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ANPUHSP2014 AComidadeRuanacidadedeSaoPaulo
ANPUHSP2014 AComidadeRuanacidadedeSaoPaulo
Perspectivas
JOSÉ ROBERTO YASOSHIMA1
TAMIRIS MARTINS DA SILVA2
Resumo
Neste momento, na cidade de São Paulo ocorre um debate que envolve vendedores de
comida de rua, chefs renomados e interesses políticos. O decreto de lei que autoriza a
expansão desse mercado acaba de ser aprovado e sancionado, trazendo possibilidades para
um setor que, até o momento, ainda sofria com a falta de regulamentação e fiscalização,
caracterizando-se em um mercado informal, pouco confiável e com grande polêmica no
campo da segurança alimentar. O objeto de pesquisa deste trabalho delimita-se ao estudo do
fenômeno comida de rua na cidade de São Paulo, suas novas tendências com um toque de
glamour e suas implicações no atual cenário da gastronomia. O objetivo central, portanto é
uma tentativa de categorização e classificação da comida de rua na cidade de São Paulo,
assim como estudaras possíveis novas tendências desse segmento no novo cenário da
gastronomia.Quanto à metodologia, será feita uma revisão da bibliografia acerca dos
principais tópicos para subsidiar as discussões sobre o tema. Para tanto, será ainda realizada
uma pesquisa de campo para a coleta de dados junto com vendedores, chefs e consumidores
da comida de rua. Para a coleta desses dados serão usadas as técnicas de entrevistas
semiestruturadas, observação participante, realização de vídeos e fotografias.
INTRODUÇÃO
Alimentar-se fora do lar não é nenhuma novidade, muito antes do nascimento do
restaurante moderno, em meados do século XVIII, ocorriam várias ocasiões para se
alimentar durante uma viagem ou um dia de trabalho na cidade. Shore (2009) ressalta que
certas características de comer fora parecem hoje naturais ou automáticas, que vale a pena
notar que se baseiam em regras e expectativas culturais e historicamente específicas. Uma
vez tomada a decisão de não comer em casa, é possível planejar com antecedência a hora e o
restaurante, mas a decisão de sair pode igualmente ser feita de última hora ou mesmo pela
necessidade, no caso de quem passa o dia fora de casa.
Atualmente a oferta para quem deseja comer fora é muito diversificada, com restaurantes
de diversas especialidades, e até mesmo a opção de comidas e quitutes de rua, em um espaço
que é ao mesmo tempo um ambiente de individualização e das contradições, mas que
também pode ser um espaço para sociabilização e trocas de experiência. Sem contar, que
diferente dos restaurantes, a comida ofertada na rua exige menos rituais. Assim, pode-se
2 Comida de Rua
Não à toa, a citação acima foi escolhida para iniciar a revisão da literatura sobre a comida de
rua. Na citação, a autora fala da comida de um modo geral e, em seu artigo, ela defende o
comer como uma atividade de lazer, e como uma atividade que tem a capacidade de
impulsionar a economia local, mas que no entanto, raramente é observado pelos estudiosos
por se tratar de um assunto ligado a nossa vida cotidiana. No entanto, agora em 2014, pode-
se observar uma grande indústria em torno do assunto “comida”.
Quando se fala de comida de rua essa questão é um pouco mais delicada. Por se tratar de
pequenos negócios familiares, geralmente de pessoas mais simples e uma comida com baixo
valor agregado, a comida de rua não é um assunto com uma bibliografia muito extensa. Com
raras exceções, sua discussão fica muito mais no campo da segurança alimentar do que
ligada a questões de desenvolvimento local, patrimônio cultural ou mesmo uma atividade de
lazer de alto valor cultural e associativo.
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Para melhor se entender esse comércio, dedica-se o presente capítulo para explanar
um pouco do histórico da comida de rua através do tempo, as principais manifestações da
comida de rua no mundo e no Brasil, e as características da comida de rua na cidade de São
Paulo.
Sob o aspecto estrutural a Comida de Rua pode ser classificada como estruturada,
semiestruturada e desestruturada:
Criei essa feira por entender que existe uma grande carência de opções
neste formato em São Paulo. Como uma cidade tão grande e tão viva tem
uma oferta gastronômica tão reduzida após a meia-noite? Existem
inúmeros mercados mundo afora, então resolvi criar o da nossa capital, que
propõe qualidade com descontração, realmente ao alcance de todos. O que
queremos com “O Mercado” não é só reunir bons cozinheiros, mas sim
gente legal que gosta de comer bem e não se encaixa no horário padrão,
nem no formato já existente.
Quanto ao tipo de comida ofertada, a comida de rua pode ser de salgados, frutas e
doces:
.............................................................................................................Grupo
13 - pastel e massa para pastel, salgados diversos fritos na hora: metragem
de 4m x 4m;
Grupo 14 - caldo de cana, água de coco "in natura" e bebidas em geral
(sucos de frutas industrializados, refrigerantes, água mineral envasada em
copos ou garrafas descartáveis): metragens de 5m x 4m ou 6m x 4m;
Grupo 15 - comidas típicas em geral ("yakissoba", tapioca, pamonha e
churros), doces caseiros e lanches rápidos (exceto aqueles à base de carnes),
para consumo imediato: metragem de 4m x 2m;
.............................................................................................................
5http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/produtos/do
wnload/PDE2009_PUCSP_Pamplona.pdf
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Para o vereador Andrea Matarazzo, um dos autores do projeto uma outra razão que
inspirou o projeto de lei foi a necessidade de oferecer à população de São Paulo, “uma
comida prática, mais barata e dentro dos padrões recomendáveis a caminho do trabalho ou de
uma visita ao cliente; na saída da escola; nas praças e nos parques.”6
Conclusão
Referências Bibliográficas
Sites
Araújo, Wilma Aparecida Coelho e Araújo, Halina Meyer Chaves.Comida de rua e a preservação da
culturaalimentar,
disponívelem<http://www3.sp.senac.br/hotsites/campus_santoamaro/cd/arquivos/pesquisa/2013/an
ais_vii_cicta.pdf>.Acessadoem 12/02/2014.
http://portal.iphan.gov.br/montarDetalheConteudo.do?id=17750&sigla=Institucional&retorno=detalheI
nstitucional. Acessado em 04/06/2014.
http://saopauloparainiciantes.com.br/2012/04/o-mercado-feira-gastronomica-na-madrugada-de-
higienopilis.html. Acessadoem 04/jun/2014.
http://vejasp.abril.com.br/materia/feirinha-gastronomica-completa-um-ano-comida-de-rua.
Acessadoem 04/06/2014.
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/produtos/dow
nload/PDE2009_PUCSP_Pamplona.pdf . Acessado em 04/06/2014