Direitos da

Aprendizagem
em Matemática
Manoel José Decon
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL
CAPÍTULO III
Da Educação, da Cultura e do Desporto
SEÇÃO I
Da Educação
Art. 205 A educação, direito de todos e dever do
Estado e da família, será promovida e incentivada
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.
Art. 206 (*) O ensino será ministrado com base nos
seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e
divulgar o pensamento, a arte e o saber;
 Estatuto da Criança e do Adolescente
CAPÍTULO IV
DO DIREITO À EDUCAÇÃO, À CULTURA, AO
ESPORTE E AO LAZER

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à

educação, visando ao pleno desenvolvimento
de sua pessoa, preparo para o exercício da
cidadania e qualificação para o trabalho,
assegurando-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus
educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos,
podendo recorrer às instâncias escolares
superiores;
IV - direito de organização e participação em
entidades estudantis;
V - acesso a escola pública e gratuita próxima de
sua residência.
“...... ensinamos não para produzirmos minúsculas
bibliotecas vivas, mas para fazer o estudante pensar,
matematicamente, para si mesmo, considerar os
assuntos como o faria um historiador tomar parte no
processo de aquisição de conhecimento. Saber é um
processo, não um produto”.
(Bruner, 1976)
O PNAIC trata a Matemática na perspectiva da
Educação Matemática que tem como eixo central a
resolução de situações-problemas e o
desenvolvimento do pensamento lógico.
De acordo com os documentos
norteadores do PNAIC em Matemática,
a criança tem direito a aprender a:

1 - Utilizar caminhos próprios na construção do

conhecimento matemático, como ciência e cultura
construídas pelo homem através dos tempos, em
resposta a necessidades concretas e a desafios
próprios dessa construção.
Exemplificando: a criança deve experimentar situações em
que é solicitada, por exemplo, a classificar, a medir, a
quantificar e a prever.
Destaque: O papel do professor no processo de
apropriação do conhecimento é muito importante
pois ele é o sujeito que organiza a ação pedagógica
intervindo de forma contingente na atividade auto-
estruturante do aluno.
(Revista SBEM, 1994)
De acordo com os documentos
norteadores do PNAIC em Matemática,
a criança tem direito a aprender a:

2 - Reconhecer regularidades em diversas situações,

de diversas naturezas, compará-las e estabelecer
relações entre elas, e as regularidades já conhecidas.
Exemplificando: as crianças precisam ser ativas na sala de
aula: construir e desconstruir sequências; desenhar,
medir, comparar, classificar e modificar sequências
estabelecidas por padrões. Essas atividades são
mobilizadas pelo uso do próprio corpo como referência
para contagens e medições, pelo uso de jogos, materiais
diversos e livros de literatura.
De acordo com os documentos
norteadores do PNAIC em Matemática,
a criança tem direito a aprender a:

3- Perceber a importância da utilização de uma

linguagem simbólica universal na representação e
modelagem de situações matemáticas como forma
de comunicação.
Exemplificando: no Ciclo de Alfabetização, fica evidente a
oralidade matemática: o falar e o conversar sobre a
matemática, sobre elementos presentes nos conteúdos e
ideias matemáticas, na apresentação e explicitação de
pontos de vista. No desenho de figuras geométricas com
suas identificações.
De acordo com os documentos
norteadores do PNAIC em Matemática,
a criança tem direito a aprender a:

4-Desenvolver o espírito investigativo, crítico e criativo

no contexto de situações-problema, produzindo registros
próprios e buscando diferentes estratégias de solução.
Exemplificando: No Ciclo de Alfabetização, é importante que a
criança perceba que a tentativa e o erro fazem parte do seu
processo de construção do conhecimento e, para isso, precisa
ser instigada a refletir sobre suas ações que, quanto instigantes
despertam a curiosidade, o deseje de responder de ajustar-se
ou de contestar as regras de um jogo, do seguir ou questionar
as estratégias sugeridas por um colega.
De acordo com os documentos
norteadores do PNAIC em Matemática,
a criança tem direito a aprender a:

5-Fazer uso do cálculo mental, exato, aproximado e

de estimativas. Utilizar as Tecnologias da Informação
e Comunicação potencializando sua aplicação em
diferentes situações.
Exemplificando: é importante que o cálculo mental e
aproximado seja valorizado, pois contém e revela
estratégias que podem ser usadas pelos professores para
a sistematização de estimativas, e, posteriormente, de
cálculos exato, obtidos através de algoritmos escritos ou
calculadora.
As tecnologias não devem ser utilizadas apenas
para fazer o que antes não se fazia, mas sim para
fazer de uma outra maneira aquilo que antes só
podia ser feito com os instrumentos intelectuais
disponíveis. Aqueles matemáticos que vêm os
computadores como algo a ser ensinado e
utilizado depois de desgastar a criatividade com
estilos e instrumentos intelectuais obsoletos
estão contribuindo para a crescente rejeição ao
ensino da Matemática e para o insustentável
crescimento dos índices de repetência e evasão.
(D’Ambrosío, 1994)
 Eixos Estruturantes
▪ Números e Operações
▪ Pensamento algébrico
▪ Espaço e Forma/Geometria
▪ Grandezas e Medidas
▪ Tratamento das
Informações/Estatística e
Probabilidade
A perspectiva dos Direitos de
Aprendizagem responsabiliza
todos os atores sociais envolvidos
nos processos formativos.
Ao mesmo tempo em que pensamos a Matemática
em seu aspecto científico, como capaz de
representar e resolver problemas envolvendo, por
exemplo, pequenas ou grandes distâncias, grandes
ou pequenos valores numéricos com a mesma
técnica ou fórmulas, também pensamos a
matemática no seu aspecto social.
Finalizando: a aprendizagem
matemática é um instrumento
de promoção e formação
humana que precisa ser
garantida desde o início da
escolaridade.
Manoel José Decon
mjdecon@yahoo.com.br