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II DIRETRIZ BRASILEIRA DE PERIOPERATÓRIO – 2011
2011-03-19 00:03:09 Andre Lima

Tendo em vista ao grande número de evidência desde a última edição desta diretriz (2007), a Sociedade
Brasileira de Cardiologia divulga a II DIRETRIZ BRASILEIRA DE PERIOPERATÓRIO . Neste documento
nota-se a evolução quanto a estruturação e sistematização do conteúdo com orientações mais amplas e
detalhadas.

A idéia proposta na última diretriz em 2007 e corroborada nesta edição e torna-se marcada pela seguinte
frase que define o objetivo deste doumento:

“Infelizmente, não chegamos ao limite de anular o estresse provocado pela intervenção cirúrgica nem
todas as suas consequências, mas o leitor perceberá que há muito que pode ser feito para tornar mais
tranquilo e bem sucedido o procedimento cirúrgico, sem ferir a verdade científica.” (II Diretriz de
Avaliação Perioperatória da Sociedade Brasileira de Cardiologia- 2011)

Novidades:

1. Quanto a consulta médica de avaliação perioperatória, é ressaltado a importância da certificação


do envio e recebimento do parecer ao solicitante, e se necessário entrar em contato
pessoalmente, ou por algum meio de comunicação, com o cirurgião e/ou anestesista. Essa
atitude comprovadamente aumenta a adesão às medidas de cuidados perioperatórios propostas.
2. A realização de ECG de rotina para pacientes Assintomáticos e com proposta de cirurgia de baixo
risco, CONTINUA desencorajado e com Classe IIIC. Já a solicitação de ECG para todos aqueles
com mais de 40 anos passou de classe I para Classe IIa. Tendência mais exposta de
racionalização de solicitação de exames que geralemente não alteram desfecho no período
operatório e trazem custos não justificável em uma proposta populacional.
3. A solicitação de Radiografia de tórax agora ganha recomendação IIa para pacientes maiores de 40
anos e para aqueles com proposta de intervenções de médio e grande porte, principalmente intra
torácicas e intra- abdominais.
4. Enfoque em algoritmos de avaliação perioperatória.
5. Estratificação do Tipo de intervenção em Alto, intermediário e baixo risco de Eventos ( antes
estratificava-se apenas o paciente);
6. Rcomendação da utilização de algoritmo de avaliação da American College of Physicians (ACP),
nesta nova edição, menciona os da American College of Cardiology/American Heart Association
(ACC) , e o índice cardíaco revisado de Lee. Criação de um fluxograma com utilização dos dois
principais algoritmos em conjunto.
7. Na Avaliação perioperatória, o Teste ergométrico ficou em segundo plano devido a muitos
indivíduos não atingirem a carga de trabalho adequada e por não possuir a mesma acurácia dos
exames fundionais de imagem ( cintilografia e Eco com estresse farmacológicos. Portanto é
recomendado em locais em que não se desponha dos exames de imagem e somente em
pacientes com risco intermediário ( não para alto risco e nem para baixo risco);
8. É Recomendado não utilizar Angiotomografia de coronárias e cineangiocoronariografia em
substituição de cintilografia e ecocardiograma com estresse farmacológicos em pacientes de risco
intermediário ( não são exames funcionais);
9. Inclusão da dosagem de BNP pré operatória na avaliação complementar ( valor prognóstico) – IIa
NE B;
10. Não recomenda a utilização de b-bloquadores ( proteçãoi farmacológica) em portadores de
valvulopatias, principalmente naquelas anatomicamentes importantes ( excluindo-se estenose
mitral). A estatina como proteção farmacológica perioperatoria também ao está indicada nestes
pacientes;
11. Orientações detalhadas em diferentes grupos que necessitam de cuidados especiais ( portadores
de marcapassso e CDI; transplantes de fígado, de rim etc);
12. Permissão e incentivo para utilização de Anestésicos locais com Vasoconstrictores ( lidocaina 2%
+ epinefrina 1:100.000) em procedimentos odontológicos para pacientes cardiopatas;
13. Procedimentos percutâneos ( endopróteses) para correção de Aneurismas de Aorta Abdominal ,
agora são considerados de Risco intermediário;

E MUITO MAIS…

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A Equipe editorial do Cardiopapers parabeniza todos os participantes da II Diretriz Brasileira de


Perioperatório pela evolução na qualidade do documento refletindo o esforço na produção de algo novo e
útil para todos o clínicos do país.

Recomendamos fortemente a leitura desta diretriz.

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