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Introdução à Filosofia da mente e da linguagem ≡ (sse)
André Abath ∀ (quantificador universal)
∃ (quantificador existencial)
⊤ (tautologia)
07/03 ⊥ (falso; contradição)
Apresentação do programa de curso ⊢ (acarreta, prova que)
⊨ (acarreta)
Textos:
12/03
O Pensamento (Frege)
Saussure
Sentido e referência
Imagens mentais não podem funcionar numa teoria que almeja a verdade.
Distinguem-se:
1. a apreensão do pensamento - o pensar;
2. o reconhecimento da verdade do pensamento - o julgar4;
3. a manifestação deste juízo - o asserir. [p. 5]
Marcadores temporais
Ontem, hoje, amanhã
Frege: Nomes próprios = descrições.
12/03
Descritivismo Nomes próprios são descrições.
Descrições Modo de designação
Um símbolo pode ser compartilhado por muitos.
Sentido precisa [ser compartilhado por muitos].
A.A.
Puzzles de Frege
1. Identidade
(nega que sentidos são os próprios objetos)
2. Atitude proposicional
Nomes sem-referência
Teoria de frege não consegue lidar.
21/03
Nomear e necessidade
Nomear
Nome próprio.
Relações entre nomes e descrições definidas: <o x tal que !x>
Ex: “O homem que corrompeu Hadleyburg”.
O homem = Referente.
A) O governador da Paraíba
Witt question:
Que descrições são necessárias para saber quem Moisés foi?
26/03
Conceito-feixe (Cont.)
Kripke é um essencialista.
Designadores rígidos
[preencher]
120
28/03
C) Para qualquer teoria satisfatória, a explicação por ela fornecida não deve ser
circular. As propriedades usadas no escrutínio não devem envolver elas próprias a
noção de referência de uma maneira que, em última análise, não seja eliminável.
PARA KRIPKE: 6 É FALSO.
02/04
6) O enunciado <<Se X existe, então X tem a maioria das (p's>> expressa uma verdade
necessária (no idiolecto do falante). Para quem não considere que o feixe faz parte do
significado do nome, (6) não tem de ser uma tese da teoria. Uma tal pessoa poderia
pensar que, embora determine a referencia de <<Aristóteles>> como o homem que
tinha a maior parte das propriedades (p, ha com certeza, ainda assim, situações
possíveis em que Aristóteles não teria tido a maior parte das propriedades (p.
[p. 134]
09/04
[atrasado]
Putnam
Composição química
11/04
Terra gêmea
Quine? Negar o essencialismo. Negar que o H2O seja água. (o que está no Kripke)
Prova
2 teses
Pq os 3 exemplos refutam as teses
Para dizer que o sentido é um conteúdo mental, um defensor dessa tese teria que
explicar como, dado que ambos os indivíduos possuem o mesmo sentido em mente,
eles, ainda sim, designariam coisas diversas no mundo. Isto é, deveriam definir algo que
permita determinar a diferença, ainda no âmbito do estado mental, entre aquilo a que se
referem (H2O e XYZ) na sua relação com o mundo. Desse modo, tem-se que o sentido
não pode ser determinado pelos estados mentais.
25/04
Kripke (aula 2)
[...]
Tais identidades são separáveis de quaisquer sensações subjetivas que possam estar
envolvidas na percepção do calor, da água e da luz.
Tese geral:
Tudo o que existe é de natureza física.
Teses específicas:
Sobreveniência
Dada a tese fisicalista, temos que tudo o que existe não apenas depende do físico, mas é constituído
pelo físico, no sentido que não pode haver uma diferença entre duas coisas (ou eventos, ou processos)
sem que haja uma diferença física entre elas. É de praxe denominar essa relação de “sobrevivência”.
Como diz David Lewis (1986, p. 15), “sobreveniência quer dizer que não poderia haver diferença de
um tipo sem diferença de outro tipo”. Portanto, de acordo com a tese fisicalista, tudo sobrevêm ao
físico, no sentido de que nada que existe pode diferir sem que difira fisicamente.
Materialismo reducionista
[...]
A.A.: Porém, no caso de identidades teóricas necessárias, como no caso do calor, pode
haver calor sem sensações de calor, e sensações de calor sem calor, desde que a física
do calor esteja presente.
Sentimento (?)
Qualia
Porén, “dor” é um designador rígido (captura a propriedade de ser uma dor, uma certa
sensação, em todos os mundos possíveis. O estado cerebral também deve ser.
Funcionalismo
Possível resposta de D. Lewis [A teoria de identidade mente-corpo]
https://plato.stanford.edu/entries/mind
[P]: (Mad Pain and Martian Pain) -identity/
[Fisicalismo – e Kripke]
https://plato.stanford.edu/entries/physi
calism/
02/05
Dualismo Cartesiano
“Mas não conheço ainda claramente o que sou. Eu que estou certo que sou.”
Argumento
Lei de Leibniz
Se A e B possuem as mesmas propriedades, são a mesma coisa, assim, se A e B são a
mesma coisa, então não se pode afirmar algo de A sem afirmá-lo também de B.
Problema: A lei de Leibniz não se aplica aqui: ela não trata de verbos mentais
intencionais/relacionais como “duvidar”, “ser engraçado”, etc. (Ex. do Z. em Costa, C.)
Mais especificamente, trata-se de ideia segundo a qual eventos físicos no mundo – tal
como o funcionamento cerebral – instanciam tanto propriedades físicas como não-
físicas.
07/05
BEHAVIORISMO ANALÍTICO
09/05
Caracterizações comuns de consciência
21/05
NAGEL - What is like to be a bat
“A nossa própria experiência provê o material básico para a nossa ima-ginação, cujo alcance é,
conseqüentemente, limitado. [...] Eu quero saber como é, para um morcego, ser um morcego. Se eu
ainda assim tento imaginar isso, fico restrito aos recursos da minha própria mente, inadequados para a
tarefa. Não consigo isso nem mesmo imaginando acréscimos à minha experiência presente, nem
imaginando segmentos gradualmente subtraídos dela, nem imaginando uma combinação de
acréscimos, subtrações e modificações.”.
“Meu realismo a respeito do domínio subjetivo em todas as suas formas implica uma crença na
existência de fatos além do domínio dos conceitos humanos. Certamente é possível para um ser humano
acreditar que há fatos sobre os quais o homem nunca terá os conceitos necessários para representar ou
compreender.”.
“Há um sentido no qual os fatos fenomenológicos [phenomenological facts] são perfeitamente objetivos:
uma pessoa pode conhecer ou falar sobre a qualidade das experiências do outro. Elas são subjetivas, no
entanto, no sentido em que mesmo essa atribuição objetiva de experiência só é possível para alguém
suficientemente similar ao objeto da atribuição para estar apto a adotar o seu ponto de vista, para
compreender a atribuição na primeira pessoa tão bem quanto na terceira, por assim dizer. Quanto mais
diferente de nós for o outro sujeito de experiência [experiencer], menos sucesso se pode esperar desse
empreendimento.”.
“Se os fatos da experiência – fatos sobre como é para o organismo que tem a experiência – são
acessíveis apenas de um ponto de vista, logo, é um mistério como o verdadeiro caráter das experiências
poderia ser revelado através das operações físicas do or-ganismo. Este último é, por excelência, o
domínio dos fatos objetivos, o tipo de fato que pode ser observado e entendido de diversos pontos de
vista, e por indivíduos com diferentes sistemas perceptivos.”.
“Seria mais acurado pensar na objetividade como uma direção em que o entendimento pode mover-se.
No entendimento de um fenômeno como o raio, é legítimo ir para tão longe de um ponto de vista
estritamente humano quanto se puder ir.”.
“Parece que estamos face a uma dificuldade geral a respeito da redução psicofísica. Nas outras áreas, o
processo de redução vai em direção à maior objetividade, à visão mais acurada da natureza real das
coisas. Isto é realizado diminuindo a nossa dependência de pontos de vista individuais, ou específicos-a-
espécies, relativos ao objeto de investigação.”.
Conclusões
“Qual a moral que poderia ser tirada dessas reflexões, e o que deveria ser feito em seguida? Seria um
erro concluir que o fisicalismo tem que ser falso. Nada é demonstrado pela inadequação das hipóteses
fisicalistas que assumem uma errônea análise objetiva da mente. Seria mais verdadeiro dizer que o
fisicalismo é uma posição que não podemos entender porque nós não temos, no presente, qualquer
concepção sobre como ele poderia ser verdadeiro.”.
Presentemente, nós estamos completamente desprovidos de meios para pensar a respeito do caráter
subjetivo da experiência sem apoiarmo-nos na imaginação – sem adotar o ponto de vista do sujeito que
experimenta. Isso deve ser considerado como um desafio para se formar novos conceitos e arquitetar um
novo método – uma fenomenologia objetiva que não dependesse de empatia ou da imaginação.
Embora, presumivelmente, isso não captaria tudo, sua finalidade seria a de descrever, ao menos em
parte, o caráter subjetivo das experiências, de uma forma compreensível a seres incapazes de ter
aquelas experiências
DENNET
A CONSCIÊNCIA EXPLICADA
Um jogo de heterofenomenologia
“Hay bastantes cosas que podemos llegar a conocer sobre lo que se siente al ser un murciélago, y ni
Nagel ni ningún otro nos han demostrado que haya algo particularmente interesante o teóricamente
relevante que nos sea inaccesible.”
“En el capítulo 12 nos ejercitamos en realizar la proeza de imaginar lo que se debió sentir al ser un
ciudadano de Leipzig escuchando una de las cantatas de Bach por primera vez. El problema
epistemológico es complejo, pero fácil de abordar mediante los métodos normales de investigación. El
imaginar exactamente qué tipo de experiencias habría tenido, y en qué medida diferirían de nuestras
propias experiencias sobre Bach, es una mera cuestión de investigación histórica, cultural, psicológica y,
quizá, fisiológica. [...] Lo mismo vale para imaginarse lo que se siente al ser un murciélago.”
Respondendo Nagel
«A: Éste es Pooh, el osito de peluche, pensando que le gustaría desayunar un poco de miel.» «B: Mal. Un
osito de peluche no tiene la capacidad de distinguir la miel de ninguna otra cosa. No tiene órganos
sensoriales que funcionen, ni tampoco tiene estómago. El osito está relleno de materia inerte. No se
siente nada al ser un osito de peluche.»
«A\ Éste es Bambi, el cervatillo, admirando una hermosa puesta de sol, hasta que, de repente, el tono
anaranjado del cielo le recuerda la chaqueta del malvado cazador.»
«B: Mal. Los ciervos son ciegos al color (bueno, quizá tengan una especie de visión dicromática). De
entre todas las cosas de que los ciervos son conscientes (si es que son conscientes de algo), no se
encuentra la posibilidad de distinguir colores como el naranja.»
No caigamos en la trampa. Ésta es nuestra vieja némesis, la audiencia del Teatro Cartesiano. Nuestra
conciencia no depende del hecho de que nuestro cerebro esté habitado por un agente interno para
quien el cerebro prepara presentaciones, así que nuestra incapacidad de hallar un agente central en el
cerebro del murciélago no altera nuestra atribución de conciencia, o nuestra afirmación de que somos
capaces de decir cómo es su conciencia. Para comprender la conciencia de un murciélago, simplemente
tenemos que aplicar al murciélago los mismos principios que nos aplicamos a nosotros mismos.