, as venenosas e
aquelas que "saltam" querendo se proteger.

Ao contrário do que muitos pensam as aranhas não são insetos.

Juntamente com os escorpiões, os carrapatos e os ácaros, as aranhas pertencem à classe


Arachnida (aracnídeos), ao filo Arthropoda (artrópodes) (que inclui além dos
aracnídeos, a classe dos insetos, dos crustáceos e outras) e subfilo Chelicerata
(quelicerados).
Origem da palavra aranha: Surgiu de uma lenda grega, a tecelã Aracne desafiou a deusa
Atena e como castigo foi transformada em aranha.

Dados interessantes:

 As teias de uma aranha são 5 vezes mais fortes do que o aço no mesmo
diâmetro.
 Além disso a teia pode ainda se esticar 4 vezes mais que seu comprimento
inicial.
 As teias resistem a água e a temperaturas até -45°C sem se romperem.
 A aranha poderia morrer presa em sua própria teia, mas sua pata é equipada com
pêlos que não permitem que isso aconteça.
 Embora existam 40 000 espécies de aranhas, alguns estudiosos calculam até 100
000 espécies de aranhas.
 Essas 35 000 espécies são divididas em mais de 100 famílias, sendo que apenas
20 a 30 espécies são consideráveis perigosas para o homem.
 A maior aranha do mundo é a Theraphosa blondi e chega a medir até 20
centímetros de uma pata a outra, já a menor é a Patu digua que tem o tamanho da
cabeça de um alfinete.
 Os filhotes aprendem a fabricar teia sozinhos.
 Algumas aranhas sobem em pontos altos, liberam um fio de teia e se deixam
levar pelo vento. Assim elas povoam ilhas e continentes.

2. Taxonomia

Sub-Ordem Araneomorphae

Araneomorphae é uma sub-ordem da classe Arachnida, onde são classificadas a maioria


das aranhas comuns e as mais venenosas (aranhas peçonhentas). O grupo distingue-se
da sub-ordem Mygalomorphae, que inclui as tarântulas, pelas quelíceras que apontam
diagonalmente para fora.

Família Theridiidae.latrodectus
Latrodectus (Viuva-negra)

Latrodectus conhecidas popularmente por viúva-negra, aranha ampulheta ou


flamenguinha. A viúva-negra (Latrodectus mactans) é uma espécie de aranha teridiídea,
distribuída por toda a América, a fêmea possui coloração negra, com larga mancha
vermelha no abdome, e cerca de 1 cm de comprimento. O nome provém do fato de a
fêmea geralmente se alimentar do macho após a cópula. Sua picada é muitas vezes fatal.
No Brasil, é encontrada atualmente, próxima ao mar, sobretudo em praias pouco
frequentadas. É amplamente encontrada em torno da baía de Guanabara. Por ser uma
aranha muito conhecida no Brasil e por saber-se que seu veneno é muito forte, há a
alusão de que esta é a aranha mais venenosa que existe. Porém, mesmo no Brasil,
existem dois gêneros considerados de maior perigo: a aranha-marrom (Loxosceles sp.),
e a armadeira (Phoneutria sp.), sendo esta última considerada por muitos a aranha mais
peçonhenta do mundo, ambas encontradas em praticamente todo o país. A viúva-negra
também é conhecida pelo nome de aranha-do-linho. Os sintomas da picada costumam
aparecer entre 40 e 60 minutos após o ataque e se caracterizam por sudorese (eliminação
excessiva de suor nas glândulas e perda de calor), dor local intensa, dor no abdômen e
em casos graves, choques. A viúva-negra tem esse nome pois ela mata seu parceiro
sexual depois deles realizarem o ato sexual. As viúvas-negras podem tecer teias.
Costumam a ficar em ambientes escuros e frescos.

Família Ctenidae

Phoneutria (armadeira)

Phoneutria (ver tratamento), A armadeira, também conhecida como aranha macaco ou


aranha de bananeira, é a designação comum às aranhas do gênero Phoneutria (do grego
phoneútria: assassina), da família dos ctenídeos. O nome comum armadeira vem da sua
atitude invariável de ataque, com as patas dianteiras erguidas. Originárias da região sul-
americana, com um corpo de 3,5 cm a 5 cm e pernas de até 17 cm de envergadura
(fêmea). São altamente agressivas e peçonhentas, pois produzem um veneno cujo
componente neurotóxico é tão potente que apenas 0,006 mg é suficiente para matar um
rato. Frequentemente entram em habitações humanas à procura de alimento, parceiros
sexuais ou mesmo abrigo, escondendo-se em roupas e sapatos. Quando incomodadas,
picam furiosamente diversas vezes, e centenas de acidentes envolvendo essas espécie
são registrados anualmente: são responsáveis por aproximadamente 42% dos casos de
picadas por aracnídeos notificados no Brasil. É considerada a aranha mais venenosa do
mundo, segundo o Guiness Book, devido a potência do seu veneno de ação neurotóxico.
No Brasil, é a segunda aranha que mais causa acidentes, perdendo apenas para a
Aranha-marrom, porém, ao contrário da loxosceles, é extremamente agressiva, razão
pela qual não se aconselha nem se permite sua criação em cativeiro. A peçonha da
Phoneutria é composta por polipeptídeos básicos, além de histamina e serotonina. Sua
ação é neurotóxica e cardiotóxica. A ação neurotóxica ocorre no SNC, mais
precisamente nos canais de sódio, provocando despolarizações nas terminações
nervosas, (sinapses) sensitivas e motoras, fibras musculares e no sistema nervoso
autônomo, induzindo a liberação de neurotransmissores (principalmente a acetilcolina e
catecolaminas. A ação cardiotóxica interfere na atividade contrátil do músculo liso,
ativação do sistema de calicreína tissular, ativação de fibras sensoriais e esvaziamento
gástrico.

Família Sicariidae

Loxosceles (aranha-marrom)

Loxoceles (Loxosceles spp.) são aracnídeos venenosos, conhecidas por sua picada
necrosante. Elas são membros da família Sicariidae. Loxoceles aranhas-marrom têm um
comprimento total de cerca de 7-12 mm (um terço disso sendo o corpo, de coloração
típicamente marrom) e seis olhos - organizados aos pares - na cor branca. Algumas
apresentam o desenho de uma estrela no cefalotórax. De teias irregulares, têm como
característica a peregrinação noturna e a alta atividade no verão. Durante o dia
permanecem escondidas sob cascas de árvores e folhas secas de palmeira - na natureza -
ou atrás de móveis, em sótãos porões e garagens - no ambiente doméstico. São
catalogadas 30 espécies para o continente em questão. Algumas delas são: Loxosceles
similis (Moenkhaus, 1898) Primeira espécie de Loxosceles encontrada no Brasil. Vive
nos estados do Pará (belém), Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Conhecida
também por L. surata (Simon, 1907). Loxosceles amazonica (Gertsch, 1967) Encontrada
no Norte e no Nordeste do Brasil. Tem o colorido marrom, com o cefalotórax e pernas
menos pigmentadas, além do abdome mais próximo ao preto. Loxosceles gaucho
(Gertsch, 1967) Encontrada na Tunísia e no Brasil (São Paulo, Minas Gerais, Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Loxosceles intermedia (Mello-leitão, 1964)
Encontrada na Argentina e no Brasil (região Sudeste, Sul e no estado de Goiás).
Conhecida também por L. ornatus (Mello-Leitão, 1938) e L. ornata (Mello-Leitão,
1941). Loxosceles laeta (Nicolet, 1849) Encontrada na América do Sul (No Brasil na
região Sul, Sudeste e no estado da Paraíba), Finlândia e Austrália. Conhecida também
por L. bicolor (Holmberg, 1876), L. longipalpis (Banks, 1902), L. nesophila
(Chamberlin, 1920) e L. yura (Chamberlin & Ivie, 1942) Loxosceles adelaida (Gertsch,
1967) Encontrada no Brasil (São Paulo e Rio de Janeiro), Paraguai e Argentina.
Loxosceles hirsuta (Mello-leitão, 1961) Encontrada no Brasil (São Paulo, Paraná, Rio
Grande do Sul e Minas Gerais), Paraguai e Argentina. São aranhas pouco agressivas,
dificilmente atacam pessoas. As picadas ocorrem como forma de defesa, quando macho
ou fêmea (ambos peçonhentos) são comprimidos contra o corpo, durante o sono, no
momento do uso das vestimentas (calçando um sapato, por exemplo) ou no manuseio de
objetos de trabalho (como enxadas e pás guardadas em locais escuros). No ato da picada
há pouca ou nenhuma dor e a marca é praticamente imperceptível. Depois de 12 a 14
horas ocorre um inchaço acompanhado de vermelhidão na região (edema e eritema,
respectivamente), que pode ou não coçar. Também pode ocorrer escurecimento da urina
e febre. Os dois quadros distintos conhecidos são o loxoscelismo cutâneo (o que
normalmente ocorre, onde há a picada na pele) e o cutâneo-visceral (com lesão cutânea
associada a uma hemólise intravascular).
Com o avanço (sem tratamento) da picada, o veneno (dependendo da quantidade
inoculada) pode causar necrose do tecido atingido, falência renal e, em alguns casos,
morte. Somente foram detectados casos de morte - cerca de 1,5% do total - nos
incidentes com L. laeta e L. intermedia. O predador natural da Aranha-Marrom
(Loxosceles sp.) é a lagartixa (Hemidactylus mabouia), encontrada andando por paredes
e tetos de casas. Porém a lagartixa vem sendo dizimada com o avanço urbano e por ação
humana. Por conta disso a Aranha-Marrom se reproduz livremente. A região sul do
Brasil (Paraná principalmente) tem sofrido com o ataque destas aranhas, cerca de 3000
acidentes somente em 2004. Um relatório de um Instituto de Saúde de Minas Gerais,
mostra que foram encontradas aranhas marrons do gênero Loxosceles em algumas casas
da Grande Belo Horizonte, onde esta aranha estaria extinta desde 1917, e teoricamente
somente existiria em cavernas.

Sub-Ordem Mesothelae

Mesothelae é uma subordem da ordem Araneae que inclui três famílias, das quais duas
estão extintas: Arthrolycosidae, Arthromygalidae e Liphistiidae, sendo esta última a
única que ainda permanece. Esta subordem forma um grupo que representa as aranhas
mais antigas e primitivas historicamente, caracterizadas pela região abdominal
segmentada (tergitos segmentares dorsais), uma singularidade determinante. Elas
possuem dois pares de pulmões foliáceos (o par anterior se junta ao sulco epigástrico,
onde se encontra também o epigínio), que se apresentam externamente por quatro
fendas (espiráculos) na parte ventral do abdome. Possuem quelíceras ortognatas (que se
movem apenas no plano longitudinal) e quatro pares de fiandeiras. Sua distribuição é
dada nos países asiáticos.

Sub-Ordem Mygalomorphae

Mygalomorphae (Caranguejeiras)

Mygalomorphae (ou Orthognatha) (ver tratamento) é uma sub-ordem de aranhas, onde


se classificam as Caranguejeiras (conhecidas na américa do norte por Tarantula),
aranha-pedreiro ou aranhas-de-alçapão. Estas aranhas têm hábitos variados, as
caranguejeiras são errantes e nem sempre constroem abrigos, ja as aranhas de alçapão
constroem longas galerias no solo, com a abertura fechada por uma tampa com
dobradiça de seda. A tarântula ou caranguejeira é uma aranha da família Theraphosidae
que se caracteriza por ter patas longas com duas garras na ponta, e corpo revestido de
pelos. As tarântulas habitam as regiões temperadas e tropicais das Américas, Ásia,
África e Oriente Médio. Enquanto estão crescendo, têm uma fase de troca de pele
chamada ecdise. Apesar do tamanho e aspecto sinistro, as tarântulas não são perigosas
para a espécie humana, uma vez que não produzem toxinas nocivas ao homem, por isso
são eventualmente criadas como animais de estimação. Uma de suas defesas são os
pêlos urticantes de suas costas e abdômen, que irritam a pele do possível predador.

Em média atingem de 15 cm a 25 cm de comprimento com as pernas estendidas, mas


existem espécies que podem chegar até 30 cm, como é o caso da tarântula-gigante-
comedora-de-pássaros (Theraphosa blondi) da América do Sul. As tarântulas têm um
ciclo de vida longo e levam de 2 a 5 anos para atingir a maturidade sexual. Os machos
morrem normalmente após o acasalamento, alcançando 5 a 7 anos de vida. Antes de se
tornarem adultas, as tarântulas têm de comer diariamente, exceto no período de sua
troca de pele, quando há um jejum de, em média, dez dias antes e de sete dias depois.
Quando já são adultas podem passar por longos períodos sem comer. Foram registrados
casos de longevidade de fêmeas em cativeiro com até 25 anos. As tarântulas são animais
solitários e noctívagos. Alimentam-se de pequenos animais, que nas espécies maiores
podem incluir pequenos pássaros, roedores ou anfíbios. Todas as espécies de tarântulas
apresentam canibalismo. A maioria das Tarântulas não se afasta de sua toca, nem
mesmo para se alimentar, pois sentem a presença das presas pela vibração do solo. O
macho normalmente é quem faz as viagens mais longas para buscar as fêmeas. As tocas
são normalmente subterrâneas, cavadas por suas mandíbulas, ou até mesmo aproveitada
de outras aranhas ou roedores. São forradas com sua teia formando uma seda, o que
arrefece o esconderijo. Geralmente ficam próximas a raízes de árvores e pedras, e
podem chegar até 1 metro de profundidade. Existem espécies que também são arbóreas
— não necessitam ir ao solo durante toda sua vida, e fazem tocas em buracos nas
árvores. O acasalamento das tarântulas é como o da maioria das aranhas. Uma diferença
é que o macho tem ganchos para prender as presas das fêmeas no ato sexual. Os macho
têm seus pedipalpos modificados para a cópula. Normalmente o macho foge logo após o
ato, antes que a fêmea recubra seu apetite, e morre poucos meses depois, devido a seu
curto ciclo de vida. A fêmea armazena o esperma vivo num órgão especial, até chegar a
época de botar os ovos. As fêmeas depositam entre 50 a 200 ovos num saco de seda que
incubam por cerca de 6 semanas. Os ovos são bem grandes, e o saco pode chegar a ficar
do tamanho de um limão. Os filhotes já nascem com um bom tamanho. Após o
nascimento as pequenas tarântulas não recebem cuidados parentais, ficam pouco tempo
na toca e logo depois se dispersam.
Carrapatos

Os carrapatos são artrópodes ectoparasitas (parasitas externos), ou seja, vivem na


superfície do corpo de um hospedeiro (animais domésticos, animais silvestres e o
homem) e são também hematófagos, ou seja, se alimentam do sangue de seus
hospedeiros. Sendo assim, possuem uma grande importância como vetores de agentes
patogênicos, como protozoários, bactérias e vírus, entre outros. O seu formato vai
depende se o parasita está ingurgitado (cheio de sangue) ou não. Quando está neste
estado, ele apresenta-se em um formato quase oval, enquanto que antes de sugar o
sangue do seu hospedeiro, ou quando sugou pouco sangue ainda, o corpo do animal
apresenta-se plano.

Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Chelicerata
Classe: Arachnida
Subclasse: Acarina
Superordem: Parasitiformes
Ordem: Ixodida
Superfamília: Ixodoidea
Família: Ixodidae e Argasidae

Estes artrópodes são classificados em duas famílias: Ixodidae e Argasidae. Os machos


ixodideos possuem um escudo dorsal quitinoso, sendo conhecidos como “carrapatos
duro”, enquanto que nas fêmeas, larvas e ninfas, esse escudo cobre apenas a região
anterior do corpo, permitir assim a dilatação do abdômen após a alimentação, já que as
fêmeas se alimentam muito mais do que os machos. Devido a esta diferença no escudo,
fica evidente o dimorfismo sexual. As espécies de maior interesse veterinário estão
dentro deste grupo, como por exemplo, as espécies Rhipicephalus
(Boophilus) microplus e Rhipicephalus sanguineus.

Os argasídeos não possuem este escudo quitinoso e recebem a denominação de


“carrapatos moles”. Como não possuem o escudo dorsal, o dimorfismo sexual é muito
pouco acentuado. Também são responsáveis pela disseminação de doenças, pois
albergam espiroquetas no seu organismo, transmitindo- os aos seus hospedeiros.
Possuem hábitos noturnos e durante o dia, escondem-se em fendas nas paredes e pisos,
vivem nos galinheiros, estábulos, pocilgas, pombais, habitações humanas e em outros
locais que apresentam a possibilidade de se esconderem. São extremamente resistentes à
fome, podendo viver até cinco anos sem se alimentar. As espécies de importância
pertencentes a esta família são: Argas sp, parasitando aves; Ornithodorus sp,
parasitando animais doméstico e o homem também; e Otobius sp, parasita
de ruminantes, equinos, suínos, caninos e até mesmo o homem.

Basicamente, o ciclo evolutivo deste parasita se passa da seguinte maneira: após a


fêmea se alimentar, ela deposita seus ovos próximo ao solo, sendo que quando acaba o
período de ovo posição as fêmeas ixodidaes morrem, enquanto que as argasidaes
permanecem vivas. Em seguida o ovo passa para o estado de larva e estas sobem na
vegetação e esperam a passagem do hospedeiro, transferindo-se para eles. Após se
alimentarem do hospedeiro, as larvas sofrem a muda passando para o estádio de ninfa.
Esta última alimenta-se, ficando ingurgitada, sofrendo nova muda e tornando-se adulta.
Dependendo da espécie, este ácaro pode ser monóxeno, ou seja, realiza todas as suas
mudas no mesmo hospedeiro, alimentando-se apenas dele, ou heteróxeno, possuindo
mais de um hospedeiro realizando as mudas no solo.

O controle deste vetor pode ser feito através da aplicação de acaricidas nas paredes e
pisos das instalações, aplicação de banhos carrapaticidas, sendo que este é mais prático
para animais domésticos, enquanto que para grandes animais, podem ser usados pour-on
(forma de apresentação do carrapaticida) em seu dorso, realizando também limpeza das
pastagens, mudando sua vegetação, realizando calagem e drenagem que contribuem
para uma redução na carga parasitária presente na pastagem.

Fontes:
Parasitologia Veterinária - J. da Silva Leitão - Vol I
http://w3.ufsm.br/parasitologia/arquivospagina/metastigmata.htm Acesso em:
08/06/2017.

http://www.cobrasbrasileiras.com/aranhas.html Acesso em: 08/06/2017.

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