Estruturas de madeira
1
3. Para a coluna de madeira conífera C40, verificar se os
requisitos de segurança quanto ao Estado Limite Último
(ELU) para peças comprimidas são atendidos, segundo a
esbeltez da peça. A coluna é engastada na base e livre no
topo, possuindo comprimento de 3 m e seção quadrada com
lado de 20 cm. Considerar classe de carregamento de longa
duração, classe 3 de umidade e madeira de 2ª categoria. Na
construção não há predominância de pesos fixos ou de
elevadas concentrações de pessoas. A coluna é solicitada
por esforço normal de compressão segundo as seguintes
ações características:
Peso próprio + demais pesos fixos: Ng,k = 30 kN (grande variabilidade)
Carga acidental: Nq,k = 35 kN
4. Verificar se a viga de madeira dicotiledônea C60 atende aos requisitos de segurança quanto ao
Estado Limite Último (ELU) conforme a análise de flexão simples reta, cisalhamento e
estabilidade lateral. Verificar também se a viga atende aos requisitos de segurança quanto ao
Estado Limite de Serviço (ELS), conforme a análise do deslocamento vertical máximo (flecha).
A viga possui vão entre apoios (L) de 3,0 m e seção transversal retangular 6×16 (cm). O
travamento é realizado nos apoios da viga (L1 = L). Considerar classe de carregamento de longa
duração, classe 2 de umidade e madeira serrada de 2ª categoria. Na construção não há
predominância de pesos de equipamentos fixos, nem de elevadas concentrações de pessoas. O
carregamento vertical uniformemente distribuído (q), atuante na viga, ocorre segundo as
seguintes ações características:
Peso próprio + demais pesos fixos: qg,k = 1,5 kN/m (grande variabilidade)
Sobrecarga (carga acidental): qq,k = 1,0 kN/m
Considerar, ainda, que a viga é solicitada desfavoravelmente por força concentrada (P) de 2 kN
(ação permanente de grande variabilidade), no meio do vão, conforme indicado na figura.
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Semana 8 – Resolução
𝑘𝑚𝑜𝑑 = 0,56
𝑓𝑐0,𝑘 30
𝑓𝑐0,𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑 ∙ = 0,56 ∙ = 12 MPa = 1,2 kN/cm²
𝛾𝑤 1,4
– Área:
𝐴 = 𝑏 ∙ ℎ = 10 ∙ 20 = 200 cm²
𝑏 ∙ ℎ3 10 ∙ 203
𝐼𝑥 = = = 6666,67 cm4
12 12
ℎ ∙ 𝑏 3 20 ∙ 103
𝐼𝑥 = = = 1666,67 cm4
12 12
𝐼𝑚𝑖𝑛 1666,67
𝑖𝑚𝑖𝑛 = √ =√ = 2,89 cm
𝐴 200
3
O comprimento efetivo é o próprio comprimento da peça nesse caso, pois a peça é simplesmente
apoiada nas duas direções.
𝐿0 = 𝐿 = 100 𝑐𝑚
𝐿0 100
𝜆= = = 34,64 → Peça curta
𝑖𝑚𝑖𝑛 2,89
𝜎𝑁𝑑 ≤ 𝑓𝑐0,𝑑
𝜎𝑁𝑑
≤1
𝑓𝑐0,𝑑
𝑁𝑑
𝜎𝑁𝑑 =
𝐴
𝑁𝑑,𝑟𝑒𝑠
𝜎𝑁𝑑 =
𝐴
𝑁𝑑,𝑟𝑒𝑠
𝜎𝑁𝑑 =
200
Trabalhando com a condição máxima permitida para a condição de segurança quanto ao Estado
Limite Último para peças curtas, tem-se que a tensão normal de compressão paralela às fibras é
numericamente igual à resistência à compressão também paralela às fibras (valores de cálculo):
𝜎𝑁𝑑 = 𝑓𝑐0,𝑑
𝑁𝑑,𝑟𝑒𝑠
= 1,2
200
𝑁𝑑,𝑟𝑒𝑠 = 240 kN
4
Portanto, o valor do esforço normal de compressão resistente é 240 kN. Dessa forma, o esforço
normal de compressão de cálculo não poderá ultrapassar esse valor, caso contrário a segurança
da peça será comprometida.
2. O coeficiente de modificação é determinado com base nas tabelas propostas pela norma
brasileira, de acordo com as propriedades indicadas: classe de carregamento de longa duração,
classe de umidade 2 e madeira de 2ª categoria.
𝑘𝑚𝑜𝑑 = 0,56
𝑓𝑐0,𝑘 20
𝑓𝑐0,𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑 ∙ = 0,56 ∙ = 8 MPa = 0,8 kN/cm²
𝛾𝑤 1,4
– Área:
𝜋 ∙ 𝑑2 𝜋 ∙ 122
𝐴= = = 113,10 cm²
4 4
– Momento de inércia (no caso de seção circular, é igual para os dois eixos de análise):
𝜋 ∙ 𝑑4 𝜋 ∙ 124
𝐼𝑥 = 𝐼𝑦 = = = 1017,88 cm4
64 64
𝐼𝑚𝑖𝑛 1017,88
𝑖𝑚𝑖𝑛 = √ =√ = 3,00 cm
𝐴 113,1
5
O comprimento efetivo é o próprio comprimento da peça nesse caso, pois a peça é simplesmente
apoiada nas duas direções.
𝐿0 = 𝐿 = 240 𝑐𝑚
𝐿0 240
𝜆= = = 80 → Peça medianamente esbelta
𝑖𝑚𝑖𝑛 3
𝜎𝑁𝑑 𝜎𝑀𝑑
+ ≤1
𝑓𝑐0,𝑑 𝑓𝑐0,𝑑
𝐶1 → 𝑁𝑑 = 𝐺 ∙ 𝛾𝑔 + 𝑄 ∙ 𝛾𝑄 = 18 ∙ 1,4 + 15 ∙ 1,4
𝐶1 → 𝑁𝑑 = 46,20 kN
𝐹𝑒 = 92,79 kN
Notar que a força de compressão solicitante é menor que a força crítica de flambagem relacionada
à coluna:
𝑒1 = 𝑒𝑖 + 𝑒𝑎
𝑀1𝑑 ℎ
𝑒𝑖 = ≥
𝑁𝑑 30
Notar que, segundo a ABNT NBR 7190:1997, o valor da excentricidade inicial não poderá ser inferior
que h/30. Nesse caso, como a estrutura não é solicitada por momento fletor de 1ª ordem, logo tem-
se que 𝑀1𝑑 = 0. O valor mínimo de h/30 será adotado para a excentricidade inicial, sendo h a altura
da seção transversal (no caso da seção circular é o próprio diâmetro).
0 12
𝑒𝑖 = ≥
46,20 30
12
𝑒𝑖 = = 0,4 cm
30
𝐿0 ℎ
𝑒𝑎 = ≥
300 30
Segundo a ABNT NBR 7190:1997, o valor da excentricidade acidental também não poderá ser
inferior que h/30. Assim, adota-se o maior valor obtido segundo as duas verificações (L0/300 ou
h/30).
240 12
𝑒𝑎 = >
300 30
𝑒𝑎 = 0,8 cm
𝑒1 = 𝑒𝑖 + 𝑒𝑎 = 0,4 + 0,8
𝑒1 = 1,2 cm
7
A excentricidade de cálculo é dada por:
𝐹𝑒 92,79
𝑒𝑑 = 𝑒1 ∙ ( ) = 1,2 ∙ ( )
𝐹𝑒 − 𝑁𝑑 92,79 − 46,20
𝑒𝑑 = 2,39 cm
O momento fletor provocado pela interação entre o esforço normal de compressão de cálculo e a
excentricidade de cálculo por ser determinado:
𝑀𝑑 = 𝑁𝑑 ∙ 𝑒𝑑 = 46,20 ∙ 1,2
𝑀𝑑 = 110,42 kN ∙ cm
𝑑 12
𝑦= = = 6 cm
2 2
𝑀𝑑 110,42
𝜎𝑀𝑑 = ∙𝑦= ∙6
𝐼 1017,88
𝑁𝑑 46,20
𝜎𝑁𝑑 = =
𝐴 113,10
𝜎𝑁𝑑 𝜎𝑀𝑑
+ ≤1
𝑓𝑐0,𝑑 𝑓𝑐0,𝑑
0,41 0,65
+ = 1,32
0,8 0,8
É possível concluir que a segurança da peça analisada não é garantida. Assim, como forma de
contornar esse problema, a capacidade resistente da coluna deve ser ampliada. O aumento das
dimensões da seção transversal (apenas o diâmetro para seção circular) ou a utilização de uma
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madeira com classe de resistência superior que C20 são duas recomendações pertinentes nesse
caso.
3. O coeficiente de modificação é determinado com base nas tabelas propostas pela norma
brasileira, de acordo com as propriedades indicadas: classe de carregamento de longa duração,
classe de umidade 3 e madeira de 2ª categoria.
𝑘𝑚𝑜𝑑 = 0,448
𝑓𝑐0,𝑘 40
𝑓𝑐0,𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑 ∙ = 0,448 ∙ = 12,8 MPa = 1,28 kN/cm²
𝛾𝑤 1,4
– Área:
– Momento de inércia (no caso de seção quadrada, é igual para os dois eixos de análise):
204
𝐼𝑥 = 𝐼𝑦 = = 13333,33 cm4
12
𝐼𝑚𝑖𝑛 13333,33
𝑖𝑚𝑖𝑛 = √ =√ = 5,77 cm
𝐴 400
O comprimento efetivo é o dobro do comprimento da peça nesse caso, pois a peça é engastada na
base e livre no topo em relação ao eixo mais desfavorável.
9
𝐿0 = 2 ∙ 𝐿 = 600 cm
𝐿0 600
𝜆= = = 103,92 → Peça esbelta
𝑖𝑚𝑖𝑛 5,77
A peça, portanto, é classificada como esbelta. Assim, a condição de segurança é definida por:
𝜎𝑁𝑑 𝜎𝑀𝑑
+ ≤1
𝑓𝑐0,𝑑 𝑓𝑐0,𝑑
Assim como no caso de peças medianamente esbeltas, é considerado que a peça esbelta
comprimida trabalha, na verdade, à flexocompressão. O procedimento para cálculo das
excentricidades é similar, porém, no caso de peças esbeltas também é avaliada a excentricidade
por fluência (deformação lenta do material ao longo do tempo).
𝐶1 → 𝑁𝑑 = 𝐺 ∙ 𝛾𝑔 + 𝑄 ∙ 𝛾𝑄 = 30 ∙ 1,4 + 35 ∙ 1,4
𝐶1 → 𝑁𝑑 = 91 kN
𝐹𝑒 = 319,34 kN
Notar que a força de compressão solicitante é menor que a força crítica de flambagem relacionada
à coluna:
Novamente, vale ressaltar que essa verificação é importante, pois se 𝑁𝑑 > 𝐹𝑒 , a peça sofreria
instabilidade estrutural, que é classificada como um Estado Limite Último. Nesse caso, a peça seria
imprópria para uso, pois não apresentaria capacidade resistente adequada.
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𝑒1,𝑒𝑓 = 𝑒𝑖 + 𝑒𝑎 + 𝑒𝑐
𝑀1𝑑 ℎ
𝑒𝑖 = ≥
𝑁𝑑 30
Segundo a ABNT NBR 7190:1997, o valor da excentricidade inicial não poderá ser inferior que h/30.
Nesse caso, como a estrutura não é solicitada por momento fletor de 1ª ordem, logo tem-se que
𝑀1𝑑 = 0. O valor mínimo de h/30 será adotado para a excentricidade inicial, sendo h a altura da
seção transversal (no caso da seção quadrada é o próprio lado).
0 20
𝑒𝑖 = ≥
46,20 30
20
𝑒𝑖 = = 0,67 cm
30
𝐿0 ℎ
𝑒𝑎 = ≥
300 30
De acordo com a ABNT NBR 7190:1997, o valor da excentricidade acidental também não poderá
ser inferior que h/30. Assim, adota-se o maior valor obtido segundo as duas verificações (L0/300 ou
h/30).
600 20
𝑒𝑎 = >
300 30
𝑒𝑎 = 2,0 cm
𝑒𝑐 = (𝑒𝑖𝑔 + 𝑒𝑎 ) ∙ (𝑒 𝐾 − 1)
∅ ∙ 𝐾′
𝐾=
𝐹𝑒 − 𝐾′
𝜓1 = 0,3
𝜓2 = 0,2
𝐾 ′ = 30 + (0,3 + 0,2) ∙ 35
𝐾 ′ = 47,5 kN
∅ ∙ 𝐾′
𝐾=
𝐹𝑒 − 𝐾′
2 ∙ 47,5
𝐾=
319,34 − 47,5
𝐾 = 0,35
Como a estrutura não é solicitada por momento fletor de 1ª ordem, é possível definir que 𝑒𝑖𝑔 = 0.
𝑀1𝑔,𝑑 0
𝑒𝑖𝑔 = = =0
𝑁𝑔,𝑑 1,4 ∙ 30
𝑒𝑐 = (𝑒𝑖𝑔 + 𝑒𝑎 ) ∙ (𝑒 𝐾 − 1)
𝑒𝑐 = (0 + 2,0) ∙ (𝑒 0,35 − 1)
𝑒𝑐 = 0,87 cm
𝑒1,𝑒𝑓 = 3,50 cm
12
O valor de cálculo da excentricidade é determinado:
𝐹𝑒 319,34
𝑒𝑑 = 𝑒1,𝑒𝑓 ∙ ( ) = 3,5 ∙ ( )
𝐹𝑒 − 𝑁𝑑 319,34 − 91,0
𝑒𝑑 = 4,90 cm
O momento fletor provocado pela interação entre o esforço normal de compressão de cálculo e a
excentricidade de cálculo é definido:
𝑀𝑑 = 𝑁𝑑 ∙ 𝑒𝑑 = 91,0 ∙ 4,9
𝑀𝑑 = 445,85 kN ∙ cm
ℎ 20
𝑦= = = 10 cm
2 2
𝑀𝑑 445,85
𝜎𝑀𝑑 = ∙𝑦= ∙ 10
𝐼 13333,33
𝑁𝑑 91,0
𝜎𝑁𝑑 = =
𝐴 400
𝜎𝑁𝑑 𝜎𝑀𝑑
+ ≤1
𝑓𝑐0,𝑑 𝑓𝑐0,𝑑
0,23 0,33
+ = 0,44
1,28 1,28
13
4. É necessário verificar a viga quanto ao Estado Limite Último (ELU), conforme a análise de flexão
simples reta, cisalhamento e estabilidade lateral, e quanto ao Estado Limite de Serviço (ELS),
conforme a análise do deslocamento vertical máximo (flecha).
O coeficiente de modificação é determinado com base nas tabelas propostas pela norma brasileira
ABNT NBR 7190:1997, de acordo com as propriedades indicadas: classe de carregamento de longa
duração, classe de umidade 2 e madeira de 2ª categoria.
𝑘𝑚𝑜𝑑 = 0,56
𝑓𝑐0,𝑘 60
𝑓𝑐0,𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑 ∙ = 0,56 ∙ = 24 MPa = 2,4 kN/cm²
𝛾𝑤 1,4
– Área:
𝐴 = 𝑏 ∙ ℎ = 6 ∙ 16 = 96 cm²
𝑏 ∙ ℎ3 6 ∙ 163
𝐼𝑥 = = = 2048 cm4
12 12
Apenas o cálculo de momento de inércia relacionado ao eixo x é necessário, pois o momento fletor
atua em torno desse eixo em vigas retas sujeitas a forças verticais.
𝑞𝑑 = 𝑞𝑔,𝑘 ∙ 𝛾𝑔 + 𝑞𝑞,𝑘 ∙ 𝛾𝑞 = 1,5 ∙ 1,4 + 1,0 ∙ 1,4 = 3,5 kN/m = 0,035 kN/cm
De forma análoga, é necessário efetuar a combinação última normal da força concentrada. Apesar
disso, como há apenas uma parcela permanente, basta ampliar o valor da força multiplicando-a
pelo coeficiente de majoração.
𝑃 𝑞∙𝐿
𝑉𝑚á𝑥 = + → Ocorre na seção dos apoios
2 2
𝑃 ∙ 𝐿 𝑞 ∙ 𝐿2 𝐿
𝑀𝑚á𝑥 = + → Ocorre na seção correspondente ao meio do vão ( )
4 8 2
As tensões normais de tração e compressão, provocadas pelo momento fletor, são determinadas:
𝑀𝑚á𝑥,𝑑 603,75 16
𝜎𝑐1,𝑑 = ∙ 𝑦𝑐1 = ∙( )
𝐼𝑥 2048 2
𝑀𝑚á𝑥,𝑑 603,75 16
𝜎𝑡2,𝑑 = ∙ 𝑦𝑐1 = ∙( )
𝐼𝑥 2048 2
As tensões normais de tração e compressão provocadas pelo momento fletor são numericamente
iguais em vigas com seção transversal retangular, pois a distribuição de tensão normal nesse caso
é simétrica. O mesmo não ocorreria em vigas com seção T, por exemplo, pois a distribuição de
tensões não seria igual devido à posição da linha neutra.
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A verificação da viga quanto às tensões normais provocadas na flexão é avaliada segundo o valor
de cálculo da resistência à compressão paralela às fibras da madeira. Notar que a norma brasileira
admite que 𝑓𝑡0,𝑑 = 𝑓𝑐0,𝑑 .
3 𝑉𝑚á𝑥,𝑑 3 6,65
𝜏𝑑 = ∙ = ∙
2 𝑏∙ℎ 2 6 ∙ 16
𝜏𝑑 = 0,104 kN/cm²
Para análise da estabilidade lateral da viga, é necessário verificar inicialmente a esbeltez da seção
transversal retangular:
ℎ 16
= = 2,67
𝑏 6
16
𝐿1 𝐸𝑐0,𝑒𝑓
≤
𝑏 𝛽𝑀 ∙ 𝑓𝑐0,𝑑
Sendo L1 a distância entre travamentos e b a espessura da estrutura. Nesse caso, foi informado
que os travamentos ocorrem nos apoios, logo L1 é o próprio vão.
𝐿1 300
= = 50
𝑏 6
𝐸𝑐0,𝑒𝑓 1372
= = 51,27
𝛽𝑀 ∙ 𝑓𝑐0,𝑑 11,15 ∙ 2,4
Quanto ao Estado Limite de Utilização (ELUti), também chamado de Estado Limite de Serviço
(ELS), é necessário avaliar o deslocamento máximo ocasionado na estrutura. A verificação de
deslocamentos em estruturas correntes de madeira é realizada considerando as ações
determinadas a partir da combinação de longa duração (também chamada de combinação quase-
permanente).
𝑞𝑑,𝑢𝑡𝑖 = 𝑞𝑔,𝑘 + 𝑞𝑞,𝑘 ∙ 𝜓2 = 1,5 + 1,0 ∙ 0,2 = 1,7 kN/m = 0,017 kN/cm
Para a força concentrada, como há apenas ação permanente, a resultante terá o próprio valor da
ação permanente.
5 ∙ 𝑞 ∙ 𝐿4 𝑃 ∙ 𝐿3
𝛿𝑚á𝑥 = +
384 ∙ 𝐸 ∙ 𝐼 48 ∙ 𝐸 ∙ 𝐼
Considerando os valores de longa duração para as forças atuantes, e o valor efetivo do módulo de
elasticidade à compressão paralela às fibras da madeira, é possível modificar a equação do
deslocamento máximo:
17
5 ∙ 𝑞𝑑,𝑢𝑡𝑖 ∙ 𝐿4 𝑃𝑑,𝑢𝑡𝑖 ∙ 𝐿3
𝛿𝑚á𝑥 = +
384 ∙ 𝐸 ∙ 𝐼 48 ∙ 𝐸 ∙ 𝐼
𝛿𝑚á𝑥 = 1,04 cm
O valor limite para o deslocamento é especificado pela ABNT NBR 7190:1997, para vãos, é:
𝐿 300
𝛿𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 = = = 1,5 cm
200 200
Portanto, o deslocamento máximo resultante é aceitável. Dessa forma, é possível concluir que todos
os critérios de segurança analisados para a viga são atendidos.
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