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RECUPERAÇÃO E REFORÇO EM ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE CONCRETO


ARMADO

Conference Paper · September 2015


DOI: 10.13140/RG.2.1.2496.4327

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6 authors, including:

Luciani Somensi Lorenzi Luiz Carlos Pinto da Silva Filho


Universidade Federal do Rio Grande do Sul Universidade Federal do Rio Grande do Sul
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Luciane Caetano Alexandre Lorenzi


Universidade Federal do Rio Grande do Sul Universidade Federal do Rio Grande do Sul
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RECUPERAÇÃO E REFORÇO EM ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE
CONCRETO ARMADO

L.S. LORENZI L.C.P. SILVA FILHO


Prof. Eng.º Civil Prof. Eng.ª Civil
LEME/UFRGS LEME/UFRGS
Porto Alegre; Brasil Porto Alegre; Brasil
luciani.lorenzi@gmail.com lcarlos66@gmail.com

D. L. KLEIN J. L. CAMPAGNOLO
Prof. Eng.º Civil Prof. Eng.ª Civil
LEME/UFRGS LEME/UFRGS
Porto Alegre; Brasil Porto Alegre; Brasil
dario.klein@gmail.com campagnolo@ppgec.ufrgs.br

L.F. CAETANO A. LORENZI


Doutoranda Pesq. Eng.° Civil
LEME/UFRGS LEME/UFRGS
Porto Alegre; Brasil Porto Alegre; Brasil
lucianefc@gmail.com alexandre.lorenzi@ufrgs.br

RESUMO

A durabilidade das estruturas de concreto armado é depende da integração entre as equipes que trabalham no projeto, na
construção e na manutenção durante sua vida útil. Essa integração auxilia em um controle da qualidade mais eficiente,
podendo promover o aumento da segurança e a redução da deterioração da estrutura de concreto armado. O estágio atual
das estruturas de concreto armado de edificações residenciais, com mais de 40 anos, requer intervenções a fim de
prolongar, com segurança, a vida útil. Diante desse contexto este trabalho tem como objetivo analisar e diagnosticar
uma estrutura de concreto armado que apresenta um processo de degradação do concreto com a corrosão das armaduras
de vigas e pilares periféricos. A pesquisa caracteriza-se como exploratória e o estudo de caso é constituído por uma
edificação residencial de 14 pavimentos, datada de 1974, localizada no centro da cidade de Porto Alegre, RS. A
metodologia utilizada no trabalho contemplou inspeções, ensaios para verificação de regiões carbonatadas e coleta de
amostras para a determinação da concentração de cloretos. Os resultados indicaram que o concreto superficial das vigas
é mais resistente à penetração de gases que o dos pilares e a inspeção constatou que nas vigas o cobrimento da armadura
era inferior a 1 cm. Tomando como base os resultados da inspeção e dos ensaios, percebeu-se que a contaminação por
íons cloretos é inexpressiva, o que descarta a possibilidade da corrosão da armadura ter ocorrido por contaminação de
íons cloretos. Esses fatos reforçaram a importância do cobrimento da amadura nos elementos estruturais e evidenciaram
a necessidade de uma intervenção imediata nos elementos.

1. INTRODUÇÃO

Uma serie de construções em concreto armado, estão se aproximando do final de sua vida útil de projeto. Diante
deste fato, existe uma preocupação sobre o estado de deterioração e segurança das mesmas. No atual cenário em
que as exigências de qualidade estão se firmando, é de vital importância o desenvolvimento de alternativas que
permitam, de forma eficaz, avaliar a qualidade das estruturas de concreto.
De acordo com o CEB-FIP Model Code [1] uma estrutura de concreto deve ser projetada, construída e operada
de tal forma que, sob as condições ambientais esperadas, ela mantenha sua segurança, funcionalidade e
aparência, durante um período de tempo, implícito ou explícito, sem a necessidade de elevados custos de
manutenção e reparo.
A durabilidade das estruturas de concreto é uma questão fundamental na engenharia civil. As estruturas de
concreto estão sujeitas a ataques agressivos que podem minimizar a sua durabilidade. Medições precisas, assim
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como a interpretação dos dados que afetam a durabilidade de estruturas são tarefas complexas, devido à inerente
heterogeneidade do concreto [2].
A resistência da estrutura de concreto dependerá da combinação de três fatores: da resistência do concreto, da
resistência da armadura e da resistência da própria estrutura. Qualquer um que se deteriore, irá comprometer a
estrutura como um todo [3].
O estudo de caso analisado trata-se de um edifício situado em zona urbana densa de edificações, bem no centro
de Porto Alegre. A orientação solar da fachada principal é predominantemente leste e uma das fachadas laterais é
predominantemente norte. Porém, em virtude das edificações próximas, a incidência solar nas fachadas
(pavimentos de garagem) é pequena, Figura 1.

Figura 1: Localização e orientação solar da edificação analisada.

A edificação é constituída de 14 pavimentos (01 térreo/garagem/lojas, 03 pavimentos de garagem e os demais


pavimentos de apartamentos). Foram vistoriadas as lajes e vigas do 3°, 4° e 5° pavimento e pilares do 2°, 3° e 4°
pavimento de garagem onde se observa a deterioração da estrutura. Cada pavimento vistoriado apresenta vigas,
pilares e lajes revestidos e/ou pintados. Os pavimentos possuem apenas um parapeito de, aproximadamente,
1,10m de altura na fachada do prédio, Figura 2.

Tipos
Apartamentos

Tipos
Apartamentos

Vão de
Tipos
Apartamentos abertura
4º Pavimento

Parapeito
3º Pavimento
~1,10m
2º Pavimento

Térreo

Figura 2: Corte esquemático do prédio e detalhe do parapeito e da abertura, localizada no 2° pavimento da


garagem.

O presente artigo apresenta a análise das condições de deterioração da estrutura de concreto armado dos
pavimentos de garagem do edifício. Também, foram realizados ensaios para verificação de regiões carbonatadas
e coletadas amostras para a determinação da concentração de cloretos nas vigas e pilares. Esta verificação teve
por objetivo principal avaliar as condições da estrutura de concreto armado dos pavimentos de garagem, onde
ocorre um processo de degradação do concreto e corrosão das armaduras nas vigas e pilares periféricos dos
respectivos pavimentos.
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2. ESTRUTURA DE CONCRETO ANALISADA E PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS


DETECTADAS

De forma a facilitar a visualização dos locais onde foram realizados os estudos de carbonatação, a extração de
amostras para análise de cloretos e o posicionamento dos pontos de analise, foi desenhado um croqui do projeto
de formas dos pavimentos de garagem vistoriados.

P35 V13f P34 V13e V13d V13c P33 V13b P32 V13a P31
V25a

CA 2 CA 3 CA 1 CL 1
P28 F 3.6 F 3.5 F 3.2
P27 P26 P24
P30 P29 P25
V25b

P18
P19
V25c

F 3.4

P11 P12
V25d

P08 V 2b P07 V 2a V 1b P06 V 1a VR1c VR1b


P03
P05 P04
Legenda:
CA 4
P02 VE P01 F 3.3 F = Figura
F 3.3
CL 2 V = Viga
P = Pilar
CA = Ponto de Carbonatação
CL = Ponto da Amostra para Análise de
Cloretos

Figura 3: Croqui esquemático da planta de formas do 3° pavimentos de garagem com a localização dos pilares
do 2° pavimento.

Observa-se, através de inspeção visual, que a estrutura apresenta zonas de degradação do concreto e corrosão das
armaduras (as vigas da fachada leste e os pilares da fachada oeste são os mais afetados). No caso das vigas de
fachada a corrosão da armadura encontra-se em estágio bem avançado com redução de seção da armadura
positiva e rompimento dos estribos, Figura 4.

Figura 4: Degradação do concreto e corrosão da armadura com estribo rompido.

Os pilares da fachada oeste se encontram em processo de degradação do concreto e início de corrosão da


armadura. Conforme pode ser observado na Figura 5, o P5 apresenta a armadura exposta, em sua parte inferior,
não havendo mais o revestimento das barras da armadura e, consequentemente, da camada de proteção das
mesmas.
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P5

Figura 5: Degradação do concreto e início do processo de corrosão da armadura dos pilares de fachada, (fachada
oeste).

Em estágio menos avançado de degradação encontram-se as vigas da fachada norte com fissuração longitudinal
na parte inferior, indicando, uma provável corrosão da armadura positiva, podendo ocasionar o lascamento da
camada de concreto protetora da armadura, Figura 6.

Figura 6: Fissuração da parte inferior da Viga 25c fachada norte, entre pilares P11 e P18.

Observa-se, também, que as vigas de fachada estão com cobrimento de concreto reduzido na face inferior. No
entanto, na face lateral externa há uma camada de revestimento de placas cerâmicas assentadas com argamassa,
totalizando uma espessura de 8 cm. Na face lateral interna o revestimento de argamassa possui 0,5 cm de
espessura, conforme pode ser observado na Figura 7.

Cobrimento e
Revestimento Revestimento Fundo da viga
interno externo

~ 8 cm

Figura 7: Espessura do cobrimento da armadura e do revestimento da Viga 13c fachada leste.


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Armadura com
corrosão

Falta de
cobrimento

Figura 8: Estado de degradação da Viga 13c, fachada leste.

A estrutura de concreto armado do 4º pavimento apresenta problemas similares ao do 3º pavimento. A


degradação do concreto e a corrosão das armaduras situam-se nas vigas de fachada, principalmente na fachada
leste (ver Figura 8). Os pilares apresentam lascamento de parte dos cantos tornando expostas as armaduras, que
apresentam redução de seção, porém, não superior a 20%, Figura 9.

P 32 P 32

Lascamento do
canto do pilar

Figura 9: Lascamento dos pilares expondo a armadura corroída do 3º pavimento.

O 5º pavimento apresenta um terraço em torno do corpo do prédio, isto é, resulta em uma área sem cobertura,
com um parapeito sobre a fachada do prédio. Neste pavimento foram observadas as mesmas manifestações
patológicas dos outros pavimentos de garagem, porém com grau de severidade mais branda, Figura 10.

V14c

Figura 10: Armadura exposta em viga do 5º pavimento e pilar do 4° pavimento.


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Uma particularidade deste pavimento foi o descolamento de placas de revestimento cerâmico e desagregação do
revestimento argamassado, conforme Figura 11.

V26a

Figura 11: Descolamento de parte do revestimento cerâmico da viga 26c do 5º pavimento.

3. ANÁLISES QUIMICAS

Com o objetivo de averiguar as características químicas do concreto da estrutura dos pavimentos de garagem
foram realizados ensaios para a determinação da profundidade de carbonatação e da concentração de cloretos.
Foram realizados 08 ensaios para verificação da profundidade de carbonatação na estrutura e extraídas 04
amostras para a determinação da concentração de cloretos, nos três pavimentos estudados.

3.1 Análise da Carbonatação


A análise de carbonatação foi executada por meio da aplicação da solução de fenolftaleína. Inicialmente, foram
retiradas lascas de concreto dos cantos dos pilares e das vigas, e posteriormente, aspergida a solução, com o
auxílio de uma seringa descartável. Esta técnica permite avaliar a região carbonatada pela variação da coloração
da superfície em análise. A zona não carbonatada é caracterizada por apresentar uma coloração rosada, enquanto
que a carbonatada não apresenta coloração (incolor). Conforme mostrado nas Figuras 12 e 13 a variação da
coloração permite medir a profundidade da frente de carbonatação, nos elementos analisados.

Área
V 31 b
Carbonatada
Área Área não
Carbonatada Carbonatada

P 33
Figura 12: Ensaio de carbonatação no pilar do 3º pavimento e viga do 4° pavimento.
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P 28 P 29
3º Pavto 4º Pavto.

Figura 13: Ensaio de carbonatação no pilar do 3º e do 4º pavimento.

Percebe-se que os pilares apresentaram toda a profundidade analisada carbonatada, exceto o ponto 7 - pilar 28,
que apresenta profundidade de carbonatação de 22 mm. Destaca-se que os pontos estavam a uma altura entre
1,00m e 1,50m do piso. Nas vigas V31f do 3° pavimento e V31b do 4° pavimento, observou-se que, em uma
delas não ocorreu carbonatação no concreto de recobrimento da armadura e que na outra a carbonatação foi
muito pequena, 6 mm, respectivamente.
A Tabela 1 apresenta os resultados de profundidade de carbonatação, bem como a localização dos pontos e o tipo
de elemento analisado. Verifica-se que a carbonatação varia de elemento para elemento, isto é, se pilar ou viga.
Este fato pode ser explicado pelo tipo de revestimento.

Tabela 1 - Resultados dos ensaios de carbonatação.


Profundidade [mm]
Ponto Pvto Tipo Localização
Analisada Carbonatada
01 2° Pilar P32 – h=1,00 m 13 13
02 3° Viga V13f – 20 cm do P34 20 0
03 2° Pilar P34 – h=1,20 m 18 18
04 2° Pilar P05 – h=1,20 m 15 15
05 4° Viga V13b – lado do P32 16 6
06 3° Pilar P33 – h=1,50 m 27 27
07 3° Pilar P28 – h=1,20 m 34 22
08 4° Pilar P29 – h=1,30 m 19 19

Conforme dito anteriormente, o tipo de revestimento influencia diretamente no processo de carbonatação. Nos
pilares, que apresentam apenas uma fina camada de pintura, observou-se que a carbonatação foi superior a 13
mm, em todos os pontos analisados. Isto significa que, nestes pilares, a camada passivante da armadura não se
encontra mais íntegra e que os mesmos se encontram mais suscetíveis à iniciação de um processo corrosivo.
Os resultados indicam também que o concreto superficial das vigas é mais resistente à penetração de gases que
os dos pilares. Como se pode ver nos pontos 02 e 05 a profundidade carbonatada não ultrapassou 6 mm. Cabe
ressaltar que, a lateral interna das vigas são pintadas, enquanto que a lateral externa e a face inferior são
revestidas com revestimento cerâmico.

4.2 Determinação da Concentração de Cloretos

Para a determinação da concentração de cloretos foram extraídas quatro amostras, dos três pavimentos
analisados. As mesmas foram submetidas a um processo de preparação que consistiu na moagem e eliminação
dos grãos retidos na peneira de n° 200.
O equipamento utilizado para esta análise foi o CL-2000, que mede a concentração de cloretos em uma solução
formada por 3 g de amostra e 20 ml de líquido extrator, que tem a finalidade de extrair os cloretos presentes na
amostra. Após três minutos de agitação foram efetuadas as medidas da porcentagem de cloretos presente em
cada uma das soluções. Os resultados desta análise estão apresentados na Tabela 2.
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Tabela 2 – Resultados dos ensaios de teores de cloretos.


Concentração de
Ponto Pvto Tipo Localização Cloretos [%]
01 3° Viga V13a 0.061
02 2° Pilar P5 – h=1,20 m 0.026
03 4° Viga V13b – lado do P32 0.015
04 3° Pilar P28 – h=1,20 m 0.023

Verifica-se que os teores de íons cloretos ficam abaixo de 0.061%, valor inferior ao limite de 0.4% normalmente
adotado como teor crítico para que o ataque por cloretos seja significativo. Este valor limite é preconizado por
Normas européias, que sugerem que até esta taxa de cloretos o risco de corrosão é baixo.

4. CONCLUSÕES

Tomando como base os resultados dos ensaios, observa-se que a contaminação por íons cloretos é inexpressiva.
Todos os resultados apontaram para uma taxa máxima de 16% da porcentagem limite de 0,4% de cloretos em
relação ao peso da amostra. Esse fato descarta a possibilidade da corrosão da armadura ter ocorrido por
contaminação de íons cloretos.
Em relação à carbonatação, constatou-se uma distinção de comportamento para cada tipo de elemento (vigas e
pilares). Os pilares apresentaram profundidades de carbonatação elevadas, superiores a 13 mm, em todos os
pontos analisados. Ressalta-se que, com exceção do ponto 07, toda a profundidade estudada estava
completamente carbonatada, e que, no ponto 07 a carbonatação foi de 22 mm. Já para as vigas, observou-se que
a profundidade de carbonatação é pequena em relação aos valores medidos nos pilares, alcançando, no máximo,
6 mm. Este fato reforça a importância da proteção superficial dos elementos estruturais.
Constatou-se que os pilares possuem cobrimento adequado, com exceção do pilar P05 do 2° pavimento. Embora
todos os pilares analisados apresentem carbonatação ao longo do seu cobrimento, as armaduras estão apenas
oxidadas, não manifestando redução de seção. Todavia, não pode ser descartada a possibilidade das armaduras
apresentarem processo corrosivo a curto e médio prazo, caso não sejam submetidas a uma intervenção.
Já as vigas de fachada, conforme verificado in loco, em quase toda a sua extensão não apresentam cobrimento
adequado na face inferior, de acordo com as normas vigentes. Além disso, há um sarrafo de madeira embutido na
face inferior da viga, deixado durante a execução da obra, que acaba prejudicando o desempenho do
revestimento. Por ser um material orgânico esse sofre deterioração facilmente, propiciando a presença de
microorganismos e aumentando a probabilidade da entrada de umidade e agentes agressivos. Visto esse
histórico, salienta-se que é importante que seja efetuada intervenção nos elementos estruturais.

6. REFERÊNCIAS

[1] Chekroun, M., Le Marrec, L., Abraham, O., Villain, O., Durand, O. - Analysis of coherent surface wave
dispersion and damping for non destructive testing of concrete. Non-Destructive Testing in Civil
Engineering (NDTCE 2009), 2009, Nantes. Proceedings... Paris: Confédération Française pour les Essais
Non Destructifs, 2009.
[2] Comité Euro-International du Béton, CEB-FIP Model Code 1990. London: Thomas Telford, 1993.
[3] Medeiros, M.H.F., Andrade, J.J.O, Helene, P., “Durabilidade e Vida Útil de Estruturas”, Concreto: Ciência e
Tecnologia. Cap. 22, pag. 773-808, Editor Geraldo Isaia. Sao Paulo, IBRACON, 2011.

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