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1 PROCESSO ADMINISTRATIVO
O processo administrativo nasceu, efetivamente, no Brasil, com a
Constituição Federal de 1988 e consiste no direito do cidadão de se opor as
decisões administrativas mediante a abertura de um processo democrático na
esfera administrativa.
O direito ao processo administrativo pauta-se, indubitavelmente, no art. 5º
da Constituição Federal, que prevê, claramente o direito fundamental ao
processo em diversos incisos:
Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à
autoridade competente, abstendo-se de atuar.
Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para
efeitos disciplinares.
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou
inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros,
parentes e afins até o terceiro grau.
Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito
suspensivo.
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→ A segurança jurídica e o dever de invalidar: A segurança jurídica
expressa-se, na prática, na Lei 9.874/99 mediante o instituto da decadência (art.
54) e estipula alguns limites quando ao dever de invalidar.
Lei 9.784/99: Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados
de vício de legalidade (pois dele não derivam direitos), e pode revogá-los por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
A anulação dos atos por autotutela, nos termos da lei exposta, ocorre por
ilegalidade, enquanto a revogação será possível em caso de conveniência e
oportunidade. Assim, se ilegal, o ato será determinado nulo desde o início, de
forma que desconstituí todos os efeitos que foram produzidos enquanto o ato
estava vigente. Ao seu turno, se inconveniente ou inoportuno, o ato somente
será revogado e, assim, em relação das mudança das situações fáticas, a
revogação somente operará a partir do momento que ocorrer, de modo que os
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou
revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência.
Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer gravame à situação do
recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegações antes da decisão.
B) Revisão
5º) Da decisão proferida caberá recurso, seja por razões de mérito, seja por
questões de legitimidade (art. 56), que independe de caução – salvo disposição
legal contrária. O recurso em questão, ademais, em geral, não tem efeito
suspensivo, sendo cabível este quando requerido pela parte e deferido pela
autoridade competente.
Serão legitimados para recorrer:
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no
prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.
§ 2º Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução.
§ 3º Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado da súmula
vinculante, caberá à autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a reconsiderar,
explicitar, antes de encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou
inaplicabilidade da súmula, conforme o caso.
Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo
disposição legal diversa.
Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso
administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.
Nos termos do art. 63, ademais, o recurso não será conhecido, ademais,
quando:
Art. 63. O recurso não será conhecido quando interposto:
I - fora do prazo;
II - perante órgão incompetente;
III - por quem não seja legitimado;
IV - após exaurida a esfera administrativa.
§ 1º Na hipótese do inciso II, será indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-lhe
devolvido o prazo para recurso.
§ 2º O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o ato ilegal,
desde que não ocorrida preclusão administrativa.
2.2 Espécies
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (...)
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de
direção, chefia e assessoramento;
• A função de confiança pode ser integrava por servidores de cargo efetivo
ou em cargo de comissão, de forma que a diferença entre função de
confiança (estatutário) e cargo de comissão é a preexistência de um
vínculo estatutário, de forma que para exercício de cargo efetivo é
necessário um vínculo anterior, que é dispensável para os cargos em
comissão.
• Cabe observarmos que aquele que exerce função de confiança por
ocupação de cargo efetivo é sujeito, em verdade, ao regime de servidor
público, independente do cargo de confiança exercido – assim, por
exemplo, o Sujeito é concursado como engenheiro do município e ocupa
como cargo efetivo a “gerência de obras do município”, sendo que
somente será de livre exoneração da gerência, mas não do concurso de
engenheiro;
Art. 41: São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (...)
5.2.3 Provimentos*
O provimento é o ato de designação de um cidadão para titularizar um
cargo público e conforme a função exercida ele terá alguns critérios específicos.
O provimento para designação de cargo público tem três etapas:
• nomeação: consiste em um chamamento público para assumir o cargo,
de forma que da nomeação é dado um prazo de 30 dias para posse –
perdido este prazo, perde-se a função nomeada.
• posse: a posse é a formalização do vínculo e equivale a assinatura da
carteira de trabalho. Segundo Bandeira de Mello, não basta a nomeação
para que se aperfeiçoe entre o Estado e o nomeado, sendo necessário,
ademais, que o sujeito tome posse – ato de aceitação do cargo e
compromisso de bem-servir, precedido por inspeção médica. A posse
implica na chamada “investidura” do servidor, de forma que esta diz
respeito a própria pessoa.
3 RESPONSABILIDADE DO ESTADO
3.2 Características
D) Ato lícito/ilícito: O Estado responderá tanto pelo ato lícito quanto pelo ato
ilícito, de forma que havendo ação e havendo dano, a responsabilidade será
objetiva e surgirá o dever de indenizar – basta a demonstração do nexo de
causalidade.
O cabimento de responsabilização por ato lícito fundamenta-se no
princípio da igualdade e por ato ilícito fundamenta-se no princípio da legalidade
estrita.
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A despeito de ser o litisconsórcio facultativo, em regra, este já é estipulado em razão da
necessidade de celeridade e economia processual e, ademais, por questões prescricionais.
A CPI deverá ter tempo e fato determinados, de forma que serva para a
apuração e investigação deste fato. Não tem o escopo, desta forma, de julgar os
fatos, mas somente de coletar provas.
O prazo de duração é de até 180 dias, prorrogáveis por mais 180 dias por
permissão, novamente, de 1/3 de votos. Findo o prazo, deverá ser entregue
relatório e, não sendo feito, a CPI será imediatamente arquivada e as provas
produzidas não poderão ser utilizadas em processo judicial.
Ao término da CPI, então, poderão ocorrer certas consequências:
• Relatório enviado ao MP para tomada de providências e eventual
interposição de ação civil pública ou ação penal, conforme o caso;
• Arquivamento sem utilização da prova;
• Impeachment;
• Processo de quebra de decoro;
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra
a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos
Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de
processo e julgamento.
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso
de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições
do Poder Público;
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Cabe observarmos, que, nem sempre a autoridade que emana o ato será competente para faze-lo, de forma
que, neste caso, ambas as pessoas serão colocadas no polo passivo da ação: tanto a autoridade não
competente que emanou o ato, quanto a autoridade que deveria ter emanado e não o fez. Em qualquer dos
casos, será competente para julgar o Mandado de Segurança o órgão competente para julgar a autoridade
que, em tese, teria competência para decidi-lo.
B) Ação civil pública: A ação civil pública seguirá o rito processual do processo
comum ordinário, só que, diferentemente deste, visa o controle da moralidade
administrativa face ao patrimônio público – será cabível sempre que houver
dano ou risco de dano a patrimônio histórico, artístico, paisagístico ou feito com
recursos públicos. O prazo para ajuizamento é prescricional, e de 5 anos.
Segundo Bandeira de Mello, a ação civil pública é instrumento utilizável,
de forma cautelar, para evitar danos ao meio ambiente, consumidor, bens e
direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico ou paisagístico, ou, então,
para promover a responsabilidade de quem haja causado lesão a estes mesmos
C) Ação popular: A ação popular tem rito muito semelhante ao da ação civil
pública, devendo também ser interposta em um prazo de 5 anos, só que, ao
contrário desta, discute interesse público – o dano ao patrimônio, a imoralidade
ou a improbidade deverão atingir a população.
De acordo com Bandeira de Mello, “é mediante a ação popular que é
conferido o direito à qualquer cidadão de anular atos lesivos ao patrimônio
público ou de entidades de que o Estado Participe, ou à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. Se esta
ação vir a ser considerada procedente, nos termos do art. 11 da Lei 4.717/65, a
Art. 5º, LXXI: Conceder-se mandado de injunção sempre que a falta de norma
regulamentadora tome inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais ou das prerrogativas (...).
Art. 37 (...) XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras
e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade
de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de
pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente
permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações.
Art. 21. Compete à União: (...) XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as
modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas
públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão
ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter
especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade,
fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o
responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios
previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele
referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.
Art. 4º Todos quantos participem de licitação promovida pelos órgãos ou entidades a que se
refere o art. 1º têm direito público subjetivo à fiel observância do pertinente procedimento
estabelecido nesta lei, podendo qualquer cidadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde
que não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos trabalhos.
Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nesta lei caracteriza ato administrativo
formal, seja ele praticado em qualquer esfera da Administração Pública.
Art. 3º (…) § 3º A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de
seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
7.3 Modalidades
Falam-se em 6 modalidades de contratação, sendo que 5 delas tem sua
disciplina na Lei 8.666, e apenas uma fundamenta-se na Lei 10.520/2002, que
regulamenta o pregão.
Art. 41, da Lei 8.666/93. A Administração não pode descumprir as normas e condições
do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.
o
§ 1 Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por
irregularidade na aplicação desta Lei, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias
úteis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo a
Administração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo
o
da faculdade prevista no § 1 do art. 113.
o
§ 2 Decairá do direito de impugnar os termos do edital de licitação perante a
administração o licitante que não o fizer até o segundo dia útil que anteceder a abertura
dos envelopes de habilitação em concorrência, a abertura dos envelopes com as
propostas em convite, tomada de preços ou concurso, ou a realização de leilão, as
falhas ou irregularidades que viciariam esse edital, hipótese em que tal comunicação não
terá efeito de recurso.
o
§ 3 A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o impedirá de participar do
processo licitatório até o trânsito em julgado da decisão a ela pertinente.
o
§ 4 A inabilitação do licitante importa preclusão do seu direito de participar das fases
subseqüentes.
2º HABILITAÇÃO: A habilitação consiste na análise das condições do
habilitante de executar a licitação. Serão condições de tal habilitação:
• habilitação jurídica: constituição jurídica válida, com demonstração de
contrato social;
• a regularidade fiscal: inexistência de dívidas ou demonstração de
negociação delas, de forma que, conforme já exposto, as empresas de
Cabe observarmos, por fim, que em tal regime ainda existe a fase interna,
não havendo, tão somente, a fase externa.
7.8 Licitação deserta e licitação fracassada
A licitação deserta é aquela em que não há participantes, de forma que, a
Administração Pública licitou, mas não houve quem quisesse participar.
A licitação fracassada, ao seu turno, é quando existiam competidores,
mas, ao final, foram todos eles inabilitados ou retirados do certame – e neste
hipótese, a Administração poderá conceder 8 dias para que os licitantes corrijam
as falhas, reapresentem a documentação e, assim, tentem salvar o processo
licitatório.
Em qualquer dos casos, é possível a contratação emergencial quando há
a iminência de ferimento do interesse público. Tal contratação, entretanto, é
temporária, e só perdurará até que ocorra nova licitação.
8 CONTRATO ADMINISTRATIVO
Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o contratado à multa de mora,
na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato. (...)
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia
defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:
I - advertência;
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;
III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a
Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto
perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação
perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o
contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da
sanção aplicada com base no inciso anterior. (...)
# ESQUEMA GERAL
FORNECIMENTO CONCESSÃO CONCESSÃO CONCESSÃO
COMUM PATROCINADA ADMINISTRATIVA
Curta duração - 1 Longa duração.
PRAZO ano. O prazo será O prazo será Terão um prazo mínimo de 5 anos e
determinado pela determinado, máximo de 35 anos, sendo preciso
fixação do crédito dependendo da observar a amortização do capital e o
orçamentário. amortização do lucro.
capital + lucro.
Cabível para
Bens, obras e prestação de
OBJETO serviços a serem serviço público,
entregues para a econômico ou Cabível para Obra instaladas
Administração obra, sendo prestação de para exploração
Pública necessária a serviço público do serviço público
viabilidade econômica ou
técnica e a obra.
possibilidade
de arcar com
as despesas.
USUÁRIO O destinatário é a
Administração Cidadão Cidadão Poder Público
Pública em caso de
Interesse Público
Recursos Recursos
Recursos do erário advindos do mistos: tanto do Recursos do erário
RECURSOS usuário do erário quanto do
serviço público usuário
8.9 Concessão
Cabe, quanto a matéria de concessão, permissão e parceria público-
privada, pontuarmos o pontuado por Bandeira de Mello, mesmo que
resumidamente:
9.3.6 Tredestinação
A tredestinação representa o desvio de finalidade do bem, pressupondo
uma destinação que é de interesse público diverso daquele pressuposto (lícita)
ou, inclusive, sem interesse público (ilícita).
Quando a tredestinação for ilícita, por não haver interesse público
envolvido, a desapropriação pode ser convertida em retrocessão.
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial,
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
10 BENS PÚBLICOS
10.1 Conceito
Os bens públicos são aqueles que integram o domínio público,
pertencentes as Pessoas jurídicas de Direito Público e, por isso, têm um regime
jurídico especial, peculiar.
10.2 Espécies
Os bens públicos poderão ser divididos em:
A) Bens públicos de uso comum: São aqueles bens passíveis de uso
indistinto, com acesso universal – qualquer cidadão poderá utilizar, sem
precisar, para isso, de qualquer autorização. É exemplo dessa espécie de
bem os parques, as praças, praias e estradas. Dentro dos bens de uso
comum é possível atribuir um uso especial, específico, mas, neste caso,
então, será necessária autorização especial – isto porque, em regra, o
acesso para utilização do bem é indistinto na medida do seu uso
ordinário.
B) Bens públicos de uso especial: Os bens de uso especial são aqueles
que tem algum grau de afetação, sendo realizado, com o bem, algum
serviço público ou atividade de interesse público de relevância. São
exemplos de bens públicos de uso especial os museus, hospitais, escolas
e repartições. O particular, neste caso, não possui livre acesso.
C) Dominicais: Os bens dominicais são expressão clara do direito de
propriedade do Poder Público e, na medida em que não têm qualquer
afetação, não são disponíveis ao cidadão – é concedido o uso ao
particular. Somente os bens dominicais serão propriamente passíveis de
alienação, na medida em que não atendem específico interesse público:
os bens de uso comum e especial, para serem passíveis de alienação,
devem, antes, ser desafetados e transformados em dominicais para que,
então, seja possível a alienação.
10.3 Características