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Introdução

A energia nuclear corresponde a cerca de 3% da matriz energética do Brasil, sendo


produzida por dois reatores de água pressurizada na Central Nuclear Almirante Álvaro
Alberto, em Angra dos Reis. A construção de um terceiro reator teve início em junho de
2010, e o mesmo está previsto para entrar em funcionamento em maio de 2018. A
empresa brasileira encarregada de produzir energia nuclear é a Eletronuclear.

Breve histórico da geração nuclear no Brasil


•1968 – O governo brasileiro decide construir a primeira usina nuclear.
•1972 – Começa a construção de Angra 1.
•1975 – O Brasil assina um acordo de cooperação com a Alemanha para ter acesso ao
ciclo completo de abastecimento. Inicia uma forte indústria de equipamentos, produção
de combustível nuclear e um protocolo de compra de oito usinas nucleares.
•1975 – Os dois primeiros reatores de 1.300 MW Siemens/KWU são encomendados, e a
construção começa.
•1982 – Angra 1 é conectada à rede pela primeira vez.
• As atividades de construção de Angra 2 se desenvolvem vagarosamente nos anos 1980.
•1984 – As obras civis de Angra 3 são iniciadas.
•1985 – Início da operação comercial de Angra 1.
•1986 – As obras de Angra 3 são paralisadas.
•1996 – É contratada a montagem eletromecânica de Angra 2.
•1997 – É criada a Eletronuclear.
•2001 – Início da operação comercial de Angra 2.
•2006 - Angra 1 e Angra 2 atingem produção acumulada de 100 milhões de MW/h
•2007 – O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autoriza a retomada de
Angra 3 no dia 25/06/2007.
•2008 – O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama)
concede, no dia 23/07/2008, a Licença Prévia Ambiental da Usina Angra 3.
•04/03/2009 – O Ibama emite a Licença de Instalação que autoriza o início das obras de
Angra 3.
•04/06/2009 – Concluída parada para substituição dos geradores de vapor de Angra 1.
•24/06/2009 – A Prefeitura de Angra dos Reis emite o Alvará de Licença para a
construção de Angra 3.
•22/07/2009 – O Tribunal de Contas da União revisa a minuta do termo aditivo ao
contrato de obras civis e autoriza a retomada de Angra 3.
•07/11/2009 – Angra 1 e Angra 2 atingem produção total acumulada de 150 milhões de
megawatts.
•31/05/2010 – A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) concede a Licença de
Construção de Angra 3, autorizando o início da concretagem da laje do prédio do reator
da Usina – marco zero da obra.
•21/07/2010 – Angra 2 completa 10 anos de operação.
•29/12/2010 – BNDES aprova financiamento de R$ 6,1 bilhões para construção de Angra
3.
•01/04/2012 – Angra 1 completa 30 anos.
•28/12/2012 - A Eletrobras firma contrato com a Caixa Econômica Federal, no valor de
R$ 3,8 bilhões, para financiar a aquisição de bens e serviços no mercado internacional.
•01/01/2013 – Energia de Angra 1 e Angra 2 passa a ser comercializada diretamente com
distribuidoras.
•15/02/2013 – Angra 1 e Angra 2 atingem a marca de produção total acumulada de 200
milhões de megawatts.
•06/03/2013 – Concluída parada para substituição da tampa do vaso do reator de Angra 1.
•07/11/2013 – A Eletronuclear firma contrato com a Areva, no valor de €1,25 bilhão
(cerca de R$ 3,87 bilhões), para o fornecimento de serviços de engenharia e
equipamentos importados para Angra 3, incluindo o sistema digital de instrumentação e
controle da usina.
•01/02/2014 – A Fundação Eletronuclear de Assistência Médica (Feam) completa 15
anos.
•12/03/2014 – O Ibama concede Licença de Operação Unificada para todas as instalações
da Central Nuclear.
•19/09/2014 – Foram assinados os contratos para a execução da montagem
eletromecância da Usina Angra 3.
•01/10/2014 – Iniciada a mobilização no canteiro de obras para o começo da montagem
eletromecânica de Angra 3.
•13/11/2014 – Publicada a Lei Nº 13.043, que institui o Renuclear e garante isenção de
impostos de cerca de R$1,5 bilhão no empreendimento Angra 3.

Angra 1 - DESEMPENHO / PRODUÇÃO


Em 1968, o governo brasileiro decidiu ingressar no campo da produção da energia
nucleoelétrica, com o objetivo primordial de propiciar ao setor elétrico a oportunidade de
conhecer essa moderna tecnologia e adquirir experiência para fazer frente às possíveis
necessidades futuras. Como àquela época já estava prevista uma complementação
termoelétrica na área do Rio de Janeiro, foi decidido que esse aumento se fizesse
mediante a construção de uma usina nuclear de cerca de 600 MW. Essa incumbência foi,
então, confiada pela Eletrobras à Furnas, que realizou uma concorrência internacional,
vencida pela empresa americana Westinghouse. Angra 1 foi adquirida sob a forma de turn
key, como um pacote fechado, que não previa transferência de tecnologia por parte do
fornecedor. No entanto, a experiência acumulada pela Eletronuclear, com indicadores de
eficiência que superam os de muitas usinas similares, permite que a empresa tenha, hoje,
a capacidade de realizar um programa contínuo de melhoria tecnológica em Angra 1,
incorporando os mais recentes avanços da indústria nuclear.
O custo de produção de uma usina é constituído pelo seu custo de O&M (Operação de
Manutenção) e do combustível. O custo de produção, no exercício de 2014, de Angra 1
(em 31/12/2014) foi de R$116,82/MWh, sendo R$94,39/MWh de O&M e R$22,43/MWh
de combustível.

Angra 2 - desempenho/operação
Fruto de um acordo nuclear Brasil-Alemanha, a construção e a operação de Angra 2
ocorreram conjuntamente à transferência de tecnologia para o país, o que levou também o
Brasil a um desenvolvimento tecnológico próprio, do qual resultou o domínio sobre
praticamente todas as etapas de fabricação do combustível nuclear. Desse modo, a
Eletronuclear e a indústria nuclear nacional reúnem, hoje, profissionais qualificados e
sintonizados com o estado da arte do setor.
Angra 2 opera com um reator alemão Siemens/KWU (atual Areva NP) cuja potência
elétrica (bruta) é de 1.350 MW.

Angra 3 - qual é o status Angra 3?


O progresso físico global de Angra 3, considerando todas as disciplinas envolvidas, é de
61,5%. Já o progresso das obras civis é de 67,3%.
A suspensão das atividades de construção ocorreu em setembro de 2015 por falta de
recursos financeiros, em função da descontinuidade das liberações do financiamento para
bens e serviços locais concedidos pelo BNDES.
No momento, não há previsão de retomada efetiva das obras até que se equacione uma
estrutura financeira que assegure a continuidade do empreendimento. Hoje, as atividades
de construção estão paralisadas, sendo executadas no canteiro de obras basicamente
atividades de preservação das instalações de canteiro e das estruturas e equipamentos da
unidade.
A Eletronuclear vem discutindo com a Eletrobras, sua controladora, e com o Ministério
de Minas e Energia um plano de retomada, prevendo o pleno equacionamento dos
recursos para o empreendimento que permitiria a retomada da obra em ritmo acelerado.
Caso as obras sejam reiniciadas até o início do segundo semestre de 2018, a expectativa
da Eletronuclear é de que a operação comercial da usina aconteça em dezembro de 2022.

Temas gerais - funcionamento e segurança das usinas


Qual é a vida útil das usinas nucleares?
A vida útil de projeto das usinas nucleares é, em média, de 40 anos. Entretanto, a robustez
do projeto das usinas da Geração II (hoje em operação, como Angra 1 e Angra 2, ou em
construção, como Angra 3), permite prorrogar suas vidas úteis, a exemplo de várias
dezenas de usinas no mundo com projeto igual ao das brasileiras. A extensão de vida útil
das usinas nucleares é uma estratégia adotada em diversos países como alternativa à
construção de outras usinas. Normalmente, a renovação de licença prolonga a vida da
usina em mais 20 anos, representando, para a operadora, um período de receita com o
investimento inicial já amortizado.
Para as usinas nucleares mais modernas, da Geração III+, ora ainda em construção, a vida
útil de projeto é de 60 anos. No entanto, há expectativas que essas usinas também possam
ter suas vidas úteis prorrogadas.

Qual o grau de segurança das usinas nucleares?


De todas as atividades industriais, a geração de energia elétrica em usinas nucleares é
uma das que oferecem menos risco. O pensamento e atitude dominante é a busca da
melhoria contínua, isto é, que é sempre possível melhorar a segurança.
As usinas que constituem a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), foram
projetadas e construídas dentro dos mais rigorosos critérios de segurança adotados
internacionalmente. Seu licenciamento ambiental está a cargo do Ibama, e o nuclear está
a cargo da CNEN, obedecendo rigorosamente a legislação vigente no país.
No projeto e na operação da CNAAA a segurança ganha prioridade absoluta e, de acordo
com a Política de Gestão Integrada da Segurança da Eletrobras Eletronuclear, “A
Segurança Nuclear é prioritária e precede a produção, não devendo nunca ser
comprometida por qualquer razão”. Tem-se como meta deste esforço satisfazer o objetivo
principal que é proteger os indivíduos, a sociedade e o meio ambiente contra o risco
radiológico.
As usinas nucleares possuem sistemas de segurança redundantes, independentes e
fisicamente separados, em condições de resfriar o núcleo do reator e os geradores de
vapor em situações normais ou de emergência, prevenindo também a ocorrência de
acidentes. Na situação improvável de perda de controle do reator em operação normal,
esses sistemas independentes de segurança entram automaticamente em ação para
impedir condições operacionais inadmissíveis.
Além de todos esses sistemas, as usinas nucleares de Angra têm sistemas de segurança
passivos, que funcionam sem que precisem ser acionados por dispositivos elétricos. Esses
sistemas incluem as numerosas barreiras protetoras de concreto e aço, que protegem as
usinas contra impactos externos (terremotos, maremotos, inundações e explosões) ou
aumento da pressão no interior da Usina.
Cerca de 95% das substâncias radioativas de uma usina nuclear são geradas no núcleo do
reator durante o funcionamento deste, quando da fissão nuclear do combustível. O
próprio combustível nuclear, que é composto por varetas cheias de pequenas pastilhas
cerâmicas de dióxido de urânio (UO2), funciona como barreira interna, pois a maior parte
dos produtos que se originam no processo de fissão nuclear fica retida no interior da
estrutura cristalina destas pastilhas. Apenas uma pequena fração dos produtos de fissão
voláteis e gasosos consegue escapar, ficando entretanto retida no interior das varetas que
contêm as pastilhas de urânio.
Essas varetas são feitas de uma liga especial de zircônio e são hermeticamente seladas.
Na eventualidade de microfissura em alguma vareta do elemento combustível, sistemas
de monitoramento, purificação e desgaseificação atuam para assegurar que a segurança
da operação do reator.
O sistema de refrigeração do reator funciona como uma barreira estanque, evitando a
liberação de substâncias radioativas. Angra 1 e Angra 2 operam com um reator do tipo
PWR (água pressurizada), que é o mais utilizado no mundo - 63% dos reatores em
operação no mundo, segundo dados da Agência Internacional de Enegia Atômica (AIEA),
2014. O reator PWR é projetado para ter características de autorregulação, isto é, com o
aumento de temperatura há uma diminuição de potência, exatamente para funcionar como
freio automático contra aumentos repentinos de potência.
Ainda assim, para a remota possibilidade de o sistema de refrigeração permitir a liberação
não controlada de substâncias radioativas, o reator está contido por um edifício de aço
estanque, de formato cilíndrico em Angra 1 e esférico em Angra 2, denominado Prédio de
Contenção. Tal barreira é projetada para evitar qualquer liberação de radioatividade no
caso do mais sério acidente de falha da refrigeração do núcleo do reator. Esta contenção
de aço está protegida de impactos externos por um edifício de paredes de concreto
armado. Durante a operação normal da Usina, a pressão no lado de dentro do edifício do
reator é mantida abaixo da pressão atmosférica externa, exatamente para impedir que
produtos radioativos possam escapar do interior da Usina para o meio ambiente. Todas
essas barreiras são devidamente testadas durante a construção e montagem da Usina e
suas integridades verificadas no decorrer da operação da mesma.
Grande parte das ações que visam a neutralizar ocorrências anormais na usina é
automática. Mesmo assim, os operadores de uma usina nuclear são altamente treinados e
precisam ser necessariamente licenciados pela CNEN. Os operadores de Angra 1 passam
por um rigoroso treinamento realizado nos Estados Unidos e na Europa, onde utilizam
simuladores compatíveis com a Sala de Controle de Angra 1.
Um simulador específico para Angra 1 está em fase final de montagem no fabricante, na
Espanha. A Eletronuclear possui em Mambucaba (município de Paraty/RJ) um simulador
que é uma réplica da sala de controle de Angra 2. Lá, os operadores da Usina Angra 2 são
treinados, podendo-se reproduzir todas as situações que ocorrem durante o
funcionamento normal da usina ou em situações anormais e emergenciais. Operadores de
diversos países já foram treinados nesse simulador. Para Angra 3, um simulador
específico está em fase de especificação e compra.
Além dos rígidos critérios adotados nas fases de projeto e de operação, há um plano de
emergência que abrange uma área com raio de 15 quilômetros em torno da CNAAA. Esse
plano, que envolve, além da Eletronuclear, os órgãos da Defesa Civil, a CNEN, o
Exército, a Marinha e a Aeronáutica, assim como diversas empresas de prestação de
serviços, contempla todas as medidas para proteção dos trabalhadores e da população no
caso de um acidente nuclear, inclusive até a necessidade de evacuação ordenada. Por isso,
periodicamente, são feitos exercícios simulados para que se possa testar o seu
funcionamento.
Além dos processos de auto-avaliação implantados pela Eletronuclear, as usinas são
sistematicamente auditadas pelos órgãos reguladores nacionais - a CNEN mantém
profissionais residentes que têm acesso a todos as atividades e documentos – e são
avaliadas periodicamente por organismos internacionais, como a AIEA, e a Associação
Mundial de Operadores Nucleares, WANO (World Association of Nuclear Operators). As
usinas também travam um intenso intercâmbio com outros organismos nacionais e
internacionais na busca da melhoria contínua.

Quais as vantagens ambientais de uma usina nuclear sobre as usinas térmicas


convencionais?
Os aspectos ambientais da indústria nuclear como um todo, incluindo a produção de
energia elétrica e toda a indústria do ciclo de combustível associada, comparam-se,
favoravelmente, com as alternativas existentes para a produção de energia elétrica em
grandes quantidades.
No Brasil, como também em outros países, as hidroelétricas já tiveram grande parte do
seu potencial economicamente aproveitável esgotada. A construção de outras usinas
ocasionaria inundação de grandes áreas, arruinando-as e destituindo o local da flora e da
fauna originais, o que causaria a perda da biodiversidade e de terras cultiváveis,
provocando danos ambientais irreparáveis e influenciando diretamente o clima da região.
No caso das usinas térmicas convencionais, como o carvão, o óleo (petróleo) e o gás, a
emissão de muitas toneladas de gases tóxicos na atmosfera altera o clima do globo
terrestre, causando o efeito estufa e as chuvas ácidas.
Em apenas 30 anos, a participação da energia nuclear na produção de energia elétrica
chegou a 17%, tornando-se a 3ª fonte mais utilizada do mundo.
Vantagens:
· Não emite gases que contribuem para a chuva ácida (óxidos de enxofre e nitrogênio);
· Não emite gases que contribuem para o efeito estufa (CO2, metano etc.);
· Não emite metais cancerígenos, mutagênicos e teratogênicos (arsênio, mercúrio,
chumbo, cádmio etc.);
· Não emite material particulado poluente;
· Não produz cinzas;
· Não produz escória e gesso (rejeitos sólidos produzidos em usinas a carvão mineral);
· É uma forma de energia barata, já que requer uma pequena área para sua construção,
podendo ser instalada próximo aos grandes centros, com água em abundância para sua
refrigeração, além de ser capaz de extrair uma enorme quantidade de energia de um
volume pequeno de combustível.
A utilização de combustíveis fósseis no mundo tem provocado impactos ambientais
negativos, entre os quais o aumento do efeito estufa – causado pela emissão de dióxido de
carbono ou gás carbônico, metano e óxido nitroso – e a chuva ácida, originada pelas
emissões de dióxido e trióxido de enxofre e de óxidos de nitrogênio.
O fato de as usinas nucleares não emitirem qualquer desses gases é importante na
comparação com outras fontes térmicas de energia.
Em relação às usinas termoelétricas a carvão, a fonte de geração de energia elétrica mais
utilizada no mundo e responsável por cerca de 40% de toda a energia elétrica gerada no
planeta, as vantagens das usinas nucleares em termos ambientais são significativas. Em
comparação com uma usina termoelétrica moderna, que utiliza carvão pulverizado e
técnicas avançadas de redução de emissão de poluentes, uma usina nuclear do porte de
Angra 3 evitaria a emissão anual para a atmosfera de cerca de 2.300 toneladas de material
particulado, 14 mil toneladas de dióxido de enxofre, 7 mil toneladas de óxido de
nitrogênio e 10 milhões de toneladas de dióxido de carbono (figura 1). Em comparação
com uma usina termoelétrica a gás, as emissões evitadas por uma usina nuclear do porte
de Angra 3 seriam de cerca de 30 toneladas de dióxido de enxofre, 12.700 toneladas de
óxido de nitrogênio e 5 milhões de toneladas de dióxido de carbono (figura 2).

Figura 1 – Comparação de usina nuclear com usina a carvão

Fonte: SIEMENS
(*) MP = material particulado
Figura 2 – Comparação de usina nuclear com usina a gás
Fonte: International Nuclear Societies Council
Outro aspecto a ser considerado é a área necessária para a implantação de cada tipo de
usina. Para efeito de comparação, a Tabela 1 apresenta as áreas requeridas para a
implantação de usinas que utilizam fontes de geração renováveis e não renováveis, com
1.000 MW de capacidade, verificando-se que as primeiras exigem áreas muito maiores
que as segundas, acarretando, conforme o caso, gastos com desapropriações e com
indenização de benfeitorias, deslocamento de população, alagamento de áreas naturais ou
produtivas e descaracterização da flora e da fauna, com impactos sociais e biológicos
significativos.
Quanto a esses aspectos, as usinas que utilizam fontes não renováveis são mais
favoráveis, pois ocupam áreas muito menores, que podem ser implantadas em locais onde
esses impactos sejam menores ou não ocorram, além da proximidade aos centros de
consumo, com economia em termos de linhas de transmissão.
Tabela 1 – Áreas necessárias para a implantação de usinas com 1.000 MW de
capacidade

Fonte
Tipo de usina Área necessária (ha)
de energia

Hidroelétrica. 25.000

Solar fotovoltaica, em local muito ensolarado. 5.000


Renovável (*)
Eólica, em local com muito vento. 10.000

Biomassa plantada. 400.000

Óleo e carvão, incluindo estocagem de


100
Não renovável combustível.
Nuclear e gás natural. 50
Fonte: International Nuclear Societies Council
(*) Valores indicativos, visto que a área depende da topografia do local de
impantação.

Conclusão
Entre as vantagens das usinas nucleares, podemos citar o seu preço relativamente baixo
em comparação a outras fontes, incluindo o petróleo; não emitem poluentes para a
atmosfera; possuem um fácil transporte de suas matérias-primas; não ocupam grandes
áreas; entre outros fatores. Já entre as desvantagens das usinas nucleares, podemos
mencionar o fato de elas utilizarem fontes não renováveis; os riscos de acidentes; a
poluição térmica dos rios gerada pelo descarte da água empregada nas usinas; o alto
preço em termos de investimentos; além da dificuldade de descarte do lixo radioativo
gerado.

Bibliografia
Portal das Energias Renováveis: http://www.energiasrenovaveis.com/
Usina nuclear: vantagens e desvantagens: http://www.infoescola.com/fisica/principios-
da-usina-nuclear/
Energia nuclear no Brasil: http://www.biodieselbr.com/energia/nuclear/brasil-energia-
nuclear.htm
Usinas nucleares: você é contra ou a favor? http://areaseg.com/vote2/html/un.html
Saiba quais foram os principais acidentes nucleares recentes:
http://g1.globo.com/tsunami-no-pacifico/noticia/2011/03/saiba-quais-foram-os-
principais-acidentes-nucleares-recentes.html

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