Você está na página 1de 28

Intermodal 2015

CABOTAGEM NO BRASIL
São Paulo, 07 de abril de 2015

Fernando Fonseca
Diretor da ANTAQ
Definição legal da navegação de cabotagem

BAHIA

Art. 2º, IX
navegação de cabotagem: a
realizada entre portos ou pontos
do território brasileiro, utilizando
a via marítima ou esta e as vias
navegáveis interiores
SANTARÉM MACAPÁ
MANAUS BELÉM
VILA DO CONDE
RORAIMA
AMAPÁ ITAQUI

FORTALEZA

AREIA BRANCA
NATAL

AMAZONAS MARANHÃO CEARÁ CABEDELO


PARÁ RIO GRANDE
DO NORTE RECIFE

PIAUÍ SUAPE
PERNAMBUCO

ALAGOAS
MACEIÓ
ACRE TOCANTINS
SERGIPE SALVADOR
RODÔNIA
BAHIA ARATU
MATO GROSSO
ILHÉUS
BARRA DO RIACHO
GOIÁS
VITÓRIA
MINAS GERAIS FORNO
MATO GROSSO
NITERÓI
DO SUL RIO DE JANEIRO
ITAGUAÍ (Sepetiba)
SÃO PAULO

PORTOS PARANÁ
ANGRA DOS REIS
SÃO SEBASTIÃO
SANTOS
ANTONINA

ORGANIZADOS SANTA
CATARINA
PARANAGUÁ
SÃO FRANCISCO DO SUL
ITAJAÍ

(PÚBLICOS)
RIO GRANDE
DO SUL
IMBITUBA
LAGUNA
PORTO ALEGRE

34 PELOTAS
RIO GRANDE
RORAIMA
AMAPÁ

MARANHÃO CEARÁ
PARÁ RIO GRANDE
AMAZONAS DO NORTE

PIAUÍ
PERNAMBUCO

ACRE TOCANTINS
SERGIPE
RODÔNIA BAHIA

MATO GROSSO

GOIÁS

MINAS GERAIS
MATO GROSSO
DO SUL
SÃO PAULO

TERMINAIS PORTUÁRIOS PARANÁ

PRIVADOS OUTORGADOS SANTA


CATARINA

165 RIO GRANDE


DO SUL

Status: Fev/2015
Cabotagem: a modalidade de transporte
lógica para o Brasil
A questão da acessibilidade: facilidade no porta a porta

BAHIA
Rodovias:
• Agilidade na entrada e saída dos portos
• Logística própria para cabotagem

Principais ferrovias brasileiras

Hidrovias/A navegação até Manaus:


• Questão dos práticos: demora
• Questão das comunicações:
interferências
• Questão do Porto de Manaus
Principais portos da cabotagem
Costeira - só contêineres - TEU
Instalação Portuária 2014

PORTO DE SANTOS (SP) 440.330


TUP CHIBATÃO (AM)
356.833

PORTO DE SUAPE (PE) 246.608

TUP EMBRAPORT (SP) 230.579

PORTO DE RIO GRANDE (RS) 140.537


PORTO DE ITAGUAÍ (RJ)
122.172

PORTO DE SALVADOR (BA) 104.412


TUP PECÉM (CE)
91.796
PORTO DO RIO DE JANEIRO (RJ)
84.452
PORTO DE ITAPOÁ (SC)
80.875
PORTO DE VITÓRIA (ES)
76.455
PORTO DE PARANAGUÁ(PR)
69.133

PORTO DE ITAJAÍ (SC) 64.961

Fonte: Sistema SDP da ANTAQ.


Cabotagem – Rotas Consolidadas
• Transporte de Combustíveis e Óleos Minerais: Grande destaque da cabotagem brasileira, dá
suporte a cadeia de transporte do petróleo extraído em águas profundas. (135,2 milhões de
toneladas ou 66% da movimentação da cabotagem)
• Transporte de Bauxita: TUP Porto Trombetas-PA/Vila do Conde-PA – TUP OMNIA-PA/TUP
ALUMAR-MA – TUP Porto Trombetas-PA/TUP ALUMAR-MA (Movimentação de 27,5 milhões de
toneladas em 2013). Viabiliza a cadeia produtiva do Alumínio nos Estados do Maranhão e Pará.
• Transporte de Produtos Florestais (Madeira e Celulose): TUP FIBRIA-BA /TUP PORTOCEL-ES – TUP
Marítimo de Belmonte-BA/TUP PORTOCEL-ES (Movimentação de 5,3 milhões BAHIA de toneladas em
2013). Abastece a indústria do papel retirando milhares de caminhões das rodovias brasileiras por
ano.
• Transporte de Bobina: Porto de Vitória/Porto de São Francisco do Sul – TUP Praia Mole-ES/Porto
de São Francisco do Sul (Movimentação de 3,1 milhões de toneladas). Abastece a indústria
metalúrgica do sul do país.
• Transporte de Produtos da Zona Franca de Manaus: TUP Chibatão-AM/Santos – TUP
Superterminais-AM/Santos (1,2 milhões de toneladas movimentadas em 2013). Transporte em
contêineres de produtos de maior valor agregado fabricado na Zona Franca de Manaus
• Transporte de Sal: Areia Branca-RN/Porto de Santos (Movimentação de 868 mil toneladas).
Utilizado para consumo e como insumo para a indústria de base (cloro, alimentos pré-prontos,
etc.)
Fonte: Antaq/2014
Evolução da cabotagem
por natureza da carga, em milhões de toneladas – Fonte: ANTAQ

10,5 Contêineres
20,8
2014 18,4 % a.a. 211,8
33,2

147,2
10,0 205,2
19,7
2013
33,1
142,5
197,4
10,1
16,0 191,8
2012
34,5
136,8 3,9 % a.a.

8,9
11,9 182,1
2011
38,9
132,1

8,4
10,6
2010
33,5
129,6

Carga Geral Carga Conteneirizada Granel Sólido Granel Líquido e Gasoso 2010 2011 2012 2013 2014
Cabotagem por região – 2014
Com e sem combustível – Fonte ANTAQ
Sem combustível: Combustíveis + Bauxita + Contêineres = 89%
Bauxita + Contêineres = 68% Combustível deve ser analisado à parte
Madeira Soda Cáustica Celulose Produtos químicos
2% 1% 1% orgânicos
1%
Produtos Siderúrgicos
2% Outros
4%

Outros
32% Contêineres
Bauxita
10%
39%

Bauxita Combustíveis
13% 66%
Contêiner
es
29%

O DESEMPENHO DAS OPERAÇÕES RELACIONADAS À NAVEGAÇÃO DE CABOTAGEM


SOFRE INFLUÊNCIAS DO DESEMPENHO DO SETOR PETROLÍFERO
(66% DA MOVIMENTAÇÃO DE CABOTAGEM REFLETE OPERAÇÕES COM DERIVADOS
DE PETRÓLEO)
Cabotagem Porto Organizado e TUP
Evolução da Movimentação Portuária– Fonte: ANTAQ
100,0%

90,0%

80,0%

70,0%

76,1% 77,8% 77,0% 75,4% 75,5%


60,0%

50,0% TUP
Porto Organizado
40,0%

30,0%

20,0%

23,9% 22,2% 23,0% 24,6% 24,5%


10,0%

0,0%
2010 2011 2012 2013 2014
Transporte na cabotagem
Fonte: Anuário Aquaviário da ANTAQ - 2014

147,6 milhões de toneladas transportadas: + 4,3% (2014 Vs. 2013)

Crescimento
Carga Geral
Conteinerizada
6,5%
de 5,6%
Carga Geral Solta
3,5% Granel Sólido
11,5%

Granel Líquido
78,5%
Transporte de cabotagem em Vias Interiores
Fonte: Anuário Aquaviário da ANTAQ - 2014

O transporte de cabotagem utilizando-se de hidrovias interiores brasileiras


apresentou uma recuperação em 2014, depois de dois anos consecutivos de queda
24,0

23,5
23,5
23,2
23,2
23,0
Em milhões de toneladas

22,5 22,6

22,0

21,5

21,2
21,0

20,5

20,0
2010 2011 2012 2013 2014
Dados da cabotagem: Frota autorizada

• Maior número de Empresas Brasileiras de Navegação


autorizadas
• Maior número de embarcações
• Frota mais moderna e atualizada
• Maior número de embarcações de contêineres
Incorporações à Frota Brasileira de Cabotagem
Aspectos da Lei nº 9.432/97

Art. 7º As embarcações estrangeiras somente


poderão participar do transporte de mercadorias Reserva de mercado
na navegação de cabotagem e da navegação
interior de percurso nacional, bem como da
navegação de apoio portuário e da navegação de EBN = Pessoa jurídica sob as
apoio marítimo, quando afretadas por empresas leis brasileiras, com sede no
brasileiras de navegação, observado o disposto País, cujo objeto seja o
nos arts. 9º e 10. transporte aquaviário, sob
autorização da ANTAQ
Parágrafo único. O governo brasileiro poderá
celebrar acordos internacionais que permitam a Reciprocidade com outros
participação de embarcações estrangeiras nas Estados
navegações referidas neste artigo, mesmo
quando não afretadas por empresas brasileiras de
navegação, desde que idêntico privilégio seja
conferido à bandeira brasileira nos outros Estados
contratantes.
Aspectos da Lei nº 9.432/97 – O artigo 9º

Com outorga
de autorização
Viagem da ANTAQ
Por Tempo
AFRETAMENTO Quando
?

Inexistência/Indisponibilidade Interesse público Embarcação em


de embarcação do tipo e porte justificado construção
Aspectos da Lei nº 9.432/97 – O artigo 10º

Independe de
autorização

Bandeira Estrangeira, a
brasileira casco nu, com:

Suspensão de Na encomenda
bandeira a estaleiro
estrangeira brasileiro
Marco Regulatório
A Lei 9.432/97 e as Normas e Resoluções da ANTAQ.

 O transporte aquaviário de carga entre portos e pontos do território nacional é privativo


das Empresas Brasileiras de Navegação, da mesma forma que os transportes aéreo,
ferroviário e, até mesmo, rodoviário só podem ser realizados por empresas nacionais;
 Não existem restrições quanto à origem do Capital para implantação de uma Empresa
Brasileira de Navegação (EBN), havendo, entretanto, exigências de capital mínimo,
comprometimento com investimento em ativos e manutenção de índices econômico-
financeiros compatíveis com as responsabilidades assumidas perante os clientes;
 A importação de navios novos não tem impedimento legal, sendo, em alguns casos,
uma alternativa economicamente viável, em comparação com a encomenda de
embarcações em estaleiros nacionais, enquanto que a importação de equipamento
usado sofre as mesmas restrições que se aplicam a outros setores produtivos;
 A preferência para o transporte de cargas de cabotagem em embarcações de registro
brasileiro não cria exclusividade para tais embarcações, sendo normal a utilização de
navio estrangeiro afretado a uma EBN, sempre que não exista disponibilidade de
tonelagem nacional para realizar o transporte.
Marco Regulatório
A Lei 9.432/97 e as Normas e Resoluções da ANTAQ.
 A legislação para afretamento de embarcações estrangeiras é bastante flexível,
permitindo à EBN atender qualquer tipo de demanda:
 Demanda de longo prazo – pode ser atendida com afretamento de embarcações
estrangeiras a casco nu, operando com registro brasileiro (REB), até o limite de
50% da tonelagem existente, ou 100% no caso de empresa com apenas um navio;
 Demanda de médio prazo – a demanda existente durante o período entre a
encomenda de uma embarcação, para construção em estaleiro nacional, e a
entrada em operação da mesma, poderá ser atendida através de afretamento, por
tempo ou a casco nu, em substituição à embarcaçāo em construção;
 Demanda de curto prazo e eventual – qualquer EBN poderá atender uma
demanda de transporte, através de afretamento de embarcação estrangeira para
uma viagem específica, cumprindo a rotina de consulta às demais EBN’s
(Circularização).
 Demanda para transporte longo curso – não há restrição para afretamento de
embarcação estrangeira para operar no tráfego de longo curso, mas sempre que
for programado para realizar um transporte de cabotagem, deverá cumprir as
rotinas deste tráfego.
Estrutura de Custo na Cabotagem
Combustível, Tripulação e Praticagem chegam a representar mais de 80% do custo
operacional.

Custo Armador Custo de Viagem Custos Externos

Tripulação Combustível Portos &


(20% - 27%) (35% - 50%) Infraestrutura

Manutenção Documentação &


Praticagem
& Reparos (9% - 22%) Regulamentação
(9% - 11%)

Suprimentos & Rebocador Políticas para o


Seguros (2% - 3%) Setor

Fonte: Estimativa ABAC.


Ação: Frota

Cabotagem
BAHIA

Reduzir barreiras de
Alterar a Lei nº 9.432/97 –
entrada para importação
flexibilização de
Construir navios em de navios (nos casos de
procedimentos para
estaleiros brasileiros gargalos nos estaleiros
afretamentos (agilizando
brasileiros, absorvidos por
o processo)
demandas da Transpetro)
Ação: Navio

Cabotagem
Tripulação Contêineres
BAHIA

Formação da
RN 72 do MTE: Bunker Vazios: tripulação
flexibilização e Incentivo às Falta ou
temporária
Diesel cargas de excesso de
para
estrangeiros? retorno marítimos?
Ação: Legislação

Cabotagem
BAHIA

Rápido Praticagem:
Direcionar Efetivação do
desembaraço CNAP e
recursos do Operador de
das cargas de regulação
AFRRM Transporte
cabotagem econômica dos
e agilizar seu Multimodal
(órgãos preços
ressarcimento (OTM)
anuentes) praticados
Ação: Porto

Cabotagem
BAHIA

Tarifas e preços Exigência de


Definição de
diferenciados Áreas especiais produtividade
Hub Ports
(subsídio às para mínima para
(distribuição
operações de armazenagem movimentação
feeder)
cabotagem?) de cargas
Ação: Burocracia

Cabotagem
BAHIA

Agilidade na
Agilidade no
tramitação de
atendimento de Efetivação do
documentos =
órgãos anuentes e conceito porta a
mesmo tratamento
intervenientes em porta
do transporte
portos
rodoviário
O futuro da cabotagem
• Maior participação na matriz de transporte
Market Share da Cabotagem no brasileira
Brasil
Cabotagem • Modernização e crescimento da frota brasileira
18%
• Integração multimodal
• Execução do transporte com esquema porta a
porta
BAHIA

Caminhões • Ampliação da natureza da carga transportada


82%
• Serviços de entrega do tipo em que há o
Cargas com origem e destino dentro de 200 km de um
compartilhamento de espaços em contêineres
porto (preferencialmente modal rodoviário) e a
distância entre a origem e o destino de 1.500 km ou • Adequação e especialização de portos e hub
mais (preferencialmente cabotagem)
ports.
Fernando Fonseca
Diretor
fernando.fonseca@antaq.gov.br

www.antaq.gov.br

BAHIA

Você também pode gostar