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¬ / ~ (negação)
→ (implica)
Introdução à Filosofia da mente e da linguagem ≡ (sse)
André Abath ∀ (quantificador universal)
∃ (quantificador existencial)
⊤ (tautologia)
07/03 ⊥ (falso; contradição)
Apresentação do programa de curso ⊢ (acarreta, prova que)
⊨ (acarreta)

1. Problema do significado e da referência de nomes próprios e tipos naturais,


necessidade e contingência.

Textos:

Kripke’s – Naming and necessity

Hilary Putnam – O Significado de Significado (moodle).

Frege – Sentido e referência.

KRIPKE: Teorias descritivas do sentido e da referência de nomes próprios; objeções a


tais teorias; nova teoria da referência.

Leitura: Saul Kripke, trechos selecionados de O Nomear e a Necessidade (moodle).

12/03

O Pensamento (Frege)

Saussure

Sentido e referência

Frege  pensamento (proposição)

Imagens mentais não podem funcionar numa teoria que almeja a verdade.

Três (3) domínios:


interno
externo
incógnito

Distinguem-se:
1. a apreensão do pensamento - o pensar;
2. o reconhecimento da verdade do pensamento - o julgar4;
3. a manifestação deste juízo - o asserir. [p. 5]

Marcadores temporais
Ontem, hoje, amanhã
Frege: Nomes próprios = descrições.

12/03
Descritivismo  Nomes próprios são descrições.
Descrições  Modo de designação
Um símbolo pode ser compartilhado por muitos.
Sentido precisa [ser compartilhado por muitos].

[E] “O conceito de Pensamento (Gedanke) é muito caro ao pensamento de Frege; de


acordo com o autor, pensamento não é o processo subjetivo de pensar, mas o
conteúdo objetivo expresso pela proposição. É, pois, aquilo a que se atribui verdade ou
falsidade. Nesse sentido, Frege pode identificar o que ele chama de “leis do
pensamento” com o que chama de “leis do ser verdadeiro”, isto é, as leis da lógica. Ver
O pensamento (Der Gedanke). Uma das principais teses fregianas é aquela que
distingue o que é efetivamente real do que é objetivo, e que essa é uma tese
eminentemente epistemológica que fundamenta o chamado “terceiro reino” fregiano.
A distinção epistemológica entre o que pode ser conhecido por meio dos sentidos e o
que pode ser “captado” pelo pensamento, que em Frege tem um caráter
absolutamente objetivo, determinará os âmbitos do real e/ou intuível e do objetivo não
real, ou seja, o meramente pensável.”

*A tendência hoje é achar que sentido são coisas mentais;

Erro de Frege (e de modernos/Hume): nem toda representação mental é imagem.

A.A.

Problema do valor cognitivo.

Puzzles de Frege
1. Identidade
(nega que sentidos são os próprios objetos)

2. Atitude proposicional

Nomes sem-referência
Teoria de frege não consegue lidar.

21/03

Nomear e necessidade

Nomear

Nome próprio.
Relações entre nomes e descrições definidas: <o x tal que !x>
Ex: “O homem que corrompeu Hadleyburg”.
O homem = Referente.

Russell – forma lógica das descrições definidas

A) O governador da Paraíba

1. Existe um x tal que x é governador da Paraíba ∃x(Gx)

2. Para todo x e todo y, se ambos x e y são governadores da Paraíba, então x é y (isto é,


existe no máximo um governador da Paraíba). ∀x∀y((Gx&Gy)x=y)

Parênteses sobre Donnelan (1966).


Millianismo (nomes próprios) *Refut. Teoria do Russel.
Nomes têm denotação (referência), mas não conotação (sentido). Intenção de referir. (ali)

Descrições atributivas (Russell).


Ex. Rio Dartmouth (foz do rio Dart) [K. p72~]
Descrições referenciais (por via das
intenções e não da satisfação do
Russell e Frege contra Mill conteúdo).
Nomes próprios = descrições.
Descrição = dá o sentido do nome.

João Pessoa = a capital da Paraíba


(único referente que faz o nome satisfazer a descrição seguinte)
Ref. Kripe
[p. 76]

Versão conceito-feixe da teoria Frege-Russell


[p. 110]
Família de descrições
O que realmente associamos ao nome é uma família de descrições.
Família = Lista [p. 78-9]

Kripke é altamente contra o


Contextualismo = anti-essencialismo.

Witt question:
Que descrições são necessárias para saber quem Moisés foi?

Desvantagem para essa versão da teoria (frege)

PROX. AULA [P81-100]

26/03

Conceito-feixe (Cont.)

Conjunto (família) de descrições = nome


 Dá o sentido ao nome ou fixa sua referência.

O a priori, a necessidade e os mundos possíveis.

É possível que tal coisa poderia ter sido de outra forma?


- Não (algo necessário)
- Sim (algo contingente)

Mundos possíveis = universo do discurso.

Kripke é um essencialista.

Quine: Não há necessidade nas coisas.

Designadores rígidos
[preencher]

120

28/03

C) Para qualquer teoria satisfatória, a explicação por ela fornecida não deve ser
circular. As propriedades usadas no escrutínio não devem envolver elas próprias a
noção de referência de uma maneira que, em última análise, não seja eliminável.
PARA KRIPKE: 6 É FALSO.

02/04

6) O enunciado <<Se X existe, então X tem a maioria das (p's>> expressa uma verdade
necessária (no idiolecto do falante). Para quem não considere que o feixe faz parte do
significado do nome, (6) não tem de ser uma tese da teoria. Uma tal pessoa poderia
pensar que, embora determine a referencia de <<Aristóteles>> como o homem que
tinha a maior parte das propriedades (p, ha com certeza, ainda assim, situações
possíveis em que Aristóteles não teria tido a maior parte das propriedades (p.

[p. 134]

Batismo por descrição


[Jack, o Estripador]

09/04
[atrasado]

Putnam
Composição química

Terra: Água – H2O


Terra Gêmea: Substância – XYZ

“Somos químicos intuitivos”


Trabalho

11/04

Terra gêmea

Quine?  Negar o essencialismo. Negar que o H2O seja água. (o que está no Kripke)

Tipo/Espécie natural: possui uma essência a ser descoberta. Necessidades a posteriori.

Divisão do trabalho lingüístico

Prova
2 teses
Pq os 3 exemplos refutam as teses

Universalidade da divisão do trab. Lingüístico

1. o sentido determina a referência;

O sentido não pode fixar a referência por, como explicitado no contra-exemplo da


terra-gêmea evocado por Putnam, dois indivíduos poderem ter o mesmo sentido em
mente (mesmo estado mental) e, ainda sim, estarem designando referentes distintos
(H2O e XYZ).

2. o sentido é captado mentalmente, é portanto um conteúdo mental.

Para dizer que o sentido é um conteúdo mental, um defensor dessa tese teria que
explicar como, dado que ambos os indivíduos possuem o mesmo sentido em mente,
eles, ainda sim, designariam coisas diversas no mundo. Isto é, deveriam definir algo que
permita determinar a diferença, ainda no âmbito do estado mental, entre aquilo a que se
referem (H2O e XYZ) na sua relação com o mundo. Desse modo, tem-se que o sentido
não pode ser determinado pelos estados mentais.
25/04

Módulo C:Tipos Naturais, Reducionismo e o Problema Mente-Corpo

Kripke (aula 2)

[...]

Para Kripke, identidades teóricas expressam verdades necessárias (a posteriori)

 Calor = movimento de moléculas.


 Água = H2O
 Luz = feixes de fótons.

Tais identidades são separáveis de quaisquer sensações subjetivas que possam estar
envolvidas na percepção do calor, da água e da luz.

Intro: Materialismo (ou fisicismo/fisicalismo em Fil. da Mente)

Tese geral:
Tudo o que existe é de natureza física.

Teses específicas:

Sobreveniência

 Dada a tese fisicalista, temos que tudo o que existe não apenas depende do físico, mas é constituído
pelo físico, no sentido que não pode haver uma diferença entre duas coisas (ou eventos, ou processos)
sem que haja uma diferença física entre elas. É de praxe denominar essa relação de “sobrevivência”.

 Como diz David Lewis (1986, p. 15), “sobreveniência quer dizer que não poderia haver diferença de
um tipo sem diferença de outro tipo”. Portanto, de acordo com a tese fisicalista, tudo sobrevêm ao
físico, no sentido de que nada que existe pode diferir sem que difira fisicamente.
Materialismo reducionista

[...]

Tal enunciado de identidade seria, para o reducionismo, análogo à:

Medo = Estado neurológico N


Dor = Ativação das fibras-C

Quando alguém está anestesiado há dor ou não?


Kripke precisa dizer que não, o fisicalista precisa dizer que sim.

 Trata-se, aqui, da redução de um estado mentaltipo e um estado físico tipo.


Tal posição pode ser chamada de reducionismo tipo-tipo. (op. ocorrência-ocorrência)
[ph. Cel]

Argumento [p.220 N&N]

A.A.: Porém, no caso de identidades teóricas necessárias, como no caso do calor, pode
haver calor sem sensações de calor, e sensações de calor sem calor, desde que a física
do calor esteja presente.

Cont. argumento [p. 224]


“Ora [...]”
“Nos seres sencientes [...]”

Sentimento (?)

Qualia

Para K.: O essencial pra dor é como ela é sentida.

Porén, “dor” é um designador rígido (captura a propriedade de ser uma dor, uma certa
sensação, em todos os mundos possíveis. O estado cerebral também deve ser.

Funcionalismo
Possível resposta de D. Lewis [A teoria de identidade mente-corpo]
https://plato.stanford.edu/entries/mind
[P]: (Mad Pain and Martian Pain) -identity/

[Fisicalismo – e Kripke]
https://plato.stanford.edu/entries/physi
calism/
02/05

O argumento modal contra o fisicismo (v. simples)

1. É possível que haja dor sem estimulação das fibras C ou vice-versa.


2. Se dor = estimulação das fibras C, então não é possível que haja dor sem
estimulação das fibras C ou vice-versa.
3. [C] Dor não é igual a estimulação das fibras C.

Principais perspectivas em F. da mente

Kripke – Anti-fisicalista (sem ser dualista cartesiano)

Dualismo Cartesiano

Segunda meditação: Gênio maligno, dúvida hiperbólica e o cogito.

“Mas não conheço ainda claramente o que sou. Eu que estou certo que sou.”

Corpo como máquina, cadáver, etc.

“Só ele [o pensamento] não pode ser separado de mim”.

Argumento

(1) Posso duvidar que possuo um corpo.


(2) Não posso duvidar que sou, enquanto ser pensante.
(3) Logo eu, um ser pensante, não sou um corpo.

Lei de Leibniz
Se A e B possuem as mesmas propriedades, são a mesma coisa, assim, se A e B são a
mesma coisa, então não se pode afirmar algo de A sem afirmá-lo também de B.

Problema: A lei de Leibniz não se aplica aqui: ela não trata de verbos mentais
intencionais/relacionais como “duvidar”, “ser engraçado”, etc. (Ex. do Z. em Costa, C.)

Problema do interacionismo: objeção da princesa Elisabeth da Boêmia.


DUALISMO DE PROPRIEDADES (Chalmers, 1996; Jackson, 1982)

Há apenas um tipo de substância – o físico. Porém, há dois tipos distintos de


propriedades: propriedades físicas e propriedades mentais.

Mais especificamente, trata-se de ideia segundo a qual eventos físicos no mundo – tal
como o funcionamento cerebral – instanciam tanto propriedades físicas como não-
físicas.

07/05

BEHAVIORISMO ANALÍTICO

Teoria sobre o significado ou semântica de termos ou conceitos mentais.

Estado/condição mental = disposição comportamental ou família de tendências


comportamentais.

RYLE (1900-1976); WITTGENSTEIN (1889-1851). [Eliminativismo de Quine?]


FUNCIONALISMO
[ver. Plato.Stanford]

Relações causais entre estados mentais.

O problema do Espectro Invertido


[Como as 4 cores básicas se relacionam]

[ver. palavra e objeto. Quine]

09/05
Caracterizações comuns de consciência

21/05
NAGEL - What is like to be a bat

Imaginação: Não conseguimos imaginar como é ser um morcego.

“A nossa própria experiência provê o material básico para a nossa ima-ginação, cujo alcance é,
conseqüentemente, limitado. [...] Eu quero saber como é, para um morcego, ser um morcego. Se eu
ainda assim tento imaginar isso, fico restrito aos recursos da minha própria mente, inadequados para a
tarefa. Não consigo isso nem mesmo imaginando acréscimos à minha experiência presente, nem
imaginando segmentos gradualmente subtraídos dela, nem imaginando uma combinação de
acréscimos, subtrações e modificações.”.

Realismo acerca do subjetivo

“Meu realismo a respeito do domínio subjetivo em todas as suas formas implica uma crença na
existência de fatos além do domínio dos conceitos humanos. Certamente é possível para um ser humano
acreditar que há fatos sobre os quais o homem nunca terá os conceitos necessários para representar ou
compreender.”.

“Há um sentido no qual os fatos fenomenológicos [phenomenological facts] são perfeitamente objetivos:
uma pessoa pode conhecer ou falar sobre a qualidade das experiências do outro. Elas são subjetivas, no
entanto, no sentido em que mesmo essa atribuição objetiva de experiência só é possível para alguém
suficientemente similar ao objeto da atribuição para estar apto a adotar o seu ponto de vista, para
compreender a atribuição na primeira pessoa tão bem quanto na terceira, por assim dizer. Quanto mais
diferente de nós for o outro sujeito de experiência [experiencer], menos sucesso se pode esperar desse
empreendimento.”.

“Se os fatos da experiência – fatos sobre como é para o organismo que tem a experiência – são
acessíveis apenas de um ponto de vista, logo, é um mistério como o verdadeiro caráter das experiências
poderia ser revelado através das operações físicas do or-ganismo. Este último é, por excelência, o
domínio dos fatos objetivos, o tipo de fato que pode ser observado e entendido de diversos pontos de
vista, e por indivíduos com diferentes sistemas perceptivos.”.

Objetivo vs. Subjetivo [melhor arg.]

“Seria mais acurado pensar na objetividade como uma direção em que o entendimento pode mover-se.
No entendimento de um fenômeno como o raio, é legítimo ir para tão longe de um ponto de vista
estritamente humano quanto se puder ir.”.

O problema do projeto de redução mente-corpo

“Parece que estamos face a uma dificuldade geral a respeito da redução psicofísica. Nas outras áreas, o
processo de redução vai em direção à maior objetividade, à visão mais acurada da natureza real das
coisas. Isto é realizado diminuindo a nossa dependência de pontos de vista individuais, ou específicos-a-
espécies, relativos ao objeto de investigação.”.

Conclusões

“Qual a moral que poderia ser tirada dessas reflexões, e o que deveria ser feito em seguida? Seria um
erro concluir que o fisicalismo tem que ser falso. Nada é demonstrado pela inadequação das hipóteses
fisicalistas que assumem uma errônea análise objetiva da mente. Seria mais verdadeiro dizer que o
fisicalismo é uma posição que não podemos entender porque nós não temos, no presente, qualquer
concepção sobre como ele poderia ser verdadeiro.”.

Por uma fenomenologia objetiva?

Presentemente, nós estamos completamente desprovidos de meios para pensar a respeito do caráter
subjetivo da experiência sem apoiarmo-nos na imaginação – sem adotar o ponto de vista do sujeito que
experimenta. Isso deve ser considerado como um desafio para se formar novos conceitos e arquitetar um
novo método – uma fenomenologia objetiva que não dependesse de empatia ou da imaginação.
Embora, presumivelmente, isso não captaria tudo, sua finalidade seria a de descrever, ao menos em
parte, o caráter subjetivo das experiências, de uma forma compreensível a seres incapazes de ter
aquelas experiências
DENNET
A CONSCIÊNCIA EXPLICADA

Um jogo de heterofenomenologia

“Hay bastantes cosas que podemos llegar a conocer sobre lo que se siente al ser un murciélago, y ni
Nagel ni ningún otro nos han demostrado que haya algo particularmente interesante o teóricamente
relevante que nos sea inaccesible.”

“En el capítulo 12 nos ejercitamos en realizar la proeza de imaginar lo que se debió sentir al ser un
ciudadano de Leipzig escuchando una de las cantatas de Bach por primera vez. El problema
epistemológico es complejo, pero fácil de abordar mediante los métodos normales de investigación. El
imaginar exactamente qué tipo de experiencias habría tenido, y en qué medida diferirían de nuestras
propias experiencias sobre Bach, es una mera cuestión de investigación histórica, cultural, psicológica y,
quizá, fisiológica. [...] Lo mismo vale para imaginarse lo que se siente al ser un murciélago.”

Respondendo Nagel

Aquí tenemos unos simples ejercicios para ir entrando en calor:

«A: Éste es Pooh, el osito de peluche, pensando que le gustaría desayunar un poco de miel.» «B: Mal. Un
osito de peluche no tiene la capacidad de distinguir la miel de ninguna otra cosa. No tiene órganos
sensoriales que funcionen, ni tampoco tiene estómago. El osito está relleno de materia inerte. No se
siente nada al ser un osito de peluche.»

«A\ Éste es Bambi, el cervatillo, admirando una hermosa puesta de sol, hasta que, de repente, el tono
anaranjado del cielo le recuerda la chaqueta del malvado cazador.»

«B: Mal. Los ciervos son ciegos al color (bueno, quizá tengan una especie de visión dicromática). De
entre todas las cosas de que los ciervos son conscientes (si es que son conscientes de algo), no se
encuentra la posibilidad de distinguir colores como el naranja.»

D. acusa Nagel de ser cartesiano

No caigamos en la trampa. Ésta es nuestra vieja némesis, la audiencia del Teatro Cartesiano. Nuestra
conciencia no depende del hecho de que nuestro cerebro esté habitado por un agente interno para
quien el cerebro prepara presentaciones, así que nuestra incapacidad de hallar un agente central en el
cerebro del murciélago no altera nuestra atribución de conciencia, o nuestra afirmación de que somos
capaces de decir cómo es su conciencia. Para comprender la conciencia de un murciélago, simplemente
tenemos que aplicar al murciélago los mismos principios que nos aplicamos a nosotros mismos.

The lives of animals – J. M. Coetzee

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