Você está na página 1de 73

STAPHYLOCOCCUS

COCOS GRAM-POSITIVOS,
CATALASE POSITIVO
1
CARACTERISTICAS GERAIS

•Cocos Gram + (0.5-1.2 um de


diametro) em cachos de uva e aos pares
•Nao fazem esporos,
•Bactérias facultativas
•Respiracão aeróbica/fermentacão
•Todos são catalase-positivo,
•Imóveis

2
CARACTERISTICAS GERAIS

•São relativamente resistentes ao


ressecamento e ao calor.
•Apresentam sensibilidade variável a
muitos agentes antimicrobianos (produção
de B-lactamases, resistência à meticilina e
oxacilina, tolerância e plasmídios )

3
4
5
Principais espécies

 Staphylococcus aureus
 Staphylococcus epidermidis
 Staphylococcus Saprophyticus
 Staphylococcus Haemoliticus

6
7
PAREDE CELULAR

8
9
Proteína A (SpA): Tem a habilidade de se ligar à porção
FC de IgG, impedindo, portanto que ela sirva de fator de
opsonização na Fagocitose.

Fab Fab

IgG
Fc

SpA (Atn)
S. aureus

10
HABITAT

 São membros da microbiota normal da


pele, via respiratórias e trato
gastrointestinal.
 O estado de portador nasal é observado
em 40% a 50% dos humanos.
 Capacidade patogênica – desde a
intoxicação alimentar a bacteremia e
abscessos em vários órgãos.
11
12
FATORES DE VIRULÊNCIA

Proteína A = proteína antifagocitária


Catalase = impede digestão
intracelular
Coagulase = Producão de fibrina
Estafiloquinase= Lisa depósitos de
fibrina - fator de disseminacão
13
FATORES DE VIRULÊNCIA
Hemolisinas = alfa, beta
Leucocidina = destrói leucócitos
Exotoxina alfa: extracelular,
leucocida, dermonecrótica
Enterotoxina termoestável:
intoxicacão: vômitos e diarréia
líquida s/sangue
14
PEPTIDOGLICANO

 Induz aprodução de interleucina 1 e de


Ac.opsônicos pelos monócitos.
 Apresenta atividade semelhante a
endotoxina.
 Pode atuar como quimiotático para
polimorfonucleares.

15
ESTRUTURA ANTIGÊNICA

ÁCIDOS TEICÓICOS
 Podem ser antigênicos.

PROTEÍNA “A”
 Componente da parede celular.
 Liga-se à moléculas de IgG, com
exceção da IgG3.
16
 CATALASE
ENZIMAS
Conversão do peróxido de hidrogênio
em água e oxigênio.
 COAGULASE
Impede a cascata normal da
coagulação do plasma. Deposição de
fibrina na superfície dos estafilococos.
 HIALURONIDASE ou fator de
propagação 17
ENZIMAS

 ESTAFILOQUINASE
Ação semelhante a estreptoquinase,
resultando em fibrinólise.
 PROTEINASES
 LIPASES
 B-LACTAMASES
18
19
TOXINAS

 EXOTOXINAS
Contêm hemolisinas solúveis ( toxina
alfa - proteína capaz de lisar eritrócitos e
lesar plaquetas; ação sobre musculatura
lisa vascular; toxina beta - degrada a
esfingomielina; toxina gama e delta).

20
TOXINAS
 LEUCOCIDINA
Pode destruir leucócitos. São
termoestáveis.
 ENTEROTOXINA
O gene da enterotoxina pode estar
localizado no cromossomo ou ser
transportado por plasmídios.
21
MANIFESTAÇÕES CLINICAS

 Infeccões piogênicas na pele


(foliculite, furúnculo, carbúnculo,
terçol, etc);
 Infeccões oportunistas (osteomielite,
septicemia, pneumonia, endocardite,
meningite, etc);

22
 Síndrome de Ritter (pele
escaldada);
 Intoxicações alimentares;
 Síndrome do choque tóxico.

23
INFECÇÕES POR
STAPHYLOCOCCUS

24
FURUNCULO
O furúnculo é uma
pústula que
acomete um
folículo piloso,
causado por
infecção por S.
aureus.

25
26
Furúnculo ( modelo da infecção estafilocócica )
S.aureus no folículo piloso
Necrose tecidual + produção
fibrina
PATOGENIA

Formação de parede + células inflamatórias + tecido fibroso

No centro da lesão ocorre


liquefação
Drenagem

Tecido de granulação e cicatrização final

27
O furúnculo ou antraz começa como um
nódulo inflamado doloroso que usualmente
flutua, aflora e se rompe.

28
FOLICULITE ESTAFILOCÓCICA

29
SÍNDROME DA PELE ESCALDADA

 Superantígenos produzidos por S. aureus


são as Toxinas Exfoliativas (ETs). As
ETs causam um a Síndrome da Pele
Escaldada Estafilocócica (Staphylococcal
Scalded Skin Syndrome - SSSS),
caracterizada pela formação de lesões
bolhosas e posterios exfoliação da pele.

30
SINDROME DA PELE ESCALDADA

31
SINDROME DA PELE ESCALDADA

32
SINDROME DA PELE ESCALDADA

33
SINDROME DA PELE
ESCALDADA

34
Síndrome do Choque Tóxico (TSS)

 Uma condição sistêmica grave


caracterizada por febre, hipotensão,
descamação cutânea, erupções cutâneas e
acometimento de pelo menos mais três
sistêmas orgânicos a longo prazo. A
Síndrome do Choque Tóxico pode
ocorrer num evento menstrual ou não
menstrual.
35
36
37
SINDROME DO CHOQUE TÓXICO

38
IMPETIGO

 Impetigo é uma infecção da


epiderme que resulta em lesões
vesiculares que rompem,
levando à formação de crostas
de exsudato seco.

39
IMPETIGO

40
IMPETIGO

41
CARBUNCULO
Ocarbúnculo é um conjunto de
furúnculos que coalesceram em
camadas profundas da derme e
do tecido conjuntivo formando
uma lesão supurativa profunda
com múltiplas erupções
adjacentes.
42
CARBUNCULO

43
CARBUNCULO

44
CARBUNCULO

45
ABCESSO

46
TERÇOL

47
INFECÇÃO DO SITIO CIRÚRGICO

48
OSTEOMIELITE

49
OSTEOMIELITE

50
INFECÇÃO DE QUEIMADURA

51
FOLICULITE

52
SEPTICEMIA

53
DIAGNÓSTICO

 EXAME BACTERIOSCÓPICO:
Coloração de GRAM

 CULTURA: Meio de ágar sangue,


ágar chapman-stone, ágar manitol
salgado.
54
MEIOS DE CULTURA
Não são muito exigentes, crescem
em meios comuns que contém
peptona e extrato de carne, mas
crescem melhor em meios contendo
sangue, ácido nicotínico, tiamina e
biotina. São adequados: AGAR
SANGUE, CHAPMAN STONE,
MSA -ÁGAR MANITOL SAL,
STAPHYLOCOCCUS 110. 55
Morfologia das colônias
Crescimento rápido em condições
aeróbicas ou microaerófilas.Em meios
sólidos, as colônias são redondas, lisas,
elevadas e brilhantes.
As colônias de S.aureus são
acinzentadas a amarelo dourado intenso.
As colônias de S.epidermidis
apresentam coloração de cinza a branca. 56
57
ÁGAR SANGUE

58
PROVA DIFERENCIAL

59
Esquema de Identificação (Resumo)
Nota: Strep. viridans é
COCOS GRAM POSITIVOS alfa hemolítico e
negativo para todos os
testes abaixo
Catalase
+
Staphylococcus (cachos)
-
Streptococcus (pares & cadeias)

Coagulase Hemólise

+
S. aureus
-
S. epidermidis
(1) BETA: Bacitracina
+ S.pyogenes (grupo A)

-hemolítico não-hemolítico (normalmente)


CAMP/Hipurato +S. agalactiae (grupo B)
manitol +
col. amarelo
manitol -
col. branca
(2) ALFA: Optoquina/Bile Solubil. +
S. pneumoniae

ou
(3) GAMA: Bile Esculina + 6.5% NaCl + Group D*
Enterococcus
S. saprophyticus
novobiocina - R
Bile Esculina + 6.5% NaCl
- Group D*
Não-Enterococcus

(*pode ser tb beta ou alfa hemolítico)


60
COLORAÇÃO DE GRAM

61
Provas Bioquímicas
 Produtores de catalase ( Diferenciação
com os estreptococos )
 Fermentam carboidratos produzindo
ácido láctico, não gás.
 Tolerância ao NaCL
 MANITOL

62
CATALASE

H2O2 + crescimento bacteriano Formação de bolhas


(teste positivo)
63
64
HEMÓLISE

65
TESTE DA COAGULASE

66
PROVA DA COAGULASE

67
NOVOBIOCINA

68
TESTE DE AGLUTINAÇÃO EM LATEX

69
TESTE DE AGLUTINAÇÃO EM LATEX

70
Esquema Simplificado de Diferenciação

S = sensível, R = resistente, V = variável,


F = fermentativo, O = oxidativo

71
72
EPIDEMIOLOGIA
 Principais fontes: Lesões humanas, fômites
contaminados, vias respiratórias e pele
humana.
 Importância do estado de portador crônico
( nariz e pele ) de S.aureus resistente a
antibióticos.
 Nos hospitais, as áreas de maior risco de
infecções estafilocócicas são berçários, U.T.I.,
centro cirúrgico e enfermarias de
quimioterapia de câncer
73

Você também pode gostar