O referido instituto, faz-se no processo de inventário, conforme determina
lei civil. Se trata do meio pelo qual os herdeiros necessários restituem aquilo que já receberam em vida pelo ‘’de cujus’’ à herança. Aplica-se apenas na existência de doação para herdeiros necessários. Implica dizer que as demais doações feitas a terceiros não precisam ser computadas. Tomando como base o artigo 1.846, do Código Civil. Que aborda o princípio da igualdade dos quinhões hereditários. O dever de trazer o bem doado á colação, é do herdeiro necessário. Sendo essencial ser arrolado todo e qualquer bem doado, não importando a data e o valor. Caso não o faça, incorrerá na chamada sonegação, que consiste na omissão das doações recebidas e sua pena será de perder o que recebeu. O mesmo dever cabe a quem renuncia ou aos excluídos da sucessão, devendo trazer à colação os bens recebidos como doação, quando o falecido ainda vivia. Qualquer doação feita em vida a um dos herdeiros necessários, constituirá adiantamento da legítima. A partilha em vida é a divisão antecipada da herança, conforme art. 1.018, CC. Adiantamento da herança, é a doação feita de um ascendente para um descendente. É importante frisar na questão da doação, em colação, que consiste em deixar liberalidade em testamento ou em vida. Sendo ela feita em vida, não atingindo a legítima, considera-se adiantamento da legítima. Sendo necessário a conferência (colação). É importante lembrar que o código estabelece o limite que se pode dispor do patrimônio, que é de 50%, garantindo a metade de todo patrimônio existente aos herdeiros necessários. Doando um valor excedente a esse, é chamada de doação inoficiosa, a qual é nula. Para configurar doação pura, é essencial que no momento da doação, o doador deixe claro que não se trata de adiantamento de herança, e sim, uma doação da parte disponível. Tipos de colação: É importante mencionar os nomes batizados pela doutrina, bem como: colação por estimação e colação em substancia. A primeira leva-se em conta o valor da doação. Artigos 2.002 e 2.004, CC, esclarece que o valor a ser levado em conta, é o valor que o bem tinha a época da doação. Sendo ele certo ou estimativo. Colação em Substância, trata-se do próprio bem. Opera o efeito de resolver a doação com o retorno do bem doado para herança. Artigo 639, CPC/ 2015.Que traz um conteúdo incompatível com o Código Civil de 2002. O que se pode aferir, interpretar, seria uma revogação tácita dos dispositivos, em contradição, do Código Civil. Segundo o art. 639, CPC, a colação por estimação se reserva para os casos em que o donatário, a época da abertura da sucessão, não possuir mais o bem que ele havia recebido. Se diferenciando da colação em substancia, pois o valor a ser considerado, é o valor do bem a época da abertura da sucessão. Se não mais possuir o bem, irá levar o valor do bem.