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1- Introdução

Desde o século XVIII, quando se iniciou a utilização de estruturas metálicas na


construção civil até os dias atuais, o aço tem possibilitado aos arquitetos,
engenheiros e construtores, soluções arrojadas, eficientes e de alta qualidade. Das
primeiras obras como a Ponte Ironbridge na Inglaterra, de 1779 aos ultramodernos
edifícios que se multiplicaram pelas grandes cidades, a arquitetura em aço sempre
esteve associada à ideia de modernidade, inovação e vanguarda, traduzida em
obras de grande expressão arquitetônica e que invariavelmente traziam o aço
aparente. No entanto, as vantagens na utilização de sistemas construtivos em aço
vão muito além da linguagem estética de expressão marcante; redução do tempo de
construção, racionalização no uso de materiais e mão de obra e aumento da
produtividade, passaram a ser fatores chave para o sucesso de qualquer
empreendimento.
Essas características que transformaram a construção civil no maior mercado para
os produtores de aço no exterior, começam agora a serem percebidas por aqui.
Buscando incentivar este mercado e colocar o Brasil no mesmo patamar de
desenvolvimento tecnológico de outros países, a COSIPA vem oferecer uma vasta
gama de aços para aplicação específica na construção civil.
Produzidos com os mais avançados processos de fabricação, os aços COSIPA têm
qualidade garantida através das certificações ISO 9001 e ISO 14001.A
competitividade da construção metálica tem possibilitado a utilização do aço em
obras como: edifícios de escritórios e apartamentos, residências, habitações
populares, pontes, passarelas, viadutos, galpões, supermercados, shopping centers,
lojas, postos de gasolina, aeroportos e terminais rodo-ferroviários, ginásios
esportivos, torres de transmissão, etc.
2- Vantagens no uso do Aço
O sistema construtivo em aço apresenta vantagens significativas sobre o sistema
construtivo convencional:
 Liberdade no projeto de arquitetura - A tecnologia do aço confere aos arquitetos
total liberdade criadora, permitindo a elaboração de projetos arrojados e de
expressão arquitetônica marcante.
 Maior área útil - As seções dos pilares e vigas de aço são substancialmente mais
esbeltas do que as equivalentes em concreto, resultando em melhor aproveitamento
do espaço interno e aumento da área útil, fator muito importante principalmente em
garagens.
 Flexibilidade - A estrutura metálica mostra-se especialmente indicada nos casos
onde há necessidade de adaptações, ampliações, reformas e mudança de ocupação
de edifícios. Além disso, torna mais fácil a passagem de utilidades como água, ar
condicionado, eletricidade, esgoto, telefonia, informática, etc.
 Compatibilidade com outros materiais - O sistema construtivo em aço é
perfeitamente compatível com qualquer tipo de material de fechamento, tanto
vertical como horizontal, admitindo desde os mais convencionais (tijolos e blocos,
lajes moldadas in loco) até componentes pré-fabricados (lajes e painéis de concreto,
painéis "drywall", etc).
 Menor prazo de execução- A fabricação da estrutura em paralelo com a execução
das fundações, a possibilidade de se trabalhar em diversas frentes de serviços
simultaneamente, a diminuição de formas e escoramentos e o fato da montagem da
estrutura não ser afetada pela ocorrência de chuvas, pode levar a uma redução de
até 40% no tempo de execução quando comparado com os processos
convencionais.
 Racionalização de materiais e mão-de-obra- Numa obra, através de processos
convencionais, o desperdício de materiais pode chegar a 25% em peso. A estrutura
metálica possibilita a adoção de sistemas industrializados, fazendo com que o
desperdício seja sensivelmente reduzido.
 Alívio de carga nas fundações - Por serem mais leves, as estruturas metálicas
podem reduzir em até 30% o custo das fundações.
 Garantia de qualidade - A fabricação de uma estrutura metálica ocorre dentro de
uma indústria e conta com mão-de-obra altamente qualificada, o que dá ao cliente a
garantia de uma obra com qualidade superior devido ao rígido controle existente
durante todo o processo industrial.
 Antecipação do ganho - Em função da maior velocidade de execução da obra,
haverá um ganho adicional pela ocupação antecipada do imóvel e pela rapidez no
retorno do capital investido.
 Organização do canteiro de obras - Como a estrutura metálica é totalmente pré-
fabricada, há uma melhor organização do canteiro devido entre outros à ausência de
grandes depósitos de areia, brita, cimento, madeiras e ferragens, reduzindo também
o inevitável desperdício desses materiais. O ambiente limpo com menor geração de
entulho, oferece ainda melhores condições de segurança ao trabalhador
contribuindo para a redução dos acidentes na obra.

 Reciclabilidade - O aço é 100% reciclável e as estruturas podem ser desmontadas


e reaproveitadas.
 Preservação do meio ambiente - A estrutura metálica é menos agressiva ao meio
ambiente pois além de reduzir o consumo de madeira na obra, diminui a emissão de
material particulado e poluição sonora geradas pelas serras e outros equipamentos
destinados a trabalhar a madeira.
 Precisão construtiva - Enquanto nas estruturas de concreto a precisão é medida
em centímetros, numa estrutura metálica a unidade empregada é o milímetro. Isso
garante uma estrutura perfeitamente aprumada e nivelada, facilitando atividades
como o assentamento de esquadrias, instalação de elevadores, bem como redução
no custo dos materiais de revestimento.

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3. Aspectos de Projeto

3.1. Definição do Partido Arquitetônico


Estrutura metálica aparente ou revestida? Essa é a primeira decisão que o arquiteto
deve tomar ao trabalhar com estrutura de aço. Ao contrário do que muitos possam
pensar, a maior parte das obras em aço existentes no exterior são realizadas com o
aço revestido. Essa solução, que pode significar redução nos custos de pintura e
proteção contra incêndios, deve ser adotada quando o que importa são as inúmeras
vantagens do aço como material estrutural e não a "estética do aço". Cabe ao
arquiteto definir qual a solução mais adequada para cada obra. Nessa etapa do
projeto é interessante uma consulta a um calculista que poderá orientar sobre as
melhores alternativas.

3.2. Detalhamento
É necessário um bom detalhamento do projeto estrutural que leve em conta
possíveis interferências com os projetos de instalações elétricas, hidráulicas, ar
condicionado, etc. e evitar improvisações no canteiro de obras. Independentemente
do tipo de aço e do esquema de pintura empregados, alguns cuidados básicos nas
etapas de projeto, fabricação e montagem da estrutura podem contribuir
significativamente para melhorar a resistência à corrosão:
 Evitar regiões de empoçamento de água e deposição de resíduos;
 Prever furos de drenagem em quantidade e tamanho suficiente;
 Permitir a circulação de ar por todas as faces dos perfis para facilitar a secagem;
 Garantir espaço suficiente e acesso para realização de manutenção (pintura, etc.);
 Impedir o contato direto de outros metais com o aço para evitar o fenômeno de
corrosão galvânica;
 Evitar peças semi-enterradas ou semi-submersas.
3.3. Ligações

Outro ponto importante na etapa de projeto, é a definição do sistema de ligação a


ser adotado entre os elementos que compõem a estrutura metálica como: vigas,
pilares e contraventamentos.
É fundamental que os elementos de ligação (chapas, parafusos, soldas, etc.)
apresentem resistência mecânica compatível com o aço utilizado na estrutura. A
escolha criteriosa entre um sistema de ligação soldado e/ou parafusado, pode
significar uma obra mais econômica e tornar a montagem mais rápida e funcional.
Alguns aspectos são importantes para essa escolha:
 Condições de montagem no local da obra
 Grau de dificuldade para fabricação da peça
 Padronização das ligações
Se a intenção do projeto for deixar as estruturas aparentes, o desenho das ligações
assume uma importância maior. O formato, posição e quantidade de parafusos,
chapas de ligação e nervuras de enrijecimento, são alguns dos itens que podem ter
um forte apelo estético se convenientemente trabalhados pelo arquiteto em conjunto
com o engenheiro calculista.

Ligações Soldadas
Para que se tenha um maior controle de qualidade, as ligações soldadas devem ser
executadas sempre que possível na fábrica. É o tipo de ligação ideal para união de
peças com geometria complicada.
Os processos de soldagem mais utilizados são a solda a arco elétrico, que pode ser
manual ou com eletrodo revestido e automática, com arco submerso. Quando a obra
empregar aços resistentes à corrosão atmosférica (família COS AR COR) deve-se
empregar eletrodos apropriados.

Ligações Parafusadas

As ligações parafusadas podem utilizar dois tipos de parafusos:


 comuns: apresentam baixa resistência mecânica, sendo portanto utilizados em
ligações de peças secundárias como guarda-corpos, corrimãos, terças e outras
peças pouco solicitadas
 alta resistência: são especificados para ligações de maior responsabilidade. Devido
à característica de alta resistência, as ligações geralmente tem um número mais
reduzido de parafusos, além de chapas de ligação menores.
É importante destacar que, quando a obra empregar aços resistentes à corrosão
atmosférica (família COS AR COR) deve-se empregar parafusos de aço com as
mesmas características.
Não é recomendada a utilização de parafusos e porcas galvanizados sem pintura
em estruturas de aço carbono comum ou resistentes à corrosão atmosférica. A
diferença de potencial eletroquímico entre o revestimento de zinco e o aço da
estrutura pode ocasionar uma corrosão acelerada da camada de zinco.

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4. Peso da Estrutura
Para a elaboração de estimativas de custo, é necessário se conhecer o peso da
estrutura metálica. Apresentamos a seguir, para efeito ilustrativo, uma tabela com o
peso estimado da estrutura metálica em função dos diversos tipos de construção.

5. Fechamentos
As estruturas metálicas permitem grande flexibilidade quando o assunto é a escolha
dos sistemas de fechamento horizontal (lajes) e vertical (paredes). De maneira geral,
podemos dizer que é possível utilizar todas as alternativas de fechamento existentes
no mercado, desde as mais convencionais até as mais inovadoras.
A especificação dependerá do tipo de projeto e de suas características específicas:
exigências econômicas, estéticas, necessidade de rapidez de execução, etc. Dessa
forma, o arquiteto tem total liberdade para optar pelo uso da solução mais adequada.

5.1. Fechamentos Horizontais

Dentre os diversos tipos de lajes usualmente empregadas, podemos destacar as


seguintes: • laje de concreto moldada "in loco"; • laje de painel armado de
concreto celular; • laje pré-fabricada protendida; • pré-laje de concreto; • laje
mista; • laje de painel de madeira e fibrocimento; • laje com forma metálica
incorporada - "steel deck".
5.2. Fechamentos Verticais

Igualmente como acontece com as lajes, as estruturas metálicas possuem


compatibilidade com uma grande diversidade de materiais de vedação. Destacamos
abaixo algumas dessas soluções:
 alvenarias: de tijolos de barro, blocos cerâmicos, blocos de concreto ou de concreto
celular;
 painéis: de concreto celular, concreto colorido, solo-cimento, aço, gesso acartonado
("dry-wall").
É importante deixar claro que não existem fatores de ordem técnica que impeçam o
uso de estruturas metálicas em conjunto com alvenarias.
Para tanto é necessário apenas que o projetista detalhe as uniões entre os
diferentes materiais o que evitará o aparecimento de patologias como trincas ou
fissuras. Entre os detalhes mais comumente empregados podemos destacar:
 junta pilar/alvenaria: utilização de barras de aço de espera (também conhecida
como "ferro cabelo"), com 5 mm de diâmetro e 30 a 40 cm de comprimento,
soldadas ao perfil aproximadamente a cada 40 cm e solidarizadas à alvenaria
durante o seu assentamento;
 junta viga/alvenaria: aplicar entre a face inferior da viga e a alvenaria, material
deformável (cortiça, isopor ou poliestireno) arrematados por mata-juntas ou selantes
flexíveis.
Com relação aos demais materiais utilizados como fechamento, é necessário
consultar os catálogos técnicos de seus respectivos fabricantes, onde poderão ser
encontradas informações úteis com relação às melhores soluções de detalhamento
entre a estrutura e o conjunto de vedação.

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