JUN HO D E 2 0 18

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ARTIGOS DE ESTUDO PARA:

6 DE AGOSTO A 2 DE SETEMBRO DE 2018
 FOTO DA CAPA: PUBLICADORES
URUGUAI 11.711
Duas irmãs dão um breve testemunho
ESTUDOS B ÍBLICOS
ao dono de uma loja em Montevidéu,
capital do Uruguai. 9.001
PESSOAS PRESENTES À
CELEBRAÇ ÃO ( 2017)
23.426

ARTIGOS
________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________

3 SEMANA DE 6 A 12 DE AGOSTO
21 SEMANA DE 27 DE AGOSTO A 2 DE SETEMBRO
“Meu Reino não faz parte deste mundo” Dê glória a Jeová por deixar
“brilhar sua luz”
8 SEMANA DE 13 A 19 DE AGOSTO
“Sejam um” assim como Jeová Jesus ensinou seus discípulos a deixar brilhar
e Jesus são um sua luz. Assim, poderiam dar glória a Jeová.
Como nós podemos fazer isso? Esse artigo traz
Nos dias de Jesus, as diferenças políticas, sociais várias sugestões úteis.
e étnicas dividiam as pessoas. Nesses dois artigos,
vamos ver como Cristo ensinou seus seguidores a ________________________________________________________________________________________________________________________________

ser unidos e a vencer o preconceito. Nós também

vamos aprender como imitar o exemplo deles neste 26 BIOGRAFIA
mundo atual tão dividido. Encontrei consolo para todas
as minhas ansiedades
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13 Ele poderia ter sido amigo de Deus

30 A força de um cumprimento
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16 SEMANA DE 20 A 26 DE AGOSTO
Treine sua consciência com as leis 32 LEMBRA-SE?
e os princípios de Deus
Para que a consciência seja um guia seguro, ela
precisa estar bem ajustada. Por ser muito amoro-
so, Jeová deu leis e princípios que ajudam nossa
consciência a ficar em harmonia com o modo de
ele pensar. Nesse artigo, vamos ver como pôr em
prática os princípios bíblicos.

Esta revista não é vendida.

Ela faz parte de um
34567 ˙
Vol. 139, No. 8 PORTUGUESE (Brazilian Edition)
June 2018

trabalho voluntário para

´ ´
ajudar pessoas no mundo Se não houver nenhuma A Sentinela, numero 8, junho de 2018. A Sentinela e publicada mensalmente
todo a entender a Bíblia. observação, os textos pela Watchtower Bible and Tract Society of New York, Inc., Wallkill, New York,
˜ ´ ´
As despesas desse trabalho bíblicos citados nesta U.S.A., e pela Associaçao Torre de Vigia de Bıblias e Tratados, Cesario Lange,
˜
são cobertas por donativos. revista são da Tradução Sao Paulo, Brasil. 5 2018 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
do Novo Mundo da Bíblia
˜ ´
e Associaçao Torre de Vigia de Bıblias e Tratados. Todos os direitos reservados.
Para fazer um donativo, Sagrada. Impressa no Brasil.
acesse www.jw.org.
“Meu Reino não faz parte
deste mundo”
“Para isto vim ao mundo: para dar testemunho da verdade.”
— JOÃO 18:37.

“DESDE a infância, eu só via injustiças”, diz uma irmã no sul da CÂNTICOS: 15 e 74

Europa ao relembrar seu passado. “Por isso, fiquei contra a
política do meu país. Para muitos, as ideias que eu defendia QUAL É A SUA
eram radicais. Durante muitos anos, eu até fui namorada de RESPOSTA?
um terrorista.” Um irmão no sul da África também pensava ________________________________________________________________________________________________________________________________

que tinha motivos para ser violento. Ele conta: “Eu achava que Como Jesus mostrou que
a minha tribo era a melhor de todas, e entrei em um partido não queria se envolver em
político. Nós aprendemos a matar com lança todos os nossos movimentos políticos?
inimigos — até aqueles de nossa tribo que fossem de outros
partidos.” Uma irmã que mora na Europa Central admite: “Eu
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era preconceituosa. Odiava todo mundo que não fosse do meu

De acordo com o que Jesus
país ou da minha religião.”
disse, como podemos ser
2 A atitude que esses irmãos tinham é um reflexo do que
equilibrados quanto ao paga-
acontece no mundo hoje. Muitos grupos políticos usam a vio- mento de impostos?
lência para conseguir a independência de uma região. As divi-
sões políticas dentro de um país estão ficando maiores. E, em ________________________________________________________________________________________________________________________________

muitos países, os estrangeiros são tratados com ódio. Como a

Como os cristãos encaram
Bíblia predisse, nos últimos dias as pessoas ‘não estariam o uso da violência?
1, 2. (a) O que está deixando o mundo cada vez mais dividido?
(b) Que perguntas vamos responder neste estudo?

3
 dispostas a acordos’. (2 Tim. 3:1, 3)
O mundo está cada vez mais dividido,
mas os cristãos precisam continuar uni-
dos. Como? Podemos aprender muito do
exemplo de Jesus. Quando ele esteve na
Terra, os judeus estavam enfrentando
um tumulto político. Neste estudo, va-
mos ver três pontos principais: Por que
Jesus não quis se envolver em nenhum
movimento de independência? Como ele
mostrou que os cristãos devem ser total-
mente neutros em assuntos políticos? E
como Jesus deixou claro que nada justi-
fica a violência?
O QUE JESUS ACHAVA DOS
MOVIMENTOS DE INDEPENDÊNCIA
3 Muitos judeus da época de Jesus não
viam a hora de ficar independentes de
Roma. Os zelotes, um grupo de judeus fa-
náticos, faziam de tudo para que essa
ideia crescesse entre o povo. Muitos deles
seguiam as ideias de Judas, o galileu. Ele
foi um falso messias que viveu no primei-
ro século e enganou muitas pessoas. Jose-
fo, um historiador judeu, escreveu que Ju-
das “incentivava o povo a se revoltar” e
chamava os judeus de “covardes” porque
pagavam impostos aos romanos. Por fim,
Judas foi morto pelos romanos. (Atos
5:37) Para conseguir o que queriam, al-
guns zelotes até se tornaram violentos.
4 Os judeus comuns também estavam
esperando a chegada de um Messias polí-
tico — ou seja, alguém que poderia liber-
tar Israel de Roma e fazer a nação recu-
perar sua glória. (Luc. 2:38; 3:15) Muitos
acreditavam que o Messias ia estabelecer
um reino na Terra, em Israel. Então, os
milhões de judeus que estavam espalha-
dos em outros lugares voltariam para
3, 4. (a) O que muitos judeus da época de Je-
sus esperavam? (b) Como esses sentimentos
afetaram os discípulos de Jesus?
4 A SENTINELA
sua terra natal. Até mesmo João Batista
mandou perguntar a Jesus: “O senhor é
Aquele Que Vem, ou devemos esperar
outro?” (Mat. 11:2, 3) Talvez João qui-
sesse saber se ainda viria alguém para
realizar o sonho dos judeus. Mais tarde,
dois discípulos estavam viajando para
Emaús e encontraram Jesus depois de ele
ser ressuscitado. Eles disseram que tam-
bém achavam que Jesus fosse libertar Is-
rael. (Leia Lucas 24:21.) Pouco depois
disso, os apóstolos perguntaram a Jesus:
“Senhor, é agora que o senhor vai resta-
belecer o reino a Israel?” — Atos 1:6.
5 Com tantas expectativas sobre o Mes-
sias, dá para entender por que o povo da
Galileia queria que Jesus fosse o rei de-
les. Afinal, Jesus seria o líder perfeito.
Ele era um ótimo orador, conseguia curar
os doentes e podia providenciar comida
para os famintos. Depois de alimentar
uns 5 mil homens, Jesus percebeu o que
o povo queria fazer com ele. Então, “sa-
bendo que estavam para vir pegá-lo a fim
de fazê-lo rei, retirou-se novamente para
o monte, sozinho”. (João 6:10-15) No
dia seguinte, a empolgação do povo es-
friou um pouco. Daí, Jesus explicou para
a multidão qual era o objetivo do traba-
lho dele. Ele veio para ensinar sobre o
Reino de Deus, e não para cuidar das ne-
cessidades materiais das pessoas. Jesus
disse para a multidão: “Trabalhem, não
pelo alimento que perece, mas pelo ali-
mento que permanece para a vida eter-
na.” — João 6:25-27.
6 Pouco antes de morrer, Jesus notou
que alguns de seus seguidores esperavam
5. (a) Por que o povo da Galileia queria que
Jesus fosse o rei deles? (b) Como Jesus corri-
giu a ideia errada deles?
6. Como Jesus deixou claro que não queria ter
poder político na Terra? (Veja o desenho no co-
meço do estudo.)

que ele se tornasse rei em Jerusalém.
Para corrigir isso, Jesus contou a ilustra-
ção das minas. Essa ilustração mostrou
que Jesus, o “homem de origem nobre”,
teria que ficar fora por um longo tempo.
(Luc. 19:11-13, 15) Mais tarde, Jesus dei-
xou claro para as autoridades romanas
que ele era neutro na política. O governa-
dor Pôncio Pilatos perguntou a Jesus:
“Você é o Rei dos judeus?” (João 18:33)
Pilatos talvez tivesse medo de Jesus cau-
sar uma revolta política — um medo que
ele enfrentou durante todo o seu go-
verno. Mas Jesus respondeu: “Meu Rei-
no não faz parte deste mundo.” (João
18:36) O Reino de Jesus seria estabeleci-
do no céu. Por isso, ele não queria se en-
volver com política. Jesus disse a Pilatos
que veio ao mundo “para dar testemu-
nho da verdade”. — Leia João 18:37.
7 Jesus sabia bem qual era o trabalho
dele na Terra. Se nós também soubermos
qual é o nosso, não vamos querer defen-
der, mesmo em pensamento, nenhum
partido que lute por independência. Ser
neutro nem sempre é fácil. Um superin-
tendente viajante disse: “As pessoas em
nossa região estão ficando mais radicais.
7. Por que pode ser difícil ficar neutro, mesmo
em pensamento, quando partidos lutam por
independência?
No que devemos
nos concentrar?
Nos problemas
do mundo ou no
Reino de Deus?
(Veja o parágrafo 7.)
Elas se orgulham cada vez mais de seu
povo, e acreditam que terão uma vida
melhor se a região conseguir indepen-
dência política. Mas ainda bem que os ir-
mãos continuam unidos. Eles estão se
concentrando em pregar as boas novas
do Reino. Eles sabem que só Deus pode
acabar com a injustiça e com os outros
problemas.”
COMO JESUS LIDAVA
COM DIVISÕES POLÍTICAS?
8 Muitas vezes, a injustiça é o combus-
tível dos problemas políticos. Nos dias de
Jesus, um dos assuntos que mais divi-
diam a política era o pagamento de im-
postos. Tanto é que Judas, o galileu, se
revoltou quando Roma quis que todo
mundo fosse registrado. O registro era
uma forma de Roma garantir que cada
habitante pagasse os impostos. E havia
muitos impostos: para mercadorias, ter-
renos e casas. Para piorar, os coletores de
impostos eram corruptos. Muitos deles
se tornaram cobradores de impostos de-
pois de comprarem esse direito de ofi-
ciais do governo. Assim, eles poderiam
ficar com uma parte dos impostos reco-
lhidos. Zaqueu, chefe de cobradores de
8. Dê um exemplo de como os judeus da épo-
ca de Jesus sofriam injustiças.
JUNHO DE 2018 5
 impostos em Jericó, ficou rico porque
conseguia arrancar dinheiro das pessoas.
(Luc. 19:2, 8) É bem provável que muitos
cobradores agissem assim.
9 Os inimigos de Jesus tentaram fazer
com que ele desse alguma opinião sobre
a cobrança de impostos. Perguntaram o
que ele achava do “imposto por cabeça”,
um imposto de um denário cobrado pe-
los romanos. (Leia Mateus 22:16-18.)
Os judeus odiavam esse imposto, porque
mostrava que eles eram controlados por
Roma. Se Jesus criticasse o imposto, os
apoiadores de Herodes poderiam acusá-
lo de ser inimigo do governo. Por outro
lado, se Jesus dissesse que os impostos
deviam ser pagos, seus discípulos talvez
deixassem de segui-lo.
10 Jesus tomou o cuidado de ficar neu-
tro nesse assunto. A resposta dele foi:
“Paguem a César o que é de César, mas a
Deus o que é de Deus.” (Mat. 22:21) É
óbvio que Jesus sabia da corrupção que
existia entre os cobradores de impostos.
Mas ele também sabia que só existia uma
solução: o Reino de Deus. Jesus deixou
aqui um exemplo para todos os seus se-
guidores. Eles não devem se envolver em
questões políticas, mesmo que um dos la-
dos pareça estar certo. Os cristãos bus-
cam o Reino e a justiça de Deus. Eles
preferem não ter opiniões sobre o que
parece ser justo ou injusto, nem ficam re-
clamando de certas injustiças. — Mat.
6:33.
11 Muitos que hoje são Testemunhas de
Jeová já tiveram vontade de lutar contra
9, 10. (a) O que os inimigos de Jesus tenta-
ram fazer para que ele se envolvesse em uma
questão política? (b) O que aprendemos da
resposta de Jesus? (Veja o desenho no come-
ço do estudo.)
11. Qual o melhor modo de lutar contra a in-
justiça?
6 A SENTINELA
as injustiças. Mas a Bíblia os ajudou a
usar de um modo melhor essa vontade.
Veja o que uma irmã na Grã-Bretanha
diz: “Na faculdade, eu tive aulas de Estu-
dos Sociais, e isso me fez ter opiniões ra-
dicais sobre política. Eu queria lutar pe-
los direitos dos negros, porque sempre
fomos vítimas de injustiça. Embora eu
fosse boa em vencer debates, eu sempre
me sentia frustrada. Eu não tinha enten-
dido ainda que, para vencer o preconcei-
to, é necessário transformar o coração
das pessoas. Mas, quando comecei a es-
tudar a Bíblia, vi que primeiro tinha que
transformar o meu coração. E quem me
ajudou em todo esse processo foi uma
irmã branca. Agora sou pioneira regular
em uma congregação em língua de sinais,
e estou aprendendo a falar com todos os
tipos de pessoa.”
“DEVOLVA A ESPADA AO SEU LUGAR”
12 Nos dias de Jesus, a religião se mis-
turava muito com a política. O livro
A Vida Diária nos Tempos de Jesus diz que
as divisões religiosas que existiam entre
os judeus ‘correspondiam de certa forma
a partidos políticos’. Por isso, Jesus ad-
vertiu seus discípulos: “Mantenham os
olhos abertos; cuidado com o fermento
dos fariseus e com o fermento de Hero-
des.” (Mar. 8:15) Quando Jesus mencio-
nou Herodes, ele provavelmente se refe-
ria aos apoiadores políticos de Herodes.
O outro grupo, os fariseus, queria que os
judeus fossem independentes de Roma. E
o relato paralelo em Mateus menciona
também os saduceus. Eles preferiam es-
tar debaixo do domínio de Roma, porque
assim continuariam com seus cargos de
autoridade. Foi por isso que Jesus foi tão
claro ao dizer que seus discípulos deviam
12. Os discípulos de Jesus deviam tomar cui-
dado com que “fermento”?
tomar cuidado com o “fermento”, ou
seja, com os ensinos desses três grupos.
(Mat. 16:6, 12) É interessante que Jesus
deu esse aviso pouco depois da ocasião
em que o povo quis torná-lo rei.
13 Quando religião e política se mistu-
ram, a violência surge facilmente. Mas
Jesus ensinou seus discípulos a ser total-
mente neutros nessas situações. Por isso,
os principais sacerdotes e os fariseus en-
caravam Jesus como um inimigo político
e religioso, como uma ameaça ao poder
deles. Eles disseram: “Se o deixarmos
continuar assim, todos depositarão fé
nele, e os romanos virão e tirarão tanto o
nosso lugar como a nossa nação.” (João
11:48) Então, o sumo sacerdote Caifás
começou a planejar a morte de Jesus.
— João 11:49-53; 18:14.
14 Na calada da noite, Caifás mandou
soldados prender Jesus. Sabendo desse
plano, Jesus pediu na última refeição
com os apóstolos que eles levassem algu-
mas espadas. Duas já seriam o suficiente
para a lição importante que Jesus queria
ensinar. (Luc. 22:36-38) Depois, uma
multidão veio prender Jesus. Pedro fi-
cou tão irado com aquela injustiça que
pegou a espada e feriu um dos homens.
(João 18:10) Mas Jesus disse a Pedro:
“Devolva a espada ao seu lugar, pois to-
dos os que tomarem a espada morrerão
pela espada.” (Mat. 26:52, 53) Essa lição
importante estava de acordo com a ora-
ção que Jesus fez algumas horas antes
— de que os discípulos não devem fazer
parte do mundo. (Leia João 17:16.) Só
Deus tem o direito de lutar contra as in-
justiças.
13, 14. (a) Que exemplo mostra que misturar
política com religião causa violência e injusti-
ça? (b) Por que a injustiça não é motivo para a
violência? (Veja o desenho no começo do estu-
do.)
15 A irmã no sul da Europa, mencionada
no parágrafo 1, também aprendeu essa li-
ção. Ela disse: “Eu vi que a violência não
traz justiça. Os que apelam para a violên-
cia às vezes acabam mortos, e muitos ou-
tros se tornam infelizes. Mas eu sou feliz
de a Bíblia ensinar que só Deus vai trazer
justiça neste mundo. Essa é a mensagem
que prego há vinte e cinco anos.” O irmão
no sul da África trocou a lança pela “espa-
da do espírito”, a Palavra de Deus. Agora,
ele prega uma mensagem de paz a todas as
pessoas, não importa de que tribo sejam.
(Efé. 6:17) E, depois de se tornar Testemu-
nha de Jeová, a irmã na Europa Central se
casou com um irmão de um grupo étnico
que ela odiava. Os três fizeram essas mu-
danças porque queriam ser como Cristo.
16 E é muito importante fazer essas mu-
danças! A Bíblia compara a humanidade
com um mar agitado que não tem paz.
(Isa. 17:12; 57:20, 21; Apo. 13:1) Enquan-
to o mundo enfrenta tumultos, divisões e
violência por causa de questões políticas,
o povo de Jeová continua unido e em
paz. Imagine como Jeová deve ficar feliz
quando vê que seu povo é unido apesar
de o mundo estar tão dividido. — Leia
Sofonias 3:17.
17 Aprendemos três modos de conti-
nuarmos unidos: (1) confiar que só o Rei-
no de Deus vai corrigir as injustiças,
(2) ser neutro em assuntos políticos e
(3) não usar de violência. Mas, às vezes,
a nossa união pode ser ameaçada pelo
preconceito. Como os primeiros cristãos
lidaram com isso? E como nós podemos
imitá-los? Vamos ver no próximo estudo.
15, 16. (a) Como a Palavra de Deus já aju-
dou pessoas a não se envolver com violência?
(b) Que diferença Jeová vê entre o mundo de
hoje e o povo dele?
17. (a) Que coisas nos ajudam a continuar uni-
dos? (b) O que vamos ver no próximo estudo?
JUNHO DE 2018 7
 “Sejam um”
assim como Jeová
e Jesus são um
‘ Eu peço que todos sejam um, assim como tu, Pai,
estás em união comigo.’ — JOÃO 17:20, 21.

CÂNTICOS: 24 e 99 EM SUA última refeição com os apóstolos, Jesus estava preo-

cupado com uma coisa: a união. Por isso, quando orou com
QUAL É A SUA eles, Jesus pediu que todos os discípulos fossem um, assim
RESPOSTA? como ele e o Pai são um. (Leia João 17:20, 21.) A união dos
________________________________________________________________________________________________________________________________
discípulos seria uma prova de que Jeová tinha mandado Jesus
Que preconceitos os primei- à Terra. As pessoas saberiam quem são os verdadeiros discípu-
ros discípulos de Jesus los de Jesus quando vissem o amor entre eles, e esse amor os
tiveram que vencer? deixaria mais unidos. — João 13:34, 35.
2 Mas por que Jesus se preocupava tanto com a união? Ele
________________________________________________________________________________________________________________________________
já tinha notado que os apóstolos ainda não estavam completa-
Que exemplos do primeiro sé-
mente unidos. Naquela última refeição, os apóstolos discuti-
culo provam que é possível
ram “sobre qual deles era o maior”. E eles já tinham brigado
vencer a desunião?
sobre isso antes. (Luc. 22:24-27; Mar. 9:33, 34) Em outra oca-
________________________________________________________________________________________________________________________________
sião, Tiago e João pediram que Jesus desse para eles posições
Como podemos contribuir importantes no Reino. — Mar. 10:35-40.
para o povo de Deus ficar
mais unido? 1, 2. (a) O que Jesus pediu na última oração que fez com os após-
tolos? (b) Por que Jesus se preocupava com a união de seus discípu-
los?

8
 3 A vontade de ter mais poder não era a
única ameaça para a união dos discípulos
de Cristo. As pessoas da época de Jesus
eram divididas por ódio e preconceito.
Para continuar unidos, os discípulos de
Jesus teriam que vencer esses sentimen-
tos. Neste estudo, vamos ver três pergun-
tas: Como Jesus lidou com o precon-
ceito? O que ele fez para ajudar seus
seguidores a não ter preconceito e a ser
unidos? Como o ensino de Jesus nos aju-
da hoje a continuar unidos?
JESUS E OS DISCIPULOS
SOFRERAM PRECONCEITO
4 O próprio Jesus foi vítima de precon-
ceito. Quando Filipe disse a Natanael que
tinha encontrado o Messias, Natanael
respondeu: “Pode sair algo bom de Naza-
ré?” (João 1:46) Pelo visto, Natanael co-
nhecia a profecia em Miqueias 5:2, e
achava que Nazaré não era digna de ser o
lar do Messias. Do mesmo modo, pes-
soas importantes que moravam na Ju-
deia desprezavam Jesus, que era galileu.
(João 7:52) Para os da Judeia, o povo da
Galileia era inferior. Em outra ocasião,
alguns judeus quiseram ofender Jesus e o
chamaram de “samaritano”. (João 8:48)
Os samaritanos eram de uma nação dife-
rente e não seguiam a religião dos judeus.
Tanto o povo da Judeia quanto o da Ga-
lileia não tinham nenhum respeito pelos
samaritanos e evitavam qualquer contato
com eles. — João 4:9.
5 Os líderes judaicos não poupavam in-
sultos contra os seguidores de Jesus. Os
3. (a) Que coisas ameaçavam a união entre
os discípulos de Cristo? (b) Que perguntas va-
mos ver neste estudo?
4. Que preconceitos Jesus sofreu?
5. Que preconceito os discípulos de Jesus so-
freram?
fariseus diziam que eles eram “pessoas
amaldiçoadas”. (João 7:47-49) Para os
fariseus, quem não estudasse numa esco-
la rabínica ou não seguisse as tradições
era sem importância e desprezível. (Atos
4:13, nota) A raiz do preconceito que Je-
sus e seus discípulos sofriam estava em
divisões religiosas, sociais e étnicas. Os
discípulos também foram influenciados
pelo preconceito. Para ficarem unidos,
eles teriam que mudar seu modo de pen-
sar.
6 No mundo de hoje, estamos cercados
pelo preconceito. Nós podemos ser víti-
mas dele — ou pode ser que lá no fundo
nós tenhamos alguns preconceitos. Uma
pioneira na Austrália explicou: “Eu tinha
muito ódio contra os brancos, porque
eu me concentrava nas injustiças que o
povo aborígene sofreu e ainda sofre. Eu
mesma sofri com esse abuso, e isso só ali-
mentava o meu ódio.” Um irmão no Ca-
nadá tinha preconceito de quem falava
outro idioma. Ele admitiu: “Eu achava
que quem falava francês era superior.
Eu tinha muita raiva de quem falava
inglês.”
7 Assim como nos dias de Jesus, as raí-
zes do preconceito hoje são difíceis de
arrancar. O que Jesus fez para não ser in-
fluenciado? Primeiro, ele nunca deixou o
preconceito nascer dentro dele. Ele pre-
gava para todos: ricos e pobres, fariseus
e samaritanos, e até para cobradores de
impostos e pecadores. Segundo, por seu
exemplo e ensino, Jesus mostrou que
os discípulos deveriam vencer qualquer
desconfiança ou preconceito contra ou-
tros.
6. Que exemplos mostram que o preconceito
pode nos afetar?
7. O que Jesus fez para não ser influenciado
pelo preconceito?
JUNHO DE 2018 9
 AMOR E HUMILDADE
VENCEM O PRECONCEITO
8 Jesus ensinou uma verdade simples
que é a base da nossa união. Ele disse:
“Todos vocês são irmãos.” (Leia Mateus
23:8, 9.) É verdade que somos “irmãos”
porque todos nós somos descendentes
de Adão. (Atos 17:26) Mas não é apenas
isso. Jesus explicou que seus discípulos
são irmãos e irmãs porque aceitam a
Jeová como Pai. (Mat. 12:50) Por causa
disso, todos se tornam parte da família
de Deus, unidos pelo amor e pela fé. É
por isso que nas cartas os apóstolos ge-
ralmente se referiam a outros discípulos
como ‘irmãos e irmãs’. — Rom. 1:13;
1 Ped. 2:17; 1 João 3:13.1
9 Depois de deixar claro que devemos
nos considerar irmãos e irmãs, Jesus des-
tacou que é importante sermos humil-
des. (Leia Mateus 23:11, 12.) Como
vimos, às vezes o orgulho dividia os
apóstolos. E o orgulho de raça também
podia ser um problema. Será que os ju-
deus podiam dizer que eram melhores só
porque descendiam de Abraão? Muitos
judeus achavam isso. Mas João Batista
disse a eles: “Deus pode fazer surgir des-
tas pedras filhos a Abraão.” — Luc. 3:8.
10 Jesus ensinou que o preconceito ra-
cial é errado. Certa vez, um escriba per-
guntou a ele: “Quem é realmente o meu
1 A palavra “irmãos” também inclui as mulheres
na congregação. Paulo escreveu sua carta aos “ir-
mãos” em Roma, mas é claro que ele também se re-
feriu às irmãs. Afinal, ele mencionou várias delas
por nome. (Rom. 16:3, 6, 12) Já por muitos anos,
A Sentinela chama os cristãos de ‘irmãos e irmãs’.
8. Que verdade simples serve como base da
nossa união? Explique.
9, 10. (a) Por que os judeus não tinham mo-
tivo para se achar melhores do que os outros?
(b) O que Jesus fez para ensinar que o pre-
conceito racial é errado? (Veja o desenho no
começo do estudo.)
10 A SENTINELA
próximo?” Jesus respondeu com uma
ilustração: Um judeu foi atacado por la-
drões e ficou caído na estrada. Outros ju-
deus passaram por ele, mas o ignoraram.
Então, um samaritano teve pena do ju-
deu e com bondade cuidou dele. No fim
da história, Jesus disse para o escriba ser
como o samaritano. (Luc. 10:25-37) Je-
sus mostrou que um samaritano podia
ensinar aos judeus o que significa amar o
próximo.
11 Antes de voltar para o céu, Jesus deu
uma tarefa a seus discípulos: dar teste-
munho “em toda a Judeia e Samaria, e
até a parte mais distante da terra”. (Atos
1:8) Para cumprirem essa missão, eles te-
riam que vencer qualquer orgulho ou
preconceito que tivessem. Muito antes,
Jesus já tinha começado a preparar seus
discípulos para isso. Ele destacava boas
qualidades em estrangeiros. Por exem-
plo, ele elogiou um estrangeiro oficial do
exército pela enorme fé que ele tinha.
(Mat. 8:5-10) Quando estava em Nazaré,
Jesus mencionou como Jeová tinha aju-
dado a viúva de Sarefá, que era fenícia, e
o leproso Naamã, que era sírio. (Luc.
4:25-27) E, além de pregar para uma mu-
lher samaritana, Jesus passou dois dias
em uma cidade samaritana porque as
pessoas queriam ouvir a sua mensagem.
— João 4:21-24, 40.
LUTANDO CONTRA O PRECONCEITO
NO PRIMEIRO SÉCULO
12 Colocar de lado o preconceito não
foi algo fácil para os apóstolos. Quando
11. (a) Por que os discípulos de Jesus preci-
savam vencer o preconceito? (b) O que Jesus
fez para ajudá-los a entender isso?
12, 13. (a) Como os ap óstolos reagiram
quando Jesus pregou a uma mulher samarita-
na? (Veja o desenho no começo do estudo.)
(b) O que mostra que Tiago e João não enten-
deram a lição?
viram Jesus ensinando uma mulher sa-
maritana, eles ficaram surpresos. (João
4:9, 27) Os líderes judaicos não falavam
com mulheres em público, quanto mais
com uma mulher samaritana que não ti-
nha uma boa reputação. Os apóstolos
chamaram Jesus para comer. Mas Jesus
estava tão envolvido em pregar que nem
se preocupou com a fome. O alimento
dele era fazer o que Jeová mandou: pre-
gar, mesmo que fosse para uma mulher
samaritana. — João 4:31-34.
13 Tiago e João não entenderam essa li-
ção. Quando Jesus e os discípulos esta-
vam viajando por Samaria, eles procura-
ram hospedagem em uma aldeia. Mas
os samaritanos não quiseram recebê-los.
Tiago e João, com muita raiva, pergunta-
ram a Jesus se podiam mandar fogo do
céu para destruir a aldeia toda. Mas Je-
sus foi firme e “os censurou”. (Luc. 9:51-
56) Agora, imagine se essa aldeia ficasse
na Galileia, a região dos discípulos. Será
que Tiago e João reagiriam do mesmo
modo? Naquele momento, é bem prová-
vel que a raiva deles tenha sido provoca-
da pelo preconceito. Mais tarde, quando
João pregou em Samaria e muitos o ou-
viram, ele deve ter se sentido enver-
gonhado por aquela reação exagerada.
— Atos 8:14, 25.
14 Pouco depois do Pentecostes do
ano 33, surgiu um problema na distribui-
ção de comida para as viúvas pobres. As
viúvas que falavam grego estavam sendo
deixadas de lado. (Atos 6:1) Talvez o pre-
conceito com o idioma tenha causado
essa situação. Os apóstolos foram rápi-
dos e designaram homens de confiança
para cuidar da distribuição de comida.
Todos os homens escolhidos tinham no-
14. Como um problema de preconceito com
idioma foi resolvido?
mes gregos. Isso deve ter sido um alívio
para as viúvas ofendidas.
15 No ano 36, a pregação se espalhou
para outras nações. Antes disso, o após-
tolo Pedro costumava se associar apenas
com judeus. Mas, depois que Deus mos-
trou que os cristãos não devem ter pre-
conceito, Pedro pregou a Cornélio, um
soldado romano. (Leia Atos 10:28, 34,
35.) A partir de então, Pedro comia e se
associava com cristãos não judeus. Mas
anos depois Pedro parou de se asso-
ciar com os não judeus da cidade de
Antioquia. (Gál. 2:11-14) Quando isso
aconteceu, Paulo chamou a atenção de
Pedro, e Pedro pelo visto aceitou a corre-
ção. Quando escreveu sua primeira car-
ta aos irmãos judeus e não judeus na
Ásia Menor, ele falou que era importan-
te ter “amor pela inteira fraternidade”.
— 1 Ped. 1:1; 2:17.
16 Levou tempo, mas os apóstolos con-
seguiram aprender com Jesus a amar
“todo tipo de pessoas”. (João 12:32;
1 Tim. 4:10) Os primeiros cristãos fica-
ram conhecidos pelo amor que tinham
uns pelos outros. Tertuliano, um escritor
que viveu por volta do ano 200 d.C., re-
gistrou o que as pessoas falavam sobre os
cristãos: ‘Eles se amam e estão dispostos
até a morrer uns pelos outros.’ Os pri-
meiros cristãos se ‘revestiram da nova
personalidade’ e entenderam que todos
são iguais aos olhos de Deus. — Col.
3:10, 11.
17 Talvez, nós também precisemos de
tempo para arrancar o preconceito do
15. Como Pedro foi aos poucos aprendendo a
vencer o preconceito? (Veja o desenho no co-
meço do estudo.)
16. Como os primeiros cristãos ficaram co-
nhecidos?
17. Dê exemplos que mostram como podemos
arrancar o preconceito do nosso coração.
JUNHO DE 2018 11
 nosso coração. Uma irmã na França falou
sobre a luta dela: “Jeová está me ensinan-
do o que é amar, o que é dividir, o que é ter
amor por todas as pessoas. Mas eu ainda
estou aprendendo a vencer o preconceito,
e não é nada fácil. Por isso continuo oran-
do sobre esse assunto.” Uma irmã na Espa-
nha também tem a mesma luta: “Às vezes
eu tenho que controlar o meu ódio por pes-
soas de certo grupo étnico. Na maioria das
vezes eu consigo, mas eu sei que tenho que
continuar lutando. Com a ajuda de Jeová,
estou feliz de fazer parte de uma famí-
lia unida.” Cada um de nós deve olhar
para si mesmo e perguntar: ‘Será que eu
também preciso combater alguns precon-
ceitos?’
Temos união e amor entre nós
por causa da “sabedoria de cima”
(Veja o parágrafo 19.)
12 A SENTINELA
QUANDO O AMOR AUMENTA,
O PRECONCEITO DESAPARECE
18 É bom lembrarmos que todos nós es-
távamos distantes de Deus. (Efé. 2:12) Mas
Jeová nos atraiu a ele “com os cordões do
amor”. (Ose. 11:4; João 6:44) E Jesus nos
recebeu com amor. Ele abriu as portas para
que nós pudéssemos nos tornar parte da fa-
mília de Deus, apesar de sermos imperfei-
tos. (Leia Romanos 15:7.) Já que Jesus
nos recebeu com tanto amor, temos a obri-
gação de fazer o mesmo com todos.
19 Quanto mais perto estivermos do fim
deste sistema de coisas, mais veremos
divisões, preconceito e ódio. (Gál. 5:19-
21; 2 Tim. 3:13) Mas nós, que servimos
a Jeová, queremos ter “a sabedoria de
cima”, que é imparcial e promove a paz.
(Tia. 3:17, 18) Fazer amizade com pessoas
de outros países, entender a cultura delas e
até aprender o idioma delas nos deixa mais
felizes. Assim, nós vamos sentir a nossa
‘paz se tornando como um rio e a justiça
como as ondas do mar’. — Isa. 48:17, 18.
20 A irmã australiana mencionada no pa-
rágrafo 6 conta que mudou muito depois
de estudar a Bíblia. “É como se o conheci-
mento da verdade abrisse meus olhos. O
amor moldou minha mente e meu coração.
Todo o preconceito e o ódio que eu tinha
desapareceram.” E o irmão canadense dis-
se: “Agora sei que a ignorância é a mãe do
racismo. As qualidades de uma pessoa não
têm nada a ver com o lugar onde ela nas-
ceu.” Ele até se casou com uma irmã que
fala inglês! Mudanças como essas provam
que o amor pode vencer — e vence — todo
preconceito. Sem dúvida, o amor é “o per-
feito vínculo de união”. — Col. 3:14.
18, 19. (a) Por que devemos receber a todos
com amor? (b) Na prática, como podemos fa-
zer isso?
20. O que acontece quando deixamos o amor
moldar nossa mente e nosso coração?
Ele poderia ter sido
AMIGO DE DEUS
NÓS servimos a Jeová e queremos
ser amigos dele, não é verdade?
Mas quem pode ser amigo de Deus
e receber as bênçãos dele? A Bíblia
fala de pessoas que cometeram
erros graves, mas que continuaram
amigas de Deus. Também fala de
pessoas que tinham ótimas
qualidades, mas que no fim
deixaram de agradar a Jeová. Isso
nos faz pensar: “O que Jeová
realmente procura em cada um de
nós?” O exemplo de Roboão, rei de
Judá, pode nos dar a resposta.
UM COMEÇO RUIM
Roboão era filho de Salomão, que tinha reina-
do em Israel por 40 anos. (1 Reis 11:42) Salomão
morreu em 997 a.C. Então, Roboão viajou de Je-
rusalém a Siquém para ser ungido como rei.
(2 Crô. 10:1) Consegue imaginar como Roboão
devia estar ansioso? Afinal, seu pai foi conheci-
do por ser muito sábio. Será que Roboão ia se-
guir os passos de Salomão? Logo surgiu uma si-
tuação que testou as habilidades dele.
Roboão deve ter percebido o clima tenso. Os
israelitas se sentiam oprimidos, e representantes
do povo foram até Roboão para deixar claro qual
era o problema. Eles disseram: “Seu pai tornou
duro o nosso jugo. Mas, se o senhor aliviar o ser-
viço duro e tornar mais leve o jugo pesado que o
seu pai colocou sobre nós, nós serviremos o se-
nhor.” — 2 Crô. 10:3, 4.
Esse pedido não era nada fácil. Se Roboão o
atendesse, ele, sua família e os membros da cor-
te teriam que abrir mão de alguns luxos e exigir
menos do povo. Por outro lado, se Roboão dis-
sesse que não, o povo poderia se rebelar. O que
fazer? O novo rei decidiu consultar os homens
mais velhos, que foram conselheiros de Salo-
mão. Eles sugeriram que Roboão atendesse ao
pedido do povo. Em seguida, Roboão pediu a
opinião dos jovens que cresceram com ele. Eles
o aconselharam a não escutar o pedido dos re-
presentantes. Seguindo o conselho deles, Ro-
boão decidiu ser duro com o povo. Ele disse: ‘Eu
tornarei mais pesado o seu jugo. Meu pai casti-
gou vocês com chicotes, mas eu o farei com chi-
cotes farpados.’ — 2 Crô. 10:6-14.
Consegue ver a lição para nós? É muito me-
lhor ouvir os mais velhos e que são maduros
em sentido espiritual. Por terem experiência de
vida, eles conseguem enxergar lá na frente os re-
sultados de uma decisão, e podem nos dar bons
conselhos. — Jó 12:12.
JUNHO DE 2018 13
“ELES OBEDECERAM À PALAVRA DE JEOVÁ”
Para controlar a rebelião, Roboão preparou o
seu exército. Mas Jeová não deixou o rei ir à
guerra. Ele mandou o profeta Semaías dizer a
Roboão: “Não vão à guerra contra os seus ir-
mãos israelitas. Volte cada um para a sua casa,
pois fui eu que fiz isso acontecer.” — 1 Reis
12:21-24.1
Não ir à guerra? Imagine como isso deve ter
incomodado Roboão. O que o povo ia pensar
dele? Pouco antes, ele tinha ameaçado tratar o
povo com “chicotes farpados”. E agora não ia fa-
zer nada para acabar com essa terrível rebelião?
(Veja também 2 Crônicas 13:7.) Apesar disso, o
rei e o exército “obedeceram à palavra de Jeová
e voltaram para casa, assim como Jeová lhes ha-
via ordenado”.
O que aprendemos disso? O melhor é sempre
obedecer a Jeová, mesmo que isso talvez nos
faça sentir vergonha do que outros vão pensar.
Se sempre formos obedientes, Jeová vai nos
abençoar. — Deut. 28:2.
Como Jeová abençoou a obediência de Ro-
boão? Ele continuou sendo o rei de Judá e Ben-
jamim. Roboão se concentrou em construir ci-
dades nas regiões dessas duas tribos, e ele ‘as
tornou muito fortes’. (2 Crô. 11:5-12) E o mais
importante é que, por um tempo, Roboão se-
guiu as leis de Jeová. As dez tribos governa-
das por Jeroboão estavam afundando na idola-
tria. Então, muitas das pessoas que moravam
lá “apoiaram Roboão”. Elas iam até Jerusalém
para mostrar que estavam do lado da adoração
verdadeira. (2 Crô. 11:16, 17) Por causa da obe-
diência de Roboão, Jeová fez seu reino ficar
mais forte.
ROBOÃO ERROU, MAS SE ARREPENDEU
Bem no momento em que seu reino estava fir-
me, Roboão fez algo que ninguém esperava: ele
parou de servir a Jeová e começou a adorar deu-
1 Quando Salomão se tornou infiel, Deus já tinha indicado
que o reino de Israel seria dividido. — 1 Reis 11:31.
14 A SENTINELA
ses falsos! Mas por quê? A Bíblia não diz. Talvez
ele tenha sido influenciado por sua mãe, que era
amonita. (1 Reis 14:21) Não importa o motivo, o
problema foi que a nação o imitou e se envolveu
na adoração falsa. Então, Jeová deixou que Sisa-
que, rei do Egito, tomasse muitas das cidades de
Judá que Roboão tinha fortificado. — 1 Reis
14:22-24; 2 Crô. 12:1-4.
A situação ficou pior quando Sisaque chegou
em Jerusalém, que era onde Roboão ficava. En-
tão, o profeta Semaías falou para o rei e os prín-
cipes a mensagem de Deus para eles: “Vocês me
abandonaram, por isso eu também os abandono
nas mãos de Sisaque.” Como Roboão reagiu
quando recebeu a disciplina? Nisso, ele foi um
exemplo! A Bíblia diz: “Os príncipes de Israel e o
rei se humilharam e disseram: ‘Jeová é justo.’ ”
Por isso, Jeová poupou Roboão e Jerusalém da
destruição. — 2 Crô. 12:5-7, 12.
Depois disso, Roboão continuou a governar o
reino do sul. Antes de morrer, ele foi generoso e
distribuiu vários presentes para os seus muitos
filhos. Provavelmente, ele quis impedir que eles
se revoltassem contra Abias, o filho de Roboão
que seria o próximo rei. (2 Crô. 11:21-23) Ro-
boão teve nesse momento o bom senso que lhe
faltou quando era mais jovem.
BOM OU MAU?
Apesar de seus pontos positivos, Roboão não
foi um amigo leal de Deus. A Bíblia resumiu as-
sim o seu reinado: “Ele fez o que era mau.” Por
quê? Porque ele “não estava determinado no co-
ração a buscar a Jeová”. — 2 Crô. 12:14.
O que a vida de Roboão nos ensina? Ele foi
obediente a Jeová algumas vezes. E ele fez coi-
sas boas para o povo de Deus. Mas ele nunca se
esforçou em ser amigo de Jeová. Nunca teve
aquela vontade de agradar a Deus. Por isso, fez
o que era errado e se envolveu com adoração fal-
sa. Mesmo nas ocasiões em que ele obedeceu a
Jeová, ficamos com uma dúvida: ‘Será que Ro-
boão foi obediente porque estava arrependido e
queria agradar a Deus? Ou foi só porque outros
disseram que ele tinha que obedecer?’ (2 Crô.
11:3, 4; 12:6) Mais tarde na vida, Roboão voltou
a fazer o que era errado. Que diferença entre ele
e seu avô, o rei Davi! É verdade que Davi come-
Roboão não se esforçou
para ser amigo de Jeová
como Davi foi
teu erros, mas ele se arrependeu de coração. E
ele tinha muito amor por Jeová e pela adoração
verdadeira. — 1 Reis 14:8; Sal. 51:1, 17; 63:1.
Podemos aprender mais com a vida de Ro-
boão. É muito bom que uma pessoa se esforce
para cuidar da família e trabalhe bastante no ser-
viço de Jeová. Mas, para sermos amigos dele, o
mais importante é apoiar a adoração verdadeira
e nunca deixá-la.
Nós só conseguiremos continuar na adoração
verdadeira se nosso amor a Jeová for bem forte.
Isso é como acender uma fogueira. Para mantê-
la acesa, temos que sempre jogar lenha nela. Do
mesmo modo, para nosso amor por Jeová não
acabar, temos que sempre ler a Bíblia, meditar e
orar. (Sal. 1:2; Rom. 12:12) O resultado é que
esse amor vai nos motivar a agradar a Deus em
tudo. Também, vai nos motivar a nos arrepender
de coração se cometermos um erro. Então, va-
mos ser diferentes de Roboão e continuar firmes
na adoração verdadeira! — Judas 20, 21.
 Treine sua consciência
com as leis e os
princípios de Deus
“Medito nas tuas advertências.” — SAL. 119:99.

CÂNTICOS: 127 e 88 SABE qual é uma das maiores diferenças entre humanos e
animais? É a consciência, um presente que Jeová nos deu.
QUAL É A SUA Adão e Eva sabiam bem o que era isso. Afinal, logo depois de
RESPOSTA? pecarem contra Deus, eles tentaram se esconder dele. Por
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quê? Porque estavam com a consciência pesada.
2 A pessoa que não tem a consciência treinada é como um
Em que sentido sua cons-
ciência pode ser como navio que usa uma bússola quebrada. Sem uma bússola con-
uma bússola? fiável, o navio corre o perigo de perder facilmente a rota
com os ventos e as correntes marítimas. Por outro lado, uma
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bússola que funciona bem ajuda o capitão a manter o navio
Por que é importante ter no trajeto certo. A nossa “bússola” é a consciência. É aque-
cada vez mais amor pelas la voz interior que nos diz o que é certo e errado, e que pode
leis de Deus? nos guiar no caminho certo. Mas, para que a consciência
seja um guia seguro, ela precisa estar bem ajustada.
3 Se nossa consciência não estiver bem treinada, ela não
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Como a consciência pode 1. Qual é uma das diferenças que existem entre humanos e animais?
nos ajudar a ser maduros?
2. Por que a nossa consciência pode ser comparada com uma bússo-
la? (Veja o desenho no começo do estudo.)
3. O que pode acontecer se nossa consciência não for bem treinada?

16
vai nos guiar para o que é certo. (1 Tim.
4:1, 2) Pelo contrário, ela pode até nos
convencer de que “o mau é bom”. (Isa.
5:20) Jesus deu um aviso a seus segui-
dores: “Vem a hora em que quem matar
vocês pensará que está prestando um
serviço sagrado a Deus.” (João 16:2)
Isso foi o que aconteceu com os que ma-
taram o discípulo Estêvão e com outros
que tinham o mesmo pensamento erra-
do. (Atos 6:8, 12; 7:54-60) É até irôni-
co pensar que, no decorrer da histó-
ria, religiosos fanáticos diziam adorar
a Deus, mas depois cometiam crimes
que Deus condena, como matar outros!
(Êxo. 20:13) É óbvio que a consciência
de pessoas assim não é confiável.
4 A Palavra de Deus tem muitas leis e
princípios que são úteis “para ensinar,
para repreender, para endireitar as coi-
sas, para disciplinar em justiça”. (2 Tim.
3:16) Se quisermos que nossa consciên-
cia funcione bem, temos que ser bons
estudantes da Bíblia, meditar no que ela
diz e colocá-la em prática. Assim, vamos
entender o modo de Jeová pensar, e
nossa consciência vai nos levar para a
direção certa. Vamos ver agora como as
leis e os princípios de Jeová podem trei-
nar a nossa consciência.
DEIXE AS LEIS DE DEUS
TREINAREM VOCÊ
5 As leis de Deus podem nos ajudar
muito. Mas, para isso, não basta apenas
lê-las ou saber quais são. Temos que
amar essas leis e ter respeito por elas. A
Palavra de Deus diz: “Odeiem o mal e
amem o bem.” (Amós 5:15) Como pode-
4. O que temos que fazer para que nossa
consciência funcione bem?
5, 6. De que modo as leis de Deus são boas
para nós?
mos conseguir isso? O segredo é apren-
der a ver as coisas do jeito que Jeová vê.
Para ilustrar: imagine que você está ten-
do problemas para dormir. Você vai ao
médico e ele recomenda dieta, exercí-
cios e mudança de alguns hábitos. Você
faz tudo o que ele disse e então volta
a ter boas noites de sono. Sem dú-
vida, você ia querer muito agradecer
àquele médico que o ajudou a se sentir
melhor.
6 Do mesmo modo, nosso Criador nos
deu algumas leis que podem melhorar
nossa vida e nos proteger dos efeitos
ruins do pecado. Por exemplo, ele nos
deu leis que mostram o que ele pensa da
mentira, da desonestidade, do roubo,
da imoralidade sexual, da violência e do
ocultismo. (Leia Provérbios 6:16-19;
Apo. 21:8.) Quando obedecemos a es-
sas leis, nossa vida fica muito melhor.
Isso, por sua vez, nos faz ter muita gra-
tidão e amor por Jeová e por suas leis.
7 Uma coisa boa é que não precisamos
passar pela triste experiência de de-
sobedecer às leis de Deus. Na Bíblia,
existem exemplos de pessoas que co-
meteram erros graves. Esses exemplos
podem nos ensinar lições valiosas. Pro-
vérbios 1:5 diz: “O sábio escuta e assi-
mila mais instrução.” A melhor instru-
ção que podemos receber vem de Deus,
e ele pode nos instruir quando lemos e
meditamos nos casos reais que estão na
Bíblia. Por exemplo, pense na grande
dor que o rei Davi sentiu quando deso-
bedeceu à lei de Deus e se envolveu com
Bate-Seba, uma mulher casada. (2 Sam.
12:7-14) Quando estiver lendo esse rela-
to, medite nestas perguntas: ‘O que
7. Ler os casos reais que estão na Bíblia e me-
ditar neles pode nos ajudar a fazer o quê?
JUNHO DE 2018 17
 Davi podia ter feito para evitar todo o
sofrimento de cometer adultério? Se eu
passar por uma tentação parecida, vou
ter força suficiente para resistir? Vou
fugir, como José fez, ou vou ceder,
como Davi?’ (Gên. 39:11-15) Esse tipo
de meditação pode ajudar nosso cora-
ção a ‘odiar o mal’.
8 É mais fácil ficar longe de algo quan-
do sabemos que Deus não aprova isso.
Mas, para algumas situações, a Bíblia
não dá nenhuma ordem específica. Nes-
ses casos, como saber o que vai agradar
a Jeová? É aí que entra em jogo a nossa
consciência treinada pela Bíblia.
9 Por ser muito amoroso, Jeová nos
deu princípios que trabalham lado a
lado com nossa consciência. Ele mes-
mo disse: “Eu, Jeová, sou o seu Deus,
Aquele que ensina o que é melhor para
você, Aquele que o guia no caminho em
que deve andar.” (Isa. 48:17, 18) Quan-
do meditamos nos princípios da Bíblia e
deixamos que eles toquem nosso cora-
ção, conseguimos corrigir, orientar e
moldar a consciência. Isso, por sua vez,
vai nos ajudar a tomar boas decisões.
DEIXE OS PRINCÍPIOS DE DEUS
TREINAREM VOCÊ
10 Princípio é uma verdade básica que
guia nosso modo de pensar e agir e nos
ajuda a tomar boas decisões. Se quere-
mos entender um princípio, temos que
entender como Jeová pensa e saber por
que ele criou certas leis. Quando esteve
na Terra, Jesus ensinou várias verdades
básicas que ajudariam seus discípulos a
8, 9. (a) Para que serve a nossa consciência?
(b) Como os princípios de Jeová influenciam
nossa consciência?
10. (a) O que é um princípio? (b) Como Jesus
usava princípios ao ensinar?
18 A SENTINELA
entender que os pensamentos e as ações
têm consequências. Por exemplo, ele
ensinou que a raiva pode levar à violên-
cia, e que pensamentos imorais podem
levar ao adultério. (Mat. 5:21, 22, 27,
28) Para que nossa consciência seja
bem treinada, temos que deixar que os
princípios de Deus nos guiem. Assim,
nossas decisões vão dar glória a Deus.
— 1 Cor. 10:31.
11 Mesmo dois crist ãos que t êm a
consciência treinada pela Bíblia podem
chegar a conclusões diferentes sobre o
mesmo assunto. Pense no caso de bebi-
das alcoólicas. De acordo com a Bíblia,
não é errado consumir álcool. O errado
é beber demais ou ficar bêbado. (Pro.
20:1; 1 Tim. 3:8) Por causa disso, um ir-
mão que bebe com moderação talvez
ache que não precisa se preocupar. Mas
será que esse irmão deve pensar só
na consciência dele? Não. É importan-
te pensar também na consciência dos
outros.
12 Paulo mostrou que é importante
respeitar a consciência de outros. Ele
escreveu: “É melhor não comer carne,
nem beber vinho, nem fazer nada que
leve o seu irmão a tropeçar.” (Rom.
14:21) É verdade que você tem o direito
de fazer coisas que, em sua consciência,
não são erradas. Mas e se um irmão pen-
sa de modo diferente? Você estaria dis-
posto a abrir mão de seu direito? Por
exemplo, há irmãos que preferem não
tomar nenhuma bebida porque, antes
de aprenderem a verdade, tiveram pro-
blemas com álcool. Imagine que você
convide um deles para a sua casa. Você
11. Que diferenças pode haver em questões de
consciência?
12. Como Romanos 14:21 pode nos ajudar a
respeitar a consciência de outros?

oferece uma bebida, e ele recusa. Será
que continuaria insistindo? Claro que
não. Nenhum de nós quer fazer o irmão
voltar a um hábito tão ruim. — 1 Cor.
6:9, 10.
13 Para poder pregar aos judeus e não
ser motivo de tropeço, Timóteo concor-
dou em ser circuncidado. Ele já tinha
uns 20 anos e o processo era bem dolo-
roso. Mas Timóteo teve a mesma atitu-
de do apóstolo Paulo. (Atos 16:3; 1 Cor.
9:19-23) E você? Está disposto a fazer
alguns sacrifícios para ajudar outros?
“AVANCEMOS À MADUREZA”
14 Todos os cristãos devem se esforçar
em ‘deixar para trás a doutrina básica a
respeito do Cristo’ e ‘avançar à madure-
za’. (Heb. 6:1) Isso não é automático.
Temos que ‘avançar’, ou seja, lutar por
isso. Se quisermos nos tornar pessoas
maduras, temos que aumentar nosso
13. O que Timóteo fez para poder pregar aos
judeus?
14, 15. (a) O que temos que fazer para ‘avan-
çar à madureza’? (b) Que relação existe entre
mostrar amor e ser uma pessoa madura?
O cristão maduro
respeita a consciência
dos outros
(Veja os parágrafos 11 e 12.)
conhecimento e entendimento da Pala-
vra de Deus. É por isso que Jeová vez
após vez nos incentiva a ler a Bíblia to-
dos os dias. (Sal. 1:1-3) Você está se es-
forçando para fazer isso? Quanto mais
você ler a Palavra de Deus, mais você
vai entender as leis e os princípios de
Jeová.
15 Para os cristãos, a lei mais impor-
tante é a lei do amor. Jesus disse aos
discípulos: “Por meio disto todos sabe-
rão que vocês são meus discípulos: se ti-
verem amor entre si.” (João 13:35) Tia-
go, meio-irmão de Jesus, chama o amor
de “lei régia”. (Tia. 2:8) Paulo disse
também: “O amor é o cumprimento da
lei.” (Rom. 13:10) Essa ênfase no amor
faz todo o sentido, porque a Bíblia diz
que “Deus é amor”. (1 João 4:8) Para
Deus, o amor não é só um sentimento
— é algo que o motiva a agir. João es-
creveu: “Por meio disto se revelou o
amor de Deus em nosso caso: Deus en-
viou o seu Filho unigênito ao mundo
para que ganhássemos a vida por meio
dele.” (1 João 4:9) Se nós também
tivermos muito amor por Jeová, por
JUNHO DE 2018 19

Se aprendermos a pensar com base em princípios,
nossa consciência será um guia mais seguro
(Veja o parágrafo 16.)
Jesus, por nossos irmãos e por todos,
vamos mostrar que somos pessoas ma-
duras. — Mat. 22:37-39.
16 Ao passo que for amadurecendo,
você vai dar mais valor aos princípios.
Por quê? Porque leis se aplicam em si-
tuações específicas, mas princípios têm
um alcance bem maior. Por exemplo,
uma criança não entende o perigo de ter
más associações. Então, os pais dela
criam regras para protegê-la. (1 Cor.
15:33) Mas, quando fica mais velha,
a criança aprende a pensar de acor-
do com os princípios da Bíblia. Isso
vai ajudá-la a escolher bem os amigos.
(Leia 1 Coríntios 13:11; 14:20.) Da
mesma forma, se aprendermos a pensar
com base em princípios da Bíblia, nossa
consciência vai ficar bem treinada, em
harmonia com o modo de Deus pensar.
E isso fará dela um guia mais seguro.
16. Por que pessoas maduras dão mais valor
aos princípios?
20 A SENTINELA
17 Jeová dá tudo o que precisamos
para tomarmos boas decisões. Na Bí-
blia, encontramos leis e princípios que,
se soubermos usar, nos ajudarão a ser
‘plenamente competentes, completa-
mente equipados para toda boa obra’.
(2 Tim. 3:16, 17) Por isso, procure na Bí-
blia princípios que façam você ‘com-
preender qual é a vontade de Jeová’.
(Efé. 5:17) Use bem as ferramentas
de estudo que a organização de Jeová
criou, como o Índice das Publicações da
Torre de Vigia, o Guia de Pesquisa para
Testemunhas de Jeová, a Watchtower Li-
brary, a BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de
Vigia e o aplicativo JW Library. Essas são
ferramentas que podem enriquecer nos-
so estudo pessoal ou em família.
UMA CONSCIÊNCIA BEM TREINADA
MELHORA NOSSA VIDA
18 Nossa vida melhora muito quando
seguimos as leis e os princípios de Jeová.
O Salmo 119:97-100 diz: “Como eu amo a
tua lei! Medito nela o dia inteiro. Teu
mandamento me torna mais sábio do que
os meus inimigos, porque ele está comi-
go para sempre. Tenho mais perspicácia
do que todos os meus mestres, porque
medito nas tuas advertências. Ajo com
mais entendimento do que os idosos, por-
que obedeço às tuas ordens.” Nós tam-
bém podemos ganhar cada vez mais sabe-
doria, perspicácia e entendimento. É só
tirarmos tempo para ‘meditar’ nas leis e
nos princípios de Deus. Se deixarmos que
as leis e os princípios treinem nossa cons-
ciência, vamos conseguir ‘alcançar a esta-
tura da plenitude do Cristo’. — Efé. 4:13.
17. Por que podemos dizer que temos o que
precisamos para tomar boas decisões?
18. O que acontece quando seguimos as leis e
os princípios de Jeová?
Dê glória a Jeová por
deixar “brilhar sua luz”
‘Deixem brilhar sua luz perante os homens,
para que deem glória ao seu Pai.’ — MAT. 5:16.

FICAMOS muito felizes de ver os ótimos resultados do traba- CÂNTICOS: 77 e 59

lho do povo de Jeová! No ano passado, dirigimos mais de
10 milhões de estudos bíblicos. Sem dúvida, isso é uma pro- QUAL É A SUA
va de que os servos de Deus estão deixando brilhar sua luz! RESPOSTA?
Pense também nos milhões de pessoas que aceitaram nosso ________________________________________________________________________________________________________________________________

convite para assistir à Celebração. Elas puderam aprender que Além do trabalho de prega-
o resgate foi uma grande prova do amor de Deus por nós. ção, de que outros modos
— 1 João 4:9. podemos deixar brilhar
2 Embora as Testemunhas de Jeová em todo o mundo falem nossa luz?
idiomas diferentes, nós estamos unidos em dar louvor ao nos-
________________________________________________________________________________________________________________________________

so Pai, Jeová. (Apo. 7:9) Não importa qual seja nossa língua
Como a nossa união pode
materna ou o lugar em que vivemos, podemos brilhar “como motivar alguém a aprender
iluminadores no mundo”. — Fil. 2:15. a verdade?
3 Como podemos deixar brilhar nossa luz? Neste estu-

do, vamos ver como fazemos isso por nosso trabalho de ________________________________________________________________________________________________________________________________

Por que é tão importante

1. O que nos deixa muito felizes? manter a vigilância?
2, 3. (a) Nós podemos brilhar “como iluminadores” apesar de que di-
ferenças? (b) Que pergunta vamos responder neste estudo?

21
 pregação, por continuarmos unidos e
por nos mantermos vigilantes. — Leia
Mateus 5:14-16.
AJUDE OUTROS A ADORAR A JEOVÁ
4 Um modo importante de deixarmos
brilhar nossa luz é por pregar e fazer dis-
cípulos. (Mat. 28:19, 20) Lá em 1925, a
revista A Sentinela em inglês disse: ‘Nes-
tes dias finais, ninguém pode ser fiel e
sincero ao Senhor se perder as oportuni-
dades de deixar brilhar sua luz.’ Daí
acrescentou: “A pessoa deve fazer isso
por pregar a todos as boas novas e por se
comportar de acordo com os caminhos
da luz.” Ou seja, não é só pela pregação
que deixamos brilhar nossa luz — é tam-
bém por nosso comportamento. Os mo-
radores e as pessoas na rua prestam
atenção em nós. Se sempre dermos um
sorriso amigável ou um cumprimento
gentil, as pessoas terão uma boa impres-
são de nós e do Deus que adoramos.
5 Jesus disse aos discípulos: “Ao en-
trarem na casa, cumprimentem a famí-
lia.” (Mat. 10:12) Na região em que Je-
sus e os apóstolos pregavam, era um
costume receber em casa pessoas desco-
nhecidas. Mas hoje, na maior parte do
mundo, não é mais assim. Muitas pes-
soas ficam com medo ou irritadas quan-
do aparece um estranho na casa delas.
Mas, se você for amigável e gentil, é
mais provável que o morador se sinta
mais tranquilo. Na maioria das vezes,
um sorriso pode ser o melhor modo de
começar uma conversa. Isso também
acontece quando participamos do teste-
munho público com os carrinhos. Já
notou que as pessoas reagem de um
4, 5. (a) Além da pregaç ão, qual é outro
modo de deixarmos brilhar nossa luz? (b) Por
que é bom ser gentil e amigável? (Veja a foto
no começo do estudo.)
22 A SENTINELA
modo melhor quando sorrimos para elas
e as cumprimentamos? Elas ficam mais
à vontade para pegar uma publicação.
Algumas até começam a conversar com
a gente!
6 Por causa da saúde, um casal de ido-
sos na Inglaterra não consegue partici-
par muito na pregação de casa em casa.
Então, eles encontraram outro modo de
deixar brilhar sua luz. Como moram per-
to de uma escola, o casal montou na
frente de casa uma mesa com publica-
ções. Assim poderiam chamar a atenção
dos pais que vão buscar os filhos na es-
cola. Vários pais se interessaram pelos
dois volumes de Os Jovens Perguntam e
pelas brochuras. Uma pioneira regular
da congregação faz esse trabalho junto
com eles. A atitude amigável da pionei-
ra e o interesse sincero do casal de
idosos fez um pai aceitar um estudo da
Bíblia.
7 Nos últimos anos, muitos países es-
tão recebendo um grande número de re-
fugiados. O que você pode fazer para
ajudá-los a conhecer a Jeová? Em pri-
meiro lugar, tente aprender como cum-
primentá-los na língua deles. O aplica-
tivo JW Language pode ser de ajuda.
Depois, tente aprender algumas frases
que podem despertar o interesse dos re-
fugiados. Daí, você pode apresentar o
jw.org e mostrar vídeos e publicações no
idioma deles. — Deut. 10:19.
8 Jeová nos treina bem para o trabalho
de pregação. Por exemplo, a Reunião
6. O que um casal de idosos fez para deixar
brilhar sua luz?
7. O que você pode fazer se houver refugiados
em seu território?
8, 9. (a) Que treinamento a Reunião Vida e
Ministério nos dá? (b) O que os pais podem fa-
zer para ajudar os filhos a dar comentários me-
lhores?
 Vida e Ministério nos dá mais confiança
para fazer revisitas e dirigir estudos bí-
blicos.
9 Até as crianças podem deixar brilhar
sua luz. Os comentários delas nas reu-
niões muitas vezes impressionam os visi-
tantes. Se você tem filhos, o que acha de
ensinar a eles como comentar nas pró-
prias palavras? Algumas pessoas acei-
taram a verdade depois de ouvirem o
comentário simples e sincero de uma
criança. — 1 Cor. 14:25.
FORTALEÇA A UNIÃO
10Outro modo de deixar brilhar sua
luz é por fazer o máximo para que exis-
ta união na sua família e na sua congre-
gação. A Adoração em Família regular é
muito importante para que a família
continue unida. Algumas famílias gos-
tam de assistir ao JW Broadcasting e, de-
pois, conversar sobre como pôr em prá-
tica os assuntos do vídeo. Ao fazer a
Adoração em Família, os pais devem
lembrar que o tipo de instrução que uma
criança precisa é diferente da instrução
10. Como a Adoração em Família ajuda as fa-
mílias?
Fazer amizade com irmãos idosos
é bom para eles e para nós
(Veja o parágrafo 11.)
que um adolescente precisa. Por isso,
tente fazer com que a matéria estudada
seja prática para cada membro da famí-
lia. — Sal. 148:12, 13.
11 Os jovens também podem colaborar
para que a congregação continue unida.
Se você é jovem, o que acha de fazer
amizade com os idosos em sua congrega-
ção? Peça que eles contem o que os aju-
dou a continuar servindo a Jeová por to-
dos esses anos. Isso vai ser encorajador
para você e para eles. Vocês vão ficar
mais motivados a deixar brilhar a luz da
verdade! Outra coisa que todos nós po-
demos fazer é receber bem os visitantes
no Salão do Reino. Tudo o que você pre-
cisa é dizer um “oi” e dar um sorriso
amigável. Você também pode ajudar o
visitante a encontrar um lugar e apre-
sentá-lo para os outros irmãos. Faça o vi-
sitante se sentir em casa.
12 Se você for designado para dirigir
uma reunião para o serviço de campo,
poderá ajudar os idosos a continuar dei-
xando brilhar sua luz. Dê ao irmão ido-
so um território que seja adequado à
11-13. Como todos nós podemos ajudar a con-
gregação a ser mais unida?
 situação dele. Designe um irmão mais jo-
vem para trabalhar com ele e dar ajuda
prática, se necessário. Além disso, seja
compreensivo com aqueles que já não
conseguem fazer tanto na pregação por
causa da saúde ou da idade. Seja bondo-
so e mostre que ama seus irmãos. Assim,
todos na congregação — não impor-
ta a idade que tenham ou há quan-
to tempo estão na verdade — vão se
sentir mais motivados a pregar com zelo.
— Lev. 19:32.
13 Os israelitas se sentiam muito ani-
mados quando adoravam juntos a Jeová.
Um salmista disse: “Como é bom, como
é agradável irmãos viverem juntos em
união!” (Leia Salmo 133:1, 2.) A união
era como um óleo refrescante e de aro-
ma agradável. Nós também podemos,
por assim dizer, ser refrescantes e agra-
dáveis com nossos irmãos. Já pensou em
tentar ser uma influência positiva na
congregação e ajudar todos a continuar
unidos? Se já está fazendo isso, para-
béns! Continue se esforçando para ‘se
alargar’, ou seja, para fazer isso mais ve-
zes e com mais pessoas. — 2 Cor. 6:11-13,
nota.
14 Nós também podemos tentar fazer
nossa luz brilhar entre os vizinhos. Se
você for bondoso e prestativo, pode até
motivar um vizinho a aprender sobre
Jeová. Pergunte-se: ‘O que meus vizi-
nhos pensam de mim? Será que eu tomo
a iniciativa de ajudá-los quando eles pre-
cisam? E minha casa? Ela é limpa e arru-
mada? Causa uma boa impressão na
vizinhança?’ Quando tiver uma oportu-
nidade, pergunte a outros irmãos como
o exemplo e a bondade deles influen-
ciaram parentes, vizinhos, colegas de
14. O que você pode fazer para deixar brilhar
sua luz entre os vizinhos?
24 A SENTINELA
trabalho e de escola. É bem provável
você ouvir histórias bem interessantes.
— Efé. 5:9.
MANTENHA-SE VIGILANTE!
15 Para que nossa luz continue brilhan-
do, não podemos esquecer em que época
vivemos. Jesus avisou várias vezes seus
discípulos: “Mantenham-se vigilantes.”
(Mat. 24:42; 25:13; 26:41) Se acharmos
que a “grande tribulação” ainda vai de-
morar, ou que nós nem vamos estar vi-
vos quando ela acontecer, podemos aca-
bar pensando que a pregação não é tão
importante assim. (Mat. 24:21) Em vez
de brilhar com força, nossa luz pode en-
fraquecer ou até mesmo apagar.
16 Hoje, o mundo está cada vez pior.
Por isso, precisamos ficar alertas. De uma
coisa não temos dúvida: Jeová vai agir na
hora certa. (Mat. 24:42-44) Mas, nesse
meio-tempo, precisamos ter paciência e
ficar vigilantes. Leia a Bíblia todo dia e
não deixe de fazer orações. (1 Ped. 4:7)
Tente aprender do exemplo de irmãos e
irmãs fiéis que se mantêm vigilantes e, ao
mesmo tempo, deixam brilhar sua luz.
Por exemplo, leia a biografia de Leonard
Smith, que saiu na Sentinela de 15 de abril
de 2012, páginas 18 a 21.
17 Use seu tempo para servir a Jeová e
para ajudar seus irmãos. Você vai se sen-
tir muito mais feliz e vai ter a impressão
de que o tempo está passando depressa.
(Efé. 5:16) Uns cem anos atrás, nossos
irmãos estavam bem ocupados no servi-
ço a Jeová e fizeram muitas coisas.
Mas hoje estamos ainda mais ocupados.
Jeová fez a obra crescer de um modo im-
15. Por que precisamos nos manter vigilan-
tes?
16, 17. O que você pode fazer para se manter
vigilante?
 Visitas de pastoreio são
ótimas oportunidades de
ouvir a sabedoria de Deus
(Veja os parágrafos 18 e 19.)
pressionante. Nossa luz está brilhando
com toda a força!
18 Apesar de a imperfeição nos fazer
errar muitas vezes, é muito encorajador
saber que Jeová aceita nossa adoração a
ele. Para nos ajudar, ele nos dá “dádivas
em homens”, os anciãos. (Leia Efésios
4:8, 11, 12.) Dê valor a esse presente.
Na próxima vez que receber a visita de
um ancião, aproveite esse tempo para
aprender com ele e ouvir seus conselhos.
19 Por exemplo, um casal na Inglaterra
estava com problemas no casamento e
pediram a ajuda de dois anciãos. A espo-
sa achava que o marido não estava cui-
dando da espiritualidade da família. O
marido admitiu que não se achava um
bom instrutor e, por isso, não faziam re-
gularmente a Adoração em Família. Os
anciãos fizeram o casal pensar no exem-
plo de Jesus e os discípulos. Jesus se
preocupava com eles e tomava conta de-
18, 19. Como os anciãos podem nos ajudar a
nos manter vigilantes? Dê um exemplo.
les. Então, os anciãos incentivaram o ma-
rido a imitar Jesus e incentivaram a espo-
sa a ser paciente. Eles também deram
algumas sugestões de como o casal podia
fazer a Adoração em Família com os dois
filhos. (Efé. 5:21-29) O marido colocou
em prática os conselhos e os anciãos o
elogiaram por isso. Eles disseram para o
marido não desistir e a confiar no espíri-
to santo. O amor e o interesse dos anciãos
ajudou a família a deixar brilhar sua luz.
20 O salmista cantou: “Feliz todo aque-
le que teme a Jeová, que anda nos Seus
caminhos.” (Sal. 128:1) Quando deixa-
mos brilhar nossa luz, nos sentimos mui-
to mais felizes. Por isso, ajude outros a
adorar a Jeová, faça seu máximo para
fortalecer a união e se mantenha vigilan-
te. As suas “boas obras” serão um exem-
plo para outras pessoas e poderá moti-
vá-las a dar glória a nosso Pai, Jeová.
— Mat. 5:16.
20. O que vai acontecer se deixarmos brilhar
nossa luz?
JUNHO DE 2018 25
 BIOGRAFIA
Encontrei consolo
para todas as
minhas ansiedades
NARRADA POR EDWARD BAZELY
Na margem oeste do
rio Indo, no que hoje é o
Paquistão, fica a antiga
cidade de Sukkur. Foi lá que
eu nasci, em 9 de novembro
de 1929. Naquela época, um
missionário inglês ofereceu
para meus pais uma coleção
de livros coloridos. Aqueles
livros baseados na Bíblia
tiveram uma influência
importante para eu me tornar
uma Testemunha de Jeová.
26 A SENTINELA
AQUELES livros eram chamados de coleção arco-
íris. Os desenhos coloridos mexiam com a minha
imaginação. Com isso, logo cedo, passei a ter um
grande interesse por assuntos espirituais, exata-
mente o que aqueles livros tinham.
A Índia estava prestes a entrar na Segunda
Guerra Mundial. Nessa época, minha vida mudou
para pior. Meus pais se separaram e depois se di-
vorciaram. Eu não entendia como as duas pessoas
que eu mais amava podiam se deixar. Eu me sen-
tia perdido e abandonado. Eu era filho único e
tive a impressão de que eu não tinha ninguém
para me consolar e me apoiar.
Eu e minha mãe estávamos morando em Kara-
chi, a capital da província. Um dia, Fred Harda-
ker, um médico idoso, foi até nossa casa. Ele era
Testemunha de Jeová, assim como o missionário
que tinha deixado os livros com minha família.
Ele ofereceu um estudo bíblico para minha mãe.
Ela não aceitou, mas disse que talvez eu quisesse.
Na semana seguinte, comecei o estudo com o ir-
mão Fred.
Poucas semanas depois, comecei a assistir às
reuniões, que eram feitas na clínica do irmão
Fred. Uns 12 irmãos idosos se reuniam lá. Eles
cuidaram de mim como um filho. Eu lembro com
carinho de quando eles sentavam do meu lado e
se abaixavam para falar comigo. Eles foram os
amigos que eu tanto precisava.
Logo, o irmão Fred me convidou para ir com
ele na pregação. Ele me ensinou a usar um fonó-
grafo portátil para que eu pudesse tocar discur-
sos bíblicos curtos. Alguns desses discursos eram
bem diretos, e alguns moradores não gostavam
do que eles diziam. Mas eu achava emocionante
pregar. Eu era muito zeloso e amava falar das ver-
dades da Bíblia para os outros.
Ao passo que o Japão se preparava para inva-
dir a Índia, as autoridades britânicas pressiona-
vam cada vez mais as Testemunhas de Jeová. Por
fim, em julho de 1943, eu mesmo fui afetado por
isso. Eu fui expulso da escola pelo diretor, que era
um clérigo anglicano. Ele disse para minha mãe
que, por ser Testemunha de Jeová, eu era um mau
exemplo para outros estudantes. Ela ficou choca-
da e me proibiu de ver os irmãos. Mais tarde, ela
me mandou morar com meu pai em Peshawar, que
ficava a 1.370 quilômetros ao norte. Sem os ir-
mãos e sem alimento espiritual, me tornei inativo.
VOLTEI A SER AMIGO DE JEOVÁ
Em 1947, voltei para Karachi à procura de em-
prego. Lá, fui visitar a clínica do doutor Fred. Ele
foi muito amoroso ao me receber.
“E o que você está sentindo?”, ele perguntou,
achando que eu tinha ido atrás de ajuda médica.
“Doutor, eu não estou doente em sentido físi-
co”, eu respondi. “Eu estou doente em sentido es-
piritual. Eu preciso estudar a Bíblia.”
“Quando você quer começar?”
“Se for possível, agora.”
Passamos uma noite muito agradável estudan-
do a Bíblia. Foi como se eu tivesse voltado para
casa em sentido espiritual. Minha mãe fez de tudo
para eu parar de me associar com os irmãos. Mas
dessa vez eu estava decidido a ficar firme na ver-
dade. Em 31 de agosto de 1947 eu me batizei.
Logo, aos 17 anos, comecei a servir como pionei-
ro regular.
SERVIÇO DE PIONEIRO
Minha primeira designação como pioneiro foi
em Quetta, um antigo posto militar britânico.
Em 1947, o território da Índia foi dividido para
formar dois países: a Índia e o Paquistão.1 Isso de-
sencadeou uma onda de violência religiosa e re-
sultou numa das maiores migrações da história.
Uns 14 milhões de pessoas tiveram que deixar
suas casas e se tornar refugiadas. Os muçulmanos
da Índia foram para o Paquistão, e os hindus e si-
ques do Paquistão foram para a Índia. No meio
desse caos, peguei um trem superlotado em Kara-
chi. Na maior parte do tempo, fui me segurando
numa barra que ficava do lado de fora do trem até
chegar em Quetta.
Em Quetta, conheci George Singh, um pionei-
ro especial de uns 20 e poucos anos. George me
deu uma bicicleta velha para eu poder andar pelo
território montanhoso. Na maioria das vezes, eu
pregava sozinho. Em seis meses, já tinha 17 estu-
dos bíblicos, e alguns dos estudantes se tornaram
nossos irmãos. Um deles, um oficial do exército
chamado Sadiq Masih, ajudou George e eu a tra-
duzir algumas publicações bíblicas em urdu, a lín-
gua oficial do Paquistão. Com o tempo, Sadiq se
tornou um zeloso publicador.
Mais tarde, voltei para Karachi e servi lá com
Henry Finch e Harry Forrest, missionários recém-
chegados de Gileade. Eles me deram um excelen-
te treinamento! Uma vez, eu e o irmão Henry
fomos a uma viagem de pregação no norte do Pa-
quistão. Entre as enormes montanhas da região,
encontramos muitos moradores humildes que fa-
lavam urdu. Eles tinham um imenso interesse pela
1 Antes, o Paquistão era formado pelo Paquistão Ocidental
(agora Paquistão) e Paquistão Oriental (agora Bangladesh).
JUNHO DE 2018 27
verdade. Dois anos depois, eu também cursei Gi-
leade. Depois, voltei para o Paquistão, onde par-
te do tempo servia como superintendente de cir-
cuito. Eu morava num lar missionário em Lahore,
junto com três irmãos missionários.
UMA FASE DIFÍCIL
Infelizmente, os missionários em Lahore não se
davam bem uns com os outros. Então, em 1954, a
sede teve que intervir e fazer algumas mudanças.
Como eu me envolvi no problema, a sede me deu
uma correção séria. Eu fiquei arrasado, achando
que era um fracasso em sentido espiritual. Voltei
para Karachi e depois fui para Londres, na espe-
rança de ter um novo começo.
Minha congregação em Londres tinha muitos
betelitas. Pryce Hughes, supervisor da sede, era
muito amoroso e me deu muita atenção. Uma vez,
ele me disse que tinha recebido um conselho fir-
me do irmão Joseph Rutherford, que era respon-
sável pela obra mundial. Quando o irmão Pryce
tentou se justificar, o irmão Rutherford o re-
preendeu. Eu fiquei admirado de ver que o irmão
Pryce contou isso com um sorriso no rosto. Ele
disse que no início ficou bem chateado. Mas de-
pois se deu conta de que precisava daquele con-
Em uma assembleia na Índia,
em 1948
selho e que aquilo era uma demonstração do
amor de Jeová. (Heb. 12:6) O que ele disse tocou
meu coração e me ajudou a recuperar o equilíbrio
espiritual.
Naquela época, minha mãe se mudou para Lon-
dres e aceitou um estudo da Bíblia de John Barr,
que mais tarde serviu no Corpo Governante. Ela
progrediu e se batizou em 1957. Mais tarde, fiquei
sabendo que antes de morrer meu pai também es-
tudou a Bíblia.
Em 1958, me casei com Lene, uma irmã dina-
marquesa que morava em Londres. No ano se-
guinte, fomos abençoados com Jane, a primeira
de cinco filhos. Também recebi privilégios de ser-
viço na congregação Fulham. Com o tempo, por
causa da saúde frágil de Lene, tivemos que nos
mudar para um lugar de clima mais quente. Por
isso, em 1967, fomos para Adelaide, Austrália.
UMA TRAGÉDIA EM NOSSAS VIDAS
Nossa congregação em Adelaide tinha 12 ir-
mãos idosos que eram ungidos. Eles eram muito
zelosos e ativos na pregação. Logo estávamos en-
volvidos em uma boa rotina espiritual.
Em 1979, Lene e eu tivemos nosso quinto filho,
Daniel. Ele nasceu com síndrome de Down e não
Indo para Gileade a bordo
do navio Queen Elizabeth
teria muito tempo de vida.1 Até hoje, não é fácil
explicar a angústia que sentimos na época. Fazía-
mos de tudo para cuidar bem dele e ao mesmo
tempo dos nossos outros filhos. Daniel tinha um
problema no coração e às vezes ficava com a pele
azulada por falta de oxigênio. Então, tínhamos
que levá-lo às pressas ao hospital. Apesar de tudo,
ele era muito inteligente e carinhoso. Ele também
amava muito a Jeová. Quando orávamos antes
das refeições, ele apertava suas mãozinhas, abai-
xava a cabeça e dizia de todo o coração: “Amém!”
Só depois ele comia.
Aos 4 anos, Daniel desenvolveu uma grave leu-
cemia. Lene e eu ficamos acabados em sentido fí-
sico e emocional. Eu senti que estava prestes a ter
uma crise de nervos. Um dia, quando parecia que
a gente não aguentaria mais, nosso superinten-
dente de circuito, Neville Bromwich, foi até nos-
sa casa. Naquela noite, com lágrimas nos olhos,
ele nos deu um forte abraço e todos nós chora-
mos. As palavras amorosas dele nos consolaram
imensamente. Ele foi embora por volta de 1 hora
da manhã. Logo depois, Daniel morreu. Perder o
Daniel foi a pior tragédia de nossas vidas. Mesmo
1 Veja o artigo “Os desafios e as recompensas de criar filhos
com síndrome de Down”, na Despertai! de junho de 2011.
Fazer visitas de
pastoreio me dá
muita alegria
assim, conseguimos lidar com isso, tendo a certe-
za que nada — nem mesmo a morte — pode sepa-
rar Daniel do amor de Jeová. (Rom. 8:38, 39) Não
vemos a hora de estar com ele no novo mundo!
— João 5:28, 29.
ALEGRIA AO AJUDAR OUTROS
Hoje, mesmo depois de ter sofrido dois derra-
mes, ainda sirvo como ancião. Tudo o que eu pas-
sei na vida me fez ter empatia e compaixão pelos
outros, principalmente por quem está com pro-
blemas. Eu tento não julgar. Em vez disso, me per-
gunto: ‘Como as experiências de vida dessa pes-
soa afetaram seu jeito de sentir e pensar? Como
eu posso mostrar que me importo? Como posso
incentivá-la a fazer a vontade de Jeová?’ Eu amo
fazer visitas de pastoreio! Na verdade, quan-
do consolo outros em sentido espiritual, eu mes-
mo me sinto consolado e revigorado.
Eu me sinto como o salmista, que disse sobre
Jeová: “Quando as ansiedades me esmagaram,
tu me consolaste e me acalmaste.” (Sal. 94:19)
Jeová sempre esteve do meu lado: em problemas
na família, oposição religiosa, decepções e de-
pressão. Sem dúvida alguma, Jeová sempre foi
um pai para mim!
29
A FOR ÇA DE
UM CUMPRIMENTO
“OI! TUDO bem com você?”
Sem dúvida, você já deve ter cumprimentado al-
guém desse jeito. É possível até que você tenha
dado um abraço ou um aperto de mão na pessoa. Os
costumes são diferentes de um país para o outro,
mas em toda cultura as pessoas se cumprimentam
com algum tipo de gesto ou frase. Na verdade, não
cumprimentar uma pessoa ou não responder o cum-
primento de alguém pode ser considerado falta de
educação e de amor.
Nem todo mundo acha fácil cumprimentar pes-
soas. Alguns são muito tímidos ou têm baixa au-
toestima. Outros não gostam de cumprimentar pes-
soas que são de raça, cultura ou posição social
diferentes. Mas um cumprimento, mesmo que bem
simples, pode ter uma força muito positiva.
Pense: ‘O que um cumprimento pode fazer? E o
que a Bíblia me ensina sobre cumprimentar outros?’
CUMPRIMENTEM “HOMENS DE TODO TIPO”
Quando o apóstolo Pedro acolheu na congrega-
ção o primeiro não judeu, Cornélio, ele disse: “Deus
não é parcial.” (Atos 10:34) Mais tarde, Pedro es-
creveu que Deus “deseja que todos” sejam salvos.
(2 Ped. 3:9) De início, podemos achar que esses tex-
tos se aplicam só para quem está aprendendo a ver-
dade. Mas Pedro disse para os cristãos: “Honrem a
homens de todo tipo, tenham amor pela inteira fra-
ternidade.” (1 Ped. 2:17) Se queremos honrar e mos-
trar amor às pessoas, seria bom cumprimentar a to-
dos, não importa a raça, cultura ou qualquer outra
coisa.
O apóstolo Paulo disse: “Acolham uns aos outros,
assim como o Cristo também acolheu vocês.” (Rom.
15:7) Em outra ocasião, Paulo falou de irmãos
30 A SENTINELA
que tinham sido “um auxílio fortificante” para ele.
Hoje, mais do que nunca, precisamos desse encora-
jamento para conseguir enfrentar os ataques inten-
sos de Satanás contra o povo de Deus. — Col. 4:11,
nota; Apo. 12:12, 17.
Exemplos bíblicos mostram que um cumprimen-
to pode ir além do que apenas fazer alguém se sen-
tir acolhido.
EFEITOS POSITIVOS DE UM CUMPRIMENTO
Antes de transferir a vida de Jesus para o ventre
de Maria, Jeová enviou um anjo para falar com ela.
O anjo disse para Maria: “Olá, altamente favoreci-
da, Jeová está com você!” Maria ficou “profunda-
mente perturbada” de ver que um anjo estava falan-
do com ela. Então, o anjo disse: “Não tenha medo,
Maria, pois você achou favor diante de Deus.” Ele
explicou que era da vontade de Deus que ela tives-
se o Messias. Em vez de continuar chocada, Maria
respondeu de forma obediente: “Eu sou a escrava de
Jeová! Aconteça comigo segundo a sua declara-
ção.” — Luc. 1:26-38.
Para o anjo, era um grande privilégio ser mensa-
geiro de Jeová. Ele não achava que ter que falar com
um humano imperfeito era uma designação inferior.
O anjo começou cumprimentando Maria. O que
aprendemos do exemplo dele? Devemos estar sem-
pre dispostos a cumprimentar e encorajar as pessoas.
Sem precisar dizer muita coisa, podemos lembrar os
outros de que eles fazem parte do povo de Jeová.
Paulo conhecia muitos irmãos na Ásia Menor e na
Europa. Em suas cartas, Paulo era bem específico
ao cumprimentar. O capítulo 16 de Romanos é um
exemplo disso. Paulo enviou cumprimentos para vá-
rios cristãos. Ele mencionou Febe, “nossa irmã”, e
pediu para a congregação ‘acolhê-la no Senhor de
um modo digno dos santos e dar a ela toda a ajuda
necessária’. Paulo cumprimentou Prisca e Áquila, ‘a
quem não somente ele, mas também todas as con-
gregações das nações, são gratos’. Ele também
cumprimentou irmãos sobre os quais nem temos in-
formações hoje: o “amado Epêneto” e “Trifena e
Trifosa, mulheres que trabalham arduamente no Se-
nhor”. Paulo fazia questão de cumprimentar seus ir-
mãos. — Rom. 16:1-16.
Imagine como esses irmãos devem ter ficado ale-
gres! Eles sentiam que Paulo se lembrava deles com
carinho. O amor que eles tinham por Paulo e uns pe-
los outros ficou mais forte. Esses cumprimentos de-
vem ter encorajado também outros cristãos e serviu
como incentivo para continuarem firmes na fé.
Quando os cumprimentos são sinceros, eles forta-
lecem a amizade e a união entre os servos leais de
Deus.
Quando Paulo estava indo do porto de Putéoli
para Roma, os irmãos de Roma foram se encontrar
com ele no caminho. Só de ver os irmãos chegando,
Paulo “agradeceu a Deus e se sentiu encorajado”.
(Atos 28:13-15) Em algumas ocasiões, tudo o que
poderemos fazer é sorrir ou acenar de longe. Mes-
mo isso pode animar uma pessoa, talvez alguém que
esteja deprimido ou triste.
UM CUMPRIMENTO PODE FAZER A DIFERENÇA
O discípulo Tiago tinha conselhos bem diretos
para dar aos cristãos. Eles estavam se envolvendo
em adultério espiritual, ou seja, estavam tendo ami-
zade com o mundo. (Tia. 4:4) Mas veja como Tiago
começou a sua carta:
“Tiago, escravo de Deus e do Senhor Jesus Cris-
to, às 12 tribos que estão espalhadas: Saudações!”
(Tia. 1:1) Em seu cumprimento, Tiago mostrou que,
assim como seus leitores, ele também era um “es-
cravo” para Deus. Isso com certeza ajudou os ir-
mãos a aceitar o conselho dele. Ser humilde ao cum-
primentar outros pode abrir o caminho para falar de
assuntos mais sérios.
Para um cumprimento ter um efeito positivo, ele
deve ser sincero e feito com amor verdadeiro, mes-
mo que pareça que o seu cumprimento não foi no-
tado pela outra pessoa. (Mat. 22:39) Certa vez, uma
irmã na Irlanda chegou no Salão do Reino bem na
hora que a reunião estava para começar. Quando
ela entrou apressada no Salão, um irmão a viu, sor-
riu e disse: “Oi! Que bom ver você!” Mas a irmã só
passou e foi sentar.
Algumas semanas depois, ela foi conversar com o
irmão e contou que já fazia algum tempo que esta-
va lidando com uma situação bem difícil em casa. A
irmã disse para ele: “Eu estava tão triste naquele dia
que quase não vim para o Salão do Reino. Eu não
lembro muito do que foi dito na reunião, mas lem-
bro do seu cumprimento. Eu me senti muito bem-
vinda por causa dele. Obrigada!”
Aquele irmão nem imaginava que o seu cumpri-
mento tinha sido tão bom para ela. Ele falou: “Quan-
do ela me disse que aquelas poucas palavras fizeram
bem para ela, eu vi que valeu a pena fazer o esforço
de cumprimentar. Eu também me senti bem.”
Salomão escreveu: “Lance o seu pão sobre as
águas, porque depois de muitos dias você o achará
de novo.” (Ecl. 11:1) Se sempre cumprimentarmos
outros, principalmente nossos irmãos na fé, vamos
fazer bem a eles e a nós mesmos. Por isso, nunca es-
queça a força de um cumprimento!
JUNHO DE 2018 31
 LEMBRA-SE?
Você leu com atenção os números recentes de A Sentinela?
Então tente responder às seguintes perguntas:
O que pode ajudar você a
cantar melhor?
Segure o cancioneiro na altura do
rosto, respire corretamente, abra
bem a boca e projete a voz. Assim,
você vai conseguir cantar mais
alto. — Sentinela 11/17 pág. 5.
O que é interessante sobre
o local das cidades de refúgio
e as estradas que levavam a
elas?
As seis cidades de refúgio eram
bem distribuídas no país, e as es-
tradas para elas eram mantidas em
bom estado. Assim, a pessoa pode-
ria fugir para lá de modo rápido e
fácil. — Sentinela 11/17 pág. 14.
Por que o resgate é o melhor
presente de todos?
O resgate nos dá a chance de vi-
ver para sempre e nos liberta do
pecado e da morte. Como Jeová
nos ama muito, ele nos deu esse
presente enquanto ainda éramos
pecadores. — Sentinela número 6
de 2017 pág. 6-7.
Como o Salmo 118:22 indica
que Jesus seria ressuscitado?
Jesus foi rejeitado como Messias
e morto. Mas, para se tornar a
“principal pedra angular”, ele teria
que ser ressuscitado. — Sentinela
12/17 pág. 9-10.
s
n Baixe de graça esta
o
revista e outras
publicações
Era preciso ter o direito de pri-
mogênito para ser antepassado
do Messias?
Às vezes, o privilégio de ser an-
tepassado de Jesus era passado
do pai para o primogênito, mas
nem sempre. Davi não era o pri-
meiro filho e se tornou antepassa-
do do Messias. — Sentinela 12/17
pág. 14-15.
Que cuidados médicos a Bíblia
já mencionava?
A Lei dizia que pessoas com al-
guns tipos de doença deviam ficar
separadas das outras. Aquele que
tocasse num cadáver deveria se
lavar. O excremento humano devia
ser enterrado longe de casa. A cir-
cuncisão tinha que ser feita no oi-
tavo dia, quando o sangue já está
coagulando normalmente. — Sen-
tinela número 1 de 2018 pág. 7.
Por que não é errado ter amor
próprio?
Temos que amar o próximo como
a nós mesmos. (Mar. 12:31) Os
maridos devem “amar a esposa
como ao seu próprio corpo”. (Efé.
5:28) Mas o amor próprio não
deve ser exagerado. — Sentinela
01/18 pág. 23.
Como podemos crescer em
sentido espiritual?
Devemos estudar a Bíblia, meditar
p Você também pode ler
a Tradução do Novo
Mundo na internet
nela, colocar em prática o que
aprendemos, seguir a orientação
do espírito santo e aceitar e agra-
decer a ajuda de outros. — Senti-
nela 02/18 pág. 26.
Por que a astrologia e a adivi-
nhação não são o melhor modo
de saber o futuro?
Há vários motivos, mas o principal
é que a Bíblia condena as duas.
— Sentinela número 2 de 2018
pág. 4-5.
Do que devemos lembrar se
aceitamos um convite para
uma refeição?
Se aceitamos o convite, devemos
cumprir nossa palavra. (Sal. 15:4)
Não devemos cancelar sem um
bom motivo. Quem nos convidou
deve ter feito preparativos para
nos receber. — Sentinela 03/18
pág. 18.
O que anciãos e servos minis-
teriais podem aprender de Ti-
móteo?
Timóteo se importava com as pes-
soas, colocava a pregação em pri-
meiro lugar, era trabalhador, colo-
cava em prática o que aprendia,
treinava a si mesmo e confiava no
espírito de Jeová. Timóteo é um
exemplo para todos os cristãos.
— Sentinela 04/18 pág. 13-14.
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