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fundamenta��o do Direito Natural que tinha como refer�ncia a natureza e suas leis,
com
express�es de costumes de tal modo que n�o seria demais afirmar que as mesmas leis
(costumes) que valiam para o cosmos, para os animais e plantas deveriam valer
tamb�m para os homens.
Na modernidade surge a separa��o destas inst�ncias afirmando que o homem possui uma
natureza espec�fica, distinta das demais criaturas sendo, portanto, requerido um
tratamento diferenciado, governado por leis pr�prias.Surgindo a necessidade de
abordar uma vis�o integrada das duas escolas, defendendo que n�o se deve pens�-las
de forma totalmente antag�nicas mas sim, como suportes uma da outra.
N�o podemos deixar de falar da hist�ria sem retroceder de forma a contemplar aquele
que forneceu a base cient�fica na qual o juspositivismo est� solidificado que � o
idealismo.
O conto de Plat�o se passa dentro de uma caverna, onde habitam seres humanos que
jamais viram o mundo exterior, estando toda a sua exist�ncia a contemplar apenas as
sombras e ouvir os murm�rios daqueles que passam do lado de fora. Esta sobrevida de
seres humanos, acorrentados na escurid�o, � uma refer�ncia � ignor�ncia do homem,
que apenas atrav�s do conhecimento, ao sair das trevas e adentrar na luz, � capaz
de conhecer a verdade, que habita o mundo das id�ias. Al�m disto, Plat�o afirma que
a ignor�ncia leva o homem a cometer o mal, sendo o mundo das id�ias, portanto, o
mundo do bem e da �tica, ci�ncia que vamos abordar mais adiante neste trabalho.
O idealismo plat�nico iria s�culos depois desembocar no idealismo alem�o, que teve
na figura de Immanuel Kant o seu fundador. Kant defendia, assim como Plat�o, um
mundo ideal e fict�cio, regido por normas jur�dicas, as quais garantiriam a
liberdade individual de cada pessoa. Atrav�s deste mundo idealizado, o ser humano
poderia pautar suas a��es e viver em paz atrav�s da obedi�ncia �s normas, que eram
presumivelmente a vontade de todos. A partir desta no��o kantiana do ordenamento
jur�dico, Hans Kelsen lapida ainda mais o conceito de norma jur�dica, o que
terminar� por nortear toda a sua principal obra: a Teoria Pura do Direito. Kelsen
ir� metodizar ainda mais a obra de Kant, conferindo-lhe uma maior concretude e
aplica��o emp�rica, ampliando os seus horizontes, da mesma forma que �mile Durkheim
confere m�todo a Auguste Comte, na Sociologia, e de Emilio Betti � Schleiermacher,
na Hermen�utica.