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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA
ENGENHARIA MECÂNICA

BENEDITO ODINEI DA SILVA LOBATO JUNIOR - 201302140062


LUIZ CLAUDIO ESPINDULA AMORAS - 201402140042
MATHEUS BRAGA DUARTE SIROTHEAU - 201302140061
MATHEUS GAMA FONSECA - 201302140063
VINICIUS MONTEIRO MOTA - 201302140081

RETIFICA E BRUNIMENTO

Belém
2017
BENEDITO ODINEI DA SILVA LOBATO JUNIOR - 201302140062
LUIZ CLAUDIO ESPINDULA AMORAS - 201402140042
MATHEUS BRAGA DUARTE SIROTHEAU - 201302140061
MATHEUS GAMA FONSECA - 201302140063
VINICIUS MONTEIRO MOTA - 201302140081

RETIFICA E BRUNIMENTO

Relatório referente a avaliação na


disciplina de Usinagem dos Metais.
Professor: Dr. Fujyama

Belém
2017
RESUMO
Este trabalho tem a finalidade de apresentar a respeito dos processos de usinagem
conhecidos com Retifica e Brunimento. A fim de expor seus conceitos, características,
aplicabilidade, vantagens, desvantagens e os equipamentos necessário para sua
realização. Visando sempre um bom entendimento assim como sua importância no
mercado.
1 INTRODUÇÃO

A usinagem é uma operação que dá a peça forma, dimensão ou acabamento


superficial através da remoção de material sob forma de cavaco. Cavaco é a porção de
material removido da peça após a utilização da ferramenta de corte e este apresenta forma
irregular. A remoção do material ocorre através da interação entre ferramenta e peça,
sendo a ferramenta constituída de material com resistência e dureza bem superior em
relação ao material da peça.

O estudo da usinagem é baseado nos princípios da mecânica (cinemática, atrito e


deformação) e termodinâmica (geração e propagação de calor) e nas propriedades dos
materiais, um exemplo de uma peça após passar por processos de usinagem segue na
Figura 1. Neste trabalho apenas Retifica e Brunimento serão abordados.

Figura 1: Material após ser usinado


2 DESENVOLVIMENTO

2.1Retifica

A retificação é um processo de usinagem que consiste em remover material da


peça mediante abrasivo cujo formato pode ser cilíndrico, esférico e etc. o abrasivo é
constituído de grãos cortantes que removem cavacos muito pequenos do material, giram
a uma velocidade altíssima até chegar ao ponto ou dimensão determinada pelo projeto.

Retificar significa corrigir irregularidades de superfícies de peças, assim a


retificação tem por objetivo:

 Reduzir rugosidades
 Dar exatidão a superfície da peça de medidas que permita obter peças
semelhantes que possam ser substituídas entre si.
 Retificar defeitos oriundos de um tratamento térmico

2.1.2 A Máquina

A retificadora é uma máquina empregada na usinagem de peças a fim de


proporciona-las exatidão dimensional e um melhor acabamento superficial em relação as
máquinas convencionais (torno, fresa, plaina e etc). geralmente antes de retificados os
materiais precisam passar pelo tratamento térmico de têmpera. Podem ser classificadas
basicamente de três tipos:

1. Plana
2. Cilíndrica universal
3. Cilíndrica sem centros

2.1.2.1 Retificadora Plana


Retifica todos os tipos de superfícies planas, paralelas, perpendiculares ou
inclinadas. A peça é presa a uma placa magnética, fixada a mesa retificadora.
Durante o processo a mesa desloca-se em movimento retilíneo da direita para a
esquerda e vice-versa. A retificadora pode ser do tipo tangencial de eixo horizontal ou de
topo com eixo vertical como mostra a Figura 2.
Figura 2: Retificadoras planas.

2.1.2.2 Retificadora Cilíndrica Universal


Retifica superfícies cilíndricas, externas ou internas, e em alguns casos superfícies
planas em eixos rebaixados que exijam faceamento. A peça é fixada em uma placa
universal semelhante a utilizada no torno e é submetida um movimento de rotação. O
rebolo entra em contato com a peça e remove o material. A Figura 3 ilustra a máquina.

Figura 3: Retificadora cilíndrica universal.

2.1.2.3 Retificadora Cilíndrica sem Centros


Muito utilizada na produção em série, a peça é conduzida pela rebolo e pelo disco
de arraste. O disco de arraste gira devagar e serve adicionar movimento a peça e
para produzir avança longitudinal, Figura 4.
Figura 4: Retificadora sem centros.

2.2 Rebolos

Rebolo é a ferramenta de corte na operação de retificação, ela possui superfície


abrasiva, pois é formada por grãos de óxido de alumínio ou carbeto de silício, geralmente.
O ângulo de ataque é geralmente negativo. Características do rebolo a serem
consideradas:
 Abrasivo: material que compõem os grãos do rebolo.
 Granulação: tamanho dos grãos abrasivos.
 Aglomerante: material que une os grãos abrasivos.
 Grau de dureza: resistência do aglomerante.
 Estrutura: porosidade do disco abrasivo.
Figura 5: Rebolo abrasivo.

Tabela 1: aplicação dos rebolos.


2.2 BRUNIMENTO

O brunimento é um processo de usinagem por abrasão após mandrilhamento,


torneamento, fresamento, retificação interna etc., proporcionando uma geometria precisa
do furo e bom acabamento superficial. Os brunidores são formados por uma variação de
grãos diamantados pequenos que, quando cortam, apresentam inúmeros pontos de
contato, dissipando o calor na ferramenta e minimizando o perigo de um mau acabamento
na peça. Esta operação é mais rápida e de maior precisão que os outros processos.
Trata-se, portanto de um processo realizado com inúmeras arestas cortantes, cujas
características geométricas diferem entre si e são de difícil determinação. Uma vez que
uma grande quantidade de grãos abrasivos atuam simultaneamente, a quantidade de
material usinada resulta da soma de inúmeros cavacos produzidos pelas arestas. Portanto,
os grãos abrasivos necessitam ter uma dureza tal que, seja maior que o do material a ser
usinado, de forma que, são compostos de materiais cristalinos duros. Estes materiais são,
por natureza, frágeis, e na produção dos grãos, se partem em pequenas partículas, sem
uma forma definida, compostas de arestas pontiagudas. Assim, somente as mais partes
mais salientes das superfícies dos grãos penetram na peça, durante a usinagem, formando
com isto, as arestas planas dos mesmos.
Durante o processo de usinagem os grãos abrasivos provocam inicialmente, uma
deformação plástica no material (Figura x). No início do contato não se forma, portanto,
nenhum cavaco. O material da peça forma rebarbas ou flui com a aresta cortante. Somente
quando a aresta penetra o suficiente na peça, se inicia realmente a formação de dos
cavacos. A determinação da espessura de corte atuante cada grão depende uma serie de
parâmetros e não é de fácil determinação.
O processo de brunimento pode ser caracterizado em dois grupos de grandezas de
entrada, quais sejam, sistema e parâmetro de usinagem.
O sistema de usinagem contém as grandezas do processo, também denominadas como
grandezas fixas, e é determinada por:

- Maquina, com seus dados de potência, rigidez e demais dados;

- Peça, com suas propriedades mecânicas, geometria, e condições da mesma, de acordo


com a usinagem anterior;

- A ferramenta, com sua geometria, exatidão e composição de pedra abrasiva;

- O fluido de corte através do tipo, viscosidade, concentração e a disposição do jato.

Os parâmetros envolvem os itens compreendidos pela cinemática do processo e


pela mecânica do mesmo, também denominadas como grandezas variáveis. A cinemática
do processo resulta da sobreposição de dois movimentos, quais sejam: o movimento de
avanço e o movimento de corte.
Também influenciam o processo os parâmetros:

- pressão de contato exercida pela pedra na parede do furo;


- pressão do fluido de corte e vazão do mesmo.

O fluido de corte se encontra nas duas categorias pois, enquanto o fluido de corte
mantiver suas propriedades físico-químicas, pode ser considerado uma grandeza fixa ao
processo. Porém, com o tempo de uso, ele começa a perder as suas propriedades físico-
químicas sendo impregnado por qualquer agente contaminante envolvido no processo de
usinagem ou mesmo por agentes externos ao processo, como: pó, partículas em
suspensão no ar, entre outros fatores externos.
A somatória das influencias das grandezas de entrada determina as características
do processo e o resultado final do mesmo.
A finalidade é obter peças com boa exatidão dimensional e geométrica, além de
boa qualidade superficial, logo, o brunimento é aplicado a diversos componentes de
máquinas que necessitam de tolerâncias menores ou características superficiais especiais
sendo utilizado em diversas áreas industriar, como por exemplo:
 Indústria automotivas;
 Indústrias de equipamentos hidráulicos;
 Indústrias de rolamentos;
 Indústrias de equipamentos de refrigeração;

2.2.1 – Máquina

Brunimento Manual
O brunimento manual é aquele que o operador exerce manualmente
pressões sobre a pedra, ou exerce controle sobre as dimensões obtidas. Neste tipo de
brunimento existem maquinas para a usinagem de cilindros hidráulicos de grande
comprimento e diâmetro, que podem ser brunidos tanto horizontal como verticalmente.
Porém, se a medição for efetuada com a parada da máquina, para que o operador possa
conferir as dimensões da peça durante a operação de usinagem, este tipo de brunimento
é denominado de manual pois, houve a parada do processo para a medição manual
efetuada pelo operador. Embora o brunimento seja uma operação de usinagem que
englobe complexidades, o mesmo pode ser executado com auxílio de uma máquina ou
manualmente. Quando se fala em brunimento manual refere-se à operação de translação
que é necessariamente feita de forma manual. As máquinas brunidoras podem ser dividas
de maneira geral em:
 Brunidora Vertical: neste de brunimento a peça é fixada através de dispositivos
instalados em uma mesa vertical. A força de corte é determinada pela máquina enquanto
que a medida final é determinada pelo operador medindo a peça através de dispositivos
de medição de ar comprimido.
 Brunidora Horizontal: neste tipo de brunimento a ferramenta é mantida
horizontalmente para facilitar o trabalho do operador. Neste caso, a força de corte é dada
pela pressão que o operador exerce sobre a peça. Este tipo de brunimento geralmente é
recomento para o brunimento de desbaste e para peças de pequeno
diâmetro.

Brunimento Automatizado

No brunimento automatizado a maquina possui dispositivos pneumáticos


de medição, que efetuam o controle de peça durante a realização do processo de usinagem
e que interrompemos o processo assim que , a medida especificada for atingida.
As maquinas podem ser horizontais ou verticais sendo que, as mais ususais são as
verticais.

2.2.2 – Principais ferramentas da máquina

 Pedras de brunimento: consistem em grãos de óxido de alumnío, silício, carbetos


ou diamanta, ligado junto com barro, resinoide, carbono ou metal.

 Pedras de brunimento convencionais: O óxido de alumnío (Al2O3) e o Carbeto de


Silício (SiC) são abrasivos convencionais e de menor custo utilizados para brunimento.

 Diamante e CBN: O diamante e o nitreto boo (CBN) são abrasivos muito mais
caros que os convencionais, desgastam muito menos (mais duros), exibem uma taxa de
remoção mais elevada e vem sendo aplicados atualmente em algumas brunidores mais
modernas;

 Fluidos para brunimento: O uso de um fluido durante o brunimento é de suma


importância, pois é responsável pela limpeza, controle de temperatura e lubrificação da
região de contato entre a ferramenta superfície a ser usinada.

2.2.3 – Tipos de Brunimento


2.2.4 – Brunimento de curso curto

No brunimento de curso curto, o processo é efetuado com movimento de


reciprocação (oscilação) muito rápido, esta frequência varia de acordo com o sistema
aplicado para a realização da operação e com o comprimento do curso variando entre 300
e 2500 ciclos/min. Este processo pode produzir rugosidades medias variando entre 0,10
e 0,05 𝜇𝑅𝑎 . Componentes de máquinas gráficas, bicos injetores de combustível são peças
típicas que empregam este procedimento. Tem por objetivo, também, conferir uma
superfície quase perfeita, ou seja, com uma diferença entre os picos e os vales muito
pequena, e é usado onde haja a necessidade de guias muito precisas e com riscos muito
finos, em alguns casos ele é chamado de espelhamento, por produzir uma superfície quase
que espelhada.

2.2.5 – Brunimento de curso longo

No brunimento de longo curso, não existe um movimento vibratório da


ferramenta e podem ser obtidas rugosidades aritméticas médias Ra da mesma ordem de
grandeza do brunimento de pequeno curso, dependendo do tipo de ferramenta e operação
empregados, embora um valor abaixo de rugosidade de rugosidade não seja o principal
motivo da utilização deste processo. Aplicações típicas deste procedimento são
encontradas em camisas de pistões aplicadas em motores, elementos hidráulicos,
componentes de maquinas ferramenta, etc. Enquanto que, o brunimento de pequeno curso
tem uma maior aplicação em peças usindas externamente, o brunimento de curso longo
encontra uma aplicação maior em usinagens internas. Na maioria das aplicações é
prescrito, em projeto, que a superfície da peça deva ter uma superfície cruzada para efeitos
de retenção de óleo, mas em alguns casos o processo é efetuado substituindo a retificação
em peças longas, tendo em vista a exatidão dimensional e os desvios de forma e
orientação, obtidos. O brunimento de longo curso pode corrigir desvios
macrogeometricos advindos de processo anterior

Brunimento de longo curso


Desvios macrogeometricos possíveis de serem corrigidos pelo processo de brunimento
3 CONCLUSÃO

A retificação é um processo de grande responsabilidade, já que antes de chegar à


retificação, a peça já passou por diversos processos, com os tratamentos térmicos e
diferentes formas de usinagem, acarretando em custos acumulados e tempo investido.
Com relação aos outros processos de usinagem, a retificação, é considerado o processo
mais brando, justamente por ser um processo de acabamento. Brunir é um processo muito
útil para indústria, uma vez que pode corrigir erros nos furos causados por outros
processos de fabricação, e, além disso, dar um bom acabamento à peça. Para contar com
essa operação, usa se os brunidores, ferramentas que são fabricadas com segmentos de
materiais abrasivos, que podem ser superabrasivos ou abrasivos convencionais. As
vantagens desse processo são muitas e que pode gerar um bom custo benefício para quem
necessita de tal recurso.
4 REFERÊNCIAS

ADRINA, Maria. Retificadoras. Apostila, Belém.

STOETERAU, Rodrigo. Fundamentos dos Processos de Usinagem. São Paulo.

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