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Prova Modelo 1 • 2018

Proposta de Resolução
Prova Modelo 1 • 2018

Caderno 1

1. (un ) é uma progressão aritmética tal que u7 = 15 e u10 = 35. Seja r a razão da progressão:
u10 = u7 + 3r ⇔ 3r = u10 − u7 ⇔ 3r = 35 − 15 ⇔ 3r = 20
Como u13 = u4 + 9r conclui-se que:
u13 − u4 = 9r ⇔ u13 − u4 = 3 × (3r ) ⇔ u13 − u4 = 60

Resposta: (C)

2. O código é composto por três vogais iguais e dois algarismos ímpares. Então:

• existem 5 C3 × 5 maneiras diferentes de dispôr as vogais iguais entre os cinco carateres;


• existem 52 maneiras diferentes de dispôr os algarismos ímpares nos restantes dois carateres.

Existem 5 C3 × 5 × 52 = 1250 códigos distintos nas condições pretendidas.

Resposta: (D)

3. Sejam A e B os acontecimentos:
A: “O aluno escolheu a área científica de controlo de sistemas”
B: “O aluno está satisfeito com a qualidade de ensino na área que escolheu”
Do enunciado vem que:
7
• P (A) =
10
1
• P (B) =
8
9
• P (B|A) =
10
3.1. Pretende-se determinar P (A|B)
P (A ∩ B) P (B) − P (A ∩ B) P (A ∩ B) P (A) × P (B|A)
P (A|B) = = =1− =1−
P (B) P (B) P (B) 1 − P (B)
7 9
× 18 7
= 1 − 10 10 = 1 − =
1 25 25
1−
8

3.2. Existem três possibilidades dos alunos serem distribuídos pelos dois dias de defesa de nota: 6 alunos no
primeiro dia e 4 no segundo dia, 5 alunos no primeiro dia e 5 no segundo dia ou 4 alunos no primeiro dia e
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6 no segundo dia.
Então caso
• defendam a nota com mais quatro colegas no mesmo dia, existem 8 C4 formas de escolher esses mesmos;
• defendam a nota com mais três colegas no mesmo dia, existem 8 C3 formas de escolher esses mesmos;
• defendam a nota com mais dois colegas no mesmo dia, existem 8 C2 formas de escolher esses mesmos.

Existem então 2 × ( 8 C4 + 8 C3 + 8 C2 ) = 308 maneiras distintas dos dez alunos serem distribuídos pelos dois
dias, de forma a que o Bruno e o Rui defendam a sua nota no mesmo dia.

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−→ −→
4. Pretende-se determinar AB · AC tal que:
−→ −→ −→ −→
−→ −→ −→ −→
AB · AC = AB × AC × cos(ABˆAC) = a × (2c) × cos(ABˆAC)

a: semieixo maior
b: semieixo menor
concluindo-se: c: semidistância focal
−→ −→ 3 a2 = 100 ∧ b2 = 64 ∧ c 2 = a2 − b2 ⇔
AB · AC = 10 × 12 × = 72
5 a = 10 ∧ b = 8 ∧ c = 6
Resposta: (D)
−→ −→ AO c 6 3
cos(ABˆAC) = = = =
AC a 10 5

5. Tem-se que:
6 − 2i 23 6 − 2(−i ) 6 + 2i (6 + 2i )(1 − 2i )
z= = = = =
1 + 2i 1 + 2i 1 + 2i (1 + 2i )(1 − 2i ) i 23 = i 20 × i 3
6 − 12i + 2i − 4i 2 10 − 10i = 1 × (−i) = −i
= = = 2 − 2i
12 − (2i )2 5

de tal forma que


−z = −(2 − 2i ) = −(2 + 2i ) = −2 − 2i | − z| =
p
(−2)2 + (−2)2
√ √
e escrevendo na forma trigonométrica obtém-se: = 8=2 2

√ −i
−z = 2 2e 4
 
−2
Arg(−z) = tan−1
−2
logo: = tan−1 (−1) = −

3π 4
n
√ n −i n uma vez que − z ∈ 3o Q
(−z) = (2 2) e 4

e como (−z)n é um número real positivo:


3π 8
arg(−z)n = 2πk ⇔ −n = 2πk ⇔ n = − k, k ∈ Z
4 3
concluindo-se que o menor número natural positivo para o qual (−z)n é um
número real positivo é n = 8, que se obtém para k = −3

6. A função g é contínua em x = 0, pelo que o limite lim g(x) existe, i.e, lim− g(x) = g(0) = lim+ g(x), e tem-se:
x→0 x→0 x→0

sin(2x) 00 2 sin x cos x sin x 2 cos x 2 cos 0 2


• lim− g(x) = lim− 2
= lim− = lim− × lim− =1× =1× = −2
x→0 x→0 x −x x→0 x(x − 1) x→0 x x→0 x − 1 0−1 −1
| {z }
Limite Notável

• lim+ g(x) = g(0) = log2 (0 + a) − 3 = log2 a − 3


x→0

conclui-se então que: log2 a − 3 = −2 ⇔ log2 a = 1 ⇔ a = 2

Resposta: (A)
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7.

7.1. Como o Bruno tomou os medicamentos às 9 horas da manhã, conclui-se que às 11 horas da manhã e às 12
horas da manhã são atribuídos os valores t = 2 e t = 3, respetivamente.
A função cA resulta de operações básicas entre funções contínuas (função exponencial), pelo que é contínua
no seu domínio, e, consequentemente, em [2,3]
Pretende-se mostrar que ∃ c ∈ ]2,3[ : cA (c) = 10, vindo:
• cA (2) = 40e −0,5×2 (1 − e −2 ) ≈ 12,72
• cA (3) = 40e −0,5×3 (1 − e −3 ) ≈ 8,48

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de onde se conclui que cA (3) < 10 < cA (2), o que evidencia, através do Teorema de Bolzano-Cauchy, a
existência de pelo menos um instante c no intervalo ]2,3[, tal que cA (c) = 10, como se pretendia mostrar.

7.2. Tem-se:
cB0 (t) = (5t 2 )0 e −0,5t + (5t 2 )(e −0,5t )0 = 10te −0,5t + 5t 2 (−0,5e −0,5t )
= 10te −0,5t − 2,5t 2 e −0,5t = 2,5te −0,5t (4 − t)

cB0 (t) = 0 ⇔ t = 0 ∨ |e −0,5t


{z = 0} ∨ 4 − t = 0 ⇔ t = 0 ∨ t = 4
Impossível

Estudando o sinal de cB0 :

t 0 4 +∞
cB0 (t) 0 + 0 −
cB (t) Mín. % Máx. &

O gráfico de cB0 admite um máximo para t = 4 o que corresponde, no contexto do problema, às 13 horas
do dia da defesa de nota.
Uma vez que a defesa de nota começa às 12h30 e termina às 13h30, o medicamento B atingirá a concentração
máxima durante o período da defesa de nota, pelo que se conclui que o Bruno tomou o medicamento à hora
que pretendia.

7.3. A taxa média de variação da função cA no intervalo [5,7], correspondente ao período entre as 14 horas e as
16 horas, com arredondamento às centésimas é:
cA (7) − cA (5) 1,21 − 3,26
t.m.v [5,7] = = = −1,025 ≈ −1,03 cA (7) = 40e −0,5×7 (1 − e −7 ) ≈ 1,21
2 2
cA (5) = 40e −0,5×5 (1 − e −5 ) ≈ 3,26

pelo que se pretende determinar o instante k horas depois do Bruno ter tomado os medicamentos tal que a
taxa média de variação de cB no intervalo [4,k] é igual a −1,03, isto é:
cB (k) − cB (4) 5k 2 e −0,5k − 10,83
= −1,025 ⇔ = −1,03 cB (4) = 5 × 42 × e −0,5×4 ≈ 10,83
k −4 k −4
5x 2 e −0,5x − 10,83
A solução obtém-se intersetando os gráficos da curva y = e da reta y = −1,03:
x −4

k = 6,38 x
O 4

y = −1,03
5x 2 e −0,5x − 10,83
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y=
x −4

conclui-se que k = 6,38 respetivo ao instante 6 horas e 23 minutos após o Bruno ter tomado o medicamento,
isto é, às 15h23 desse dia.

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Caderno 2

8. g 0 (x) = [−f (−x) + x]0 = −(−x)0 f 0 (−x) + 1 = −(−1)f 0 (−x) + 1 = f 0 (−x) + 1


pelo que, a título de exemplo:
• g 0 (−3) = f 0 [−(−3)] + 1 = f 0 (3) + 1 = 0 + 1 = 1
• g 0 (0) = f 0 (0) + 1 = −4 + 1 = −3

Resposta: (B)

9. O domínio, Dh−1 , da função inversa de h, h−1 , corresponde ao contradomínio da função h, Dh0 , de tal forma que:
π π 3π 3π π 5π
− < arctan(2x) < ⇔ − < 3 arctan(2x) < ⇔ − < 3 arctan(2x) + π <
2 2 2 2 2 2
π 5π
⇔ − < h(x) <
2 2
 
0 π 5π
logo Dh = − , = Dh−1
2 2
Resposta: (A)

10. Tem-se:
π  π  π
i 2 i i 2θ +
z = i w 2 + 5e i π = e 2 × 2e i θ − 5 = e 2 × 4e 2i θ − 5 = 4e 2 −5

tal que
π π π π π
− < θ < 0 ⇔ − < 2θ < 0 ⇔ 0 < 2θ + < ⇔ 0 < arg(z) <
4 2 2 2 2
 π 
i 2θ +
de onde se conclui que 4e 2 é um número complexo situado no primeiro quadrante tal que
π π
     
i 2θ + i 2θ +
0 < Im 4e 2  < 4 ∧ 0 < Re 4e 2 <4⇔

π π
     
i 2θ + i 2θ +
0 < Im 4e 2 − 5 < 4 ∧ −5 < Re 4e 2 − 5 < −1 ⇔

0 < Im(z) < 4 ∧ −5 < Re(z) < −1 ⇔ z ∈ 2o Q

Resposta: (B)

11.
−→
11.1. O vetor AP é vetor diretor da reta AP , tal que
−→
AP = P − A = (k,3,2) − (2,1,3) = (k − 2,2, − 1)
−→ −
Como a reta AP é paralela ao plano α, cujo vetor normal é −n→ →
α = (1,2, − 1), tem-se AP · nα = 0, vindo:
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−→ −
AP · n→
α = 0 ⇔ (k − 2,2, − 1) · (1,2, − 1) = 0 ⇔ k − 2 + 4 + 1 = 0 ⇔ k = −3

−→
11.2. O vetor OA = A = (2,1,3) é vetor diretor da reta OA, pelo que as coordenadas genéricas de um ponto desta
reta são:
(x,y ,z) = (0,0,0) + k(2,1,3) = (2k,k,3k), k ∈ R
As coordenadas do ponto de interseção da reta OA com o plano α é obtido para um valor k tal que:
2k + 2 × (k) − 3k + 4 = 0 ⇔ 2k + 2k − 3k + 4 = 0 ⇔ k + 4 = 0 ⇔ k = −4
O ponto de interseção é o ponto de coordenadas (2 × (−4), −4, 3 × (−4)) = (−8, − 4, − 12)

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11.3. B pertence ao eixo Oz pelo que as suas coordenadas são (0,0,zB ) e como pertence ao plano α tem-se:
0 + 2 × 0 − zB + 4 = 0 ⇔ zB = 4, logo as coordenadas de B são (0,0,4)
C é o ponto simétrico do ponto A em relação à origem, logo as coordenadas de C são (−2, − 1, − 3)
−→ −→
O plano ABC é tal que o seu vetor normal, →−
n = (a,b,c), é perpendicular aos vetores AB e AC, logo:
→

− −→   −→
AB = B − A
n · AB = 0 (a,b,c) · (−2, − 1,1) = 0 −2a − b + c = 0
−→ ⇔ ⇔ = (0,0,4) − (2,1,3)
→−n · AC = 0 (a,b,c) · (−4, − 2, − 6) = 0 −4a − 2b − 6c = 0 = (−2, − 1,1)
 
c = 2a + b c = 2a + b −→
AC = C − A
⇔ ⇔ = (−2, − 1, − 3) − (2,1,3)
−4a − 2b − 12a − 6b = 0 −16a − 8b = 0
= (−4, − 2, − 6)

c = 0
⇔ a ∈ R\{0}
b = −2a

pelo que o vetor normal ao plano ABC é da forma →



n = (a, − 2a,0), logo, um vetor normal é (1, − 2,0)
A equação do plano ABC é da forma x − 2y + d = 0, e como passa no ponto de coordenadas (0,0,4), vem:
0−2×0+d =0⇔d =0
de onde se conclui que o plano ABC é definido pela equação x − 2y = 0

12. Repare-se que P (A ∪ B) = P (A ∩ B) = 1 − P (A ∩ B)

Como P (A) = P (B) = 0,6 tem-se que P (A ∩ B) ≤ 0,6

Como P (A ∪ B) ≤ 1, vem:

P (A ∪ B) ≤ 1 ⇔ P (A) + P (B) − P (A ∩ B) ≤ 1 ⇔ 0,6 + 0,6 − P (A ∩ B) ≤ 1 ⇔ P (A ∩ B) ≥ 0,2

Concluindo-se que 0,2 ≤ P (A ∩ B) ≤ 0,6, i.e, 0,4 ≤ 1 − P (A ∩ B) ≤ 0,8 ⇔ 0,4 ≤ P (A ∪ B) ≤ 0,8, pelo que se
conclui que 0,9 não é um possível valor para P (A ∪ B)

Resposta: (D)

13.

13.1. A reta de equação y = 3x + b é assíntota oblíqua do gráfico de f quando x → +∞, logo:


b = lim [f (x) − 3x] = lim [ln(e 2x + e x + x) + x − 3x] = lim [ln(e 2x + e x + x) − 2x]
x→+∞ x→+∞ x→+∞
 2x x

e + e + x 
−x x 
= lim [ln(e 2x + e x + x) − ln(e 2x )] = lim ln = lim ln 1 + e +
x→+∞ x→+∞ e 2x x→+∞ e 2x
 
 
   
1 2x 1 1
= ln 1 + e −∞ +
 
lim 1 + 0 + 2 ×
= ln  
2 2x→+∞ e 2x 2x 
e 
 lim
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2x→+∞ 2x
 
| {z }
Limite Notável
   
1 1 1
= ln 1 + × = ln 1 + × 0 = ln 1 = 0
2 +∞ 2

13.2. A reta tangente ao gráfico de f na origem tem declive f 0 (0), vindo:


(e 2x + e x + x)0 2e 2x + e x + 1
f 0 (x) = + (x) 0
= +1
e 2x + e x + x e 2x + e x + x
2e 0 + e 0 + 1 2+1+1 4
f 0 (0) = +1= +1= +1=3
e0 + e0 + 0 1+1+0 2

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A equação reduzida da reta é da forma y = 3x + b, e o ponto de tangência é o ponto de coordenadas


(0,f (0)), tal que:
f (0) = ln(e 0 + e 0 + 0) + 0 = ln(1 + 1) = ln 2
Logo tem-se ln 2 = 3 × 0 + b ⇔ b = ln 2, e a equação reduzida da reta tangente ao gráfico de f na origem
é y = 3x + ln 2

ln a
ln b log (a ln b
) ln b × log a ln b ×
14. a =b b =b b =b ln b = b ln a , como se pretendia demonstrar.

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