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6/10/2018 Eleições em tempos de ditadura - Le Monde Diplomatique

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CAPA

Eleições em tempos de
ditadura
EDIÇÃO - 129 | BRASIL

por Francisco Fonseca

Abril 2, 2018

Imagem por Daniel Kondo

Eleições só podem ocorrer com a resolução de duas


equações: primeiro, a existência, com chances de vencer, de
um candidato à Presidência proveniente do consórcio
golpista; segundo, um Congresso majoritariamente igual ao
atual ou pior que ele, cujo nanciamento privado
proveniente de interesses privatistas e do grande capital seja
majoritário em número de parlamentares

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O sistema político brasileiro vivencia duas situações paradoxais: de um


lado está o que se entente, em tempos de “normalidade” constitucional,
por “política”, isto é, o universo da representação e da articulação
políticas, que tem como atores centrais os partidos políticos e suas
lógicas, entre as quais as eleitorais; os militantes e a sociedade
politicamente organizada, marcada por interesses contrapostos e
assimétricos; as instituições “representativas”, oriundas do voto popular,
tais como os parlamentos e os executivos, e um conjunto de regras e
normatizações vinculadas à representação legítima. Esses atores e
lógicas estão em plena movimentação rumo às eleições de 2018. De outro
lado se encontra a ditadura velada – embora cada vez mais ostensiva –,
provinda do golpe plutocrático/parlamentar/judiciário/midiático que
levou ao impeachment ilegal e ilegítimo consumado em 12 de maio de
2016. Nesse âmbito vicejam instituições “sem voto” que, no entanto,
fazem política ostensivamente, mas ocultada pela proteção institucional
dos cargos que ocupam. Exemplos são abundantes: a Operação Lava Jato,
setores do Ministério Público Federal (assim como várias de suas seções
estaduais), setores da Polícia Federal, o Supremo Tribunal Federal, entre
outros. Em outras palavras, representam interesses ocultados, as
diversas frações da plutocracia e, em especial, o capital transnacional e o
rentista; as classes médias superiores; determinados partidos políticos
atuantes no sistema político “normal” e que deram o golpe de Estado,
caso particular do PSDB e do PMDB. É importante ressaltar que
justamente esses dois partidos e outros coligados, muitos
midiaticamente chamados de “centrão”, representam grupos sociais e
frações de classe que estão no poder neste momento. É nesse sentido
que “presidencialismo de coalizão” implicou “aliança de classes sociais” –
levada a cabo de forma ampla pelos governos petistas – e agora, sob
Temer, reduziu-se às referidas classes médias superiores e à plutocracia.
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O golpe parlamentar, por meio do referido consórcio, vem aplicando


agendas neoliberais exclusivamente aos pobres (a Emenda
Constitucional n. 95 é a mais clara transferência de renda dos pobres aos
ricos), mas preservando inteiramente o rentismo (pagamento da dívida
interna) e todas as frações do capital apoiadoras/mantenedoras do
golpe: agronegócio, transnacionais vinculadas ao sistema produtivo,
setor da “segurança privada”, igrejas/negócios evangélicos, entre outros
representantes do capital.

Do ponto de vista econômico, o modelo desenvolvimentista está sendo


inteiramente desestruturado sem nenhuma abertura à discussão
(derrogação dos ativos e empresas públicos, da capacidade de
nanciamento e de indução do Estado, e desnacionalização de setores
estratégicos nacionais), alterando o modelo brasileiro para a trágica
relação Norte/Sul subalterna, tendo como premissa preparar o país para
receber o capital internacional, competindo com países similares a ele.

Em termos jurídicos, não apenas a Constituição Federal fenece ao chegar


aos trinta anos, como os aludidos “partidos políticos do Judiciário” a
interpretam, como também o direito penal, o Código Penal e todas as leis
do país, ao sabor dos interesses, das conveniências e das conjunturas.

Tal discricionariedade tem chegado ao dia a dia do cidadão, tendo em


vista os “exemplos que vêm de cima”, com a consequente percepção de
“autonomia” dos “burocratas do nível da rua”: aqueles que, funcionários
ou representantes do Estado, lidam diariamente, nas mais diversas
funções, com os cidadãos. Os exemplos são abundantes e podem ser
sintetizados na gura do reitor da Universidade Federal de Santa
Catarina, que, humilhado por forças judiciárias e policiais, e sem o
“devido processo legal”, se suicidou. Portanto, o cotidiano do país e do
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sistema político vinculado ao espectro da esquerda (partidos,


notadamente o PT, e movimentos sociais), nas mais diversas situações,
tem sido marcado pela ausência de garantias constitucionais e pela
partidarização do Poder Judiciário, que implica seletividade,
discricionariedade e arbítrio. Logo, as instituições do Estado, que
constitucionalmente deveriam ser as garantidoras da ordem jurídica
democrática, atuam fortemente como agentes de instabilidade política e
consequentemente têm levado o país a um verdadeiro estado de
exceção.

Dado esse conjunto de excepcionalidades,1 que tornam a ideia de


democracia longínqua, mesmo considerando que jamais tenha vicejado
de maneira profunda no país, a disputa eleitoral se apresenta de forma
inteiramente atípica. A nal, a decisão de quem poderá se candidatar
depende em larga medida de decisões políticas discricionárias do
Judiciário (o exemplo de Lula é paradigmático); dos fatos políticos

produzidos por um Poder Executivo ilegal e ilegítimo sob Temer (caso da


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produzidos por um Poder Executivo ilegal e ilegítimo sob Temer (caso da
intervenção militar no Rio de Janeiro com motivações inteiramente
políticas) e – reitere-se – por instituições do Poder Judiciário fortemente
partidarizadas e empenhadas na disputa política: de classes e mesmo
eleitoral; das campanhas fascistas de grupos como o Movimento Brasil
Livre, entre tantos outros, em larga medida “liberadas” pelas instituições;
do massacre midiático à maneira do “método Goebbels” da grande mídia
comercial; da referida atuação inconstitucional de parte signi cativa de
instituições, órgãos e representantes do poder público.2 Tudo isso
demonstra a vigência do estado de exceção, no bojo da ditadura
so sticada iniciada pela desestabilização política que levou ao golpe do
impeachment. Deve-se relembrar o que ocorreu nas eleições municipais
de 2016, em que a Operação Lava Jato – sempre coligada aos grandes
meios de comunicação – foi a grande responsável pela derrota dos
partidos e candidatos à esquerda, contribuindo fundamentalmente para
a vitória de partidos como o PSDB e o DEM – partidos do golpe –,
fortemente decadentes em termos eleitorais. A nal, defendem agendas e
procedimentos inteiramente antipopulares e só conseguiram sobrevida
em razão do arti cialismo do sistema judiciário, que funciona como
“partido” informal dos partidos conservadores formais, caso do PSDB.3

Dessa forma, eleições nesse cenário são fortemente assimétricas e


enviesadas,4 tendendo à ilegitimidade e tornando aquilo que os liberais
chamam de “competição eleitoral” algo fortemente ilusório. É curioso
que grande parte do sistema político “normal” não parece ter se dado
conta desse cenário.

Como se vê, o quadro até aqui traçado parte do princípio de que, mesmo
sob estado de exceção, haverá eleições. Deve-se, contudo, ressaltar que
o poder do Estado continua nas mãos dos grupos que deram o golpe e

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que não se conhece, em perspectiva histórica, a retomada da “política
normal” sem processos longos e, por vezes, traumáticos. Em outras
palavras, o golpe de Estado está em plena vigência e projeta ampliar as
transformações profundas iniciadas no Estado, na economia e na
sociedade. Portanto, para haver eleições, os golpistas precisam
simultaneamente ter um “candidato competitivo” e aniquilar qualquer
possibilidade de eleição das esquerdas e/ou grupos golpeados. Nesse
sentido, a proeminência de Lula é claramente um nó a ser desatado pelo
golpismo.

Como o que se vê é a mais completa ausência de alternativas à direita,


isto é, dos grupos que golpearam a democracia, uma vez que sua agenda
é, reitere-se, radicalmente antipopular, o cenário de não ocorrerem
eleições é claramente “carta na manga” do golpe ora em curso. A
intervenção militar no Rio de Janeiro parece ser um ensaio – em termos
de tentativa de alavancar popularidade em torno do tema da segurança
pública, desviando consequentemente a atenção do conjunto de
destruições promovidas pelo consórcio golpista – para aventuras
maiores, tais como estado de sítio, entre outros artifícios
constitucionais. Embora o próprio sistema partidário que organizou o
golpe seja afetado – PMDB e PSDB à frente –, faz parte da natureza dos
golpes aniquilar parte de seus próprios organismos, tal como ocorreu no
pós-1964 com a UDN e particularmente com Carlos Lacerda: golpistas de
primeira hora.

O ponto nodal do golpe de Estado está vinculado a estruturas de poder


do capital transnacional, notadamente o rentista, ao qual o grande
capital nacional se associa (exemplo claro da Fiesp) e que encontra
representação política nos três poderes, neste momento histórico. Dessa

forma, a atual lógica do capitalismo contemporâneo (modelo de


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acumulação exível/precarizante e receituário neoliberal aos pobres)


despreza cada vez mais os padrões democráticos: foi chamado
acertadamente por Naomi Klein de “doutrina do choque”.5 Daí a
necessidade de destruir a infraestrutura nacional pública e privada, isto
é, a Petrobras e toda a cadeia de petróleo nacional, notadamente o pré-
sal, a Eletrobras e tantas outras, de um lado, e a Odebrecht, OAS,
Camargo Correa etc., com toda sua cadeia produtiva nacional, de outro.
Nesse particular, o trabalho da Lava Jato tem sido primoroso, com, além
do mais, sua completa adesão a padrões norte-americanos do direito
penal, assim como cooperação com o governo dos Estados Unidos, em
franca contraposição à Constituição Federal e aos acordos de direitos
humanos assinados pelo Brasil: isso tudo sob o olhar complacente do
STF.

Em resumo, eleições só podem ocorrer com a resolução de duas


equações: primeiro, a existência, com chances de vencer, de um
candidato à Presidência proveniente do consórcio golpista ou que
defenda seus interesses; segundo, um Congresso Nacional
majoritariamente igual ao atual ou pior que ele, cujo nanciamento
privado proveniente de interesses privatistas e do grande capital seja
majoritário em número de parlamentares. Sem essas duas equações, as
eleições perdem a razão de ser para os novos/velhos donos do poder. A
manutenção das eleições tem como objetivo preservar a capa ilusória de
institucionalidade democrática, mas destituída de toda e qualquer
participação popular e conteúdo social das políticas.

Se esse cenário não se consumar, é possível, e talvez provável, que o


fechamento do regime se faça, dispensando o obstáculo do voto popular
e da legitimidade democrática.

Como sobejamente demonstrado pela atuação das instituições será


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Como sobejamente demonstrado pela atuação das instituições, será
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difícil crer que possam reverter esse cenário, do qual majoritariamente


têm participado pela ação ou pela omissão desde a farsa do
impeachment. Nesse sentido, somente a ocupação das ruas e dos
espaços públicos pelas forças populares, por diversas formas; a união das
esquerdas, dos progressistas e dos legalistas; a manifestação de todas as
formas de resistência, inclusive simbólicas; o tensionamento no que
resta de institucionalidade democrática; as distintas formas de
desobediência civil; entre inúmeras outras ações poderão, talvez,
reverter a ditadura que combina ilusão de normalidade democrática com
perseguição política e violência institucional.

Em suma, parece que apenas os democratas, as esquerdas e os


progressistas acreditam e apostam na institucionalidade democrática,
pois as direitas, os golpistas e o grande capital, espraiados em
movimentos organizados, nas instituições e em parte dos partidos
políticos – todos representados pela grande mídia – não terão a menor
dúvida em sucumbi-la de vez, o que implica retirar a máscara
democrática da ditadura, tal como o zeram em 1964.

A alternativa militar não está descartada, como se pode observar nas


manifestações do general Mourão – cujo sobrenome coincidente com o
de 1964 parece ser premonitório –, assim como no ensaio da intervenção
militar no Rio de Janeiro.6

O fechamento institucional, caso se concretize, é de inteira


responsabilidade do consórcio golpista, cujas consequências são
conhecidas no que tange ao esgarçamento das instituições políticas.

*Francisco Fonseca é cientista político e professor da PUC-SP. É autor,


entre outros livros de O consenso forjado: a grande imprensa e a
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entre outros livros, de O consenso forjado: a grande imprensa e a
formação da agenda ultraliberal no Brasil (Hucitec, São Paulo, 2005).

1 Não se pretende aqui romantizar a ideia de democracia, tanto em


perspectiva conceitual, uma vez que a junção entre capitalismo e
democracia representa contradição essencial, como em perspectiva
histórica, pois, no Brasil, as elites político-econômicas caracterizaram-
se, ao longo da história – o que é rea rmado vigorosamente neste
momento –, pela exclusão política e social, pela violência institucional e
pela ausência de projetos nacionais inclusivos. Um exemplo marcante
refere-se à maneira como os aparatos militares e o sistema de justiça e
criminal lidaram/lidam histórica e contemporaneamente com os pobres:
pela via da criminalização. Ver, nesse sentido, Jessé Souza, A elite do
atraso: da escravidão à Lava Jato, Leya, Rio de Janeiro, 2017.

2 Para análise do signi cado do golpe, particularmente do papel da


grande mídia, ver Mírian Gonçalves (org.), Enciclopédia do golpe, v.2,
Bauru, Canal 6, 2018.

3 Segundo Antonio Gramsci, em determinadas circunstâncias históricas


certas instituições ocupam o papel de outras quanto às funções que
desempenham. No Brasil contemporâneo, como os partidos formais das
elites não têm sistemicamente votos e legitimidade, derrotar as
esquerdas é tarefa transferida a seções diversas do Poder Judiciário e da
Polícia Federal, que, reitere-se, atuam como “partidos políticos”
informais, sem voto nem legitimidade, mas capazes de barrar
candidaturas e produzir fatos políticos que in uenciam o jogo dos
partidos formais.

4 Não bastasse o ambiente político-institucional autoritário, opaco e


incerto o nanciamento eleitoral privado barrado pelo STF em ns de
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incerto, o nanciamento eleitoral privado, barrado pelo STF em ns de
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2015, retorna agora – por meio da chamada minirreforma eleitoral do


ano passado – sob a forma de auto nanciamento sem limites de gastos
em relação ao patrimônio. Em outras palavras, os milionários e
bilionários, assim como os que por eles são nanciados, mesmo que
ilegalmente, podem gastar valores ainda maiores do que gastavam antes
da proibição do STF.

5 O lme de Naomi Klein, baseado no livro do mesmo nome (A doutrina


do choque: a ascensão do capitalismo de desastre), está disponível em:
<www.youtube.com/watch?v=KRyJDTdBmCI&t=487s>.

6 A execução sumária e pro ssional da militante e vereadora Marielle


Franco lança dúvidas quanto aos seus reais mandantes, cujas versões se
dividem entre a Polícia Militar do Rio de Janeiro, milícias ou setores
duros do “governo” Temer, o que envolveria segmentos militares. Nessa
segunda hipótese, o cenário seria semelhante ao que os “duros” da
ditatura militar de 1964 zeram com vistas a obstar a abertura do
regime: agora o objetivo seria aprofundar e ampliar a intervenção militar,
obstando as eleições. Deve-se notar que a morte do ministro Teori
Zavascki é envolvida em especulações relativamente semelhantes quanto
às suas causas, o que, por si só, aponta para espessa névoa acerca do
momento político brasileiro.

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George Orwel · São Paulo


Muito bom
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Edna Elizabeth Hewson · Atriz em Atriz


Sensacional , análise clara e precisa , necessária em momentos sombrios como este...grata
professor Francisco Fonseca
Curtir · Responder · 1 sem

Jose Roberto S. Aguiar · Teacher em Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro


(SME/RJ)
Artigo claro, denso e premonitor de uma situação política que ameaça o panorama nacional. A
possibilidade de mais uma ação golpista ganha corpo a cada dia. Devemos ficar atentos e
moblização nas ruas o quato antes. Fora Temer! Obrigado Francisco Fonseca!
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