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A SAÚDE NO ESTADO

Matérias Jornalísticas - Destaques nos principais jornais e websites

07 de junho de 2018 (Quinta-Feira)


Secretária de saúde é denunciada por fraude em licitações Acusada teria se beneficiado do cargo para promover contratações
diretas de diversas empresas

Por: Portal ORM 6 de Junho de 2018 às 21:26

A secretária municipal de saúde do município de Santa Cruz do Arari foi denunciada pelo Ministério Público por fraude nas licitações da
cidade. O Promotor de Justiça Titular da Comarca de Cachoeira do Arari e do Termo Judiciário de Santa Cruz do Arari, André Cavalcanti de
Oliveira, ingressou com uma Ação Civil Pública por improbidade administrativa contra Ediene Pampona Bentes.
Segundo a acusação, a funcionária municipal teria se beneficiado do cargo para promover contratações diretas de diversas empresas,
mediante dispensas de licitação. De acordo com a ação, a secretária promoveu as dispensas das licitações sem observar as formalidades
legais, visando beneficiar várias empresas e causando prejuízo ao erário municipal.
Ainda segundo a ação, a denunciada teria ocupado anteriormente o cargo de titular da Secretaria Municipal de Saúde de Santa Cruz do
Arari, com a prática de diversas irregularidades no exercício de suas funções. Uma auditoria do Tribunal de Costas do Município (TCM)
constatou, em relatório técnico inicial acerca da prestação de contas do exercício 2008, que a acusada causou lesão aos cofres públicos
por praticar má gestão patrimonial, ao dispensar indevidamente licitação, mediante realização de contratações diretas não comprovadas,
ordenando a realização de despesas não autorizadas e liberando verba pública sem observância das normas pertinentes.
Desta forma, o Promotor de Justiça André Cavalcanti, autor da ação, entende que a secretária agiu de forma negligente na conservação do
patrimônio público, influindo para aplicação irregular de verba pública e praticando ato proibido em lei.
Segundo o promotor, a análise técnica inicial promovido pela 5ª Controladoria do TCM/PA constatou diversas irregularidades na prestação
de contas da secretária, tais como prestação de contas do 2º Quadrimestre fora do prazo regulamentar, descumprindo o que determina o
art. 30 da Lei Complementar nº 25/94; a ausência de cálculo dos encargos relativos à pessoal civil, por não existir identificação de quais
servidores são efetivos (contribuinte do Instituto Próprio) e quais são comissionados (contribuintes do INSS) e falta de encaminhamento de
parecer do Conselho Municipal de Saúde.Quanto a ausência de processos licitatórios, foram identificadas a realizações de despesas sob a
forma de dispensa de licitação, enquadradas no art. 24, inciso I, da Lei nº 8.666/93, sem que no entanto fossem enviados ao Tribunal de
Contas os processos que pudessem justificar a dispensa.
Na ação, o Ministério Público solicita a condenação da acusada a reparar integralmente os danos causados ao patrimônio público do
Fundo de Saúde de Santa Cruz do Arari, estimado em R$ 199.163,85, valor que deve ser somado a juros e correção monetária, sem
prejuízo de condenação por danos morais, mediante arbitramento mínimo; a condenação da ré a perda do cargo, emprego, função ou
mandado eletivo, na forma do art. 83 da Lei nº 8.666/93 c/c art. 92, inciso I, CPB.

Ação da ANS orienta consumidores sobre planos de saúde Esclarecer problemas e tirar dúvidas são alguns objetivos da
atividade
Por: Portal ORM 6 de Junho de 2018 às 15:42 Atualizado em 6 de Junho de 2018 às 17:14

Servidores do Núcleo da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no Pará vão realizar uma ação para prestar esclarecimentos a
pessoas que já possuem plano de saúde e dar orientações àquelas que desejam contratar um. A atividade acontece nesta sexta-feira, 9, e
no sábado, 10, na varanda do 2º piso do Shopping Pátio Belém, entre 10h e 22h.
Esta é a 5ª edição do evento, que celebra, em 2018, os 20 anos da Lei nº 9.656/98, marco regulatório do setor de saúde suplementar, e os
18 anos de criação da ANS. "Com a atividade, esperamos aproximar a agência ainda mais dos consumidores, levando informação
importante e prestando serviço de utilidade pública à sociedade", destaca o chefe do Núcleo da ANS em Belém, Uender Soares Xavier.
No Pará, há 792 mil beneficiários de planos de saúde de assistência médica e cerca de 420 mil em planos exclusivamente odontológicos.
Pelo programa Parceiros da Cidadania, a ANS estabeleceu acordos de cooperação técnica com o Procon e o Ministério Público, visando à
melhoria do atendimento prestado aos beneficiários de planos de saúde.

Projeto do Ophir Loyola aumenta número de doações de córneas A córnea é um tecido transparente localizado na frente do globo
ocular e pode ser comparada ao “vidro de um relógio”

Por: Portal ORM, com informações da assessoria 6 de Junho de 2018 às 14:36 Atualizado em 6 de Junho de 2018 às 15:29
Um projeto desenvolvido pelo Banco de Olhos, no Hospital Ophir Loyola, contribuiu para o aumento do número de captações de córneas
para transplantes, com o objetivo de atender pessoas que dependem de doações para recuperar a visão. Esse serviço atua no
recolhimento, avaliação, preservação e destinação de córneas, em consonância com a Central de Transplante da Secretaria Estadual de
Saúde (Sespa).
A responsável técnica do Banco de Olhos, Natércia Pinto Jeha, explica que a quantidade de doações estava cada vez menor comparada
aos anos anteriores. Por isso, foi estabelecido um novo fluxo de captação de doadores dentro do hospital, vinculado às clínicas de
internação e ao Centro de Terapia Intensiva.
Agora, qualquer membro das equipes assistenciais pode acionar o Banco de Olhos após um falecimento. Em menos de dois meses, o
Ophir Loyola obteve um número de doações superior aos analisados 60 dias antes. Desde a implantação do projeto, 136 notificações
foram realizadas. Mais da metade do total de doações de córneas realizadas no Pará foi realizada no HOL.
Com a confirmação do óbito, a equipe se dirige ao local para fazer a avaliação do prontuário e triagem, a abordagem da família e, em caso
de aceitação, o Banco de Olhos faz a remoção do globo ocular, avalia as córneas, preserva os tecidos e coleta o sangue para pesquisa de
HIV, Hepatite B e C e vírus HTLV, para disponibilizá-las para o transplante.
Doação
A autorização da retirada dos tecidos cabe aos familiares, até seis horas após o óbito. Até duas pessoas são beneficiadas e podem voltar a
enxergar.
Qualquer pessoa que tenha entre 2 e 70 anos de idade pode doar as córneas para o Banco de Olhos do HOL. Não podem fazer doações
os pacientes com tumores localizados no globo ocular, portadores de leucemia, de linfoma, de mieloma múltiplo e outras doenças.
Hospital de Tucuruí abre vaga para assistente social, no sudeste do Pará
Candidatos devem ter experiência comprovada na área, disponibilidade de horário, conhecimento de informática e inscrição no
Conselho de Classe regularizado.

06/06/2018 09h30

Hospital de Tucuruí abriu vaga para assistente social.Hospital de Tucuruí abriu vaga para assistente social. (Foto: Divulgação/Unacon)
A Unidade de Alta Complexidade em Oncologia Dr. Vitor Moutinho, em Tucuruí, no sudeste paraense, abriu vaga para assistente social. O
processo seletivo para contratação recebe currículos de candidatos até às 12h desta quarta-feira (6).
Os candidatos devem ter experiência comprovada na área, disponibilidade de horário, conhecimento de informática e inscrição no
Conselho de Classe (Cress) regularizado.
Os currículos recebidos passarão por uma triagem do setor de recursos humanos do hospital. Com a seleção efetivada, os candidatos que
tiverem seus currículos aprovados nesta fase, serão contatados para informar local, dia e hora da realização das provas e entrevistas.
A unidade é administrada pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado
de Saúde Pública (Sespa).
Envio de currículos
Os interessados deverão enviar seu currículo até esta quarta (6), às 12h, para o e-mail rh.unc@indsh.org.br
Caps Renascer já vê os primeiros resultados do Projeto AcolheSUS

Alexandre Anderson Melo, que é representante dos usuários do Caps Renascer no Projeto AcolheSUS, tem percebido algumas
melhorias no processo de trabalho.

06/06/2018 19:07h

Melhorar a qualidade do atendimento aos usuários do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Renascer é o objetivo geral do Plano de
Ação elaborado durante as oficinas do Projeto de Qualificação das Práticas de Cuidado a partir das Portas de Entrada do SUS (Projeto
AcolheSUS). Na sexta oficina, que começou nesta quarta-feira (6), o Plano será finalizado, no entanto, as intervenções nos processos de
trabalho do Caps já vêm acontecendo gradativamente desde o início do Projeto em outubro de 2017.
A finalidade do AcolheSUS é qualificar o acesso e as práticas de cuidado por meio da implantação/implementação da Diretriz Acolhimento
da Política Nacional de Humanização (PNH) nos serviços de saúde, sendo que aqui no Pará, o campo de ação do projeto é o Centro de
Atenção Psicossocial (Caps) Renascer.
No Pará, o AcolheSUS está sendo realizado pelo Ministério da Saúde (MS), por meio da Coordenação Geral da Política Nacional de
Humanização (CGPNH) em parceria com a Sespa, via Diretoria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (DGTES) e Coordenação
Estadual de Humanização.
O Pará foi o único estado que escolheu a área de Saúde Mental para desenvolver o projeto, enquanto Tocantins e Paraíba – que são os
outros estados escolhidos para desenvolverem os projetos experimentais – optaram pela área de Urgência e Emergência. Os três estados
vão se tornar referência para os demais.
A sexta oficina começou com a participação dos integrantes do projeto na assembleia dos usuários, oportunidade que têm de ouvir de
perto as principais demandas de quem realmente utiliza a Rede de Atenção Psicossocial do Sistema Único de Saúde (SUS).
O coordenador estadual de Humanização, Guilherme Martins, disse que a assembleia funciona como uma espécie de termômetro. “Para
ver se a gente está entendendo e percebendo realmente as dificuldades enfrentadas pelos usuários. Porque, muitas vezes, a gente pensa
que houve avanço em determinada área, mas o usuário vem e aponta algo que ainda não está funcionando bem. Isso nos faz rever o
processo de trabalho”, explicou.
Segundo o coordenador, em reunião com os trabalhadores do Caps Renascer, na última terça-feira (5), foi feita uma avaliação do que já
avançou no processo de trabalho deles. E agora na oficina será feita uma análise mais objetiva e técnica desse processo. “Vamos pegar a
estrutura do plano, comparar com o que estava previsto e analisar o que avançou ou não. E, a partir de agora, trabalhar a implementação
desse plano”, informou.
Ele disse que um dos avanços apontados pela equipe foi a organização dos processos de trabalho. “A partir de uma revisão do seu plano
institucional, a equipe pôde tirar da gaveta tudo aquilo que ela pensava em termos de projetos, plano de ação e atividades, verificar o que
estava ou não funcionando e tentar adequar isso ao projeto de hoje”, detalhou Guilherme. “Foi muito bacana porque mostram direções
importantes para se trabalhar e investir, como o acolhimento, ambiência, relação entre os turnos e equipes e acompanhamento do usuário,
sendo importante haver envolvimento com os outros segmentos da rede do SUS.
Um dos problemas apontados pelos usuários é a dificuldade que passaram a enfrentar para receber os medicamentos da Farmácia Básica
em função da descentralização desse serviço da Sespa para a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma). A situação, inclusive,
vem sendo acompanhada e discutida pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual, Conselhos de Saúde e gestores da área da saúde,
mas ainda não foi totalmente resolvido.
Guilherme informou, ainda, que o Projeto, deverá ser concluído até o fim deste ano e que o trabalho será estendido a toda Rede de
Atenção Psicossocial de Belém, por meio do Colegiado HumanizaRaps, que reúne todos os Caps de Belém e a República Terapêutica de
Passagem (RTP). “Os demais Caps estão se envolvendo aos poucos com o Projeto AcolheSUS para que seja expandido em toda a Rede
e se torne referência no Brasil, como é a finalidade do projeto”, disse Guilherme.
O diretor do Caps Renascer, Luciano Pereira afirmou que o AcolheSUS já propiciou alguns avanços na Unidade, mas apontou o problema
na dispensação dos medicamentos (ato de assegurar que o medicamento de boa qualidade seja entregue ao paciente certo, na dose
prescrita, na quantidade adequada) como o mais urgente a ser solucionado porque está causando muitos transtornos aos usuários. “Além
da descentralização, ficamos preocupados com o acolhimento desses usuários na rede básica de saúde, porque ainda existe muito
preconceito por parte dos próprios trabalhadores de saúde em relação ao paciente de saúde mental. Mas isso também tem melhorado
bastante com o projeto”, informou o diretor.
Luciano citou, ainda, o avanço na construção dos documentos internos. “Muitos tinham sido criados há cinco anos e precisavam de uma
atualização, porque muita coisa que a gente inseriu na época, hoje não tem mais validade”, observou o gestor.
Alexandre Anderson Melo, que é representante dos usuários do Caps Renascer no Projeto AcolheSUS, tem percebido algumas melhorias
no processo de trabalho. “Eles têm dado atenção na forma como o usuário vê a prestação do serviço, principalmente, no que se refere ao
atendimento e a medicação. Então, minha avaliação é positiva”. Para ele, o problema maior está no fornecimento de insumos para os
profissionais trabalharem. “A gente chega para o atendimento, há profissionais, mas eles enfrentam dificuldade de realizar suas atividades
por falta de alguns itens”, explicou Alexandre.
Para a técnica em enfermagem do Caps Renascer, Arline Astur, “Só o fato de nós estarmos pensando nesse processo e vendo de que
maneira a gente pode melhorar o atendimento a esse usuário desde o acolhimento até a rede, já é de uma importância fundamental,
porque a correria do dia a dia não estava permitindo que fizéssemos essa avaliação, portanto, está sendo muito proveitoso”, disse. Ela
também citou os documentos internos do Caps, que estavam muito desatualizados. “O caminho é nos unirmos e nos fortalecermos para
melhorar cada vez mais”, ressaltou a servidora.
A oficina, que se estende até esta quinta-feira (7), conta com a contribuição da pesquisadora do Laboratório de Avaliação de Situações
Endêmicas Regionais (Laser), da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Beth Moreira; da doutoranda em Saúde Pública da
Ensp/Fiocruz, Celita Almeida; e da consultora técnica da CGPNH, Marília Palácio.
Segundo a pesquisadora Beth Moreira, o AcolheSUS tem uma programação muito adaptável à realidade local. No primeiro momento foi
feita uma oficina que priorizou as ações locais. Depois, houve a identificação do modelo de como essas ações deveriam ser organizadas
para que fosse alcançado o resultado esperado, ou seja, a modelização. E, em seguida, foi feita a escolha dos indicadores para
acompanhá-las. “Então, neste exato momento, estamos fazendo a última validação do plano para se ter ideia de quanto isso custaria no
mundo real para que o pessoal local se organize na captação do recurso. A partir de agora, a gente começa a intensificação dessas ações
e a função da Ensp será o de acompanhamento da implementação, para ver como de fato essas ações estão ocorrendo em contexto”,
informou a estudiosa. “Reforço muito que as ações já vinham acontecendo, mas não eram visíveis para a própria equipe com a clareza de
hoje porque agora dispõe de um modelo para condução e melhor acompanhamento das atividades. Apesar do AcolheSUS ser um projeto
que tematiza a humanização, ele é, em essência, um projeto de aprimoramento dos mecanismos de planejamento e monitoramento pode
ser aplicado as outras áreas da Saúde Coletiva”, concluiu a pesquisadora.

Por Roberta Vilanova


Caps Renascer já vê os primeiros resultados do Projeto AcolheSUS

Alexandre Anderson Melo, que é representante dos usuários do Caps Renascer no Projeto AcolheSUS, tem percebido algumas
melhorias no processo de trabalho.

06/06/2018 19:07h

Melhorar a qualidade do atendimento aos usuários do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Renascer é o objetivo geral do Plano de
Ação elaborado durante as oficinas do Projeto de Qualificação das Práticas de Cuidado a partir das Portas de Entrada do SUS (Projeto
AcolheSUS). Na sexta oficina, que começou nesta quarta-feira (6), o Plano será finalizado, no entanto, as intervenções nos processos de
trabalho do Caps já vêm acontecendo gradativamente desde o início do Projeto em outubro de 2017.
A finalidade do AcolheSUS é qualificar o acesso e as práticas de cuidado por meio da implantação/implementação da Diretriz Acolhimento
da Política Nacional de Humanização (PNH) nos serviços de saúde, sendo que aqui no Pará, o campo de ação do projeto é o Centro de
Atenção Psicossocial (Caps) Renascer.
No Pará, o AcolheSUS está sendo realizado pelo Ministério da Saúde (MS), por meio da Coordenação Geral da Política Nacional de
Humanização (CGPNH) em parceria com a Sespa, via Diretoria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (DGTES) e Coordenação
Estadual de Humanização.
O Pará foi o único estado que escolheu a área de Saúde Mental para desenvolver o projeto, enquanto Tocantins e Paraíba – que são os
outros estados escolhidos para desenvolverem os projetos experimentais – optaram pela área de Urgência e Emergência. Os três estados
vão se tornar referência para os demais.
A sexta oficina começou com a participação dos integrantes do projeto na assembleia dos usuários, oportunidade que têm de ouvir de
perto as principais demandas de quem realmente utiliza a Rede de Atenção Psicossocial do Sistema Único de Saúde (SUS).
O coordenador estadual de Humanização, Guilherme Martins, disse que a assembleia funciona como uma espécie de termômetro. “Para
ver se a gente está entendendo e percebendo realmente as dificuldades enfrentadas pelos usuários. Porque, muitas vezes, a gente pensa
que houve avanço em determinada área, mas o usuário vem e aponta algo que ainda não está funcionando bem. Isso nos faz rever o
processo de trabalho”, explicou.
Segundo o coordenador, em reunião com os trabalhadores do Caps Renascer, na última terça-feira (5), foi feita uma avaliação do que já
avançou no processo de trabalho deles. E agora na oficina será feita uma análise mais objetiva e técnica desse processo. “Vamos pegar a
estrutura do plano, comparar com o que estava previsto e analisar o que avançou ou não. E, a partir de agora, trabalhar a implementação
desse plano”, informou.
Ele disse que um dos avanços apontados pela equipe foi a organização dos processos de trabalho. “A partir de uma revisão do seu plano
institucional, a equipe pôde tirar da gaveta tudo aquilo que ela pensava em termos de projetos, plano de ação e atividades, verificar o que
estava ou não funcionando e tentar adequar isso ao projeto de hoje”, detalhou Guilherme. “Foi muito bacana porque mostram direções
importantes para se trabalhar e investir, como o acolhimento, ambiência, relação entre os turnos e equipes e acompanhamento do usuário,
sendo importante haver envolvimento com os outros segmentos da rede do SUS.
Um dos problemas apontados pelos usuários é a dificuldade que passaram a enfrentar para receber os medicamentos da Farmácia Básica
em função da descentralização desse serviço da Sespa para a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma). A situação, inclusive,
vem sendo acompanhada e discutida pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual, Conselhos de Saúde e gestores da área da saúde,
mas ainda não foi totalmente resolvido.
Guilherme informou, ainda, que o Projeto, deverá ser concluído até o fim deste ano e que o trabalho será estendido a toda Rede de
Atenção Psicossocial de Belém, por meio do Colegiado HumanizaRaps, que reúne todos os Caps de Belém e a República Terapêutica de
Passagem (RTP). “Os demais Caps estão se envolvendo aos poucos com o Projeto AcolheSUS para que seja expandido em toda a Rede
e se torne referência no Brasil, como é a finalidade do projeto”, disse Guilherme.
O diretor do Caps Renascer, Luciano Pereira afirmou que o AcolheSUS já propiciou alguns avanços na Unidade, mas apontou o problema
na dispensação dos medicamentos (ato de assegurar que o medicamento de boa qualidade seja entregue ao paciente certo, na dose
prescrita, na quantidade adequada) como o mais urgente a ser solucionado porque está causando muitos transtornos aos usuários. “Além
da descentralização, ficamos preocupados com o acolhimento desses usuários na rede básica de saúde, porque ainda existe muito
preconceito por parte dos próprios trabalhadores de saúde em relação ao paciente de saúde mental. Mas isso também tem melhorado
bastante com o projeto”, informou o diretor.
Luciano citou, ainda, o avanço na construção dos documentos internos. “Muitos tinham sido criados há cinco anos e precisavam de uma
atualização, porque muita coisa que a gente inseriu na época, hoje não tem mais validade”, observou o gestor.
Alexandre Anderson Melo, que é representante dos usuários do Caps Renascer no Projeto AcolheSUS, tem percebido algumas melhorias
no processo de trabalho. “Eles têm dado atenção na forma como o usuário vê a prestação do serviço, principalmente, no que se refere ao
atendimento e a medicação. Então, minha avaliação é positiva”. Para ele, o problema maior está no fornecimento de insumos para os
profissionais trabalharem. “A gente chega para o atendimento, há profissionais, mas eles enfrentam dificuldade de realizar suas atividades
por falta de alguns itens”, explicou Alexandre.
Para a técnica em enfermagem do Caps Renascer, Arline Astur, “Só o fato de nós estarmos pensando nesse processo e vendo de que
maneira a gente pode melhorar o atendimento a esse usuário desde o acolhimento até a rede, já é de uma importância fundamental,
porque a correria do dia a dia não estava permitindo que fizéssemos essa avaliação, portanto, está sendo muito proveitoso”, disse. Ela
também citou os documentos internos do Caps, que estavam muito desatualizados. “O caminho é nos unirmos e nos fortalecermos para
melhorar cada vez mais”, ressaltou a servidora.
A oficina, que se estende até esta quinta-feira (7), conta com a contribuição da pesquisadora do Laboratório de Avaliação de Situações
Endêmicas Regionais (Laser), da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Beth Moreira; da doutoranda em Saúde Pública da
Ensp/Fiocruz, Celita Almeida; e da consultora técnica da CGPNH, Marília Palácio.
Segundo a pesquisadora Beth Moreira, o AcolheSUS tem uma programação muito adaptável à realidade local. No primeiro momento foi
feita uma oficina que priorizou as ações locais. Depois, houve a identificação do modelo de como essas ações deveriam ser organizadas
para que fosse alcançado o resultado esperado, ou seja, a modelização. E, em seguida, foi feita a escolha dos indicadores para
acompanhá-las. “Então, neste exato momento, estamos fazendo a última validação do plano para se ter ideia de quanto isso custaria no
mundo real para que o pessoal local se organize na captação do recurso. A partir de agora, a gente começa a intensificação dessas ações
e a função da Ensp será o de acompanhamento da implementação, para ver como de fato essas ações estão ocorrendo em contexto”,
informou a estudiosa. “Reforço muito que as ações já vinham acontecendo, mas não eram visíveis para a própria equipe com a clareza de
hoje porque agora dispõe de um modelo para condução e melhor acompanhamento das atividades. Apesar do AcolheSUS ser um projeto
que tematiza a humanização, ele é, em essência, um projeto de aprimoramento dos mecanismos de planejamento e monitoramento pode
ser aplicado as outras áreas da Saúde Coletiva”, concluiu a pesquisadora.

Por Roberta Vilanova


Hospital Galileu realiza "Dia D" da campanha nacional “Diga não à Desnutrição”

Profissionais multidisciplinares atentos as informações da palestra da nutricionista que visa alertar os cuidados que todos os
profissionais precisam ter para combater a desnutrição entre os pacientes internados

06/06/2018 17:39h

Mesmo tendo prevalência de pacientes bem nutridos, ao contrário do que é visto em internos de hospitais públicos e particulares de todo o
Brasil, o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), em Belém, realizou nesta quarta-feira (6), o Dia D da campanha nacional “Diga Não à
Desnutrição”, que visa alertar sobre os altos índices de pacientes desnutridos nos hospitais e evitar que esse problema permanceça. O
aumento de pacientes desnutridos após internação tem chamado atenção da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral
(Braspen). Nos últimos 20 anos, a desnutrição passou de 48% para 60% do total de internados.
No Galileu a ação foi voltada para alertar a equipe multidisciplinar da unidade sobre os riscos e cuidados com os pacientes. A nutricionista
do Hospital, Talita Lobato, ministrou palestra para enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos, entre outros
profissionais que também fazem parte da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN). “A abordagem sobre desnutrição precisa
parar de ser só de profissionais especializados em nutrição e passar a ser de toda a equipe. O profissional de saúde precisa ter noção
desse risco dentro do hospital. É um algo inerente ao tratamento e é por isso que temos hoje no Hospital Galileu a EMTN, que realiza
reuniões mensais e semanais sobre o quadro de cada paciente”, ressaltou a nutricionista.
Durante a palestra foram abordados os 11 passos para combater a desnutrição. Talita explicou a importância de debater o tema com os
profissionais, mesmo a unidade tendo uma boa estrutura multidisciplinar. “Estamos em um caminho bom, mas pretendemos com essa
campanha mostrar a importância para a equipe multidisciplinar. Por exemplo, o fisioterapeuta tem um ponto só dele dentro dos 11 passos.
Quem iria imaginar que o fisioterapeuta tem a ver com a nutrição? Então, é importante para nós mostrar que estamos no caminho certo e
engajar todos a manter essa linha”, destacou a nutricionista.
A Fisioterapeuta do HPEG, Lorena Borges, parabenizou a iniciativa, e afirma que a iniciativa influencia diretamente no seu trabalho. “O
paciente desnutrido apresenta fadiga muscular muito mais rápido e baixa resistência a atividade física, diferente do paciente bem nutrido.
Então, são coisas que conseguimos identificar durante a fisioterapia e que, quando identificado, entramos em contato com a equipe da
nutrição”, exemplificou.
A desnutrição pode trazer também diversos problemas para a recuperação do paciente, entre elas, a demora no processo de cicatrização;
maior risco de infecções e risco de complicações pós-cirúrgicas. “Achei muito interessante a palestra. É um assunto que precisa mesmo ter
toda a atenção da equipe multidisciplinar para que o técnico de enfermagem e/ou enfermeiro prestem atenção se o paciente comeu toda a
comida, se tomou o suplemento, e que, a qualquer mudança informem a equipe de nutrição”, detalhou a enfermeira, Vanessa Savino.
A Unidade
O Hospital Público Estadual Galileu é uma unidade hospitalar de retaguarda, gerida pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência
Social e Hospitalar, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). A unidade atende baixa e média
complexidades, prestando assistência hospitalar em traumato-ortopedia, clínica médica e cardiologia. Em 2018, conquistou a certificação
ONA 2 - Acreditado Pleno, concedida pela Organização Nacional de Acreditação a instituições que, além de atender aos critérios de
segurança, apresentam gestão integrada, com processos ocorrendo de maneira fluida e plena comunicação entre as atividades.

Por Kennya Corrêa

Sespa estende ações de prevenção à raiva humana em Melgaço

Até o momento foram vacinadas aproximadamente 2.500 pessoas na localidade ao longo do rio Laguna, a 70 km da sede de
Melgaço.

06/06/2018 15:08h

Técnicos da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) permanecem até o início de julho, com o trabalho de investigação e
prevenção à raiva humana no município de Melgaço, no Arquipélago do Marajó. A equipe é composta por profissionais do Departamento
Estadual de Endemias e de Vigilância em Saúde da Sespa, além de profissionais da Coordenação Estadual de Zoonoses do 8º Centro
Regional de Saúde (CRS).
Até o momento foram vacinadas aproximadamente 2.500 pessoas na localidade ao longo do rio Laguna, a 70 km da sede de Melgaço. No
total, 5.400 doses de vacinas foram encaminhadas e entregues 700 mosquiteiros para a proteção dessa população.
Entre as ações realizadas estão à investigação epidemiológica, visita técnica nas residências e o controle da raiva animal, com a captura
seletiva de morcegos. Também é feita a pesquisa do vírus rábico em animais e a busca ativa de casos animais. Mais de 300 cães
receberam a vacina e cerca de 90 gatos também foram vacinados.
Sete casos de raiva humana foram confirmados laboratorialmente pelo Instituto Evandro Chagas (IEC) e pelo Instituto Pasteur (sediado em
São Paulo), entre os 14 notificados com a doença em Melgaço. Destas sete pessoas com diagnóstico confirmado, seis morreram e uma
permanece internada em estado grave - no Hospital Regional de Breves, no Marajó. O paciente tem quadro semelhante aos demais, como
febre, dispneia, cefaleia, dor abdominal e sinais neurológicos - paralisia flácida ascendente, convulsão, disfagia (dificuldade de deglutir),
desorientação, hidrofobia e hiperacusia (sensibilidade a sons, principalmente agudos). No total dos notificados, 11 pessoas foram a óbito.

Por Edna Lima


Ophir Loyola aumenta captação de córneas para transplantes

Em menos de dois meses do novo fluxo em uso, o Ophir Loyola obteve o número de doações superiores aos 60 dias anteriores.

06/06/2018 11:00h

Em todo Pará, 857 pessoas aguardam na fila de espera por um transplante de córnea. Mas, a cada dia, o número de captações do tecido
cresce e aumenta a esperança de quem espera por uma doação para voltar a enxergar, com um projeto desenvolvido pelo Banco de Olhos
no Hospital Ophir Loyola. O serviço é o único na rede estadual que atua no recolhimento, avaliação, preservação e destinação de córneas
em consonância com a Central de Transplante da Secretaria Estadual de Saúde (Sespa).
A responsável técnica do Banco de Olhos, Natércia Pinto Jeha, explica que a quantidade de doações de córnea estava cada vez menor
comparada aos anos anteriores. Estabeleceu-se, então, um novo fluxo de captação de doadores dentro do hospital, mais ágil, vinculado às
clínicas de internação e Centro de Terapia Intensiva. Agora qualquer membro das equipes assistenciais pode acionar o Banco de Olhos
após um falecimento.
Segundo Natércia, após a confirmação do óbito, de imediato a equipe do Banco de Olhos se dirige ao local para fazer a avaliação do
prontuário e triagem. “Após esse primeiro contato, acionamos a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para
Transplante (CIHDOTT) para fazer a abordagem da família e, em caso de aceitação, o Banco de Olhos faz a remoção do globo ocular,
avalia as córneas, preserva os tecidos e coleta o sangue para pesquisa de HIV, Hepatite B e C e vírus HTLV para disponibilizá-las para o
transplante”, detalha.
Em menos de dois meses do novo fluxo em uso, o Ophir Loyola obteve o número de doações superiores aos 60 dias anteriores. Desde a
implantação do projeto, 136 notificações foram realizadas. Até 4 de junho, das 53 doações de córneas realizadas no Pará, 27 foram
realizadas no HOL, mais da metade do total, evidenciando a eficiência do sistema interno de captação.
A perda da visão afeta não só a percepção do mundo, mas a locomoção, a autoimagem e a interação social dos deficientes visuais. “O
transplante muda a vida das pessoas, é um ato de amor que acalenta o coração no momento de dor e se esse fluxo continuar, existe a
perspectiva de zerar a fila de espera em breve”, acredita Natércia Jeha.
De volta à vida normal
Aos 18 anos, Maurício Cunha começou a perder a visão. Ia ao oftalmologista, trocava de óculos, nada resolvia. Somente aos 23 anos
recebeu o diagnóstico do ceratocone, uma doença ocular que deixa a córnea com o formato semelhante a um cone e provoca a percepção
de imagens borradas e distorcidas. É a principal indicação de transplante de córnea em pacientes jovens no Pará.
Durante sete anos, Maurício, que hoje tem 34, usou uma lente de contato específica para melhorar a visibilidade, mas após algum tempo, a
lente já não se ajustava à córnea e caía. O médico dele à época informou que nem mesmo o implante de uma órtese ocular (Anel de
Ferrara) seria possível, já que ele possuía um risco na córnea.
“As coisas não tinham mais cores, as imagens eram borradas. Um dia não consegui mais me locomover sozinho, nem fazer as pequenas
tarefas de casa, só identificava as pessoas pela voz, fiquei dependente de outras pessoas e então entrei para a fila de espera por um
transplante”, conta.
Em 2016, Maurício foi acionado pelo Hospital Ophir Loyola para a realização do transplante, contudo a hipertensão arterial impediu o
procedimento, levando-o novamente para a fila. No início de 2017, com a pressão controlada e demais exames aptos, recebeu o novo
tecido. “Minha qualidade de vida mudou bastante, sei o quanto dói a perda de um ente querido, mas a doação deixa um legado de
solidariedade que devolve a alegria à vida de alguém”, enfatiza.
Doação
Segundo a Organização Mundial de Saúde, no Brasil há 1,1 milhão de cegos, o que corresponde a 0,6% da população estimada, e cerca
de quatro milhões de deficientes visuais sérios, porém entre 60% e 75% destes casos de cegueira e baixa visão seriam evitáveis e/ou
curáveis. As doenças, traumas e infecções oculares estão entre as principais causas da cegueira.
A córnea é um tecido transparente localizado na frente do globo ocular, pode ser comparada ao “vidro de um relógio”. A autorização da
retirada dos tecidos cabe aos familiares, até seis horas após o óbito. Na ausência dos parentes de primeiro grau, os de segundo grau
podem autorizar a doação.
Qualquer pessoa, na faixa etária de dois a 70 anos de idade, pode doar as córneas para o Banco de Olhos do HOL. Até duas pessoas são
beneficiadas e podem voltar a enxergar. Existem critérios específicos de exclusão de doação como, por exemplo, pacientes com tumores
localizados no globo ocular, portadores de leucemia, de linfoma, de mieloma múltiplo etc.
A fila é única, por ordem de inscrição, independente de o paciente ser do convênio, particular ou do SUS, porém a legislação brasileira, por
meio da portaria do Ministério da Saúde nº 2600 de 21/10/2009, Artigo 107, prioriza alguns casos, como perfuração do globo ocular,
iminência de perfuração da córnea, úlcera de córnea sem resposta ao tratamento clínico, receptores com idade inferior a sete anos com
opacidade de córnea bilateral e rejeição até 90 dias após o transplante.

Por Leila Cruz

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