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DE MACEIÓ
Autos nº 0001772-25.5.19.2012.0001
Termos em que,
pede deferimento.
Local e data.
ADVOGADO
OAB
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO
Egrégio Tribunal,
Colenda Turma,
Senhores Julgadores.
Em que pese o habitual acerto das decisões proferidas pelo Meritíssimo Juízo de
primeira instância, “in casu”, a respeitável sentença merece parcial reforma.
Vejamos:
PRELIMINARMENTE
I – DO CERCEAMENTO DE DEFESA
MÉRITO
Caso seja superada a preliminar acima exposta, o que admitimos apenas a título de
argumentação, no mérito a sentença merece reforma, nos seguintes termos:
I – HORAS EXTRAS
Requer o deferimento das horas extras a partir da sexta, nos termos da inicial e do
art. 224, caput, em razão de a reclamada não se desincumbir do ônus de provar a exceção ao
referido dispositivo, nos termos, inclusive, da Súm. 102 do C. TST.
II – DANOS MORAIS
O dano moral deve levar em consideração a reparação da suposta dor sofrida pelo
lesado, devendo-se, ainda, ter em vista a condição econômica deste e sua participação no evento
danoso, se houve ou não culpa concorrente ou culpa exclusiva do suposto ofendido.
Em recente decisão o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, entende,
acertadamente, que a indenização por dano moral deve limitar ao ressarcimento, ou seja, à
COMPENSAÇÃO do prejuízo moral decorrente de suposto constrangimento, e nunca ser
instrumento fácil para enriquecimento, vejamos a ementa:
"EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - DANO MORAL -
INDENIZAÇÃO "QUANTUM"- PARÂMETROS - REDUÇÃO
- RECURSO - PROVIMENTO PARCIAL. O "quantum"
indenizatório deve ser fixado com moderação, limitando-se à
compensar prejuízo moral decorrente do constrangimento sofrido
e nunca instrumento de fácil enriquecimento na obtenção de
indevida riqueza. Desde que se possam manipular dispositivos
legais com referência a responsabilidade civil extracontratual
decorrente da prática da ofensa moral de terceiros e limites
valorativos a indenização pelo dano causado, certo é conectá-los
por força da analogia diante da semelhança existente entre os
fatos jurídicos, para alcançar o "desideratum" fixatório. Recurso.
Provimento Parcial. Decisão Unânime." (Apelação Cível n.º
53870-9, 2ª Câmara Cível - Rel. Des. Altair Patitucci - publicado
no DJPR em 18/08/97, julgado em 18/06/1997).
Do corpo do julgado, retiramos o seguinte parâmetro, sedimentado pelo Tribunal em
outro julgamento para fixação do "quantum" do dano moral, ´verbis´:
"Há que existir certos parâmetros para a fixação indenizatória.
É bem de ver que:
´…muito embora disponha o Juiz de ampla liberdade para aferir o
valor da reparação, deve perquirir múltiplos fatores inerentes aos
fatos e á situação econômico-financeira dos litigantes sabendo-se
que a pretensão indenizatória não pode ser dissociada da postura
ética do pretendente, desde que o "quantum" reparados jamais
poderá se constituir instrumento de enriquecimento ilícito do
ofendido." ( TJPR - Ac. n.º 12.043 - 1ª Câm. Civil, un. Rel. Des.
Maranhão de Loyola).
Requer a reforma do r. Julgado, para que seja procedida a isenção dos valores
devidos a título de contribuição fiscal e previdenciária, a fim de dar cumprimento ao Provimento
02/93 da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho.
IV– HONORÁRIOS
CONCLUSÃO
Local e data.
ADVOGADO
OAB